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CIAIQ2016
>>Investigação
Qualitativa
em
Saúde//Investigación
Cualitativa
en
Salud//Volume
2
>>Atas
CIAIQ2016
>>Investigação
Qualitativa
em
Saúde//Investigación
Cualitativa
en
Salud//Volume
2
O
Método
da
Cartografia
em
Pesquisa
Qualitativa:
Estabelecendo
volume,
desta
vez
organizado
por
Eduardo
Passos,
Virgínia
Kastrup
e
Silvia
Tedesco.
No
Brasil,
estas
publicações
são,
até
o
momento,
as
referências
mais
consistentes
sobre
o
método
da
cartografia
e,
Princípios...
Desenhando
Caminhos...
por
isso,
se
fará
presente,
de
modo
predominante,
na
construção
discursiva
deste
artigo.
Trazer
à
discussão
o
método
da
cartografia
em
pesquisa
como
uma
possibilidade
entre
outras,
visa
Severino
Ramos
Lima
de
Souza¹,
Ana
Lúcia
Francisco²
tão
somente
contribuir
para
o
fortalecimento
das
metodologias
qualitativas
que,
embora
já
estejam
consolidadas
e
reconhecidas
quanto
a
validade
do
conhecimento
por
elas
produzidos,
serão
sempre
¹
Departamento
de
Psicologia
Faculdade
Frassinetti
do
Recife,
Brasil.
sevlima@yahoo.com.br
dispositivos
em
(re)construção
a
cada
pesquisa
que
se
inicia.
²
Departamento
de
Psicologia
Universidade
Católica
de
Pernambuco,
Brasil.
ana.francisco@terra.com.br
811
812
>>Atas
CIAIQ2016
>>Investigação
Qualitativa
em
Saúde//Investigación
Cualitativa
en
Salud//Volume
2
>>Atas
CIAIQ2016
>>Investigação
Qualitativa
em
Saúde//Investigación
Cualitativa
en
Salud//Volume
2
decalque,
que
segue
a
ordem
da
reprodução,
daquilo
que
já
está
dado
por
uma
estrutura
ou
eixo”
também,
de
antemão
determinados.
Nestes
casos,
são
os
objetivos
e
as
metas
(metá)
a
definirem
o
(Martines,
Machado,
&
Colvero,
2013,
p.
205).
O
rizoma
é
mapa
e
não
decalque.
Nas
palavras
de
caminho
(hódos)
pelo
qual
a
pesquisa
se
encaminhará.
Deleuze
e
Guatarri
(op.
cit.,
p.
30),
“o
mapa
é
aberto,
é
conectável
em
todas
as
suas
dimensões,
A
pesquisa
cartográfica
propõe
uma
reversão
no
sentido
tradicional
de
método
(metá-‐hódos)
como
desmontável,
reversível,
suscetível
de
receber
modificações
constantemente”.
um
desafio
aos
estudos
de
cunho
qualitativo:
sem
abrir
mão
da
orientação
e
de
referências
no
Os
princípios
rizomáticos
propõem
um
tipo
de
racionalidade
para
além
das
articulações
binárias
de
percurso
da
investigação,
o
caminhar
(hódos),
a
experiência
mesma
do
pesquisar
tenha
a
primazia,
causa
e
efeito,
contrapondo-‐se
aos
modelos
demosntrativos-‐representacionais,
derivados
de
uma
flexibilizando
as
metas
e
os
objetivos
(metá)
ou
até
mesmo
os
modificando
–
hódos-‐metá.
Trata-‐se
racionalidade
cartesiana-‐positivista-‐calculante.
A
racionalidade
que
se
expressa
nesses
modelos
é,
de
considerar
os
efeitos
do
processo
de
pesquisar
sobre
o
objeto
da
pesquisa,
sobre
o
pesquisador,
o
via
de
regra,
que
existe
um
mundo,
uma
realidade
constituída
por
objetos
a
serem
apreendidos
e
campo
e
seus
resultados
durante
todo
o
seu
percurso
de
desenvolvimento.
(Passos
&
Benevides
de
representados,
através
de
conceitos
e
teorias,
por
um
sujeito
cognoscente,
mediante
a
aplicação
Barros,
2012).
rigorosa
de
um
conjunto
de
procedimentos
metodológicos
previamente
definidos.
Mesmo
em
Como
método
de
pesquisa,
a
cartografia
não
se
define
por
um
conjunto
de
procedimentos
pesquisas
de
viés
qualitativo,
esta
concepção
ainda
se
apresenta
de
modo
hegemônico,
apesar
dos
previamente
definidos
a
serem
aplicados
a
um
determinado
campo.
Ela
é,
antes
de
tudo,
uma
esforços
criativos
que
tem
resultado
em
trabalhos
de
excelência
quanto
a
sua
contribuição
atitude
a
ser
praticada
e
experienciada
no
processo
de
pesquisar.
