Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Eu amo aprender; e eu amo aprender sobre como aprender. Este livro está
focado em conceitos, padrões e processos que podem ajudar você e eu a aprender por
nós mesmos as doutrinas fundamentais e os princípios do evangelho restaurado de
Jesus Cristo.
O título deste livro foi tirado do nono capítulo do livro de Provérbios: “Instrui
ao sábio, e ele se fará mais, sábio; ensina ao justo, e ele crescerá em entendimento.
O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; e o conhecimento do Santo é o
entendimento. (Provérbios 9:9-10; ênfase adicionada). Este livro trata do porque nós
devemos e como nós podemos “aprender mais”.
Ao longo de toda minha vida tenho sido orientado pela seguinte escritura:
“procurai conhecimento, sim, pelo estudo e também pela fé” (Doutrina e Convênios
88:118). E eu aprendi de forma clara que o verdadeiro e confiável professor é o
Espírito Santo, que “vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo” (João
16:26) e “ensinará as coisas pacíficas do reino” (Doutrina e Convênios 36:2). Como
resultado, eu busquei neste livro ligar alguns dos dons espirituais associados à
companhia do terceiro membro da Deidade, o Espírito Santo, e nossa
responsabilidade de aprender “a doutrina do reino... [e] todas as coisas... pertinentes
ao reino de Deus, que vos convém compreender;” (Doutrina e Convênios88:77-78).
Eu admito ter tido reservas no que diz respeito a escrever este livro, assim
como eu me preocupei sobre a capacidade das palavras de uma página em transmitir
plenamente o objetivo da minha mensagem ou, mais importante, facilitar o processo
de aprendizado espiritual que é iniciado pela fé no Senhor Jesus Cristo. Através da
expiação do Salvador, eu e você como discípulos somos abençoados com o dom do
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
livre arbítrio moral. Por causa desta benção celestial, somos agentes com a
capacidade e poder “para agir” e não somente meros objetos “para receber ação” (2
Néfi 2:26).
Aprender e viver o evangelho de Jesus Cristo requer que nós:
• leiamos e estudamos as escrituras e ensinamentos dos profetas vivos e
apóstolos, como agentes e não como objetos;
• oremos e peçamos com fé e nos submetamos à vontade do Pai, como
agentes e não como objetos;
• adoremos e sirvamos a Deus com todo nosso coração, poder, mente e força,
como agentes e não como objetos.
Eu pessoalmente não sei de um princípio mais central, importante ou essencial
ao crescimento espiritual que o princípio de agir como agentes e não como sendo
objetos recebedores de ação.
Este livro não tem o objetivo de promover uma leitura rápida, casual ou
relaxante. Ele também não descreve ou prescreve métodos específicos ou hábitos de
estudo, e você não encontrará uma longa lista de recomendações ou coisa “para
fazer”. Este livro não tem por objetivo dar respostas doutrinárias definitivas para
questões prementes e questões dos nossos dias.
Em vez disso eu convido você, ao longo deste livro, envolver-se nas várias
experiências de aprendizagem para que possas cada vez mais “ser independente”
(Doutrina e Convênios78:14) e aprender a encontrar resposta para suas próprias
questões. Consequentemente, enquanto avançar pelos capítulos você precisará ler,
estudar, ponderar, buscar, pedir, bater, registrar pensamentos e sentimentos, ligar,
conectar, revisar, religar, pedir novamente, começar novamente, e o mais importante,
agir. Ler este livro exigirá um trabalho diligente e compromisso resoluto. Somente
quando nós “agimos em doutrina” (Doutrina e Convênios 101:78) o Espírito Santo
finalmente é efetivado como o mestre de toda a verdade.
Quando você se esforçar aprender mais, por favor, lembre-se que as doutrinas e
Cada e todo membro da Igreja de Jesus Cristo do Santos dos Últimos Dias tem
a responsabilidade pessoal de aprender e viver as verdades do evangelho restaurado
do Salvador e de receber pela devida autoridade as ordenanças de salvação. Não
devemos esperar que a Igreja como organização ensine ou diga-nos todas as coisas
que precisamos saber e fazer para tornarmo-nos discípulos devotados que
valentemente perseverarão até o fim. (veja Doutrina e Convênios 121:29). Ao
contrário, nossa responsabilidade individual é aprender que nós devemos aprender,
viver como nós sabemos que devemos viver, e nos tornar o que o Mestre deseja que
nos tornemos.
Quando o jovem Joseph Smith saiu do bosque sagrado para sua casa logo
depois do aparecimento do Pai e do Filho, ele falou primeiramente com sua mãe.
Quando ele “apoiou-se na lareira, [sua] mãe perguntou-me o que se passava. [Joseph]
respondeu: “Não se preocupe, tudo está bem—eu estou bem”. [Ele] Então disse a ela:
'Aprendi por mim mesmo. . .'” (Joseph Smith – History 1:20; itálico adicionado).
O objetivo principal do grande plano de felicidade do Nosso Pai Celestial é dar
a Seus filhos espirituais oportunidades de aprender. O livre arbítrio moral
proporcionado a todos os filhos do Pai através do plano de salvação e da Expiação de
Jesus Cristo está divinamente preparado para facilitar nosso aprendizado. Como o
Élder Bruce C. Hafen explicou, por causa da “Expiação de Jesus Cristo [nós
podemos] aprender com nossas experiências sem sermos condenados por tais
experiências. (“Eve Heard All These Things,” 32; emphasis added).
O Salvador disse, “Aprende de mim e ouve minhas palavras; anda na mansidão
de meu Espírito e terás paz em mim” (Doutrina e Convênios 19:23). Somos
auxiliados no aprendizado e entendimento das palavras de Cristo pelo Espírito Santo,
o terceiro membro da Deidade. O Espírito Santo revela e testemunha a verdade de
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
todas as coisas e nos faz lembrar de todas as coisas. (veja João 14:26; 16:13; Morôni
10:5; Doutrina e Convênios 39:6). O Espírito Santo é o professor que acende dentro
de nós um grande amor pelo aprendizado.
Nós repetidamente somos admoestamos nas revelações a pedir com fé quando
nos falta conhecimento (veja Tiago 1:5-6), “procurai conhecimento, sim, pelo estudo
e também pela fé” (Doutrina e Convênios 88:118), para saber de Deus que nós
podemos receber instruções do Seu Espírito (veja Doutrina e Convênios 6:11) e
conhecer os “mistérios que são grandes e maravilhosos” (Doutrina e Convênios 6:11).
A Igreja de Jesus Cristo foi restaurada nos dias de hoje para “[preservar] com
segurança” (Doutrina e Convênios 42:56) as santas escrituras, a pura doutrina, e as
ordenanças de salvação do evangelho do Salvador; e para ajudar indivíduos e famílias
a saberem mais e receberem estas bençãos celestes.
Joseph Smith
O Profeta Joseph Smith foi o maior aprendiz na dispensação da plenitude dos
tempos. Ele era um sincero e ávido estudante, seus professores foram membros da
Deidade e anjos, e seu curriculum estava focado nas verdades da eternidade. Joseph é
o exemplo excelente de um humilde e diligente aprendiz.
Joseph “amava aprender”, observou George Q. Cannon. “Ele adorava o
conhecimento por causa de seu poder de retidão. Em meio as tribulações que o
rodearam desde o dia quando pela primeira vez ele tornou conhecido a um mundo
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
incrédulo sua comunicação com os céus, ele foi sempre avançando na aquisição de
inteligência. O Senhor lhe ordenara a estudar, e ele foi obediente. . . . Sua mente,
vivificada pelo espírito, apegou-se prontamente a todo princípio verdadeiro e um por
um ele dominou-os e tornou-se mestre” ( Life of Joseph Smith, 199).
A majestade, o alcance e o impacto permanente do ministério mortal de Joseph
Smith certamente não são resultado de uma educação secular e posição privilegiada.
A falta de educação escolar formal de Joseph Smith é um fato muito bem consumado.
Como ele era um garoto do campo membro de uma família humilde, ele não
frequentava a escola com frequência como fazia as outras crianças. Sua educação
formal estava limitada ao estudo dos rudimentos da leitura, escrita e aritmética (see
Joseph Smith, “History of the Life of Joseph Smith” [1832], n. p.) Joseph descreveu a
si mesmo como “um menino obscuro, de apenas quatorze para quinze anos de idade,
e minha situação na vida fizesse de mim um menino sem importância no mundo . . .
condenado à necessidade de obter um sustento escasso com seu trabalho diário”
(Joseph Smith – History 1:22-23).
Emma Hale Smith fez um notável comentário sobre as limitações educacionais
do seu esposo. “Joseph não conseguia escrever e nem lêr uma carta coerente e bem
escrita, muito menos ditar um livro como o Livro de Mórmon. E, embora eu fosse
uma participante ativa nos episódios que se seguiram; e estado presente durante a
tradução das placas; e tido conhecimento das coisas como elas aconteceram; isto é
maravilhoso para mim, 'uma maravilha e um assombro,' tanto quanto para qualquer
outra pessoa também o é.” (in Joseph Smith III, “Last Testimony of Sister Emma,”
289-90).
Durante o trabalho de tradução Emma atuou temporariamente como um
escriba. Ela relatou: “'[Joseph] não conseguia pronunciar a palavra Sariah.' E uma vez
enquanto traduzia, onde [o texto] falava dos muros de Jerusalém, ele parou e disse,
'Emma, Jerusalém tinha muros em volta dela?' Quando [Emma] disse-lhe que tinha,
ele respondeu, 'Oh, eu pensei que eu estivesse enganado'” (in E. C. Briggs, “Brother
Joseph Smith,” 396).
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
Embora ele tivesse acesso limitado a oportunidades de graduação acadêmica,
as experiências e instruções celestiais criaram nele um insaciável desejo de aprender
que ficou evidente através de toda sua vida. E ele diligentemente ensinou os Santos
da mesma forma a buscar a aprendizagem e o conhecimento que vem de Deus.
“As coisas de Deus são profundamente importantes; e somente com o tempo,
experiência e cuidadosa e solene reflexão podemos descobri-las. Ó homem, se
quiseres conduzir uma alma para a salvação, tua mente precisa estender-se até o mais
alto céu e contemplar o profundo abismo e vasculhar a ampla expansão da eternidade:
é preciso ter comunhão com Deus.
Quão mais dignos e nobres do que a vã imaginação do coração humano! . . .
“. . .Que a honestidade, seriedade, sinceridade, solenidade, virtude, pureza,
mansidão e simplicidade coroem sua cabeça em todos os lugares; para enfim se
tornarem como criancinhas, sem malícia, dolo ou hipocrisia. E agora, irmãos, após
suas tribulações, se fizerem essas coisas e exercerem sempre fervorosa oração e fé, à
vista de Deus, Ele lhes dará conhecimento por meio de Seu Santo Espírito, sim, pelo
indescritível dom do Espírito Santo” (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, 267-
68)
George A. Smith, enquanto servia na Primeira Presidência, relatou: “Joseph
Smith ensinou que todo homem ou mulher deve buscar o Senhor para obter
sabedoria, a fim de poderem adquirir conhecimento Daquele que é a fonte do
conhecimento; e as promessas do evangelho, conforme reveladas, autorizam-nos a
acreditar que, seguindo esse procedimento, devemos alcançar o objetivo de nossa
busca” (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, 266).
“Quando subimos uma escada, somos obrigados a começar debaixo e subir
degrau por degrau, até chegar ao alto; o mesmo acontece com os princípios do
Evangelho – devemos começar com o primeiro, e continuar subindo até que
tenhamos aprendido todos os princípios de exaltação. Mas só muito tempo depois de
termos passado pelo véu é que os aprenderemos. Não compreenderemos tudo neste
mundo; teremos muito trabalho para aprender nossa salvação e exaltação, mesmo
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
depois da morte” (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, 268).
Joseph Smith e seus conselheiros na Primeira Presidência deram as seguintes
instruções aos Santos que estavam se reunindo em Nauvoo: Aos que (...) podem
auxiliar nesta grande
obra, dizemos, venham para este lugar; ao fazê-lo, estarão não
apenas auxiliando no progresso do Reino, mas terão condições de poder aproveitar
as instruções da Presidência e de outras autoridades da Igreja e subir cada vez mais
alto na escala da inteligência até que possam ‘compreender, com todos os santos, qual
seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade; e conhecer o amor de
Cristo que excede todo o entendimento’. [Efésios 3:18–19]”.
“Deus nada revelou a Joseph que não dará a conhecer aos Doze, e até o menor
dos santos pode conhecer todas as coisas na proporção em que puder suportá-las,
porque dia virá em que
ninguém dirá a seu próximo, Conheça o Senhor; porque todos O conhecerão (...)
desde o menor até o maior” (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, 268).
Cada um de nós pode ser abundantemente abençoado quando passamos a
entender nossa responsabilidade individual de aprender muito bem o que devemos
aprender; como devemos aprender; e finalmente o que podemos nos tornar seguindo
o exemplo do maior de todos os discípulos dos últimos dias, o Profeta da
Restauração, Joseph Smith.
Brigham Young
Embora o Presidente Brigham Young tivesse apenas onze dias de escolaridade
formal, ele entendia a necessidade de aprender tanto a sabedoria de Deus quanto as
coisas deste mundo. Ele foi marceneiro, missionário, colonizador, governador e um
profeta do Senhor.
Me maravilha a forma como Brigham Young aprendeu e quanto ele aprendeu.
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
Ele nunca cessou de aprender com as revelações do Senhor, com as escrituras e com
os bons livros. Talvez o Presidente Young fosse um aluno inveterado exatamente
porque ele não fora constrangido pelos limites arbitrários tão frequentemente
impostos pelas estruturas e processos da educação formal. Ele claramente aprendeu a
amar o aprendizado. Ele claramente aprendeu como aprender. Ele por fim tornou-se
um poderoso discípulo e mestre justamente porque ele primeiro era um aluno eficaz.
O Presidente Brigham Young várias vezes ensinou que o objetivo da nossa
existência mortal é aprender. (veja Discursos de Brigham Young, 87). As seguintes
citações do Presidente Young enfatiza esta verdade.
“A religião aceita pelos santos dos últimos dias, se for ao menos
superficialmente entendida, incentivá-los-á a procurar diligentemente adquirir
conhecimento. [Ver Doutrina e Convênios 88:118.] Não existe no mundo outro povo
mais ansioso para ver, ouvir, aprender e compreender a verdade” (Ensinamentos:
Brigham Young, 194).
“Empreguem toda a habilidade que tiverem para adquirir conhecimento o mais
rápido possível, reúnam toda a vitalidade da mente e princípio de fé que puderem e,
então, transmitam o conhecimento adquirido ao povo” (Ensinamentos: Brigham
Young, 247).
Esta obra é um trabalho progressivo. A doutrina ensinada pelos santos dos
últimos dias tem a capacidade de exaltar, aumentar, expandir e ampliar cada vez mais,
até que possamos conhecer como somos conhecidos e ver como somos visto”
(Ensinamentos: Brigham Young, 90).
“Estamos na escola, continuamos aprendendo e não esperamos parar de
aprender enquanto vivermos nesta Terra; e, quando passarmos para além do véu,
pretendemos continuar a aprender e a desenvolver nosso lastro de conhecimentos.
Essa idéia parece estranha para algumas pessoas, mas isso se deve à clara e simples
razão de que não temos a capacidade de receber todo o conhecimento de uma só vez.
Precisamos, portanto, receber um pouco aqui e um pouco ali” (Ensinamentos:
Brigham Young, 91).
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
“Poderíamos perguntar: Quando pararemos de aprender? Dar-lhes-ei minha
opinião sobre esse assunto: Nunca, nunca (Ensinamentos: Brigham Young, 195).
A aceitação e subsequente conversão de Brigham Young ao evangelho de Jesus
Cristo alimentaram sua incessante curiosidade e amor pelo aprendizado, e ele
testificou que nós nunca somos deixados sozinhos ou desamparados.
“De acordo com o conhecimento que possuo, se vocês seguirem os
ensinamentos de Jesus Cristo e Seus apóstolos, conforme se acham registrados no
Novo Testamento, todo homem e mulher receberá o Espírito Santo; (…) Eles
conhecerão as coisas que existem, que existirão e que já existiram. Entenderão as
coisas que estão nos céus, na Terra e debaixo da Terra, coisas concernentes ao tempo
coisas concernentes à eternidade, de acordo com seus diversos chamados e
capacidades” (Ensinamentos: Brigham Young, 68).
O aprendizado continuo pessoal e espiritual evidenciado na vida de Brigham
Young é um valoroso exemplo para você e para mim.
Gordon B. Hinckley
Gordon B. Hinkley foi um aprendiz por toda sua vida. Quando era garoto ele viveu
com sua família “numa grande e antiga residência. Uma das salas era chamada de
biblioteca. Ela tinha uma mesa firme e uma boa lâmpada, três ou quatro cadeiras
confortáveis com boa iluminação, e livros organizados que se alinhavam pela parede.
