Curso Yoga Básico: Definição, História e Benefícios

CURSO EAD – YOGA: NÍVEL BÁSICO
CURSO EAD
YOGA: NÍVEL BÁSICO
Profª Adriana Giamellaro
Terapeuta Holística - ABRATH
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Proibida a reprodução. Direitos de imagens.
SUMÁRIO:
Definição de Yoga..................................................................................... 03
História do Yoga.............................. .............................. ........................... 07
Shiva: O Todo Poderoso............................................................................ 09
Ganesha: O Destruidor de Obstáculos...................................................... 12
Brahma: O Deus Supremo......................................................................... 14
Vishnu: O Deus Protetor............................................................................ 17
Dharma ou Darma..................................................................................... 19
Karma ou Carma....................................................................................... 23
Egrégora.................................................................................................... 27
Budismo.................................................................................................... 30
Hinduísmo................................................................................................. 34
Sânscrito................................................................................................... 36
Samsara.................................................................................................... 37
Energia Vital.............................................................................................. 38
Dia Internacional do Yoga.......................................................................... 42
Flor de Lótus ou Padma............................................................................. 43
Mandala..................................................................................................... 47
Respiração no Yoga.................................................................................. 50
Incensos no Yoga...................................................................................... 58
Alimentação no Yoga................................................................................ 60
Mantras..................................................................................................... 62
Yogi ou Iogue ou Yogui (no feminino Yogini)............................................ 69
Namastê.................................................................................................... 72
Chakras ou Chacras.................................................................................. 75
Yin Yang.................................................................................................... 86
Kundalini.................................................................................................... 89
Mudras...................................................................................................... 92
Mestres do Yoga....................................................................................... 117
Meditação.................................................................................................. 130
Ramos do Yoga......................................................................................... 132
Dicas para Criar uma Aula de Yoga (Hatha Yoga)................................... 144
Sugestão de Sequência............................................................................ 147
Surya Namaskara ou Saudação ao Sol.................................................... 149
Exemplos Práticos de Asanas Básicos..................................................... 155
Referências Bibliográficas......................................................................... 260
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YOGA, O ESTILO DE VIDA: NÍVEL BÁSICO
DEFINIÇÃO DE YOGA:
É muito difícil definir exatamente o que é o Yoga, pois parecem que todas
as definições dadas nunca completam o que a palavra representa ou
proporciona, pois é tida como um resultado holístico, atuando no ser de forma
física, mental, emocional e comportamental, entre tantos outros benefícios.
Vemos muitas explicações, onde a consideram como religião ou estilo de

vida ou doutrina, ou técnica ou exercício ou arte ou ciência entre outros adjetivos
(durante o curso, poderemos variar entre estas definições). A única certeza é
que traz diversos benefícios, como fortalecimento, relaxamento profundo,
alongamento, flexibilidade, controle das emoções, ajuda a agir de acordo com
pensamentos e emoções as quais são constantemente trabalhadas de forma
positiva, melhora a concentração, tranquilidade mental, ajuda a estar com o
pensamento no momento presente, traz o indivíduo para dentro de si,
proporcionando uma melhor compreensão do seu eu e proporciona crescimento
pessoal.
Se buscarmos em dicionários, encontraremos que Yoga ou Ioga é uma

filosofia que trabalha o corpo e a mente, por meio de disciplinas tradicionais e
que esse termo significa controlar, unir, aplicar. A palavra Yoga é de origem
sânscrita, que é uma língua indiana.
Podemos dizer que Yoga é o meio e fim ao mesmo tempo, pois tudo são
meios para se chegar ao fim e posteriormente esse fim vira um meio para
conseguirmos outro fim.
Comentário de Jaideva Singh do Vijnanabhairava (p. XII), um antigo texto

tântrico: “a palavra Yoga é usada tanto no sentido de união (com o Divino) como
no de veículos (upaya) para essa união. [...]. Desafortunadamente, nenhuma
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palavra foi tão profanada nos tempos modernos como a palavra Yoga. Andar
sobre o fogo, tomar ácido lisérgico, parar o batimento cardíaco, etc., se
consideram Yoga quando, a bem da verdade, não têm nada a ver com ele.
Mesmo os poderes psíquicos (siddhis) não são Yoga. Yoga é consciência,
transformação da consciência humana em Consciência Divina.”
Yoga é união e amor. É o viver consciente e com prática constante no

nosso dia-a-dia. Nós não fazemos Yoga, mas entramos em Yoga.
Yoga está relacionado ao budismo e hinduísmo e utiliza basicamente de

exercícios posturais e meditações. Yoga é a perfeição na ação.
Quando falamos em perfeição da ação, não significa que a ação deva ser
perfeita, mas que as ações estejam de acordo com o dharma, tentando controlar
nossas ações e não controlar os resultados de nossas ações. Perfeição é o viver
consciente.
“Discernimento constante é o meio para destruir a ignorância” (sábio

Patanjali em Yosutra II:26).
Está bastante relacionada a liberdade, mas no sentido de libertação de

condicionamentos, crenças, obstáculos para o desenvolvimento, crescimento,
plenitude e felicidade. Este é o significado da palavra “moksa” que também é um
termo sânscrito.
Yoga teve sua origem na Índia há mais de 5000 anos e possui diversos
ramos, entre eles Raja Yoga, Jnana Yoga, Bhakti Yoga e Hatha Yoga, tendo
cada uma suas atividades e funções diferentes. Estes e outros ramos serão
explicados mais adiante.
Vale aprofundar um pouco mais sobre o fator comportamental do Yoga,

pois hoje em dia, muito se divulgou sobre as posturas ou asanas do Yoga, como
sendo apenas isso seu componente, o tornando mera prática física.
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Yoga vai muito além disso. Yoga tem o objetivo também de tornar o
indivíduo consciente, fazê-lo perceber que para buscar sua realização, não é
preciso coisas externas, mas sim internas.
É o deixar de buscar sempre algo, que no fim nunca se alcança, aquele

algo que sempre está faltando em tudo, “aquele algo mais”. Deixar de pensar
tanto no que fazer e pensar mais no que ser. Entender que “esse algo mais”
nunca é alcançado porque está dentro de nós mesmos e só enxergamos isso
quando estamos em completa quietude e em estado de relaxamento profundo.
Quietude da mente, dos pensamentos.
Para alcançarmos nossa essência, precisamos acabar com a agitação e

turbulência do corpo e mente. Não podemos ficar direcionando nossas energias
e consciência para o exterior. Não devemos nos limitar aos nossos cinco órgãos
dos sentidos, pois estes podem nos enganar. Precisamos canalizar nossa
consciência para o que é interno e é isso que o Yoga nos ensina.
De forma geral o Yoga trabalha quatro itens do corpo e da mente: força

física, emocional, o peso e a flexibilidade.
A força física e a flexibilidade são conquistadas por meio das posturas e

posições, o alongamento por meio de posições e movimentos e a força
emocional por meio do autocontrole que é conquistado por meio dos três itens
anteriores.
Segundo a professora de Yoga Jagdeep Colognesi, a prática de Yoga

mistura posturas ou asanas, respirações ou pranayamas e meditação e que o
Yoga enxerga o ser através do funcionamento da energia, por isso a sensação
de equilíbrio e bem-estar que ela desperta.
As posturas devem ser praticadas lentamente e as posições realizadas

por um certo período, para estimular as secreções glandulares e ter os efeitos
na saúde e humor.
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Apenas para título de curiosidade: Se falar yoga com o “o” fechado ou

escrever com “y”, o correto é “o yoga”. Se falar com o “o” aberto e escrever com
“i”, “a ioga”.
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HISTÓRIA DO YOGA:
O Yoga originou na Índia há mais de 5000 anos, mas sua história exata
ainda é muito complexa e confusa.
A idade correta dos asanas e meditações é muito variada, pois muitas

delas não têm mais do que 80 anos, alguns entre 5 e 20 anos, pois muito se
criou e reinventou, mas na sua criação, já existiam variadas posturas em sua
composição.
Voltando a sua origem tida como real, elas foram encontradas em

achados por datação de artefatos de Carbono 14, na região do Vale do Indo.
Foram achados de uma civilização bastante desenvolvida para a época,

datando entre 5000 a 5500 anos atrás.
Esta descoberta ocorreu por volta de 1920, por Sir Mortimer Wheeler, mas
ainda existem relatos de que a o Yoga pode ter surgido muito antes desse
período descrito.
Com relação aos asanas, acreditam que o surgimento foi há

aproximadamente 3500 anos, quando a população deixou de ser totalmente rural
e passou a perder habilidades e força física, sendo estas criadas para suprirem
esta falta.
Outra história contada com mais detalhes, ocorre no mesmo período, há

aproximadamente 5000 anos, também na região do Vale do Indo, Noroeste da
Índia, que era habitada pelo povo drávida.
Conta-se que um bailarino famoso da época improvisou movimentos que

não eram uma dança, mas baseados nela e que estes movimentos encantavam
os que os assistiam.
Estes não tinham nome, mas foram sendo transmitidos por seu criador e
mentor para seus discípulos.
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Quando este mentor passou para outro plano, os discípulos se

comprometeram a transmiti-los fielmente para outras pessoas, com todos os
seus detalhes, para que a arte não se perdesse.
Os discípulos passaram a ser instrutores e passaram a ter a missão de

transmitir, sem modificarem a técnica.
Em algum momento que não se tem a precisão, estes movimentos

passaram a se chamar “integridade”, “integração”, “união”, que em sânscrito,
recebe o nome de Yoga.
Shiva era o nome do criador do Yoga, que tinha o título de Natarája, Rei
dos Bailarinos. Shiva passou a fazer parte da mitologia. É considerado o criador
do Yoga, devido seu poder de gerar transformações físicas e emocionais em
quem pratica.
As cidades desta civilização do Vale do Indo que estavam soterradas

chamavam-se Harappá e Mohenjo-Daro, onde arqueólogos escavaram em dois
sítios arqueológicos. Hoje esses sítios são milhares e eles eram uma população
não-guerreira. Os arianos, um povo guerreiro, o tornou místico e patriarcal. Ficou
conhecido como Yoga Clássico, com propostas bastante diferentes da original.
Patanjali conseguiu manter o Yoga nos registros históricos e também que

a sociedade e os poderes da época o aceitassem. Assim, o Yoga pode ser
mantido até hoje.
Porém, com a ocidentalização do Yoga, houve uma deturpação de seus

valores e práticas, virando consumismo, sem forma e algo maçante.
Por isso a importância de se aprender não somente os asanas (posturas),

mas também a filosofia Yoga, para que a tradição seja mantida e repassada a
futuras gerações, sem mistura com outras técnicas.
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SHIVA – O TODO PODEROSO:
Fonte da imagem: https://english.jagran.com/lifestyle/som-pradosh-vrat-2020-date-muhurat-puja-vidhi-and-importance-

of-worshipping-lord-shiva-10010861
A tradução de Shiva é “todo auspicioso”. É o criador do Yoga. Um dos

deuses supremos do hinduísmo. Conhecido também como o destruidor e
regenerador da energia vital.
Deus de grande generosidade, sempre tranquilo, contagiante da paz, que

é capaz de que todos nutram apenas sentimentos positivos por ele.
Yogis = destruir algo para construir algo novo em seu lugar. Os Yogis
possuem Shiva como seu deus.
Shiva emana energias positivas a qualquer ser negativo, transferindo luz

para estes seres, os tornando iluminados.
No hinduísmo existe a Trindade chamada de Trimûrti composta por:
- Shiva: deus da destruição e regeneração dos corpos celestes

(Destruidor e Regenerador);
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- Vishnu: deus da preservação dos seus (Conservador);
- Brahma: deus da criação do todo (Criador).
Shiva é figura masculina. O encontramos na posição de lótus (pernas

cruzadas). Possui quatro braços.
Nunca cortava seus cabelos porque eram dotados de poder e energia.
Possui um terceiro olho, que representa a inteligência e o fogo destrutivo

da renovação. É conhecido como o “Olho de Shiva”.
Na cabeça de Shiva existe um jarro d’água que representa o poder deste

elemento e o rio Ganges, da Índia. A lua crescente, também em sua cabeça,
representa a renovação constante da natureza e todas as coisas.
Nas mãos possui um tambor e um tridente. Os outros dois braços estão

pousados sobre as pernas. No pescoço, uma serpente. Sua roupa é de pele de
animal.
Esta serpente em seu pescoço é uma cobra naja que foi enviada pelo rei
dos demônios para matá-lo, por sentir-se incomodado com sua inteligência, mas
Shiva a domou, a encantou e passou a usá-la em seu pescoço, sendo uma fiel
companheira. Ela confirma o controle desse deus sobre a morte.
Não contente o demônio enviou um tigre, mas Shiva precisou matá-lo e

passou a usar sua pele como roupa.
No hinduísmo encontramos as escrituras sagradas, chamadas de

Védicas, que dizem que o pescoço de Shiva é azul por ele ter bebido um oceano
de veneno para que não prejudicasse ninguém. Este veneno não chegou ao seu
estômago ficando estagnado na garganta.
A companheira de Shiva é a deusa Shakti ou Durga ou Kali ou ainda

Parvati. Figura paterna dos semideuses Kartikeya e Ganesha.
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Quando Shiva aparece em companhia de Shakti, significa “dualismo do

Universo”, do “masculino”, do “feminino” em união, ou seja, é o deus da
fertilidade quando em conjunto com sua esposa.
As primeiras adorações a Shjva datam de 4000 a.C., no neolítico, quando

ainda era chamado de Pashupati, onde pashu significa animais ou feras e pati
senhor ou mestre. Este nome, pois era capaz de lidar com suas feras interiores
para poder transcender sua própria existência.
Shiva não pode ser considerado aquele que devasta ou destrói, pois ele
desintegra o velho e constrói o novo. Ele é um restaurador. Revigora antigas
forças e muda tudo a sua volta, sempre para o melhor.
Ele gera mudanças orgânicas, psíquicas e emocionais, que são os

principais objetivos do Yoga.
Shiva trabalha com a coletividade das almas que devem estar atuando e
servindo umas às outras. Destrói todas as forças contrárias à vida e ao amor
divino.
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GANESHA – O DESTRUIDOR DE OBSTÁCULOS:
Fonte da imagem: https://feelingsoulgood.com/products/ganesha/
É o primeiro filho de Shiva e Parvati e um deus muito importante da

mitologia hindu e cultura védica.
É o deus do intelecto, da sabedoria, da boa sorte e da fortuna, por isso, é

muito adorado por homens de negócios de mercadores.
É representado com um corpo de ser humano e cabeça de elefante

(representa sabedoria e intelecto), grande barriga (paciência e digestão do bem
e do mal), quatro braços, uma única presa (sacrifícios feitos pela
felicidade),montado sobre um rato (conhecimento e astúcia), que é o seu veículo
e pode ser da cor amarela ou vermelha. A tromba é o intelecto e a diferenciação
do real e irreal.
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É possuidor de uma consciência lógica. Abre caminhos e nos guia para o

melhor. Traz boa sorte, positividade, prosperidade familiar e individual. Promove
compaixão, força, traz equilíbrio e remove a dor. É a divindade mais popular da
Índia.
As orelhas são grandes e representam o “escutar o ensinamento” e

“refletir sobre ele”, proporcionando assim, autorrealização, pois as pessoas
pensam mais sobre suas vidas e metas.
Nas mãos, segura uma corda para capturar as dificuldades e prender a

negatividade; um doce feito de leite e arroz tostado, o Modaka, que significa a
satisfação, a plenitude alcançada por meio da disciplina e autoconhecimento; um
aguilhão para impulsionar a humanidade para frente eliminando obstáculos e
segura flores que representam o desapego mundano, dando e compartilhando
conhecimento, bens, atenção, vida, bondade, entre outros.
Diz a mitologia que a cabeça de Ganesha é de elefante, porque certo dia

Parvati foi tomar um banho e pediu que Ganesha olhasse a porta. Neste
momento, Shiva chegou mais cedo e brigou com o filho por estar vigiando a
entrada e lhe cortou a cabeça.
Parvati se entristeceu, pois o garoto havia cumprido suas ordens. Então,

Shiva pegou a cabeça do primeiro animal que encontrou e colocou no corpo de
Ganesha, ficando este, com cabeça de elefante.
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BRAHMA – O DEUS SUPREMO:
Fonte da imagem: https://apkpure.com/br/brahma-live-wallpaper/com.India.BrahmaLiveWallpaper
É o primeiro deus da Trimûrti, a trindade dos deuses do hinduísmo.

Representa a força da criação do Universo, o equilíbrio entre Vishnu e Shiva.
É o mais reverenciado ao redor do mundo do que pelos indianos, por

possuir atributos humanos (mente e intelecto). No hinduísmo foi o maior deus
entre 500 a.C. e 500 d.C.
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É o criador do cosmos e de todos os seres vivos, dos deuses, do

conhecimento e da alma humana. Deus da criatividade e do intelecto.
Representado por quatro rostos, que recitam os quatro vedas, que são as
escrituras sagradas do hinduísmo.
Dizem que possui as quatro cabeças porque sua esposa corria muito,
então desenvolveu as outras três para poder acompanha-la. Também
representam as quatro direções do conhecimento.
Está montado num cisne branco, que é seu meio de locomoção. O cisne
representa a elegância, calma, beleza e pureza.
Em suas quatro mãos, segura um japamala, que é um cordão de contas

que auxilia na meditação, um vaso de água, um livro e uma lótus.
O japamala representa a concentração e controle da mente; o vaso de

água contém essências da imortalidade e destemor, além da água; o livro ou
vedas, são as escrituras sagradas contendo todo o conhecimento da criação e a
flor de lótus representa a máxima pureza, leveza divina e essência viva de todos
os seus.
Usa roupas douradas que representam sua atividade divina e criação

humana e espiritual.
As quatro mãos representam seu intelecto, ego, sua menta e

autoconfiança.
A barba representa a sabedoria. Atribuem a ele a escrita dos vedas.
Tem poderes que estão relacionados com sua esposa Saraswati, que é o
conhecimento. Ele também simboliza a mente universal. Também é protetor dos
filhos.
Para a religião hindu, Brahma nasceu de um ovo dourado.

Posteriormente, atribuíram sua origem, a uma flor de lótus saída do umbigo de
Vishnu.
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Hoje, não há nenhum culto ou seita que cultue exclusivamente Brahma,

assim como, existem raros templos que lhe são consagrados, mas todos templos
de Vishnu ou Shiva precisam ter uma imagem de Brahma.
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VISHNU – O DEUS PROTETOR:
Fonte da imagem: https://iandkrsna.com/lord-vi%E1%B9%A3%E1%B9%87u-

k%E1%B9%9B%E1%B9%A3%E1%B9%87a-is-known-as-tri-yuga/
É a segunda divindade da Trimûrti, a trindade hindu. Responsável pela

preservação, mantém o Universo e a vida por meio da retidão da ordem e da
verdade. É uma das divindades mais poderosas.
Também mantém o dharma, que é o comportamento digno e justo.
Teve por ambição criar o mundo inteiro, assumindo três formas, que são
as de Criador, Conservador e Destruidor. Esse deus encarnou dez vezes, sendo
conhecido por diversos nomes e tendo várias formas, como a de peixe, tartaruga
e javali. Na última, teve a forma de um cavalo branco que atravessou todo
Universo castigando os homens.
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Entre suas qualidades estão a consciência, soberania, energia, força, o

vigor e esplendor. É um deus que guia os homens contra forças malignas.
Vishnu pode aparecer montado em uma águia gigante, a Garuda, que é

seu meio de transporte, conseguindo flutuar sobre as águas, ocupar o ar e estar
na terra, mas pode estar representado sobre uma naja de mil cabeças que o
protege e o transporta para socorrer seus fiéis.
Possui quatro braços e em cada uma das mãos carrega um símbolo,

sendo um cajado que representa as forças física e mental do Universo; uma flor
de lótus que representa a pureza e a verdade; o disco que é uma arma para
cortar demônios por meio do controle de sentimentos e o quarto, uma concha
que abriga o ar, a água, a terra e o éter.
Suas quatro mãos representam as quatro direções do espaço que ele

pode alcançar e controlar e os quatro estágios da vida.
Ele carrega uma serpente que representa seu irmão que o protege.
Sua roupa é dourada que representa sua face diurna e superior diante dos
seus.
Tem como cor de pele o azul escuro.
É muito popular na Índia, principalmente sob a forma de Krishna e Rama.