E,
nessa
perspectiva,
ela
será
acadêmica
e
social.
sempre
um
processo
de
construção
“sob
medida”
para
aquele
estudo/pesquisa
em
particular
por
se
A
cartografia
se
opõe
à
política
cognitiva
cartesiana-‐positivista
propondo
outras
linhas
e
outros
caracterizar
como
uma
metodologia
fundada
na
experimentação
e
na
prática
de
manter
o
modos
de
tecer
compreensões
acerca
dos
homens
e
do
mundo,
mapeando
paisagens,
mergulhando
pensamento
aberto.
Contudo,
não
significa
ausência
total
de
referências,
de
objetivos,
nem
na
geografia
dos
afetos,
dos
movimentos
e
das
intensidades.
tampouco
de
estratégias
metodológicas.
A
metodologia
cartográfica
não
acontece
sem
orientações.
Por
isso,
considera-‐se
fundamental
explicitar
algumas
das
orientações
que
servem
como
pistas
ou
linhas
que
conduzirão
o
pesquisador
durante
todo
o
desenvolvimento
de
sua
investigação.
Lembrar
3
Método
cartográfico:
desenhando
caminhos...
que,
como
pistas
ou
linhas,
não
devem
ser
tomadas
como
procedimentos
rígidos
a
serem
seguidos
cegamente
porque
a
concepção
que
as
engendra
é,
acima
de
tudo,
manter
o
pensamento
aberto
e
Um
projeto
de
pesquisa,
obviamente,
necessita
explicitar,
com
clareza,
seus
objetivos,
suas
metas
e,
acompanhar
o
processo
de
pesquisar
como
experiência
viva.
em
alguns
casos,
suas
hipóteses,
bem
como
o
tipo
de
pesquisa
e
o
método
que
o
pesquisador
Como
aludido
anteriormente,
a
proposição
de
pistas
do
método
da
cartografia
foi
sistematizada,
em
utilizará,
em
conformidade
com
o
objeto
a
ser
estudado.
Em
pesquisa
qualitativa
de
inspiração
dois
volumes,
por
Eduardo
Passos,
Virgínia
Kastrup,
Liliana
da
Escóssia
e
Silvia
Tedesco
(2012,
2014)
cartográfica,
todas
estas
questões
constituintes
do
projeto
precisam
estar
muito
bem
articuladas
e
em
colaboração
com
outros
pesquisadores
e
professores.
Todavia,
este
estudo,
não
trará
todas
as
fundamentadas
porque
servirão
de
norteadores
durante
o
desenvolvimento
do
estudo.
Todavia,
isso
pistas
e
não
seguirá,
rigorosamente,
o
ordenamento
dado
pelos
autores
porque
foi
apenas
didático
não
significa
que
o
pesquisador
deverá
adotar
um
posicionamento
de
rigidez
frente
aos
seus
e,
cada
uma
das
pistas,
mesmo
sendo
tomadas
isoladamente,
carreia
as
demais.
objetivos
e
estratégias
metodológicas.
É
muito
comum
que,
no
percurso
da
pesquisa,
outros
elementos
surjam,
os
quais
poderão
ser
relevantes
à
compreensão
do
contexto-‐problema
em
3.1
Toda
pesquisa
cartográfica
é
interventiva
análise,
podendo
implicar,
inclusive,
na
redefinição
de
metas
e/ou
de
estratégias
de
abordagem,
entre
outras
coisas.
Por
este
motivo,
a
cartografia
defende
a
manutenção
de
um
posicionamento
Pesquisar
é
intervir.
Não
há
separação
entre
conhecer
e
fazer.
Na
pesquisa
qualitativa
de
inspiração
flexível
e
de
um
pensamento
aberto
frente
a
tudo
aquilo
que
possa
vir
a
emergir
no
contexto
de
cartográfica
não
há
qualquer
pretensão
à
neutralidade.
Não
se
parte
da
suposição
da
existência
de
problematização
no
qual
se
situa
o
objeto
em
estudo.
um
sujeito
cognoscente,
plenamente
consciente
de
si,
separado
do
mundo,
constituído
de
objetos
Entendemos
que,
na
perspectiva
da
cartografia,
manter
uma
margem
de
flexibilidade
e
(realidades)
a
serem
conhecidos.
Na
cartografia,
não
existe
o
“em
si”.
Homem
e
mundo,
sujeito
e
provisoriedade
em
relação
aos
objetivos
e
metas
de
uma
pesquisa
não
compromete
o
rigor
objeto
são
coemergentes,
mutuamente
constituídos
e
implicados.
Pesquisador,
pesquisado
e
objeto
metodológico
porque
este
não
é
a
mesma
coisa
que
rigidez
metodológica.
O
rigor
metodológico
se
emergem
em
um
campo
de
forças
que
os
posiciona
tensionalmente
em
processos
de
coprodução
traduz
exatamente
pela
capacidade
do
pesquisador
em
acompanhar
o
processo
de
mostrar-‐se
do
mútua
e
simultânea,
na
tecitura
de
fios
a
compor
uma
teia
que
os
sustenta,
em
um
horizonte
de
objeto
investigado
no
contexto
que
o
sustenta
e
lhe
dá
(no
sentido
de
produzir)
significado.