Haviam muitos volumes; comprados por [seu] pai e sua mãe ao longo de muitos anos.
“Nós nunca fomos forçados a lê-los, mas eles foram colocados onde eles
ficavam ao alcance e onde nós podíamos pegá-los sempre que desejássemos.
“Havia silêncio naquela sala. Ficava entendido que aquele era um lugar de
estudo.
“. . . lá havia um ambiente . . . de aprendizado. Eu não quero que vocês pensem
que nós éramos grandes estudiosos. Mas nós ficávamos expostos a grandes
literaturas, grandes ideias de grandes pensadores, e a linguagem de homens e
mulheres que pensavam profundamente e escreviam maravilhosamente bem.
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
Gordon B. Hinckley completou seu curso no ensino médio em 1928 e se
matriculou na Universidade de Utah naquele outono. Enquanto prosseguia em seus
estudos de graduação, ele planejou obter um diploma de graduação em jornalismo.
Ele terminou seus estudos universitários em 1932 e então serviu na missão europeia
de 1933 a 1935. Na volta para casa após sua missão, ele colocou de lado sua ambição
de obter uma pós-graduação para aceitar o emprego de executivo do comitê de rádio,
publicidade e missão literária da Igreja. Exceto por um curto período em 1940, ele
usou todo o tempo restante da sua vida trabalhando e servindo nos escritórios da
Igreja em Salt Lake City.
Todos que conheceram e trabalharam com Gordon B. Hinckley maravilhavam-
se com sua constante curiosidade e desejo de aprender. O rumo seguido por ele em
sua vida o expôs a processos de gerenciamento de pessoas e organizações, às
complexidades do mundo financeiro, à exatidão da arquitetura e construção, aos
meandros das instituições educacionais e seus procedimentos e a uma infinidade de
outros assuntos e competências. Seu conhecimento e domínio destas várias
disciplinas foi inspirador.
Como Presidente da Igreja, ele ensinou frequente e vigorosamente sobre nossa
contínua responsabilidade de sempre aprender.
“Nenhum de nós . . . sabe o suficiente. O processo de aprendizado é um
processo sem fim. Nós devemos observar, assimilar e ponderar sobre aquilo que
expomos às nossas mentes. . . .
“. . .Você não pode permitir-se parar. Você não deve estagnar seu
desenvolvimento. . . . Há muito para aprender e muito pouco tempo para fazer isto”
(Ensinamentos: Gordon B. Hinckley, 298-99).
“Há uma . . . incumbência sobre vocês (vocês que são membros da Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias), a responsabilidade de obedecer ao
mandamento de continuamente estudar e aprender. Disse o Senhor: 'sim, nos
melhores livros buscai palavras de sabedoria; procurai conhecimento, sim, pelo
estudo e também pela fé' (Doutrina e Convênios 88:118).
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
“. . . Nossa busca pela verdade deve ser ampla, . . . nós temos que aprender
'tanto as coisas do céu como da Terra e de debaixo da Terra; coisas que foram, coisas
que são, coisas que logo hão de suceder; coisas que estão em casa, coisas que estão
fora de casa; as guerras e complexidades das nações e os julgamentos que estão sobre
a terra; e também um conhecimento de países e reinos (Doutrina e Convênios 88:79).
“Sobre nós descansa a responsabilidade de progredir constantemente rumo à
eternidade. . . . [Nós] devemos ser incansáveis na busca da verdade” (Ensinamentos:
Gordon B. Hinckley, 300).
“Nenhum de nós deve acreditar que já aprendeu o suficiente. Enquanto uma
porta se fecha para uma fase da vida, outra se abre, para que nós continuemos a obter
conhecimento. Nossa devemos ser incansáveis na busca pela verdade”
(Ensinamentos: Gordon B. Hinckley, 301).
“Quando tudo tiver sido dito e feito, ainda seremos estudantes. Se chegar o dia
no qual nós pararmos de aprender, se prepare. Pois nós simplesmente atrofiaremos e
morreremos. Todos nós podemos aprender e aprender bem” (Ensinamentos: Gordon
B. Hinckley, 302).
“Nós devemos continuar progredindo. Devemos aprender continuamente. Vem
dos céus a recomendação de que devemos sempre aumentar nosso conhecimento.
(Ensinamentos: Gordon B. Hinckley, 303).
“Com todo nosso aprendizado, vamos aprender com ele também. Com todo
nosso estudo, nós precisamos buscar o conhecimento do Mestre. Tal conhecimento
complementará de forma esplendorosa nosso treinamento secular; nos dará caráter e
uma plenitude de vida que não é possível se obter de outra maneira” (With All Thy
Getting Get Understanding,” 5).
Com certeza cada um de nós pode aprender e se beneficiar com o exemplo do
aprendizado contínuo que foi mostrado na vida do Presidente Gordon B. Hinckley.
As extraordinárias realizações e destaques dos presidentes Joseph Smith,
Brigham Young e Gordon B. Hinckley pode fazer com que as comparemos aos
nossos pequenos feitos e concluamos que nós não podemos aprender como eles
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
aprenderam ou tornarmo-nos no que eles se tornaram. Tal conclusão poderia ser
infundada e falsa. Posição e notoriedade pública não são os quesitos que importam ao
Senhor. Os padrões de aprendizado que nós podemos identificar na vida desses
grandes profetas dos últimos dias são aplicáveis a todos nós; grande desejo e anseio
por um maior conhecimento, espiritualidade intensa, curiosidade intelectual e busca
incessante, trabalho persistente e diligente, e a absoluta necessidade da companhia e
influencia do Espírito Santo. Estas são características que também são evidentes nos
exemplos a seguir de membros comuns da Igreja; ao longo do tempo e em toda parte
do mundo.
Eduardo Contreras
Eduardo Contreras, um de cinco filhos criados por uma mãe viúva em
Córdoba, Argentina, abandonou a escola com a idade de oito anos para procurar um
trabalho e assim ajudar a sustentar sua família. Ele trabalhou em varias atividades,
incluindo engraxate, oleiro, apanhador de batatas e entregador de jornais, até que
quando se tornou adulto solteiro ele foi contratado por tempo integral pelo governo
municipal.
Eduardo por fim se casou, e ele e sua esposa, Maria, tiveram cinco filhos, mas
ele não teve a oportunidade de completar seus estudos até que seus filhos
começassem a sair de casa. Não parecia possível que ele pudesse realizar seu sonho
de aprender a ler.
Então, um dia em frente à sua casa, Eduardo afugentou alguns garotos locais
que estavam insultando dois missionários de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias. Eduardo conversou com eles, deu ouvidos aos missionários e pouco
depois começou a falar das palestras com sua esposa.
“Eu levei um bom tempo para entender alguma coisa do que diziam porque
eles falavam muito pouco o Espanhol,” disse Eduardo, “mas eles mostraram para
mim um panfleto que tinha uma gravura do Salvador e de Joseph Smith no Bosque
Sagrado. Eu ponderei sobre a gravura que eles tinham mostrado e na beleza das
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
coisas que eles estavam ensinando para nós.” Eduardo e Maria, junto com seu filho
mais novo, Osvaldo, foram batizados.
Depois de seu batismo, Eduardo sentiu um forte desejo de ler o Livro de
Mórmon que os missionários tinham dado a ele. “Como posso aprender a ler? Ele
perguntou para sua esposa. Maria falou para ele olhar para as letras, tentar soletrá-las
e depois dizê-las em voz alta.
Com uma oração em seu coração, Eduardo sentou-se para estudar sob uma
sombra no quintal de sua casa. Maria relata que ela nunca poderia imaginar o que
estava para acontecer. Através da janela da cozinha, ela ouvia Eduardo lentamente
soletrando letras e palavras. “Subitamente eu ouvi ele falando rapidamente. Eu notei
que ele estava lendo; fluentemente. Menos de uma hora tinha se passado, e ele estava
lendo!”
No quintal, Eduardo estava tão imerso em seus estudos que ele não tinha
notado que ele estava lendo. Mas enquanto ele lia, relembra ele, “eu sentia um fogo
queimando dentro de mim.” Surpreso, Eduardo chamou sua esposa, “Mami, o que
está acontecendo comigo?”
Maria respondeu, “Isto é o Espírito do Senhor. Você está lendo fluentemente.”
“O dia que eu aprendi a ler é também o dia que eu ganhei meu testemunho do
Livro de Mórmon e seu poder,” declarou Eduardo. Ele começou a se levantar às 4:00
da manhã para ler o Livro de Mórmon e outras escrituras antes de ir trabalhar. E com
ajuda e dedicação dos membros da ala, ele também aprendeu a escrever.
Hoje o irmão Contreras é grato à todas as bençãos da instrução. Ele diz, “Para
mim o Livro de Mórmon foi a porta, “a entrada para uma vida mudada pelo
evangelho de Jesus Cristo e um desejo de aprender alimentado pelo Espírito Santo.
“O Livro de Mórmon foi tudo para mim. Ele é tudo para mim. Eu sinto o Espírito
toda vez que eu o abro e leio (See Morris, “A Fire Burning Within Me,” 66-67).
Edna Amburo
Quando Edna foi apresentada à Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
Dias em Papua Nova Guiné, ela teve dificuldades para ler o Livro de Mórmon. Não
só foi difícil para ela entender o Livro de Mórmon, mas seus amigos falavam que ela
estava “indo para o inferno” por lê-lo. “Todos meus amigos diziam para eu queimar o
livro,” dizia ela, “mas eu decidi não queimá-lo porque eu sentia que o Livro de
Mórmon era a palavra de Deus.”
Ao receber um testemunho da veracidade do evangelho restaurado através do
Espírito do Senhor, Edna foi batizada em 1990. Logo depois ela foi chamada para
ensinar o Livro de Mórmon aos estudantes do seminário.
Edna se perguntou: “Como eu poderei ensinar? Eu não sou uma mulher
educada. Eu não falo bem o inglês e eu não sei escrever bem. Eu saí da escola na 5ª
série do ensino fundamental.”
Orando e jejuando, Edna se voltou ao Senhor em busca de ajuda para entender
o livro de Mórmon e tornar-se uma professora efetiva. Agindo com fé e lendo o Livro
de Mórmon, ela aceitou o convite que está em Moroni 10 de “perguntar a Deus, o Pai
Eterno, em nome de Cristo, se estas coisas não são verdadeiras” (v. 4). Edna falou o
seguinte sobre a sua experiência, “eu vi que isto era verdade. Eu tive paz em meu
coração. Eu me alegrei. E eu estava feliz por ensinar no seminário. Eu realmente amo
o Livro de Mórmon. Eu o compreendo agora.”
Irmã Amburo tinha progredido tanto espiritualmente quanto intelectualmente
com a ajuda do Pai Celestial. “Passo a passo eu segui em frente. A Igreja tem me
ajudado muito. Esta é uma igreja de aprendizado. Eu sou muito grata ao meu Pai
Celeste por ter me trazido a esta igreja, e eu grata ao Profeta Joseph Smith, que a
restaurou sobre a terra. Eu a amo com todo meu coração. Eu sou muito feliz” (see
Morris, “'One Talk' in Papua New Guinea,” 28).
Tanto você quanto eu estamos aqui sobre a terra para nos preparar para a
eternidade, para aprender como aprender para aprender coisas que são
temporariamente importantes e essenciais para a eternidade, e para ajudar outros a
adquirir sabedoria e verdade (veja Doutrina e Convênios 97:1). Compreendendo
quem nós somos, de onde nós viemos, e porque nós estamos sobre a terra, recai sobre
cada um de nós uma grande responsabilidade tanto de aprender como aprender como
de aprender amar aprender.
O conhecimento espiritual não pode ser adquirido ou emprestado de outra
pessoa. Atalhos ao destino desejado não existem. Curso preparatório para o
derradeiro teste final no dia do julgamento não é uma opção. Neste momento de
importância eterna o padrão do Senhor é “linha sobre linha, preceito sobre preceito,
um pouco aqui e um pouco ali; e abençoados os que dão ouvidos aos meus preceitos
e escutam os meus conselhos, porque obterão sabedoria; pois a quem recebe darei
mais” (2 Nefi 28:30; emphasis added). A eficácia da lei da colheita claramente se
aplica à nossa responsabilidade individual de aprender e viver as verdades do
evangelho: “Pois o que o homem semear isso também colherá (Galatas 6:7).
1. Como aprendiz, quais são as implicações para mim de saber que eu sou um agente
abençoado com livre arbítrio que pode agir ao invés de ser um objeto que é um mero
recebedor de ação?
1 Néfi 11
1. Pois aconteceu que depois de haver eu desejado saber as coisas que meu pai
tinha visto e acreditando que o Senhor teria poder de torná-las conhecidas a mim,
enquanto estava eu sentado, ponderando em meu coração, fui arrebatado pelo Espírito
do Senhor, sim, a uma montanha muito alta que eu nunca vira e sobre a qual nunca
havia posto os pés.
2. E o Espírito perguntou-me: Que desejas tu?
3. E eu respondi: Desejo ver as coisas que meu pai viu.
4. E o Espírito disse-me: Acreditas que teu pai tenha visto a árvore da qual
falou?
5. E respondi: Sim, tu sabes que acredito em todas as palavras de meu pai.
6. E quando eu disse estas palavras, o Espírito bradou em alta voz, dizendo:
Hosana ao Senhor, o Deus Altíssimo, pois ele é Deus sobre toda a Terra, sim, sobre
todas as coisas. E bendito és tu, Néfi, porque acreditas no Filho do Deus Altíssimo;
verás, portanto, as coisas que tens desejado.
7. E eis que isto te será dado por sinal: depois de haveres contemplado a árvore
que produziu o fruto do qual teu pai provou, contemplarás também um homem
descendo do céu e tu o verás: e depois de o haveres visto, testificarás que ele é o
Filho de Deus.
8. E aconteceu que o Espírito me disse: Olha! E eu olhei e vi uma árvore; e era
semelhante à árvore que meu pai tinha visto; e sua beleza era tão grande, sim, que
excedia toda beleza, e sua brancura excedia a brancura da neve.
9. E aconteceu que, tendo visto a árvore, eu disse ao Espírito: Vejo que me tens
mostrado a árvore que é mais preciosa do que tudo.
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
10. E perguntou-me ele: Que desejas tu?
11. E disse-lhe eu: Saber a interpretação do que vi—pois falei-lhe como fala
um homem, porque vi que tinha a forma de um homem; sabia, não obstante, que era o
Espírito do Senhor; e ele falou-me como um homem fala a outro homem.
12. E aconteceu que ele me disse: Olha! E olhei, para vê-lo, e não o vi, porque
se havia retirado de minha presença.
13. E aconteceu que olhei e vi a grande cidade de Jerusalém e também outras
cidades. E vi a cidade de Nazaré; e na cidade de Nazaré vi uma virgem que era
extremamente formosa e branca.
14. E aconteceu que vi os céus se abrirem; e um anjo desceu e, pondo-se na
minha frente, disse: Néfi, que vês tu?
15. E eu respondi: Uma virgem mais bela e formosa que todas as outras
virgens.
16. E disse-me ele: Conheces tu a condescendência de Deus?17 E disse-lhe eu:
Sei que ele ama seus filhos; não conheço, no entanto, o significado de todas as coisas.
18. E disse-me ele: Eis que a virgem que vês é a mãe do Filho de Deus,
segundo a carne.
19. E aconteceu que eu a vi ser arrebatada no Espírito. E depois de haver sido
ela arrebatada no Espírito por um certo espaço de tempo, o anjo falou-me, dizendo:
Olha!
20. E eu olhei e tornei a ver a virgem carregando uma criança nos braços.
21. E disse-me o anjo: Eis o Cordeiro de Deus, sim, o Filho do Pai Eterno!
Sabes tu o significado da árvore que teu pai viu?
22. E respondi-lhe, dizendo: Sim, é o amor de Deus, que se derrama no coração
dos filhos dos homens; é, portanto, a mais desejável de todas as coisas.
1 NÉFI 12
1. E aconteceu que o anjo me disse: Olha e vê tua semente e também a semente
de teus irmãos. E olhei e vi a terra da promissão; e vi multidões de pessoas, sim, e
pareciam tão numerosas quanto as areias do mar.
2. E aconteceu que vi multidões reunidas para batalhar umas contra as outras; e
vi guerras e rumores de guerras e grandes matanças pela espada entre meu povo.
3. E aconteceu que vi muitas gerações morrerem em guerras e contendas na
terra; e vi muitas cidades, sim, tantas que não as contei.
4. E aconteceu que vi uma névoa de trevas sobre a face da terra da promissão; e
vi relâmpagos e ouvi trovões e terremotos e toda espécie de ruídos tumultuosos; e vi
que a terra e as rochas se fenderam; e vi montanhas desmoronando; e vi que as
planícies da terra estavam rachadas e vi que muitas cidades afundaram; e vi que
muitas foram queimadas pelo fogo e vi muitas que desmoronaram devido a
terremotos.
