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Efeitos de um
Determinantes da programa breve
satisfação laboral de mindfulness
Psicologia P20
P12 Sobre a saúde psicológica
do bem-estar Em trabalhadores do setor
hoteleiro do Algarve
de estudantes universitários
P04
Aplicada ao turismo
A intervenção Estratégias
cognitivo- Experienciais
Alexitimia e e Estádios
processamento comportamental
P16
de Mudança
emocional Mediada por uma aplicação P24
P08 móvel para a ansiedade Em psicoterapia
Impactos no processo social no apoio psicológico com clientes vítimas
terapêutico universitário de violência na intimidade
1
Ficha Índice
Técnica
04
PROPRIEDADE Psicologia do Bem-Estar
Ordem dos Pscicólogos Portugueses
Aplicada ao Turismo
Soraia Garcês, Margarida Pocinho, Saúl Neves de Jesus
Av. Fontes Pereira de Melo 19D
1050-116 Lisboa
08
T. +351 213 400 250 Alexitimia e processamento emocional:
E. info@ordemdospsicologos.pt impactos no processo terapêutico
Ana Nunes da Silva, António Branco Vasco
EDITOR
Saúl Neves de Jesus
12
CONSELHO EDITORIAL
Determinantes da satisfação laboral
Carla Cunha em trabalhadores do setor hoteleiro
Joaquim Armando Ferreira do Algarve
Rute Brites João Viseu, Patrícia Pinto, Sérgio da Borralha,
Saúl Neves de Jesus — Coordenador Saúl Neves de Jesus
CONSELHO CIENTÍFICO
16
Membros do Fórum Nacional de Psicologia A intervenção cognitivo-
DESIGN GRÁFICO E PAGINAÇÃO comportamental mediada por uma
Inês Souto Félix aplicação móvel para a ansiedade
FOTOGRAFIA CAPA social no apoio psicológico
Pexels universitário
Carla Oliveira, Anabela Pereira, Paula Vagos
PERIODICIDADE
Anual
DEPÓSITO LEGAL
24
480442/21 Estratégias Experienciais e Estádios de
Mudança em Psicoterapia com Clientes
Vítimas de Violência na Intimidade
João Leal, Carla Cunha, Anita Santos, João Salgado
30
as normas do Novo Acordo Ortográfico.
normas para submissão de artigos
Revista disponível online.
02
nota
EDITORIAL
Saúl Neves de Jesus
Professor Catedrático de Psicologia
Coordenador da Mesa do Fórum Nacional de Psicologia
Coordenador do Conselho Editorial da Revista Psicologia para Psicólogos
Costuma dizer-se que o difícil é começar. Espera- os Psicólogos que estão a exercer nas mais diver-
mos que assim seja em relação à Revista Psicologia sas áreas da Psicologia.
para Psicólogos.
Tendo esta Revista sido criada no âmbito do Fórum
Lançámos o primeiro número há um ano, com seis Nacional de Psicologia, convém explicitar que este
artigos, e, conforme previsto, lançamos agora o se- Fórum integra representantes propostos por todas
gundo número, também com seis artigos. as Instituições de Ensino Superior portuguesas em
que existe formação de base e pós-graduada em
Tal como no primeiro número, voltamos a ter pu- Psicologia, pretendendo reforçar a cooperação en-
blicados artigos sobre temas diversificados da Psi- tre a Ordem dos Psicólogos Portugueses e estas
cologia e suas implicações, desde aspetos relacio- instituições.
nados com a psicoterapia até aspetos ligados aos
contributos da Psicologia na hotelaria e no turismo. O Conselho Científico da Revista integra os mem-
bros do Fórum, sendo o Conselho Editorial consti-
O foco de todos eles são as implicações práticas de- tuído por alguns destes membros.
correntes dos resultados obtidos nas investigações Há assim uma ligação estreita entre o Fórum e esta
realizadas, facultando um conhecimento útil aos psi- Revista, pelo que gostaríamos de agradecer aos
cólogos que exercem a sua atividade nos contextos colegas que fazem parte do Fórum, em particular
profissionais relacionados com os artigos em causa. aqueles que integram o Conselho Editorial da Re-
vista.
Desta forma, este número da Revista volta a cum-
prir o seu principal objetivo: divulgar as implicações Um agradecimento particular à Direção da OPP, na
para a prática profissional de resultados de investi- pessoa do seu Bastonário, Francisco Miranda Ro-
gações realizadas no âmbito da Psicologia, valida- drigues, pelo apoio fornecido desde o primeiro mo-
das pela comunidade científica. mento para que o projeto desta Revista fosse uma
realidade.
Isto porque todos os artigos publicados foram ela-
borados a partir de artigos publicados pelos respe- De forma muito especial, um agradecimento aos
tivos autores em revistas indexadas na Scopus e/ou autores dos artigos publicados neste número, bem
na Web of Science. como aos Psicólogos revisores dos mesmos.