Nos templos ele é muito adorado e seus mantras muito recitados.
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DHARMA OU DARMA:
Palavra do sânscrito, significa aquilo que mantém elevado. É a missão de

vida. Aquilo que a pessoa veio fazer no mundo. Também significa “aquilo que
sustenta, que mantém”.
Existem outros significados quando no budismo e na prática do Yoga.
No budismo, Dharma refere-se aos ensinamentos do Buda, da sua

Verdade, para a pessoa alcançar a verdade e a compreensão da vida. É a “lei
natural” ou “lei cósmica”.
Aceitar estas leis e não ir contra elas e seus acontecimentos, é o jeito mais
fácil de ter a vivência do Dharma. E vivendo conforme o Dharma, que se alcança
a iluminação, que se tem a vida plena.
Viver o Dharma também significa servir aos outros e isso promove uma
maior conexão com o Universo.
A forma de desenvolver o Dharma é estimulando os sentidos e isto é feito

por meio da prática da meditação e Yoga.
No Yoga, o Dharma pode ser passado do mestre para o discípulo, pois o

Dharma é a essência da existência baseada na verdade.
Dharma no Yoga é a força régia da existência, a essência verdadeira do

que existe ou a própria Verdade, que dão direção a vida humana.
Quando ocorre uma transmissão da compreensão, da Verdade, entre o

mestre e o discípulo, dizemos que houve uma transmissão de Dharma.
O Dharma indiano é semelhante ao “Tao” chinês e o “logos” ocidental.
O Dharma não tem uma palavra correta que o defina, mas ele é notado
nas experiências, na observação verdadeira e na compreensão.
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Podemos encontrar outras definições também, como:
- O caminho das Verdades mais altas.
- A ordem subjacente da Natureza.
- A realização de uma natureza inerente.
Dharma permeia tudo e todos, dando significado para a existência de cada

ser vivo ou inerte.
Para melhor compreensão, daremos como exemplo o fogo e a água. O

Dharma do fogo é aquecer e iluminar, o da água é limpar, fluir, matar a sede.
Sendo assim, faz-se necessário compreendermos qual o nosso Dharma para um
melhor viver, cheio de autoconhecimento e autoaprimoramento.
A raiz do termo Dharma é “dhr”, do sânscrito, trazendo as ideias de

sustentar, manter, firmar, lei, dever, conduta prescrita, virtude, preceitos éticos,
religião (o que não é correto), natureza, condição peculiar, qualidade essencial,
ou seja, como dito anteriormente, é muito difícil defini-lo, é muito amplo. O
Dharma tem que ser compreendido e vivido.
Viver o Dharma, faz o seu desabrochar em sua verdadeira identidade,

pois está conhecendo a si mesmo.
Não se limita ao tempo e ao espaço. Está relacionado ao campo da

espiritualidade. Ele não abrange somente o visível, mas a criação total de todas
as coisas.
Ele é compreendido, mas não controlável, portanto, para se ter uma vida
de evolução, é preciso nadar a seu favor, adquirindo com isso, sabedoria e
aprendizados e sendo assim, capaz de lidar com as dificuldades da vida.
Isso pode ser muito difícil para algumas pessoas, devido a incapacidade
de praticarem o desapego e tolerarem o sofrimento.
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Se você for capaz de deixar o Dharma seguir seu fluxo, sem tentar
interferir em seu curso, você atingirá a felicidade suprema e a iluminação.
Vale ressaltar que para o praticante do Dharma, “se encaixar” na

sociedade não é seu foco principal, mesmo porque, a mente das pessoas é muito
julgadora. Então, não devemos nos preocupar se estamos sendo elogiados ou
criticados. Tudo isso é inútil.
Não veja o Dharma como uma terapia, pois ele não será a solução de
seus problemas, pelo contrário, mudanças na vida, principalmente as que
promovem um comportamento oposto ao da sociedade, geram muitas
turbulências.
Outro conceito encontrado e apropriado para Dharma é propósito de vida,

pois gera um componente transformador no indivíduo por ser uma lei universal
projetada sobre cada um de nós.
A lei do Dharma nos identifica como indivíduos em três sentidos:
- Estamos aqui para descobrir o nosso eu espiritual.
- Cada pessoa tem um talento especial que lhe torna um indivíduo

especial.
- Devemos nos perguntar o que fazer para ajudar os demais.
Existem algumas “obrigações” que devem ser seguidas no Dharma, entre

elas:
- Não matar qualquer ser vivo, porque todos fazem parte de um todo.
- Não roubar e nem desejar os bens do próximo para que não haja
descuido da nossa espiritualidade.
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- Não mentir ou manipular ninguém para não promovermos a dor em nós

mesmos.
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KARMA OU CARMA:
Originário do budismo, hinduísmo e jainismo e posteriormente adotado

pelo espiritismo, o termo sânscrito significa “ação”.
Para cada ação do indivíduo, haverá uma reação, ou seja, uma

consequência.
Sendo assim, práticas boas trarão consequências boas, práticas más,

trarão consequências más, que podem ser nesta ou em outras vidas.
A lei do Karma não pode ser modificada, por isso é tida como “justiça
celestial”. Isso mostra a importância de ter atitudes corretas.
Outras definições são ato deliberado, força, movimento, lei, ordem e lei de
conservação da força.
Karma é uma das leis Dhármicas. É uma reação do Universo para tudo
aquilo que o indivíduo faz durante sua existência e o retorno dos seus atos
poderão vir em outras existências, ou seja, carregará seu Karma de vidas
passadas para outras vidas. “O que se planta hoje, se colhe em qualquer
existência”.
Sendo assim, o Karma é algo individual. Cada espírito carrega as

bagagens de suas reencarnações.
Todos possuem autonomia para mudar suas atitudes e assim gerar bons
Karmas, por meio das energias geradas.
Logo, procurar seu Dharma, permite diminuir os efeitos do Karma, pois

conhecendo a Verdade e aceitando o fluxo da vida, o indivíduo consegue viver
em harmonia e atingir a felicidade, pois passa a entender o que é proveitoso e
essencial.
Quando se fala de ações, estas englobam as físicas, verbais e espirituais.
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O caminho do Dharma irá desenvolver um Karma positivo para esta ou

outras vidas.
Para o budismo, não precisa haver necessariamente uma ação para

formar o Karma, mas só o pensamento, a intenção de uma ação, já é capaz de
promover uma reação. E o indivíduo irá reencarnar até se libertar de todos seus
Karmas.
O Karma não é um castigo, mas um meio de estabelecer a ordem dos

comportamentos de cada pessoa.
Com base no que foi descrito anteriormente, entende-se que existe o

Karma bom e o Karma mau e que a geração de cada um deles depende
exclusivamente do indivíduo.
Então, se faz necessário refletir antes de praticar um ato, ter um

autoconhecimento e inteligência emocional para lidar com as mais difíceis
situações.
Uma dica é praticar meditação.
Existem doze leis do Karma:
1 – A Grande Lei: Tudo o que plantar será colhido. É a causa e

consequência. Voltará da mesma forma ou de maneira mais justa.
2 – A Lei da Criação: Criar condições para receber o que deseja, já que

cada ser está conectado com o Universo. É necessário se mover, agir, para que
o destino aconteça. “Seja a melhor versão de você”.
3 – Lei da Humildade: Não fugir de situações que sempre se repetem. O

mundo espelha o que existe em nós. Se só pensamos o mal sobre os outros,
teremos sempre pensamentos de baixas energias. Tudo aquilo que não
aceitamos, continuará a nos cercar até que entendamos que aquilo nos pertence
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e que se está conosco, é merecido. Temos que aceitar que não estamos
preparados para certas coisas. Isso é a humildade.
4 – Lei do Crescimento: Tudo está conectado, mesmo que pareça que

não. Presente, passado e futuro estão numa mesma linha. É necessário
compreender para crescer espiritualmente e isso só depende de nós mesmos.
5 – Lei de Responsabilidade: Se há algo errado, é você que está

causando, há algo errado em você. Tudo é sua responsabilidade. Aceitar ou
rejeitar refletirá no que acontecerá com você.
6 – Lei da Conexão: Tudo está ligado. Uma fase levará a próxima. Todas
as ações, mesmo as inconsequentes, trará consequências para nós e tudo ao
nosso redor.
7 – Lei do Foco: Foque em apenas um assunto para estar protegido.

Foque sempre no positivo, assim energia negativa alguma te atingirá. Nunca dê
atenção a dois ou mais assuntos ao mesmo tempo.
8 – Lei da Doação: Coloque em prática o conhecimento adquirido. Doe-

se. Sinal que quer ter um mundo mais igualitário.
9 – Lei do Aqui e Agora: Não foque no passado para não travar sua
evolução. Esteja sempre no presente para vivenciar os sentimentos e emoções.
Não se limite a viver uma vida sem vida, sem experimentar, sem sentir. Não se
limite a apenas viver.
10 – Lei da Mudança: Situações ruins acontecem até que aprendamos a

lição para mudarmos o fato e isto pode ser com acontecimentos pequenos ou
grandes.
11 – Lei da Paciência e da Recompensa: Ter paciência te fará colher

frutos. Tenha dedicação e o esforço necessário que a recompensa chegará. Se
não trabalhar para que algo aconteça, isso não acontecerá.
12 – Lei da Importância e da Inspiração: O Universo nos dará o que

queremos de acordo com a força que colocamos naquilo. Quanto maior o desejo,
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maior deverá ser o esforço, a energia desprendida. O significado de cada coisa

varia para cada pessoa.
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EGRÉGORA:
Fonte da imagem: https://www.meuseressencial.com.br/post/o-que-%C3%A9-egr%C3%A9gora-do-reiki-e-como-ela-

ajuda-os-reikianos
Palavra oriunda do grego egrégoroi (velar, vigiar) e significa a força gerada

pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais de duas ou mais
pessoas, quando se reúnem com qualquer propósito, assim acumula energia de
várias frequências.
Pode ser também um campo de energia extrafísica criada no plano astral

e emitida por um grupo de pessoas através dos seus padrões vibracionais.
Existem locais cheios de energias positivas e locais que ao entrarmos, os

sentimos pesados, carregados, feios, assim como outros em que a energia é
sutil, mas nos fazem bem.
As pessoas tendem a se habituar com a energia do local que

permanecem, sendo sentida apenas por quem é novo naquele local.
27
A egrégora se alimenta das mesmas emoções que a geraram, então se

um local ou pessoas que nele convivem, o alimentaram com sentimentos ruins,
como raiva e ódio, cada vez mais esta egrégora solicitará estes sentimentos.
E o contrário também ocorre, se o alimento inicial foi de sentimentos

benéficos e positivos, mais destes sentimentos a egrégora solicitará.
Somos capazes de canalizar grandes energias, portanto, devemos saber

usá-las em nosso benefício.
A egrégora é formada por um campo energético ou espiritual, com um

objetivo específico.
O objetivo principal é concentrar energia e mantê-la para que energias ou

seres com a mesma frequência energéticas se aproximem e se mantenham.
Esse campo energético também pode ser usado a nosso favor.
Em vários locais pode-se formar uma egrégora, como por exemplo, numa
escola de Yoga, pois ali todos possuem um objetivo em comum. Nestes locais,
semeiam-se a paz, o relaxamento e a claridade mental e isto acaba atraindo
pessoas que estão vibrando na mesma frequência.
Podemos criar um egrégora pessoal, nos concentrando num objetivo

específico, mas para isso, crie um ambiente físico apropriado e faça um ritual
energético diariamente e no mesmo horário, assim seres espirituais o auxiliarão.
Nestes rituais pessoais, livre-se de todos sentimentos e pensamentos

ruins, para que seres destas frequências não se aproximem. Volte a mente
somente para sentimentos positivos, de paz e amor.
Para auxiliar nestes rituais, pode-se usar velas e incensos. Escolha um

local tranquilo e onde não será interrompido.
Toda egrégora tem enorme poder sobre as pessoas, fazendo-as seguir a

energia que está naquele ambiente e se a pessoa não tem consciência dessa
atividade da egrégora, locais e pessoas de baixas energias podem “contaminá-
la”.
28
Uma das importâncias da consciência da egrégora é justamente a de não

perder o controle em locais tidos como ruins.
29
BUDISMO:
Fonte da imagem: https://escolaeducacao.com.br/budismo/
O budismo nasceu na Índia no século VI a.C. e tem como busca, o fim do

sofrimento humano e a iluminação.
A palavra buda significa aquele que despertou do sono da ignorância,

aquele que se iluminou, desperto, iluminado.
Buda não é uma entidade ou um deus em particular, mas sim um título

dado a um mestre budista ou para todos que andam conforme os preceitos da
doutrina, para alcançarem a realização espiritual, a iluminação.
O budismo é baseado nos ensinamentos de Buda Sakyamuni. Buda era

um príncipe da dinastia Sakia, que nasceu com o nome de Siddartha Gautama,
na Índia. Viveu entre 563 e 483 a.C.
Nasceu em meio ao luxo e a riqueza e foi criado pelo seu pai, de modo
que usufruiu de todo seu poder. Viveu no palácio até os 29 anos, de forma
isolada, sem nada conhecer sobre a vida.
30
Um dia, ao sair do palácio, se deparou com o sofrimento e a miséria.

Novamente se isolou, mas para encontrar uma forma de acabar com essas dores
dos seres humanos.
Passou a ser discípulo de mestres ascetas e com 35 anos, criou sua

natureza búdica e compreendeu o sofrimento, inclusive suas causas e forma de
extinção.
Buda raspou sua cabeça como sinal de humildade, trocou suas roupas
luxuosas pela roupa alaranjada e saiu pelo mundo em busca de conhecimento e
ensinamento.
Ficou sete anos em privações e passou então, para a meditação sob uma
figueira para esclarecer suas dúvidas e alcançou assim, a iluminação.
Após isso, foi para as margens do Rio Ganges, onde foi espalhar seus
ensinamentos para ao povo.
Até os 80 anos repassou seus ensinamentos e era tido como um ser

iluminado.
As bases da doutrina budista são as Quatro Nobres Verdades e o Nobre

Caminho de Oito Passos e objetivo principal é escapar do sofrimento. Também
faz parte do budismo, evitar ações não virtuosas, fazer o bem e dominar a própria
mente.
São as Quatro Verdades do budismo:
1 – A vida é sofrimento
2 – O sofrimento é fruto do desejo
3 – Ele acaba quando termina o desejo
4 – Ele é alcançado quando se segue os ensinamentos de Buda
31
São os Nobres Caminhos Óctuplo (dos oito passos):
1 – Compreensão correta
2 – Pensamento correto
3 – Fala correta
4 – Ação correta
5 – Meio de vida correto
6 – Esforço correto
7 – Atenção correta
8 – Concentração correta
Somente no século XIX que o budismo espalhou pelo ocidente, com a

invasão da China e do Tibete (locais onde o budismo da Índia já havia chegado).
No mundo existem 376.000.000 de budistas e no Brasil,

aproximadamente 250.000.
Os budistas não adoram deus ou deuses e também não possuem

hierarquias religiosas rígidas, sendo mais uma busca individual.
O budismo pratica o desapego dos defeitos da humanidade, como a raiva,

ciúme e inveja e pratica o desenvolvimento do amor, generosidade, sabedoria e
outros sentimentos evoluídos.
Os budistas são desapegados de tudo que é transitório, para terem

evolução espiritual.
O budismo é bastante centrado no Carma ou Karma, devido as

consequências que trarão no próximo renascimento e é no renascimento que se
tenta romper o processo de sofrimento para se tornarem pessoas mais puras.
32
O ciclo vicioso de sofrimento é chamado de Samsara e é regido pelas leis

do Carma, ou seja, Samsara é o ciclo de encarnação e reencarnação.
Ainda existem debates se o budismo é uma religião ou não. Muitos dizem

se tratar de religião, pois tem componentes religiosos em seus ensinamentos.
Outros dizem não ser por não haver um componente teísta e outros dizem ser
uma filosofia de vida.
Apenas para curiosidade, a imagem de Buda que conhecemos no Brasil,

um ser obeso e de grande abdome, não condiz com o verdadeiro Buda, havendo
muitas dúvidas em quem se inspiraram para fazerem aquela imagem.
A base das linhas budistas são as Três Joias, sendo elas:
1 – Buda: o iluminado, o grande mestre que ensinou o caminho de

libertação da mente e do sofrimento.
2 – Dharma: os ensinamentos de Buda, que são seguidos por qualquer

vertente budista, mesmo que interpretados de maneiras diferentes.
3 – Sangha: a comunidade budista, ou seja, os monges, as monjas e

seguidores do budismo.
Regra de Ouro:
“Tudo que somos é resultado do que pensamos”.
33
HINDUÍSMO:
Fonte da imagem: https://live.fanato.com.br/a-india-do-hinduismo-e-do-yoga/
Religião da Índia, com muitos ensinamentos, valores e crenças que surgiu

provavelmente na pré-história.
Passou por diversas mudanças e fases. Cada fase idolatrava deuses

diferentes.
Não existe um fundador e é a terceira maior religião do mundo. Seus

templos são grandiosos e espalhados por toda Índia.
As famílias indianas dão muita importância a templos dentro de casa, não

necessitando assim, irem até os templos. Possuem diversos deuses e têm
diversas imagens pela casa.
Nos templos estão sempre presentes as músicas e mantras, inclusive

domiciliares. O mantra mais conhecido é o “OM” (Aum). Doces são usados como
oferendas.
34
Com a morte, nesta religião, o corpo é cremado a beira de um rio. O

principal é o rio Ganges. Acreditam na reencarnação, que é baseada no Karma.
Podem reencarnar como humano, animal ou vegetal.
Nos dias de adoração dos deuses, não se come carne, somente vegetais
e frutas, pois a carne é considerada impura (a carne vermelha é sempre impura
para os hindus).
Existem cerca de 800.000.000 de hinduístas no mundo, sendo a maioria

de indianos.
Ninguém criou as crenças dos hinduístas, mas todos seguem seus Vedas,
que são um conjunto de textos sagrados.
Devem agir com o princípio da não-violência, ou seja, nunca devem fazer

o mal a alguém ou alguma coisa.
Para eles, muitos animais são sagrados. A grande maioria é vegetariana.
Cultuam muitos deuses, como Shiva, Vishnu e Shakti e pedem que entrem
em suas casas ou templos e lhes oferecem alimento, água e presentes.
35
SÂNSCRITO:
Fonte da imagem: https://br.vexels.com/vetores/previsualizar/172613/conjunto-de-simbolos-do-alfabeto-

sanscrito
É a língua clássica da Índia, usada no budismo, hinduísmo e jainismo. A