5. E aconteceu que depois de ver essas coisas, notei que o vapor de escuridão
desaparecia da face da terra; e eis que vi multidões que não haviam caído por causa
dos grandes e terríveis julgamentos do Senhor.
6. E vi os céus abrirem-se e o Cordeiro de Deus descendo do céu; e desceu e
mostrou-se a eles.
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
7. E também vi e testifico que o Espírito Santo desceu sobre doze outros e eles
foram ordenados por Deus e escolhidos.
8. E o anjo falou-me, dizendo: Eis os doze discípulos do Cordeiro, que foram
escolhidos para ministrar entre tua semente.
9. E disse-me: Recordas-te dos doze apóstolos do Cordeiro? Eis que eles são os
que julgarão as doze tribos de Israel; portanto os doze ministros de tua semente serão
julgados por eles, pois sois da casa de Israel.
10. E estes doze ministros que tu vês julgarão a tua semente. E eis que são
justos para sempre, pois por sua fé no Cordeiro de Deus suas vestimentas são
branqueadas em seu sangue.
11. E disse-me o anjo: Olha! E olhei e vi três gerações morrerem em retidão; e
suas vestimentas eram brancas como o Cordeiro de Deus. E disse-me o anjo: Estes
são os que foram branqueados no sangue do Cordeiro, por causa de sua fé nele.
12. E eu, Néfi, vi também muitos da quarta geração que morreram em retidão.
13. E aconteceu que vi as multidões da Terra reunidas.
14. E disse-me o anjo: Eis a tua semente e também a semente de teus irmãos.
15. E aconteceu que olhei e vi o povo de minha semente reunido em multidões
contra a semente de meus irmãos; e estavam reunidos para batalhar.16 E o anjo falou-
me, dizendo: Eis a fonte de água suja que teu pai viu; sim, o rio do qual ele falou; e
suas profundezas são as profundezas do inferno.
17. E as névoas de escuridão são as tentações do diabo que cegam os olhos e
endurecem o coração dos filhos dos homens, conduzindo-os a caminhos espaçosos
para que pereçam e se percam.
18. E o grande e espaçoso edifício que teu pai viu são as fantasias vãs e o
orgulho dos filhos dos homens. E um grande e terrível abismo separa-os; sim, a
palavra da justiça do Deus Eterno e do Messias, que é o Cordeiro de Deus, de quem o
Espírito Santo testifica desde o princípio do mundo até agora e de agora para sempre.
19. E enquanto o anjo dizia estas palavras, olhei e vi que a semente de meus
irmãos combatia a minha semente, de acordo com a palavra do anjo; e devido ao
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
orgulho de minha semente e às tentações do diabo, vi que a semente de meus irmãos
venceu o povo da minha semente.
20. E aconteceu que olhei e vi que a semente de meus irmãos havia vencido a
minha semente; e espalharam-se em multidões pela face da terra.
21. E vi-os reunidos em multidões; e vi guerras e rumores de guerras entre eles;
e em guerras e rumores de guerras, vi muitas gerações morrerem.
22. E disse-me o anjo: Eis que estes degenerarão, caindo na incredulidade.
23. E aconteceu que vi que depois de haverem degenerado, caindo na
incredulidade, tornaram-se um povo escuro, sujo e repulsivo, cheio de preguiça e
todo tipo de abominações.
1 NÉFI 13
1. E aconteceu que o anjo me falou, dizendo: Olha! E olhei e vi muitas nações
e reinos.
2. E disse-me o anjo: Que vês tu? E eu respondi: Vejo muitas nações e reinos.
3. E disse-me o anjo: Estas são as nações e os reinos dos gentios.
4. E aconteceu que vi entre as nações dos gentios a formação de uma grande
igreja.
5. E disse-me o anjo: Vê a formação de uma igreja que é a mais abominável de
todas as igrejas, que mata os santos de Deus, sim, tortura-os e oprime-os e subjuga-os
com um jugo de ferro e leva-os ao cativeiro.
6. E aconteceu que vi essa grande e abominável igreja; e vi que o diabo era o
seu fundador.
7. E vi também ouro e prata e sedas e escarlatas e linho finamente tecido e toda
espécie de vestimentas preciosas; e vi muitas meretrizes.
8. E falou-me o anjo, dizendo: Eis que o ouro e a prata e as sedas e as
escarlatas e o linho finamente tecido e as vestimentas preciosas e as meretrizes são os
desejos dessa grande e abominável igreja.
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
9. E também, pelo louvor do mundo, destroem os santos de Deus e também os
escravizam.
10. E aconteceu que olhei e vi muitas águas; e elas separavam os gentios da semente
de meus irmãos.
11. E aconteceu que o anjo me disse: Eis que a ira de Deus está sobre a
semente de teus irmãos.
12. E olhei e vi entre os gentios um homem que estava separado da semente de
meus irmãos pelas muitas águas; e vi que o Espírito de Deus desceu e inspirou o
homem; e indo esse homem pelas muitas águas, chegou até a semente de meus
irmãos que estava na terra da promissão.
13. E aconteceu que vi o Espírito de Deus inspirar outros gentios; e eles saíram
do cativeiro, atravessando as muitas águas.
14. E aconteceu que vi muitas multidões de gentios na terra da promissão e vi
que a ira de Deus estava sobre a semente de meus irmãos; e eles foram dispersos
pelos gentios e foram feridos.
15. E vi que o Espírito do Senhor estava sobre os gentios e eles prosperaram e
receberam a terra por herança; e vi que eram brancos, muito belos e formosos, como
era meu povo antes de ser exterminado.
16. E aconteceu que eu, Néfi, vi que os gentios que haviam saído do cativeiro
humilharam-se diante do Senhor; e o poder do Senhor estava com eles.
17. E eu vi que as pátrias-mães dos gentios estavam reunidas sobre as águas e
também sobre a terra, para batalhar contra eles.
18. E vi que o poder de Deus estava com eles e também que a ira de Deus
estava sobre todos os que se achavam reunidos para batalhar contra eles.
19. E eu, Néfi, vi que os gentios que haviam saído do cativeiro foram
libertados das mãos de todas as outras nações, pelo poder de Deus.
20. E aconteceu que eu, Néfi, vi que eles prosperaram na terra; e vi um livro
que era levado entre eles.
21. E perguntou-me o anjo: Sabes o significado do livro?
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
22. E eu respondi: Não sei.
23. E ele disse: Eis que provém da boca de um judeu. E eu, Néfi, vi o livro. E
disse-me o anjo: O livro que vês é um registro dos judeus, que contém os convênios
feitos pelo Senhor com a casa de Israel; e contém também muitas das profecias dos
santos profetas; e é um registro semelhante às gravações encontradas nas placas de
latão, só que em menor número; não obstante, contém os convênios do Senhor com a
casa de Israel, sendo, portanto, de grande valor para os gentios.
24. E disse-me o anjo do Senhor: Viste que o livro procedeu da boca de um
judeu; e ao proceder da boca de um judeu, continha a plenitude do evangelho do
Senhor, de quem os doze apóstolos testificam; e eles testificam de acordo com a
verdade que está no Cordeiro de Deus.
25. Estas coisas, portanto, são transmitidas dos judeus aos gentios, em pureza,
segundo a verdade que está em Deus.
26. E depois de transmitidas dos judeus aos gentios pela mão dos doze
apóstolos do Cordeiro, vês a formação daquela grande e abominável igreja que é mais
abominável que todas as outras igrejas; pois eis que tiraram do evangelho do
Cordeiro muitas partes que são claras e sumamente preciosas; e também muitos
convênios do Senhor foram tirados.
27. E fizeram tudo isso a fim de perverterem os caminhos retos do Senhor, a
fim de cegarem os olhos e endurecerem o coração dos filhos dos homens.
28. Vês, portanto, que depois de haver o livro passado pelas mãos da grande e
abominável igreja, foram suprimidas muitas coisas claras e preciosas do livro, que é o
livro do Cordeiro de Deus.
29. E depois que essas coisas claras e preciosas foram suprimidas, ele
propagou-se por todas as nações dos gentios; e depois de ter-se propagado por todas
as nações dos gentios, sim, mesmo do outro lado das muitas águas que viste com os
gentios que saíram do cativeiro, vês que—por causa das muitas coisas claras e
preciosas que foram suprimidas do livro, que eram claras ao entendimento dos filhos
dos homens segundo a clareza que existe no Cordeiro de Deus—por causa dessas
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
coisas que foram suprimidas do evangelho do Cordeiro, um grande número tropeça,
sim, de tal maneira que Satanás tem grande poder sobre eles.
30. Vês, não obstante, os gentios que saíram do cativeiro e que foram elevados
pelo poder de Deus acima de todas as outras nações, na face da terra, que é uma terra
escolhida acima de todas as outras terras, que é a terra que o Senhor Deus prometeu a
teu pai, por convênio, que seria a terra de herança de seus descendentes; vês,
portanto, que o Senhor Deus não permitirá que os gentios destruam completamente a
mescla de tua semente que está entre os teus irmãos.
31. Nem permitirá ele que os gentios destruam a semente de teus irmãos.
32. Tampouco permitirá o Senhor Deus que os gentios permaneçam para
sempre naquele horrível estado de cegueira, no qual tu vês que estão, devido às
passagens claras e preciosas do evangelho do Cordeiro que foram suprimidas por
aquela igreja abominável, cuja formação tu viste.
33. Diz, portanto, o Cordeiro de Deus: Serei misericordioso para com os
gentios, visitando os remanescentes da casa de Israel com grande julgamento.
34. E aconteceu que o anjo do Senhor me falou, dizendo: Eis que, diz o
Cordeiro de Deus, depois de visitar os remanescentes da casa de Israel—e esses
remanescentes de quem falo são a semente de teu pai—portanto, depois de visitá-los
com julgamento e feri-los pela mão dos gentios; e depois que os gentios tropeçarem
muito por causa das partes claras e preciosas do evangelho do Cordeiro, as quais
foram retidas por aquela igreja abominável que é a mãe das meretrizes, diz o
Cordeiro—serei misericordioso para com os gentios, naquele dia, tanto que lhes trarei
pelo meu próprio poder muito do meu evangelho, que será claro e precioso, diz o
Cordeiro.
35. Pois eis que, diz o Cordeiro: Eu me manifestarei a tua semente, de modo
que ela escreverá muitas coisas que lhe ensinarei, as quais serão claras e preciosas; e
depois que tua semente for destruída e degenerar, caindo na incredulidade, assim
como a semente de teus irmãos, eis que estas coisas serão escondidas, para serem
reveladas aos gentios pelo dom e poder do Cordeiro.
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
36. E nelas será escrito o meu evangelho, diz o Cordeiro, e minha rocha e
minha salvação.
37. E abençoados os que procurarem estabelecer a minha Sião naquele dia, pois
terão o dom e o poder do Espírito Santo; e se perseverarem até o fim, serão
levantados no último dia e serão salvos no reino eterno do Cordeiro; e aqueles que
proclamarem a paz, sim, novas de grande alegria, quão belos serão sobre os montes!
38. E aconteceu que vi o remanescente da semente de meus irmãos; e também
o livro do Cordeiro de Deus que procedera da boca do judeu e que veio dos gentios
para o remanescente da semente de meus irmãos.
39. E depois de haver chegado a eles, vi outros livros surgirem pelo poder do
Cordeiro, trazidos a eles pelos gentios, para convencer os gentios e os remanescentes
da semente de meus irmãos e também os judeus que estavam dispersos por toda a
face da Terra, de que os registros dos profetas e dos doze apóstolos do Cordeiro são
verdadeiros.
40. E falou-me o anjo, dizendo: Estes últimos registros que viste entre os
gentios confirmarão a verdade dos primeiros, que são dos doze apóstolos do
Cordeiro, e divulgarão as coisas claras e preciosas que deles foram suprimidas; e
mostrarão a todas as tribos, línguas e povos que o Cordeiro de Deus é o Filho do Pai
Eterno e o Salvador do mundo; e que todos os homens devem vir a ele, pois do
contrário não poderão ser salvos.
41. E devem vir de acordo com as palavras proferidas pela boca do Cordeiro; e
as palavras do Cordeiro tornar-se-ão conhecidas nos registros de tua semente, assim
como nos registros dos doze apóstolos do Cordeiro; portanto ambos serão reunidos
num só; porque há um Deus e um Pastor sobre toda a Terra.
42. E chegará o tempo em que ele se manifestará a todas as nações, tanto aos
judeus como aos gentios; e depois de haver-se manifestado aos judeus e também aos
gentios, ele manifestar-se-á aos gentios e também aos judeus; e os últimos serão os
primeiros e os primeiros serão os últimos.
Desejar Sinceramente
Em primeiro lugar, devemos desejar e buscar com anseio a companhia do
Espírito Santo. Podemos aprender uma grande lição sobre os desejos justos com os
fiéis discípulos do Mestre descritos no Livro de Mórmon:
“E os doze ensinaram a multidão; e eis que fizeram com que a multidão se
ajoelhasse por terra e orasse ao Pai em nome de Jesus. (...)
E oraram por aquilo que mais desejavam; e desejavam que o Espírito Santo
lhes fosse dado” (3 Néfi 19:6, 9).
Será que igualmente nos lembramos de orar sincera e constantemente pelo que
devemos desejar acima de tudo, que é o Espírito Santo? Ou será que nos distraímos
com os cuidados do mundo e a rotina da vida diária, dando pouco valor ou até
negligenciando esse que é o mais precioso de todos os dons? O recebimento do
Espírito Santo começa com nosso sincero e constante desejo de ter Sua companhia
em nossa vida.
Obedecer Fielmente
É essencial que obedeçamos fielmente aos mandamentos de Deus para
recebermos o Espírito Santo. Essa verdade nos é lembrada todas as semanas quando
ouvimos as orações sacramentais e partilhamos dignamente do pão e da água.
Quando manifestamos nossa disposição de tomar sobre nós o nome de Cristo, de
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
sempre nos lembrar Dele e de guardar Seus mandamentos, recebemos a promessa de
que teremos sempre Seu Espírito conosco (ver Doutrina e Convênios 20:77).
Portanto, tudo o que o evangelho do Salvador nos ensina a fazer e a nos tornar visa
abençoar-nos com a companhia do Espírito Santo.
Pensem nos motivos pelos quais oramos e estudamos as escrituras. Sim,
ansiamos em comunicar-nos com o Pai Celestial por meio da oração e em nome de
Seu Filho. E, sim, desejamos obter a luz e o conhecimento disponíveis nas obras-
padrão. Mas lembrem-se do fato de que esses hábitos sagrados, acima de tudo, são
meios pelos quais nos lembramos sempre do Pai Celestial e de Seu Filho Amado,
sendo pré-requisitos para a companhia constante do Espírito Santo.
Testemunho
O Senhor declarou que A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é
“a única igreja verdadeira e viva na face de toda a Terra” (Doutrina e Convênios
1:30). Esta Igreja restaurada é verdadeira porque é a Igreja do Salvador. Ele é “o
caminho, e a verdade e a vida” ( João 14:6). E é uma igreja viva por causa da ação, da
influência e dos dons do Espírito Santo. Como somos abençoados por vivermos em
uma época em que o sacerdócio está na Terra e em que podemos receber o Espírito
Santo!
Vários anos depois de o Profeta Joseph Smith ter sido martirizado, ele apareceu
ao Presidente Brigham Young e deixou este conselho sempre atual: “Diga aos irmãos
que sejam humildes e fiéis e que se certifiquem de manter o Espírito do Senhor, que
os conduzirá ao caminho correto. Sejam cuidadosos e não afastem a voz mansa e
delicada; ela irá ensinar-lhes o que fazer e para onde ir; ela proporcionará os frutos do
reino. Diga aos irmãos que mantenham seu coração aberto à convicção, de modo que,
quando o Espírito Santo vier, seu coração esteja pronto para recebê-lo. Eles podem
discernir o Espírito do Senhor de todos os outros espíritos; Ele irá sussurrar paz e
alegria a sua alma; e tirará a maldade, [o ódio, a inveja, o sofrimento e todo o mal] de
seu coração; e desejará apenas fazer o bem, levar adiante a causa da retidão e edificar
o reino de Deus. Diga aos irmãos que, se eles seguirem o Espírito do Senhor, farão o
que é certo” (Ensinamentos: Joseph Smith, p. 103).
PERCEPÇÃO RÁPIDA
Liahona, Dezembro 2006
Note que a palavra observação e seus derivados são usados três vezes neste
versículo.
Mórmon, mesmo sendo muito jovem, é descrito como tendo “percepção
rápida”.
À medida que vocês estudarem, aprenderem e crescerem, espero que também
estejam aprendendo a ter percepção rápida. Seu sucesso e felicidade futuros serão em
grande parte determinados por essa capacidade espiritual.