Para publicação na Revista Psicologia para Psicólo- Sendo anual a frequência prevista para esta Revista,
gos, o(s) autor(es) desses artigos devem reescrever esperamos receber até setembro artigos de colegas
o seu conteúdo em português, de forma sintética e que têm realizado investigações reconhecidas pelos
focando-se nas implicações práticas das investiga- pares, pois encontram-se publicadas em revistas de
ções realizadas. prestígio internacional, devendo ser sintetizados os
principais resultados obtidos nessas investigações,
Os artigos devem ser validados por um Psicólogo bem como as implicações práticas deles decorren-
membro da OPP que contribui com um comentário tes, contribuindo com sugestões úteis e uma lingua-
em que complementa e acentua a utilidade prática gem acessível para quem exerce prática psicológica.
do artigo submetido.
Esperamos que o dinamismo criado em torno deste
Assim, a Revista Psicologia para Psicólogos é com- projeto permita a publicação de muitos mais núme-
plementar às revistas existentes e vem preencher ros desta Revista!
uma lacuna ao nível das publicações existentes para
03
Psicologia
FOTOGRAFIA ADOBE STOCK
do Bem-Estar
Aplicada
ao Turismo
PALAVRAS-CHAVE
BEM-ESTAR
PSICOLOGIA APLICADA Soraia Garcês 1
Margarida Pocinho 1
Saúl Neves de Jesus 2
PSICOLOGIA POSITIVA
1
Universidade da Madeira/CIERL; CinTurs – Centro de Investigação
TURISMO em Turismo, Sustentabilidade e Bem-Estar
2
Universidade do Algarve; CinTurs – Centro de Investigação em Turismo,
Sustentabilidade e Bem-Estar
A Psicologia como a ciência que estuda o ser hu- residentes e os seus trabalhadores. Desta forma,
mano, os seus comportamentos e os seus senti- possibilita, o desenvolvimento de novas estratégias
mentos/emoções surge como uma forte aliada aos que podem atuar como suporte e impulsionador de
estudos no âmbito do Turismo. Ainda que, aparen- inovação em ambos os campos científicos da Psi-
temente, possam ser encaradas como duas áreas cologia e do Turismo. Nesta aliança destaca-se o
científicas desconexas, na verdade, não o são, longe grande contributo da Psicologia Positiva. Conhecida
disso. O Turismo é um “veículo” promotor de mo- como a ciência que estuda o bem-estar, esta área da
vimento humano. Por tal, o seu foco são pessoas, o Psicologia alinha-se perfeitamente com a mudança
mesmo foco que a Psicologia tem no seu cerne. É que se vivencia no Turismo, o facto de que cada vez
assim neste ponto que ambas as áreas se cruzam: mais as pessoas procuram vivenciar experiências
na pessoa que vivencia o fenómeno turístico, seja que lhes enriqueçam de significado a sua vida, tan-
enquanto turista, residente num destino turístico ou to pessoal como profissional. O Turismo é por isso
como trabalhador neste setor económico. cada vez mais uma área que aposta no conceito de
bem-estar não só físico, mas também psicológico
A Psicologia do Turismo, surge como campo ino- tendo, desta forma, na Psicologia Positiva uma ciên-
vador que faz uso da ciência psicológica para com- cia rica de ideias e estratégias que podem ajudá-lo
preender os turistas, os destinos turísticos, os seus a inovar e diferenciar os destinos.
Comentário
DO revisor Revisora
Ester Marques Câmara
Centro de Investigação em Turismo, Sustentabilidade
e Bem-estar (CinTurs), Universidade do Algarve (UAlg)
Este artigo constitui uma ferramenta de leitura obrigatória, ao fornecer importantes contributos à prática
psicológica: por um lado, a necessidade de pensar no turismo como um movimento individual, dinâmico e
complexo, visível na interligação entre os diferentes constructos psicológicos analisados, o que corrobora
a clara sinergia entre a psicologia e o turismo; por outro lado, a urgência de adotar uma visão holística e
considerar diferentes perspetivas, nomeadamente, do turista que vive a experiência na primeira pessoa, dos
trabalhadores no setor que, irrefutavelmente, são fundamentais neste movimento e da população residente,
que melhor conhece o potencial turístico dos seus locais de habitação. Assim, reforço o apelo dos autores,
ao nível da continuidade da investigação nesta área, especialmente, nesta fase que atravessamos, onde o
turismo sofreu perdas incalculáveis, o que nos vai permitir desenvolver experiências turísticas cada vez
mais significativas e promotoras de bem-estar.
