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ENTRE O NOVO RURAL E A QUESTÃO AGRÁRIA

LEITE, Ana Carolina Gonçalves Leite1

RESUMO: Com esse trabalho, sugerimos uma leitura crítica de duas das mais
importantes perspectivas que informam o campo dos estudos rurais brasileiros,
confrontando-as entre si e com as condições hodiernas de reprodução social do
campesinato. Discutimos primeiramente questões como a “multifuncionalidade” das
unidades produtivas e a “pluriatividade” da reprodução familiar, as “amenidades” do rural,
o incremento da presença de atividades e rendimentos não-agrícolas no campo, por um
lado, e, por outro, a expansão do agronegócio e a dinâmica supostamente continua de
recriação da questão agrária em tese movida com a incorporação da renda fundiária. Por
fim, apresentamos os limites advindos da polarização dessas duas perspectivas de
interpretação considerando aspectos hodiernos concretos de reprodução social do
campesinato em que análise da estrutura ocupacional e da dinâmica fundiária seriam
necessárias, contrapostas criticamente, em conjunto.
PALAVRAS-CHAVE: Campo dos estudos rurais; Renascimento do rural;
Relançamento do agronegócio.

ABSTRACT: This study suggests a critical interpretation of two of the most


important perspectives that inform the field of Brazilian rural studies, comparing them one
to another as well as to the current conditions of peasant social reproduction. First of all, it
addresses issues, such as “multifunctionality” of productive units and the “pluriactivity” of
family-based reproduction; rural “amenities;” the increasing presence of non-agricultural
activities and revenue in the rural area, on one hand; and, on the other, the expansion of
agribusiness and the allegedly continuous dynamic of recreating the agrarian issue in view
of the introduction of ground rent. Finally, we present the limits resulting from the
polarization of these two interpretation perspectives considering concrete current peasant
social reproduction aspects that require the analysis of the occupational structure and the
agrarian dynamics, as well as their critical comparison.

1
Professora colaboradora e pós-doutoranda no Programa de Pós-graduação em Geografia da
Universidade Federal do Espírito Santo. E-mail: carolinavecchia@gmail.com.
WORD-KEYS: Field of rural studies; Rural renaissance; The “relaunch” of
agribusiness.
1. INTRODUÇÃO
Com esse trabalho, sugerimos uma leitura crítica de duas das mais importantes
perspectivas que informam o campo dos estudos rurais brasileiros, confrontando-as entre
si e com as condições hodiernas de reprodução social do campesinato.
Quando, em 1970, esse campo foi estabelecido, dizia-se estar voltado para discutir
as particularidades que caracterizavam o rural. As categorias que encerraram essas
particularidades referiam-se a recortes espaciais (bairros rurais, comunidades camponesas,
etc.) ou grupos sociais (por um lado, caipiras, caboclos, etc. ou, por outro, colonos,
moradores, etc.), acabando por apontar, todas, para o estudo de determinadas condições de
reprodução social (cf. Queiroz, 1973). Acréscimos nesse mesmo campo reapresentaram
essa problemática em termos da relação entre reprodução do campesinato e do capital.
Essa virada contribuiu para dissolver uma polarização implícita entre rural e urbano, na
qual o urbano podia aparecer como polo do desenvolvimento capitalista, e o rural, como
seu oposto. Ambos seriam formas que se atonomizaram na expansão capitalista,
concorrendo, por meio das suas particularidades, para a reprodução da mesma.
Contemporaneamente, a pergunta sobre o que diferenciaria o rural numa sociedade
hegemonizada pelo urbano reaparece conduzindo o debate sobre quais seriam os novos
conteúdos do rural. Em paralelo e integrando o mesmo campo dos estudos rurais, se
impõe, todavia, outra resposta, que atribui a persistência atual do rural a uma recriação da
questão agrária supostamente continua.

