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Tecnologia e Gestão na Construção -UNIZAMBEZE

Universidade do Zambeze

Faculdade de Ciências e Tecnologia

Tema: Armaduras (aços de construção)

Engenharia Civil 3°Ano


TECNOLOGIA E GESTÃO DE CONSTRUÇÃO I
Cesário José Cassamo

Eng. Cesário José Cassamo


Tecnologia e Gestão na Construção -UNIZAMBEZE

1.3. Armaduras (aços de construção)

1.3.1 Características do aço para Betão Armado e Pré-esforçado (Armaduras)

As armaduras para betão é caracterizado são caracterizadas pelo seu processo de fabrico, que está relacionado
com a composição química do aço, pelas propriedades mecânicas, pela configuração geométrica, que se relaciona
também com as características de aderência ao betão.

Pois, dessa maneira, podemos considerar, na base da classificação em termos de resistência mecânica e superfície
exterior, que temos por um lado aços macios e aços duros e por ouro lado, aços lisos e nervurados.

1) Composição química

O aço do betão armado, comummente usado, não possui mais do que 0,2% de carbono. É portanto, um aço macio
(a sua resistência é relativamente baixa com um deformação plástica considerável).

Quando se pretende melhorar a resistência mecânica e reduzir a ductilidade, usa-se um aço que possui
percentagem de carbono até cerca de 0,3%, considerado aço duro, não obstante o facto de receber têmpera no seu
fabrico ou ainda, ser laminado a frio por torção do aço macio. Esses aços não são soldáveis ou perdem a
resistência.

O aço do betão pré-esforçado como tem de ter resistências e tensões de cedência muito maiores do que as do
betão ordinário, tem uma percentagem de carbono maior, é um aço carbono (entre 0,6 a 0,9%). Contém ainda 0,3
a 0,8% de manganês e silício e limites pequenos e rigorosos de impurezas.

2) Configuração geométrica

As armaduras usadas no betão armado e pré-esforçado, são na grande maioria dos casos, de secção circular.

Os aços para betão armado denominam-se por armaduras ordinárias com diâmetros de 6, 8, 10,12, 16, 20, 25,
32 e 40 mm.
Para diâmetros de 5mm chamam-se verguinhas e diâmetros superiores a 40 mm são vergalhões.

Especificamente, quando o diâmetro é inferior a 12mm chama-se fio e superior a 12mm chama-se varão, sendo
barra quando o diâmetro é igual a 12mm.

O aço macio menos resistente toma a designação de A 235 e pode ter superfície lisa ou nervurada (com aspecto da
figura seguinte). As nervuras surgem para melhorara a aderência aço-betão.

Os aços duros para serem distinguidos dos macios, levam a meio um traço a ligarem as nervuras a 45o.

Eng. Cesário José Cassamo


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Por outra, a partir de um aço macio nervurado pode-se obter um aço duro com a seguinte superfície (Ex. da
obtenção do A400ER a partir do A400NR). A aderência aço-betão é ainda maior.

Existem outros tipos de aços, considerados especiais:

— Aço Bi – trata-se de uma associação de duas verguinhas de aço duro, ligadas entre si através de travessas de
aço macio. Neste aço a ligação com o betão já não se faz por aderência, mas sim através dos processos, que
resistem por flexão, compressão e corte, devido a haver betão entre eles.

Possuem tensão de cedência de cerca de 700 MPa, tensão de rotura de 800 MPa e extensão após rotura de 6%,
portanto, conseguem altas resistências apesar de serem pouco utilizados a não ser em estruturas especiais.

— Malhasol – é constituída por uma série de ferros cruzados segundo direcções perpendiculares, soldados entre
si nos nós. Há vários tipos dependendo do espaçamento dos ferros. Os diâmetros variam entre 2,5 a 5,0mm.
Possuem tensão convencional de cerca de 500 MPa, tensão de rotura de 600 MPa e extensão após rotura de 7%.

Usa-se normalmente o tipo AR (100mmx300mm) como malha de distribuição em lajes aligeiradas ou armadura
principal em pequenas lajes unidireccionais ou, em outros tipos para armar lajes nas duas direcções.

No betão pré-esforçado usam-se fios e quando se pretendem diâmetros maiores usam-se cabos e cordões. Os
cabos são constituídos por 2,3 ou até 7 cordões. Em cordões, os fios enrolam-se em hélices cujo peso depende do
diâmetro dos fios.