Ponderem o significado desse importante dom espiritual. Percepção rápida
refere-se à capacidade de observar, ou seja, de compreender prontamente. Ter uma
percepção rápida pode significar “ver”, “ouvir”, ou “notar” — como em Isaías 42:20:
“Tu vês muitas coisas, mas não as guardas; ainda que tenhas os ouvidos abertos, nada
ouves” (grifo do autor).
Um outro uso da palavra observar sugere “obedecer”, “guardar”, como vemos
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
em Doutrina e Convênios: “Mas bem-aventurados são os que guardaram o convênio e
observaram o mandamento, porque obterão misericórdia” (Doutrina e Convênios
54:6; grifo do autor).
Portanto, se tivermos percepção rápida, prontamente veremos e obedeceremos.
Esses dois elementos fundamentais — ver e obedecer — são essenciais para que
tenhamos percepção rápida. E o profeta Mórmon é um exemplo impressionante desse
dom em ação.
Gostaria de citar vários exemplos de lições que podem ser aprendidas quando
somos abençoados com percepção rápida.
Tenho um amigo muito querido que serviu como presidente de estaca. O
patriarca da estaca que ele presidia teve alguns problemas de saúde e ficou
incapacitado de exercer seu chamado. O enfraquecido patriarca tinha dificuldade para
se mover, para se vestir e para cuidar de si mesmo, e suas forças eram limitadas.
Numa tarde de domingo, aquele bom presidente de estaca foi visitar o patriarca em
sua casa para dar-lhe incentivo e verificar se estava passando bem. Quando o
presidente da estaca entrou na casa, encontrou o patriarca de terno, camisa branca e
gravata, sentado em uma poltrona na sala de estar. O presidente de estaca
cumprimentou o querido patriarca e, sabendo como devia ter sido difícil para ele
vestir-se, sugeriu-lhe bondosamente que não era necessário que ele se vestisse
formalmente no domingo ou para receber visitas. Numa voz bondosa, porém firme, o
patriarca repreendeu o presidente da estaca, dizendo-lhe: “Não sabe que essa é a
única maneira que me restou para mostrar ao Senhor o quanto eu O amo?”
O presidente da estaca tinha percepção rápida. Ele ouviu e sentiu a lição, e
colocou-a em prática. A reverência pelo Dia do Senhor e a importância do respeito e
do comportamento e dos trajes adequados passaram a ter maior importância no
ministério do presidente da estaca. A capacidade espiritual de ver, ouvir, lembrar e
aplicar aquela lição foi uma grande bênção em sua vida, bem como na vida de muitas
outras pessoas.
Antes de assistir à reunião sacramental, minha esposa frequentemente ora para
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
ter olhos espirituais para ver os que estão necessitando de alguma coisa.
Frequentemente, ao observar os irmãos, irmãs e crianças na congregação, ela sente
uma inspiração espiritual para conversar ou telefonar para determinada pessoa. E
quando a minha mulher recebe essa inspiração, ela prontamente age e obedece.
Frequentemente acontece que assim que é proferido o “amém” da última oração, ela
vai falar com uma adolescente, abraçar uma irmã ou, ao voltarmos para casa,
imediatamente pega o telefone e faz uma chamada. Desde que conheço minha
mulher, as pessoas se maravilham com sua capacidade de discernir as necessidades
delas e de agir para ajudá-las. Frequentemente perguntam para ela: “Como foi que
você soube?” O dom espiritual da percepção rápida permitiu que ela visse e agisse
prontamente, e foi uma grande bênção espiritual na vida de muitas pessoas.
Minha mulher e eu conhecemos um missionário que retornou do campo e que
tinha namorado uma jovem muito especial por algum tempo. Ele gostava muito dela
e queria tornar seu relacionamento com ela mais sério. Estava pensando em noivar e
casar-se com ela. Aquele relacionamento estava acontecendo na época em que o
Presidente Hinckley aconselhou as irmãs da Sociedade de Socorro e as jovens da
Igreja a usarem um único par de brincos nas orelhas.
O jovem esperou pacientemente que a jovem removesse os brincos extras, mas
ela não o fez. Isso mostrou algo muito importante para aquele jovem, e ele ficou
decepcionado com a recusa da moça em atender ao pedido do profeta. Por aquele e
por outros motivos, acabou terminando o namoro com a jovem, porque estava
procurando uma companheira eterna que tivesse coragem de pronta e serenamente
obedecer ao conselho do profeta em todas as coisas e em todos os momentos. O
jovem tinha percepção rápida e observou que a jovem não tinha essa mesma
percepção.
Imagino que alguns de vocês fiquem incomodados com esse meu último
exemplo. Talvez achem que o rapaz foi intolerante ou que seria insensatez ou
fanatismo basear uma decisão de importância eterna em uma questão aparentemente
insignificante. Talvez estejam incomodados porque o exemplo enfoque uma moça
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
que deixou de atender ao conselho do profeta, e não um rapaz. Simplesmente peço
que ponderem o poder da percepção rápida e analisem o que estava sendo observado
no caso que acabei de descrever. A questão não eram os brincos!
Um último exemplo. Há muito fico fascinado com a natureza da interação entre
o Espírito do Senhor e Néfi, nos capítulos de 11 a 14 de 1 Néfi. Néfi desejava ver,
ouvir e conhecer as coisas que seu pai, Leí, tinha visto na visão da árvore da vida (ver
1 Néfi 8). Nos capítulos de 11 a 14, o Espírito Santo auxiliou Néfi a aprender a
respeito da natureza e significado da visão de seu pai. É interessante notar que várias
vezes nesse capítulo o Espírito do Senhor orientou Néfi a “olhar”, como aspecto
fundamental do processo de aprendizado. Repetidas vezes, Néfi foi aconselhado a
olhar e ver e, como tinha percepção rápida, viu a árvore da vida (ver 1 Néfi 11:8), a
mãe do Salvador (ver 1 Néfi 11:20), a barra de ferro (ver 1 Néfi 11:25) e o Cordeiro
de Deus, o Filho do Pai Eterno (ver 1 Néfi 11:21).
Descrevi apenas algumas das coisas espiritualmente significativas que Néfi viu.
Vocês podem estudar esses capítulos mais profundamente e aprender com o que Néfi
aprendeu. Ao estudar e ponderar, lembrem-se de que Néfi não teria visto o que
desejava ver, nem teria conhecido o que desejava conhecer, nem teria feito o que
precisava fazer, se não tivesse percepção rápida. O mesmo se aplica a cada um de
nós!
Percepção rápida. Observar e obedecer prontamente. Um dom simples que nos
abençoa como pessoas e como famílias e proporciona bênçãos a muitas outras
pessoas. Todos podemos e devemos esforçar-nos para ser dignos desse importante
dom espiritual: a capacidade de ter percepção rápida.
CONHECIMENTO
Como explicado nas Dissertações sobre a Fé, “Pois para que o homem renegue
a tudo, seu caráter e reputação, suas honras, aplausos, seu bom nome entre os
homens, sua casa e terras, seus irmãos e irmãs, sua esposa e filhos, e mesmo sua
própria vida; contando todas as coisas como corruptíveis e vãs pela excelência do
conhecimento de Jesus Cristo; requer mais que a mera crença ou suposição de que ele
está fazendo a vontade de Deus, mas um conhecimento seguro de que, quando estes
sofrimentos terminarem, ele entrará no descanso eterno, e será feito participante da
glória de Deus” (página 50; grifo do autor).
E o Senhor mesmo declarou de forma clara e concisa, “é impossível para um
homem ser salvo em ignorância (Doutrina e Convênios 131:6).
Assim, um correto conhecimento das coisas de Deus é a principal pedra de
esquina sobre a qual as bençãos adicionais de entendimento e inteligência são
estabelecidas.
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
ENTENDIMENTO
Entendimento é a pedra angular que é colocada sobre a pedra de esquina do
conhecimento; ele precede a inteligência. Curiosamente, a palavra entendimento
normalmente é usada nas escrituras correlacionada ao coração.
“Quem foi que deu sabedoria ao coração e entendimento à mente?” (Jó 38:36;
grifo do autor).
“A minha boca falará com sabedoria; a meditação do meu coração trará
entendimento.” (Salmos 49:3; grifo do autor).
“Para fazeres o teu ouvido atento à sabedoria; e inclinares o teu coração ao
entendimento”(Provérbios 2:2; grifo do autor).
“Não haveis aplicado vosso coração para entender; portanto não haveis sido
sábios” (Mosias 12:27; grifo do autor).
“Escuteis e abrais os ouvidos para ouvir e o coração para entender e vossa
mente para que os mistérios de Deus vos sejam revelados” (Mosias 2:9; grifo do
autor).
“Compararemos a palavra a uma semente. Ora, se derdes lugar em vosso
coração para que uma semente seja plantada, eis que, se for uma semente verdadeira,
ou seja, uma boa semente, se não a lançardes fora por vossa incredulidade, resistindo
ao Espírito do Senhor, eis que ela começará a inchar em vosso peito; e quando
tiverdes essa sensação de crescimento, começareis a dizer a vós mesmos: Deve ser
uma boa semente, ou melhor, a palavra é boa porque começa a dilatar-me a alma;
sim, começa a iluminar-me o entendimento; sim, começa a ser-me deliciosa” (Alma
32:28; grifo do autor).
“E a multidão ouviu e dá testemunho; e abriu-se-lhes o coração e entenderam,
no coração, as palavras com que ele orou (3 Néfi 19:33; grifo do autor).
Nestes versículos, o entendimento é relacionado inicialmente ao coração. É
claro que nós devemos usar nossa mente e nossa capacidade racional, porém, nós não
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
somos primordialmente aconselhados a usar nossas mentes, mas sim nossos corações
quando buscamos entendimento. Talvez a preocupação das escrituras seja de que a
razão e “o braço da carne” (Doutrina e Convênios 1:19) não sejam suficientes para
gerar o verdadeiro entendimento. A palavra entendimento na forma como é usada nas
escrituras não se refere apenas ou principalmente ao intelecto ou compreensão
cognitiva. Em vez disso, quando o Espírito Santo confirma em nossos corações que o
que temos em mente é verdadeiro, passamos a entender.
De fato, nós começamos a entender e experimentar uma poderosa mudança de
coração quando as convicções movem-se das nossas cabeças para os nossos corações.
Pensamentos e sentimentos colocados em nossos corações pelo Espírito Santo (veja
Doutrina e Convênios 100:5-8; 8:2) são resultado do dom espiritual da revelação.
Entendimento é portanto, uma conclusão revelada e é também um dom espiritual.
A confirmação de uma certeza espiritual em nossos corações (referente à
verdade daquilo que nós passamos a conhecer em nossas mentes) é obtida através do
processo de revelação. O Espírito Santo confirma e ajuda-nos a ter um profundo
sentimento daquela verdade que aprendemos intelectualmente. O conhecimento
quando confirmado como verdade pelo Espírito Santo acrescenta entendimento e
produz luz, compreensão, perspectiva, um profundo desejo e compromisso que não é
obtido somente através da razão. Como o Presidente Harold B. Lee frequentemente
ensinou: “Quando entendermos mais do que sabemos com nossas mentes, quando
entendemos com nossos corações, então sabemos que o Espírito do Senhor está
operando sobre nós” (“When Your Heart Tells You Things Your Mind Does Not
Know,” 3).
Em 1 Néfi 17 encontramos um clássico exemplo de relacionamento entre
conhecimento adquirido através da mente e entendimento obtido no coração. Néfi
fora ordenado a construir um barco, e neste capítulo nós aprendemos sobre a falta de
fé de Lamã e Lemuel e a oposição e murmurio deles sobre essa tarefa em particular.
Néfi exortou seus irmãos e destacou a importância tanto da razão quanto da
revelação.
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
“Sois rápidos em cometer iniquidades, porém vagarosos em lembrar-vos do
Senhor vosso Deus. Haveis visto um anjo que vos falou; sim, haveis ouvido sua voz
de tempos em tempos; e ele vos falou numa voz mansa e delicada, mas havíeis
perdido a sensibilidade, de modo que não pudestes perceber suas palavras” (1Néfi
17:45).
Com certeza Lamã e Lemuel tinham aprendido sobre o propósito e a
importância da jornada deles pelo deserto, com seus pais amorosos, com Néfi, e com
um anjo do Senhor que eles tinham visto e ouvido. Mas aparentemente eles não
tinham aplicado [seus] corações para entender” (Mosias 12:27; grifo do autor), eles
não receberam revelações confirmando, eles não sentiam a veracidade das palavras
de Néfi, e eles não foram abençoados com entendimento.
Em nossas famílias e em nossos lares somos mais receptivos aos ensinamentos,
revelações e à poderosa influência do Espírito Santo. Por favor, atente com cuidado
aos seguintes versículos da seção 68 de Doutrina e Convênios, notando o uso da
palavra entendimento.
“E também, se em Sião ou em qualquer de suas estacas organizadas houver
pais que, tendo filhos, não os ensinarem a entender a doutrina do arrependimento, da
fé em Cristo, o Filho do Deus vivo, e do batismo e do dom do Espírito Santo pela
imposição das mãos, quando tiverem oito anos, sobre a cabeça dos pais seja o pecado.
“Pois isto será uma lei para os habitantes de Sião ou em qualquer de suas
estacas que estejam organizadas” Doutrina e Convênios 68:25-26; grifo do autor).
Estes versículos não estão simplesmente recomendando ou sugerindo que nós
ensinemos nossos filhos. Em vez disso, eles apresentam aos habitantes de Sião a lei
de que nós devemos ensinar nossos filhos a entender. Entendimento é uma
consequência espiritual. Ele é um resultado. A responsabilidade que assumimos não
foi de simplesmente nos envolvermos na atividade de ensinar. Pelo contrário, a
responsabilidade é a de ensinar as crianças a entender.
Os versículos 25 e 26 da seção 68 são uma admoestação para que os pais
criem um lar que seja uma casa de aprendizado onde o Espírito Santo possa habitar e
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
ensinar. Em tal lar o Espírito Santo traz convicção ao coração e ensina tanto os filhos
quanto os pais a entender. O pais tem a importante e vital responsabilidade de junto
com eles:
• criar um ambiente adequado e uma atmosfera espiritual no lar;
• convidar o espirito; e
• facilitar e apoiar o aprendizado espiritual dos filhos através do ensino das
verdades do evangelho, prestando um testemunho puro, fazendo e respondendo
perguntas e ajudando os filhos a encontrar respostas para suas questões e
solução para seus desafios.
INTELIGÊNCIA
“Pelos teus mandamentos alcancei entendimento; por isso odeio todo falso
caminho” (Salmos 119:104).
Isto, porém, não é tudo; haviam-se devotado a muita oração e jejum; por isso tinham
o espírito de profecia e o espírito de revelação; e quando ensinavam, faziam-no com
poder e autoridade de Deus” (Alma 17:2-3).
“E se nesta vida uma pessoa, por sua diligência e obediência, adquirir mais
conhecimento e inteligência do que outra, ela terá tanto mais vantagem no mundo
futuro” (Doutrina e Convênios 130:18-19).
Por favor, note a forma como conhecimento e inteligência estão escritos no
versículo 19; com conhecimento primeiro e inteligência depois. E também observe o
paralelo seguido pelo conhecimento e a inteligência e o meio pelo qual são
adquiridos:
E se uma pessoa adquirir mais conhecimento e inteligência nesta vida por
sua diligência e obediência . . .”
Curiosamente, o conhecimento está associado à diligência. E de forma
significativa, a inteligência está ligada à obediência.
Por meio da persistência, disciplina e trabalho diligente, uma pessoa pode
acumular conhecimento na forma de fatos, dados, informações e experiência. Por
outro lado, inteligencia só pode ser adquirida através da obediência. Assim,
conhecimento é um pré-requisito e fundamento para a verdadeira inteligencia
espiritual.
Agora eu chamo sua atenção para a sequência e padrões contidos no versículo
118 da seção 88 de Doutrina e Convênios.
“E como nem todos têm fé, buscai diligentemente e ensinai-vos uns aos outros
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
palavras de sabedoria; sim, nos melhores livros buscai palavras de sabedoria;
procurai conhecimento, sim, pelo estudo e também pela fé” (Doutrina e Convênios
88:118).
A sequencia destes versículos complementam o que nós aprendemos na seção
130. De fato, se nós estudarmos essas duas revelações lado a lado, nós aprendemos
que conhecimento é obtido através do estudo diligente (diligencia do versículo 19 na
seção 130; estudo do versículo 118 na seção 88) e inteligencia é obtida através da
verdadeira obediência.
As revelações nos ensinam que “a glória de Deus é inteligencia” (Doutrina e
Convênios 93:36). Nós normalmente podemos pensar que a palavra inteligencia desta
escritura denote habilidade cognitiva inata ou um dom natural para os estudos ou
outros tipos de trabalhos. Porém, nesses versículos, um dos significados de
inteligencia é a aplicação do conhecimento que nós obtemos com sábios propósitos.