2. O ATUAL CAMPO DOS ESTUDOS RURAIS


Carneiro (2008) oferece um bom ponto de partida para mapearmos interpretações
recentes sobre a dinâmica do mundo rural nas sociedades contemporâneas. Ela reconhece
ao menos três grandes linhas de trabalhos debruçados sobre o problema. A premissa da
primeira é que o fim do campesinato como principal agente do rural expressaria o fim da
própria especificidade desse mundo. Reduções na população agrícola desencadeadas pelo
chamado “modelo produtivista” seriam tomadas imediatamente como a generalização de
um “padrão de vida” urbano por tais autores. Homogeneizadas as relações sociais também
o espaço seria produzido uniformemente tornando desnecessária a já desgastada categoria
de “rural”. Outra linha seria assumida por aqueles que reivindicam a constituição de novas
redes de agentes e novas formas de sociabilidade para recusar a ideia de um esvaziamento
social e econômico e identificar, ao contrário, uma espécie de “renascimento do rural”. Ela
aparece na contramão das teses sobre uma urbanização total ou homogeneização social e
espacial entre campo e cidade, acusa as confusões sistemáticas feitas entre rural e agrícola e
chama a atenção para o fato de o centro nervoso do rural não ser mais necessariamente a
agricultura. Por fim, aqueles que afirmam não haver mais pertinência em explicações
assentadas numa dicotomia entre rural e urbano integram a última das três linhas.
Realidades diferenciadas continuariam se estabelecendo, mas não são redutíveis aos termos
dualistas do universo conceitual em questão. Eles trataram de identificar as principais
características do desenvolvimento que emergiam de uma suposta crise do “produtivismo”,
observando determinadas modalidades de agentes, interesses e laços de caráter não-agrícola
que sugeriam configurações de realidades “locais”.
Para Carneiro (2008), a emergência desse debate expressaria o mal estar dos
investigadores sociais diante da insuficiência do legado teórico-metodológico advindo da
constiuição dos estudos rurais. Enfrentá-la exigiria delimitar se a busca se restringe a
identificação dos novos conteúdos do rural ou se está em questão o caráter eurístico das
categorias de fundação do campo. Considerando o caráter semiótico e vinculado a
identidades que a produção do espaço teria adquirido, o rural poderia ser tomado como
categoria construída e disputada por grupos e instituições como sustentáculo para suas
reivindicações e projetos.
Contrapondo a ideia de que teria acontecido uma unificação entre campo e cidade
pautada por uma homogeneização do “padrão de vida”, Wanderley (cf., por exemplo,
2000) afirma a atualidade da separação entre rural e urbano, não como categorias estanques,
mas num processo de reelaboração constante do caráter de cada um dos polos definidos
pelas diferenças entre os modos de vida e usos do espaço que comportam. A autora
privilegiaria o universo das pequenas cidades onde se reproduziriam experiências marcadas
por um papel central da relação com a natureza e do interconhecimento, apesar de
formalmente se encontrarem no tecido urbano. Nessas “cidadezinhas” ela encontra, ao
invés de ruptura, uma reelaboração da experiência rural.
Dentre os processos apontados acima, Veiga (cf., por exemplo, 2006) se centraria
na análise dos econômicos, distinguindo o incremento das atividades não-agrícolas como o
responsável pela dinamização do campo e emergência de uma “nova ruralidade”. Novos
diagnósticos sobre as “vantagens comparativas” do campo estimulariam, segundo o autor,
a promoção crescente de atividades não-agrícolas. Seriam as chamadas “amenidades” rurais
(paisagens silvestres ou cultivadas, ar puro, água limpa, silêncio e tranquilidade) uma
atração para turistas, esportistas e aposentados, além daqueles que procuram distância dos
“problemas urbanos” para estabelecer tanto primeira quanto segunda residência. Da
corrida de investimentos a produzir uma renovação no rural participariam também a
produção de alternativas aos petrocombustíveis e voltadas para a conservação da
biodiversidade.
Os estudos de Graziano da Silva e Del Grossi (cf., por exemplo, 2001) dariam
visibilidade igualmente para a ampliação das atividades não-agrícolas no campo,
conduzindo ao questionamento de uma associação muito estreita entre rural e agricultura.
Questionariam, contudo, a romantização no debate sobre as “amenidades”, mostrando
como o declínio do emprego agrícola deu lugar para a emergência de trabalhadores
domésticos de baixa qualificação e remuneração, ligada a oportunidades advindas com o
aumento do turismo rural, a transformação do campo em espaço de lazer e residência de
uma população originalmente urbana que demanda empregadas domésticas, caseiros,
jardineiros, cozinheiras, pedreiros, etc. Além disso, eles mostraram outra faceta das
“vantagens comparativas” rurais, ligada com demandas das populações de baixa renda por