E,
neste
significação
possível.
acompanhamento,
o
olhar
“desinteressado”
do
pesquisador,
sem
se
fixar
em
um
ponto,
mas
atento
Orientar-‐se
por
esta
linha,
que
concebe
a
inseparabilidade
entre
conhecer
e
intervir,
que
posiciona
a
tudo
que
vai
se
presentificando
no
contexto-‐problema,
é
que
tem
a
primazia
na
condução
da
pesquisador,
pesquisados
e
objeto
em
um
mesmo
plano
de
coemergência,
não
se
refere
apenas
a
pesquisa.
uma
escolha
a
respeito
de
um
posicionamento
epistemológico-‐metodológico.
Isso
traz
implicações
A
pesquisa
qualitativa
de
inspiração
cartográfica
deverá
tomar
como
desafio
fundamental
o
exercício
não
só
teóricas
mas,
sobretudo,
prático-‐políticas
e
éticas.
Na
medida
em
que
a
pesquisa
cartográfica
de
manter
o
pensamento
aberto,
em
um
esforço
permanente
de
deixar-‐se
guiar
pelos
faz
emergir
linhas
e
planos
de
forças,
mobiliza
devires,
cria
e
transforma
realidades.
acontecimentos
e
pelos
processos
que
eles
desencadeiam
e
revelam
sem,
contudo,
perder
de
vista
o
Cartografar
implica,
necessariamente,
um
mergulho
no
plano
da
experiência.
Desse
modo,
foco
e
os
objetivos.
Neste
referencial
metodológico,
as
metas
e
os
objetivos
a
serem
alcançados
são
considera-‐se
que
uma
pesquisa
de
orientação
cartográfica
não
se
encaminha
pela
política
cognitiva
móveis
e
flexíveis
porque
é
a
experiência
do
caminhar
da
pesquisa
que
tem
a
primazia.
representacional
que
entende
a
produção
de
conhecimento
como
adequação
à
realidade
Diferentemente
de
pesquisas
que
seguem
um
modelo
demonstrativo-‐representacional,
nas
quais
o
investigada,
reduzindo-‐o
à
mera
comprovação
ou
refutação
de
hipóteses.
A
política
cognitiva
status
científico
do
conhecimento
produzido
se
dá
pelo
“rigor
do
método”,
entendido
como
conjunto
impregnada
na
cartografia
possui
um
viés
construcionista
que
entende
o
conhecimento
como
uma
de
regras
e
procedimentos
aprioristicamente
estabelecidos,
a
partir
de
e
para
o
alcance
de
objetivos,
813
814
>>Atas
CIAIQ2016
>>Investigação
Qualitativa
em
Saúde//Investigación
Cualitativa
en
Salud//Volume
2
>>Atas
CIAIQ2016
>>Investigação
Qualitativa
em
Saúde//Investigación
Cualitativa
en
Salud//Volume
2
produção
coletiva
e
social,
resultante
da
composição
dos
elementos
processuais
provenientes
da
conhecer)
de
um
território
é
habitá-‐lo,
deixando-‐se
envolver
por
seus
modos
e
linhas
de
realidade-‐território-‐contexto,
bem
como
dos
fragmentos
dispersos
evocados
pela
memória
do
expressividade.
Porém,
este
envolvimento
deriva
de
uma
receptividade
para
acolher
tanto
o
que
nos
pesquisador
e
dos
colaboradores
envolvidos.
Conhecer
é
transformar
a
realidade
e
não
representá-‐ parece
familiar
quanto
o
que
se
apresenta
no
modo
da
estranheza.
Em
outras
palavras,
habitar
um
la.
território
significa
estar
aberto
à
experiência,
sem
qualquer
necessidade
de
controle
ou
explicações
O
intento
de
conhecer
uma
determinada
realidade
implica
mergulhar
no
plano
da
experiência
como
através
de
conceitos
representacionais-‐explicativos,
exteriores
à
própria
experiência.
Em
cartografia,
processo
de
acompanhamento
de
sua
constituição.
Ou
seja,
“conhecer
o
caminho
de
constituição
de
o
manejo
da
experiência,
daquilo
que
acontece,
não
se
dá
pela
via
do
controle,
mas
pela
via
do
dado
objeto
equivale
a
caminhar
com
esse
objeto,
constituir
esse
próprio
caminho,
constituir-‐se
no
cuidado
e
do
cultivo
para
que
ela
aconteça
em
sua
efetiva
expressividade.
caminho.
Esse
é
o
caminho
da
pesquisa-‐intervenção”
(Passos
&
Benevides
de
Barros,
2012,
p.31).
O
sentido
de
habitar
o
território,
na
pesquisa
de
inspiração
cartográfica,
é
o
de
não
apenas
reafirmar
o
seu
caráter
interventivo,
mas
acrestar
o
propósito
inclusivo
e
participativo
de
todos
os
personagens
que
compõem
o
território.