emocional:
António Branco Vasco 1
1
Faculdade de Psicologia
da Universidade de Lisboa
impactos
no processo
terapêutico
PALAVRAS-CHAVE
ALEXITIMIA
CONSCIÊNCIA
EMOCIONAL
DIFERENCIAÇÃO
EMOCIONAL
REGULAÇÃO
FOTOG RAFIA ADOBE ST OCK
EMOCIONAL
PSICOTERAPIA
O conceito de alexitimia não é novo. Sifneos usou-o Um aspecto importante na prática clínica, é que pa-
pela primeira vez em 1973 para designar um grupo cientes com alexitimia apresentam piores resulta-
de características cognitivas e afetivas típicas de dos em psicoterapia. Apresentam mais dificuldades
clientes com perturbações somáticas. Apesar de ser na relação terapêutica, dificuldades na explicação
amplamente estudado e apresentar uma prevalên- dos seus problemas e sintomas residuais após a te-
cia elevada em contexto clínico, vários profissionais rapia, e os terapeutas podem vê-los como menos in-
de saúde não estão sensibilizados para este cons- teressantes ou até aborrecidos. Neste projecto tes-
tructo. Taylor e colaboradores (1997), numa tentati- támos um modelo de processamento emocional que
va de reduzir o número de concepções de alexitimia permite aos psicoterapeutas melhor articularem e
sugeridas na literatura, encontraram três factores conceptualizarem o construto alexitimia no contexto
centrais que podem ser usados para a conceptuali- da intervenção clínica e avaliámos como as variá-
zar: (1) dificuldade em identificar sentimentos e em veis desse modelo se comportavam no desenrolar
distingui-los das sensações corporais da emoção; do processo clínico. O modelo testado sugere que a
(2) dificuldade em comunicar sentimentos e; (3) consciência e a diferenciação emocionais medeiam
pensamento orientado para o exterior. A alexitimia a relação entre as diferentes componentes da alexi-
está associada a várias perturbações, como a de- timia e a regulação emocional (definida como con-
pressão, ansiedade, perturbações de personalidade junto de processos implicados na identificação, ex-
ou perturbações do espectro do autismo, não sendo pressão e modulação das emoções em diferentes
especifica de nenhuma patologia em particular. A contextos, Gross & Thompson, 2007).
literatura sugere que a alexitimia é melhor descrita
por um modelo multifatorial uma vez que múltiplas
variáveis estão envolvidas na sua etiologia.
Silva, A. N., Vasco. A. B. & Watson, J.C. (2017). Alexithymia and emotional processing: a mediation model.
Journal of Clinical Psychology, 73(9), 1196–1205.
www.dx.doi.org/10.1002/jclp.22422
Outras referências
Gross, J. J., & Thompson, R. A. (2007). Emotion regulation. Conceptual foundations. In J. J. Gross (Eds.),
Handbook of emotion regulation (pp. 3-24). New York. London. The Guilford Press.
Taylor, G. J., Bagby, R. M., & Parker, J. D. A (1997). Disorders of affect regulation: Alexithymia in medical
and psychiatric illness. Cambridge: Cambridge University Press.
Comentário
DO revisor Revisor
Marco Torrado
Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
do setor
PALAVRAS-CHAVE
hoteleiro
SATISFAÇÃO
NO TRABALHO do Algarve
SAÚDE
ORGANIZACIONAL
SUPORTE João Viseu 1
Patrícia Pinto 1
ORGANIZACIONAL Sérgio da Borralha 1
Saúl Neves de Jesus 1
TURISMO 1
Universidade do Algarve; CinTurs – Centro de Investigação em Turismo,
Sustentabilidade e Bem-Estar
O turismo é um setor fulcral a nível mundial, servin- âmbito, a evidência empírica tem salientado que
do como alavanca ao desenvolvimento económico existem algumas variáveis que devem ser alvo de
e à criação de emprego. Por exemplo, em 2018, o especial atenção, entre elas a satisfação no trabalho,
turismo representou mais de 10% do produto in- ou seja, o quão satisfeitos os indivíduos estão com a
terno bruto (PIB) global e mais de 300 milhões de sua profissão, contexto laboral e tarefas realizadas.
empregos estavam ligados a este setor. A resiliên- Quando os trabalhadores dos hotéis estão satisfei-
cia do turismo foi fundamental para que muitos paí- tos, eles estarão mais disponíveis para alcançar os
ses, incluindo Portugal, conseguissem ultrapassar seus objetivos laborais, a qualidade do serviço pres-
os efeitos nefastos da crise económica de 2008. tado será melhor e as relações interpessoais es-
Dados de 2019 demonstraram a relevância deste tabelecidas com os clientes serão mais saudáveis.
setor para Portugal, 7.1% do PIB português estava Deste modo, torna-se crucial compreender que
ligado à atividade turística e mais de 8% dos em- mecanismos contribuem para a satisfação profis-
pregos estavam, direta ou indiretamente, ligados sional destes indivíduos. Para tal, foi recolhida uma
a este setor. Estatísticas de 2020 indicaram que amostra de 504 indivíduos, 50% do sexo masculino
o emprego no turismo representava cerca de 6% e 50% do sexo feminino, com uma média de idades
da população ativa portuguesa. A literatura tem-se de aproximadamente 39 anos (M=39.48; DP=11.98)
debruçado sobre o impacto do turismo nos residen- e um tempo médio de serviço de 11 anos (M=11.13;
tes e das experiências dos turistas aquando da sua DP=11.20). O Algarve foi o local selecionado para
visita ao território nacional. Porém, há que conside- conduzir este estudo, uma vez que é um destino
rar a importância de todos os stakeholders ligados maduro e a região portuguesa com maior percenta-
ao turismo, incluindo os trabalhadores deste setor, gem de dormidas. Ademais, o Algarve é a segunda
particularmente aqueles que desempenham as suas zona geográfica com maior contributo económico
funções em estabelecimentos de hotelaria. Neste para o País, sendo só ultrapassado por Lisboa.