Como o Presidente David O. McKay ensinou, a aprendizagem “na qual a Igreja se
baseia ... é a aplicação do conhecimento para o desenvolvimento de um caráter nobre
e divino” (“True Education,” 141).
Todos nós, fomos abençoados na mortalidade com uma infinita variedade de
oportunidades de aprender e aumentar nossa inteligencia; inteligencia esta definida
como a aplicação daquilo que nós conhecemos a favor da retidão. Por isso nós não
devemos comparar a inteligencia com a educação formal, graus acadêmicos ou
sucesso secular. Algumas das pessoas mais educadas que eu já conheci tinham pouca
ou nenhuma inteligencia. E algumas das pessoas mais inteligentes que eu já conheci
tinham pouca ou nenhuma educação formal.
O tipo de conhecimento usado para fazer, realizar e aplicar o que nós sabemos
com sábios propósitos é encontrado em todas as escrituras. Como discutido no
capítulo 1, nós estamos usando nosso livre arbítrio moral para obter e agir de acordo
com a verdade. Assim nos tornamos seres que agem ao invés de sermos como objetos
que recebem ação; nós nos tornamos “cumpridores da palavra, e não somente
ouvintes” (Tiago 1:22).
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
“Para que todo homem aja, em doutrina e princípio relativos ao futuro, de
acordo com o arbítrio moral que lhe dei, para que todo homem seja responsável por
seus próprios pecados no dia do juízo” (Doutrina e Convênios 101:78; grifo do
autor).
Note nestes versículos a frase “aja em doutrina.” Nós normalmente poderíamos
pensar na doutrina como sendo algo que nós estudamos, algo que nós aprendemos e
algo que nós nos esforçamos para relembrar. O Senhor, por outro lado, mostra nesta
revelação que doutrina é algo que tanto você quanto eu devemos agir em.
Essencialmente, o Salvador está interessado não apenas naquilo que nós sabemos mas
também na inteligencia espiritual; em como nós aplicamos o que sabemos com sábios
propósitos.
“E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais
as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.
“Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que
as suas obras não sejam reprovadas.
“Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam
manifestas, porque são feitas em Deus” (João 3:19-21; grifo do autor).
Será que, normalmente, tratamos como sendo verdade as coisas que nós
fazemos? Claramente, a mensagem do Senhor nesta revelação é que verdade é tudo
aquilo que uma pessoa faz. Como o Rei Benjamim ensinou ao seu povo: “E agora, se
acreditais . . . nestas coisas, procurai fazê-las” (Mosiah 4:10; grifo do autor).
E como o Salvador ensinou à multidão reunida no templo da terra de
Abundância:
“Ora, este é o mandamento: Arrependei-vos todos vós, confins da Terra; vinde
a mim e sede batizados em meu nome, a fim de que sejais santificados, recebendo o
Espírito Santo, para comparecerdes sem mancha perante mim no último dia.
“Em verdade, em verdade vos digo que este é o meu evangelho; e sabeis o que
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
deveis fazer em minha igreja; pois as obras que me vistes fazer, essas também fareis;
porque aquilo que me vistes fazer, isso fareis;
“Portanto, se fizerdes essas coisas, bem-aventurados sois, porque sereis
levantados no último dia” (3 Néfi 27:20-22; grifo do autor).
Você e eu podemos conhecer as coisas certas a se fazer, mas inteligencia
envolve mais do que apenas conhecer. Se tanto você quanto eu somos inteligentes,
nós sem dúvida alguma faremos a coisa certa. Saberemos que o evangelho é
verdadeiro, importante, bom e necessário. A inteligencia é sempre fiel ao evangelho
que nós conhecemos.
Sabemos que a influência dos princípios do evangelho em nossas vidas é uma
coisa boa. Porém, inteligencia é aplicar de forma consistente os princípios do
evangelho em nossas vidas.
Nós talvez saibamos e entendamos que devemos ser ativos na igreja.
Inteligencia é viver de tal maneira que as doutrinas da Igreja estejam ativas em nós;
uma parte ativa e integral de quem nós somos, do que nós somos, do que nós fazemos
e daquilo que nós pensamos.
RESUMO
PONTOS A PONDERAR
1. O que posso e devo fazer para conhecer e entender a essência das doutrinas e
Salvador?
Os momentos passados na cozinha com minha mãe e meu pai sempre voltam a
minha lembrança quando vejo um pote de conserva de cerejas ou pêssegos. As lições
básicas que aprendi sobre auto-suficiência material e viver de modo previdente,
enquanto colhia frutos e fazia conservas, é uma bênção em minha vida até hoje. O
mais interessante é notar que, muitas vezes, experiências simples e corriqueiras
proporcionam as mais importantes oportunidades de aprendizado.
Já adulto, tenho refletido nas coisas que observei em nossa cozinha durante a
época de fazer conservas. Nesta manhã, gostaria de falar sobre algumas lições
espirituais que podemos aprender com o processo pelo qual um pepino se transforma
em picles. Rogo para que o Espírito Santo esteja conosco enquanto avaliamos o
significado dessas lições para mim e para vocês, para nos achegarmos a Cristo e
renascermos espiritualmente.
E tornam-se, assim, novas criaturas; e a menos que façam isto, não poderão de
modo algum herdar o reino de Deus” (Mosias 27:25–26).
Imersão e Saturação
“Por causa do convênio que fizestes, sereis chamados progênie de Cristo, filhos
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
e filhas dele, porque eis que neste dia ele vos gerou espiritualmente; pois dizeis que
vosso coração se transformou pela fé em seu nome; portanto nascestes dele e vos
tornastes seus filhos e suas filhas” (Mosias 5:7).
“De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que,
como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós
também em novidade de vida” (Romanos 6:4).
Pureza e Selamento
E que vencem pela fé e são selados pelo Santo Espírito da promessa que o Pai
derrama sobre todos os que são justos e fiéis” (vv. 50–53).
Amados irmãos e irmãs, oro para que essa parábola dos picles possa ajudar-nos
a avaliar nossa vida e a entender melhor a importância eterna do renascimento
espiritual. Como Alma, “falo com a energia de minha alma” (Alma 5:43).
“E agora vos digo que esta é a ordem segundo a qual eu fui chamado, sim, para
pregar a meus amados irmãos, sim, e a todos os que habitam a terra; sim, para pregar
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
a todos, tanto velhos como jovens, tanto escravos como livres; sim, eu digo a vós,
idosos, e também aos de meia-idade e à nova geração; sim, para declarar-lhes que
devem arrepender-se e nascer de novo (Alma 5:49).
Hoje, quero examinar com vocês um dos meus registros favoritos do Livro de
Mórmon, a aparição do Salvador no Novo Mundo, e discutir Suas instruções à
multidão sobre o poder santificador do Espírito Santo. Oro pela orientação do
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
Espírito, tanto para mim como para vocês.
Durante os três dias do ministério do Senhor no Novo Mundo, Ele ensinou Sua
doutrina, autorizou Seus discípulos a realizar ordenanças do sacerdócio, curou os
doentes, orou pelas pessoas e abençoou carinhosamente as crianças. Quando a
permanência do Senhor entre aquelas pessoas estava chegando ao fim, ele resumiu
sucintamente os princípios fundamentais de Seu evangelho.
O Salvador também ensinou ao povo que deviam vir a Ele por intermédio de
convênios sagrados, e lembrou-os de que eles eram “filhos do convênio” (3 Néfi
20:26). Ele salientou a importância eterna das ordenanças do batismo (ver 3 Néfi
11:19–39) e do recebimento do Espírito Santo (ver 3 Néfi 11:35–36; 12:6; 18:36–38).
De modo semelhante, vocês e eu somos admoestados a nos voltar para Cristo,
aprender com Ele e vir a Ele por intermédio dos convênios e ordenanças do Seu
evangelho restaurado. Quando assim fizermos, no final acabaremos conhecendo o
Senhor (ver João 17:3) “em seu próprio tempo e a seu próprio modo e de acordo com
sua própria vontade” (Doutrina e Convênios 88:68), como o fizeram as pessoas na
terra de Abundância.
Portanto, quando nascemos de novo e nos empenhamos para ter sempre o Seu
Espírito conosco, o Espírito Santo santifica e refina nossa alma como que por fogo
(ver 2 Néfi 31:13–14, 17). No final, seremos declarados sem mancha diante de Deus.
Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à
vaidade, nem jura enganosamente” (Salmos 24:3–4).
Irmãos e irmãs, é possível que tenhamos mãos limpas e não sejamos puros de
coração. Observem que ter mãos limpas e ser puro de coração são requisitos para
subir ao monte do Senhor e estar em Seu lugar santo.
Gostaria de lembrá-los de que nossas mãos ficam limpas por meio do processo
de renúncia ao homem natural e sobrepujando o pecado e as influências maléficas em
nossa vida por meio da Expiação do Salvador. Nosso coração é purificado quando
recebemos Seu poder fortalecedor de fazer o bem e de tornar-nos melhores. Todos os
nossos desejos justos e nossas boas obras, por mais necessários que sejam, jamais
poderão produzir mãos limpas e coração puro. É a Expiação de Jesus Cristo que
concede o poder purificador e redentor que nos ajuda a sobrepujar o pecado e o poder
santificador e fortalecedor que nos ajuda a nos tornar melhores do que jamais
poderíamos ser, se contássemos apenas com nossa própria força. A Expiação infinita
é tanto para o pecador como para o santo que existe em cada um de nós.
“E agora, por causa das coisas que vos disse — isto é, para conservardes a
remissão de vossos pecados, dia a dia, a fim de que andeis sem culpa diante de Deus
— quisera que repartísseis vossos bens com os pobres” (Mosias 4:26; grifo do autor).
Nosso desejo sincero deve ser o de ter mãos limpas e coração puro: tanto
receber a remissão de nossos pecados dia após dia, como andar sem culpa diante de
Deus. Ter apenas mãos limpas não será suficiente, quando estivermos diante de Deus,
que é puro e que, como “um cordeiro imaculado e incontaminado” (I Pedro 1:19),
derramou livremente Seu precioso sangue por nós.
Algumas pessoas que ouvirem ou lerem este discurso podem pensar que não
alcançarão na vida o progresso espiritual que estou descrevendo. Podemos achar que
essas verdades se aplicam aos outros — e não a nós.
Há sinais de aviso em muitos aspectos de nossa vida. Uma febre, por exemplo,
pode ser o primeiro sintoma de uma doença. Vários indicadores financeiros e do
mercado de trabalho são usados para prever futuras tendências da economia local e
nacional. Dependendo da região do mundo em que moramos, podemos receber
alertas de inundação, avalanche, furacão, tsunami, tornado ou nevasca.
Também somos abençoados com sinais de aviso espirituais que são uma fonte
de proteção e orientação na vida. Lembrem-se de como Noé foi avisado por Deus de
coisas que ainda não se viam, “e para a salvação da sua família, preparou a arca”
(Hebreus 11:7).
Leí foi avisado de que devia sair de Jerusalém e levar a família para o deserto
porque as pessoas a quem ele tinha pregado arrependimento queriam matá-lo (ver 1
Néfi 2:1–2).
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
O próprio Salvador foi poupado por meio de um aviso angelical. “Eis que o
anjo do Senhor apareceu a José em sonhos, dizendo: Levanta-te, e toma o menino e
sua mãe, e foge para o Egito, e demora-te lá até que eu te diga; porque Herodes há de
procurar o menino para o matar” (Mateus 2:13).
Os avisos espirituais devem fazer com que vigiemos com uma atenção cada
vez maior. Vivemos em um “dia de advertência” (Doutrina e Convênios 63:58). E
como fomos e seremos avisados, precisamos, conforme admoestou o Apóstolo Paulo,
“[vigiar] (…) com toda a perseverança” (Efésios 6:18).
Por exemplo, uma conversa espontânea da família no jantar pode ser a ocasião
perfeita para que um pai ou uma mãe conte uma bênção específica que recebeu
durante as atividades relativamente rotineiras do dia e preste testemunho dela. E o
testemunho nem sempre precisa começar com a frase: “Presto meu testemunho”. Ele
pode simplesmente ser declarado da seguinte maneira: “Sei que fui abençoado com
inspiração no trabalho hoje” ou “A verdade contida nessa escritura sempre foi uma
vigorosa fonte de orientação para mim”. Oportunidades semelhantes de prestar
testemunho podem também surgir ao viajarmos juntos de carro ou de ônibus e em
muitas outras situações.
Na grande divisão de todas as criações de Deus, há “coisas que agem como as que
recebem a ação” (2 Néfi 2:14). Como filhos de nosso Pai Celestial, fomos
abençoados com o dom do arbítrio moral: a capacidade e o poder de agir por nós
mesmos. Tendo o arbítrio, somos agentes, e devemos principalmente agir e não
apenas receber a ação, ainda mais quando “[procuramos] conhecimento, (…) pelo
estudo e também pela fé” (Doutrina e Convênios 88:118).
Será que estamos ajudando nossos filhos a tornarem-se agentes que atuam e
buscam conhecimento pelo estudo e pela fé, ou estamos treinando nossos filhos a
esperar que sejam ensinados e recebam a ação? Será que, como pais, estamos
basicamente dando a nossos filhos o equivalente a um peixe espiritual para comer, ou
estamos constantemente ajudando-os a agir, a aprender por si mesmos e a permanecer
firmes e inamovíveis? Estamos ajudando nossos filhos a se engajarem avidamente no
empenho de pedir, buscar e bater? (Ver 3 Néfi 14:7.)
Promessa e Testemunho
ORAR FERVOROSAMENTE:
EXIGÊNCIA #1:
Consultar o Senhor pedindo, buscando e batendo além de requerer é uma
expressão de fé no Salvador.
A verdadeira fé está focada no Senhor Jesus Cristo e em Seus atributos como o
Filho de Deus e na Sua missão e ministério. Tal fé sempre promove atos justos. As
Dissertações Sobre a Fé dizem que “fé [é] o primeiro princípio na religião revelada, e
o fundamento de toda retidão” e que ela é também o princípio de ação em todos os
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
seres inteligentes. A ação por si só não é fé no Salvador, mas o agir em concordância
com princípios corretos é o componente central da fé. Assim, “fé sem obras é morta”
(Tiago 2:20).
“Fé não é somente um princípio de ação, mas também de poder, em todos os
seres inteligentes, tanto nos céus quanto na terra” (Dissertações Sobre a Fé, 3).
Assim, a fé em Cristo promovem atos justos que ampliam nossa capacidade espiritual
e poder.
A compreensão de que a fé é um princípio de ação e de poder inspira-nos:
• A exercer nosso livre arbítrio moral em conformidade com as verdades do
evangelho;
• A convidar os poderes redentores e fortalecedores da Expiação do Salvador a
adentrar nossas vidas;
• A ampliar o poder que temos dentro de nós de sermos nossos próprios árbitros
(veja Doutrina e Convênios 58:28);
e é essencial para se conseguir inspiração através do pedir, buscar e bater.
Orar fervorosamente pedindo, buscando e batendo envolve a comunicação
sagrada e o trabalho consagrado. As bençãos que buscamos, tal como a inspiração e a
orientação do Nosso Pai, requerem algum esforço de nossa parte antes que nós
possamos obtê-las. E a oração, como uma forma de trabalho, é um dos meios
indicados para se obter a maior de todas as bençãos (see Bible Dictionary, “Prayer,”
753). Nós seguimos em frente e perseveramos no trabalho consagrado de orar
fervorosamente depois que dizemos “amém” e agimos sobre as coisas que nós
expressamos ao Pai Celestial. Nós buscamos e batemos tanto antes quanto depois de
pedirmos com fé.
EXIGÊNCIA #2
Devemos ser simultaneamente persistente e paciente neste processo ativo de pedir,
“E isto não é tudo. Não supondes que eu próprio saiba destas coisas? Eis que
vos testifico que sei que estas coisas de que falei são verdadeiras. E como supondes
que eu tenho certeza de sua veracidade?
“Eis que eu vos digo que elas me foram amostradas pelo Santo Espírito de
Deus. Eis que jejuei e orei durante muitos dias, a fim de saber estas coisas por mim
mesmo. E agora sei por mim mesmo que são verdadeiras, porque o Senhor Deus mas
revelou por seu Santo Espírito; e este é o espírito de revelação que está em mim
(Alma 5:45-46; grifo do autor).
“Ora, esses filhos de Mosias estavam com Alma na ocasião em que o anjo lhe
apareceu pela primeira vez; portanto Alma se regozijou muito por haver encontrado
seus irmãos; e o que o alegrou ainda mais foi que eles ainda eram seus irmãos no
Senhor; sim, e haviam-se fortalecido no conhecimento da verdade; porque eram
homens de grande entendimento e haviam examinado diligentemente as escrituras
para conhecerem a palavra de Deus.