Índia possui 23 línguas oficiais, sendo o sânscrito uma delas, apesar de ser
considerada uma língua morta.
É a origem da maioria das línguas europeias, além de ser a língua do

Yoga.
36
SAMSARA:
Podemos dizer que seu significado seria “uma errância”, “fluir”, “passar”.
É o ciclo interminável de nascimento, morte e renascimento. É o mundo

do sofrimento e da insatisfação.
É oposto ao nirvana, que significa estar livre de sofrimentos e do ciclo do

renascimento.
Ter consciência do Samsara, ajuda que o iogue aproveite melhor suas

meditações, pois auxilia a libertar sua mente de problemas e traumas.
37
ENERGIA VITAL:
A origem do termo é grega que significa alma em movimento.
A energia vital é que mantém a vida dos seres, se desprendendo somente

no momento da morte.
Quando se encontra em harmonia, não há negatividades influenciando na

vida do indivíduo, mas quando em desequilíbrio, surgem os sintomas
psicossomáticos como tristeza, angústia, depressão, ansiedade, mal-estar, entre
outros.
A energia vital também é conhecida como Qi (lê-se tchi), para os chineses

e Ki para os japoneses, ou seja, o Qi é a energia vital que circula dentro do ser
vivo e mantém a vida. (Usaremos mais o termo Qi em nosso curso).
Essa Qi também pode circular no ambiente e entre as pessoas. Ela

também está presente nos animais, na natureza, no Universo.
As alterações da energia vital podem ser sentidas por qualquer pessoa ou

animal, seja pelo olhar, pelo tom de voz, palavras usadas numa frase ou diálogo,
por exemplo. Os animais são bastante sensíveis para a percepção do Qi.
Essa energia vital inunda nosso corpo por meio da respiração ou prana,
que seria o “sopro divino”.
Tudo no Universo resulta das alterações e movimentos da energia Qi.
Para se ter saúde, é necessário que a energia Qi (ou corpo energético),

esteja em equilíbrio com o corpo físico.
Não existe energia boa ou ruim, somente energia. Tudo depende da forma
que emanamos, da quantidade, do sentimento ou emoção envolvidos ou do
pensamento gerado no momento. Outros fatores que influenciam são a
alimentação e exercícios.
38
Sendo assim, cada ser é capaz de gerar a sua própria qualidade de

energia interna, assim como a que irá emanar.
Por mais que existam pessoas que possam interferir em nossa energia, já
que trocamos energias, cabe a nós mantermos nossa energia alta, para que não
sejamos prejudicados ou adoeçamos, pois muitos são capazes de nos roubarem
energias, nos levando a exaustão.
Algumas atitudes que podem favorecer nossa perda de energia:
1 – Falta de cuidado com o corpo
2 – Maus hábitos
3 – Pensamentos obsessivos
4 – Pensamentos tóxicos
5 – Fugir do presente, vivendo no passado ou futuro
6 – Não perdoar
7 – Julgar os demais
8 – Mentir, seja para os outros ou para você mesmo
9 – Tentar ser alguém que foge de sua real personalidade
10 – Viver a vida dos outros
11 – Desorganização
12 – Projetos inacabados
13 – Procrastinar
14 – Afastamento da natureza
39
15 – Preguiça
16 – Negligência
17 – Sedentarismo
18 – Fanatismo
19 – Falta de aceitação
20 – Má alimentação
21 – Invejar
22 – Estresse
Essas são somente algumas das diversas atitudes negativas para o Qi.
Deixar o Qi parado, ou estagnado, promove doenças, dor e oscilações do

humor. Ao notar essas alterações, a atuação deve acontecer para haver a
movimentação do Qi. É importante que o Qi sempre esteja fluindo, como a água
de um rio.
Para haver esta fluidez, é necessário conhecer a si (emoções) e seu corpo

(físico), para reconhecer quando as alterações surgem e ser capaz de
reequilibrar a energia vital.
Algumas condutas podem ser tomadas no momento que notar uma

alteração ou tê-las como rotina para funcionarem como prevenção:
1 – Alimentação: não utilizar alimentos industrializados, mas sim, de

preferência, os que vem da natureza, para captar as energias da terra que eles
contêm.
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2 – Respiração: em momentos que sentir necessidade pare o que estiver

fazendo e inspire e expire conscientemente por alguns minutos, pois como dito,
a respiração é um meio de entrada da energia vital.
3 – Comportamento positivo: grosserias, mau humor, impaciência, vícios,

estresse, são comportamentos que carregam negatividade. Mude a atitude.
Traga coisas positivas para si. Faça uso de terapias holísticas, seja mais positivo.
4 – Equilíbrio das emoções: quanto mais positivo estiver, mais

positividade irradiará e mais positividade atrairá. Questão de energia.
5 – Contato com a natureza: a natureza é rica em energia vital, sempre

que puder, tenha contato com a terra, mar, luz do sol, ar puro, cachoeiras, entre
outros.
6 – Exercícios: exercícios fazem o Qi fluir, colocam o corpo físico e

energético em movimento. Libertam o Qi estagnado. Práticas orientais como Tai
Chi, Lian Gong e Yoga são excelentes para isso, pois unem movimento,
consciência corporal, respiração, meditação, concentração entre outros
benefícios.
41
DIA INTERNACIONAL DO YOGA:
No dia 11 de dezembro de 2014, o primeiro ministro da Índia, Narendra

Modi, apresentou à ONU (Organização das Nações Unidas) um pedido de
criação do dia internacional do Yoga.
Mais de 170 países, incluindo o Brasil, apoiaram esse pedido.
A data escolhida foi 21 de junho e o primeiro ano comemorado foi 2015.
O objetivo da comemoração era levar para as pessoas o conhecimento

do Yoga e seus benefícios e que todos pudessem vê-lo como acessível.
Palavras do primeiro ministro:
“O Yoga é um presente inestimável da antiga tradição indiana. Corporifica

a unidade entre a mente e o corpo; o pensamento e a ação; o controle e a
plenitude; a harmonia do homem com a natureza; uma abordagem holística para
a saúde e bem-estar”.
42
FLOR DE LÓTUS OU PADMA:
Fonte da imagem: https://www.ecycle.com.br/6476-flor-de-lotus
A flor de lótus é um dos principais símbolos ilustrativos do budismo. Buda

também é representado sentado nessa flor.
No budismo ela é representada fechada e conforme se adquire as virtudes

de Buda, vai-se abrindo.
Aparece com frequência nas mandalas e é representada com oito pétalas,

que representam as oito direções do espaço.
Ela simboliza a pureza, perfeição, sabedoria, paz, sol, prosperidade,

energia, fertilidade, nascimento, renascimento, sexualidade, sensualidade,
elegância e graciosidade.
Os hindus usam o significado da beleza interior. Os budistas, a pureza do

corpo e da mente.
43
Ainda no budismo, a água lodosa está associada ao apego e desejos

carnais. A flor é a promessa de pureza e elevação espiritual.
É associada com o próprio Universo quando totalmente aberta.
O fundo lodoso representa o Universo ainda sem forma e escuro e o botão

as infinitas possibilidades latentes. Quando aberta em plenitude, representa a
luz e perfeição, ou seja, em uma energia condizente com o Universo.
Muitos deuses são tidos como nascidos da flor de lótus, então, ela
representa o próprio princípio divino ou o renascer para a plenitude.
Está relacionada com a pureza espiritual e também é conhecida como

lótus-egípcio, lótus-sagrado ou lótus-da-índia.
Essa flor floresce sobre a água. Nos primeiros horários do sol ela se abre
na superfície e no período da noite as pétalas se fecham e ela submerge.
Suas raízes são fixas na lama do fundo dos lagos. Seu significado está
ligado a capacidade de vir da lama e dar origem a uma linda flor.
As sementes podem ficar até 5000 anos sem água e quando encontram
as condições adequadas, elas germinam. Também é uma planta capaz de
controlar sua própria temperatura (aproximadamente 35ºC). Repele
microrganismos e partículas de pó. É um mistério para a ciência.
São flores sagradas para os orientais, pois estão muito relacionadas com
os ensinamentos de Buda. A lenda diz que todos os caminhos que o menino
Buda pisou, floresceram flores de lótus.
No Yoga existe a postura da flor de lótus que é a postura tradicional da

meditação, ou seja, postura sentada, com as pernas entrelaçadas e as mãos
pousadas sobre os joelhos.
É o símbolo do Yoga indiano e está associada ao sétimo chakra, com a

lótus de 1000 pétalas sobre o topo da cabeça, simbolizando a pureza de coração
44
e mente, a expansão da consciência e a conexão profunda com o plano

espiritual.
Ela é tida como uma flor sagrada em países como Japão, Índia e Egito,
pois relacionam sua forma com a evolução espiritual dos humanos.
O símbolo do nascimento e renascimento, está relacionado com a

capacidade de sair da lama e florescer.
A capacidade de se manter limpa, se relaciona com a autocura.
Também é muito apreciada devido seu aroma único e especial. Sua

beleza e forma está muito ligada aos atributos femininos.
Alguns a utilizam de forma medicinal devido suas propriedades

farmacológicas. É usada também como uma droga ativa legal. Serve como
adstringente, afrodisíaco, anti-hemorrágico, anti-inflamatório, antimicrobiano,
antitussígeno, cardiotônico, hipotensor, mucolítico e anticancerígena.
No seu DNA existe um auto controle energético, ou seja, um mecanismo

de auto regulação. Ela consegue se equilibrar perante mecanismos naturais de
estresse, fazendo uma auto reparação. Ela possui uma longevidade fora do
comum.
Muito ligada a resiliência, pois, para atingirmos nossos propósitos, somos

capazes de criarmos coragem, sairmos da lama e emergirmos diante de nossos
medos.
Flor de lótus branca: representa a perfeição do espírito e da mente, estado

de total pureza e natureza imaculada. Geralmente com oito pétalas.
Flor de lótus azul: representa a sabedoria e o conhecimento. É o triunfo

do espírito em relação aos sentidos. Essa flor nunca revela seu interior, pois fica
sempre quase totalmente fechada.
45
Flor de lótus vermelha: representa amor, paixão e a compaixão. Revela

candura e natureza original do coração. É a flor do Buda da compaixão.
Existem outras cores de flor de lótus, mas estão são as mais usadas e
significativas.
46
MANDALA:
Fonte da imagem: https://www.estudopratico.com.br/o-que-e-mandala/
Círculo com desenhos em formas geométricas, em seu interior, figuras

humanas e com cores variadas.
Muito usadas em religiões como o budismo e o hinduísmo.
Tradução do sânscrito, mandala significa círculo.
Representa a cura e a espiritualidade. Ajuda na concentração e na

meditação.
Para os povos americanos, as mandalas servem como proteção e para

afastar maus sonhos e espíritos malignos. Também chamada de filtro dos
sonhos para esses povos.
O estudioso Carl Jung (1875-1969) utilizava a mandala para explicar a

psiquê humana, relacionando-a com nossos três níveis de consciência.
Os primeiros registros de mandalas são do século VIII, no Tibete, mas

também encontradas no Japão, China e Índia.
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Mandalas são formas geométricas concêntricas. São tidas como um meio

de chegar a um certo objetivo e não o objetivo em si.
São bastante coloridas, geralmente com o uso de tintas, mas existem

monges budistas que as fazem com o uso de areia colorida.
Podem levar horas ou dias para serem confeccionadas e em seguida são

destruídas e jogadas num rio. Esse ritual simboliza que tudo na vida é
passageiro.
Os desenhos são sagrados, sendo considerados o círculo da vida, é a

representação da passagem da vida.
Para o hinduísmo elas são usadas para representar a vida de acordo com
os desígnios do Universo. No budismo são instrumentos de meditação, pois
atraem a atenção para suas formas e cores, mas também podem representar a
brevidade da vida.
Quando dada a alguém, ela representa saúde ou bem querer da pessoa.
Quando feitas em areia, representam a brevidade da vida e também o

recomeço já que um novo desenho de areia pode ser feito quando o anterior se
acabar.
Se feitas de madeira ou ferro, são a representação da morada de alguma

divindade. Se dadas de presente, representam boa vontade.
Se de tintas, são bem coloridas e representam os chakras do corpo

humano, que são tidos como os centros de energia. O colorido serve para
realinhar os chakras e melhorar a circulação da energia, melhorando a parte
espiritual e física.
A mandala nos permite reconhecer e criar consciência de diversos

processos de nossa vida, principalmente as mudanças, aprendizados e
transformações.
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É um símbolo de harmonização e podem transformar a energia das

pessoas e do ambiente.
A mandala trabalha com as pessoas em muitos sentidos, como bem-estar,

relaxamento, previne o estresse, trabalha com as emoções antigas, atuais e
futuras, concentração, foco, controla a frequência cardíaca e a respiração devido
ao relaxamento que proporcionam.
Servem para ativar, energizar, irradiar, concentrar, absorver, transformar,

curar, espiritualizar, para limpeza energética de ambientes, produz auto
confiança, criatividade e felicidade, pois faz o indivíduo se voltar para si e sua
essência.
Outros benefícios são que proporcionam equilíbrio, trazem paz e

serenidade, sensação de tranquilidade, atenção plena, tira o foco de
pensamentos perturbadores e se volte para a criatividade e promovem conexão
com nosso eu profundo.
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RESPIRAÇÃO NO YOGA:
A respiração é uma ação vital para a vida, sendo necessária

continuamente, mas a respiração e o emocional estão intimamente ligados.
Quanto mais agitados ou estressados, maior a sua velocidade e pior sua
qualidade. O inverso também é verdadeiro.
Sendo assim, uma das formas de controlarmos o emocional e

acalmarmos a mente, é passarmos a fazer uma respiração consciente, com
movimentos lentos e profundos. Essa é uma das formas de meditação.
As respirações conscientes que fazemos para a meditação ou Yoga, são

os Pranayamas, não ajudando somente para suas práticas, mas também para
modificarem nossa conduta diária de uma forma positiva, pois a atenção na
respiração, favorece a conexão entre o corpo e a mente.
Podemos considerar o Pranayama como uma das técnicas do Yoga,

devido aos vários métodos de realização e inúmeros benefícios.
Prana tem vários sinônimos, como Chi, Ki, energia vital, alento, sopro da
vida, aquilo que alimenta a vida e o corpo físico.
O prana vem da respiração. É o respirar fundo e tranquilo.
Yama significa caminho. São as condutas éticas que fazem o verdadeiro

yogi.
Uma dessas condutas é a não violência, ou ahimsa e um dos meios de

atingir essa conduta, é usando o Prana nos momentos de estresse.
A prática de Pranayama, comprovadamente diminui o consumo de

oxigênio, a frequência cardíaca e a pressão arterial, aumenta a atividade elétrica
cerebral que promove relaxamento e concentração, ou seja, o Pranayama atua
positivamente no sistema nervoso autônomo.
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Existe o conteúdo filosófico da prática do Pranayama. A inspiração liga as

pessoas ao mundo externo, que é chamado de pravrtti marga ou caminho da
criação. A expiração representa o desapego, o deixar livre e é chamado de nivrtti
marga ou caminho da renúncia. O Pranayama é treinado, para que haja o
equilíbrio entre estes caminhos.
Iyengar, grande mestre do Yoga, cita em seu livro “A Árvore da Yoga”:

“Como as folhas que arejam a árvore e fornecem nutrientes para que seu
crescimento seja saudável, também o pranayama alimenta e areja as células, os
nervos, os órgãos, a inteligência e a consciência do sistema humano. Quando
estamos realizando um asana (postura física), só podemos entender plenamente
o corpo se sincronizarmos a respiração com o movimento”.
Prana é energia. Ayama é criação, distribuição e manutenção.

Pranayamas é a ciência da respiração, que leva à criação, distribuição e
manutenção da energia vital”.
No ocidente, incluindo o Brasil, as aulas de Yoga perderam suas

características e importantes detalhes, tornando-se apenas exercícios de
posturas complicadas, esquecendo de suas bases, essências, filosofias e
ensinamentos.
O Pranayama é uma lição constantemente esquecida nas escolas de

Yoga. Foca-se somente em conseguir fazer as posturas, para depois lembrar da
respiração adequada.
O correto é primeiro dar ênfase às inspirações, mesmo que se leve

algumas aulas nisso, para depois entrar nos exercícios.
Os alunos precisam primeiramente respirar, para depois adaptar o

exercício a cada inspiração e expiração e não o oposto. Esse é o verdadeiro
Yoga.
Isso porque a respiração tem três propósitos: nutrir as células por meio do
oxigênio no sangue, controlar a energia vital (prana) e dominar a mente e as
51
emoções. Sendo assim, não devemos primeiro fazer as posturas, antes de

prepararmos nosso corpo com a respiração.
A respiração deve ser tornar algo consciente no Yoga e devemos

aprender a controlar nossa capacidade pulmonar.
Existem várias técnicas de Pranayama. A seguir serão explicadas as

principais:
1 – Respiração Abdominal ou Respiração Inferior ou Respiração

Diafragmática: sentado ou deitado, coluna ereta, ombros para trás e para baixo.
Realizar a inspiração de forma longa e profunda pelas narinas. Neste momento,
o abdome deve ser projetado para cima, ou seja, não é o tórax que deve ser
estufado, mas sim a barriga. Na expiração, o abdome deve projetar para dentro
(para baixo), mas isto deve ocorrer de forma suave e não forçando o abdome.
É uma respiração lenta e profunda, onde o maior movimento deve ocorrer

na região abdominal. Se precisar, para uma melhor consciência do movimento,
pode-se colocar as mãos sobre o abdome para notar os movimentos destas
durante a respiração. Deverá ser uma respiração natural e sem esforço.
Para algumas pessoas, é uma respiração difícil, pois estão habituadas a

respirar com maior movimentação do tórax (que é uma respiração menos
eficiente, exigindo maior trabalho respiratório), mas com o tempo e treino,
consegue-se fazer a mudança do padrão respiratório.
2 – Respiração Torácica ou Intercostal ou Respiração Média: a respiração

deverá ocorrer na região das costelas. As mãos podem ser colocadas sobre
estas, para sentir o movimento. Ao inspirar, as costelas deverão se movimentar
para cima e para os lados. Ao expirar, as costelas devem retornar para a posição
inicial, se fechando em direção ao centro do corpo, de forma suave e relaxada,
sem esforço.
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Não utilize o abdome na respiração. Mantenha a consciência do corpo. A

movimentação das costelas deve ser como de uma sanfona que se abre e fecha.
3 – Respiração Alta ou Superior ou Clavicular: esta é a forma que muitas

pessoas respiram. Durante a inspiração o tórax deve elevar ao máximo, ou seja,
o peito deve estufar até a parte superior e na expiração, ele abaixa. O movimento
deve ser sentido até os ombros.
No Yoga, serve para controlar a quantidade de ar inspirado e expirado

durante a prática.
Para treinamento, pode-se colocar as mãos na região do peito e sentir sua

elevação e abaixamento durante os movimentos respiratórios.
Não deve haver esforços respiratórios durante a execução, o tornando um

exercício bastante difícil de ser executado sem que haja tensões.
4 – Respiração Completa: é a união das três respirações anteriores.

Durante a inspiração, deve-se inflar o abdome, as costelas e o peito até as
clavículas. Na expiração, deve-se relaxar a musculatura fazendo o movimento
no sentido inverso, ou seja, primeiro relaxa os ombros e peito, depois costelas e
por último o abdome.
O movimento deve ser sentido de forma contínua e num fluxo unitário.