Viseu, J., Pinto, P., Borralha, S., & Jesus, S. N. (2021). Exploring the role of personal and job resources in
professional satisfaction: The case of the hotel setor in Algarve. International Journal of Culture, Tourism
and Hospitality Research.
www.doi.org/10.1108/IJCTHR-02-2021-0049
Comentário
DO revisor Revisora
Soraia Garcês
Universidade da Madeira/CIERL; CinTurs – Centro
de Investigação em Turismo, Sustentabilidade
e Bem-Estar
O trabalho apresentado demonstra grande aplicabilidade para a prática profissional. Em primeiro lugar,
foca um setor fundamental para Portugal: o turismo, setor empregador de muitos portugueses. Em se-
gundo lugar, realça a importância de compreender o que estará por detrás da satisfação profissional de
trabalhadores deste setor, população esta que passa, por vezes, “despercebida” na literatura científica,
mas que é um importante stakeholder. O estudo realizado junto destes trabalhadores revelou importantes
contributos para a prática. Entre eles, realço a necessidade de apostar em recursos psicológicos positivos,
valorizar o trabalhador, não descurar o papel da motivação e, em última instância, promover o seu bem-es-
tar. Simultaneamente, este artigo fornece de forma simples e prática, dicas relevantes para todas aquelas
organizações que ambicionam equipas com elevado desempenho, produtividade e bem-estar, e demonstra
o potencial da ligação entre a Psicologia e o Turismo.
comportamental 1
Departamento de Educação e
Psicologia, Universidade de Aveiro
2
Departamento de Psicologia e
Educação, Universidade Portucalense
COGNITIVO-
COMPORTAMENTAL
16 A INTERVENÇÃO COGNITIVO-COMPORTAMENTAL MEDIADA POR UMA APLICAÇÃO MÓVEL PARA A ANSIEDADE SOCIAL NO APOIO PSICOLÓGICO UNIVERSITÁRIO
R E S U M O
O presente estudo aborda as intervenções psicológicas, particularmente, a inter-
venção cognitivo-comportamental mediada por dispositivos móveis para a ansieda-
de social no contexto do apoio psicológico universitário. O nosso contributo enqua-
dra-se na área do mHealth com o desenvolvimento e avaliação de uma aplicação
móvel e plataforma do psicólogo (website) suportada pela evidência científica.
Uma breve pesquisa pela loja de aplicações presen- intervenções para a saúde mental suportada por
te nos nossos dispositivos móveis indica-nos que aplicações móveis foi confirmada. De igual modo,
existe uma quantidade esmagadora de aplicações tem havido um esforço em organizar e consolidar
móveis para a saúde mental disponíveis comercial- linhas de orientação para o desenvolvimento e ava-
mente. A questão fulcral é que a literatura científica, liação destas ferramentas, por exemplo, a APA criou
em geral, demonstra que a grande maioria dessas um modelo compreensivo com o objetivo de apoiar
aplicações móveis não apresentam qualquer infor- o psicoterapeuta e o paciente na escolha de uma
mação quanto às suas fontes, fundamento teórico, aplicação móvel para utilizar em contexto clínico.
nem a como foi desenvolvida ou testada, reflectindo Também a OPP elaborou um documento com linhas
a falta de evidência científica subjacente a muitas de orientação para a prestação de serviços de psi-
destas aplicações. Por exemplo, Alyami et al. (2017) cologia mediados pelas TIC.
identificaram várias aplicações móveis para a an-
siedade social disponíveis comercialmente, o seu Particularmente no contexto do ensino superior tem
estudo concluiu que não era possível recomendar surgido vários projetos científicos nesta área (Bri-
nenhuma aplicação por falta de suporte empírico. z-Ponce, et.al. 2017). No âmbito do nosso projeto
efectuamos uma revisão da literatura face à eficá-
No entanto, nos últimos anos, tem-se observado cia de intervenções mediadas por aplicações mó-
a um aumento significativo de investigações e pu- veis para estudantes e observamos que, ano após
blicações na área do mHealth, contribuindo para a ano, há cada vez mais publicações com este tipo
robustez empírica de muitas aplicações móveis já de intervenções. Para além do mais os resultados
ou futuramente disponíveis. Uma meta-análise de têm indicado que os estudantes aceitam e aderem
Linardon et al. (2019) concluiu que a evidência de facilmente a estas intervenções.
