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Metalurgia
Tipos de material
São eles:
• Metais não ferrosos – Ex.: alumínio e suas ligas, cobre e suas ligas (bronze,
latão)
Metais ferrosos
Ferro fundido
Definição
Simbologia francesa
São designados pelo símbolo Ft (norma francesa). O número que se indica é a
décima parte do valor em megapascal (MPa-1 Mpa = 1 N/mm2) da resistência
mínima de ruptura por extensão.
utilizados na fábrica). Variações: Ft10, Ft15, Ft20, Ft25, Ft30, Ft35, Ft40.
Eles são designados por um símbolo (MB, MN, MP, FGS) seguido do valor em
megapascal da resistência mínima a ruptura por extensão e da porcentagem do
valor de alongamento antes da ruptura.
Exemplo: B 380-12.
Variações
Simbologia brasileira
Aços
Classificação
Tipos de Aços
• Aços estruturais
• Aços para chapas
Conforme a ABNT:
• barra chata: produto plano com espessura superior a 5,00mm e largura inferior
a 300mm;
Variações
Tipo R mín Re mín Tipo R mín Re mín
A 33 300 155 E 36 510 325
A 34 330 165 A 50 490 275
E 24 340 215 A 60 590 335
E 28 420 255 A 70 690 365
Aços de moldagem
Macrografia de um aço
de moldagem
A designação se compõe:
• de um primeiro número, que fixa o limite de elasticidade mínimo expresso em
megapascal,
Macrografia de aços
para forjamento
Variações
Nuance R R2 Nuance R1 R2
1
AF34/C 10 330 520 AF55/C 35 540 640
AF37/C 12 360 620 AFM/C 40 590 700
AF42/C 20 410 880 AF65/C 45 640 740
AF50/C 30 490 570 AF70/C 55 710 790
Aços laminados
Variações
Nuance R mín Re mín Nuance HRC
XC 10 350 215 XC 54 ≥ 54
XC 18 430 265 XC 60 ≥ 56
XC 32 550 315 XC 68 ≥ 58
XC 38 580 335 XC 75 ≥ 59
XC 45 640 355 XC 90 ≥ 60
XC 50 HRC ≥ 52 XC 100 ≥ 61
Existe uma grande variedade de aços rápidos, cujo elemento básico é sempre o
tungstênio, e os teores de carbono, cromo, vanádio, molibdênio e tungstênio são
variáveis.
Metal alumínio
de face centrada.
Com pureza equivalente a 99,5% utiliza-se em cabos elétricos armados com aço,
além de equipamentos variados na indústria química.
Ligas de alumínio
Podem ser:
II - ligas fundidas, que são subdivididas por sua vez em duas classes:
30
27
(kgf/mm2)
24
21
alongamento –
liga 52820
18
15
12
9
6
alongamento – liga 10050
3
0
R 1/4 duro 1/2 duro 3/4 duro duro
Encruamento
*O = recozido
T3 = solubilizada e encruada
T4 = solubilizada e envelhecida à temperatura ambiente
T6 = solubilizada e envelhecida artificialmente
T8 = solubilizada, encruada e endurecida por precipitação (envelhecida
artificialmente)
e de precisão.
Metal cobre
A oxidação, sob ação do ar, começa em torno de 500°C. Não é atacado pela
água pura. Por outro lado, ácidos, mesmo fracos, atacam o cobre na presença do
ar.
Tipos de cobre
• cobre eletrolítico tenaz (Cu ETP) – 99,90% de cobre (e prata até 0,1%);
• cobre refinado a fogo de alta condutibilidade (Cu FRHC) – 99,90% de cobre
incluída a prata;
• cobre refinado a fogo tenaz (Cu FRTP) – 99,80% a 99,85% de cobre incluída a
prata;
• cobre desoxidado com fósforo, de baixo teor de fósforo (Cu DLP) – 99,90% de
cobre e resíduos de fósforo entre 0,004 e 0,012%;
• cobre desoxidado com fósforo, de alto teor de fósforo (Cu DHP) – 0,015 a
0,040%;
• cobre isento de oxigênio (Cu OF) – tipo eletrolítico com 99,95 a 99,99% de
cobre;
• cobre refundida (Cu CAST) – obtido a partir de cobre secundário.