Seguir a sequência de insuflação e desinsuflação, de modo lento e sem pausas
ou tensões. Ela permite que respiremos mais amplamente.
5 – Respiração Adhama Pranayama: sentado ou deitado, mas como tem

o objetivo de relaxar o corpo e a mente, o melhor é deitado.
A posição deve ser de barriga para cima, com os joelhos dobrados, pés
apoiados no chão e um pouco afastados. Apoiar as mãos na região do umbigo
e então fazer uma inspiração pelas narinas expandindo o abdome enquanto
conta até três. Após a insuflação, fazer uma pausa respiratória confortável,
mantendo o ar nos pulmões. Após a pausa, expirar também pelas narinas e
53
também contando até três. O ideal é iniciar praticando por cindo minutos por dia
e ir aumentando este tempo gradativamente.
6 – Igualdade de Respiração (Sama Vrtti Pranayama): usada para treinar

o foco e o senso de equilíbrio. Como o nome diz, existe uma igualdade, ou seja,
a inspiração e expiração tem a mesma proporção.
Inspira contando até quatro e expira contando também até quatro.

Quando o ritmo estiver confortável, entre a inspiração e expiração, fazer uma
pausa que deverá ser mantida enquanto também conta até quatro.
7 – O Sopro do Oceano (Respiração Ujjayi) ou Respiração Vitoriosa:

usada para acalmar, aquecer o corpo, concentrar e massagear órgãos internos,
como esôfago e baço. Inspirar profundamente pelo nariz, até toda a capacidade
pulmonar e prender a respiração no fundo da garganta, ou seja, contrair a glote.
Com algumas tentativas vai soar como “ondas do oceano”, pois a contração da
glote gerará um sussurro. A inspiração e expiração devem ser profundas e
suaves. Pode estender o tempo de treino gradativamente.
8 – Respiração Luminosa (Kapalabhati) ou Respiração do Fogo: sentar

com as pernas na posição mais confortável que achar e com as mãos sobre os
joelhos. Durante a expiração, leve o umbigo em direção à coluna e neste
momento, mantenha os lábios contraídos e emita o som de “ch”. A inspiração
ocorrerá espontaneamente, sem necessidade de uma regra para ela.
Fazer repetições por um minuto. Usada para desintoxicar o fígado e o

sangue, oxigenar melhor o sangue e acalmar a mente
9 – Respiração Leão (Simhasana): usada para aumentar a circulação

sanguínea na língua e garganta, fortalecer os músculos faciais e do pescoço,
para estimular os olhos e liberar o estresse.
Nesta respiração, os movimentos devem ser extremos. Expirar fortemente

pela boca, estando esta aberta ao máximo e a língua totalmente para fora.
Enquanto expira, pronunciar “ahhhh”. Conjuntamente, olhará para cima, mas
movimentando somente os olhos.
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A postura pode ser sentada, em quatro apoios ou em diversas posturas

do Yoga.
10 – Respiração Bhastrika ou Fole: sentar confortavelmente e alinhado.

Fazer a respiração abdominal e depois expirar vigorosamente contraindo o
abdome para dentro, com força, mas sem tensão.
Deve ser rítmica e o ar inalado e exalado devem ser na mesma proporção.

Atenção para que o rosto se mantenha sem expressão de tensão. Pode colocar
uma pausa respiratória entre a inspiração e a expiração, mas uma pausa
confortável.
Contraindicações: hipertensão, problemas cardíacos, hérnias, úlceras,

glaucoma, descolamento de retina e epilepsia.
Usada para produzir calor corporal, estimulação do metabolismo,

liberação de toxinas, estimular órgãos abdominais, principalmente o sistema
digestivo, criar foco e preparar para a meditação.
11 – Nadhi Shodhana: o polegar da mão direita tampa a narina direita,

bloqueando a passagem do ar e então inspira pela narina esquerda. Em seguida
bloquear as duas narinas fazendo uma retenção de ar.
Abrir a narina direita e tampar a esquerda com o dedo anular, assim,

haverá a expiração, somente pela narina direita.
Em seguida, fazer o inverso: tampar a narina esquerda e inspirar pela

direita. Tampar as duas narinas para uma pausa respiratória. Abrir a narina
esquerda e expirar (usar a mão direita).
Fazer por 15-20 minutos por dia.
Pode levar o queixo ao peito durante a fase de retenção, quando tiver um

melhor controle respiratório.
Indicada para equilibrar as energias sutis e purificar as correntes

energéticas.
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12 – Sopro Há ou Prava Há: em pé, inspirar levantando os braços (pela

frente do corpo). Na expiração fletir rapidamente o tronco, com os joelhos
dobrados para preservar a lombar, permitindo que o ar saia sobre pressão e
emitindo um som suave de “Há”.
Usada para eliminar impurezas e o ar residual dos pulmões.
13 – Kapalabhati: faça uma inspiração usando a forma completa e expire

forçando o abdome de forma que o ar seja exalado rapidamente. A inspiração
deve ser profunda e pode fazer uma pausa respiratória antes da expiração.
14 – Respiração de Limpeza: sentado ou deitado inspirar profundamente

e expirar pela boca. Isso vai permitir uma troca de energias por meio do prana,
purificando meridianos, desbloqueando e recarregando chakras. Fazer por cerca
de 15 minutos.
15 – Respiração de Recarga: para ativar os chakras e a kundalini.

Aumenta a circulação sanguínea, ativando a memória, aumenta a vitalidade e
limpa as fossas nasais.
Em pé, pernas abertas na largura dos ombros, respirar curta e

rapidamente pelo nariz. Deixar o corpo movimentar junto. Praticar por
aproximadamente 5 minutos.
16 – Respiração dos Chakras: fazer por aproximadamente 30 minutos.

Eleva a energia Kundalini, ativando os chakras. Inspirar pelo nariz e expirar pela
boca, visualizando cada chakra com sua cor. Fazer sete respirações para cada
chakra, no sentido do básico para o coronário.
17 – Respiração Surya: utilizar a mão direita e fazer sete inspirações e

expirações profundas. Ativa o hemisfério esquerdo do cérebro e esquenta o
corpo. Fechar a narina esquerda e inspirar e expirar somente pela direita.
18 – Respiração Chandra: oposta da anterior. Ativa o hemisfério direito do

cérebro, afeta positivamente o sistema nervoso simpático, refresca o corpo e
ativa a energia.
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Também fazer sete inspirações e expirações profundas e também usar a

mão direita.
Obstruir a narina direita e inspirar e expirar pela esquerda.
19 – Respiração Sitali: é uma inspiração refrescante, que cura doenças

do abdome e do baço, evita febre e transtornos biliares.
A língua deve ficar para fora da boca em formato de calha, durante a

inspiração e o ar deverá atravessar esse canal da língua. Recolher a língua,
fechar a boca e expirar lentamente pelas narinas.
20 – Respiração Bhramari: sentar confortavelmente em ambiente

silencioso. Tampar os ouvidos, inspirar profundamente e expirar lenta e
profundamente emitindo som de abelha, repetindo por aproximadamente 5
minutos. Indicada para gerar grande felicidade no coração.
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INCENSOS NO YOGA:
É muito comum o uso de incensos para a prática de Yoga e no Brasil, isto

é usado por muitas escolas.
Isso porque, os odores proporcionados pelos incensos, auxiliam no

processo meditativo.
Porém, pesquisas têm mostrado que as fumaças dos incensos são muito
mais tóxicas do que a de cigarros.
Os incensos originais usados na antiguidade, tinham como principal ativo,

a resina endurecida de árvores especiais, mas com o tempo, estes incensos
passaram a ter um mercado desonesto e também industrializado.
Como consequência, passaram a usar falsas resinas no mercado

clandestino e as indústrias a usarem substâncias tóxicas para a liberação dos
aromas.
As fumaças dessas substâncias liberam uma quantidade muito grande de

hidrocarbonetos aromatizantes policíclicos durante a combustão, sendo estas,
substâncias altamente cancerígenas, piores que as fumaças de cigarros e
escapamentos de carros, sendo muito perigosas, principalmente nas aulas de
Pranayama.
Comprar incensos diretamente da Índia não garante a qualidade, pois

mesmo lá, devido ao comércio ilegal, é difícil encontrar o verdadeiro incenso.
O incenso original não é em bastão como encontramos por aqui, mas em

forma de um pó ou em pequenos grãos, mas mesmo na Índia não há um controle
de qualidade.
Usam muitas substâncias precárias e tóxicas nos incensos para

diminuírem os custos. É possível encontrar incensos feitos de esterco de vaca.
Péssimo, mas faz menos mal que os demais em questão de toxidade.
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Devido a isso, hoje em dia recomenda-se o uso de aromatizadores nas

aulas de Yoga, com óleos essenciais, mas a procedência desses óleos também
deve ser avaliada, senão será apenas outro tipo de substância química inalada,
assim como acontece com os incensos.
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ALIMENTAÇÃO NO YOGA:
Como dito anteriormente, Yoga não é somente a prática de posturas

complicadas e cheias de contorcionismos, mas sim, um estilo de vida.
Sendo assim, é importante que o yogui (praticante do Yoga), tenha uma

alimentação equilibrada e de acordo com os preceitos da técnica.
A alimentação interfere muito no nosso comportamento, então é

importante uma alimentação saudável, para nos proporcionar bem-estar físico e
emocional, pois acredita-se que elas têm efeitos sobre a mente.
Para o yogui não se deve pensar apenas em ingerir o alimento, mas sim,
estar atento ao que se ingere, mastigar adequadamente e calmamente e
escolher alimentos que prezem a bondade e não o sofrimento.
Os yoguis evitam alimentos estimulantes que tornam a mente instável e

também alimentos tidos como “pesados”, ou seja, aqueles que nos deixam
demasiadamente lentos após consumi-los.
Os yoguis são praticantes do vegetarianismo, pois é uma dieta leve, rica

em nutrientes e que não gera sofrimento animal.
O vegetarianismo é algo que não se torna rapidamente, mas que exige

todo um trabalho, para aos poucos ir mudando a rotina alimentar.
Uma dieta muito comum na Índia é a ovolactovegetariana, assim tem a

opção do consumo de proteína.
A alimentação ayurveda também é utilizada, pois ela leva em conta

aspectos mentais e espirituais.
A ayurveda considera que a alimentação atinge o corpo astral, pois tudo

que comemos passa a fazer parte do nosso corpo.
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A alimentação saudável do Yoga, tem como objetivo limpar, fortalecer e

desenvolver todos os níveis da nossa humanidade, pois a energia que o alimento
carrega será absorvida pelo organismo, por isso a importância de boa
alimentação.
No Yoga existe a filosofia alimentar que é dividida em três categorias:
- Sattva: representa o puro, claro, equilibrado, para harmonia e paz.
Os alimentos sátvicos proporcionam maiores níveis de energia e

vitalidade. São as frutas, vegetais, frutos secos, sementes, cereais integrais,
laticínios e mel.
- Rajas: são os excitantes, mutáveis, apaixonados, os gananciosos e

inquietos.
Os alimentos rajásicos são estimulantes e agitam a mente quando em

excesso, dificultando a calma e satisfação que se pretende com o Yoga. São
eles, cafeína, cebola, açúcar refinado, alho, condimentos fortes ou excesso de
sal, amargos ou acidez.
- Tamas: são as trevas, a ignorância, incerteza, inércia, impureza.
Alimentos tamásicos são depressores. Destroem nossa energia e nosso

organismo. São alimentos velhos, insípidos, muito maduros, industrializados,
processados, carnes vermelhas e álcool.
“Quando perguntavam a Mahatma Gandhi porque ele não falava sobre o

hinduísmo aos pobres e miseráveis e apenas preocupava-se em alimentá-los,
Gandhi sabiamente respondia: Para o homem que sente fome, Deus só pode
aparecer na forma de alimento”.
61
MANTRAS:
Manas + Tra
manas = mente
Tra = instrumento (para afiar)
Podemos iniciar a explicação sobre mantras, pensando no quanto os

ensinamentos e práticas nos mostram como as palavras têm poder.
Com base nisso, conseguimos entender basicamente o objetivo dos

mantras. Estas palavras poderosas podem ser vistas na Bíblia, nas Escrituras
Sagradas, no Budismo, na cultura havaiana, entre outras religiões. Sua origem
foi no Sânscrito.
As palavras podem atrair tanto o positivo quanto o negativo. Tudo

depende do som e energia que emitimos ao Universo, pois as palavras ou
mantras têm grande poder sobre a consciência.
Recentemente, as palavras que mais se repetem como um mantra, são

as dos ensinamentos do Ho’oponopono, que são “sinto muito”, “me perdoe”, “te
amo” e “sou grato”.
Vale ressaltar que os mantras não são algo que faz parte do Yoga, ou
seja, não foram criados especificamente para esta filosofia, mas eles são usados
pela maioria de seus praticantes.
Existe uma imensa variedade de mantras, com as mais diversas

intenções. Os seus desejos nunca devem tentar controlar os mantras, mas sim,
os mantras que devem ser inseridos em sua vida. Não são simples palavras ou
frases mágicas.
62
O mantra opera para limpar a mente, por isso tão utilizado no Yoga. Ele
também é dado ao discípulo, pelo mestre, para obter a influência espiritual,
sendo assim, importante na iniciação e na ligação do mestre com o discípulo.
O mantra é tido como deus, como o poder dos deuses, mas não há um
deus específico. “A palavra tem de ser concebida, no sentido mítico, como ser
substancial e como força substancial”. Na Índia antiga, eram tidos como a única
fonte de revelação possível.
Os sábios ou munis que compuseram os mais antigos mantras eram

chamados de poetas ou Kavi. Os mantras foram compostos para ativarem os
rituais com a presença dos deuses ou forças naturais.
Para que um som seja considerado um mantra, ele precisa colocar nossa
mente em movimento, mas sem que ela chegue a uma conclusão final.
Os mantras trazem energias ou atributos da divindade evocada. Os

mantras nos ajudam a nos conhecermos como alma. Ajudam a desintegrar os
condicionamentos mentais. Transformam a consciência do homem em algo
divino. Desperta a pessoa para a felicidade contida em sua essência, libertando-
a dos apegos.
Literalmente, mantra significa instrumento do pensamento.
Quando a mente está muito agitada, cheia de ruídos, é impossível

silenciá-la apenas com uma ordem. Esse é um bom momento para usar os
mantras, pois eles nos desligam de influências externas, eles nos conectam com
a nossa identidade.
O Yoga utiliza vários mantras para conduzir a mente para a tranquilidade,

mas antes de usá-los, é preciso estar atento a que cada mantra significa.
O mantra mais importante é o “OM”, o qual é tido como o Grande Mantra.

Ele é muito usado para iniciar e finalizar a prática de Yoga.
Ele é o som infinito que fecunda todos os outros mantras. É o som mais
perfeito para a meditação e conexão espiritual. Ele é tido como uma forte prece.
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Estimula a glândula pineal para liberar hormônios que interferem nas

vibrações emocionais, mentais, energéticas e espirituais.
O “OM” no início da prática do Yoga libera a vibração que protege a mente

de oscilações e pensamentos indevidos. Ele aquieta a mente e é uma âncora
inicial sobre o momento presente.
OM é originária dos Vedas e é uma palavra sânscrita que significa “avati

raksati”, ou seja, aquilo que lhe protege, lhe abençoa.
Esse mantra nos abre para uma mudança de atitude, despertando para
um estado de reverência, pedindo proteção e bênção para nós mesmos. Liberta
o espírito humano dos limites do corpo, mente, intelecto e ego.
O “OM” representa todo o Universo, todos os objetos, todas as leis e

princípios, o passado, o presente e o futuro, todas as pessoas e toda a causa de
manifestação.
É um conjunto de poderosas sílabas sagradas que formam um núcleo de

energia espiritual. Ele pode ser cantado com sons ou somente mentalmente.
Pode ser cantado por qualquer pessoa.
Pronuncia-se “AUM”. Considera-se quatro sílabas em sua formação,

porque a última sílaba, a silenciosa (entre uma repetição e outra), também é
contada. Possuem vários significados que dependem das considerações
impostas.
- Para vários níveis de consciência:
A = vigília
U = sono
M = sono profundo
4ª sílaba = estado que transcende

64
- Para energia:
A = ignorância, inércia, escuridão
U = dinamismo, atividade, paixão
M = luz, verdade, pureza
4ª sílaba = consciência pura
- Para deuses indianos:
A = Brahma, o criador
U = Vishnu, o conservador
M = Shiva, o destruidor
4ª sílaba = realidade além dos deuses
- Para estados de vida:
A = presente
U = passado
M = futuro
4ª sílaba = realidade além do tempo e espaço
A prática do “OM” permite que o Yoga vá muito além de exercícios físicos.
65
A seguir, alguns mantras também usados para a prática de Yoga:
- Gayatri Mantra: essência de todos os mantras e acumula energia de luz

espiritual muito forte. Invoca a sabedoria.
Om Bluh, Bhuvaha, Swaha
Tat Savitur Varenyam
Bhargo Devsya Dhimahi
Dhiyo Yonaha Prachodayat
Que significa: Em todos os três mundos, terrestre, astral e celestial, que

possamos meditar sob o esplendor daquele sol diurno que nos ilumina. Que toda
luz dourada acalente nosso entendimento e nos guie em nossa jornada para a
morada sagrada.
- Mantra da Linhagem Saccha: usado quando falta amor, delicadeza, paz,

alegria, harmonia, criatividade ou respeito a vida, seja em você ou em outros.
Prabhu Aap Jago Paramatma Jago
Mere Sarve Jago Sarvatre Jago
Que significa: desperte o amor diurno em você. Em tudo e em todos os

lugares.
- Om Mani Padme Hum: para evolução espiritual. Significa a jóia da

consciência está no coração do lótus.
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- Shanti Mantra: usado para iniciar a prática de Yoga para atrair paz,
harmonia e sintonia entre o mestre e os discípulos para despertar tudo o que há
de melhor em cada um.
Om sahanaa vavatu
Saha nau blunaktu
Saha viryam karavavahai
Tejasvianaa vadhitamastu
Maa vidvisha vahai
Om shanti santihi
Harih Om
Que significa:
Que estejamos protegidos e nutridos
Que possamos atuar unidos e com grande energia
Que nosso estudo seja vigoroso e proveitoso
Que não haja animosidade entre nós
Que há paz em nosso interior
Que haja paz ao nosso redor
Que haja paz nos universos
- Asato Ma: para buscar o caminho do autoconhecimento, conectando o

indivíduo com o seu interior. Mantra muito importante do Yoga.
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Asato ma sad gamaya
Tamaso ma jyotr gamaya
Mrityor ma amritam gamaya
Om shanti shantihi
Hari Om
Que significa:
Da ilusão conduz-me à realidade
Da escuridão conduz-me à iluminação
Do medo da morte, conduz-me à conquista da imortalidade
OM Paz
- Om Namah Shivaya Shiva Om Namah: para reverenciar e agradecer ao

Senhor Shiva.
- Om Namo Sri Bahagawan Danwantariê Namaha: para agradecer e

reverenciar o mestre Dhanwantariê pelos ensinamentos da medicina Ayurveda.
- Om Sri Maharishi Patânjali Namah: agradece e revência o mestre

