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EEEP PRESIDENTE ROOSEVELT

RESUMO DE ARTES

Equipe: Aquilis, Alexandre, Caio, Filipe, Cauê, Gustavo, Matheus Gustavo,


Pedro e Paulo
Série/Curso: 2°RDC Tema: Coco Cearense
1. Definição

A dança do coco é uma manifestação cultural popular que ocorre na região


Nordeste. No estado do Ceará, a dança do coco está presente, principalmente,
nas áreas litorâneas e no sertão cearense.

2. Histórico

O Coco de Praia surgiu há muitos anos nos engenhos, no meio dos reduzidos
contigentes de negros existentes no Ceará. Daí se divulgou pelo litoral e
penetrou nos salões refinados, no meio burguês, para logo dele desaparecer.
Da ocupação em quebrar o coco, horas e horas a fio, nasceu uma cantiga de
trabalho, ritmada pela batida das pedras quebrando os frutos. Posteriormente,
se transformou em dança e começou a surgir uma variedade de temas e
formas de coco que se espalharam por todo o Estado. Daí se falar em Coco de
Praia, Coco do Sertão, Coco Gavião, que embora apresentem nomes
diferentes, mantêm a mesma forma rítmica e, às vezes, apresentam diferenças
quanto à participação do elemento feminino e a dança de pares conjuntos.
O coco é dançado em forma de roda, fato que, para alguns autores, estaria
associado à influência indígena e, para outros, à influência portuguesa. Existe,
contudo, um certo consenso de que a influência africana, de todas, foi a mais
marcante.

3. Características

"Coco" significa cabeça, de onde vêm as músicas, de letras simples. Com


influências africana e indígena, é uma dança de roda acompanhada
de cantoria e executada em pares, fileiras ou círculos durante festas populares
do litoral e do sertão nordestino. Recebe várias nomenclaturas diferentes,
como pagode, zambê, coco de usina, coco de roda, coco de embolada, coco
de praia, coco do sertão, coco de umbigada, e ainda outros o nominam com o
instrumento mais característico da região em que é desenvolvido, como coco
de ganzá e coco de zambê. Cada grupo recria a dança e a transforma ao gosto
da população local.
O som característico do coco vem de quatro instrumentos
(ganzá, surdo, pandeiro e triângulo), mas o que marca mesmo a cadência
desse ritmo é o repicar acelerado dos tamancos (que são usados para imitar o
barulho do coco sendo quebrado). A sandália de madeira é quase como um
quinto instrumento, talvez o mais importante deles. Além disso, a sonoridade é
completada com as palmas.

4. Mestre de Cultura
"Aurinha do Coco"
Áurea da Conceição de Assis Souza começou cantando em corais como o
Coral São Pedro Mártir e o Madrigal do Recife. Natural de Olinda, cresceu
ouvindo coquistas do bairro de Amaro Branco e, por 10 anos, integrou o grupo
de Selma do Coco, como vocalista. Em meados dos anos 1990, seguiu carreira
solo. Na atualidade, é uma das coquistas mais prestigiadas de Pernambuco,
dona de uma voz forte e afinada. Já tocou em diversas partes do Brasil,
participando de eventos importantes como o PercPan (BA) e o Abril Pro Rock
(PE). Cantora, compositora e griô, já gravou e cantou com Alceu Valença,
Naná Vasconcelos, Lia de Itamaracá, Ferrugem, entre outros.

5. Conclusão

Desta forma entendemos a dança do coco como conjunto de saberes, formas


de expressões que fazem parte da memória e da identidade das pessoas que
compõem o grupo e das que com ele se identificam, bem como é componente
do patrimônio cultural da cidade.

6. Anexos

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