Os fios, em regra de secção circular, podem em certos casos ter pequenas ranhuras para melhorar a aderência.

Verifica-se que quanto menor é o diâmetro do aço maior é a resistência a rotura e maior é o limite de elasticidade,
pois, a sucessiva redução do diâmetro produz esse endurecimento.

Os aços usados são aços duros com tensões de rotura variáveis, no entanto muito elevadas, podendo ser
superiores a 2000 MPa.

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1.3.2. Procedimentos preliminares a execução das armaduras:

1.3.2.1. Definições de projectos e previsão de perdas.

Os projetos estruturais são bem detalhados no que diz respeito às armaduras. Todo o projeto apresenta quadros
que mostram a posição, a quantidade, diâmetro, comprimento e detalhes de dobragem, além de quadros com
resumo por bitola, levando ou não em consideração as perdas que ocorrem na obra. O projecto estrutural fornece
as seguintes informações:

a) Seções e comprimentos dos elementos de concreto armado (fôrmas e armaduras);


b) Desenho detalhado das peças estruturais ( bitolas o espaçamento entre as barras de aço, cobrimentos,
esperas, emendas ou transpasse);
c) Volume de concreto e área de fôrma;
d) Tabela do aço (posição do aço, comprimentos e pesos parciais e global).

A seguir são apresentados dois modelos de tabelas de aço a modo de amostra:


Obra

Calculate Edifício Príncipe da Rumânia


Louis Torone Título
Eng.Civil
Crea 123456-P Pilares térreo
Cod Fck Aço Data Folha

0023 20 MPa CA-50 10/07/00 03PT

Legenda de dobramento (c/redução de dobra) Estribo Gancho


Ferro reto Ferro em L Ferro em U A
A A B B A

Número Qtd Φ Comp Uso Tipo A B


1 10 16 393 P4 reto
2 19 4,2 125 P4 estr 22 35
3 12 16 393 P8 reto
4 13 6,3 60 P9 gan 47
. . . . . . . .
. . . . . . . .
n 20 20 410 P12 reto

Obra

Calculate Edifício Príncipe da Rumânia


Louis Torone Título
Eng.Civil
Crea 123456-P Pilares térreo
Cod Fck Aço Data Folha

0023 20 MPa CA-50 10/07/00 03PT

Legenda de dobramento (c/redução de dobra) Estribo Gancho


Ferro reto Ferro em L Ferro em U A
A A B B A

Ø Ferro Comp Peso Peso+0%


(mm) (m) (kg/m) (kg)
4,2 1030,85 0,109 112,0
6,3 243,80 0,248 61,0
8,0 0,00 0,388 0,0
10,0 0,00 0,559 0,0
12,5 310,10 0,994 308,0
16,0 408,72 1,553 635,0
20,0 246,00 2,236 550,0
Peso total + 0% (kg) 1666,0

Eng. Cesário José Cassamo


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1.3.2. 2. Aços para a construção civil. Tipos de aços

Os aços utilizados na construção civil são classificados de acordo com suas características mecânicas (tensão de
escoamento) e conforme o processo de fabricação – laminação a quente, encruamento por deformação a frio ou
trefilação fio-máquina. No quadro a seguir são mostrados os tipos de aços mais comuns utilizados na confecção
de peças em concreto armado:

CA 25 - liso (ainda é encontrado nervurado) barras e rolos


CA 50 - nervurado barras de 12 m
CA 60 - liso e com entalhes barras rolos ou barras de 12 m

Arame recozido – amarração de vergalhões rolos de 60, 35 ou 1 kg


Telas soldadas painéis ou rolos e 60 e 120 m

De acordo com a norma NBR 7480/96, as barras de aço, seja de que tipo for, com diâmetro igual ou superior a 10
mm deverão apresentar marcas de laminação em relevo (de identificação) com a marca do fabricante, a categoria
e o diâmetro.
Nos aços em barras de diâmetro menos que 10 mm a identificação poderá ser feita com a pintura de uma das
pontas em cores padronizadas

Categoria Diâmetro
do aço da barra

Identificação
do fabricante

Nos quadros a seguir são apresentados os aços usados na construção civil com suas características físicas e
mecânicas, bem como o diâmetro mínimo dos pinos para dobragem dos aços.