Patânjali pelos ensinamentos sobre o Yoga Ashtanga.
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YOGI ou IOGUE ou YOGUI (no feminino YOGINI):
Asceta indiano que atingiu a sabedoria pela prática do Yoga.
Um dos caminhos da evolução espiritual. Significa destruir algo e construir

uma novidade no mesmo lugar. Termo mais usado para praticantes avançados.
A filosofia Yoga é muito ampla, o que permite ter conhecimentos diários e

permite ao praticante levar uma vida sem sofrimento, não sem obstáculos ou
problemas, mas com aprendizagens que permitem que estes não lhe tragam
sofrimento.
O Yogi tem esse conhecimento, de que a vida é uma eterna aprendizagem

e crescimento com os desconfortos e mudanças que ela traz. É o aceitar tudo
que a vida nos entrega, sejam coisas boas ou ruins.
Smastwam Yoga Uchayate = Yoga é ser equânime = ter constância,

igualdade de temperamento, de ânimo, em qualquer circunstância, tranquilidade
de espírito, moderação e comedimento.
Somente tendo esse conhecimento e fé que o bem virá. É a consciência

de que a vida não dura para sempre, então vive-se cada segundo sem sofrimento
sobre as situações.
Yogi tem na mente a flexibilidade, a resistência e a intensidade, assim

como tem no corpo físico.
O yogui que é livre do poder, está imune a ele, pois descobriu o valor que
a vida realmente possui.
Yogi não busca poder, busca encontros, inteligências e intensidades. Tem

sabedoria para lidar com as demandas, sem se prender aos julgamentos,
conceitos pré-estabelecidos e moral.
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Tem um pensar e agir que seguem a Natureza, sem apegos. Combate

injustiças e desamor.
Suas armas: corpo, pensamento, arte, alegria e amor.
Para se tornar um yogui:
- A prática do Yoga deve ser voltada para a saúde
- Modernamente, pode ser seguida a religião de sua preferência, inclusive

um ateu, desde que se objetive o bem e a paz interior.
- Faça os exercícios físicos
- Pense positivo
- Pratique meditação
- Seja iniciado no Yoga
- Foque em atingir a iluminação
- Faça coisas em perfeição
- Realize
- Abandone a intenção e o desejo
- Não seja dependente do resultado da ação
- Não se preocupe com o que vai acontecer
- Viva o presente
- Viva a felicidade interior
- Seja um amigo próximo, inclusive de quem o odeia
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- Equilibre a atividade e o descanso
- Não é necessário o isolamento
- Insira-se no mundo
- Amplie sua visão
- Entenda os outros seres
- Gere aspiração de ajudar outros seres
- Contemple sua própria mente
- Leve o caminho de Buda para outras pessoas, desde que possível e com
habilidade e sabedoria
- Tenha motivação
- Mantenha seu próprio eixo quando estiver com pessoas sem foco na
iluminação
71
NAMASTÊ:
Existe um significado espiritual por trás dessa palavra oriunda do

sânscrito.
É uma saudação de respeito e reverência que traz a essência da unidade

e uma compreensão da verdadeira natureza da realidade.
Literalmente significa “eu me curvo a você”: É um gesto de entrega e

humildade perante o próximo.
Namah ou namas = arco ou nada é meu
Te = você
A posição das mãos que é utilizada, tem o mesmo significado que são as
mãos em prece (Añjali Mudrá) e faz-se uma inclinação da cabeça para frente,
para transmitir a energia divina existente em ambos.
É comum terminarmos as aulas de Yoga fazendo o namastê, como um

agradecimento pela prática e pelo momento que estiveram juntos.
Podemos encontrar diversos significados para namastê:
- Eu honro o lugar em você onde o Universo inteiro habita
- Eu me inclino para o lugar em você que é amor, luz e alegria
- Quando você e eu nos curvamos à nossa verdadeira natureza, somos

um
- Minha alma reconhece sua alma
- Nós somos o mesmo, somos um
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- Eu honro o lugar em você que é o mesmo que é em mim
A prática espiritual é a arte e o ato de simplesmente lembrar que você é.
Ao dizer namastê, você mostra que todos somos um e que você vê o outro
pelo que você realmente é.
O estudioso Christopher Walles descreve:
- Uma vez que você se torne consciente da verdadeira natureza da

realidade, tudo que você faz se torna um ato de reverência.
- Simplesmente viver sua vida cotidiana comum com plena consciência

torna-se uma prática completa de meditação, uma forma perfeita de adoração,
uma oferenda para todos os seres e para o próprio ser.
- O Tantra ensina que, porque existe apenas um no Universo, todas as

ações são, na verdade, o Divino explorando a si mesmo, reverenciando a si
mesmo, adorando a si mesmo.
O Namastê é mais utilizado na Índia e Nepal pelos hindus, jainistas e

budistas. Na Índia e Nepal eles utilizam para iniciar uma comunicação.
Formalmente é conhecida como namaskar ou namaskaara.
Num sentido mais amplo de significado, é “o Deus que habita no meu

coração, saúda o Deus que habita o seu coração”.
Compartilha a ideia de que todos possuem a mesma essência, a mesma

energia e uma grande força pacificadora.
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No mantra védico Sri Rudram a tradução inicial é: minha saudação a você,

Senhor, Mestre do Universo, Grande Senhor, dotado de três olhos, Destruidor
de Tripura, Destruidor do fogo Trikala e do fogo da morte, Aquele de Garganta
Azul, o Vitorioso sobre a Morte, o Senhor de Tudo, o Sempre-Auspicioso, o
Glorioso Senhor de todas as Deidades.
Namastê precisa ser dita com sinceridade e vontade, pois os indivíduos

são reconhecidos divinamente e espiritualmente iguais.
Se essa saudação for de coração, se estabelece uma conexão verdadeira

entre as pessoas, acima das expectativas e das máscaras sociais.
Namastê é um termo que pode ser acolhido por todas as religiões e ser
utilizado sem nenhuma vinculação religiosa. Trata-se de uma saudação
extremamente amorosa, totalmente desprendida do ego.
No Oriente apenas o gesto já é suficiente para o cumprimento, não sendo

necessário pronunciar a palavra em voz alta. A pronúncia é mais comum no
Ocidente. Muitas vezes, nem as mãos se unem no Oriente. Há somente a
inclinação da cabeça, o que já demonstra que reconhece e admira a grandeza
do outro, sinalizando que iremos além das diferenças, nos conectando em
igualdade.
74
CHAKRAS OU CHACRAS:
Fonte da imagem: https://yoginapp.com/alimentos-para-cada-chakra/
Chakra também é uma palavra de origem sânscrita, que significa roda de

luz, círculo ou vórtice. São centros de energia que representam os aspectos da
natureza sutil do ser humano, sendo os corpos físico, emocional, mental e
energético, promovendo equilíbrio entre eles.
Os sete principais chackras estão ao longo da coluna vertebral e crânio e

possuem as cores do arco-íris. Começa de baixo para cima.
Parte-se do princípio de que todo Universo é feito de energia, logo, o corpo

humano também é.
Todo ser vivo carrega uma energia vital (prana) consigo. Os centros de
energia que se movem dentro do corpo são os sete chakras.
A força vital, ou seja, prana, está em movimento, rodando e girando,

fornecendo a energia necessária para que a pessoa esteja em equilíbrio do
corpo, mente e espírito.
75
Há alteração do equilíbrio e da saúde quando um dos chakras girar muito

rápido, bloquear ou ficar muito lento.
O importante de conhecer os chakras é que conseguimos entrar em

sintonia com nossos ciclos de energia e passamos a ser capazes de equilibrá-
los e fortalece-los.
Lembrando que temos os sete chakras principais, mas existem milhares

deles, espalhados pelo corpo.
São os chakras que nos mantém vivos, mandando energia e vida para
todos os sistemas do corpo. Uma doença física, significa que já existia uma
alteração energética acontecendo.
Por pertencerem as tradições indianas, o Yoga também faz uso desse

conceito.
Os chakras são representados por número de pétalas como da flor de

lótus, por isso que também são chamados de Padma, que significa lótus.
Agem como um elo de ligação entre a mente, o corpo e o espírito, por isso
que são capazes de interferirem nas emoções, no comportamento, no
aprendizado, na comunicação, entre outros.
Os conceitos de chakras sempre estiveram presentes nos Vedas, que são

antigos escritos indianos. Esses escritos foram trazidos oralmente para a Índia
por uma tribo indo-europeia que invadiu a Índia em aproximadamente 2000 a.C.
São encontrados também nos Upanishads que foram ensinamentos orais

transmitidos de mestres para discípulos, para depois serem escritos.
Depois foram encontrados no Yoga Sutras de Patanjali, que é um texto

escrito em 200 a.C. e é um clássico do Yoga. Os chakras se tornaram um sistema
integral real da filosofia Yoga.
76
Nos chakras que a energia é armazenada e redistribuída. No nível físico,

os chakras seriam gânglios nervosos, com um grau alto de atividade e também
glândulas do sistema endócrino.
A meditação e Yoga permitem o fluxo de energia entre os chakras,

alinhando-os e proporcionando assim, harmonia e bem-estar. Focar a
consciência em cada um dos chakras por alguns minutos diários, também ajuda
no alinhamento.
Alinhar os chakras promove:
- Melhora da concentração
- Estabilidade mental e emocional
- Melhora da disposição, vitalidade e iniciativa
- Melhora da criatividade
- Diminuição da tensão
- Resistência ao estresse
A seguir os sete chakras principais, na sequência de baixo para cima:
77
- Primeiro Chakra: Chakra Raiz ou Básico ou Muladhara:
Fonte da imagem: https://www.wellnesshunter.net/muladhara-chakra/
Cor: Vermelha.
Pedras: Turmalina Preta, Quartzo Fumê, Ônix e Hematita.
Glândula: Suprarrenal.
Elemento: Terra.
Localização: Na região da coluna vertebral, na região do períneo, entre os

genitais e o ânus. Estende-se até a região dos joelhos.
Representa a ligação do ser humano com o planeta Terra. Tem a função

de sobrevivência, incluindo as necessidades básicas. Quanto mais aberto,
melhor nossa disposição. Relacionado com nossos sonhos e o andamento da
nossa vida. A conexão com o mundo material, energia masculina, paternidade e
relação com o pai.
Quando desalinhado causa alienação, falta de ânimo, excesso de apego

ao mundo material, insegurança, atitudes violentas, fúria e tensão.
Em equilíbrio traz realização, paz quando se pensa em dinheiro,

segurança e abrigo. Conexão com a experiência humana. Bom rumo da vida e
realizações de metas. Vida sexual, material e física de qualidade.
78
- Segundo Chakra: Chakra Sacro ou Sacral ou Umbilical ou

Swadhisthana:
Fonte da imagem: https://www.cristaisaquarius.com.br/blog/chakra-sacro/
Cor: Laranja.
Pedras: Jaspe, Ágata do Fogo, Granada e Coral.
Glândula: Suprarrenais e Pâncreas.
Elemento: Água
Localização: Alguns dedos abaixo do umbigo e se estende até o centro.
Ligado à criatividade, vitalidade, sexualidade, com a energia feminina,

emoções, relacionamentos interpessoais, cuidado, prazer, desejos, autoestima
e expressão do eu.
Quando mais equilibrado, mais sensíveis, emocionais e melhores para

lidar com os sentimentos, pois é o centro energético do bem-estar, do prazer e
realizações. Saberá apreciar as coisas boas da vida sem exagero.
Em desequilíbrio haverá dificuldades sexuais, falta de objetivos,

sentimento de impotência, confusão, ciúme, inveja, falta de vontade de viver,
falta de vida no presente, depressão, falta de criatividade.
79
- Terceiro Chakra: Chakra do Plexo Solar ou Manipura:
Fonte da imagem: https://lotusdelakshimi.wordpress.com/2012/07/22/o-3o-chakra-plexo-solar/
Cor: Amarelo.
Pedras: Citrini Amarelo, Cristal com Enxofre, Topázio Imperial, Calcita

Amarela.
Glândula: Baço.
Elemento: Fogo.
Localização: Região do estômago.
Chakra relacionado com a personalidade. Vontade de poder. É o chakra

guerreiro, pois é o que te faz ir para a batalha de forma sábia. É a força do
indivíduo.
Em equilíbrio gera sensatez, determinação e poder pessoal. Capacidade

de dominar as emoções. Ajuda na digestão.
Em desequilíbrio proporciona impotência sexual, desânimo, narcisismo,

insegurança, egoísmo, egocentrismo, fúria, medo, ódio, dificuldade de
assimilação, interferência na digestão, insatisfação, apatia e falta de vontade.
80
- Quarto Chakra: Chakra Cardíaco ou Anahata:
Fonte da imagem: https://aminoapps.com/c/mandragora/page/blog/chakra-cardiaco-ou-quarto-

chakra/RVE0_dGSwu16E5WNe2MRJDDr1Wbpg1RzeJ
Cor: Verde.
Pedras: Quartzo Rosa, Quartzo Verde, Turmalina Melancia e Esmeralda.
Glândula: Timo
Elemento: Ar
Localização: Altura do Coração.
Relacionado ao amor humano, ao amor divino (incondicional), amor

próprio, aos outros e a humanidade. Ligado a gratidão e generosidade. Mostra
nosso equilíbrio. É uma ponte de união entre todos os chakras. Trabalha a
confiança, sabedoria, estabilidade, feridas emocionais e sentimentos reprimidos.
Fornece energia ao sistema circulatório e cardiorrespiratório.
Quando em equilíbrio nos tornamos generosos, com amor próprio e pelos

outros, mesmo em situações difíceis.
Em desequilíbrio há repressão do amor, instabilidade emocional, coração

acelerado, palpitações, azia, problemas de relacionamentos interpessoais,
alergias, alterações imunológicas, opressão ou peso no peito. Quando estamos
desalinhados emocionalmente, este é o chakra que mais sente.
81
- Quinto Chakra: Chakra Laríngeo ou Vishuddha:
Fonte da imagem: https://aminoapps.com/c/mandragora/page/blog/chakra-laringeo-ou-quinto-

chakra/BEX2_dntwuzdJJVRkq3l7D2X2VnMdb5NMQ
Cor: Azul Claro (Celeste).
Pedras: Água Marinha, Quartzo Azul, Turquesa e Larimar.
Glândula: Tireóide.
Elemento: Éter.
Localização: Garganta
Relacionado com a expressão e manifestação da verdade. Trabalha a

comunicação, todas as expressões corporais e verbais e vocalização. Exterioriza
pensamentos e sentimentos. Controla o metabolismo. Responsável por bloquear
que energias ruins alcancem os chakras da cabeça.
Em equilíbrio proporciona boa comunicação, de forma clara, com amor,

bondade e verdade. Uso de palavras apropriadas, esclarecendo e inspirando
pessoas ao seu redor. Promove clareza e compreensão.
Em desequilíbrio, a pessoa fala demais sem pensar no que é dito ou fala

pouco, deixando de expressar o que é necessário. Há falta de discernimento e
uso insensato do conhecimento. Provoca distúrbios vocais. Traz insegurança,
problemas na faringe, laringe e nos demais componentes da região.
82
- Sexto Chakra: Chakra Frontal ou Terceiro Olho ou Ajna:
Fonte da imagem: https://arcturianos.com.br/conheca-o-sexto-chakra-agnya/
Cor: Azul Índigo (anil).
Pedras: Sodalita, Azurita, Lápis Lazuli e Cianita.
Glândula: Hipófise ou Pituitária.
Elemento: Éter.
Localização: Na testa, um pouco acima das sobrancelhas.
Ligado a mente e intuição. O mais difícil de equilibrar, pois o excesso de

uma função, gera a falta da outra.
É o chakra que abre a mente para a informação além do mundo material

e dos cinco sentidos. É o chakra do conhecimento.
Promove percepção extra-sensorial, intuição e energia psíquica.
Em equilíbrio promove o desenvolvimento espiritual, há sintonia com o

mundo físico e material. Recebe informações psíquicas, mas sem sobrecarga.
Nos torna mais seguros e sensíveis quanto a nossa intuição. Gera boa
concentração e raciocínio claro.
Em desequilíbrio causa falta de concentração, medo, cinismo, tensão,

pesadelos, excesso ou falta de sono e acúmulo de pensamentos.
83
- Sétimo Chakra: Chakra coronário ou Chakra da Coroa ou Sahaswara ou

Sahasrara:
Fonte da imagem: https://br.pinterest.com/pin/336081190923213806/
Cor: Lilás (violeta).
Pedras: Quartzo branco, Ametista, Diamante e Fluorita.
Glândula: Pineal.
Elemento: Não há.
Localização: Topo da cabeça.
É tido como o mais importante chakra. Representa a intuição, nos conecta

com o Universo do mundo sutil. Pura energia da consciência. Mostra nossa
identificação com um ser maior, com um plano espiritual. É o que nos conecta
com a meditação e a energia Reiki. Ligado às funções do cérebro e do divino.
Representado pela flor de lótus de mil pétalas. Leva ao aprimoramento e
evolução como ser humano.
Quando em equilíbrio, é sinal que foi atingido o nirvana, sinal que o ser
não é mais humano e venceu o sofrimento e a morte, pois o equilíbrio deste
chakra é muito difícil de conseguir.
84
Mas a jornada para tentar alcançar esse equilíbrio promove felicidade,

saúde, sabedoria e fará com que todos os outros chakras se alinhem. Ele
potencializa nossa espiritualidade.
Quando em desequilíbrio pode causar doenças de origem nervosa, falta

de inspiração, confusão, tristeza, falta de esperança, alienação ou hesitação em
servir ao bem comum.
85
YIN YANG:
Fonte da imagem: https://pt.vecteezy.com/arte-vetorial/42491-vetor-yin-yang
Oriundo da filosofia chinesa (Taoísmo), que representa duas filosofias

opostas, pois para os chineses, o mundo é composto por forças opostas e
precisamos achar o equilíbrio entre estas forças.
O símbolo, conhecido como diagrama de Tai Chi, significa que toda vez
que uma força atinge seu extremo, manifesta-se dentro de si um sentimento
oposto.
Outro significado para o símbolo é que representa o dualismo presente na

natureza em que forças opostas se complementam e estes elementos se
intercalam para existir o equilíbrio.
Estudiosos definem o símbolo como tigre e dragão, sendo Yin o dragão,

por ter uma mente mais complexa e intuitiva, comparado a um sábio e Yang o
tigre que é mais racional, com pensamentos mais claros e comparado a um líder.
86
O objetivo do Yin Yang é atingir a harmonia estabelecendo o equilíbrio

entre aspectos opostos e complementares. Tudo é uma questão de energias
positiva e negativa.
Ninguém consegue explicar o funcionamento do Universo, mas sabe-se

que existem forças opostas entre si, que se complementam para existirem e
haver o equilíbrio.
Ele, até os dias atuais, é capaz de influenciar nosso comportamento, pois

se alternam no tempo e espaço e invocam a interação harmoniosa entre os
opostos e isto auxilia inclusive, no autoconhecimento.
Significado da energia Yin: passivo, feminino, noturno, escuro, frio, calma,

intuição, racionalidade, sentimentos em perfeita harmonia, sombra e lua. Está do
lado esquerdo da esfera e é representada pela cor preta.
Significado da energia Yang: Está do lado direito da esfera e tem a cor

branca. Simboliza a racionalidade, concentração, energia, sol, masculino,
movimento, rapidez, dia, luz e calor.
Leis:
- Todo o Universo é constituído de diferentes manifestações da unidade

infinita.
- Tudo se encontra em constantes transformações;
- Todas as contrariedades são complementares;
- Não há duas coisas absolutamente iguais;
- Tudo possui frente e verso;
- A frente e o verso são proporcionalmente do mesmo tamanho;
- Tudo tem um começo e um fim.
87
Como aplicar o conceito Yin e Yang na sua vida:
- Silêncio: ouça mais e discuta menos;
- Deixe o orgulho de lado;
- Seja o seu melhor, mas não se preocupe em ser “o” melhor;
- Seja você;
- Humildade;
- Simplicidade;
- Flexibilidade;
- Recue quando for necessário;
- Evite a impulsividade;
- Viva saudavelmente;
- Respire adequadamente;
- Ouça músicas durante o dia;
- Tenha momentos de lazer;
- Não discuta.
88
KUNDALINI:
Fonte da imagem: https://www.yogaenred.com/pt/2016/12/15/el-despliegue-de-kundalini-de-lo-mas-burdo-a-lo-mas-

sutil/
Kundalini é um ensinamento que foi tido como secreto por muitos anos e
que só nos foi revelado no século XX.
É um termo sânscrito que significa “enrolado por uma serpente” ou