E,
nessa
medida,
busca-‐se
superar
as
dicotomias
tão
comuns
aos
modelos
3.2
A
cartografia
se
destina
ao
acompanhamento
de
processos
cognitivistas
em
pesquisa
que
pressupõem
o
distanciamento
e
a
neutralidade
do
pesquisador
em
relação
ao
campo
e
aos
sujeitos
participantes.
É
por
este
propósito
inclusivo
e
participativo
que
Acompanhar
processos
é
a
essência
da
proposta
metodológica
da
cartografia.
O
mapeamento
de
um
investigar,
na
cartografia,
adquire
modos
de
cultivo
e
cuidado
de
um
território
existencial
no
qual
território,
de
uma
realidade
vai
se
processando
no
traçado
de
linhas
que
expressem
o
seu
pesquisador
e
pesquisado
se
encontram.
O
sentido
do
cuidado
proposto
aqui,
aproxima-‐se
de
uma
movimento
e
suas
intensidades,
suas
conexões,
suas
diversas
entradas
e
saídas,
suas
possibilidades
e
concepção
clínica
(kliné)
para
a
qual
cuidado
se
expressa
e
se
realiza
no
movimento
e
na
disposição
potencialidades.
Diferentemente
do
paradigma
cartesiano-‐positivista,
de
caráter
disjuntivo
e
de
inclinar-‐se
sobre,
com
interesse
desinteressado,
acompanhando
e
acolhendo,
com
zelo
e
representacional,
a
cartografia
visa
as
conexões,
as
articulações,
na
tentativa
de
explicitar
“a
rede
de
respeito,
o
que
quer
que
apareça,
como
testemunha
a
confirmar
que,
ainda
assim,
desse
ou
daquele
forças
à
qual
o
objeto
ou
fenômeno
se
encontra
conectado,
dando
conta
de
suas
modulações
e
de
modo,
encontramo-‐nos
dentro
das
possibilidades
que
é
existir.
seu
movimento
permanente”
(Barros
&
Kastrup,
2012,
p.
57).
Habitar
um
território
existencial
é
sempre
um
processo
de
aprendizagem
ad
hoc.
Não
há
regras
O
posicionamento
ou
atitude
cartográfica,
em
pesquisa
qualitativa,
parte
do
entendimento
de
que
a
predefinidas,
não
há
receitas
e
nem
procedimentos
que
se
prestem
à
repetição.
O
convite
é
para
realidade-‐objeto
a
ser
estudado
não
é
estanque,
como
algo
já
dado,
composto
de
formas
a
serem
entrar
no
âmbito
da
experiência
de
engajamento
com
e
no
território,
envolvendo-‐se
e
deixando-‐se
representadas
e
informações
a
serem
coletadas;
e
nem
tampouco
separada
daquele
que
pesquisa.
envolver
pelas
situações
e
acontecimentos,
sem
julgamentos
ou
verdades
categóricas
sobre
o
que
se
No
momento
em
que
o
pesquisador
atualiza
o
seu
desejo
de
pesquisar
algo,
na
maioria
das
vezes,
já
passa.
A
questão
que
interessa
à
cartografia
não
é
o
“saber
sobre”
as
coisas,
sobre
o
mundo,
mas
é
há
um
processo
em
curso.
Do
mesmo
modo,
o
contexto-‐território
da
pesquisa
é,
também,
processo
“aprender-‐saber
com”
o
mundo,
com
a
experiência,
com
tudo
aquilo/aqueles
que,
no
momento,
em
curso,
é
história,
processualidade.
Cabe
ao
cartógrafo
estar
atento
aos
processos
em
curso,
sair
compõe
a
paisagem
no
território.
A
esse
respeito,
dizem-‐nos
Alvarez
e
Passos
(2012,
p.
148):
do
plano
das
racionalizações
e
mergulhar
no
plano
das
intensidades
que
se
expressa
pelos
afetos
e
“É
neste
sentido
que
a
experiência
da
pesquisa
ou
a
pesquisa
como
experiência
faz
pelas
linhas
de
forças
que
circulam
no
território,
pelas
rupturas
e
contradições
dos
discursos,
pelas
coemergir
sujeito
e
objeto
de
conhecimento,
pesquisador
e
pesquisado,
como
realidade
que
estranhezas
e
descontinuidades
vivenciadas,
acompanhando
os
desenhos
que
vão
tomando
forma
não
estão
totalmente
determinadas
previamente,
mas
que
advêm
como
componentes
de
em
conexão-‐desconexão
com
o
tema
da
pesquisa.
uma
paisagem
ou
território
existencial”.