habitação mais barata e de empresas que necessitam rebaixar seus custos operacionais.
O quadro brevemente descrito faria emergir no centro dos debates a questão da
“multifuncionalidade” da unidade e da “pluriatividade” da reprodução familiar. Por um
lado, sítios, chácaras e afins ganhariam usos para além da agricultura familiar, dando lugar a
estabelecimentos de turismo rural, pesque-pagues, fabriquetas caseiras, etc., com vistas a
mercados derivados da recente valorização de bens tangíveis e intangíveis tais como
manifestações culturais e religiosas, paisagens, produção artesanal e tradicional. Por outro,
rendimentos de origem não-agrícola integrariam crescentemente a reprodução familiar
mediante a participação de salários obtidos em empregos não-agrícolas no campo ou nas
cidades, especialmente surgidos no setor comercial e dos transportes, fortalecidos pelos
processos descritos acima e pelo crescimento do consumo no campo, além das atividades
agroindustrias que se mantiveram ocupando trabalhadores.
Alguns autores associam (cf., por exemplo, Abramovay, 2007) a emergência da
“pluriatividade” mais que tudo ao potencial dinamizador da pequena agricultura sobre as
economias locais. Esse argumento destaca que a modernização da agricultura não alçou a
homogeneização integral mesmo no centro do capitalismo avançado e que algumas
características da agricultura, como a dependência que tem dos vínculos não-econômicos,
produziriam vantagens às unidades familiares. Essas, por sua vez, se inseririam no mercado
crescentemente com a assimilação de inovações técnicas, da diversificação produtiva, da
“integração territorial” e especialmente do incremento das políticas de fortalecimento da
agricultura familiar que tencionam controlar êxodo rural e agravamento da pobreza urbana.
O diagnóstico sobre a eficácia das políticas públicas para o fortalecimento da
agricultura familiar, consolidadas desde a primeira década do século XXI no Brasil e agora
estancada pelas profundas mudanças que o país vem sofrendo num processo em que se
coadunam os impactos da crise mundial de 2008 e uma crise política e institucional, seria,
contudo, questionado por alguns autores. Por exemplo, Delgado (2013) passaria a
denunciar a exiguidade dos investimentos na agricultura familiar sobretudo quando
comparados com o alargamento da participação estatal para a grande agricultura
empresarial, responsável por possibilitar uma espécie de “relançamento do agronegócio”
no Brasil no mesmo período. Promovida num claro confronto com a política de
liberalização predominante, desde a desvaloriação cambial de 1999, tal participação teria
por objetivo ampliar o papel das exportações para a diminuição do déficit na balança de
pagamentos. Para o autor, entretanto, a questão não ficava restrita ao caráter extremamente
desigual da distribuição do investimento estatal para cada um daqueles dois modelos de
agricultura em disputa, mas se aprofundava por meio do seu patrocínio a uma forma de
gestão do mercado de terras destinada à realização de estratégias financeiras fundamentais
para a acumulação do capital hoje, que garantia a territorialização do agronegócio se
desencadeasse em detrimento do acesso à terra para pequenos agricultores e da
consolidação de uma possível soberania alimentar nacional.
Oliveira (cf., por exemplo, 2013) também tratou de enfrentar críticamente os
descompassos apontados. O autor encontraria sua mais importante referência para a
compreensão do problema nos trabalhos de Rosa Luxemburgo, especialmente em suas
detidas investigações sobre a necessidade continuada de recriação da acumulação primitiva
proporcionada pela reprodução ampliada do capital. Logo, a causa do reestabelecimento
persistente das relações sociais de produção que ele julgava serem não-especificamente
capitalistas era a própria dinâmica da acumulação capitalista, não sendo cabível qualquer
perspectiva de que uma homogeneização completa advinda do desenvolvimento capitalista
no campo, o qual teria caráter intrinsecamente desigual e combinado. Segundo a
terminologia do autor, o processo hodierno de territorialização do agronegócio admitiria
duas formas diferentes, a territorialização do monopólio e a monopolização do território,
definidas respectivamente pela instituição de relações sociais propriamente capitalistas de
produção e pela reprodução de relações não-especificamente capitalistas. No primeiro caso,
o papel de proprietário fundiário e o de capitalista industrial se coadunam numa persona
que comanda simultaneamente produção agrícola e processamento final. No segundo, o
capitalista não produz, mas determina o que e como será produzido pelos camponeses,
além de subordinar a renda da sua produção. Em função das suas características, cada uma
dessas formas desencadearia conflitos bastante distintos, que vão desde a apropriação direta
de terras ao rebaixamento dos preços da produção camponesa.