“enrolada como uma cobra” ou “aquela que tem a forma de uma serpente”.
Ela representa a energia cósmica que se concentra em cada ser, é a

essência espiritual do ser, é a energia criadora do Universo manifestada no
homem. É força, poder que move o indivíduo e o Universo.
Kundalini vem da palavra Kundala, que significa “enroscada”, pois é assim

que ela se encontra, enroscada na coluna vertebral e na grande maioria das
pessoas, encontra-se adormecida no chakra básico, que é onde ela se origina.
89
Com o despertar da Kundalini, esta energia vai subindo pela coluna

vertebral, passando de chakra em chakra, dos sete principais, até atingir a
glândula pineal, havendo então, o despertar da consciência, ou seja, a
iluminação.
Somente seres muito evoluídos, com imensa dedicação, conseguem

atingir este estado e então passam a ter capacidades e gigantes potenciais, não
comuns aos seres humanos, como telepatia, vidência, entre outros.
Esse despertar não é fácil, não somente pela dedicação, mas em cada
chakra desequilibrado ou bloqueado, o trabalho realizado para liberá-lo, pode
despertar muitas emoções ruins que ali estavam guardadas, necessitando de um
árduo trabalho de cuidado, para então, conseguir a iluminação.
Temos duas energias presentes que são interdependentes, a Shiva e

Shakti, onde uma se move em direção a outra, num constante entrelaçamento:
- Shiva: energia masculina, consciência pura, sem forma, energia

descendente.
- Shakti: energia feminina, doadora da vida, energia ascendente.
Para auxiliar no alcance da iluminação, é aconselhado:
- Concentrar-se na respiração (respiração consciente);
- Reavaliar a alimentação (ser saudável e natural);
- Estar presente, viver o agora;
- Praticar atividades físicas;
- Ouvir músicas relaxantes;
- Viver com presença e total auto observação;
90
- Filtrar as impressões e informações que entram na mente através dos

cinco sentidos, nos afetando negativamente;
- Abastecer corpo, mente e emoções com o que promove equilíbrio;
- Ter uma vida com mais propósito.
91
MUDRAS:
Fonte da imagem: https://www.thespruce.com/buddha-hand-gestures-1275278
Vinda do Sânscrito, essa palavra significa “gesto das mãos”, mas

literalmente significa “selo” e está presente nos Vedas desde 5000 anos atrás.
Os mudras são usados para enviarem energias para o cérebro, em áreas

específicas, fazendo uma conexão direta entre o corpo e a mente, por meio dos
sistemas endócrino e nervosos simpático e parassimpático.
Os mudras mais conhecidos são feitos com as mãos, mas eles também
podem ser realizados com a mente, os pés, a boca, os olhos ou com todo o
corpo.
Seus efeitos fisiológicos e psíquicos proporcionam saúde psicossomática,

equilíbrio dinâmico e harmonia interna.
Cientificamente, por meio das terminações nervosas das mãos, os

mudras influenciam os reflexos inconscientes e os comportamentos instintivos
que são controlados por áreas primitivas do cérebro.
92
Muito usados no Yoga, pois fazem reverência a vários aspectos das

divindades hindus e da natureza, além de canalizar energia e equilibrar os
chakras.
Os mudras são usados para unificar a dualidade, ou seja, a consciência

individual com a cósmica, o prana solar ao lunar e a matéria ao espírito.
Segundo o Yoga, a saúde plena ocorre devido a sintonia do ser individual

com o Universo e os mudras são uma ferramenta para esta sintonia, pois
funcionam como um canal de energia.
Os nomes dos mudras são dedicados a deuses e deusas, representando

qualidades internas e externas a nós. Cada divindade simboliza uma energia
para melhora da vida, mente e consciência.
Os mudras se relacionam com os cinco elementos da ayurveda e cada

dedo representa um desses elementos:
- Dedo mínimo: água (mobilidade e adaptabilidade);
- Dedo anular: terra (solidez e aterramento);
- Dedo médio: éter (expansão e abertura);
- Dedo indicador: ar (energia em movimento);
- Dedo polegar: fogo (sol, energia pura).
93
Fonte da imagem: https://yogaemcasa.net/2018/12/28/desvendando-as-mudras-os-gestos-do-yoga/
Os mudras podem ser aprimorados com a respiração, ela é peça

importante. A postura deve ser simétrica e com os braços levemente afastados
do corpo, para que induza ao equilíbrio e harmonia interior.
Fazê-los de 5 a 45 minutos por dia, ou seja, quanto mais prática a pessoa

tiver, mais tempo fará. Não fazer muitos mudras conjuntamente, pois senão cria-
se um excesso de estímulos.
Podem ser feitos em várias posturas, sendo em pé, sentado, deitado ou

postura de meditação, mas o ambiente dever ser silencioso e agradável.
Tranquilize a mente e tenha uma respiração consciente, aprofundando-a

para iniciar a prática e então fique atento às sensações internas enquanto faz os
mudras. Esteja presente.
A seguir, alguns mudras:
94
- Anjali Mudra (Mudra da Gratidão):
As duas mãos se unem, palma com palma, na altura do coração. É o

movimento usado junto com a palavra namastê para reverência, para Saudação
ao Sol e para execução de alguns asanas.
Fonte da imagem: arquivo pessoal da autora
95
- Jnana Mudra (Mudra para Ansiedade):
Palmas das mãos voltadas para cima, dedos mínimo, anular e médio
estendidos. Dedo indicador e polegar encostam suas pontas um contra o outro,
formando um círculo.
Proporciona aumento da concentração, melhora do humor, do sono e

diminuição do estresse e ansiedade.
96
- Kali Mudra (Mudra da Purificação):
Mãos unidas, dedos entrelaçados, exceto os indicadores que estão

apontando para cima.
Usado para a purificação.
97
- Padma Mudra (Flor de Lótus):
Juntar os punhos, deixar as mãos abertas com as palmas afastadas uma

da outra, todos os dedos estendidos e somente os dedos mínimos que se tocam
um contra o outro, assim como os polegares.
Usado para abrir o coração sutil, diminuir a tensão e expande a caixa

torácica.
98
- Matangi Mudra (Harmonia):
Juntar as mãos, entrelaçar todos os dedos, exceto os dedos médios que

ficam estendidos e com suas extremidades tocando uma na outra.
Usado para energizar a área do plexo solar e melhorar a autoestima.
99
- Prana Mudra (Prana da Vida ou Energia Vital ou Respiração):
Dedos indicador e médio estendidos e separados e dedos anular, mínimo

e polegar tocando um contra o outro por suas extremidades.
Ajuda a expandir os pulmões e facilita o trabalho do sistema respiratório.
100
- Mandala Mudra (Integração):
Pousar os quatro dedos da mão direita sobre os quatro dedos da mão

esquerda. Unir as pontas dos polegares um contra o outro, de forma que se faça
um círculo.
Facilita a integração com o Universo.
101
- Kini Mudra (Equilíbrio da glândula pituitária):
Unir as pontas de todos os dedos, mas de forma que os indicadores,

médios e anulares fiquem estendidos e unidos e os mínimos e polegares fiquem
lateralizados e afastados dos demais.
102
- Uttarbodhi Mudra (Auto Fortalecimento):
Junte as palmas, entrelace os dedos, exceto os indicadores e polegares

que ficarão estendidos. Indicadores se unem para cima e polegares se unem
para baixo. Indicadores e polegares são encostados contra o esterno (parede
anterior do tórax).
Ativa o timo, aumenta a autoestima e melhora o sistema imunológico.
103
- Apana Mudra (Digestão):
Palma voltada para cima, dedos indicador e mínimo ficam estendidos.

Dedos anular e médio tocam suas extremidades contra a extremidade do
polegar, formando um círculo.
Estimula e facilita a digestão e equilibra a eliminação.
104
- Karkata Mudra (Equilíbrio Sexual):
Palmas das mãos voltadas para a direção do tronco, entrelaçar todos os

dedos. Estimula os canais de energia sexual, equilibra o sistema glandular e
melhora a concentração.
105
- Vayu Mudra (Mudra do Ar):
Palma voltada para cima, estender dedos mínimo, anular e médio, fletir o
dedo indicador sobre a palma e fletir o polegar sobre o indicador segurando-o
contra a palma.
Controla mentes inquietas e nervosismo. Relaxa a musculatura, acalma a

voz tensa e harmoniza as energias naturais do corpo.
106
- Shunya Mudra (Vazio do Céu):
Palma aberta, dedos indicador, anular e mínimo estendidos, dedo médio

fletido sobre a palma e polegar fletido sobre o médio, segurando-o contra a
palma.
Reduz dor de ouvido e lacrimejamento.
Abre o chakra do coração e ajuda na meditação.
107
- Surya Mudra (Mudra do Sol):
Palma aberta, dedos indicador, médio e mínimo estendidos, dedo anular

fletido sobre a palma e polegar fletido sobre o anular, segurando-o contra a
palma.
Ajuda a controlar o peso e obesidade, a temperatura e melhora a visão.

Para perda do apetite, indigestão, tremores, frio corporal total ou de membros.
108
- Varun Mudra (Mudra da Água):
Palma aberta, dedos indicador, médio e anular estendidos, dedo mínimo

e polegar tocam suas extremidades uma contra a outra, estando os dois também
estendidos.
Auxilia na hidratação da pele e na clareza mental. Incentiva a

comunicação fluida e equilibra a água do corpo.
109
- Ling Mudra (Mudra de Calor):
Junte as palmas e entrelace os dedos. Somente o polegar direito que

deverá ficar estendido para o alto.
Cria calor no corpo, provocando inclusive sudorese. Auxilia em doenças

respiratórias.
110
- Bhu Mudra (Conexão com a terra):
Dedos indicador e médio unidos e estendidos e tocando o chão. Dedos

anular e mínimo fletidos sobre a palma e polegar fletidos sobre os dois.
Promove segurança.
111
- Svadhistana Mudra:
Mão direita abaixo do umbigo e mão esquerda afastada do corpo com a

palma voltada para cima.
Essa posição promove o recebimento da energia curativa do Universo,

nutre o segundo chakra e aumenta a sensação de bem-estar.
112
- Garuda Mudra:
Entrelaçar somente os polegares, palmas das mãos deverão ficar voltada

para o tronco e com a direita na frente do peito e todos os demais dedos
estendidos (mãos como no símbolo da pomba da paz).
Expande a voz e a intuição. Facilita a caminhada espiritual.
113
- Kundalini Mudra:
Punhos cerrados (mãos fechadas), dedo polegar esquerdo dentro da mão

direita, a qual estará acima da mão esquerda. Colocar as mãos de encontro ao
abdome.
Desperta a energia sexual sagrada, que é a que nos dá vontade de viver.
114
- Apana Vayu Mudra (Mudra do Coração):
Com a mão levantada ao lado do corpo, na altura do ombro, palma voltada

para frente, dedo mínimo estendido, dedos anular, médio e polegar se unem
pelas extremidades e o dedo indicador se flete passando pelo círculo que se
forma com a união desses três dedos, ficando sobre a palma e encostando na
base do polegar.
Estimula a cura do coração.
115
- Dharmachakra Mudra (a Roda do Dharma):
Dedos médio, anular e mínimo das duas mãos se estendem. Dedos

indicador e polegar se unem um contra o outro pelas extremidades. Mão direita
com a palma voltada para cima. Mão esquerda voltada para baixo. Extremidade
do indicador e polegar esquerdo (unidos) se encontram com a extremidade do
dedo médio direito, se unindo. Mãos na altura do peito.
Representa a passagem desse mundo para o mais além, morte e

nascimento. A mão esquerda representa o coração e o mundo interior do ser. Os
dedos da mão direita representam o ambiente exterior do ser. Interior e exterior
devem estar em harmonia para haver felicidade.
116
MESTRES DO YOGA:
Foram entre tantos, os principais mestres do Yoga:
1 – Swami Sivananda (1887-1963):
Fonte da imagem: http://jardimdosmestres.com.br/swami-sivananda/
Com formação em medicina e estudioso de muitas religiões.
Viveu como monge e sábio e escreveu à mão mais de 200 livros sobre
Yoga, filosofia e vedanta. Sua prática de asanas e orações eram diárias.
Compartilhou com seus livros, ensinamentos sobre amor, purificação e

meditação.
Criou a Divine Life Society, que teve filiais mundiais, tendo muita influência
sobre o ocidente quanto ao Yoga. Seu discípulo nessa região foi Swami Vishnu
117
– Devananda, no ano de 1957, mas tem vários discípulos de diversas

nacionalidades, religiões e credos.
Swami Sivananda prestou grande serviço à humanidade, vendo Deus em

todos os seus.
Nasceu no Sul da Índia em setembro de 1887. Serviu aos pobres na

Malásia como médico. Distribuía alimentos e livros gratuitamente.
Chegou a ter boa posição social, dirigindo dois hospitais, mas renunciou
a tudo e então dedicou sua vida a meditação, mas continuou atendendo aos
pobres em uma pequena clínica própria. Para ele, qualquer trabalho era sagrado.
Seu lema: serve, ama, doa, purifica-te, medita e realiza-te.
Ensinava o Yoga de síntese, ou seja, a junção de todos os Yogas.
118
2 – B. K. S. Iyengar (1918-2014):
Fonte da imagem: https://pt.wikipedia.org/wiki/B.K.S._Iyengar
Apelidado de “Michelangelo do Yoga” e “Rei dos Yoguis”.
Fundou o Iyengar Yoga e escreveu o manual Light on Yoga (Luz no Yoga).

Conhecido como bíblia do Yoga. Esta técnica faz uso de acessórios para
aperfeiçoar a prática dos asanas.
Usava o Yoga para tratar condições médicas, baseado na ciência.
Com 90 anos de idade, ainda fazia práticas de concentração, meditação

e consciência com as asanas e pranayamas. Trouxe a verdadeira prática
espiritual para o Yoga.
119
3 - Pattabhi Jois (1915 – 2009):
Fonte da imagem: https://samatvayoga.com.br/aulas-de-yoga/jois-1/
Praticante desde os 12 anos de idade, refinou a prática dos asanas, foi

professor no Sanskrit College (Escola de Sânscrito). Ensinou e estudou por 30
anos o Ashtanga Yoga e criou o Ashtanga Yoga em Mysore, Índia.
Foi professor até 2009, mantendo sempre a integridade dos ensinamentos

tradicionais antigos.
120
4 – Tirumala Krishnamacharya (1888 – 1989):
Fonte da imagem: https://www.kym.org/
Professor de Yoga e terapeuta ayurvédico na Índia. É tido como o pai do

Yoga Moderno.
Espalhou pela Índia os benefícios espirituais, físicos e psíquicos do Yoga

e mostrava em suas palestras, como parar os batimentos cardíacos por meio da
respiração.
Reviveu o Hatha Yoga Clássico:
Foi guru de quatro grandes mestres que disseminaram o Yoga postural

pelo mundo no século XX: Indra Devi (1899 – 2002), Sri K. Pattabhi Jois (1915 –
2009), BKS Iyengar (1918 – 2014) e TKV Desikachar (1938 – 1993).
121
5 – Swami Vishnu – Devananda (1927 – 1993):
Fonte da imagem: https://en.wikipedia.org/wiki/Vishnudevananda_Saraswati
Difundiu a prática do Yoga no Ocidente, chegando em 1957 em San

Francisco e percorreu todos Estados Unidos, disseminando a prática.
Grande exponente mundial do Raja e Hatha Yoga.
Para o Ocidente, sintetizou a sabedoria Yoga em cinco tópicos, para se

ter vida longa e saudável relaxamento adequado (savasana); exercício
adequado (ásanas); respiração adequada (pranayamas); alimentação adequada
pensamento positivo e meditação. Trata-se do método Sivananda.
122
6 – Sri Aurobindo (1872 – 1950):
Fonte da imagem: https://theprint.in/features/sri-aurobindo-a-staunch-nationalist-who-turned-into-a-philosopher/158790/
Nascido na Índia se tornou o mestre do Yoga Integral. Após estudar na

Inglaterra, voltou à Índia lutando pela libertação de seu povo do domínio inglês.
Foi professor, jornalista, político e escritor. Na prisão, devido sua luta,

despertou para a realidade divina na terra. Ao ser solto, viveu na sua busca
interior.
O Yoga Integral não busca atingir o nirvana, mas uma mudança de vida e
existência.
O Yoga Integral foi materializado juntamente com sua companheira

espiritual, Mira Alfassa em 1914.
Tem como objetivo principal a Perfeição Divina, em um corpo divinizado,

vivendo a vida cotidiana, transcendendo o ego individual.
Sua frase mais famosa é: a vida toda é Yoga.
123
7 – Mira Alfassa – A Mãe (1878):
Fonte da imagem: http://sayfna.org/aboutthemother.html
Dedicou-se ao desenho, música, pintura e esportes. Vivia a procura de

Deus, da Verdade, da Unidade.
Numa viagem à Índia conheceu Aurobindo, o qual se tornou seu mestre.
Criou escolas e creches e cuidava de todos, inclusive de seu mestre, por

isso o nome de Mãe. Após a morte de Aurobindo, continuou trabalhando em seus
projetos.
Escreveu pouco. Seu tempo era para viver, dar e ser. Se dedicava a todos
os tipos de trabalhos na comunidade. Todo tipo de assunto chegava à Mãe.
Tinha um grande poder de união.
124
8 – Swami Vivekananda (1863 – 1902):
Fonte da imagem: https://www.magzter.com/article/Culture/The-Vedanta-Kesari/Bishop-John-J-Keane-In-Defense-Of-

Swami-Vivekananda
Fundador da Ordem Ramakrishma. Afirma que todas as religiões são

verdadeiras e que por meio delas, pode-se encontrar a libertação.
Tornou-se monge após a morte de seu guru e depois viajou para a

América do Norte propagando o Yoga e o pensamento não dualista.
125
9 – Maharishi Kartikeya:
Fonte da imagem: https://www.kundalini-yoga.ch/?page_id=388
Mestre tântrico percursor do Dakshina Trantra Yoga. Viveu nos Himalaias

até o início do século XX.
Grande mestre Yoga, dedicou-se ao bem-estar da humanidade,

proporcionando às pessoas estabilidade e pureza mental.
126
10 – Ramana Maharshi (1879 – 1950):
Fonte da imagem: https://mooji.org/news/70th-mahasamadhi-of-sri-ramana-maharshi
Nascido na Índia, recomendava a auto investigação (vichara) como

prática espiritual, que visava interrogar “quem sou eu?” A resposta deve vir como
uma intuição.
127
11 – Paramahansa Yogananda (1893 – 1952):
Fonte da imagem: https://www.yogananda-

srf.org/NewsArchive/2020/Paramahansa_Yogananda_sobre_o_Amor_Divino.aspx
Nascido na Índia, ensinava Kriya Yoga, que consiste numa técnica de

respiração (pranayama) para elevação da consciência.
Um dos primeiros a sair da Índia para levar o Yoga aos Estados Unidos
(1920), onde morou até a morte. Acreditava que essa era sua missão. Acredita-
se que ele ensinou Yoga a mais de 100.000 estudantes nos Estados Unidos.
Escritor de vários livros, entre eles foi a Autobiografia de um Yogui, Onde