Liga Característica
Liga cobre-arsênio desoxidado utilizada em trocadores de
calor com fósforo
Liga cobre-prata tenaz utilizada na indústria elétrica (bobinas,
lâminas de coletores)
Liga cobre-cádmio (CuCd) utilizada em cabos condutores aéreos de
linhas de tróleibus, molas de contato (teor de
cádmio varia de 0,6 a 1,0%)
Liga de cobre-cromo (CuCr) aceita tratamento de endurecimento por
precipitação (aquecimento a cerca de
1000°C durante 15 minutos, resfriamento
em água e reaquecimento entre 400°C e
500°C, durante tempos mais ou menos
longos), o qual provoca elevação da
resistência mecânica (teor de cromo de
0,8%)
Liga de cobre-zircônio (CuZr) endurecível por precipitação; utilizado na
indústria elétrica (teor de zircônio de 0,10 a
0,25%)
Liga de cobre-telúrio (CuTe) utilizada em terminais de
transformadores e interruptores,
contatos e conexões (alta
condutibilidade elétrica e boa
usinabilidade)
Liga de cobre-enxofre (CuS) propriedades e aplicações análogas às do
cobre telúrio (com 0,20 a 0,50% de
enxofre)
Liga de cobre-chumbo (CuPb) utilizadas em conectores, componentes de
chaves e motores (0,8 a 1,2% de chumbo)
Liga de cobre-cádmio-estanho empregadas em molas e contatos
elétricos, (CuCdSn) eletrodos para soldagem elétrica
Latões
Bronzes
Liga cobre-níquel-zinco
Essas ligas são conhecidas também com o nome de alpacas. Sua composição
varia de 10 a 30% de níquel, 45 a 70% de cobre, sendo o restante zinco (aplicação
em objetos decorativos).
Liga de cobre-alumínio
Polímeros (plásticos)
Definição de plástico
Termoplásticos
Olefínicos
Polipropileno
Os de densidade mais elevada possuem mais resistência mecânica, são mais
rígidos, mas relativamente
muito frágeis, enquanto os de menor densidade são mais flexíveis.
Polietilenos
Poliestirenos
Sua resistência mecânica é satisfatória, mas sua fluência não. Como não têm
resistência ao calor, seu emprego está restrito a aplicações à temperatura
ambiente. Também sua resistência ao empenamento pelo calor é baixa.
Vinílicos (PVC)
PVC rígido
Constituído de homopolímeros vinílicos não-plastificados, é empregado na
forma de chapas em recipientes químicos, dutos, cobertas e peças
arquitetônicas. Também na forma de tubos, em equipamentos das indústrias de
óleo, química e processamento de alimentos.
PVC flexível
Composto de homopolímeros ou copolímeros com adição de plastifícantes, é
usado em películas e folhas para embalagens, estofamentos etc.
Acrílicos
Celulósicos
Náilon (poliamidas)
Acetais
Policarbonatos
ABS ou acrilonitrila-butadieno-estireno
Fluoroplásticos
Óxidos polifenilenos
Nestes plásticos, as cadeias dos polímeros são unidas entre si por fortes
ligações covalentes, ao contrário dos termoplásticos, o que lhes confere
características diferentes, como maior dureza e relativa fragilidade. Apresentam
também maior estabilidade térmica e maior resistência à fluência.
Fenólicos (fenol-formaldeídos)
Poliésteres
Epóxis
São mais conhecidos como adesivos, de custo elevado e, portanto,
aconselháveis em aplicações onde se desejam qualidades superiores, como
elétricas e mecânicas, baixa absorção de umidade, além de facilidade de
processamento. A máxima temperatura de serviço é cerca de 270 graus
centígrados.
Silicones
Como são de custo elevado, suas aplicações são feitas para condições críticas
de serviço, tais como: componentes de aviões para alta temperatura de serviço, na
indústria areroespacial e na indústria eletrônica.
Uretanos
São materiais de uso limitado e mais conhecidos como “espuma plástica”; são
empregados como material de isolamento e empacotamento.
Ligas plásticas
Materiais compostos
Alguns novos tipos de materiais vêm sendo introduzidos no mercado com
bastante sucesso, que são os casos dos materiais cerâmicos (compostos).
Vejamos algumas de suas características.