Segundo
Barros
e
Kastrup
(2012),
a
ideia
de
processo
remete
a
duas
possibilidades
de
compreensão:
a
primeira
se
relaciona
à
ideia
de
processamento,
pautada
na
teoria
da
informação,
na
qual
pesquisa
É
nesta
perspectiva
que
os
autores
acima
referidos
pontuam
a
pesquisa
como
experiência
e
não
fica
enquadrada
à
coleta
e
análise
de
informações;
a
segunda,
expressa
a
ideia
de
processualidade
como
mera
aplicação
de
teoria
ou
execução
de
procedimentos
técnicos-‐metodológicos
prescritivos.
que
é
o
âmago
da
cartografia.
Essa
processualidade
aponta
para
o
que,
de
fato,
caracteriza
a
E
como
experiência,
a
pesquisa
cartográfica
não
separa
teoria
e
prática,
espaços
de
reflexão
e
de
pesquisa
cartográfica:
movimento.
Pesquisar
é
estar
sempre
em
movimento,
acompanhando
ação.
Conhecer,
agir
e
habitar
um
território
não
são
experiências
separadas
e
distantes.
Por
processos
que
nos
tocam
e
nos
implicam,
transformando-‐nos
e
produzindo
mundos.
Pesquisar
é
conseguinte,
a
proposta
da
cartografia
é
que
o
pesquisador
se
inclua
no
território,
componha
sua
estar
em
obra,
construindo
e
construindo-‐se.
A
processualidade,
portanto,
está
presente
em
todos
paisagem,
acompanhe
os
seus
ritmos
e
processos,
numa
posição
de
atenção
ao
acontecimento
para
os
momentos
do
pesquisar
e
“se
faz
presente
nos
avanços
e
nas
paradas,
em
campo,
em
letras
e
captá-‐lo
em
sua
expressividade
e
singularidade.
“Ao
invés
de
ir
a
campo
atento
ao
que
se
propôs
linhas,
na
escrita,
em
nós”.
(Barros
&
Kastrup,
2012,
p.
73).
procurar,
guiado
por
toda
uma
estrutura
de
perguntas
e
questões
prévias,
o
aprendiz-‐cartógrafo
se
lança
no
campo
numa
atenção
à
espreita”
(Alvarez
&
Passos,
2012,
p.
143).
3.3
O
método
da
cartografia
pressupõe
habitar
um
território
Acompanhar
o
movimento
processual
do
percurso
da
pesquisa
lança
o
pesquisador
no
plano
das
3.4
Cartografar
é
acessar
o
plano
do
coletivo
de
forças
intensidades,
dos
afetos
circulantes
e
circundantes
no
contexto-‐objeto,
requerendo
deste
um
Habitar
um
território,
na
experiência
da
pesquisa
cartográfica,
é
acessar
o
plano
coletivo
de
forças
movimento
de
implicação,
de
engajamento,
de
composição
no
e
com
o
território
onde
o
estudo
se
que
compõe
o
território.
Os
atos
do
cartógrafo
também
constitui
o
coletivo
de
forças
que
participa
e
desenvolverá.
Cartografar
é,
portanto,
habitar
um
território
existencial.
intervém
nas
mudanças
e
nos
processos
transformadores
que
se
dão
no
território.
Mais
do
que
um
campo
geográfico,
institucional,
o
território
diz
respeito
aos
modos
de
expressão,
Como
apontam
Escóssia
e
Tedesco
(2012),
a
expressão
coletivo
de
forças
deriva
de
uma
rede
aos
sentidos,
aos
movimentos
e
processos
que
caracterizam
um
certo
estilo
e
um
modo
de
habitar.
O
conceitual
sobre
coletivo
que
encontram
suas
raízes
no
pensamento
de
Gilles
Deleuze,
Félix
Guatarri,
território
se
constitui
como
um
ethos.
O
modo
mais
adequado
para
se
apropriar
(no
sentido
de
815
816
>>Atas
CIAIQ2016
>>Investigação
Qualitativa
em
Saúde//Investigación
Cualitativa
en
Salud//Volume
2
>>Atas
CIAIQ2016
>>Investigação
Qualitativa
em
Saúde//Investigación
Cualitativa
en
Salud//Volume
2
Michel
Foucault,
Gilbert
Simondon,
Gabriel
Tarde
e
René
Lourau,
entre
outros.
A
noção
de
coletivo
constitutiva
do
coletivo
de
forças,
em
sua
expressividade
polifônica,
na
produção
do
material
de
que
estes
pensadores
defendem
não
é
a
mesma
utilizada
pela
psicologia
e
pela
sociologia
que
a
pesquisa,
ou
da
realidade
problematizada
em
análise.
toma
como
oposição
ao
individual.
Na
rede
conceitual
desses
autores,
“a
oposição
é
substituída
pelo
No
acompanhamento
de
processos,
como
se
propõe
o
método
da
cartografia,
agarrar-‐se
a
qualquer
entendimento
do
coletivo
a
partir
de
relações
estabelecidas
entre
dois
planos
–
o
plano
das
formas
e
um
dos
pontos
de
vista
emergentes
em
um
território
é
perder
o
processo.