Existe Luz, A Paz Interior, Máximas de Paramahansa Yogananda, Ciência da
Religião, Como Conversar com Deus, A Lei do Sucesso, Viver Sem Medo, No
Santuário da Alma e A Yoga de Jesus (para ele, Jesus conhecia e ensinou Yoga
para seus discípulos mais próximos).
128
12 - Professor Hermógenes:
Fonte da imagem: http://www.famososquepartiram.com/2015/03/professor-hermogenes.html
Nascido no Rio Grande do Norte, em 1921, foi um dos pioneiros do Yoga

no Brasil. Criou a Academia Hermógenes no Rio de Janeiro.
Grande divulgador da técnica no Brasil, faleceu aos 94 anos, em 2015.
Autor de muitos livros que influenciaram brasileiros e estrangeiros.
Alguns livros: Auto Perfeição com Hatha Yoga, Yoga para Nervosos,
Saúde Plena com Yogaterapia, O que é Yoga, Setas no Caminho de Volta, Yoga
Paz com a Vida, Saúde na Terceira Idade e Yoga Caminho para Deus.
129
MEDITAÇÃO:
Fonte da imagem: https://blog.cenatcursos.com.br/conhecendo-os-poderes-da-meditacao-e-suas-aplicacoes-na-

saude-mental/
A meditação é algo que anda junto com o Yoga, permitindo o

conhecimento do corpo e melhor entendimento da mente e sentimentos.
A meditação permite um descanso profundo que chega a ser mais

benéfico que o próprio sono.
A meditação foi inserida no Yoga para que o aluno focasse no corpo e nos
movimentos, assim como na respiração, de modo a manter uma harmonia,
inclusive emocional.
O conjunto auxilia no emagrecimento, sistema imunológico e diminuição

da pressão arterial, do estresse, dores crônicas e da ansiedade. Ajuda a superar
a depressão e os vícios.
Além disso, a meditação muda a fisiologia celular, melhorando seu

funcionamento devido a energia que a preenche. Causando alegria, entusiasmo,
paz, estabilidade emocional, diminuição das angústias e melhora da relação com
o eu. Também melhora a concentração.
130
Yoga e meditação não são uma única coisa, mas sim complementares
entre si, sendo um o objetivo do outro, pois quando o Yoga é corretamente
praticado, ele já promove, automaticamente, uma meditação. Além disso, os dois
podem existir separadamente, mas a prática de Yoga que não leva o indivíduo à
meditação, não é uma prática completa.
Yoga tem como objetivo o estado meditativo da mente, mas a meditação,

nem sempre precisa do Yoga como caminho.
Dhyana (meditação) pode ser usado para designar o exercício de

meditação e também o estado de consciência gerado pelo exercício.
O sábio hindu Ramkrishma, comparou a mente humana a um macaco, ou

seja, extremamente inquieta e essa mente racional, inquieta, bloqueia nossa
intuição, por isso a necessidade de aquietá-la. Este “macaco” é o maior
obstáculo para a meditação.
Meditação não tem ligação com qualquer religião. Qualquer pessoa pode
meditar. Só é necessário um local que permita a concentração.
Não se aprende a meditar em livros, só se aprende com a prática.
Para iniciar a meditação: encontre um momento adequado e um local

calmo; defina um tempo para a prática (de 5 a 20 minutos); a posição deve ser
confortável (preferencialmente sentada com as pernas cruzadas, para que não
adormeça); palmas das mãos viradas para cima, uma sobre a outra, sobre os
joelhos; controle a respiração, tornando-a consciente; permita-se não controlar
a mente; concentre-se no momento presente e esqueça os problemas; desligue
o celular; pode acender velas aromáticas ou incensos para relaxar; coloque uma
música relaxante; feche os olhos; pode usar uma imagem mental como processo
meditativo, como por exemplo, imaginar o Sol entre as sobrancelhas e boa
meditação.
131
RAMOS DO YOGA:
- Yoga Clássico:
1 – Hatha Yoga (Yoga do domínio físico)
2 - Raja Yoga (Yoga da meditação)
3 – Karma Yoga (Yoga da ação)
4 – Bhakti Yoga (Yoga da devoção)
5 – Jnana Yoga (Yoga da sabedoria)
6 – Tantra Yoga (Yoga da energia)
7 – Mantra Yoga (Yoga do controle da mente)
- Outros tipos de Yoga:
1 – Yantra Yoga
2 – Kundalini Yoga
3 – Kryia Yoga
4 – Purna Yoga ou Yoga Integral
5 – Vitya Yoga
6 – Laya Yoga
7 – Gnana Yoga
8 – Iyengar Yoga
132
9 – Vinyasa Yoga
10 – Ashtanga Yoga
11 – Bikrana Yoga ou Hot Yoga
12 – Power Yoga
13 – Acro e Aero Yoga
14 – Dance Yoga
15 – SUP Yoga
16 – Sivananda Yoga
17 – Ananda Yoga
18 – Yoga Restaurativa
1 – Hatha Yoga: foca no desenvolvimento físico como principal objetivo.

Utiliza exercícios de concentração, equilíbrio, respiração e meditação. Busca
alcançar a saúde e espiritualidade. Ideal para se obter uma mente pacífica, a
longevidade e um corpo saudável, forte e flexível, mas não desperta níveis
superiores de consciência.
Os asanas utilizados beneficiam o sistema biológico, por meio de técnicas

psicossomáticas.
Quatro componentes do Hatha Yoga:
– Asanas (posições corporais feitas de forma lenta e suave para canalizar

energia e não para gastar);
– Pranayamas (técnicas respiratórias);
– Relaxamento corporal;
133
– Atitude mental.
É o mais conhecido tipo de Yoga, mas no ocidente a maioria das pessoas

o praticam de forma errada, visando apenas os benefícios físicos, deixando
assim, de ser um Yogi.
O relaxamento proporcionado, prepara o praticante para o Raja Yoga, que

é praticado após ou durante o Hatha Yoga, visando a iluminação do ser.
Ha, significa sol e tha, lua. No Hatha há a busca do equilíbrio das forças
do sol e da lua, do masculino e feminino, direito e esquerdo, matéria e espírito,
que é conseguido através do corpo, ao invés da mente e emoções.
Praticantes acreditam que se o corpo físico não está preparado, é

impossível alcançar níveis elevados de concentração, meditação e êxtase.
Hatha é muitas vezes descrito como o Yoga da força de vontade,

propondo o uso do amor, ação e conhecimento pra alcançar a disciplina para
experimentar a Unidade, mas sem imposições.
Foi introduzida na Índia no século XV, por Yogui Swatmarama. É o mais

indicado para iniciantes e pode ser praticado por vários tipos de pessoas e
idades, desde que não tenham contraindicações absolutas. Seus pontos altos
se dão no controle da respiração.
2 – Raja Yoga: foca predominantemente o controle da mente e sentidos,

com práticas de concentração e meditação.
Seu significado é Real e ensina a buscar a verdade do seu interior, por

isso é indicada para quem busca ter disciplina.
É a prática suprema, integral, a síntese dos Yogas. Tem como objetivo a

comunhão com Deus, a iluminação.
134
Promove bem-estar físico, mental, força de caráter, despertar dos poderes

divinos do ser e aproximação com seres de luz.
Existem éticas a serem seguidas para atingir o estágio de pura

consciência:
– Yama - conduta moral, refreamentos: não violência (Ahimsa), verdade

(Satya), não furtarás (Asteya); continência (não exagerar – Brahmacharya) e não
possessividade (não-apego – Aparigraha).
– Niyama – disciplina, observâncias: purificação (Saucha), contentamento

(Santosha), esforço sobre si (autodisciplina – Tapas), estudo de si mesmo
(Swadyaya), consagração (auto entrega – Ishwara Pranidhana).
– Asanas: posturas corporais, com movimentos suaves para canalizar

energia
– Pranayama: controle respiratório
– Pratyahara: retraimento dos sentidos, libertação da mente do domínio

dos sentidos e dos objetos exteriores
– Dharana: concentração, fixação de atenção
– Dhyana: meditação
– Samadhi: contemplação, êxtase, transcendência, estado de consciência
3 – Karma Yoga: serviço altruísta aos outros. Realizar ações sem apego
ao retorno da ação. É a ação desinteressada.
A presente situação é baseada em suas ações passadas. Está colhendo

um futuro livre de negatividade e egoísmo.
Muda sua atitude com o bem, altera sua alma e seu destino.
135
Seu significado é agir, fazer.
Ação, Reação, Liberdade. Renúncia progressiva do objeto da ação. Se

despega das ilusões da terra. Ir ao encontro dos acontecimentos. Tornar sua
ação uma boa ação.
A ação reta gera bom Karma. Leva o Yogui a ser uma pessoa de bom
coração e equilibrada.
Yoga da ação auto transcendente. Influencia o destino de forma positiva.
Quando falamos ações, nos referimos às corporais, vocais e mentais.
Caminho incondicional de serviço à criação de Deus em nome da alegria.
4 – Bhakti Yoga: caminho da devoção pelo constante amor, reflexão e o

servir. Fé, devoção a Deus, a vida e a Natureza. Gratidão. É o caminho do
coração. Supremo apego ao senhor.
É o mais praticado na Índia.
É o desenvolvimento de amor e aceitação de uma pessoa para todas as

coisas. Caridade e reconciliação. Conduz a libertação e salvação das misérias
humanas e do ciclo das reencarnações compulsórias.
Segue a linha do Cristianismo, Judaísmo, Maometismo e outros sistemas

dualistas.
Remove a inveja, o ódio, a luxúria, a ira, o egoísmo, orgulho,

aborrecimentos, ansiedades, medos, tormentos mentais. Êxtase Divino, bem-
aventurança, paz e conhecimento.
Não é necessário ser monge para praticá-lo. O que o caracteriza é o

recolhimento interno.
136
O praticante é vegetariano, pois vê Deus em toda criação. Pratica

indiretamente o Karma Yoga.
Inclui práticas como oferendas de flores, hinos de louvor e pensar sobre

o ser divino.
5 – Jnana Yoga: caminho da sabedoria e do estudo. Lida com a mente e

se concentra na inteligência do homem.
Unifica sabedoria e intelecto para superar limitações. Acredita que uma

mente aberta e racional é crucial para o saber do espírito.
Significa conhecimento. O praticante sempre investiga a verdade. É o

mais difícil ramo do Yoga, apesar de se basear somente em estudo.
Aprende sobre discernimento e aplica na vida real. Ouve e reflete sobre

todos ensinamentos para atingir a sabedoria.
Não aceita o abstrato. Para os praticantes, a realidade é singular.
Refinamento da compreensão. Busca da sabedoria dentro de cada

experiência.
Confia profundamente no poder da mente para revelar as maiores

qualidades do coração.
6 – Tantra Yoga: ligado ao domínio das energias latentes, sutis do ser

humano.
Usa experiências virtuais do que é sagrado. O sexo faz parte (entre o

casal), mas não é tudo.
Necessita de pureza, humildade, devoção, dedicação ao seu guru, amor

cósmico e veracidade para ser um tantra yogui.
137
É o Yoga dos chakras, principalmente o básico.
Despertar da serpente, libertar a energia sexual adormecida no cóccix é

a função do Tantra Yoga. Essa serpente quando desperta, sobe até o chakra
coronário.
É um caminho de controle e domínio da energia vital. Na verdade, o Tantra

até dá preferência a uma vida celibatária. Ensina a ver a magia em todas as
coisas, transformando o mais simples em cerimônias, vendo o divino em todas
ações.
É um ramo complexo e mal compreendido no Tantra original, o sexo não

é uma prática regular na maioria das escolas. Há uma banalização desse Yoga
em muitos locais.
É uma disciplina espiritual rigorosa com rituais complexos e visualizações

detalhadas de divindades. Invocam-se deidades para auxiliar o yogui no
processo de contemplação.
7 – Mantra Yoga: Yoga dos sons internos e externos. Poderosos sons que
movem as energias psíquicas e fisiológicas.
Mantra é o instrumento do pensar.
Esse ramo do Yoga estuda as vibrações sonoras e a vocalização. São

sons místicos e sagrados que despertam a consciência. Liberam a mente para
que a pessoa perceba que já é o que procura.
Equilibra a personalidade para enfrentar limitações. Desperta o que está

adormecido na pessoa. Aprende a não lutar ou se envolver nos pensamentos.
Outros:
138
1 – Yantra Yoga: um dos sistemas mais antigos. É uma série de posições

e movimentos que combinados com a respiração consciente, ajudam a
coordenar e harmonizar a energia pessoal.
Parecida com Hatha Yoga, mas difere em sua aplicação, que contém sete
fases de movimentos que acompanham as sete fases da respiração.
Associa a concentração com figuras geométricas que são visualizadas

mentalmente. É um processo difícil e prolongado.
2 – Kundalini Yoga: chegou ao ocidente em 1969, pelo mestre yogi

Bhajan. Era muito usada para recuperar viciados em drogas.
Usada para despertar a consciência por meio de asanas, mantras,

técnicas de respiração, contrações e relaxamentos. Visa o alinhamento
espiritual.
Também conhecida como Yoga da consciência. Trabalha a energia vital

interior, percorrendo todos os chakras, de baixo para cima, equilibrando todos
os sistemas do organismo. Promove bem-estar físico e emocional e equilíbrio
entre o corpo físico e mental.
3 – Kryia Yoga: é a atividade ou movimento da consciência. É uma prática

preliminar ou final para criar despertar da consciência.
Kryia Yoga significa atividade de circulação. Existem cerca de 70 Kryias,

mas somente 20 são comumente conhecidos.
São técnicas que aceleram o desenvolvimento espiritual e ajudam

alcançar um estado profundo de tranquilidade e comunicação com Deus e com
o próprio Eu Superior.
139
4 – Purna Yoga: de Sri Aurobindo, é um conjunto de técnicas para

alcançar o Samadhi, fim último do Yoga. É passado de mestre para discípulo.
Purna significa completa. Integra várias modalidades do Yoga e foram

adaptados a nossa cultura, com resultados surpreendentes.
Usa posturas, exercícios de respiração, serviço abnegado, meditação,

exercícios, cânticos e oração.
5 – Vitya Yoga: é o antigo Raja Vidya Yoga. Trazido ao Brasil por Shri
Swami Vyaghrananda, em 1960. Transmite o conhecimento de mestre para
discípulo.
Significa conhecimento, verdade e ciência.
6 – Laya Yoga: controle da natureza mental. Acredita-se que pode

controlar as funções físicas e psíquicas e eliminar traumas, angústias, depressão
e fobias.
Usa relaxamento, música, autossugestões, mantras, respiração para

diminuir a frequência cardíaca para permitir a manifestação do Espírito Divino.
7 – Gnana Yoga: comunhão com Deus pela Verdade e Sabedoria. Usam

austeridades, ética de conduta, estudos e meditação para compreensão da
Divindade, da Sua manifestação cósmica e do destino das pessoas. É o caminho
do Budismo Clássico.
8 – Iyengar Yoga: promove força, flexibilidade, resistência e equilíbrio. Por

meio da respiração coordena posturas que exigem alinhamento corporal.
140
Usam acessórios para auxiliar na prática, como blocos, cintos, cordas e

almofadas.
É uma das que mais proporcionam consciência corporal e correção

postural.
Praticar sozinho é difícil. É necessário o acompanhamento de um

profissional para fazer as correções.
9 – Vinyasa Yoga: usa a progressão fluida das posições e a diminuição

do número de respirações por minuto.
É uma prática leve e a respiração é o coração da prática. Ela é

desestressante e diminui tensões físicas. Promove consciência mental e física,
concentração e resistência física.
A sequência de exercícios não é pré-estabelecida. São movimentos

rítmicos, com meditação.
10 – Ashtanga Yoga: purificação do corpo e da mente utilizando

observância religiosa, postura, contenção da respiração, estado de
supraconsciência, meditação, concentração, abstração dos sentidos e auto
disciplina.
Pode ser guiada ou no próprio ritmo do praticante. São seis séries de

posturas. Só avança para a série seguinte quando dominar todas as posturas da
anterior.
São posturas mais difíceis. É necessário disciplina e gostar de desafios

físicos.
141
11 – Bikram Yoga ou Hot Yoga: inclui força muscular, resistência,

flexibilidade e perda de peso.
O diferencial é que são realizadas em salas muito quentes

(aproximadamente 40º), com isso, favorece a desintoxicação, a circulação
sanguínea, previne doenças e lesões, estimula a determinação e paciência,
autocontrole, autoconfiança, entre outros.
Cerca de 90 minutos de aula com asanas e respirações.
Contraindicada para gestantes, alterações da pressão sanguínea e

menores de 12 anos. Cuidado com quedas de pressão e desmaios. Hidratar
bastante e respeitar limites.
A ideia surgiu devido as condições climáticas na Índia.
12 – Power Yoga: há controvérsia na sua origem. Não se sabe ao certo

se surgiu do Hatha Yoga ou Ashtanga ou Vinyasa.
Com elementos que divertem a prática. Os movimentos são intensos e

vigorosos. Usa acessórios como pesos e cordas e música.
Respiração é primordial, de forma controlada não existe uma sequência

fixa de exercícios.
Exige força física, dinamismo e consciência corporal.
13 – Acro ou Aero Yoga: Acro é Yoga com movimentos acrobáticos. É

mais avançada e praticada em dupla.
Aero Yoga usa tecidos acrobáticos pendurados no teto.
142
14 – Dance Yoga: dividida em sete partes, sendo duas para os chakras e

cinco para os elementos naturais.
A música cria conexão do praticante com o corpo. É uma prática

libertadora e relaxante.
15 – SUP Yoga:
SUP – Stand up paddle
É uma técnica de Yoga praticada no mar sobre grandes pranchas.
É difícil devido ao componente do desequilíbrio.
16 – Sivananda Yoga: combina posturas, respiração, restrição alimentar,

cânticos, estudos de textos, meditações e relaxamentos.
17 – Ananda Yoga: posturas suaves para mover a energia até a mente e

preparar o corpo para a meditação.
18 – Yoga Restaurativa: método terapêutico para o relaxamento físico,

mental e emocional. Há o uso de blocos e cobertores.
143
DICAS PARA CRIAR UMA AULA DE YOGA (Hatha Yoga):
Lembrando que nos baseamos nas aulas de Hatha Yoga, que são as mais
comuns no Brasil.
- Primeiro importante passo: conheça seu aluno. Questione sobre suas

limitações, suas doenças, seu hábito com atividades físicas e tudo que achar
que pode interferir em sua prática. As aulas são em grupo, mas as
individualidades devem ser respeitadas.
- Cuidado com lesões.
- Dê um tema para sua aula e crie exercícios ligados a ele. Exemplo:

ganho de flexibilidade, eliminar ansiedade, ganho de força em coluna vertebral,
entre outros.
- Após escolher o tema, faça um plano de aula com exercícios variados.
- Tente alinhar a energia do seu grupo, para que ninguém se sinta deixado
para trás.
- Divida a aula em quatro etapas: respiração, aquecimento, postura,

relaxamento.
- Treine suas próprias aulas. Seja seu próprio aluno. Não improvise.
- Crie uma sequência adequada de asanas, lembrando que podem haver

vários movimentos dentro de uma mesma postura, sequenciamento de uma
postura para outras da mesma família e sequenciamento de uma família de
posturas para outra.
- Solicite sempre silêncio e imobilidade nas meditações.
- Estude sempre.
- Considere que:
144
- Posturas em pé alongam e tonificam as pernas, aumentam a

resistência cardiorrespiratória, dão confiança, resolução e equilíbrio. Promovem
estabilidade emocional e força. São boas preparações para flexões para frente
e para retroflexões.
- Flexões para frente são calmantes e tem um efeito de

resfriamento e não de força. Boas para casos de ansiedade. Melhoram a
digestão e a mente. Eliminam a fadiga e promovem sono tranquilo. Alongam as
pernas e relaxam a lombar.
- As retroflexões (dobrar para trás) são antidepressivas e

melhoram o humor. São revigorantes e promovem respiração profunda.
Desenvolvem coragem. Aumentam a flexibilidade da coluna e expande o tórax.
Promovem energia.
- As posturas invertidas (cabeça para baixo) aumentam a energia,

produzem tranquilidade e sensação de bem-estar. Como invertem a gravidade,
aumentam a circulação na cabeça. Tonificam órgãos internos e o sistema
endócrino.
- As torções aumentam a flexibilidade da coluna, alivia dores nas

costas, ombros e pescoço. Estimulam órgãos internos. Se feitas deitado
promovem relaxamento.
- Após as torções fazer asanas que deixem a coluna em posição

neutra.
- Equilíbrio com apoio das mãos fortalecem todo membro superior.

