Arte Ambiental

http://en.wikipedia.org/wiki/File:Spiral-jetty-from-rozel-point.png
Spiral Jetty, 1970 - Robert Smithson

Arte Ambiental é a arte que utiliza a natureza como matéria-prima para sua produção. Não
mais a tela como suporte, mas galhos de uma árvore ou mesmo uma montanha podem ser
transformados em arte pelas ideias de um artista.
Esse estilo de arte está inserido dentro da Arte Contemporânea, que é a arte dos nossos
tempos. Diferentemente da Arte Moderna que negava a tradição, a Arte Contemporânea é a arte
das ideias e de uma forma geral está mais preocupada com o conteúdo do que com a forma. O
conceito − o que a obra quer nos dizer, qual o seu discurso − é mais importante do que a estética
em si. A Arte Contemporânea não está a serviço da beleza, mas sim do significado da vida, da
sociedade, da cultura e tudo que tange e afeta o ser humano, e mesmo da própria arte. Não que
ela não possa ser bela, ou falar da beleza, ela apenas não tem mais a obrigação de ser bela.
Dentro desse caldeirão variadíssimo, que é uma das características próprias da Arte
Contemporânea, existe a Arte Ambiental. A Environmental Art (EUA) não é um movimento, mas
uma tendência da Arte Contemporânea, um modo de fazer.

LAND ART
Land Art, Earth Art ou Earthwork é um estilo de arte que transforma a natureza em obra de
arte. O estilo surge nos EUA, na década de 60, como uma resposta ao Minimalismo que entra em
decadência deixando no ar uma sensação de monotonia. As obras Land Art são sempre
monumentais e, em muitos casos, envolvem montanhas e parques, embora o artista também
expande seu conceito interferindo no espaço urbano.
Durante o Modernismo, o interesse pela natureza foi substituído pela sociedade, a cultura,
ou seja, o próprio homem. A Land Art tem a natureza como tema e como matéria-prima, propõe o
retorno a natureza. Desde o Renascimento, e passando pelo Impressionismo, Pós e Neo-
Impressionismo, o artista nunca esteve tão interessado na natureza como agora. Propõe uma
crítica à industrialização e ao consumo excessivo dos centros urbanos. Uma época importante,
pois é o momento em que os artistas começam a se preocupar com as questões ecológicas.
Uma característica importante da Land Art é sua efemeridade, a própria natureza consume
e destrói esse tipo de arte. Não é uma arte para ser exposta em galerias e museus, devido às
suas proporções, e também ao seu próprio objetivo. A Land Art relaciona-se com o ambiente de
forma harmônica e com um respeito imenso à própria natureza.
Os principais artistas dessa tendência são Christo e sua esposa Jeanne-Claude, Walter de
Maria, Robert Smithson, Michael Heizer, Robert Morris, Dennis Oppenheim e James Turrell.

O norte-americano Robert Smithson é

um dos maiores expoentes da Land Art.
Suas obras monumentais promovem no
ambiente uma transformação muito
significativa que atrai a atenção. As
fotos de seus trabalhos são de fato
muito belas. A obra ao lado foi criada
em Emem, na Holanda, através de uma
terraplanagem. O artista faleceu em
Amarillo, no Texas, em 1973, em
consequência de um desastre de
helicóptero, enquanto inspecionava
"Amarillo Ramp", o seu último trabalho.

http://en.wikipedia.org/wiki/File:Emmen_Smithson_Broken_Circle.JPG
Broken Circle and Spiral Hill, 1971 - Robert Smithson

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Pont_Neuf_emball%C3%A9_par_Christo_(1985).jpg
Pont Neuf, Paris, 1985 - Christo e Jeanne-Claude

O Casal Christo e Jeanne-Claude são grandes celebridades do mundo da Arte

Contemporânea. Com obras gigantescas, como embalar uma ponte com tecido branco
(foto acima), o casal pretende discutir a arte e o espaço. Trabalhando juntos desde
1958, em 2009 Jeanne-Claude falece. No entanto, Christo continua produzindo obras
que impactam pela monumentalidade e pela ousadia.
Uma Arte Ecológica
Ecologia é um tema muito discutido atualmente; sendo assim, deve figurar entre as obras
de arte de hoje em dia. Dentro dessa tendência, temos diversos artistas preocupados em
apresentar ao público uma arte voltada para as questões ambientais.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Krajcberg-Oca-081127.JPG
Trabalhos de Frans Krajcberg na mostra Natura em São Paulo

Nascido na Polônia, Frans Krajcberg é um dos maiores nomes da Arte Contemporânea

atual. Suas obras de alto valor estético refletem a paisagem brasileira e a sua constante
preocupação com a preservação do meio ambiente. O artista, ao longo de sua carreira,
mantém-se fiel a uma concepção de arte relacionada diretamente à pesquisa e à
utilização de elementos da natureza. Krajcberg vive em Nova Viçosa, interior da Bahia,
desde a década de 70, e confeccionou a maioria de suas peças com cipós e troncos de
árvores destruídas pelas queimadas pelos Brasil afora.
Confira também o trabalho da artista inglesa Heather Jansch
(http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/arte-ecologica/). Seu trabalho possui uma
relação muito estreita com a obra de Krajcberg, pois também utiliza o que encontra na
natureza como galhos, troncos, pedaços de pau, muitos trazidos pelo mar. A escultora é
apaixonada por cavalos, e sua obra reproduz essa paixão em esculturas bastante
realistas.
Faça Você Mesmo
Arte e Natureza são dois temas que podem andar juntos com muita tranquilidade. Você
sabia que muitos artistas realizam obras de arte com lixo? Recentemente, o artista Vik Muniz,
mundialmente conhecido, criou diversas obras com referência na História da Arte com o lixo. Seu
trabalho ficou eternizado no documento “Lixo Extraordinário” em que o artista apresentou seu
processo criativo e a sua relação com uma comunidade próxima de um aterro sanitário do Rio de
Janeiro.
Você já percebeu quanto lixo jogamos fora todos dos dias? Embalagens diversas, garrafas
de refrigerante, tampas, potes, sacolas, tudo isso pode virar obra de arte e até mesmo
brinquedos. Confira abaixo uma série de produtos que podem ser criados com produtos
recicláveis:

Fonte EducarBrasil (imagem 1)

Fonte EducarBrasil (imagem 2)

Fonte EducarBrasil (imagem 3)

 Fonte EducarBrasil (imagem 7)
Fonte EducarBrasil (imagem 4)
Fonte EducarBrasil (imagem 5)
Fonte EducarBrasil (imagem 6)
Imagem 01 – Fantoche com
embalagens e tampas diversas.
Imagem 02 – Amarelinha com
cabos de vassoura e fita de cetim.
Imagem 03 – Boliche com garrafas
diversas e bola de meia.
Imagem 04 – Jogo da velha com
embalagem de pente de ovos e
tampinhas diversas.
Imagem 05 – Bilboquê de sapo
com CD e papieategem com
revistas.
Imagem 06 – Vai e vem com
garrafa PET.
Imagem 07 – “Derruba latas” com
latas de milho.