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Nacional | Comunicação Livre

CONTRIBUTO DA ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO NA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DA


PESSOA IDOSA COM DISFAGIA

 Humberto Ferreira1; Alexandra Ferreira1; Ludmila Pierdevara1

1 - CHUA- Unidade de Portimão

Introdução

A disfagia causa limitações ou restrições nas AVD, pelas limitações funcionais e complicações importantes, interferindo
com a Qualidade de Vida da pessoa.

Uma vez identificadas o risco de disfagia, torna-se importante avaliar a QV. Nesta prespetiva realizou-se um estudo
descritivo transversal e correlacional a pessoas idosas, com AVC e com perturbações da deglutição. Aplicou-se o Quality
of Life in Swallowing Disorders (SWAL-QOL), instrumento que avalia os sintomas específicos associados à severidade da
disfagia e o Quality of Care in Swallowing Disorders (SWAL-CARE), para avaliar a satisfação da pessoa relativos aos
cuidados específicos da ER

Objetivos

Identificar o risco de disfagia com aplicação da escala GUSS

Avaliar a QV relacionada com a deglutição comprometida através do  SWAL-QOL e  satisfação da pessoa com aos
cuidados de saúde, com aplicação do SWAL-CARE, antes e após as intervenções de ER

Identificar resultados sensíveis aos cuidados de ER

Material e Métodos

Realizou-se, um estudo descritivo transversal e correlacional com uma abordagem quantitativa numa amostra por
conveniência

Critérios de inclusão: idade ≥ 65 anos; patologia de AVC com disfagia e, com capacidade de responder aos instrumentos
aplicados. Critérios exclusão: pessoas com outros eventos patológicos ou que concomitantemente à patologia de AVC
apresentassem outros diagnósticos clínicos; nível de consciência na ECG <15; alterações hemodinâmicas.  Foram
realizados planos de intervenção de ER individualizados, avaliadas a ECG e a MMSE, pelo risco de a pessoa apresentar
alterações da consciência e do nível cognitivo

Aplicou-se a escala GUSS e o SWAL-QOL e SWAL-CARE no momento da admissão e véspera da alta clinica do doente

Resultados e Conclusões

Amostra: 30 pessoas com média de idade de 74,3 anos e score de 15 da ECG

Na MMSE, todos os participantes apresentavam nível de escolaridade >11 anos

Após a intervenção do ER a GUSS passou de score médio de 12 para 16, e pontuação do instrumento SWAL-QOL e do
SWAL-QOL  melhorou em 18% e 38% respetivamente
Através do Teste t (t) pareado: significância (p<0,001), com base da avaliação dos efeitos da disfagia na QV (SWAL-QOL) e
na satisfação da qualidade de assistência nos cuidados (SWAL-CARE) após intervenção do ER

Referências Bibliográficas

Antunes, Eva Bolle, Vieira, Daniela, & Dinis-Ribeiro, Mário. (2015). Linguistic and cultural adaptation into European
Portuguese of swal-qol and swal-care outcomes tool for adults with oropharyngeal dysphagia. Arquivos de Medicina,
29(1), 06-10. Recuperado em 1 de setembro de 2020, de
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132015000100002&lng=pt&tlng=en

Braga, R. (2017a). Avaliação da função deglutição. In C. Marques-Vieira, & L. Sousa (Eds). Cuidados de enfermagem de
Reabilitação à Pessoa ao Longo da Vida (p.181-188). Loures: Lusodidata

Ferreira, A. (2017). Avaliação da Deglutição com a Aplicação da Escala GUSS: Contribuição da Enfermagem de
Reabilitação. Évora: Universidade de Évora

Palavras-chave : Enfermagem de Reabilitação; Disfagia; Qualidade de Vida; Satisfação

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