• São de natureza cristalina;
Tratamentos Térmicos
Objetivo
Mudanças de estrutura
A estrutura de um aço depende da temperatura à qual fica exposto:
Têmpera
Execução da têmpera
Aquecimento
Resfriamento
Recozimento
950
Austenita
900
Cementita
850
Austenita
800
Ferrita
750 Austenita
Ac 1
721
700 Ferrita Cementita
Parlita Parlita
Parlita
600
0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,2
0,83
% de carbono
Efeitos do recozimento
• Afinar o grão;
• Suprimir o encruamento.
Tipos de recozimento
Recozimento total
Objetivo
• Anular todos os efeitos da têmpera com o objetivo de que os materiais
possam ser usinados facilmente.
Princípio
• Temperatura de aquecimento: A3 + 50°C ou 75°C.
• Esfriamento lento.
Objetivo
• Aumentar a homogeneidade química;
• aplica-se aos aços em bruto. Princípio
• temperatura de aquecimento A3 + 200°C (durante várias horas);
• esfriamento lento.
Objetivo
• Afinar o grão;
• aplica-se aos aços, tendo grãos grossos, o que é devido a uma temperatura
excessivamente elevada e uma permanência prolongada na referida temperatura.
Princípio
• temperatura de aquecimento: A3 + 50°C (tempo transcorrido curto);
• esfriamento lento.
Recozimento de estabilização
Objetivo
• Destruir as tensões devidas a soldagem e estampagem. Evitam-se assim as
deformações possíveis no decorrer de posteriores usinagens.
Princípio
• temperatura de aquecimento: A3 + 50°C;
• esfriamento lento.
Aquecimento
• oxidação;
• descarburação;
• deformação.
Esfriamento
O esfriamento é lento mas a duração varia de acordo com o metal a ser
recozido e pode ser realizado das seguintes maneiras:
Revenimento
Cementação
O ensaio de dureza, que, embora possa em certos casos não inutilizar a peça
ensaiada, também está incluído nessa categoria.
Dentre os ensaios não-destrutivos estão os ensaios com raio X, ultra-som,
magnaflux, elétricos e outros.
Metro (m), quilograma (kg), segundo (s), Ampére (A), Kelvin (K), mol (mol) e candela
(cd), radiano (rd) e esterradiano (sr), estas últimas para ângulos plano e sólido,
respectivamente.
Tipos de ensaio
Ensaios de dureza
2 - Gipsita
3 - Calcita
4 - Fluorita
5 - Apatita
6 – Feldspato (ortóssio)
7 - Quartzo
8 - Topázio
9 - Safira e corindo
10- Diamante
1,59
posição 1 posição 2 posição 3
P P
o o
P0
P1
Po
P o + P1 Po
posição de operação
13
6º
13
6º
onde
F = força de penetração
d = diagonal da pirâmide impressa.
Ensaio de tração
Tipos de amostra
A – limite elástico
A’ – limite de proporcionalidade
B – limite de resistência
C – limite de ruptura
CURSO TÉ CNICO – ESTRUTURA NAVAL
COLÉ GIO MARECHAL HERMES
Ensaio de resiliência
30
40
inclinação
20%
Esquema do ensaio de dobramento (a e b); (c) corpo de prova dobrado até um ângulo
α.
Ensaio de torção
Ensaio de embutimento
punção
sujeitador
matriz peça
Ensaio de fadiga
É o ensaio que indica a ruptura de componentes, sob uma carga bem inferior à
carga máxima suportada pelo material devido a solicitações cíclicas repetidas.
Ensaio de fluência
Define-se fluência como sendo a deformação plástica que ocorre em um material sob
tensão constante ou praticamente constante em função do tempo.
O resultado do ensaio é dado por uma curva de deformação (fluência) e pelo tempo
de duração do ensaio.
Ferro Fundido
Definição
É o termo genérico utilizado para as ligas Ferro-Carbono nas quais o conteúdo de
Carbono excede o seu limite de solubilidade na Austenita na temperatura do eutéctico.
A maioria dos ferros-fundidos contém no mínimo 2% de carbono, mais silício (entre 1 e
3%) e enxofre, podendo ou não haver outros elementos de liga.