A INTERVENÇÃO COGNITIVO-COMPORTAMENTAL MEDIADA POR UMA APLICAÇÃO MÓVEL PARA A ANSIEDADE SOCIAL NO APOIO PSICOLÓGICO UNIVERSITÁRIO 17
Estas também parecem ser eficazes na A aplicação móvel desenvolvida assenta
redução de sintomatologia psicológica, nos princípios da intervenção cognitivo-
nomeadamente, stress, ansiedade, de- -comportamental para a ansiedade so-
pressão e na redução de alguns com- cial (Hope et al. 2010). Particularmente
portamentos de risco. inclui psicoeducação, registo de auto-
-monitorização, reestruturação cogniti-
Consequentemente, no actual proje- va, exercícios de relaxamento e de ex-
to, propusemo-nos a conceptualizar, posição. Inclui registo de informação
desenvolver e avaliar a usabilidade de em formato de texto, áudio ou imagem.
uma aplicação móvel e plataforma web
do psicólogo, para complementar a No sentido de “traduzir” e organizar
intervenção cognitivo-comportamental todo o conteúdo clínico da intervenção
para a ansiedade social, em estudantes cognitivo-comportamental para uma
universitários. De igual modo, pretende- aplicação móvel recorreu-se ao modelo
mos testar, no futuro, esta intervenção BIT de Mohr et al. (2014), denominado
quanto à sua efectividade. Behavioral Intervention Technology Mo-
del. Durante o processo de desenvolvi-
mento da aplicação móvel, constituiu-se
uma equipa multidisciplinar de inves-
tigadores da Universidade de Aveiro e
Universidade Portucalense; constituída
por duas psicólogas da Universidade
de Aveiro (aluna de doutoramento Car-
la Oliveira, Professora Anabela Pereira)
uma psicóloga da Universidade Portu-
calense (Professora Paula Vagos), um
investigador e dois alunos de mestrado
da área da computação móvel (Profes-
sor Ilídio Oliveira, Bruno Alves e Miguel
Maia) e um especialista em design da
interação (Professor Mário Vairinhos).
estudantes lista.
18 A INTERVENÇÃO COGNITIVO-COMPORTAMENTAL MEDIADA POR UMA APLICAÇÃO MÓVEL PARA A ANSIEDADE SOCIAL NO APOIO PSICOLÓGICO UNIVERSITÁRIO
Referências bibliográficas base do artigo
Oliveira, C., Pereira, A., Vagos, P. (2020). Effectiveness of mobile app-based psychological interventions
for college students: a systematic review of the literature. Frontiers in Psychology. doi: 10.3389/
fpsyg.2021.647606
Oliveira, C., Maia, M., Vairinhos, M., Pereira, A., Oliveira, I., Vagos, P. (2020). A social anxiety mobile
intervention for college students attending therapy: a usability and acceptability study. International
Journal of Human-Computer Interaction. [Manuscript number: IJHC-D-20-00720] [In press]
Outras referências
Alyami, M., Giri, B., Alyami, H., & Sundram, F. (2017). Social anxiety apps: A systematic review and
assessment of app descriptors across mobile store platforms. Evidence-Based Mental Health, 20(3), 65–70.
www.doi.org/10.1136/eb-2017-102664
Briz-Ponce, L., Pereira, A., Carvalho, L., Juanes-Méndez, J. A., & García-Peñalvo, F. J. (2017). Learning
with mobile technologies – Students’ behavior. Computers in Human Behavior. 72, 612-620. doi: 10.1016/j.
chb.2016.05.027
Linardon, J., Cuijpers, P., Carlbring, P., Messer, M., & Fuller-Tyszkiewicz, M. (2019). The efficacy of
app-supported smartphone interventions for mental health problems: a meta-analysis of randomized
controlled trials. World Psychiatry, 18(3), 325–336.
www.doi.org/10.1002/wps.20673
Ordem dos Psicólogos Portugueses (2019). Linhas de orientação para a prestação de serviços de psicologia
mediados por tecnologias da informação e comunicação (TIC)
Hope, D. A., Heimberg, R. G., & Turk, C. L. (2010). Managing Social Anxiety: A Cognitive-Behavioral
Therapy Approach Therapist Guide. Oxford University Press USA
Mohr, D. C., Schueller, S. M., Montague, E., Burns, M. N., & Rashidi, P. (2014). The Behavioral Intervention
Technology Model: An Integrated Conceptual and Technological Framework for eHealth and mHealth
Interventions. Journal of Medical Internet Research, 16(6), e146.
www.doi.org/10.2196/jmir.3077
Comentário
DO revisor
No contexto atual, verifica-se uma massificação da utilização de TIC e uma cada vez maior utilização de
Revisora
Ana Paula Matos
Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção
Cognitivo-Comportamental (CINEICC); Faculdade de Psico-
logia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra
dispositivos móveis para promover saúde mental, mas é necessária mais investigação para validar estas
intervenções. O projeto científico descrito no presente artigo vem dar resposta a esta necessidade de de-
senvolver e validar aplicações móveis, de acordo com as recomendações da APA, da OPP e do modelo BIT.