Com efeitos psíquicos como aumento da confiança, resolução nas atitudes, torna
o indivíduo destemido e proporciona equilíbrio durante os desafios da vida.
- O decúbito dorsal (deitar de barriga para cima) ajuda a realinhar

a coluna, abrir a pelve, firmar o abdome, alongar os músculos dos membros
inferiores e da lombar. Torções deitado tonificam abdome, ajudam nas
eliminações e no relaxamento.
145
- Não alterne repetidamente entre flexões para frente e retroflexões.
- Não é recomendado praticar uma sequência ativa ou posturas que

aquecem depois de posturas de resfriamento.
- Após uma sequência intensa de flexões para frente, pratique algumas

torções para equilibrar e soltar os músculos da coluna.
- Refrescar eficazmente após uma sessão ativa de retroflexões.
146
SUGESTÃO DE SEQUÊNCIA:
Esta poderá ser adaptada conforme o tempo disponível:
- Faça sempre um mantra inicial, preferencialmente os que invoquem a

paz. Fazê-lo por um ou dois minutos.
- Usar purificações como automassagem abdominal, exercícios para os

olhos ou purificação nasal por 3 ou 4 minutos.
- Sequência completa de asanas por cerca de 40 minutos.
- Pranayamas que podem ser feitos junto com a meditação no fim, durante
10 minutos.
- Mudra por 15 a 20 minutos.
- Yoganidra: 8 minutos de relaxamento consciente.
- Meditação: persevere numa técnica por 15 a 20 minutos.
- Mantra final por um ou dois minutos.
Para escolher os asanas, considere:
- Grupos posturais, para trabalhar o sistema musculoesquelético:
- Propriocepção e equilíbrio
- Flexibilidade articular
- Fortalecimento muscular
- Estabilização articular
147
- Alongamento ativo
- Alongamento passivo
- Alongamento assistido
- Relaxamento
- Ações da coluna vertebral: deve usar o princípio da compensação.

Sempre que fizer um movimento, outro oposto deve ser realizado, considerando:
- Tração
- Lateralização
- Torção
- Flexão
- Hiperextensão
- Posturas possíveis do corpo: usar todas as posturas para que o sangue

circule livremente pelo corpo, devido a ação da gravidade:
- Em pé
- Sentado
- Deitado
- Invertido
148
SURYA NAMASKARA OU SAUDAÇÃO AO SOL:
Tem como significado saudar a energia curativa que gera movimento,

expansão e pulsação em todo planeta. Desejo de vida nova quando um novo
ciclo se inicia.
É um ritual que representa uma oração que fazemos com o corpo para
honrar ao Sol, não só o físico, mas também o Sol interior, a nossa Luz.
Trata-se de uma sequência de posições realizadas uma após a outra, em

harmonia, num único exercício. Elas se conectam através do ritmo da respiração,
gerando atenção plena em todos os movimentos. Nos movemos de uma postura
para outra no intervalo de uma respiração, mas essa respiração é lenta,
profunda, sem esforço e nasal.
Essa tradição foi criada porque o Sol era chamado de Deus Sol e
meditavam e oravam ao amanhecer e entardecer porque acredita-se que esses
raios solares são carregados de energia (energia vital) que promovem a cura,
revitalização e iluminação. Trata-se de um agradecimento.
Especialistas dizem que 12 séries de Saudações ao Sol, correspondem a

288 posturas poderosas do Yoga em um intervalo de 12 a 15 minutos.
Vários são os benefícios:
- Desenvolvimento muscular
- Conecta respiração e movimentos
- Alongamento muscular
- Traz consciência corporal e respiratória
- Desintoxicação de órgãos internos
149
- Fortalece e libera tensões do corpo
- Mobilidade articular
- Aumenta a circulação sanguínea
- Aquecimento muscular
- Condicionamento cardíaco
- Proporciona energia geral
- Acalma e foca a mente
- Saúde para a coluna vertebral
- Reduz a letargia e agitação
- Estímulo para o sistema cardiorrespiratório
- Energiza todo o corpo
- Reequilibra os centros de energia (chakras)
- Purifica o corpo
- Equilibra os hormônios
- Foco no momento presente
- Acalma os pensamentos
- Melhora a flexibilidade e agilidade
- Ativa a intuição
- Promove digestão
- Expande a percepção de si e do mundo
150
- Fortalece os ossos
- Melhora a postura e equilíbrio
- Ajuda a perder peso
- Rejuvenesce o corpo e a mente
- Promove movimentos intestinais
- Alivia o estresse
Contraindicações (algumas delas, mas é importante uma correta

avaliação):
- Hérnia de disco
- Hipertensão
- Gravidez
- Dor intensa na coluna
Passo a passo da Surya Namaskara:
- Iniciar em pé, em uma extremidade do tapete de Yoga (não é um

acessório obrigatório para a prática, mas facilita por poder ser usado em
qualquer local e evita escorregamento nas posturas).
- Faça três respirações profundas: mãos se tocam na frente do peito

(palma com palma) e polegares tocam o peito.
- Na inspiração eleve os braços lateralmente ao corpo unindo as mãos no

topo da cabeça (braços estendidos). Olhe para os polegares. Haverá uma
inclinação posterior leve do tronco.
151
- Na expiração dobre o corpo para frente. Os braços descem lateralmente

ao corpo até as mãos se aproximarem de tocarem o chão (dependerá do seu
nível de alongamento).
- Na inspiração, leve a perna esquerda para trás (as mãos estão apoiadas
no chão e o joelho direito dobrado).
- Leve a perna direita para trás.
- Faça uma pequena pausa.
- Na expiração, apoie os joelhos no chão, encoste o peito no chão, entre

as duas mãos e encoste o queixo no chão (de forma que o tronco fique no chão
e os glúteos ao alto).
- As mãos ao chão na direção dos ombros (que estão ao chão) e cotovelos

apontando para trás.
- Coloque a testa no chão e estenda os membros inferiores (com a descida

dos glúteos).
- Na inspiração empurre o chão com as mãos e eleve o tronco estendendo

os braços.
- Gire os ombros para trás, com a intenção de projetar o peito para frente.
- Na expiração, sente nos calcanhares, mantendo as mãos no chão, os

braços estendidos e a coluna alongada.
- Na inspiração, fique em quatro apoios, ou seja, com as mãos e joelhos

apoiados no chão.
- Na expiração, firme as mãos no chão, eleve o quadril e mantenha os pés

no chão, como se fosse espreguiçar, mas sem tirar os apoios.
- Na inspiração coloque o pé esquerdo entre as mãos.
- Coloque o pé direito entre as mãos também.
152
- Leve o quadril para cima, deixando a cabeça para baixo (em pé).
- Abrace os membros inferiores (em pé).
- Na inspiração, levante os braços pela lateral do tronco e una as mãos ao

alto da cabeça com os braços estendidos.
- Na expiração, coloque as mãos unidas, palma com palma, na frente do

peito, com os polegares encostando no peito.
- Fazer toda a sequência novamente, iniciando com o pé direito, assim

toda a postura será feita inversa, no que se trata de membros inferiores.
Fonte da imagem: https://www.curaeascensao.com.br/topicos-inicial-

site/curaquantica/curaquantica_arquivos/curaquantica290.html
153
Fonte da imagem: https://www.universoyoga.net/pratica-de-surya-namaskar-ou-saudacao-ao-sol/
154
EXEMPLOS PRÁTICOS DE ASANAS BÁSICOS: Fotos do arquivo pessoal da

autora (proibida reprodução):
Vale mencionar que as posturas podem ter variações na forma de fazê-

las, pois existem vários graus de dificuldade dentro de uma mesma postura. Por
este motivo, poderão encontrar nas literaturas, posturas diferentes com o mesmo
nome.
VRKSASANA (POSTURA DA ÁRVORE):
155
156
TADASANA (POSTURA DA MONTANHA):
157
DANDASANA:
158
JANUSIRSASANA:
159
VIRABHADRASANA II (POSTURA DO GUERREIRO II):
160
161
BADDHA KONASANA:
162
UTTANASANA:
163
SAVASANA:
164
UTTHITA TRIKONASANA (POSTURA DO TRIÂGULO):
165
166
ADHO MUKHA SVANASANA (POSTURA DO CACHORRO OLHANDO

PARA BAIXO):
167
PASCHIMOTTANASANA (POSTURA DA PINÇA):
168
VIRABHADRASANA I (POSTURA DO GUERREIRO I):
169
170
UTTHITA PARSVAKONASANA:
171
172
HALASANA:
173
VAJRASANA:
174
ADHO MUKHA VIRASANA (POSTURA DA CRIANÇA):
175
176
ARDHA CHANDRASANA (POSTURA DA MEIA LUA):
177
UTKATASANA (POSTURA DA CADEIRA):
178
MALANASANA:
179
MATSYASANA (POSTURA DO PEIXE):
180
NAVASANA (POSTURA DO BARCO):
181
ANJANEYASANA (POSTURA CRESCENTE):
182
183
EKA PADA KAPOTASANA (POSTURA DA POMBA):
184
185
186
187
UTTHAN PRISTHASANA (POSTURA DO LAGARTO):
188
189
POSTURA DO GATO:
190
POSTURA DA VACA:
191
BUJANGASANA (POSTURA DA COBRA):
192
SETU BANDHASANA (POSTURA DA PONTE):
193
POSTURA DA PRANCHA:
194
KUNBAKASANA (POSTURA DE PRANCHA DINÂMICA):
195
196
SARVANGASANA (POSTURA DA VELA):
197
DHANURASANA (POSTURA DO ARCO):
198
USHTRASANA (POSTURA DO CAMELO):
199
FLEXÃO OU DOBRA PARA FRENTE:
200
BALANCEAMENTO DE MESA:
201
202
203
ÂNGULO LATERAL:
204
205
TORÇÃO DEITADA:
206
207
PAVAN MUKTASANA (POSTURA PARA LIBERAÇÃO DE AR):
208
MATSYENDRASANA (POSTURA SENHOR DOS PEIXES):
209
210
PADMASANA (POSTURA DE LOTUS):
211
OUTRAS SUGESTÕES DE POSTURAS:
212
213
214
215
216
217
218
219
220
221
222
223
224
225
226
227
228
229
230
231
232
233
234
235
236
237
238
239
240
241
242
243
244
245
246
247
248
249
250
251
252
253
254
255
256
257
258
259
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. https://web.archive.org/web/20090627041206/http://www.portaldeyoga.c
om.br:80/oqueyoga.php
2. https://saudebrasil.saude.gov.br/eu-quero-me-exercitar-mais/beneficios-
do-yoga-para-reduzir-a-ansiedade
3. https://saudebrasil.saude.gov.br/resultado-de-
busca?searchword=yoga&searchphrase=all
4. https://blog.mindvalley.com/pt/hatha-yoga/
5. https://www.greenme.com.br/yoga/3406-hatha-yoga-origem-beneficios-
principais-posicoes/
6. https://yogui.co/category/yoga/
7. https://www.uol.com.br/vivabem/listas/hatha-ashtanga-vinyasa-entenda-
as-diferencas-entre-os-tipos-de-ioga.htm
8. https://namu.com.br/portal/corpo-mente/yoga/aula-de-vinyasa-yoga-
para-iniciantes/
9. https://www.padmahareyoga.com/single-post/2016/12/27/O-Que-
%C3%A9-Vinyasa-Yoga
10. https://gayabemestar.com.br/5-beneficios-cientificos-do-yoga/
11. https://yoginapp.com/beneficios-fisicos-do-yoga/
12. https://www.superprof.com.br/blog/as-bases-do-yogui-postural/
13. https://www.personare.com.br/entenda-melhor-sobre-hatha-yoga-m390
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de-poder-do-yoga
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yoga.html
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essa-relacao-incrivel
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a-consciencia-plena/
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meditacao
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explicacoes/
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diferentes-tipos-de-yoga
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ramos-do-yoga.html
230. https://medium.com/oorganismo/as-oito-p%C3%A9talas-do-yoga-
f8d2dcd400b4
231. https://padmazul.pt/2017/08/02/descobrir-o-yoga-os-oito-ramos/
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do-movimento/
234. https://www.superprof.com.br/blog/dicas-para-estruturar-seus-
cursos-de-meditacao/
235. https://www.esysp.com.br/sequencia-de-asanas-1-parte/
236. https://www.yoga.pro.br/elementos-para-montar-uma-pratica-de-
hatha-yoga/
237. https://www.yoga.pro.br/como-montar-uma-serie-equilibrada-de-
asanas/
238. https://www.yoga.pro.br/7-recomendacoes-importantes-para-
praticar/
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seus-
efeitos/#:~:text=Ajudam%20a%20melhorar%20a%20digest%C3%A3o,al
ongam%20a%20musculatura%20das%20pernas.
240. https://www.personare.com.br/pratique-a-saudacao-ao-sol-2-
m2277
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surya-namaskar/
242. https://www.greenme.com.br/yoga/7320-saudacao-ao-sol/
243. https://www.artofliving.org/br-pt/yoga/posturas-de-yoga/surya-
namaskar-saudacao-ao-sol
244. https://yogaemcasa.net/2015/01/10/texto-o-yoga-ou-a-yoga-
correto-ioga-yoga-ou-
yoga/#:~:text=Quando%20vemos%20a%20palavra%20yoga,o%20corret
276
o%20%C3%A9%20o%20yoga.&text=De%20acordo%20com%20essas
%20conven%C3%A7%C3%B5es,correto%20%C3%A9%20%E2%80%9
Co%20yoga%E2%80%9D.
277

Curso Yoga Básico: Definição, História e Benefícios

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CURSO EAD – YOGA: NÍVEL BÁSICO

YOGA: NÍVEL BÁSICO

Profª Adriana Giamellaro

Terapeuta Holística - ABRATH

YOGA, O ESTILO DE VIDA: NÍVEL BÁSICO

Vemos muitas explicações, onde a consideram como religião ou estilo de

Se buscarmos em dicionários, encontraremos que Yoga ou Ioga é uma

Comentário de Jaideva Singh do Vijnanabhairava (p. XII), um antigo texto

Yoga é união e amor. É o viver consciente e com prática constante no

Yoga está relacionado ao budismo e hinduísmo e utiliza basicamente de

“Discernimento constante é o meio para destruir a ignorância” (sábio

Está bastante relacionada a liberdade, mas no sentido de libertação de

Vale aprofundar um pouco mais sobre o fator comportamental do Yoga,

É o deixar de buscar sempre algo, que no fim nunca se alcança, aquele

Para alcançarmos nossa essência, precisamos acabar com a agitação e

De forma geral o Yoga trabalha quatro itens do corpo e da mente: força

A força física e a flexibilidade são conquistadas por meio das posturas e

Segundo a professora de Yoga Jagdeep Colognesi, a prática de Yoga

As posturas devem ser praticadas lentamente e as posições realizadas

Apenas para título de curiosidade: Se falar yoga com o “o” fechado ou

A idade correta dos asanas e meditações é muito variada, pois muitas

Voltando a sua origem tida como real, elas foram encontradas em

Foram achados de uma civilização bastante desenvolvida para a época,

Com relação aos asanas, acreditam que o surgimento foi há

Outra história contada com mais detalhes, ocorre no mesmo período, há

Conta-se que um bailarino famoso da época improvisou movimentos que

Quando este mentor passou para outro plano, os discípulos se

Os discípulos passaram a ser instrutores e passaram a ter a missão de

Em algum momento que não se tem a precisão, estes movimentos

As cidades desta civilização do Vale do Indo que estavam soterradas

Patanjali conseguiu manter o Yoga nos registros históricos e também que

Porém, com a ocidentalização do Yoga, houve uma deturpação de seus

Por isso a importância de se aprender não somente os asanas (posturas),

SHIVA – O TODO PODEROSO:

Fonte da imagem: https://english.jagran.com/lifestyle/som-pradosh-vrat-2020-date-muhurat-puja-vidhi-and-importance-

A tradução de Shiva é “todo auspicioso”. É o criador do Yoga. Um dos

Deus de grande generosidade, sempre tranquilo, contagiante da paz, que

Shiva emana energias positivas a qualquer ser negativo, transferindo luz

No hinduísmo existe a Trindade chamada de Trimûrti composta por:

- Shiva: deus da destruição e regeneração dos corpos celestes

- Vishnu: deus da preservação dos seus (Conservador);

- Brahma: deus da criação do todo (Criador).

Shiva é figura masculina. O encontramos na posição de lótus (pernas

Nunca cortava seus cabelos porque eram dotados de poder e energia.

Possui um terceiro olho, que representa a inteligência e o fogo destrutivo

Na cabeça de Shiva existe um jarro d’água que representa o poder deste

Nas mãos possui um tambor e um tridente. Os outros dois braços estão

Não contente o demônio enviou um tigre, mas Shiva precisou matá-lo e

No hinduísmo encontramos as escrituras sagradas, chamadas de

A companheira de Shiva é a deusa Shakti ou Durga ou Kali ou ainda

Quando Shiva aparece em companhia de Shakti, significa “dualismo do

As primeiras adorações a Shjva datam de 4000 a.C., no neolítico, quando

Ele gera mudanças orgânicas, psíquicas e emocionais, que são os

GANESHA – O DESTRUIDOR DE OBSTÁCULOS:

Fonte da imagem: https://feelingsoulgood.com/products/ganesha/

É o primeiro filho de Shiva e Parvati e um deus muito importante da

É o deus do intelecto, da sabedoria, da boa sorte e da fortuna, por isso, é

É representado com um corpo de ser humano e cabeça de elefante

É possuidor de uma consciência lógica. Abre caminhos e nos guia para o

As orelhas são grandes e representam o “escutar o ensinamento” e

Nas mãos, segura uma corda para capturar as dificuldades e prender a

Diz a mitologia que a cabeça de Ganesha é de elefante, porque certo dia