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MATERIAL DE

APOIO PEDAGÓGICO
PARA APRENDIZAGENS

8º Ano

Ensino Fundamental – Anos Finais
3º Bimestre
Língua
Matemática
Portuguesa
VOLUME 3
1
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
ESCOLA DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE EDUCADORES
SUMÁRIO

LÍNGUA PORTUGUESA
Planejamento 1: Texto argumentativo ................................................ pág 01
Planejamento 2: Gênero abaixo-assinado ......................................... pág 07
Planejamento 3: Gênero poema ......................................................... pág 13
Planejamento 4: Textos normativos e textos reivindicatórios ............. pág 19
Planejamento 5: Gêneros “multimidiáticos” ....................................... pág 23
Planejamento 6: Texto teatral, contos e crônicas .............................. pág 29
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS
ANO DE ESCOLARIDADE REFERÊNCIA ANO LETIVO
8º ano – 3º Bimestre Ensino Fundamental – Anos Finais 2022

COMPONENTE CURRICULAR ÁREA DE CONHECIMENTO


Língua Portuguesa Linguagens
COMPETÊNCIA
PRÁTICAS DE LINGUAGENS
Análise linguística/semiótica.
Produção de textos.
Leitura.
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO HABILIDADE(S)
OBJETO(S) DE CONHECI-
HABILIDADE(S):
MENTO:
Argumentação: movimentos (EF89LP14) Analisar, em textos argumentativos e propositivos, os mo-
argumentativos, tipos de ar- vimentos argumentativos de sustentação, refutação e negociação e os
gumento e força argumenta- tipos de argumentos, avaliando a força/tipo dos argumentos utilizados.
tiva. (EF89LP24X) Realizar pesquisas com autonomia, estabelecendo o re-
Curadoria de informação. corte das questões, usando fontes confiáveis abertas ou fechadas,
Estratégia de produção: pla- quando possível, contratando dados e informações, identificando
nejamento de textos argu- coincidências e complementariedades, de modo a filtrar apenas infor-
mentativos e apreciativos. mações reais dos assuntos pesquisados.

Modalização. (EF89LP10) Planejar artigos de opinião, tendo em vista as condições


de produção do texto – objetivo, leitores/espectadores, veículos e mí-
dia de circulação etc. –, a partir da escolha do tema ou questão a ser
discutido(a), da relevância para a turma, escola ou comunidade, do le-
vantamento de dados e informações sobre a questão, de argumentos
relacionados a diferentes posicionamentos em jogo, da definição – o
que pode envolver consultas a fontes diversas, entrevistas com espe-
cialistas, análise de textos, organização esquemática das informações
e argumentos – dos (tipos de) argumentos e estratégias que pretende
utilizar para convencer os leitores.
(EF89LP16) Analisar a modalização realizada em textos noticiosos e
argumentativos, por meio das modalidades apreciativas, viabilizadas
por classes e estruturas gramaticais como adjetivos, locuções adje-
tivas, advérbios, locuções adverbiais, orações adjetivas e adverbiais,
orações relativas restritivas e explicativas etc., de maneira a perceber
a apreciação ideológica sobre os fatos noticiados ou as posições implí-
citas ou assumidas.

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PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Texto argumentativo
DURAÇÃO: 7 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Os textos argumentativos apresentam como principal objetivo o convencimento do leitor com rela-
ção às ideias que são apresentadas em seu conteúdo.
Alguns dos principais vestibulares do país, tais como o Enem, solicitam a seus candidatos que fa-
çam uma redação no estilo dissertativo-argumentativo, também conhecido como dissertação es-
colar. Nesse tipo de texto, o redator deve apresentar um ponto de vista e defendê-lo com bons argu-
mentos. No caso específico do Enem, é necessário, também, apresentar propostas de intervenção.
B) DESENVOLVIMENTO:
1ª aula: Iniciar a aula fazendo uma breve explanação sobre o texto argumentativo: tese (defender
uma ideia), hipótese, teoria ou opinião e o objetivo de convencer o leitor para que acredite nela.
Estrutura: introdução, desenvolvimento e conclusão.
Conceituar o gênero textual artigo de opinião: característica de informar e persuadir o leitor sobre
um assunto; de que tratam? Quem escreve? Para quem? Com que objetivo? Apresentar a estrutura
do gênero. Enfatizar a presença de “tese” e “argumentos” no texto de opinião.
Utilizar tópicos escritos no quadro.
Solicitar que os estudantes façam, em casa, pesquisa sobre temas de relevância para a turma,
escola ou comunidade e levem para a próxima aula exemplos de artigos de opinião (recortes de
jornais e revistas, ou cópias (xerox), ou “prints” da Internet).
Solicitar também que façam as atividades propostas, questões 1, 2, 3 e 4.
2ª aula: No início da aula, realizar a correção coletiva das atividades propostas na aula anterior,
momento em que alguns estudantes vão apresentar suas respostas.
Em seguida, solicitar que os estudantes exponham os artigos que trouxeram (promover uma leitura
coletiva e expositiva, incentivando que opinem sobre os temas).
Orientá-los para uma leitura crítica, de forma a identificarem os argumentos utilizados, por meio de
frases, palavras-chave, figuras de linguagem, adjetivos, advérbios etc.
Escolher, com os estudantes, quatro temas de relevância para a turma, escola ou comunidade
(a quantidade de temas escolhidos poderá variar de acordo com o número de estudantes).
Estabelecer grupos na turma, preferencialmente com quatro componentes em cada.
Distribuir, de forma proporcional, os quatro temas escolhidos entre os grupos formados (se neces-
sário, um mesmo tema pode ser utilizado por dois grupos).
Solicitar aos estudantes que, em casa, pesquisem e leiam sobre os temas dos seus grupos; e que
levem para a sala de aula uma imagem (foto, figura, desenho etc.), ilustrando o tema atribuído aos
seus grupos.
3ª aula: Organizar a turma em grupos.
Distribuir folhas de ofício/A4.
Pedir para que cada grupo desenvolva um artigo de opinião, sobre o tema designado ao grupo, es-
crevendo e “colando” a imagem (que trouxeram de casa) em uma folha ofício/A4.