As intervenções na área da mHealth têm sido desenvolvidas para vários problemas psicológicos, como a
ansiedade, mas a literatura é escassa no que se refere ao desenvolvimento de aplicações móveis específicas
para a ansiedade social. O estudo apresentado pelas autoras neste artigo, com estudantes universitários,
da aplicação móvel por elas desenvolvida, revela-se por isso muito pertinente e vai permitir alcançar uma
intervenção para a ansiedade social baseada em evidencia que tem um grande potencial de disseminação
e sustentabilidade.
Acresce que as autoras desenvolveram a sua intervenção tendo por base um modelo de comprovada eficá-
cia no tratamento da ansiedade social, a Terapia Cognitivo-comportamental. Sendo que esta solução, que
inclui uma aplicação móvel e uma plataforma web para o psicólogo, já foi estudada relativamente à sua
usabilidade e poderá no futuro revelar-se um complemento muito útil da intervenção face a face.
A INTERVENÇÃO COGNITIVO-COMPORTAMENTAL MEDIADA POR UMA APLICAÇÃO MÓVEL PARA A ANSIEDADE SOCIAL NO APOIO PSICOLÓGICO UNIVERSITÁRIO 19
Efeitos de um
programa breve
de mindfulness
sobre a saúde
FOTOGRAFIA ADOBE STOCK
psicológica
PALAVRAS-CHAVE
ANSIEDADE
de estudantes
DEPRESSÃO
INTERVENÇÃO
universitários
BREVE BASEADA
EM MINDFULNESS
Roberto Chiodelli 1
REGULAÇÃO Luana Thereza Nesi de Mello 1
Saúl Neves de Jesus 1
EMOCIONAL Ilana Andretta 2
STRESSE 1
Universidade do Algarve; CinTurs – Centro de Investigação em Turismo,
Sustentabilidade e Bem-Estar
2
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)
Os efeitos desta IBM breve estão indicados na tabela 1. Destaca-se os efeitos significativos benéficos
em todas as variáveis analisadas, com tamanho de efeito alto para regulação emocional e depressão. O
instrumento das variáveis depressão, ansiedade e stresse indica cinco níveis de classificação: Normal,
Leve, Moderado, Grave e Muito Grave. Ao analisar as médias antes e depois do programa, verifica-se
que o nível de depressão permaneceu no “normal”, enquanto que os níveis de ansiedade e stresse re-
grediram do “moderado” para o “normal”. Antes de iniciar o programa, 12 participantes apresentaram
um nível de depressão mais elevado do que o “normal” e, ao finalizarem as 6 sessões, apenas 4 alunos
indicaram nível de depressão acima do “normal”. Do mesmo modo, este número reduziu em relação à
ansiedade e ao stresse (19 para 11 e 25 para 13, respetivamente).
EFEITOS PRÉ E PÓS TESTE DE UMA IBM BREVE EM UNIVERSITÁRIOS FINALISTAS (N = 34)
Instrumento
Média Mediana DP t/Z p d/r
e Avaliação
1
Variáveis com distribuição normal analisadas
pelo Teste t pareado; tamanho de efeito: d
2
Variáveis não paramétricas analisadas pelo teste
Wilcoxon pareado (Z); tamanho de efeito: r
* p < 0,05
Chiodelli, R., Mello, L. T. N., Jesus, S. N., & Andretta, I. (2020). Effects of a Brief Mindfulness-Based
Intervention on Depression, Anxiety, and Stress in Senior Students. Trends in Psychology, 28, 529–545. Esta investigação demonstrou que este
doi:10.1007/s43076-020-00034-2 programa adaptado de mindfulness é
uma ferramenta capaz de promover a
Chiodelli, R., Mello, L. T. N. D., Jesus, S. N., Beneton, E. R., Russel, T., & Andretta, I. (2020). Mindfulness- saúde mental em contexto universitário.
based interventions in undergraduate students: a systematic review. Journal of American College Health.
doi:10.1080/07448481.2020.1767109 Estes resultados predizem uma melho-
ria na qualidade de vida dos participan-
tes. Sugere-se que futuras investiga-
ções utilizem grupo controlo, follow-up
e medidas biológicas.
O artigo avalia o impacto de uma breve Intervenção Baseada em Mindfulness (em português, termo habit-
ualmente traduzido como Atenção Plena) (IBM) junto de estudantes universitários que se encontram na fase
de transição para a sua vida profissional. Sabe-se que as transições e as mudanças ao longo do ciclo de
vida, mesmo quando normativas, requerem dos indivíduos processos adaptativos exigentes, potencialmente
geradores de dificuldades na gestão de emoções e sentimentos difíceis. Para alguns, estes momentos po-
dem mesmo desencadear dificuldades mais sérias ao nível da saúde mental.
Este artigo vem demonstrar como as IBM, ainda que breves, podem gerar resultados significativamente pos-
itivos em diversas dimensões do bem-estar e da saúde mental. Talvez por esta razão se registe o interesse
crescente de muitos/as psicólogos/as na formação nesta área. No entanto, é indispensável que esta prática,
como qualquer outra prática psicológica, seja baseada em evidência científica.