Em geral, os fabricantes fornecem aços nas categorias:

CA-50 com superfície nervurada: com superfície nervurada a Gerdal especifica o GG-50; a Belgo Mineira
especifica Belgo 50 e CA-25 com superfície lisa.
No caso dos aços CA-50 de boa qualidade pode-se fazer emendas com solda a topo (para diâmetros de 10 a 40
mm).
Há também, por parte dos fabricantes com certificados de qualidade, a preocupação em fornecer barras de
comprimentos definidos com rigoroso controle dos diâmetros, o que possibilita reduzir as perdas por transpasse
nas emendas, sobra de pontas no corte e por desbitolamento.

Os aços da categoria CA-50 são indicados para ferragem longitudinal de vigas, pilares, estacas e blocos. Os
ferros em CA-25 são admitidos em elementos de fundações - estacas brocas e baldrames.

Eng. Cesário José Cassamo


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CA 50
Resistência Diâmetro do
Diâmetro Massa característica Limite de Alongamento pino para
Nominal Nominal de escoamento Resistência mínimo em dobramento
(DN) (kg/m) (fy) (Mpa) 10 ø a 180º
(mm) (Mpa) (mm)

6,3 0,245
8,0 0,395
10,0 0,617
12,5 0,963 4 x DN
16,0 1,578 500 1,10 x 8%
20,0 2,466 fy 6 x DN
25,0 3,853
32,0 6,313 8 x DN
40,0 9,865
Adaptado do Catálogo da Gerdal (outubro de 2000)

CA 25
Resistência Diâmetro do
Diâmetro Massa característica Limite de Alongamento pino para
Nominal Nominal de escoamento Resistência mínimo em dobramento
(DN) (kg/m) (fy) (Mpa) 10 ø a 180º
(mm) (Mpa) (mm)

6,3 0,245
8,0 0,395
10,0 0,617 2 x DN
12,5 0,963
16,0 1,578 250 1,20 x 18%
20,0 2,466 fy
25,0 3,853 4 x DN
32,0 6,313
40,0 9,865
Adaptado do Catálogo da Gerdal (outubro de 2000)

Os aços da categoria CA-60 admitem emendas soldáveis, dobragem e alta resistência. Vergalhões de aço CA-60
são indicados para a produção de vigotas de lajes pré-fabricadas, treliças, armações para tubos, pré-moldados,
armações em lajes e estribos.

CA 60
Resistência Diâmetro do
Diâmetro Massa característica Limite de Relação Alongamento pino para
Nominal Nominal de escoamento Resistência fst/fy mínimo em dobramento
(DN) (kg/m) (fy) (Mpa) 10 ø a 180º
(mm) (Mpa) (mm)

3,40 0,071
4,20 0,109
5,00 0,154 >=
6,00 0,222 600 660 1,05 5% 5 x DN
7,00 0,302
8,00 0,395
9,50 0,558

Adaptado do Catálogo da Gerdal (outubro de 2000)

Eng. Cesário José Cassamo


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Os arames de aço recozido são obtidos por trefilação de fio- máquina, com posterior recozimento em fornos de
tratamento térmico com temperaturas e tempo controlados. Possuem elevado grau de ductibilidade e alta
resistência à tração.
Suas características garantem sua utilização em operações que exigem dobras e torções, como as amarrações de
armaduras para concreto, embalagens de feixes, fardos, etc. São fornecidos em rolos de 1Kg, 35Kg e 60Kg.

1.3.3. Colocação de armaduras. (Execução das armaduras)

1.3.2.1. Corte dos ferros (Equipamentos)

a) Arcos e serras de aço rápido – indicada para pequenas obras com laje pré-fabricadas, tem como
principal vantagem o menor investimento em equipamentos e mobilidade e como desvantagem o fato de
exigir maior tempo de execução e conseqüente maior custo de mão-de-obra;
b) Tesouras de corte – é indicada para obras de pequeno é médio porte com lajes maciças ou mistas, com a
vantagem de possibilitar maior rapidez no corte dos vergalhões, exigindo, porém, maior esforço humano;
c) Máquinas de corte (n.º 1, 2, 3 etc.) – cujo emprego é indicado para obras de médio a grande porte,
permitindo o corte de bitolas maiores, tendo como desvantagem relativa a necessidade de ter que ser
fixada em local único;
d) Serra de corte (disco de corte) – para obras de médio e grande porte, com o corte rápido de qualquer tipo
de bitola, tendo como principal desvantagem o ruído provocado pela alta velocidade do disco.

