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Assemblages & Instalações

O Dadaísmo rompeu com as fronteiras entre a arte e a vida


cotidiana, com o “ready-made”, de Marcel Duchamp. Ele deu outro
sentido aos objetos comuns.
Jean Dubuffet, pintor e gravador francês, explorou a união de objetos de
maneira inovadora, incorporando, em 1953, o nome de assemblage para as
suas obras de arte.
As assemblages adotaram o mesmo princípio da arte dadaísta.
O diferencial da assemblage estava na utilização da colagem
acumulativa, sendo que os objetos não deveriam perder seu
sentido original, como no “ready-made”.
Além da técnica da colagem de materiais, a técnica faz uso da
pintura, o que dificultou a definição da obra como sendo escultura
ou pintura; daí então a necessidade de se criar um novo termo:
ASSEMBLAGE.
No Brasil, Arthur Bispo do Rosário foi um dos principais artistas
a trabalhar com assemblages e ready-made.
Atualmente um dos maiores artistas a trabalhar com assemblages é o brasileiro Vik
Muniz. Conhecido por utilizar materiais inusitados em suas obras, como: geleia, calda
de chocolate, pasta de amendoim, poeira e diamantes, além de sucatas diversas.
Bem sucedido internacionalmente, Vik Muniz participa de diversos sociais,
como o Projeto Axé, em Salvador e com crianças da Cracolândia (região de
São Paulo em que viciados em crack se agrupam).
Em 2010, o artista se tornou muito popular no Brasil ao chegar ao horário
nobre da TV: criou, com sucata, as imagens para a abertura da novela
Passione, da Rede Globo.
Outras imagens da abertura de Passione, criada por Vik Muniz.
Abertura da novela Passione (Rede Globo, 2010)
Instalações
O termo instalação é incorporado ao
vocabulário das artes visuais na década de
1960, designando ambiente construído em
espaços de galerias e museus.
Os artistas começaram a produzir cenários com
objetos dispostos de maneira provocativa e que
instigavam os espectadores a uma aproximação
maior e até mesmo à invasão do espaço
tridimensional montado.
As instalações eram montadas em salas e
ambientes fechados de museus e galerias,
mas atualmente conseguiram alcançar
espaços maiores e abertos como parques,
lagos e partes das cidades.
Um dos maiores exemplos da dimensão que as
instalações alcançaram são as criações do
casal de artistas Christo e Jeanne-Claude. O
casal ficou mundialmente famoso por
“embrulhar”, com panos e cordas, partes da
arquitetura de cidades famosas.
Veja um outro exemplo.
O interessante da instalação é que ela pode ser
desmontada e deslocada para diferentes
ambientes. Ela é feita para o espectador, que
tem como nova função ser participante da
obra, percorrendo o espaço que ela envolve e
usufruindo de sua composição e conceitos.

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