Classificação
O sistema de classificação dos aços varia de acordo com o tipo de ferro fundido
em função das suas faixas de composição química, de acordo com a tabela
abaixo:
Tipo C Si Mn P S
Cinzento 2,5 - 4,0 % 1,0 - 3,0 % 0,2 - 1,0 % 0,002 - 1,0 % 0,02 - 0,25 %
Grafítico 2,5 - 4,0 % 1,0 - 3,0 % 0,2 - 1,0 % 0,01 - 0,1% 0,01 - 0,03 %
Dúctil 3,0 - 4,0 % 1,8 - 2,8 % 0,1 - 1,0 % 0,01 - 0,1 % 0,01 - 0,03 %
Branco 1,8 - 3,6 % 0,5 - 1,9 % 0,25 - 0,8 % 0,06 - 0,2 % 0,06 - 0,2 %
Maleável 2,2 - 2,9% 0,9 - 1,9 % 0,15 - 1,2 % 0,02 - 0,2 % 0,02 - 0,2%
Professora Marlene Cruz – marleneacruz@hotmail.com– sábado – 8:00 h às 11:00 h 39
CURSO TÉ CNICO – ESTRUTURA NAVAL
COLÉ GIO MARECHAL HERMES
Aplicações
Peças de motores de
ferro fundido
· Ferro fundido dúctil: sua estrutura nodular confere maiores resistência mecânica e
ductilidade ao material, aproximando suas características das do aço. Suas aplicações
incluem válvulas carcaça de bombas, virabrequins, engrenagens, pinhões, cilindros e
outros componentes de máquinas e automóveis.
de ferro fundido
· Ferro fundido branco: extremamente duro e frágil, chegando a ser inadequado para a
usinagem em alguns momentos. Sua aplicação é restrita aos casos em que dureza
elevada e resistência ao desgaste são necessárias, como nos cilindros de laminação.
O ferro fundido branco, geralmente, é utilizado como um processo intermediário na
· Ferro fundido grafítico compacto: suas propriedades variam entre as do ferro fundido
cinzento e as do dúctil. Em comparação com os ferros fundidos cinzentos, os
grafíticos compactos possuem maior resistência mecânica, maiores ductilidade e
tenacidade e menor oxidação a temperaturas elevadas. Já na comparação com os
ferros fundidos dúcteis, possuem menor coeficiente de expansão térmica, maior
condutibilidade térmica, maior resistência ao choque térmico, maior capacidade de
amortecimento, melhor fundibilidade e melhor usinabilidade. Dentre as aplicações
típicas, podem ser citadas: base para grandes motores a diesel, cárteres, alojamentos
de caixas de engrenagens, alojamentos para turboalimentadores, suportes de
rolamentos, rodas dentadas para correntes articuladas, engrenagens excêntricas,
moldes para lingotes, coletores de descarga de motores e discos de freio.
Embora inicialmente se pensasse que esse material não tinha valor algum, descobriu-
se a possibilidade de transformá-lo em aço e, portanto, torná-lo capaz de ser forjado, ao
refundi-lo em forno de soleira, similar à forja catalã, com excesso de oxigênio quando o
ferro gotejava através da camadas de carvão de madeira em contra-corrente com o ar
soprado. Assim, o ferro era purificado, e juntamente com a escória, era coletado no
fundo do forno e a massa esponjosa resultante era martelada para compactá-la e expelir
a escória.
Já no fim do século XIV a produção diária do forno atingia 1500 kg. A seleção do local
para as fábricas de ferro dependia das características de cada região, isto é, se ela
possuía uma boa fonte de minérios, se existiam florestas naturais e, com o advento da
roda d'água, se havia rios ou riachos que serviam não apenas para movimentar os foles,
mas também os martelos e fieiras (figura 6). Sendo uma tecnologia extremamente suja e
predatória, em alguns países como a Inglaterra, foram criadas leis de proteção
ambiental, o que dificultava o crescimento dessas indústrias.
O primeiro gusa fabricado com coque foi produzido em 1708-1709 por Abraham Darby,
em Coalbrookdale, na Inglaterra. O gusa obtido em alto fornos usando carvão de pedra
Até o fim do século XIX, o processo de produção ainda era o de cadinho, desenvolvido
por Huntsman. O consumo de combustível era enorme, da ordem de 4 toneladas de
carvão para uma de aço e o trabalho com os cadinho era extremamente penoso.