1.3.2.2. Dobra dos ferros

a) Pinos de dobragem – em obras pequenas e médias pode-se usar pinos feitos de aço fixados diretamente
nos pranchões para servir de apoio na dobragem dos ferros com uma alavanca (chave ou ferro de
dobrar).

b) Chapas de dobrar – são chapas prontas com pinos de dobragem soldadas que devem ser fixadas na
bancada para servir de apoio para o uso da ferramenta de dobragem. O diâmetro dos pinos deve seguir o
especificado na tabela a seguir:

Eng. Cesário José Cassamo


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Diâmetro do pino de dobra

Diâmetro do aço CA 25 CA 50 CA 60

Menos de 10 mm 3 Ø 3 Ø 3 Ø

10 a 20 mm 4 Ø 5 Ø 6 Ø

Mais de 20 mm 5 Ø 8 Ø

b) Máquina de dobrar – para obras de médio a grande porte pode-se usar máquinas para realizar o
trabalho de dobragem em série. Exigem mão-de-obra qualificada para a operação do equipamento.

1.3.2.3. Kits de armaduras

Depois de cortadas e dobradas as barras soltas podem ser imediatamente montadas ou amarradas em feixes,
chamados kits de armaduras para serem transportadas para a obra; quando montadas em central ou do local de
corte e dobra (térreo) para o local de aplicação (pavimento).
Cada kit deve conter a armadura de um pilar ou viga ou parte da armadura de laje.
Os kits devem receber identificação conforme o projeto estrutural por meio de etiquetas (plaquetas) a fim de
evitar erros de montagem.
A armazenagem deve ser feita em local livre de passagem de equipamentos e preferencialmente colocados sobre
berços de madeira.
Para transportar usar guincho (grua) com os devidos cuidados de manuseio.

Kit de armadura
Etiqueta de identificação

1.3.2.4. Amarração dos ferros

a. Arame trançado (dobrado ou retorcido) – a amarração das barras cortadas e dobradas para solidarizar a
armação é feita com arame recozido n.º 18 em par trançado (no mínimo), executando-se o nó mais
apropriado de acordo com número de barras concorrentes no ponto de amarração pela aplicação de
torniquete com a ferramenta do armador - torquês de cabo comprido – e que depois de devidamente
apertado é cortado rente ao nó.

Eng. Cesário José Cassamo


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b. Nó simples – é usado para amarrar duas barras lisas e de menor bitola em um nó apenas, comum em
solidarização de armaduras de laje maciça e armaduras de pele.

c. Nó duplo – para bitolas maiores é necessário utilizar o nó duplo.

d. Bancadas de amarração – na maioria das vezes as armaduras são montadas na própria obra e o mais
próximo das fôrmas que irão receber a armadura. Pode-se, para isso, utilizar bancadas secundárias para
amarração das armaduras feitas com cavaletes de madeira ou de barras de ferros.
Arame recozido dobrado

Nó simples Nó duplo
1.3.2.5. Emendas nos aços

As emendas devem ser evitadas pois quase sempre acrescentam custos e podem a vir a comprometer a segurança.
No entanto, caso seja necessário usar emendas é recomendável consultar profissional qualificado.

a. Emenda por transpasse – devem ser desalinhadas e o mínimo transpasse em vergalhões é de 80 vezes o
diâmetro da barra e a distância entre as barras deve seguir a norma de acordo também com o diâmetro.
80 x 

Distância entre as barras

b. Emendas com luvas – são luvas prensadas e/ou rosqueadas que exigem cálculo específico feito para
cada situação e executadas em oficinas com equipamentos apropriados.

c. Emendas por solda – existem norma específica para aços soldados e as condições de aceite após
ensaios próprios. As emendas com solda podem ser por caldeamento e por eletrodo (mais comum) e
ainda com sistema de soldagem com cadinhos (moldes).

1.3.2.6. Montagem das armaduras

Após a amarração das barras constituindo as armaduras ou parte delas (dependendo das dimensões e peso) os
conjuntos podem ser levados para as fôrmas para a montagem final.

Eng. Cesário José Cassamo


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No caso de armaduras de pilares e vigas recomenda-se colocar a armadura na fôrma com pelo menos uma das
faces (fundo) já com as pastilhas (espaçadores) devido a dificuldade em colocar as pastilhas depois da armadura
estar na fôrma.