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Orientar a produção textual dos estudantes, por meio de um esquema (instruções do professor =
“entre parênteses”):
• Introdução (o que é / como fazer).
• Tese (o que é / onde apresentá-la no texto).
• Desenvolvimento (utilização de argumentos).
• Conclusão (sugerir uma solução).

4ª aula: Promover a troca dos artigos de opinião entre os grupos.


Solicitar que cada grupo faça uma análise dos movimentos argumentativos de sustentação, refu-
tação e negociação e os tipos de argumentos, avaliando a força/tipo dos argumentos utilizados no
texto do outro grupo.
Depois da análise, os grupos fazem uma exposição oral, identificando os pontos considerados im-
portantes. Durante todo o processo, o professor deve monitorar o trabalho e, se necessário, fazer
intervenções.
5ª aula: Expor na escola, em local visível (painel, espaço específico etc.) a produção textual dos
grupos, visando à sensibilização do público sobre um tema de relevância para a comunidade.
6ª aula: Aula expositiva sobre modalizadores discursivos.
Conceituar e exemplificar (se possível utilizando os artigos de opinião produzidos pelos próprios
estudantes).
Solicitar aos estudantes que façam as atividades propostas, questões 5 e 6.
7ª aula: Realizar uma correção coletiva das atividades, momento em que alguns estudantes vão
apresentar suas respostas. Concomitantemente, incentivar os demais estudantes a comentarem,
argumentarem e complementarem as respostas dos colegas.
RECURSOS:
Quadro e pincel; revistas; jornais; internet; folha ofício/A4.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Observar o envolvimento dos estudantes com a proposta, sua participação individual e coletiva,
considerando o respeito à produção dos colegas, aos diferentes ritmos e turnos de fala. Obser-
var a capacidade de análise, o planejamento e a produção de textos argumentativos/persuasivos
por parte dos estudantes, durante cada momento do processo de produção textual. A avaliação
também ocorrerá durante a correção das atividades propostas, incentivando os estudantes a in-
formarem as suas respostas, para uma correção de forma coletiva. Verificar apropriação, pelos
estudantes, das competências e habilidades pretendidas.

ATIVIDADES
TEXTO PARA AS QUESTÕES 1, 2 e 3.
FOMOS TREINADOS PARA O PRECONCEITO. LIBERTAR-SE DISSO PODE SER ASSUSTADOR.
Leonardo Sakamoto – 16/01/2016
Deve ser assustador para uma pessoa que cresceu no seio da tradicional família brasileira, foi edu-
cada em escolas com métodos e conteúdos convencionais e espiritualizada em igrejas e templos
conservadores, conviveu em espaços de socialização que não questionam o passado apenas o rea-
firmam e, é claro, assistiu a muita, muita TV, de repente, ser bombardeada com novas “regras’’ e
“normas’’ de vivência, diferentes daquelas com as quais está acostumada.

3
Ouvi um desabafo sincero do pai de uma amiga que não entendia como as coisas estavam mudan-
do assim tão rápido. Ele reclamava que tirar uma da cara do “amigo que era mais gordinho’’ era só
“coisa de criança’’ e não bullying passível de punição. “A sociedade está ficando muito chata’’, disse
desconsolado.
Fonte: PACHECO, Mariana do Carmo. Exercícios sobre os gêneros textuais argumentativos. In: BRASIL ESCOLA Exercícios Brasil
Escola, [s. l.], 2022.

1 - (Brasil Escola – Adaptada) Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como práticas de


linguagem, assumindo funções específicas, formais e de conteúdo. Considerando o contexto em
que circula o artigo de opinião, o objetivo básico deste texto é:
a) influenciar o comportamento do leitor por meio de apelos.
b) ironizar determinada prática social em relação às diferenças.
c) definir regras de comportamento social pautadas no combate ao preconceito.
d) defender a importância do conhecimento das várias condutas morais na sociedade.

2 - Identifique o tema do texto.


a) A tradicional família brasileira.
b) Novas “regras’’ e “normas’’ de vivência.
c) A necessidade de se libertar de preconceitos.
d) A importância de se informar por meio da TV.

3 - Que argumento(s) o autor utiliza para comprovar a sua tese (a sua opinião)?
4 - (BLOG PROFESSOR DIORGES – Adaptada) Leia a tirinha com a conversa entre Pudim e Arman-
dinho.

Fonte: ARMANDINHO. [s. l.], 12 dez 2017. Facebook.

Com relação ao ponto de vista de cada um, é certo afirmar que


a) a tese de Pudim é que o mundo pode mudar.
b) ambos possuem a mesma tese sobre o mundo.
c) a tese de Armandinho é que o mundo pode mudar.
d) a tese do sapo é que o Armandinho está errado, por isso pulou para o seu lado.

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INFORMAÇÕES PARA AS QUESTÕES 5 e 6.

Os elementos que atuam como indicadores de argumentação são denominados de modalizado-


res discursivos. Eles são os encarregados de evidenciar o ponto de vista assumido.
Não existe interação comunicativa sem modalização, uma vez que, sempre que nos expressa-
mos, estamos indicando nosso ponto de vista em relação ao assunto em questão.
Os modalizadores do discurso modificam a maneira como o discurso é lido ou ouvido. Algumas
dessas maneiras podem ser: a) necessidade ou possibilidade, b) certeza ou incerteza, c) obriga-
toriedade ou não obrigatoriedade.
5 - Identifique e classifique os modalizadores nas seguintes frases:
a) Talvez a sociedade se torne menos violenta com o passar dos séculos.
b) Este assunto deve ser examinado com muito cuidado.
c) Ao terminar a prova os alunos devem sair para o pátio.
d) Pode ser que chova amanhã, mas certamente choverá quando a lua for cheia.

6 - Leia o seguinte boletim meteorológico:

Chove em grande parte do Brasil


As chuvas se espalham pelo país, atingindo faixa que vai de SC até AM. As pancadas são isoladas
no Nordeste.
Já no Sudeste e no Centro-Oeste, há risco de temporais, sobretudo no sul de MG e RJ.
Folha de S. Paulo, 22 de nov. de 2010, Caderno Cotidiano, C 2.

a) Transcreva do texto as palavras e expressões que funcionam como modalizadores do dis-


curso.
b) Anote ao lado de cada palavra que efeito de sentido esse modalizador agrega ao trecho em
que está inserido.
c) Reescreva o texto, de modo que os modalizadores passem a exercer um efeito de sentido
diferente (oposto).