Este estudo mostra como as IBM podem constituir-se uma importante aposta da intervenção psicológica
com vista à prevenção e à promoção da saúde mental e do bem-estar, não só em estudantes universitários,
como também noutros indivíduos, em momentos de transição de vida, ao serem confrontados com diversas
exigências num mundo em constante mudança.
e Estádios de
João Salgado 1
1
Universidade da Maia – ISMAI &
Centro de Psicologia da Universidade
2
Universidade Fernando Pessoa
Mudança em
do Porto
Psicoterapia com
Clientes Vítimas
de Violência
na Intimidade
PALAVRAS-CHAVE
ESTÁDIOS
DE MUDANÇA
PSICOTERAPIA
TERAPIA FOCADA NAS
EMOÇÕES
VIOLÊNCIA NA
FOTOG RAFIA ADOBE ST OCK
INTIMIDADE
VITIMAÇÃO
24 ESTRATÉGIAS EXPERIENCIAIS E ESTÁDIOS DE MUDANÇA EM PSICOTERAPIA COM CLIENTES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA INTIMIDADE
R E S U M O
Este artigo aborda possíveis dificuldades na intervenção psicológica com mulhe-
res vítimas de violência na intimidade e como as endereçar através de estratégias
experienciais, derivadas da Terapia Focada nas Emoções. São descritas sumaria-
mente as tarefas de: Criar um Espaço para ajudar com dificuldades no foco aten-
cional associadas à segurança pessoal e Trabalho de Duas Cadeiras para ajudar
com o medo da mudança.
ESTRATÉGIAS EXPERIENCIAIS E ESTÁDIOS DE MUDANÇA EM PSICOTERAPIA COM CLIENTES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA INTIMIDADE 25
MEDO DA MUDANÇA pressão de um lado do self “opressor”
Por vezes, podem surgir na consul- e evitante (que frequentemente carrega
ta clientes que apresentam um foco narrativas invalidantes sobre violência e
nas queixas decorrentes da violência género) e, posteriormente, aceder à ex-
sofrida, apesar de não expõem a sua periência subjetiva associada ao abuso,
situação de VI como um problema a incluindo às necessidades e tendências
resolver. De acordo com o modelo de à ação adaptativas (e.g., de proteção)
mudança, esta situação poderá ser e emoções mobilizadoras da mudança
encarada como uma fase de pré-con- terapêutica (e.g., raiva assertiva), o que
templação do problema. Nestes casos, fomenta uma maior consciência da VI
a VI pode ser legitimada ou minimiza- como problema alvo (ultrapassando-se
da através de valores culturais e/ou a pré-contemplação).
de causas percebidas como imutáveis
(e.g., ciúme excessivo do parceiro) e o PREOCUPAÇÃO AVASSALADORA
medo, muitas vezes, impede as clientes COM A SEGURANÇA
de reconhecer a experiência emocional Quando as clientes já se encontram nos
do abuso, contendo a dor e impedindo estádios de ação, os esforços ativos de
a mudança. De acordo com a TFE, este procura de bem-estar e segurança po-
evitamento representa um marcador de dem acarretar desafios acrescidos (e.g.
autointerrupção. Neste caso, o terapeu- aumento do medo de revitimação). Nes-
ta pode propor uma tarefa de Trabalho tas situações, é comum surgirem preo-
de Duas Cadeiras. Após uma reflexão cupações avassaladoras diversificadas,
inicial (e.g., “Parece que há uma parte que criam dificuldades no foco atencio-
sua que a faz esconder a sua dor”), re- nal, nomeadamente uma sensação de
correm-se a duas cadeiras para se re- assoberbamento. Para se lidar com este
presentarem dois lados distintos do self marcador de dificuldades no foco aten-
(o lado que experiencia versus o lado cional, a TFE propõe a tarefa de Criar
que evita). No contexto de uma relação um Espaço. Neste caso, propõe-se uma
terapêutica caracterizada pela sintoni- versão adaptada desta tarefa, com a
zação e presença empáticas, criam-se, proposta de se estabelecer uma distân-
assim, oportunidades para facilitar a ex- cia produtiva dos problemas imediatos
(e.g., “É como se tudo aí dentro estives-
se a acontecer simultaneamente, fican-
do sem espaço para respirar.”), guiando
depois a cliente através dos seguintes
passos:
A. Listar e/ou simbolizar cada preocu-
pação, utilizando metáforas de conten-
ção
B. Priorizar a preocupação a trabalhar
naquela sessão
C. Avaliar os recursos disponíveis para
resolver a situação e correspondente
nível de risco
D. Se necessário, providencia-se infor-
mação valiosa sobre recursos que po-
dem ser acedidos (e.g., opções legais),
Quando as clientes bem como
E. Estratégias de ação e medidas con-
já se encontram tingentes ao problema (e.g., planos de
segurança).