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
Isto, porém, não é tudo; haviam-se devotado a muita oração e jejum; por isso
tinham o espírito de profecia e o espírito de revelação; e quando ensinavam, faziam-
no com poder e autoridade de Deus” (Alma 17:2-3; grifo do autor).
“Sim, e quando não clamardes ao Senhor, deixai que se encha o vosso coração,
voltado continuamente para ele em oração pelo vosso bem-estar, assim como pelo
bem-estar de todos os que vos rodeiam” (Alma 34:27; grifo do autor).
“Aconselha-te com o Senhor em tudo que fizeres e ele dirigir-te-á para o bem;
sim, quando te deitares à noite, repousa no Senhor, para que ele possa velar por ti em
teu sono; e quando te levantares pela manhã, tem o teu coração cheio de
agradecimento a Deus; e se fizeres essas coisas, serás elevado no último dia.
“Eis que em verdade, em verdade vos digo que deveis vigiar e orar sempre para
não cairdes em tentação; porque Satanás deseja ter-vos para vos peneirar como trigo.
“E tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, que seja justo, acreditando que
recebereis, eis que vos será dado.
“Orai ao Pai no seio de vossa família, sempre em meu nome, a fim de que
vossas mulheres e vossos filhos sejam abençoados” (3 Néfi 18:18-21; grifo do
autor).
“E aconteceu que ele [Jesus] ordenou à multidão que não cessassem de orar
em seu coração” (3 Néfi 20:1; grifo do autor).
“Bom é o SENHOR para os que esperam por ele, para a alma que o busca.
“E saberás que eu sou o SENHOR, que os que confiam em mim não serão
confundidos” (Isaías 49:23; grifo do autor).
“EM verdade vos digo, meus amigos: Não temais; que se console vosso
coração; sim, regozijai-vos sempre e em tudo dai graças;
Devemos sempre nos lembrar de “não disputar porque [nós] não vemos, pois
[nós] não receberemos testemunho senão depois da prova de nossa fé” (Éter 12:6).
Assim como as paredes da prisão em que estavam Alma e Amuleque não ruíram
“antes da prova da fé deles,” e também como Amon e seus irmãos missionários não
testemunharam milagres em seu ministério antes da prova da fé (ver Éter 12:12–15),
assim também muitas orações fervorosas não serão respondidas “antes da prova da
fé” e serão atendidas “de acordo com a fé expressa em suas orações” (Doutrina e
Convênios 10:47).
Somente dizer as palavras “Que seja feita a tua vontade” não é suficiente. Cada
um de nós precisa da ajuda de Deus ao submetermos nossa vontade a Ele.
“A oração é o ato pelo qual a vontade do Pai e a vontade de um filho entram
em sintonia (Bible Dictionary, “Prayer,” 752-53). Humildade, sinceridade e oração
persistente ajuda-nos a reorganizar e alinhar a nós mesmos com a vontade do nosso
Pai Celeste. E disso o Salvador deu o perfeito exemplo quando ele orou no Jardim do
Gethsemane:
“Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha
vontade, mas a tua.
“Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4:7;
grifo do autor).
“Porque o homem natural é inimigo de Deus e tem-no sido desde a queda de
Adão e sê-lo-á para sempre; a não ser que ceda ao influxo do Santo Espírito e
despoje-se do homem natural e torne-se santo pela expiação de Cristo, o Senhor; e
torne-se como uma criança, submisso, manso, humilde, paciente, cheio de amor,
disposto a submeter-se a tudo quanto o Senhor achar que lhe deva infligir, assim
como uma criança se submete a seu pai” (Mosias 3:19; grifo do autor).
“Mas que vos humilheis perante o Senhor e invoqueis seu santo nome e vigieis
e oreis continuamente para não serdes tentados além do que podeis suportar; e serdes
assim conduzidos pelo Santo Espírito, tornando-vos humildes, mansos, submissos,
pacientes, cheios de amor e longanimidade” (Alma 13:28; grifo do autor).
RESUMO
Cada e todos os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias tem a responsabilidade pessoal de aprender e viver as verdades do evangelho
restaurado do Salvador. O princípio da oração fervorosa e do padrão de pedir, buscar
e bater permite-nos obter o conhecimento, entendimento e inteligencia que são
essenciais para tornarmo-nos membros da Igreja viva do Senhor.
“Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado,
sabendo de quem o tens aprendido” (2 Timóteo 3:14; grifo do autor).
“Aprende de mim e ouve minhas palavras; anda na mansidão de meu Espírito e
terás paz em mim” (Doutrina e Convênios 19:23).
PONTOS A PONDERAR
ORAR SEMPRE
Liahona, Novembro 2008
Quero abordar três princípios que podem ajudar nossas orações a se tornarem
mais significativas, e oro pedindo a ajuda do Espírito Santo para mim e para vocês.
Os padrões usados por Deus para criar a Terra são instrutivos para ajudar-nos a
compreender como fazer orações significativas. No terceiro capítulo do livro de
Moisés, aprendemos que todas as coisas foram criadas espiritualmente antes de
existirem fisicamente na Terra.
“E agora, eis que eu te digo que estas são as gerações do céu e da Terra, quando
foram criados, no dia em que eu, o Senhor Deus, fiz o céu e a Terra;
E toda planta do campo, antes de estar na Terra, e toda erva do campo, antes de
brotar. Pois eu, o Senhor Deus, criei todas as coisas das quais falei espiritualmente,
antes que elas existissem fisicamente na face da Terra” (Moisés 3:4–5).
• Expressar remorso por nossas fraquezas e por não nos esforçarmos mais para
abandonar o homem natural.
Uma oração assim é uma parte vital da preparação espiritual para nosso dia.
A oração que fazemos pela manhã e à noite, e todas as que fazemos durante o
dia, não são acontecimentos isolados e separados, mas estão interligadas entre si a
cada dia, ao longo de dias, semanas, meses e até anos. Isso faz parte da maneira pela
qual cumprimos o conselho que lemos nas escrituras de “orar sempre” (Lucas 21:36;
3 Néfi 18:15, 18; Doutrina e Convênios 31:12). Essas orações significativas nos
ajudam a receber as maiores bênçãos que Deus reservou para Seus filhos fiéis.
A oração se torna significativa quando nos lembramos de nosso relacionamento
com Deus e seguimos este conselho:
“Sim, e roga a Deus por todo o teu sustento; sim, que todos os teus feitos sejam
para o Senhor e, aonde quer que fores, que seja no Senhor; sim, que todos os teus
pensamentos sejam dirigidos ao Senhor, sim, que o afeto do teu coração seja posto no
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
Senhor para sempre.
“Aconselha-te com o Senhor em tudo que fizeres e ele dirigir-te-á para o bem;
sim, quando te deitares à noite, repousa no Senhor, para que ele possa velar por ti em
teu sono; e quando te levantares pela manhã, tem o teu coração cheio de
agradecimento a Deus; e se fizeres essas coisas, serás elevado no último dia” (Alma
37:36–37; grifo do autor).
Nossa família aprendeu naquele dia uma grande lição sobre o poder da gratidão
em uma oração significativa. Devido àquela oração e por meio dela, nossa família foi
abençoada com inspiração para várias questões que estavam exigindo nossa atenção e
inquietando nosso coração. Aprendemos que a gratidão pelo plano de felicidade e
pela missão do Salvador proporcionava o consolo de que necessitávamos e fortalecia
nossa confiança de que tudo ficaria bem com nossos queridos amigos. Também
recebemos inspiração sobre as coisas pelas quais deveríamos orar e pedir com fé.
É bom e correto pedir ao Pai Celestial as bênçãos que desejamos em nossa vida
pessoal. Contudo, orar sinceramente pelos outros, tanto aqueles que amamos quanto
aqueles que maldosamente se aproveitam de nós, também é um elemento importante
da oração significativa. Assim como o fato de expressarmos gratidão com mais
freqüência em nossa oração amplia o canal de revelação, orar pelos outros com toda a
energia da alma aumenta nossa capacidade de ouvir e seguir a voz do Senhor.
O Salvador é o perfeito exemplo de como orar pelos outros com real intenção.
Em Sua grandiosa Oração Intercessória, proferida na noite anterior a Sua
crucificação, Jesus orou pelos Seus Apóstolos e por todos os santos.
“Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque
são teus. (…)
E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra
hão de crer em mim; (…)
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
(…) para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja”
(João 17:9, 20, 26).
Será que nosso cônjuge, filhos e outros familiares também sentem a força de
nossas orações feitas ao Pai por suas necessidades e anseios específicos? Será que as
pessoas a quem servimos nos ouvem orar por elas com fé e sinceridade? Se as
pessoas a quem amamos e servimos não ouvem e não sentem a influência de nossas
sinceras orações em favor delas, é hora de nos arrependermos. Se seguirmos o
exemplo do Salvador, nossas orações se tornarão verdadeiramente mais
significativas.
Água Viva
“Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
“Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo;
onde, pois, tens a água viva? (...)
“Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter
sede;
“Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água
que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna” (João 4:7–
11, 13–14).
A água viva mencionada nesse episódio representa o Senhor Jesus Cristo e Seu
evangelho. Tal como a água é necessária para manter a vida física, da mesma forma o
Salvador e Suas doutrinas, princípios e ordenanças são essenciais para a vida eterna.
Todos precisamos dessa Sua água viva diariamente e em grande quantidade para
manter nosso contínuo crescimento e desenvolvimento espiritual.
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias tem a sagrada mordomia
de preservar as revelações escritas em pureza e segurança (ver Doutrina e Convênios
42:56) — esse precioso reservatório de água viva. Um trabalho monumental foi
realizado pela Igreja nas décadas de 1970 e 1980, resultando na edição das escrituras
que temos hoje com muitas notas de rodapé, referências remissivas e auxílios
didáticos, mapas e informações.
“A velha geração foi criada sem elas, mas há outra geração crescendo agora”
(Conference Report, outubro de 1982, p. 75; ou Ensign, novembro de 1982, p. 53).
Mais de duas décadas se passaram desde que o Élder Packer proferiu essas
palavras. A grande maioria de vocês só conhece as escrituras como as temos hoje.
Tenham isso em mente enquanto continuo a citar o Élder Packer.
“As revelações lhes serão apresentadas como nunca foram antes em toda a
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
história do mundo. Em suas mãos foram agora colocadas as varas de José e Judá.
Vocês desenvolverão um conhecimento do evangelho que estará muito além daquele
que seus antepassados poderiam alcançar. Vocês terão o testemunho de que Jesus é o
Cristo e a competência para proclamá-Lo e defendê-Lo” (Conference Report, outubro
de 1982, p. 75; ou Ensign novembro de 1982, p. 53).
Somos abençoados não apenas por ter essas escrituras tão facilmente acessíveis
hoje em dia, mas também temos a responsabilidade de usá-las constante e
eficazmente, bebendo abundantemente do reservatório de água viva. Creio que esta
geração de jovens está mais imersa nas escrituras, conhece mais profundamente as
palavras dos profetas e está mais disposta a procurar respostas nas revelações do que
qualquer geração anterior. Mas ainda temos uma longa distância a percorrer pelo
caminho estreito e apertado —muito para aprender, aplicar e vivenciar.
Quero agora analisar com vocês três maneiras ou métodos básicos de se obter
água viva do reservatório das escrituras: (1) ler as escrituras do começo ao fim, (2)
estudar as escrituras por tópicos e (3) examinar as escrituras procurando correlações,
padrões e temas. Cada uma dessas abordagens pode ajudar a saciar nossa sede
espiritual se convidarmos a companhia e o auxílio do Espírito Santo ao ler, estudar e
examinar.
Ler um livro de escrituras do começo ao fim faz com que a água viva comece a
fluir para dentro de nossa vida, apresentando-nos importantes histórias, doutrinas do
evangelho e princípios eternos. Essa abordagem também nos permite aprender a
respeito dos principais personagens das escrituras e a seqüência, ocasião e contexto
dos eventos e ensinamentos. Ler a palavra escrita dessa forma expõe-nos ao conteúdo
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
total de um livro de escrituras. Essa é a primeira e mais fundamental maneira de se
obter água viva.
• Como a Expiação me fortalece para fazer coisas em minha vida diária que eu
jamais conseguiria fazer com minha própria capacidade limitada e força?
Enfocar essas questões, estudar por tópicos e usar o Guia para Estudo das
Escrituras, da combinação tríplice, são coisas que nos permitem explorar
profundamente as escrituras e obter um conhecimento espiritual muito mais rico.
Essa abordagem aumenta o fluxo de água viva para dentro de nossa vida.
Tanto a leitura do começo ao fim quanto o estudo por tópicos são pré-requisitos
para o terceiro método básico de se obter água viva do reservatório das escrituras. A
leitura de um livro de escrituras do começo ao fim provê uma gama básica de
conhecimento, ao passo que o estudo por tópicos aumenta a profundidade de nosso
conhecimento. Examinar as revelações procurando correlações, padrões e temas
aumenta nosso conhecimento espiritual, combinando e ampliando os dois primeiros
métodos. Essa abordagem amplia nossa visão e entendimento do plano de salvação.
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
A meu ver, examinar diligentemente para descobrir correlações, padrões e
temas é uma parte do que significa “banquetear-nos” com as palavras de Cristo. Essa
abordagem pode abrir as comportas do reservatório espiritual, iluminar nosso
entendimento por intermédio de Seu Espírito e gerar profunda gratidão pelas santas
escrituras e um nível de dedicação espiritual que não poderiam ser obtidos de outra
forma. Essa abordagem permite que edifiquemos sobre a rocha de nosso Redentor e
suportemos os ventos da iniqüidade destes últimos dias.
Quero salientar um ponto essencial. Vocês podem a princípio supor que seria
preciso muita instrução formal para usar os métodos que estou descrevendo. Isso
simplesmente não é correto. Todo aquele que busca sinceramente a verdade, seja qual
for sua formação, pode empregar com sucesso essas abordagens simples. Não
precisamos de auxílios didáticos sofisticados nem devemos depender muito do
conhecimento espiritual de outras pessoas. Simplesmente precisamos ter o desejo
sincero de aprender, a companhia do Espírito Santo, as santas escrituras e uma mente
ativa e interessada.
Correlações
“Não haveis aplicado vosso coração para compreender; portanto não haveis
sido sábios (...)” (Mosias 12:27; grifo do autor).
Um padrão é um plano ou modelo que pode ser usado como guia para se fazer
repetitivamente certas coisas; e as escrituras estão cheias de padrões espirituais. De
modo geral, um padrão das escrituras é mais amplo e abrangente que uma correlação.
Em Doutrina e Convênios encontramos padrões para a pregação do evangelho (ver
Doutrina e Convênios 50:13-29), para não ser enganados (ver Doutrina e Convênios
52:14;18-19), para a construção de templos (ver Doutrina e Convênios 115:14-16),
para o estabelecimento de cidades (ver Doutrina e Convênios 94), para a organização
de quóruns do sacerdócio (ver Doutrina e Convênios 107:85-100) e sumos conselhos
(ver Doutrina e Convênios 102:12), e para vários outros propósitos. Identificar e
estudar padrões das escrituras são outra importante fonte de água viva que nos
ajudam a conhecer melhor a sabedoria e a mente de Deus (ver Doutrina e Convênios
95:13).
Ao ler Doutrina e Convênios do começo ao fim e estudar esse livro por tópicos,
fiquei impressionado com um padrão que aparece em muitas das respostas do Senhor
a perguntas feitas pelos missionários. Em várias ocasiões em 1831, diversos grupos
de élderes que tinham sido chamados para pregar o evangelho quiseram saber como
deveriam proceder e por que caminho e de que modo deveriam viajar. Nas revelações
dadas por intermédio do Profeta Joseph Smith, o Senhor respectivamente aconselhou
aqueles irmãos, dizendo que poderiam viajar por água ou por terra (ver Doutrina e
Convênios 61:22); fazer ou comprar os meios de transporte necessários (ver Doutrina
e Convênios 60:5); viajar todos juntos ou de dois em dois (ver Doutrina e Convênios
62:5); e viajar para várias direções diferentes (ver Doutrina e Convênios 80:3). As
revelações instruíam especificamente os irmãos a tomar essas decisões “como [lhes
parecesse] melhor” (Doutrina e Convênios 60:5; 62:5) ou “de acordo com o que lhes
[fora] revelado, segundo seu parecer” (Doutrina e Convênios 61:22). Em cada uma
dessas ocasiões, o Salvador declarou: “A mim não importa” (Doutrina e Convênios
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
60:5; 61:22; 62:5; 63:40; ver também Doutrina e Convênios 80:3).
