Você está na página 1de 2

O governo reclassificou despesas nas áreas de saúde, educação e segurança, que

passaram a compor o PAC a partir de 2012;

2013-2014, ampliou a margem de dedução para contemplar desonerações tributárias.

2015, o governo propôs cumprir uma meta cheia de resultado primário, de 1,2%
p.p. do PIB.

● A meta se mostrou realizável


● A alteração na legislação previu déficit e deduções

2016, o governo propôs uma meta inicial cheia de 0,5% p.p. do PIB

O PAC teve critérios de enquadramento flexibilizados e acomodou crescente volume de


despesas que não são investimentos propriamente ditos.

➢ Ocasionou uma situação contraditória

➢ Volumes de execução do PAC dobraram, influenciados por reclassificações e outras


despesas como os subsídios do programa MCMV

➢ FBCF do governo central permaneceu praticamente estagnada nos anos 2010-2014

*Tabela*

A margem de dedução, formada inicialmente por uma carteira seletiva de projetos


prioritários de investimentos, foi gradualmente alterando sua composição e, no período mais
recente, praticamente deixou de ter qualquer relação com investimentos prioritários.

➢ Essa fragilidade e rigidez, que caracteriza a política fiscal brasileira, torna os


investimentos públicos muito vulneráveis no regime fiscal.

Havia a combinação da desaceleração das receitas e a expansão das despesas em um


cenário de baixo crescimento econômico - relacionado aos gastos sociais, que já vinham
crescendo desde a década de 1990, ao qual se somaram novos gastos.

➢ Ocasionou a brusca redução do espaço fiscal para investimentos no período


2011-2014.

Às medidas que foram usadas de formas artificiais para se alcançar as metas fiscais
(receitas não recorrentes, ampliação forçada da margem de deduções e postergação de
pagamentos) foram como um instrumento pouco transparente
Isso consolidou uma mudança na composição da política fiscal, com a passagem
de um período no qual o espaço fiscal criado pelas flexibilização do regime de metas
foi canalizado principalmente para investimentos (2006-2010) e para um período
de maior crescimento dos subsídios e das desonerações (2011-2014). Essa mudança, em
um contexto internacional adverso e de incertezas em relação ao regime fiscal, contribuiu
para o malogro da estratégia de retomada do crescimento econômico.

Você também pode gostar