nos estádios de CONCLUSÃO
ação, os esforços A investigação tem vindo a demonstrar
a necessidade de adaptar intervenções
ativos de procura psicológicas mais adaptadas às ne-
cessidades e contexto de vida atual de
26 ESTRATÉGIAS EXPERIENCIAIS E ESTÁDIOS DE MUDANÇA EM PSICOTERAPIA COM CLIENTES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA INTIMIDADE
Referências bibliográficas base do artigo
Leal, J., Cunha, C., Santos, A. & Salgado, J. (2021) Helping Clients Victimized by Intimate Partners
Through Stages of Change: An Emotion-Focused Approach. Journal of Contemporary Psychotherapy, 51,
41–48
Comentário
DO revisor Revisora
Ana Rodrigues
Coordenadora da Linha de Apoio ao Isolamento
da Câmara Municipal de Matosinhos
Fazer psicoterapia com mulheres vítimas de violência doméstica é um processo muito exigente. Qualquer
formação de Técnico/a de Apoio à Vítima salienta que é expectável um processo de avanços e retrocessos,
assentes no próprio ciclo, mas também nas crenças e sentimentos acerca de si próprias, do agressor, dos
outros e do mundo, que estas vítimas desenvolveram e/ou solidificaram no contexto da própria relação.
Com isto em mente, consegue perceber-se como a resistência à mudança e o medo de lidar com o de-
sconhecido são variáveis muitos comuns nestes processos terapêuticos e difíceis de ultrapassar. Da minha
experiência, aumentar o conhecimento acerca do ciclo de violência de que a própria é alvo, elaborar planos
de segurança, validar a pessoa e os seus sentimentos e diminuir a sintomatologia são os resultados mais
rapidamente alcançáveis. Mais difícil é conseguir a adesão ao processo efetivo de mudança, no sentido da
libertação definitiva daquela situação de violência.
Precisamente por esse motivo, este artigo é muito relevante para a prática clínica, contribuindo, de forma
pragmática, para a promoção empática do processo de mudança e propondo tarefas experienciais espe-
cíficas para lidar com os diferentes estádios (do processo de mudança) em que a cliente se encontra. Por
outro lado, focar nos aspetos emocionais é também uma forma muito interessante e alternativa de trabalhar
com aquelas vítimas que cognitivamente efetuaram todo o caminho, mas não conseguiram ainda eliminar a
dissonância entre o que sabem e o que sentem. Resta apontar a necessidade de aprofundar o conhecimento
prévio acerca da terapia que as enquadra, de modo a usá-las de forma produtiva e adequada.
ESTRATÉGIAS EXPERIENCIAIS E ESTÁDIOS DE MUDANÇA EM PSICOTERAPIA COM CLIENTES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA INTIMIDADE 27
AUTORES & REVISORES
A U T O R E S
Ana Nunes da Silva Luana Thereza Nesi de Mello
Membro OPP: 3013 Membro OPP: 128934
Email: acsilva@psicologia.ulisboa.pt Email: luana.nesi@gmail.com
Carla Cunha
Membro OPP: 1006 Roberto Chiodelli
Email: ccunha@ismai.pt Membro OPP: 24591
Email: robertochiodelli@yahoo.com.br
Carla Oliveira
Membro OPP: 129481 Saúl Neves de Jesus
Email: carlaandreia@ua.pt Membro OPP: 6056
Email: snjesus@ualg.pt
Ilana Andretta
Email: ilana.andretta@gmail.com Sérgio da Borralha
Membro OPP: 15096
João Leal Email: sergio_borralha@hotmail.com
Membro OPP: 16841
Email: d011792@ismai.pt Soraia Garcês
Membro OPP: 14432
João Salgado Email: soraia@staff.uma.pt
Membro OPP: 4956
Email: jsalgado@ismai.pt
João Viseu
Membro OPP: 20890
Email: jnviseu@ualg.pt
28
r e v i s o r e s
Ana Paula Matos
Membro OPP: 5836
Email: apmatos@fpce.uc.pt
Ana Rodrigues
Membro OPP: 16594
Email: anam.cr@hotmail.com
Carla Fernandes
Membro OPP: 280
Email: carlafernandes.psicologia@gmail.com
Marco Torrado
Membro OPP: 404
Email: mtorrado@medicina.ulisboa.pt
Soraia Garcês
Membro OPP: 14432
Email: soraia@staff.uma.pt
29
Normas para
submissão de artigos
01. 08.
O artigo deve ser escrito em português. O texto do artigo deverá contemplar as seguintes
seções:
02. A. Título.
A(s) referência(s) bibliográfica(s) a partir da(s)
qual(is) o artigo foi escrito deve(m) ter sido publi- B. Nome(s) do(s) autor(es), respetiva(s) afil-
cada(s) nos últimos 5 anos. iação(ões) institucional(is), contato(s) de e-mail (e
nº de membro da OPP, para os que cumprirem este
03. requisito).
O(s) autor(es) do artigo deve(m) coincidir com o(s)
autor(es) da referência a partir da qual o artigo foi C. Breve resumo, em que é explicitado o principal
escrito. objetivo do artigo | máximo 500 caracteres, incluin-
do espaços.
30
31
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