REFERÊNCIAS
ARMANDINHO. [s. l.], 12 dez 2017. Facebook. Disponível em: <https://www.facebook.com/tirasar-
mandinho/photos/a.488361671209144/1771864399525525/>. Acesso em: 29 maio 2022.
GRAMÁTICA com textos: modalizadores do discurso. Nova Escola, [s. l.], 02 fev. 2017. Disponível
em: <https://novaescola.org.br/conteudo/6203/gramatica-com-textos-9-ano-modalizadores-
-do-discurso>. Acesso em: 28 maio 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: educa-
ção infantil, o ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educa-
dores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ima-
ges/implementacao/curriculos_estados/documento_curricular_mg.pdf>. Acesso em: 05 jun. 2022
MODALIZAÇÃO 7º ano gabarito. Blog Professor Diorges, [s. l.], 26 out. 2020. Disponível em: <http://
professordiorges.blogspot.com/2020/10/modalizacao-7-ano.html>. Acesso em: 28 maio 2022.

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PACHECO, Mariana do Carmo. O que são modalizadores discursivos? Brasil Escola, [s. l.], 2022.
Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/portugues/o-que-sao-modalizadores-
-discursivos.htm>. Acesso em: 28 maio 2022.
PACHECO, Mariana do Carmo. Exercícios sobre os gêneros textuais argumentativos. In: BRASIL
ESCOLA Exercícios Brasil Escola, [s. l.], 2022. Disponível em: <https://exercicios.brasilescola.uol.
com.br/exercicios-redacao/exercicios-sobre-os-generos-textuais-argumentativos.htm>. Acesso
em: 11 abr. 2022.
PINHEIRO, Paula. Textos Argumentativos: quais são as características essenciais para uma reda-
ção perfeita?. Talentnetwork, [s. l.], 06 fev. 2018. Disponível em: <https://rockcontent.com/br/ta-
lent-blog/textos-argumentativos/>. Acesso em: 28 maio 2022.

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PRÁTICAS DE LINGUAGENS
Leitura.
Oralidade.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Relação entre contexto (EF89LP19) Analisar, a partir do contexto de produção, a forma de or-
de produção e caracte- ganização das cartas abertas, abaixo-assinados e petições on-line
rísticas composicionais e (identificação dos signatários, explicitação da reivindicação feita,
estilísticas dos gêneros. acompanhada ou não de uma breve apresentação da problemática e/
Apreciação e réplica. ou de justificativas que visam sustentar a reivindicação) e a proposi-
ção, discussão e aprovação de propostas políticas ou de soluções para
Estratégias e procedi- problemas de interesse público, apresentadas ou lidas nos canais di-
mentos de leitura em gitais de participação, identificando suas marcas linguísticas, como
textos reivindicatórios ou forma de possibilitar a escrita ou subscrição consciente de abaixo-as-
propositivos. sinados e textos dessa natureza e poder se posicionar de forma crítica
Contexto de produção, e fundamentada frente às propostas
circulação e recepção de (EF89LP20) Comparar propostas políticas e de solução de problemas,
textos e práticas relacio-identificando o que se pretende fazer/implementar, por que (motiva-
nadas à defesa de direitosções, justificativas), para que (objetivos, benefícios e consequências
e à participação social. esperados), como (ações e passos), quando etc. e a forma de avaliar a
Escuta. eficácia da proposta/solução, contrastando dados e informações de
diferentes fontes, identificando coincidências, complementaridades
Apreender o sentido geral
e contradições, de forma a poder compreender e posicionar-se criti-
dos textos. Apreciação e
camente sobre os dados e informações usados em fundamentação de
réplica.
propostas e analisar a coerência entre os elementos, de forma a tomar
decisões fundamentadas
(EF89LP18) Explorar e analisar instâncias e canais de participação
disponíveis na escola (conselho de escola, outros colegiados, grêmio
livre), na comunidade (associações, coletivos, movimentos, etc.), no
munícipio ou no país, incluindo formas de participação digital, como
canais e plataformas de participação (como portal e-cidadania), ser-
viços, portais e ferramentas de acompanhamentos do trabalho de po-
líticos e de tramitação de leis, canais de educação política, bem como
de propostas e proposições que circulam nesses canais, de forma a
participar do debate de ideias e propostas na esfera social e a enga-
jar-se com a busca de soluções para problemas ou questões que en-
volvam a vida da escola e da comunidade.
(EF89LP22) Compreender e comparar as diferentes posições e in-
teresses em jogo em uma discussão ou apresentação de propostas,
avaliando a validade e força dos argumentos e as consequências do
que está sendo proposto e, quando for o caso, formular e negociar
propostas de diferentes naturezas relativas a interesses coletivos en-
volvendo a escola ou comunidade escolar.