3. REPRODUÇÃO DO CAMPESINATO E INSUFICIÊNCIAS DA TEORIA


Com múltiplos pontos de vista, todavia agrupáveis ou na perspectiva que busca
identificar se há e quais são os novos conteúdos do mundo rural ou naquela que distingue
um processo continuado de recriação da questão agrária na medida em que o
fortalecimento da agricultura familiar não ocorre se não confrontado pela expansão de
agronegócio, inclusive territorialmente, os trabalhos mobilizados vêm oferecendo
alternativas importantes desde que os pioneiros estabeleceram com seus primeiros
questionamentos o campo dos estudos rurais. Não obstante, há insuficiências decisivas não
apenas em cada uma dessas perspectivas tratadas individualmente, mas sobretudo na
existência separada e antagônica das mesmas como procuraremos evidenciar tomando por
base a análise de alguns aspectos das condições de reprodução social do campesinato hoje.
Com isso queremos focar nos problemas advindos da polarização entre essas duas
leituras. Numa crítica desenvolvida internamente entre os estudos do novo rural aparecem
questionamentos, por exemplo, da neutralidade com que por vezes as novas alternativas de
trabalho não-agrícola são tratadas apesar de se basearem em processos de flexibilização e
precarização do trabalho cuja ocorrência em meio à produção empresarial agrícola foi
historicamente objeto da crítica dos estudos rurais dedicados, por exemplo, à exploração do
trabalhador temporário denominado pejorativamente de “bóia-fria” no Brasil.
São identificados os impactos da falta de reconhecimento e seguridade para os
trabalhadores, mas não os impactos fundiários da emergência dos negócios responsáveis
pela diversificação das opções de emprego não-agrícola rural, que certamente apareceriam
se o processo fosse investigado desde a perspectiva da recriação da questão agrária,
preocupada com o problema da expansão capitalista como um todo, embora em geral
mediante a produção de estudos centrados no agronegócio. Ou seja, para que restaurantes
turísticos, pesque-pagues, condomínios de segunda residência, entre outros equipamentos
de turismo e lazer se instaurem e possam criar oportunidades de emprego diversificadas nas
comunidades eles têm que se apropriar de terras, produzindo, mesmo que indiretamente,
pela expropriação, os trabalhadores de que necessitam. Não são todos nem a maioria dos
casos em que os próprios camponeses convertem suas unidades produtivas antes voltadas à
produção de subsistência e engendram tais negócios. Quase sempre não possuem os
recursos para tanto. Assim, a emergência daquela nova ruralidade impõe também uma
mudança de mãos de posses ou propriedades rurais que não implica necessariamente numa
concentração fundiária tão intensa quanto a que é movida pela expansão do agronegócio,
mas que, muitas vezes, para proporcionar tal diversificação na estrutura ocupacional tem
que deslocar populações que anteriormente não só tinham acesso direto à terra como
também viviam da comercialização da sua produção sem terem que se oferecer
necessariamente como trabalhadores assalariados.
Essa pauta nos exigira pensar criticamente sobre os circuitos de valorização da terra
desencadeados pela chegada desse tipo de investimentos e poderiamos inclusive discutir
similaridades entre esse processo e aquele que ficou conhecido no mundo urbano como
“gentrificação” (Smith, 1988). Assim, também seria necessário confrontar quaisquer ideias
de melhorias nas condições de vida ligadas a possibilidades de ampliação no consumo com
uma crítica da naturalização da monetarização que reconheça que da passagem do
campesinato a trabalhador assalariado há mais rupturas do que aquelas que mudanças nos
níveis de renda conseguem revelar. Além disso, caberia estabelecer a necessária conexão
entre produção de combustíveis não derivados do petróleo (por exemplo, cana para etanol
ou energia termelétrica ou impantação de turbinas para geração de energia eólica) e
conservação da biodiversidade (ligada, por exemplo, à manutenção de reservas legais
arrendáveis ou à produção de ativos de créditos de carbono), embora não sejam parte strito
sensu do agronegócio, e os processos contemporaneamente identificados como land grabbing
e green grabbing (Sauer; Borras, 2016).
Por outro lado, os estudos dedicados à recriação atual da questão agrária, os quais
relacionam a persistência do rural justamente a uma necessidade da acumulação capitalista
de produzir continuamente para poder incorporar também continuamente o seu outro, as
relações não-especificamente capitalistas de produção, de modo a garantir a acumulação
capitalista mediante a continuidade da acumulação primitiva, têm em geral como dadas as
condições de reprodução daqueles que se tornam objetos da expansão capitalista. Quando
consideramos a territorialização do agronegócio, portanto, parece que estamos diante de
um problema perfeitamente adequado para ser analisado assim.
Seria rigoroso, entretanto, pressupormos que nas terras camponesas objeto da
expansão se reproduzem relações não-propriamente capitalistas sem investigarmos a fundo
as condições de reprodução atual daquele campesinato, o que geralmente as investigações
debruçadas sobre o problema da recriação contemporânea da questão agrária fazem mais
precariamente que os trabalhos que procuram caracterizar o que há de novo no mundo
rural, de modo a identificarmos se elas possuem ou não conexão com mecanismos
mediante os quais o capital se reproduz hoje?
Sobretudo porque determinadas condições experimentadas atualmente pelos
camponeses, como sua dependência aumentada dos benefícios estatais, sua progressiva
incorporação no setor terciário devido à mecanização de processos de produção nos quais
os mesmos se empregavam ainda que temporariamente, além da intensificação da sua
relação não somente com a indústria cultural disseminada desde o urbano, mas igualmente
com aquela que emerge no próprio meio rural, relacionada ao consumo de atrações
populares ou religiosas, ao turismo vivencial, etc., não se enquadram sem muitos ou
questionáveis artifícios no modelo que contrapõe apenas relações assalariadas de
exploração do trabalho a outras, não-assalariadas, as quais se fundamentariam na extração
de renda.
Dessa contraposição entre perspectivas acreditamos poderem emergir uma
contribuição decisiva para avançar diante de determinados limites do campo dos estudos
rurais brasileiros aqui apresentados atualmente organizados, acreditamos, por polarizações
entre os estudos debruçados sobre os novos conteúdos do rural e sobre a recriação da
questão agrária, que desestimulam imterpelações cruzadas mais que necessárias para fazer
que avancem as nossas interpretações.