Nota explicativa:
Fixaҫão das armaduras elementares umas às outras por médio de FIXADORES
Espaçamento necessário entre as armaduras realizado por ESPAҪADORES
Espaçamento necessário entre as armaduras e a cofragem realizado por SUPORTES

Os fixadores podem ser:


 Fios metálicos (de atar) são os mais correntes:
a. Arame queimado
b. Troҫos de 50 cm dobrados ao meio
 Fios de atar pré – fabricados são os mais eficazes, feitos em máquinas específicas. Pode-se usar um ferro de
atar mecânico do ar comprimido
 Molas em aҫos

Os Espaçadores:

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Os suportes:
Garantem o espaçamento necessário entre as armaduras e a cofragem, podem ser contínuos ou
pontuais, de plástico, metálicos

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A seguir uma pequena listagem de itens e cuidados na montagem das armaduras:

1. Colocação dos soportes – são pequenas peças de plástico, argamassa ou metálicos usados para garantir o
recobrimento mínimo no concreto e são colocados entre a armadura e a fôrma e/ou entre as barras de aço
(espaçadores). Nas lajes colocar no mínimo 5 soportes por metro quadrado.
2. Colocação de caranguejos – são espaçadores feitos de pedaços de barras de aço próprios para a
colocação dos ferros negativos das lajes.
3. Amarração das armaduras das lajes – deve amarrar alternadamente as barras cruzadas nas lajes (nó
sim, nó não). Fazer uma verificação final e ajustes, momentos antes da concretagem.
4. Verificar a necessidade de armaduras de pele em vigas e pilares e em pontos próximos às caixas e
tubulações. Cuidar para evitar fissuras por retração.
5. Conferir o posicionamento dos embutidos (caixas, tubulação) e aberturas.
6. No caso de armadura muito densa, evitar fechar totalmente a passagem do vibrador, deixando para
colocar eventuais barras no momento do lançamento e adensamento do concreto.
7. Protetores de pontas – luvas plásticas que são colocadas nas pontas de ferro (esperas) para proteger os
operários de cortes acidentais.

1.3.4. Quadros de aços

Os projetos de engenharia e arquitetura incluem os planos do desenho estrutural no qual se descrevem,


especificam e estabelece a utilização das armaduras; a modo de exemplo se mostram a seguir alguma
informação que brinda o projeto e que se utilizam para elaborar os quadros de aço

Ancoragens:
As ancoragens de barras lisas que trabalhem a tração se terminarão sempre com um gancho. Na figura se
indicam as longitudes práticas de ancoragem lb = ɵ*n, das barras lisas terminadas com o gancho normal
da Instrução espanhola (1800) 0 com o gancho recomendado pelo Código Modelo (CEB-FIP) (1350); As
barras lisas que trabalhem exclusivamente a compressão se ancorarão por prolongação reta.

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Recobrimentos mínimos
Categoria de agressividade
Elemento
Muito alta Alta Média Baixa
Elementos hormigonados diretamente contra a terra: 80 80 80 80
 Pilotes 70 70 70 70
 Outros elementos
Elementos em contato com a terra ou com a água: 50 50 50 50
 Hormigonado sobre selo de cimentação ou contra cofres

Elementos em contato direto com a atmosfera: 50 50 40 40


 Vigas e colunas 50 45 40 30
 Muros y 40 35 30 30
 Lajes, nervos e viguetas 35 35 30 30
 Elementos laminar

Categorias de agressividade da atmosfera


Agressividade Descrição Corrosão por:
Zona de percurso de marés Cloretos
Áreas que se molham ou salpicam com água de mar ou água salobre. Cloretos
Muito alta Elementos de estruturas dentro do mar por cima do nível de pleamar. Cloretos
Edificações se localizadas em uma franja desde 500 m do mar na costa norte
e até 100 m na costa sul. Cloretos

Edificações na franja desde 500 m até 3 km da costa. Cloretos


Elementos submersos permanentemente em água de mar ou água salobre Cloretos
Alta
Cimentações e/ou elementos soterrados sob a influência total ou parcial de Cloretos
água de mar ou salobre e outros
Edificações se localizadas desde 3 km até 20 km das costas. Cloretos
e carbonatos
Média
Cimentações afetadas pelo manto freático (águas não agressivas) Carbonatos e
outros
Exteriores e interiores de edificações se localizadas a mas de 20 Km das
Carbonatos
costas.
Baixa
Carbonatos e
Cimentações não afetadas pelo manto freático
outros

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Tabelas de Materiais

Aço
Betão
Qualidade ø (mm) Peso (kg)
12
Qualidade
20 25 30 G-40 16
(MPa)
19
Volumen (m3)

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