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PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Gênero abaixo-assinado
DURAÇÃO: 3 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Comentar com os estudantes sobre o gênero abaixo-assinado, que tem como objetivo provocar a
ação de pessoa ou órgão com plenos poderes para apresentar a devida solução contra posturas
em desacordo com o estado democrático e de direito, por meio de atos de reclamar, reivindicar,
denunciar, requerer etc.
Induzir a ideia de defender e reivindicar direitos, por meio de ações legais (como o abaixo-assina-
do), e não utilizando de violência e ódio, como atos de “justiça com as próprias mãos”.
B) DESENVOLVIMENTO:
1ª aula: Comentar sobre a intolerância praticada atualmente, quando as pessoas se sentem preju-
dicadas, e, por isso, muitas vezes praticam atos violentos, visando garantir os seus direitos. Incen-
tivar que os estudantes falem e apresentem exemplos práticos do cotidiano deles.
Em seguida, explicar que existem meios legais para se reivindicar a garantia dos direitos, anulando
completamente as formas de violência.
Apresentar o abaixo-assinado, como um meio de buscar a garantia dos direitos.
Apresentar também a petição on-line (como abaixo-assinado de forma on-line – na Internet).
“Por tratar de assuntos de interesses coletivos, o abaixo-assinado permite que um grupo de pes-
soas se reúna e faça a solicitação necessária, podendo essa ser endereçada a um prefeito, ao reitor
de uma universidade, ao síndico de um condomínio, entre outros. Dessa forma, trata-se de uma
situação cujo contexto requer um tratamento específico, sobretudo em se tratando do padrão for-
mal da linguagem” (BRASIL ESCOLA).
Mostrar exemplos de abaixo-assinado (internet, ou cópias (xerox), ou “prints” da Internet).
Solicitar aos estudantes que façam as atividades propostas, questões 1, 2, 3 e 4.
Promover correção coletiva das atividades (participação dos estudantes). Se necessário, por moti-
vo de tempo ou escolha do professor, corrigir as atividades na próxima aula.
2ª aula: Iniciar a aula fazendo a correção da atividade da aula anterior. Para a próxima etapa é ne-
cessário acesso à Internet. Caso, não seja possível, o professor deverá, antecipadamente, escolher
alguns “textos” e imprimi-los, ou elaborar uma apresentação (PowerPoint, PDF, Word, cartaz etc.).
Consultar sites em que os governantes (gestores do Estado de Minas, ou das prefeituras dos muni-
cípios da escola) apresentem propostas e projetos de governo.
Sugestões:
• BELO HORIZONTE. Prefeitura. Políticas Sociais. Disponível em: <https://prefeitura.pbh.
gov.br/noticias/prefeitura-apresenta-sociedade-civil-proposta-para-plano-de-metas-a-
te-2024>. Acesso em: 28 maio 2022.
• BELO HORIZONTE. Prefeitura. Prefeitura apresenta à sociedade civil proposta para plano de
metas até 2024. Belo Horizonte, 30 abr. 2021. Disponível em: <https://prefeitura.pbh.gov.
br/noticias/politicas-sociais>. Acesso em: 28 maio 2022.

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Fazer leitura orientada das propostas, analisando os conteúdos e escolhendo aquelas que melhor
representem as necessidades da comunidade escolar.
Solicitar aos estudantes que anotem itens das propostas analisadas, classificando-os em: “já rea-
lizados” e “ainda não realizados”.
3ª aula: Organizar a sala em círculo, possibilitando a todos um fácil acesso ao diálogo. Incentivar
que os estudantes exponham suas opiniões sobre as propostas de políticas sociais elencadas na
aula anterior.
Os estudantes deverão comentar sobre as propostas ou ações, informando se foram efetivadas
ou não; se atenderam ou não aos anseios da comunidade. Ocasião em que, os estudantes devem
desenvolver um discurso persuasivo, apresentando argumentos para suas opiniões e sugerindo
possíveis soluções para os problemas abordados pelas propostas governamentais analisadas.
Solicitar aos estudantes que façam as atividades propostas, questões 5 a 9.
RECURSOS:
Internet; celular; cópias dos textos e das atividades; projetor multimídia.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Observar o envolvimento dos estudantes com a proposta, sua participação individual e coletiva,
considerando o respeito à produção dos colegas, aos diferentes ritmos e tempos de fala.
Perceber, durante as aulas e no momento do diálogo com a sala em círculo, a capacidade dos es-
tudantes de interpretar textos reivindicatórios, de reconhecer a importância social desse gênero
textual, e de se expressar sabendo ouvir e respeitar a opinião do outro.

ATIVIDADES
Leia o texto abaixo para responder às questões 1, 2, 3 e 4.

ABAIXO-ASSINADO
Excelentíssimo Senhor Prefeito do Município de Felizmetrópolis,
Nós, cidadãos abaixo assinados, residentes e domiciliados no Bairro Esperança, neste municí-
pio, solicitamos a Vossa Excelência a construção de um quebra-molas na Avenida Metropolitana,
antes do cruzamento com a Rua Priscila Mariana, tendo em vista que esta é a principal via de
entrada e saída do bairro, mas cujo acesso é difícil e perigoso em razão da grande velocidade de-
senvolvida pelos veículos que trafegam naquela avenida.
Na certeza de termos nosso pleito atendido, encaminhamos o presente documento em 15 folhas
numeradas e assinadas por todos os cidadãos.
Nomeamos o Sr. Zebedeu de Abreu, telefone 91234-1234, como nosso representante caso sejam
necessárias maiores informações.
Felizmetrópolis, 1º de abril de 2020.
Assinaturas com nomes e nº de Identidade:

_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
(Texto fictício, elaborado para fins pedagógicos)

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1 - Quem é(são) o(s) emissor(es) desse texto?
2 - A quem é direcionado?
3 - O objetivo é
a) elogiar.
b) reclamar.
c) protestar.
d) reivindicar.

4 - Por que esse documento foi encaminhado ao Prefeito do município?


Agora, observe a petição on-line. Depois, responda às questões 5, 6, 7, 8 e 9.
Lélia e Sebastião Salgado: ajude a proteger os
povos e indígenas da Amazônia do Covid.

Os povos indígenas do Brasil sofrem há muito tempo com o desmatamento, incêndios florestais,
rios envenenados e invasão de suas terras. Agora eles correm o risco de ser dizimados pelo Co-
vid-19, a menos que sejam tomadas medidas urgentes para protegê-los. O fotógrafo brasileiro Se-
bastião Salgado, que trabalhou na Amazônia na última década, e Lélia Wanick Salgado, que projeta
seus livros e exposições, estão pedindo uma ação imediata para proteger essa frágil população do
risco do coronavírus transportado por invasores de suas terras. O apelo abaixo é dirigido aos três
Poderes do Estado brasileiro. Sebastião e Lélia pedem que você assine e compartilhe.
APELO URGENTE AO PRESIDENTE DO BRASIL
E AOS LÍDERES DO CONGRESSO E DO JUDICIÁRIO
Os povos indígenas do Brasil enfrentam uma grave ameaça à sua própria sobrevivência com o sur-
gimento da pandemia do Covid-19. Há cinco séculos, esses grupos étnicos foram dizimados por
doenças trazidas pelos colonizadores europeus. Ao longo do tempo, sucessivas crises epidemio-
lógicas exterminaram a maioria de suas populações. Hoje, com esse novo flagelo se disseminando
rapidamente por todo o Brasil, comunidades nativas, algumas vivendo de forma isolada na Bacia
Amazônica, poderão ser completamente eliminadas, desprovidas de qualquer defesa contra o co-
ronavírus. Sua situação é duplamente crítica, porque os territórios reconhecidos para uso exclu-
sivo de populações autóctones estão sendo ilegalmente invadidos por garimpeiros, madeireiros e