Para
acompanhá-‐lo
se
faz
o
plano
das
forças
–
que
produzem
a
realidade”
(Escóssia
&
Tedesco,
2012,
p.
94).
necessário
estar
atento
a
tudo
o
que
acontece,
sem
se
demorar
ou
demorar
apenas
o
suficiente,
no
Segundo
os
autores
supracitados,
o
plano
das
formas
se
refere
aos
modos
como
a
realidade
está
ritmo
e
na
duração
de
sua
emegência,
até
que
outras
coisas
pululem.
organizada,
que
corresponde
ao
instituído,
ao
estabelecido,
em
suas
mais
diversas
maneiras
de
se
apresentar,
seja
através
de
figuras
individuais
ou
coletivas.
Incluem-‐se
neste
plano
os
objetos
e
as
coisas
do
mundo
com
suas
delimitações,
claramente
definidas,
que
os
distinguem
uns
dos
outros,
3.5
A
atenção
cartográfica
é,
simultaneamente,
concentrada,
flutuante
e
aberta
reconhecidos
pelo
pensamento
representacional-‐calculante
como
objetos
do
conhecimento.
A
pergunta
que
parece
substancial
formular
para
o
entendimento
desta
linha
norteadora
é:
o
que
faz
Contudo,
longe
desse
modelo
de
pensamento,
as
coisas
do
mundo
podem
ser
concebidas
como
o
pesquisador-‐cartógrafo
quando
está
no
campo
da
pesquisa?
A
resposta
para
o
que
fazer,
encontra-‐
portadoras
de
variância,
de
movimento,
de
transformação
constante.
O
que
é
apreendido
como
se
na
dependência
do
que
observar.
Ou
seja,
é
o
modo
como
o
pesquisador
direciona
a
sua
atenção
cristalizado,
invariante,
no
modelo
de
pensamento
representacional,
pode
ser
resultante
da
e
o
que
ele
considerará
relevante
à
sua
pesquisa.
Desse
modo,
a
qualidade
do
funcionamento
da
lentificação
e
da
redundância
que
a
configuração
das
forças
assume
num
dado
momento.
Os
objetos
atenção
do
pesquisador
é,
por
assim
dizer,
o
coração
da
pesquisa
cartográfica.
É
a
atenção
nômade
do
mundo
“são
resultantes
de
composições
do
plano
das
formas
com
o
plano
movente
das
forças
ou
que
lança
o
pesquisador
à
percepção
de
processos
em
curso,
mesmo
que,
à
primeira
vista,
pareçam-‐
coletivo
de
forças”
(Escóssia
&
Tedesco,
2012,
p.
94).
lhe
sem
sentido.
Depreende-‐se
daí
que
nunca
estamos
frente
a
uma
realidade
homogênea,
fixa,
invariante,
de
O
pesquisador-‐cartógrafo
não
vai
ao
campo
para
coletar
os
dados
de
pesquisa,
como
algo
que
já
está
contornos
claramente
definidos.
A
realidade-‐contexto
que
se
apresenta
à
investigação
é
resultante
lá,
pronto
e
à
espera
de
alguém
que
os
colha
e
os
analise.
A
questão
que
importa
à
cartografia
é
de
um
coletivo
de
forças
instituídas
e
instituintes,
individuais
e
coletivas,
em
processualidade
saber
o
que
se
analisa
e
não
o
que
são
os
dados.
Levando-‐se
em
conta
a
transversalização
e
a
permanente,
em
movimentos
de
transversalização
e
de
transdução.
implicação,
não
se
trata
de
ir
ao
campo
para
coletar
os
dados
de
pesquisa,
mas
de
imergir
no
campo,
A
função
transdução
efetiva-‐se
por
meio
de
ações
e
movimentos
que
se
propagam,
interagir
com
ele,
deixando-‐se
envolver
reflexivamente,
sempre
atento
aos
movimentos
e
gradativamente,
de
um
domínio
para
outro
e
em
várias
direções
produzindo
atrações,
intensidades,
à
espreita
ao
que
vai
sendo
produzido
como
material
de
pesquisa.
Mais
do
que
contágios,
encontros
e
transformações.
A
função
transversalização
diz
respeito
à
ampliação
e
focalizar
e
selecionar
informações,
a
atenção
deve
se
concentrar
e
se
voltar
para
os
processos
em
intensificação
da
capacidade
de
comunicação
entre
sujeitos
e
grupos
.
.
.
e
de
intersecção
curso,
buscando
detectar
signos
e
forças
circulantes,
mesmo
que,
aparentemente,
desconexos
e
entre
elementos
e
fluxos
heterogêneos,
materiais
e
imateriais
(Esóssia
&
Tedesco,
2012,
p.
fragmentados.
104
-‐
105).
Manter
a
atenção
concentrada
e,
ao
mesmo
tempo,
flutuante
e
aberta,
traduz-‐se
pelo
esforço
permanente
do
pesquisador
em
renunciar
a
atenção
seletiva
a
qual
parece
estar
como
que
Na
pesquisa
de
cunho
cartográfico,
a
transversalidade
merece
atenção.