Que padrão notável para aplicar em nossa vida. Jesus Cristo nos conhece e nos
ama individualmente. Ele está preocupado com nosso desenvolvimento e progresso
espirituais, e nos incentiva a crescer por meio do exercício de um discernimento
inspirado, justo e sábio. O Redentor nunca nos abandonará. Devemos sempre orar
pedindo orientação e direção. Devemos sempre buscar a companhia constante do
Espírito Santo. Mas não devemos ficar desanimados se a resposta a nossos pedidos
por orientação ou ajuda não chegarem obrigatoriamente rápido. Essas respostas
raramente chegam de uma vez. Nosso progresso seria prejudicado e nosso
discernimento se tornaria fraco se toda resposta nos fosse dada imediatamente, sem
cobrar o preço de fé, trabalho, estudo e persistência.
“Essas coisas vos são dadas para que as façais com discernimento e conforme
as orientações do Espírito.
“Eis que vosso é o reino. E eis que eu estou sempre com os fiéis. Assim seja.
Amém” (Doutrina e Convênios 62:7–9; grifo do autor).
As decisões mais difíceis que tomamos raramente são entre o bem ou o mal, ou
entre opções atraentes ou repulsivas. Geralmente, as escolhas mais difíceis são entre
o bem e o bem. Nesse episódio das escrituras, cavalos, mulas e carruagens poderiam
ter sido opções igualmente eficazes para os missionários viajarem. De modo
semelhante, também podemos identificar, em vários momentos de nossa vida, mais
de uma oportunidade ou opção aceitável que podemos escolher para seguir. Devemos
lembrar esse padrão das escrituras ao tomar essas decisões importantes. Se
colocarmos as coisas essenciais em primeiro lugar na vida — tais como ser um
discípulo dedicado, honrar os convênios e guardar os mandamentos — então seremos
abençoados com inspiração e firme discernimento ao trilhar o caminho que nos levará
de volta a nosso lar celestial. Se pusermos as coisas essenciais em primeiro lugar, não
nos enganaremos (ver Doutrina e Convênios 80:3).
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
Temas
Os temas são qualidades ou idéias abrangentes, recorrentes e unificadoras,
como fios essenciais entrelaçados por todo o texto. Geralmente, os temas das
escrituras são mais amplos e abrangentes que os padrões e as correlações. Na
verdade, os temas fornecem a base e o contexto para se compreender as correlações e
padrões. O processo de buscar e identificar temas nas escrituras conduz-nos às
doutrinas e princípios fundamentais da salvação — verdades eternas que convidam o
testemunho confirmador do Espírito Santo (ver I João 5:6). Essa abordagem para se
obter água viva do reservatório das escrituras é o mais exigente e rigoroso. Também é
o que proporciona maior edificação e renovação espiritual. E as escrituras estão
repletas de temas vigorosos.
Se vocês prometerem não rir, vou contar-lhes uma maneira simples que usei
para procurar temas nas escrituras. Não é que eu recomende que usem essa mesma
abordagem. Cada pessoa usa um método diferente com igual eficácia. Vou
simplesmente descrever um processo que funcionou bem para mim.
Reconheci que tinha muito a aprender nas escrituras sobre a coligação. Por
isso, identifiquei e copiei todas as escrituras das obras-padrão que incluíam de
alguma forma a palavra coligar. Em seguida, li cada escritura procurando correlações,
padrões e temas. É importante observar que não comecei minha leitura tendo em
mente um conjunto preconcebido de coisas que estava procurando. Orei pedindo a
ajuda do Espírito Santo e simplesmente comecei a ler.
Agora vem a parte que os fará rir. Em seguida, usei uma tesoura para recortar
as escrituras que tinha copiado e as separei por cores. O processo resultou numa
grande pilha de escrituras assinaladas em vermelho, uma grande pilha de escrituras
assinaladas em verde, e assim por diante. Depois, separei as escrituras de cada pilha
grande em pilhas menores. Como um aluno da primeira série, gostei muito de ficar
recortando com a tesoura e fazendo pilhas de escrituras!
Observei que alguns dos propósitos básicos da coligação são adorar (ver
Mosias 18:25); receber conselho e instrução (ver Mosias 18:7), edificar a Igreja (ver
Doutrina e Convênios 101:63–64) e prover defesa e proteção (ver Doutrina e
Convênios 115:6). Ao estudar a respeito dos tipos e locais de coligação, descobri que
somos coligados em famílias eternas (ver Mosias 2:5), na Igreja restaurada (ver
Doutrina e Convênios 101:64–65), nas estacas de Sião (ver Doutrina e Convênios
109:59), nos templos sagrados (ver Alma 26:5–6) e em dois grandes centros: na velha
Jerusalém (ver Éter 13:11) e na Cidade de Sião ou Nova Jerusalém (ver Doutrina e
Convênios 42:9; Regras de Fé 1:10). Senti-me grato por aprender que a edificação
(ver Efésios 4:12–13), a preservação (ver Moisés 7:61) e o fortalecimento (ver
Doutrina e Convênios 82:14) são algumas das bênçãos da coligação.
Por meio desse processo, adquiri um apreço ainda maior pelo espírito da
coligação como parte integral da restauração de todas as coisas na dispensação da
plenitude dos tempos.
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
As Bênçãos que Podemos Receber
As bênçãos de conhecimento, compreensão, revelação e êxtase espiritual que
podemos receber ao ler, estudar e examinar as escrituras são maravilhosas.
“[Banquetear-nos] com a palavra de Cristo” (2 Néfi 31:20) é edificante, emocionante
e muito agradável. A palavra é boa, pois “começa a dilatar-me a alma; sim, começa a
iluminar-me o entendimento; sim começa a ser-me deliciosa” (Alma 32:28). “Eis que
elas estão escritas e vós as tendes perante vós” (3 Néfi 20:11) — e serão em [vocês]
“uma fonte de água que salte para a vida eterna” (João 4:14).
Em minha leitura, estudo e análise pessoais das escrituras ao longo dos anos,
concentrei-me muitas vezes na doutrina da Expiação de Jesus Cristo. Nenhum evento,
conhecimento ou influência me afetou mais durante meus 54 anos de vida mortal do
que ler repetidas vezes, estudar profundamente e procurar correlações, padrões e
temas relacionados à doutrina da Expiação. Essa doutrina central de salvação foi
gradualmente se destilando em minha alma, como o orvalho do céu, influenciando
meus pensamentos, palavras e ações (ver Mosias 4:30) e, para mim, tornou-se
literalmente uma fonte de água viva.
A Visão de Leí
A importância de ler, estudar e examinar as escrituras está salientada em vários
elementos da visão que Leí teve da árvore da vida.
O patriarca Leí viu vários grupos de pessoas se esforçando para seguir pelo
caminho estreito e apertado até alcançar a árvore e seu fruto. Os membros de cada
grupo haviam entrado no caminho pela porta do arrependimento e batismo pela água
e tinham recebido o dom do Espírito Santo (ver 2 Néfi 31:17–20). A árvore da vida é
o ponto central do sonho e foi identificada em 1 Néfi 11 como uma representação de
Jesus Cristo. O fruto da árvore é um símbolo das bênçãos da Expiação do Salvador. É
interessante notar que o tema principal do Livro de Mórmon — convidar todos a vir a
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
Cristo — é o ponto central da visão de Leí. É de especial interesse a barra de ferro
que conduzia até a árvore (ver 1 Néfi 8:19). A barra de ferro é a palavra de Deus.
“O que significa a barra de ferro que nosso pai viu, que levava à árvore?
Por meio das atividades normais de cada dia, todos perdemos um volume
considerável da água que compõe grande parte de nosso corpo físico. A sede é uma
exigência das células do corpo por água, e a água de nosso corpo precisa ser reposta
todos os dias. Francamente não faz sentido encher-nos ocasionalmente de água em
certos dias, com longos períodos de desidratação entre eles. O mesmo acontece
espiritualmente. A sede espiritual é a necessidade da água viva. Receber um fluxo
constante de água viva é algo muito superior a beber um gole esporadicamente.
(Hymns, nº 274)
O ESPÍRITO DE REVELAÇÃO
Liahona, Maio 2011
Com essas duas experiências comuns com a luz, podemos aprender muito
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
sobre o espírito de revelação. Oro para que o Espírito Santo nos inspire e instrua ao
nos concentrarmos no espírito de revelação e nos padrões básicos pelos quais a
revelação é recebida.
O Espírito de Revelação
Padrões de Revelação
O aumento gradual de luz que irradia do sol nascente é como receber uma
mensagem de Deus “linha sobre linha, preceito sobre preceito” (2 Néfi 28:30). Mais
frequentemente, a revelação vem em pequenos incrementos ao longo do tempo e é
dada de acordo com o desejo, a dignidade e a preparação. Essas comunicações do Pai
Celestial gradual e mansamente “[destilam-se] sobre [nossa] alma como o orvalho do
céu” (Doutrina e Convênios 121:45). Esse padrão de revelação tende a ser mais
comum do que raro e está evidente nas experiências de Néfi, enquanto ele
experimentava diversas abordagens para obter as placas de latão de Labão (ver 1 Néfi
3–4). Por fim, ele foi levado pelo Espírito a Jerusalém “não sabendo de antemão o
que deveria fazer” (1 Néfi 4:6). Tampouco ele aprendeu a construir um navio de
projeto inusitado, de uma só vez; ao contrário, o Senhor mostrou a Néfi “de tempos
em tempos, de que maneira [ele] deveria trabalhar as madeiras do navio” (1 Néfi
18:1).
Tanto a história da Igreja quanto nossa vida pessoal estão repletas de exemplos
do padrão estabelecido pelo Senhor para recebermos revelação “linha sobre linha,
preceito sobre preceito”. Por exemplo, as verdades fundamentais do evangelho
restaurado não foram dadas ao Profeta Joseph Smith todas de uma vez no Bosque
Sagrado. Esses tesouros inestimáveis foram revelados à medida que as circunstâncias
e a ocasião eram propícias.
Outra experiência comum com a luz nos ajuda a aprender outra verdade sobre
o padrão de revelação de “linha sobre linha, preceito sobre preceito”. Às vezes, o sol
nasce em uma manhã nublada e nevoenta. Devido às condições do tempo, é mais
difícil perceber a luz e identificar o momento preciso em que o sol surge acima do
horizonte. Mas, apesar de tudo, mesmo em uma manhã como essa podemos ter luz
suficiente para reconhecer um novo dia e cuidar da vida.
Logo depois o Salvador revelou a Oliver que, sempre que ele orava pedindo
orientação, recebia instrução do Espírito do Senhor. “Se assim não fora”, declarou o
Senhor, “não terias chegado ao lugar onde agora estás. Eis que tu sabes que me
inquiriste e que te iluminei a mente; e agora te digo estas coisas para que saibas que
foste iluminado pelo Espírito da verdade” (Doutrina e Convênios 6:14–15).
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
Assim, Oliver recebeu uma revelação por meio do Profeta Joseph Smith
informando-o de que ele estivera recebendo revelação. Evidentemente, Oliver não
tinha reconhecido como e quando recebera orientação de Deus e precisava dessa
instrução para aumentar seu entendimento sobre o espírito de revelação. Na verdade,
Oliver estivera andando na luz enquanto o sol se levantava em uma manhã nublada.
DOUTRINAS
PRINCÍPIOS
Um princípio do evangelho é uma diretriz baseada numa doutrina que visa o
exercício correto do arbítrio moral. Princípios são subconjuntos ou componentes de
verdades mais abrangentes do evangelho. Princípios fornecem orientação. Princípios
corretos além de sempre serem fundamentados e edificados em doutrinas, eles não
mudam e respondem à perguntas sobre “o que?” Muitos princípios podem surgir e
serem associados à uma simples doutrina, como ilustrado na figura 1.
APLICAÇÕES
USANDO O CONTEXTO
O ambiente formado pelas doutrinas, princípios e aplicações é uma ferramenta
multiúso que pode ser usada para aperfeiçoar nosso aprendizado do evangelho e pode
ser também de grande valia quando nós oramos aplicamos o princípio da oração
fervorosa e o padrão de pedir, buscar e bater.
Peço que não encare e use esse contexto como um conjunto rígido de
definições ou como uma fórmula que leva às respostas “corretas” sobre quais
Neste ponto deste capítulo, é provável que você esteja fazendo a si mesmo uma
válida e importante pergunta. De que forma esta estrutura ajuda uma pessoa a
aprender e viver as verdades do evangelho? Algumas perspectivas sobre a singular
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
dispensação que estamos vivendo pode ajudar a responder esta importante questão.
A maior e a última de todas as dispensações foi iniciada pelo o Profeta Joseph
Smith. Isto foi necessário nesta dispensação final em “que uma total, completa e
perfeita união e fusão de dispensações e chaves e poderes e glórias ocorram e sejam
reveladas desde os dias de Adão até o tempo atual. E não somente isso, mas as coisas
que nunca se revelaram desde a fundação do mundo, mas que se conservaram ocultas
aos sábios e prudentes, serão reveladas a crianças e recém-nascidos nesta
dispensação, que é a da plenitude dos tempos” (Doutrina e Convênios 128:18). O
profeta Joseph Smith explicou, “Todas as ordenanças e deveres que já foram
exigidos pelo Sacerdócio, sob a direção e mandamentos do Todo-Poderoso, em
qualquer das dispensações serão todas obtidas na última dispensação, portanto todas
as coisas obtidas sob a autoridade do Sacerdócio em qualquer período anterior serão
obtidas novamente, levando a efeito a restauração mencionada pela boca de
todos os Santos Profetas” (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, 535).
Joseph também declarou que a preparação para a Segunda Vinda do Senhor
Jesus Cristo na “dispensação da plenitude dos tempos trará à luz as coisas que foram
reveladas em todas as dispensações anteriores; também outras coisas que não foram
reveladas anteriormente” (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, 536). Como o
Apóstolo Paulo declarou, “na dispensação da plenitude dos tempos [Deus ] tornará a
congregar em Cristo todas as coisas, tanto as que estão nos céus como as que estão na
terra” (Efésios 1:10).
Assim, o objetivo primordial desta última dispensação é reunir em Cristo todas
as coisas. Chego a sugerir inclusive que o princípio da unificação aplica-se de forma
prática ao nosso aprendizado diário e ao nosso modo de viver o evangelho.
Alguns membros da Igreja parecem dividir o evangelho restaurado numa longa
lista de coisas a fazer; como “itens” separados e isolados para serem revisados e
cumpridos. Estudo diário das escrituras; feito. Oração pessoal e familiar; feito.
Dízimo; feito. Noite familiar; feito. Frequência ao Templo; feito. Ensino e visita
familiar; feito. Mas a purificação, a alegria, a felicidade, a conversão contínua, o
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
poder espiritual, e a proteção que vem da “entrega do [nosso] coração para Deus”
(Helamã 3:35) não pode ser obtida só através da realização e conferência de todas as
coisas que nós supostamente temos que fazer. Certamente que ao completar as várias
tarefas (sem ao mesmo tempo experimentar uma poderosa mudança de coração no
tornando discípulos mais devotados) não produzirá a força espiritual que nós
precisamos para sobrepujar o mal e a oposição dos últimos dias. Pelo contrário, o
poder do evangelho do Salvador para abençoar e guiar-nos vem da conectividade e
inter-relacionamento destas doutrinas, princípios e práticas. Somente quando nós
unificamos todas as coisas em Cristo nós podemos seguramente nos tornar aquilo que
Deus deseja que nos tornemos (veja Mateus 5:48; 3 Néfi 12:48). E a estrutura
composta pelas doutrinas, princípios e aplicações é uma ferramenta que pode ajudar-
nos a pesquisar e aprender sobre o inter-relacionamento das verdades do evangelho e
suas práticas.
Enquanto nós aprendemos e interligamos as verdades reveladas de todas as
dispensações, nós recebemos olhos que podem ver e ouvidos que podem ouvir (veja
Doutrina e Convênios 136:32). O evangelho não é uma lista de tarefas rotineiras; ele
é uma magnífica tapeçaria de verdades entrelaçadas e “bem ajustadas” (Efésios 2:21).
O princípio da unificação pode ajudar-nos a transformar uma lista de tarefas
convencional em algo unificado, integrado, completo e que traz o poder
transformador do evangelho de Jesus Cristo para nossa vida diária. Deixe-me dar
alguns exemplos do que estou sugerindo.
Em nossos lares e salas de aulas, nós frequentemente aprendemos sobre o
grande plano de felicidade, a Expiação infinita, livre arbítrio moral, responsabilidade
individual e convênios sagrados. Geralmente, no entanto, esses princípios e doutrinas
essenciais são considerados separadamente em vez de um em relação ao outro.
Quando nós unificamos essas verdades eternas, nós enxergamos e percebemos mais
claramente nosso relacionamento com o Pai e o Filho, nosso potencial divino e nosso
destino como filhos e filhas de Deus, a natureza do progresso eterno, e a
simplicidade, ordem e beleza do plano do Pai (veja Alma 42:4-9, 14-23).