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grileiros. Essas operações ilícitas se aceleraram nas últimas semanas, porque as autoridades bra-
sileiras responsáveis pelo resguardo dessas áreas foram imobilizadas pela pandemia. Sem nenhu-
ma proteção contra esse vírus altamente contagioso, os índios sofrem um risco real de genocídio,
por meio de contaminações provocadas por invasores ilegais em suas terras. Diante da urgência
e da seriedade dessa crise, como amigos do Brasil e admiradores de seu espírito, cultura, beleza,
democracia e biodiversidade, apelamos ao Presidente da República, Sua Excelência Sr. Jair Bolso-
naro, e aos líderes do Congresso e do Judiciário a adotarem medidas imediatas para proteger as
populações indígenas do país contra esse vírus devastador. Esses povos são parte da extraordiná-
ria história de nossa espécie. Seu desaparecimento seria uma grande tragédia para o Brasil e uma
imensa perda para a humanidade. Não há tempo a perder.
Respeitosamente,
Sebastião Salgado
Lélia Wanick Salgado
Fonte: TAUBATÉ. Prefeitura Municipal. Secretaria de Educação. Língua portuguesa:ensino fundamental.
Programa Escola Sem Muros, Taubaté, [2022?].

Sebastião Salgado, um dos autores desta petição, é um


fotógrafo brasileiro considerado um dos maiores talen-
tos da fotografia mundial pelo teor social em seu traba-
lho, especialmente entre os indígenas da Amazônia.
Fonte: TAUBATÉ. Prefeitura Municipal. Secretaria de Educação. Língua
portuguesa:ensino fundamental. Programa Escola Sem Muros,
Taubaté, [2022?].

5 - (TAUBATÉ) A quem está sendo feito o pedido?


6 - (TAUBATÉ) Qual é o pedido que está sendo feito?
7 - (TAUBATÉ) Quais as razões para o pedido?
8 - (TAUBATÉ) Quais são os autores do pedido?
9 - (TAUBATÉ) Você considera esta petição importante? Explique suas razões para a sua resposta.

REFERÊNCIAS
DUARTE, Vânia Maria do Nascimento. Abaixo-assinado. Brasil Escola, [s. l.], 2022. Disponível em:
<https://brasilescola.uol.com.br/redacao/abaixo-assinado.htm>. Acesso em: 30 maio 2022.
GUILHERME, Denise. Desafios da formação de leitores na escola. Nova Escola, [s. l.], 06 nov. 2013.
Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/573/desafios-da-formacao-de-leitores-na-
-escola>. Acesso em: 31 maio 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: educação
infantil, o ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores
de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/im-
plementacao/curriculos_estados/documento_curricular_mg.pdf>. Acesso em: 05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria de Governo. Programas e Ações. Disponível em: <https://www.governo.
mg.gov.br/Institucional/ProgramasAcoes>. Acesso em: 29 maio 2022.

11
SALGADO, Sebastião. SALGADO, Lélia Wanick. Lélia e Sebastião Salgado: ajude a proteger os po-
vos e indígenas da Amazônia do Covid. AVAAZ.ORG: Petições da Comunidade, [s. l.], 01 maio 2020
(Atualizado: 24 junho 2020). Disponível em: <https://secure.avaaz.org/community_petitions/po/
presidente_do_brasil_e_aos_lideres_do_legislativo__ajude_a_proteger_os_povos_indigenas_da_
amazonia_do_covid19/>. Acesso em: 31 maio 2022.
TAUBATÉ. Prefeitura Municipal. Secretaria de Educação. Língua portuguesa:ensino fundamental.
Programa Escola Sem Muros, Taubaté, [2022?]. Disponível em: <https://www.taubate.sp.gov.br/
wp-content/uploads/2020/05/6-%C2%A6-ano-PORTUGU%C3%A8S-ativ.-05-Abaixo-assinado.
pdf>. Acesso em: 31 maio. 2022.

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PRÁTICAS DE LINGUAGENS
Leitura.
Análise linguística/semiótica.
Produção de textos.
Oralidade.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Estratégia de leitura. (EF89LP33) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionan-
Apreciação e réplica. do procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes
objetivos e levando em conta características dos gêneros e supor-
Semântica. tes – romances, contos contemporâneos, minicontos, fábulas con-
Consideração das condições temporâneas, romances juvenis, biografias romanceadas, novelas,
de produção. crônicas visuais, narrativas de ficção científica, narrativas de sus-
pense, poemas de forma livre e fixa (como haicai), poema concreto,
Estratégias de produção:
ciberpoema, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto
planejamento, textualização
lido e estabelecendopreferências por gêneros, temas, autores.
e revisão/edição.
(EF08LP14) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão sequen-
Conversação espontânea.
cial (articuladores) e referencial (léxica e pronominal), construções
passivas e impessoais, discurso direto e indireto e outros recursos
expressivos adequados ao gênero textual.
(EF69LP51) Engajar-se ativamente nos processos de planejamento,
textualização, revisão/ edição e reescrita, tendo em vista as restri-
ções temáticas, composicionais e estilísticas dos textos pretendi-
dos e as configurações da situação de produção – o leitor preten-
dido, o suporte, o contexto de circulação do texto, as finalidades
etc. – e considerando a imaginação, a estesia e a verossimilhança
próprias ao texto literário.
(EF89LP27X) Tecer considerações e formular problematizações
pertinentes, em momentos oportunos, em situações diversas de
aulas, apresentação oral, seminário etc.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Gênero poema
DURAÇÃO: 5 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Apresentar aos estudantes exemplos de poemas, letras de canções e introduzir o conceito de poe-
ma concreto, demonstrando que textos poéticos não são representados somente por meio de ri-
mas, versos, estrofes e metáforas, também pode relacionar a imagem com a palavra para buscar o
entendimento do poema, ou até utilizar somente a imagem.
B) DESENVOLVIMENTO:
1ª aula: Fazer breve revisão do gênero poema. Relembrar conceito e estrutura (versos, estrofes,
rimas etc.).

13
Apresentar o poema concreto (a importância da imagem).
Expor em slide ou no quadro:

Fonte: TAVARES, Grazielle. Plano de aula: Relações sonoras e gráficas para poema visual e concreto. Nova Escola, [s. l.].

