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tão notável que dispensa comentários.Exceto, talvez, para enfatizar que esta ambiguidade
restritos: apenas incluindo aquiloque, deixando de lado o sobrenatural, designa o que não é
humano, nem por si próprio,nem nas suas origens. Neste sentido, nem o arquiteto Sir
Christopher Wren, nem a
pode ser difícil de decidir se uma pedra lascada de forma esquisita ou uma paisagem onde as
árvores estão regularmente
A questão que estou levantando, então, é: quais têm sentidoe quais devem ser nossas
atitudes frente à natureza, neste entendimento delimitado daexpressão, que exclui tanto o
humano como o artificial. E mais restritamente ainda,devotarei a maior parte de minha
atenção para nossas atitudes frente àquela natureza passível de modificação pelo poder do
homem e, em particular, frente ao que Karl Barth
chama “a estranha vida dos animais selvagens e planta que nos cerca”, uma vida que
seres humanos para com outros seres humanos são variáveis e complicadas; nossos
pareshumanos agem, muitas vezes, de modos estranhos aos nossos olhos. Mas há
procedimentos com seres humanos que nos faltam quando lidamos com a natureza.Podemos
argumentar com os homens, debater, tentar alterar suas condutas pelaadmoestação ou pela
súplica. Não há dúvidas de que existem pessoas com as quais istonão é verdade: as
irremediavelmente insanas. E por esta razão mesma, houve umatendência em excluí-las da
humanidade, em algumas sociedades como seressobrenaturais, em outras como meros
animais: os antigos hospícios eram, certamente, umtipo de zoológico. O psicopata, imune à
argumentação ou à súplica, desperta em nós umtipo peculiar de medo, de horror. Quanto aos
artefatos, é claro que não podemos modifica-los da mesma maneira que modificamos os seres
humanos; é inútil implorar [a] um prédio para que saia da frente do carro. Todavia
entendemo-los como realizando um papeldeterminado no quadro de um comportamento
humano que é possível, a princípio, tentarmodificar: olhamos através deles para seus criadores
humanos. Quando não é o[91]
In
, Royal Institute ofPhilosophy Lectures, Vol. VIII, 1973-74, London, McMillan, 1975, p. 251-264.
Tradução de ChristineRufino-Dabat, revisão Edvânia Tôrres Aguiar Gomes (com autorização do
Royal Institute of PhilosophyLectures, 1995).