É
um
conceito
criado
por
naturalizada
nos
modos
de
observação
da
realidade,
sobretudo
modos
ocidentalizados
de
perceber
o
Félix
Guatarri
e
René
Lourau
no
contexto
da
Análise
Institucional
o
qual
só
poderá
ser
entendido,
mundo,
identificando
seus
elementos
de
composição
e
correlacionando-‐os
às
formas
representativas
plenamente,
juntamente
com
o
conceito
de
implicação.
Em
linhas
gerais,
ambos
os
conceitos
previamente
disponíveis.
Contudo,
esta
é
apenas
uma
das
formas
de
manejo
da
atenção.
concorrem
para
o
questionamento
sobre
a
neutralidade
e
a
objetividade
do
conhecimento.
Kastrup
(2012)
assinala
quatro
modalidades
da
atenção
do
cartógrafo:
o
rastreio,
o
toque,
o
pouso
e
O
plano
da
transversalidade
se
define
como
um
quantum
comunicacional
que
opera
em
diferentes
o
reconhecimento
atento.
O
rastreio
é
um
gesto
de
varredura
do
campo;
semelhante
a
um
passeio
níveis
e
em
diferentes
sentidos.
Nas
palavras
de
Passos
e
Eirado
(2012,
p.
115-‐116),
a
da
atenção,
em
movimento
parabólico,
visando
detectar
movimentos,
mudanças
de
posição,
de
transversalidade
aceleração,
de
ritmo,
em
sintonia
fina
com
o
problema
de
pesquisa.
O
toque
diz
respeito
a
algo
que
expressa
uma
dimensão
da
realidade
que
não
se
define
nos
limites
estritos
de
uma
acontece
e
exige
atenção,
revelando
que
ali
há
um
processo
em
curso
que,
de
certa
forma
se
impos
à
identidade,
de
uma
individualidade,
de
uma
forma…
mas
experimenta
o
cruzamento
das
atenção
do
pesquisador.
O
pouso
acontece
quando
a
atenção
realiza
uma
parada
e
o
campo
se
várias
forças
que
vão
se
produzindo
a
partir
dos
encontros
entre
os
diferentes
nós
de
uma
fecha,
numa
espécie
de
zoom,
formando
um
novo
território,
reconfigurando
o
campo
de
observação;
rede
de
enunciação
da
qual
emerge,
como
seu
efeito,
um
mundo
que
pode
ser
não
pela
via
seletiva
da
atenção,
mas
pela
via
da
consistência
significativa
com
que
o
fenômeno
compartilhado
pelo
sujeitos.
convocou
a
atenção
do
pesquisador.
O
reconhecimento
atento
decorre
do
gesto
de
pouso,
quando
o
pesquisador
se
lança
e
faz
o
convite
para
ver
o
que
é
que
está
acontecendo.
Em
seguida,
retoma
a
A
transversalidade
se
expressa
pela
experiência
da
multiplicidade
de
vozes
que
perpassam
e
circularidade
presente
nos
modos
da
atenção
se
desdobrar,
calibrando-‐a
novamente.
constituem
um
processo.
É
a
multiplicidade
de
pontos
de
vista
que
emergem
em
uma
dada
situação,
O
tipo
de
atenção
que
a
cartografia
sugere
é,
portanto,
performática
no
sentido
de
demandar
um
a
convocar
o
pesquisador
a
habitar
cada
um
deles
em
sua
emergência,
mas
sem
apego
e
esforço
renovado
do
cartógrafo-‐pesquisador
para
torná-‐la
presente
e
atuante,
em
um
movimento
identificações.
É
um
habitar
sem
fixar
morada,
como
nômade.
À
implicação
se
faz
necessário
que
visa
desativar
ou
inibir
a
atenção
seletiva
que,
habitualmente,
predomina
no
nosso
modelo
de
acrescentar
o
caráter
de
análise
crítica
no
sentido
de,
efetivamente,
fazer
valer
o
posicionamento
funcionamento
cognitivo.
É
uma
atenção
que
fica
à
espera,
mas
em
plena
atividade
para
se
fazer
ético-‐político
de
não
impor
à
pesquisa
um
sentido
excessivamente
pessoal,
descentralizando-‐a
do
presente
de
modo
sempre
renovado.
ponto
de
vista
ou
quadro
de
referência
teórico-‐interpretativo
do
pesquisador.
A
dissolução
do
ponto
de
vista
do
observador
imprime
à
pesquisa
uma
circularidade,
pelo
reconhecimento
da
importância
817
818
>>Atas
CIAIQ2016
>>Investigação
Qualitativa
em
Saúde//Investigación
Cualitativa
en
Salud//Volume
2
>>Atas
CIAIQ2016
>>Investigação
Qualitativa
em
Saúde//Investigación
Cualitativa
en
Salud//Volume
2
4
Considerações
finais
Passos,
E.,
&
Benevides
de
Barros,
R.