Realizar a leitura do poema.


Questionar os estudantes:
• Quais as ideias centrais do texto? (Espera-se que os estudantes digam que o poeta salienta,
que algumas vezes é obrigado a ouvir músicas que não gosta).
• O que vocês entenderam do texto? (Espera-se que os estudantes digam que entenderam
que é preciso selecionar as opções musicais, mas que algumas vezes isso não acontece,
pois as melodias estão por toda a parte)”. (NOVA ESCOLA – Adaptado).

Expor em slide ou de forma impressa:

Fonte: TAVARES, Grazielle. Plano de aula: Relações sonoras e gráficas para poema visual e concreto. Nova Escola, [s. l.].

Realizar a leitura do poema.


Questionar os estudantes:
• Com a imagem ficou mais fácil interpretar o poema? (Espera-se que os estudantes digam
que a ilustração contribui para o entendimento do texto).
• Qual a importância do recurso gráfico para dar sentido ao texto? (Espera-se que os estudan-
tes digam que o recurso gráfico dialoga com o texto escrito, e que juntos contribuem com a
interpretação do poema).” (NOVA ESCOLA – Adaptado).

14
2ª e 3ª aulas: Solicitar aos estudantes que façam as atividades propostas.
Realizar uma correção coletiva das atividades, momento em que os estudantes vão apresentar
suas respostas.
4ª aula – (uma aula ou mais, a critério do professor): Solicitar aos estudantes que escrevam poemas
concretos, observando, além do uso das imagens formadas pela distribuição estratégica das pala-
vras, os recursos de coesão sequencial (articuladores) e referencial (léxica e pronominal).
A orientação e eventual intervenção do professor será muito importante para o engajamento dos
estudantes nas etapas de produção: planejamento; textualização; revisão ou edição e reescrita.
5ª aula – (uma aula ou mais, a critério do professor): Os estudantes vão apresentar as suas produ-
ções escritas de poema concreto. Permitir que a turma comente.
RECURSOS:
Projetor multimídias, quadro e pincel; imagens impressas; cópias das atividades; folha ofício/A4.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Observar o envolvimento dos estudantes com a proposta, sua participação individual e coletiva,
considerando o respeito à produção dos colegas, aos diferentes ritmos e tempos de fala.
Os estudantes serão observados e avaliados pela sua criatividade em produzir poemas concretos,
utilizando os recursos das imagens formadas pela distribuição estratégica das palavras. E, tam-
bém, em relação à oralidade e à postura para apresentação de trabalhos e atividades.

ATIVIDADES
Para responder às questões 1 e 2, leia a seguinte letra de uma canção de Moraes Moreira.

Lenda do Pégaso Tão triste assim como tu, querendo ser o sinistro
Era uma vez, vejam vocês, um passarinho feio urubu
Que não sabia o que era, nem de onde veio E quando queria causar estorvo então imitava o
Então vivia, vivia a sonhar em ser o que não era sombrio corvo
Voando, voando com as asas, asas da quimera E até hoje ainda se discute se é mesmo verdade
Sonhava ser uma gaivota porque ela é linda e todo que virou abutre
mundo nota E quando já estava querendo aquela paz dos sabiás
E naquela de pretensão queria ser um gavião Cansado de viver na sombra, voar, revoar feito a lin-
E quando estava feliz, feliz, ser a misteriosa perdiz da pomba
E vejam, então, que vergonha quando quis ser a E ao sentir a falta de um grande carinho então can-
sagrada cegonha tava feito um canarinho
E com a vontade esparsa sonhava ser uma linda E assim o passarinho feio quis ser até pombo-cor-
garça reio
E num instante de desengano queria apenas ser Aí então Deus chegou e disse: Pegue as mágoas
um tucano Pegue as mágoas e apague-as, tenha o orgulho das
E foi aquele, aquele ti-ti-ti quando quis ser um co- águias
libri Deus disse ainda: é tudo azul, e o passarinho feio
Por isso lhe pisaram o calo e aí então cantou de Virou o cavalo voador, esse tal de Pégaso
galoSonhava com a casa de barro, a do joão-de- Pégaso
-barro, e ficava triste Pega o Azul
Tão triste assim como tu, querendo ser o sinistro Fonte: Lenda do Pégaso.
urubu Moraes Moreira. Composição: Henrique Mautner e Antonio
Sonhava com a casa de barro, a do joão-de-barro, Pires. Letras, [s. l.], 2022.
e ficava triste

15
1 - (MODERNA – Banco de questões) Em que história da literatura infantil a canção se baseia para
narrar a origem do Pégaso? Justifique sua resposta.
2 - (MODERNA – Banco de questões) O passarinho feio gostaria de ser vários pássaros. O que isso
pode revelar sobre ele?
• Leia este poema concreto para responder às questões 3 e 4

Fonte: Poesia Concreta. Academia Portocalvense Aphla, [s. l.], 26 dez. 2014.

“Ao trabalhar de forma integrada o som, a visualidade e o sentido das palavras, a poesia concreta
propõe novos modos de fazer poesia, visando a uma ‘arte geral da palavra’”.
Fonte: Poesia Concreta, [s. l.], [2022?].

3 - (MODERNA – Banco de questões – Adaptada) Que imagem o jeito que os versos estão escritos
sugere?
4 - Reescreva a poesia concreta, transformando-a em um texto “em prosa”.
• Leia os dois textos a seguir, para responder às questões 5 e 6.

Como um pintinho se desenvolve dentro do ovo?


Por Julia Moioliaccess
Rápido: em só 21 dias, o dito cujo, que começa como um embrião de 0,002 g, fica pronto – e quebra
a casca por conta própria.
Depois que a galinha bota o ovo, o pintinho se desenvolve em 21 dias. [...]
O pintinho fica dentro do saco amniótico, no centro do ovo, totalmente preenchido por líquido.
O alimento dele vem da gema, rica em minerais e gorduras. Em volta de tudo, fica a clara, que for-
nece proteína ao embrião. A captura de nutrientes rola por uma abertura umbilical que se liga ao
saco – não confundir com o cordão umbilical, exclusivo dos mamíferos. [...]
Fonte: Adaptado de MOIOLI, Julia. Como um pintinho se desenvolve dentro do ovo? Revista Superinteressante [s. l.], 24 maio 2011.