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
Em nossos lares e salas de aula nós frequentemente discutimos e aprendemos
sobre sacrifício, obediência e consagração. Normalmente, porém, estes princípios
importantes são considerados separadamente em vez de um em relação ao outro.
Quando nós unificamos essas verdades, vemos mais claramente o caminho do
discipulado e ouvimos as admoestações do Salvador, de refrearmos todas nossas
paixões (veja Alma 38:12), “cumprir cada palavra de comando com exatidão (veja
Alma 57:21), nos despirmos do orgulho (veja Alma 5:28) e de ofertar toda nossa
alma a Ele” (Omni 1:26).
Em nossos lares e salas de aula nós frequentemente enfatizamos a importância
do estudo regular das escrituras, oração pessoal e familiar e frequência à Igreja.
Normalmente, porém, essas práticas importantes são consideradas separadamente em
vez de uma em relação a outra. Quando nós unificamos esses hábitos complementares
de santidade, nós ouvimos de forma mais clara a ordem do sacerdócio “recebe o
Espírito Santo.” Nós reconhecemos essas práticas sinceras como essenciais
convidando o Espírito do Senhor em nossas vidas. O estudo, oração e adoração não
são itens isolados e independentes numa lista de coisas para se fazer. Em vez disso,
cada uma dessas práticas justas é um elemento importante na busca primordial de
cumprir o mandamento de receber e reter o Espírito Santo. Fundamentalmente, todos
as atividades e ensinamentos do evangelho visam levar-nos para o Salvador e fazer
com que tenhamos o poder do Espírito Santo em nossas vidas.
Na Igreja nós temos quóruns, auxiliares, programas permanentes e reuniões
inspiradoras. Tipicamente, porém, organizações e funções são consideradas
separadamente em vez de um em relação ao outro. Quando unimos o propósito de
todos os programas às razões de se reunir, nós veremos e notaremos mais claramente
os papéis dessas atividades vitais enlaçados em nossos corações “entrelaçados em
unidade e amor” (Mosias 18:21) para cuidar das necessidades temporais e espirituais
dos nossos irmãos e irmãs. Programas e reuniões não são eventos para serem
gerenciados; em vez disso, eles são oportunidades de se ministrar indivíduos e
famílias.
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
A autoridade do sacerdócio, as chaves do sacerdócio, e as verdades eternas
foram restauradas na terra na dispensação da plenitude dos tempos. A plenitude do
evangelho do Salvador e a obra da Sua Igreja foram restabelecidas e estão alcançando
todo o mundo. Hoje tanto você quanto eu temos papéis fundamentais a desempenhar
no processo de expansão das fronteiras de Sião (veja Doutrina e Convênios 82:14).
Nesta dispensação final nós somos responsáveis pela unificação das verdades eternas
que dizem respeito ao plano do Pai, a Expiação do Salvador, as ordenanças,
convênios, discipulado, a companhia constante do Espírito Santo e sobre o
enlaçamento dos nossos corações em unidade e amor através do pleno cumprimento
do nosso dever divino de servir e resgatar um ao outro.
A estrutura formada pelas doutrinas, princípios e aplicações pode ajudar-nos
quando pedimos, buscamos e batemos de forma que nós mais efetivamente
conseguimos reunir todas as coisas numa só, em Cristo; nesta dispensação da
plenitude dos tempos.
1. O que eu posso e devo fazer em meu aprendizado e serviço para obter um melhor
equilíbrio entre doutrinas, princípios e aplicações?
2. O que posso e devo fazer em meu aprendizado e estudo para “unir todas as coisas
em Cristo”?
Depois que a Terra foi criada, Adão foi colocado no Jardim do Éden. É
importante notar, contudo, que Deus disse que não era bom que o homem estivesse
sozinho (Gênesis 2:18; Moisés 3:18), e Eva tornou-se a companheira e adjutora de
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
Adão. A combinação ímpar de capacidades espirituais, físicas, mentais e emocionais
do homem e da mulher é necessária para levar a efeito o plano de felicidade.
Individualmente, nem o homem nem a mulher pode cumprir os propósitos de sua
criação.
Razão 2: Por desígnio divino, o homem e a mulher são ambos necessários para
trazer filhos à mortalidade e para oferecer-lhes o melhor ambiente para que eles
cresçam e sejam nutridos.
Princípios Orientadores
“Foi com ele que aprendi que a esposa que está dentro do meu coração pode
ser unida a mim para esta vida e por toda a eternidade; e que as refinadas emoções e
afetos que nos aproximaram um do outro emanaram da fonte do divino amor eterno.
(…)
“Eu já havia amado, mas não sabia por quê. Mas agora amava — com uma
pureza — uma intensidade de sentimentos elevados e exaltados que erguem minha
alma acima das coisas transitórias deste mundo abjeto e a expandem como o oceano.
(…) Em resumo, agora posso amar com o espírito e também com o entendimento.
“Mas, naquela época, meu querido e amado irmão Joseph Smith (…)
simplesmente ergueu um canto do véu e permitiu que eu vislumbrasse rapidamente a
eternidade” (Autobiography of Parley P. Pratt, ed. Parley P. Pratt Jr. (1938), pp.
297–298).
O plano do Pai foi criado para orientar Seus filhos, ajudá-los a ser felizes e
levá-los em segurança de volta à presença Dele. Os ataques de Lúcifer contra o plano
visam confundir os filhos e filhas de Deus, torná-los infelizes e impedir seu progresso
eterno. O grande intento do pai de todas as mentiras é que todos nos tornemos tão
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
miseráveis quanto ele (ver 2 Néfi 2:27), e ele trabalha para distorcer os elementos do
plano do Pai que ele mais odeia. Satanás não tem um corpo; não pode casar-se e não
terá família. Ele se esforça persistentemente para confundir os propósitos
divinamente designados dos sexos, do casamento e da família. Vemos em todo o
mundo a prova crescente da eficácia do trabalho de Satanás.
Tendo em vista o que sabemos sobre o intento do inimigo, cada um de nós deve
ficar particularmente atento ao buscar inspiração pessoal sobre como podemos
proteger e salvaguardar nosso próprio casamento—e sobre como podemos aprender e
ensinar princípios corretos no lar e em nossas designações da Igreja referentes ao
significado eterno dos sexos e o papel do casamento no plano do Pai.
Meus queridos jovens, acima de tudo, a coisa mais importante que podem fazer
para se preparar para servir é tornarem-se missionários bem antes de ir para a missão.
Notem que em minha resposta enfatizei o tornar, em vez do ir. Vou explicar o que
quero dizer com isso.
Minha esperança é de que cada um de vocês, rapazes, não apenas vão para a
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
missão — mas que se tornem missionários muito antes de enviarem seus papéis para
a missão, muito antes de receberem o chamado para servir, muito antes de serem
designados pelo presidente da estaca e muito antes de entrarem no CTM.
O Princípio de Tornar-se
Vocês não serão transformados subitamente, nem por um passe de mágica, num
missionário preparado e obediente no dia em que passarem pela porta da frente do
Centro de Treinamento Missionário. Vocês serão no CTM o que se tornaram nos dias,
meses e anos antes do serviço missionário. Na verdade, a natureza da transição pela
qual passarão no CTM será um forte indicador do seu progresso em se tornar um
missionário.
Pais, vocês entendem seu papel de ajudar seu filho a tornar-se um missionário
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
antes de ir para a missão? Vocês, pais e mães, são fundamentais no processo para que
ele se torne um missionário. Líderes do sacerdócio e auxiliares, vocês reconhecem
sua responsabilidade de ajudar os pais e de ajudar cada rapaz a se tornar um
missionário antes de ir para a missão? O nível de preparo também se elevou para os
pais e para todos os membros da Igreja. Se ponderarem em espírito de oração o
princípio de tornar-se, terão a inspiração sob medida para as necessidades específicas
de seu filho ou dos rapazes a quem servem.
A Semente de Abraão
Abraão foi um grande profeta que desejava andar em retidão e que era
obediente a todos os mandamentos que recebia de Deus, inclusive o mandamento de
oferecer em sacrifício o seu precioso filho, Isaque. Por causa da sua firmeza e
obediência, Abraão é sempre mencionado como o pai dos fiéis, e o Pai Celestial
estabeleceu um convênio com ele e sua posteridade e prometeu-lhes grandes bênçãos.
“Porquanto fizeste esta ação, e não me negaste o teu filho, o teu único filho,
“E abençoá-las-ei por meio de teu nome; pois todos os que receberem este
Evangelho serão chamados segundo o teu nome e contados como tua semente; e
levantar-se-ão e abençoar-te-ão como seu pai.” (Abraão 2:9–10)
Meus amados irmãos, vocês e eu, hoje e sempre, devemos abençoar todos os
povos de todas as nações da Terra. Vocês e eu, hoje e sempre, devemos prestar
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
testemunho de Jesus Cristo e declarar a mensagem da Restauração. Vocês e eu, hoje e
sempre, devemos convidar todos a receberem as ordenanças de salvação. Proclamar o
evangelho não é uma obrigação de tempo parcial do sacerdócio. Não é simplesmente
uma atividade na qual nos engajamos por um tempo limitado nem uma designação
que precisamos completar como membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias. Mais precisamente, a obra missionária é uma manifestação da nossa
identidade e herança espiritual. Fomos preordenados na existência pré-mortal e
nascemos na mortalidade para cumprir o convênio e promessa que Deus fez a
Abraão. Estamos aqui na Terra nesta época para magnificar o sacerdócio e para
pregar o evangelho. É isso o que somos, e é por isso que estamos aqui — hoje e
sempre.
“Pois aqueles que forem fiéis de modo a obter estes dois sacerdócios de que
falei e a magnificar seu chamado serão santificados pelo Espírito para a renovação do
corpo.
“Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em
vós?
Satanás não tem um corpo, e seu progresso eterno foi interrompido. Assim
como a água que flui no leito de um rio é contida por uma represa, o progresso eterno
do adversário foi interrompido por ele não ter um corpo físico. Devido a sua rebelião,
Lúcifer negou a si mesmo todas as bênçãos e experiências mortais que são possíveis
graças a um tabernáculo de carne e ossos. Ele não pode aprender as lições que só um
espírito com corpo é capaz de aprender. Ele não pode se casar nem desfrutar as
bênçãos da procriação e da vida em família. Não pode vivenciar a realidade da
ressurreição literal e universal de toda a humanidade. Um dos mais fortes significados
da palavra condenado, conforme aparece nas escrituras, evidencia-se por essa
incapacidade de continuar a desenvolver-se e de tornar-se semelhante ao Pai
Celestial.
Os Ataques do Adversário
O adversário tenta influenciar-nos tanto a fazer mau uso de nosso corpo físico
como a subestimar a importância desse nosso corpo. É importante que reconheçamos
e combatamos esses dois métodos de ataque.
Quando qualquer dos filhos do Pai Celestial faz mau uso de seu tabernáculo
físico seja quebrando a lei da castidade, usando drogas ou substâncias que viciam,
desfigurando ou deformando a si mesmo ou adorando o falso ídolo da imagem do
corpo, seja o seu próprio ou de outra pessoa, Satanás se deleita. Para aqueles de nós
que conhecem e compreendem o plano de salvação, qualquer forma de profanação do
corpo é rebelião (ver Mosias 2:36–37; Doutrina e Convênios 64:34–35) e uma
negação de nossa verdadeira identidade como filhos e filhas de Deus.
Irmãs e irmãos, não sei dizer todas as maneiras pelas quais vocês podem fazer
mau uso do corpo, “porque há vários modos e meios, tantos que não os posso
enumerar” (Mosias 4:29). Vocês sabem o que é certo e o que é errado e têm a
responsabilidade de aprender por si mesmos “pelo estudo e também pela fé”
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
( Doutrina e Convênios 88:118) quais são as coisas que devem e quais as que não
devem fazer, bem como a razão doutrinária disso. Testifico que se vocês tiverem o
desejo de aprender isso, à medida que “[tomardes] cuidado com vós mesmos e vossos
pensamentos e vossas palavras e vossas obras; e (…) observardes os mandamentos de
Deus [e] continuardes tendo fé no que ouvistes concernente à vinda de nosso Senhor,
até o fim de vossa vida” (Mosias 4:30), serão espiritualmente iluminados e
protegidos. De acordo com sua fidelidade e diligência, terão a capacidade de discernir
os engôdos e repelir os ataques do adversário quando ele os tentar a fazer mau uso de
seu corpo físico.
Vocês podem estar-se perguntando: “Mas irmão Bednar, você começou seu
discurso de hoje falando sobre a importância do corpo físico para nosso progresso
eterno. Está sugerindo que os videogames e os vários tipos de comunicação
computadorizada podem fazer com que menosprezemos a importância do corpo
físico?” É exatamente isso que estou declarando. Deixem-me explicar:
Vivemos numa época em que a tecnologia pode ser usada para imitar a
realidade, para intensificá-la e para criar uma realidade virtual. Por exemplo: um
médico pode usar um programa de simulação para adquirir valiosa experiência na
realização de uma operação cirúrgica complicada, sem jamais colocar a vida de um
paciente humano em risco. Um piloto, num simulador de voo, pode praticar diversas
vezes os procedimentos de aterrissagem de emergência que podem salvar muitas
vidas humanas. Arquitetos e engenheiros podem usar tecnologias inovadoras para
Increase in Learning (Aprender Mais)
Traduzido por: Edson Aparecido Barboza
e-mail: edson.familiabarboza@gmail.com
modelar sofisticados métodos de projeto e construção, que reduzem a perda de vidas
e os danos a edifícios causados por terremotos e outras catástrofes da natureza.
Ric Hoogestraat é “um homem corpulento [53 anos] com um longo rabo de
cavalo grisalho, costeletas grossas e um grande bigode grisalho. (…) [Ric passa] seis
horas todas as noites e, muitas vezes, até 14 horas seguidas nos fins de semana, no
papel de Dutch Hoorenbeek, sua identidade virtual, que é um personagem de dois
metros de altura e muito musculoso (…). O personagem parece ser uma versão mais
jovem e fisicamente melhorada do [Ric].
Irmãos e irmãs, procurem entender. Não estou sugerindo que toda tecnologia
seja intrinsecamente ruim, pois não é. Tampouco estou dizendo que não devemos usar
seus muitos recursos de modo adequado para aprender, comunicar-nos, inspirar e
alegrar a vida e para edificar e fortalecer a Igreja, pois é claro que devemos; mas ergo
a voz de advertência declarando que não devemos jogar fora nem prejudicar um
relacionamento autêntico pela obsessão por relacionamentos inventados. “Quase 40%
dos homens e 53% das mulheres que participam de jogos on-line dizem que seus
amigos virtuais são tão bons ou melhores do que os amigos da vida real, de acordo
com um estudo realizado com 30.000 usuários (…) por um pesquisador que concluiu
recentemente o doutorado na Universidade Stanford. Mais de 25% dos usuários de
jogos [que participaram da pesquisa responderam que] o momento mais emocionante
de sua semana anterior havia ocorrido num mundo virtual
computadorizado”(Alexandra Alter, Wall Street Journal, 10 de agosto de 2007, p.
W8).
Essas verdades eternas sobre a importância de nosso corpo físico vão fortalecê-
los contra as falsidades e ataques do adversário. Um de meus desejos mais profundos
é que vocês tenham um testemunho sempre crescente da Ressurreição e que por ela
sejam sempre gratos, sim, sua própria ressurreição com um corpo celestial e exaltado,
“por causa da vossa fé [no Senhor Jesus Cristo], de acordo com a promessa” (Morôni
7:41).
A Nova Geração
Quero agora falar-lhes especificamente sobre quem vocês realmente são. Vocês são
realmente a nova geração de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Em outubro de 1997, o Élder Neal A. Maxwell visitou o campus da Universidade
Brigham Young–Idaho para falar em um devocional. Durante o dia em que ele passou
no campus, conversamos sobre vários assuntos do evangelho em geral e,
particularmente, sobre os jovens da Igreja. Lembro-me de que o Élder Maxwell fez
uma declaração que me impressionou muito. Ele disse: “Os jovens desta geração têm
maior capacidade de ser obedientes do que os de qualquer geração anterior”.
“Porque nesses dias surgirão também falsos Cristos e falsos profetas; e farão
tão grandes sinais e prodígios que, se possível, enganarão até os eleitos, que são os
eleitos de acordo com o convênio. (…)
“E o que entesourar minha palavra não será enganado” (Joseph Smith—Mateus 1:5,
22, 37).
Testifico que Deus vive e que é nosso Pai Celestial. Ele é o Autor do plano de
salvação. Jesus é o Cristo, o Redentor, cujo corpo foi ferido, quebrantado e açoitado
por nós, ao oferecer o sacrifício expiatório. Ele ressuscitou. Ele vive e dirige Sua
Igreja nestes últimos dias. Estar “eternamente envolvido pelos braços de seu amor” (2
Néfi 1:15) será uma experiência real, e não virtual.