4. BIBLIOGRAFIA
Abramovay, R. (2007). Paradigmas do capitalismo agrário em questão. Edusp. São Paulo
(Livro).
Carneiro, M. J. (2008). “Rural” como categoria de pensamento. Ruris 2 (1), 9-38 (Artigo de
revista científica).
Delgado, G. (2013). Reestruturação da economia do agronegócio – anos 2000. In A questão
agrária no Brasil: O debate na década de 2000. Editora Expressão Popular. São Paulo
(Capítulo de livro).
Graziano da Silva, J.; Del Grossi, M. E. (2001). O novo rural brasileiro. In Ocupações rurais
não-agrícolas: Oficina de atualização temática. IAPAR. Londrina (Capítulo de livro).
Oliveira, A. U. de (2013). Barbárie e modernidade: as transformações no campo e o
agronegócio no Brasil. In A questão agrária no Brasil: O debate na década de 2000.
Editora Expressão Popular. São Paulo (Capítulo de livro).
Queiroz, M. I. P. de (1973). O campesinato brasileiro. Editora Vozes. Petrópolis (Livro).
Sauer, S.; Borras, S. (2016). “Land grabbing” e “green grabbing”: Uma leitura da corrida na
produção acadêmica sobre a apropriação global de terras. CAMPO-TERRITÓRIO
Edição Especial (1), 6-42 (Artigo de revista científica).
Smith, N. (2007). Gentrificação, a fronteira e a reestruturação do espaço urbano. GEOUSP 21
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Veiga, J. E. da (2006). Nascimento de outra ruralidade. Estudos Avançados 20 (57), 333-353
(Artigo de revista científica).
Wanderley, M. de N. (2000). A emergência de uma nova ruralidade nas sociedades modernas
avançadas: o “rural” como espaço singular e ator coletivo. Estudos Sociedade e
Agricultura 15 (1), 87-145 (Artigo de revista científica).

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