16
Poesia concreta “Ovonovelo (1956)”
Augusto de Campos

Fonte: TAVARES, Grazielle. Plano de aula: Composição de poemas concretos e visuais. Nova Escola, [s. l.], 2022.

5 - Qual é o tema comum tratado pelos dois textos?


6 - Releia a poesia concreta “Ovonovelo” e explique o significado de “feto feito dentro do centro”.
• Leia o poema e responda às questões 7 e 8.

Poeminha Cinético 2
(Millôr Fernandes)

Fonte: Poesia visual (7º ano): Poesia Cinética II - Millôr Fernandes. Língua Portuguesa, [s. l.], 12 jun.2013.

7 - De que forma o moço sobe a escada?


8- Por que as palavras de “Assim ele vem embora” ora estão de cabeça para baixo; ora, de cabeça
para cima?

17
REFERÊNCIAS
BALTHASAR, Marisa; GOULART Shirley. Singular & plural: leitura, produção e estudos de lingua-
gem. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2018.
LENDA do Pégaso. Moraes Moreira. Composição: Henrique Mautner e Antonio Pires. Letras, [s. l.],
2022. Disponível em: <http://letras.terra.com.br/moraes-moreira/47516/>. Acesso em: 29 maio 2022.
MODERNA. Banco de questões. Disponível em: <https://www.moderna.com.br/banco-de-ques-
toes/>. Acesso em: 5 jun. 2019.
MOIOLI, Julia. Como um pintinho se desenvolve dentro do ovo? Superinteressante [s. l.], 24 maio
2011. Disponível em: <https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-um-pinto-se-desenvol-
ve-dentro-do-ovo/>. Acesso em: 17 maio 2022.
POESIA Concreta. Academia Portocalvense Aphla, [s. l.], 26 dez. 2014. Disponível em: <https://aca-
demiaportocalvenseaphla.blogspot.com/2014/12/poesia-concreta.html>. Acesso em: 17 maio 2019.
POESIA Concreta, [s. l.], [2022?]. Disponível em: <https://poesiaconcreta.com.br/poetas.php>.
Acesso em: 30 maio 2022.
POESIA visual (7º ano): Poesia Cinética II - Millôr Fernandes. Língua Portuguesa, [s. l.], 12 jun.2013.
Disponível em: <http://linguaportuguesacems.blogspot.com/2013/06/poesia-visual-7-ano.html>.
Acesso em: 30 maio 2022.
TAVARES, Grazielle. Plano de aula: Relações sonoras e gráficas para poema visual e concreto. Nova
Escola, [s. l.], 2022. Disponível em: <https://novaescola.org.br/planos-de-aula/fundamental/3a-
no/lingua-portuguesa/relacoes-sonoras-e-graficas-para-poema-visual-e-concreto/4493>. Aces-
so em: 27 maio 2022.
TAVARES, Grazielle. Plano de aula: Composição de poemas concretos e visuais. Nova Escola, [s. l.],
2022. Disponível em: <https://novaescola.org.br/planos-de-aula/fundamental/3ano/lingua-por-
tuguesa/composicao-de-poemas-concretos-e-visuais/3510>. Acesso em: 27 maio 2022.

18
PRÁTICAS DE LINGUAGENS
Leitura.
Análise linguística/semiótica.
Produção de textos.
Oralidade.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Reconstrução das condições (EF69LP20A) Identificar, tendo em vista o contexto de produção,
de produção e circulação e a forma de organização dos textos normativos e legais, a lógica
adequação do texto à constru- de hierarquização de seus itens e subitens e suas partes: parte
ção composicional e ao estilo inicial (título – nome e data – e ementa), blocos de artigos (parte,
de gênero. (Lei, código, estatu- livro, capítulo, seção, subseção), artigos (caput e parágrafos e
to, código, regimento etc.). incisos) e parte final (disposições pertinentes à sua implemen-
Variação linguística. tação).

Consideração das condições de (EF69LP20B) Analisar, tendo em vista o contexto de produção,


produção. efeitos de sentido causados pelo uso de vocabulário técnico,
pelo uso do imperativo, de palavras e expressões que indicam
Estratégias de produção: pla- circunstâncias, como advérbios e locuções adverbiais, de pala-
nejamento, textualização e re- vras que indicam generalidade, como alguns pronomes indefini-
visão/edição. dos, de forma a poder compreender o caráter imperativo, coerci-
Participação em discussões tivo e generalista das leis e de outras formas de regulamentação.
orais de temas controversos de (EF69LP55X) Reconhecer, considerando a situação comunicati-
interesse da turma e/ou de re- va, as variedades da língua falada, o conceito de norma-padrão e
levância social. o de preconceito linguístico.
(EF69LP51) Engajar-se ativamente nos processos de planeja-
mento, textualização, revisão/ edição e reescrita, tendo em vista
as restrições temáticas, composicionais e estilísticas dos tex-
tos pretendidos e as configurações da situação de produção –
o leitor pretendido, o suporte, o contexto de circulação do texto,
as finalidades etc. – e considerando a imaginação, a estesia e a
verossimilhança próprias ao texto literário.
(EF69LP15X) Apresentar argumentos e contra-argumentos coe-
rentes, respeitando os turnos de fala e opiniões divergentes, na
participação em discussões sobre temas controversos e/ou po-
lêmicos.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Textos normativos e textos reivindicatórios
DURAÇÃO: 5 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Apresentar aos estudantes modelos de textos normativos e evidenciar as suas características. Re-
lembrar sobre textos reivindicatórios, também caracterizando-os. Estabelecer estratégias e proce-
dimentos para a leitura de textos e para oralidade, em momentos de discussão sobre temas diversos.