(2012).
A
cartografia
como
método
de
pesquisa-‐intervenção.
In
Passos,
E.,
Kastrup,
V.,
&
Escóssia,
L.
Pistas
do
método
da
cartografia:
Pesquisa-‐intervenção
e
A
cartografia
como
prática
de
pesquisa,
no
Brasil,
ainda
é
recente.
Todavia,
suas
contribuições
nas
produção
de
subjetividade
(pp.
17-‐31).
Porto
Alegre:
Sulina.
áreas
das
ciências
sócio-‐humanas
e
da
saúde
têm
sido
cada
vez
mais
reconhecidas
por
ser
uma
metodologia
que
se
adequa
aos
tipos
de
investigação
qualitativa,
muito
comuns
nesses
campos
do
Passos,
E.,
Kastrup,
V.,
&
Escóssia,
L.
(Org.)
(2012).
Pistas
do
método
da
cartografia:
Pesquisa-‐
conhecimento.
Todavia,
o
desafio
proposto
pelo
método
cartográfico
é
deixar
que
o
caminho
do
intervenção
e
produção
de
subjetividade.
Porto
Alegre:
Sulina.
processo
de
pesquisar
tenha
a
primazia
sobre
os
objetivos
e
metas
(hódos-‐metá).
Mas,
não
significa
ausência
de
orientações.
Passos,
E.,
Kastrup,
V.,
&
Tedesco,
S.
(Org.).
(2014).
Pistas
do
método
da
cartografia:
A
experiência
da
As
linhas
do
método
da
cartografia
que
foram
aqui
delineadas
sugerem
uma
prática
de
pesquisa
pesquisa
e
o
plano
comum.
vol.
2.
Porto
Alegre:
Sulina.
engajada
com
o
devir
humano,
implicada
com
processos
de
produção
de
subjetividade.
Sua
prática
visa
a
multiplicidade
e
a
complexidade,
por
entender
que
estes
são
os
modos
próprios
de
constituição
da
realidade,
e
a
tarefa
fundamental
da
cartografia
é
explicitar
os
fios,
as
linhas
de
forças
e
os
agenciamentos
que
a
constitui.
Tal
como
o
rizoma,
uma
dada
realidade
que
se
coloca
como
foco
de
estudo,
não
é
uma
unidade
homogênea,
unívoca.
Em
suma,
a
perspectiva
metodológica
da
cartografia
visa
acompanhar
processos,
mais
do
que
representar
estado
de
coisas;
intervir
na
realidade,
mais
do
que
interpretá-‐la;
montar
dispositivos,
mais
do
que
atribuir
a
eles
qualquer
natureza;
dissolver
o
ponto
de
vista
dos
observadores,
mais
do
que
centralizar
o
conhecimento
em
uma
perspectiva
identitária
e
pessoal.
Com
esta
finalidade,
a
cartografia
se
pratica
no
habitar
um
território
existencial;
no
cultivo
da
atenção
concentrada,
à
espreita
dos
movimentos,
processos
e
intensidades.
Referências
Alvarez,
J.,
&
Passos,
E.
(2012).
Cartografa
é
habitar
um
território
existencial.
In:
Passos,
E.,
Kastrup,
V.,
&
Escóssia,
L.
Pistas
do
método
da
cartografia:
Pesquisa-‐intervenção
e
produção
de
subjetividade
(pp.
131-‐149).
Porto
Alegre:
Sulina.
Barros,
L.P.,
&
Kastrup,
V.
(2012).
Cartografar
é
acompanhar
processos.
In:
Passos,
E.,
Kastrup,
V.,
&
Escóssia,
L.
Pistas
do
método
da
cartografia:
Pesquisa-‐intervenção
e
produção
de
subjetividade
(pp.
52-‐75).
Porto
Alegre:
Sulina.
Deleuze, G., & Guatarri, F. (2011). Mil platôs. v. 1. Ed. 34. Rio de Janeiro: Letras.
Escóssia,
L.,
&
Tedesco,
S.
(2012).
O
coletivo
de
forças
como
plano
de
experiência
cartográfica.
In:
Passos,
E.,
Kastrup,
V.,
&
Escóssia,
L.
Pistas
do
método
da
cartografia:
Pesquisa-‐intervenção
e
produção
de
subjetividade
(pp.
92-‐108).
Porto
Alegre:
Sulina.
Instituto
Brasileiro
de
Geografia
e
Estatística
(IBGE).
Noções
básicas
de
cartografia.
Disponível
em:
http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/manual_nocoes/introducao.htm.
Acessado
em
01
mar
2016.
Martines,
W.,
Machado,
A.,
&
Colvero,
L.
(2013).
A
cartografia
como
inovação
metodológica
na
pesquisa
em
saúde.
Revista
Tempus
Actas
Saúde
Coletiva.
p.
203-‐2011.
Disponível
em:
http://www.tempusactas.unb.br/index.php/tempus/article/view/1354
.
Acessado
em
01
mar
2016.
819 820