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1. OBJETIVO
2. INTRODUÇÃO
O aço inox é um tipo de aço ligado contendo mais de 10,5% de cromo e é utilizado
em todos os setores da indústria há mais de 50 anos.
Os aços inoxidáveis comercializados atualmente são reconhecidos e normalizados
por diversos órgãos normalizadores, tais como ISO (International Organization for
Standardization), AISI (American Iron and Steel Institute) e ASTM (American Society for
Testing and Materials). Porém, existem aços inoxidáveis com características especiais,
desenvolvidos pelos próprios fabricantes.
Esses tipos de aços são divididos em grupos principais, de acordo com as suas
estruturas metalúrgicas: austenítico, ferrítico, martensítico, endurecíveis por precipitação e
duplex.
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Guia para Seleção do Tipo de Aço Inox
302 202
Uso geral N e Mn
Substitui
parcialmen-
te o Ni.
304N
Ni adic. para
resistir a Al – Alumínio Ni – Níquel
carburização C – Carbono P – Fósforo
e choque Cr – Cromo S – Enxofre
térmico Cb – Colômbio (Nióbio) Se – Selênio
Co – Cobalto Si – Silício
Cu – cobre Ta – Tântalo
Mn – Manganês Ti – Titânio
Mo – Molibdênio V – Vanádio
N – Nitrogênio W – Tungstênio
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Tipo 304
Este tipo de aço inox é utilizado para uma grande variedade de aplicações, pois
resiste a ferrugens comuns do meio arquitetônico, é resistente ao processo da indústria
alimentícia (pode ter exceção em casos de aplicações em altas temperaturas conjuntamente
com altas quantidades de ácidos e cloretos) e resiste a produtos químicos orgânicos.
As aplicações comuns do aço inox do Tipo 304 são em eletrodomésticos e outros
produtos de consumo, equipamentos de cozinha, aparelhos hospitalares, em meios de
transportes e equipamentos de tratamento de água.
O Tipo 304L (com teor de carbono reduzido) resiste bem a ácidos nítricos e ácidos
sulfúricos em moderadas temperaturas e concentrações.
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Tipo 316
O aço inox do Tipo 316 contém uma leve quantidade a mais de níquel em
comparação com o Tipo 304 e 2-3% de molibdênio, que também o torna mais resistente à
corrosão, especialmente em ambientes clorídricos que tendem a causar corrosão por pite
(pitting).
Este tipo de aço inox foi desenvolvido para uso em equipamentos de fábricas de
celulose por resistir a compostos de ácido sulfúrico. Porém, o uso deste já foi ampliado para
outros processos de manipulação de produtos químicos.
Tipo 317
O Tipo 317 contém 3-4% de molibdênio (níveis maiores também são aceitáveis nessa
série) e também contém mais cromo que o Tipo 316 para melhorar ainda mais a resistência
à corrosão por pite e corrosão em fresta.
A Tabela 1 lista os tipos de aços inox com seus relativos números UNS (Sistema de
Numeração Unificada) e indica com um “X” quando o tipo é resistente ao meio corrosivo
indicado. Esta indicação é uma sugestão e deve ser usada como orientação. Recomenda-se
que, se possível, testes sejam realizados para validar a escolha do tipo de inox para o
ambiente.
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APÊNDICE I
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usar o tipo 304 em soluções quentes de concentrações moderadas. Outros aditivos podem
ter efeito contrário.
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Ambiente: Aldeídos
Tipo recomendado: o tipo 304 é geralmente satisfatório para aplicações neste ambiente.
Ambiente: Aminas
Tipo recomendado: o tipo 316 geralmente é mais utilizado que o tipo 304.
Ambiente: Éster
Tipo recomendado: para questões de corrosão, o éster pode ser comparado com ácidos
orgânicos.
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Ambiente: Sabões
Tipo recomendado: o tipo 304 é usado para peças tais como torres de sprays, porém, o tipo
316 pode ser mais utilizado para bicos de sprays.
Ambiente: Uréia
Tipo recomendado: o tipo 316L é geralmente o tipo recomendado para esta aplicação.
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APÊNDICE II
É muito comum que clientes que utilizam parafusos e porcas fabricadas em aço inox
reclamem da qualidade do elemento de fixação que estão utilizando.
As reclamações dos clientes referem-se ao fato de que durante a instalação os
parafusos estão engripando e/ou a rosca dos parafusos estão “soldando” nas roscas das
porcas. A frustração dos fornecedores é que todos os requisitos de inspeção indicados dos
fixadores estão dentro do aceitável, mas o fato é que eles não estão montando.
Este problema é chamado de Engripamento de Rosca, De acordo com o Industrial
Fastener Institute’s 6th Edition Standards Book (page B-28).
Engripamento de rosca parece ser um dos maiores problemas de fabricantes de Aço
Inox, alumínio, titânio, e outras ligas como as que auto geram um filme de óxido superficial
para proteção da corrosão. Durante a aplicação do torque de montagem nos fixadores, uma
pressão é exercida entre as superfícies em contatos das roscas, essas superfícies deslizam
uma em contato com a outra, e o filme de proteção à oxidação é quebrado, provocando o
cisalhamento e união das superfícies. Este mecanismo causa aumento na adesão. Em
casos extremos, este engripamento leva ao processo de solda fria. Se o aparafusamento
continua, as roscas podem ser deformadas e o parafuso pode vir a romper.
Para prevenir o problema de engripamento de rosca inox, seguem três sugestões:
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Outro fator que ocasiona o engripamento da rosca de parafusos e porcas em aço inox
é a rugosidade superficial das roscas. Um componente com rugosidade no flanco de rosca,
tem grande probabilidade de provocar o engripamento. Em uma aplicação onde o parafuso
está engripando com a porca, presume-se que o parafuso é que possivelmente está com
defeito, porque este é o componente crítico. Entretanto, normalmente, é a rosca da porca
que está causando o problema na rosca do parafuso. Isto ocorre porque a maioria das
roscas dos parafusos tem menor rugosidade que a rosca das porcas.As roscas dos
parafusos normalmente são laminadas, enquanto que as das porcas são usinadas. O
processo de laminação, que é o caso dos parafusos, garante uma rugosidade menor que o
processo de rosqueamento das porcas. As razões dos problemas de engripamento são
inconsistentes, provavelmente devido às inconsistências da operação de rosqueamento.
Roscas internas com rugosidade acima do normal podem ser o resultado da utilização de
ferramentas desgastadas ou de processo de rosqueamento com RPM inadequado.
Quando ocorrer engripamento na aplicação de parafuso e porca em aço inox, deve-se
tentar as sugestões listadas acima, uma ou outra combinação destas apresentadas,
provavelmente resolverá o problema.
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APÊNDICE III
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DESING GUIDELINES FOR THE SELECTION AND USE OF STAINLESS STEEL. Specialty
steel industry of North America. Washington: 1995
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