19
B) DESENVOLVIMENTO:
1ª aula: Explicar os textos normativos exemplificando-os: regimentos e estatutos de organizações
da sociedade civil; regras e regulamentos.
Abrir discussão para que os estudantes opinem sobre a necessidade ou não de regras de convivên-
cia e de regulamentos nos vários âmbitos da escola – campeonatos, festivais, biblioteca, regras de
convivência etc.
Orientar os estudantes para que, durante a discussão, façam anotações como forma de registra-
rem os argumentos ou assuntos relevantes.
Promover a leitura de diversos modelos de lei, código, estatuto, código, regimento etc., identifi-
cando as suas partes: parte inicial (título – nome e data – e ementa), blocos de artigos (parte, livro,
capítulo, seção, subseção), artigos (caput e parágrafos e incisos) e parte final (disposições perti-
nentes à sua implementação).
Apresentar um exemplo de “Regulamento de Biblioteca”.
• Sugestão: Regulamento da Biblioteca “Prof. Rubens Costa Romanelli” Faculdade de Letras
- UFMG. Disponível em: <http://www.letras.ufmg.br/biblioteca/pdfs/REGULAMENTO%20
DA%20BIBLIOTECA.pdf>.

O exemplo de regulamento apresentado (qualquer um, escolhido pelo professor), deve ser anteci-
padamente adaptado para a realidade da escola.
Comentar sobre aspectos de um regulamento de biblioteca, e possibilitar aos estudantes que co-
mentem como imaginam o funcionamento da biblioteca da escola.
2ª aula: Organizar os estudantes em duplas. Solicitar que formulem e anotem perguntas para se-
rem feitas à bibliotecária da escola, visando uma posterior elaboração de regulamento da bibliote-
ca. É importante a intervenção do professor, orientando na formulação das perguntas, para que, ao
final da entrevista com a bibliotecária, haja informações pertinentes para a elaboração do estatuto,
pelos estudantes.
Promover leitura das perguntas, bem como comentários e sugestões.
Neste momento, incentivar que os estudantes apresentem argumentos e contra-argumentos coe-
rentes, respeitando os turnos de fala e opiniões divergentes.
Pedir para escreverem a versão final das perguntas para a entrevista.
3ª aula: Visita programada e orientada à biblioteca da escola, para realização da entrevista. Su-
gestão de organização, devido ao tempo curto: cada dupla faz uma pergunta, comum a todos. Os
estudantes registram a resposta.
Orientar para registrarem as respostas, considerando a situação comunicativa, as variedades da
língua falada e o conceito de norma-padrão.
4ª aula: Sob orientação do professor, os estudantes elaboram um modelo prático de regulamento
de biblioteca. Durante a produção, observar o uso de: vocabulário técnico; imperativo; palavras e
expressões que indicam circunstâncias, como advérbios e locuções adverbiais; palavras que indi-
cam generalidade, como alguns pronomes indefinidos.
Aproveitar para fazer correções ortográficas, observar coerência etc.
Depois, fazer a edição e impressão do regulamento e apresentar à bibliotecária, solicitando que
seja fixado em local visível na biblioteca da escola.

20
5ª aula: Explanar sobre cartas de reclamação e cartas de solicitação, demonstrando o caráter rei-
vindicatório desse gênero.
Apresentar alguns modelos, para que os estudantes se familiarizem com o gênero.
Solicitar que façam as atividades propostas: questões nº de 1 a 5. Na sequência realizar de forma
coletiva a correção das atividades propostas.
RECURSOS:
Cópias de textos específicos, projetor multimídias, quadro e pincel, internet, celular e folha ofício.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Observar a habilidade do estudante em situações de discussão oral e coletiva. Aproveitar para ana-
lisar a ortografia, a pontuação e a coesão durante a produção textual. Perceber a capacidade do
estudante de transpor as respostas de uma entrevista oral para um texto escrito, considerando as
especificidades coloquiais da fala, bem como a formalidade da escrita respeitando-se a norma-
-padrão. Durante o processo, verificar se as habilidades pretendidas foram atendidas. A critério do
professor, a atividade proposta pode servir também como instrumento avaliativo.

ATIVIDADES
• Leia a tirinha de Calvin, para responder às questões 1, 2 e 3.

Fonte: BALTHASAR, Marisa; GOULART Shirley. Singular & plural: leitura, produção e estudos de linguagem.
3. ed. São Paulo: Moderna, 2018. p.222.

1 - (BALTHASAR, 2018. p.222) Na tira, Calvin está escrevendo uma carta para o Papai Noel. Com que
finalidade ele faz isso: para solicitar ou reclamar de algo? Explique.
2 - (BALTHASAR, 2018. p.222) Esse é o tipo de carta que as crianças costumam escrever para o
Papai Noel? Explique.
3 - (BALTHASAR, 2018. p.222 – Adaptada) Podemos dizer que o tipo de carta que Calvin usa para se
comunicar com o Papai Noel e o modo como ele trata o seu destinatário na carta são adequados?
Justifique.

21
• Leia, agora, uma carta de solicitação e responda às questões 4 e 5.

Fonte: SARMENTO, Leila Lauar. Oficina de redação. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2006. p.247

4 - (SARMENTO, 2006. p.247)


a) Qual a solicitação apresentada na carta?
b) Que argumentos a remetente usa para justificar seu pedido?

5 - (SARMENTO, 2006. p.247) Todos os elementos típicos da estrutura de uma carta argumentativa
estão presentes nesse exemplo. Concentrando-se apenas no corpo do texto, identifique a introdu-
ção, o desenvolvimento e a conclusão e explique como a remetente usou cada parte para construir
sua carta.

REFERÊNCIAS
BALTHASAR, Marisa; GOULART Shirley. Singular & plural: leitura, produção e estudos de lingua-
gem. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2018.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: educação
infantil, o ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores
de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/im-
plementacao/curriculos_estados/documento_curricular_mg.pdf>. Acesso em: 05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Universidade Federal de Minas Gerais. Regulamento da Biblioteca “Prof. Rubens
Costa Romanelli”. Faculdade de Letras, Belo Horizonte, [2022?]. Disponível em: <http://www.letras.
ufmg.br/biblioteca/pdfs/REGULAMENTO%20DA%20BIBLIOTECA.pdf>. Acesso em: 13 abr. 2022.
SARMENTO, Leila Lauar. Oficina de redação. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2006.

22
PRÁTICAS DE LINGUAGENS
Oralidade.
Produção de textos.
Análise linguística/semiótica.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Procedimentos de apoio à (EF89LP28) Tomar nota de videoaulas, aulas digitais, apresenta-
compreensão tomada de ções multimídias, vídeos de divulgação científica, documentários
nota. e afins, identificando, em função dos objetivos, informações prin-
Estratégias de escrita: tex- cipais para apoio ao estudo e realizando, quando necessário, uma
tualização, revisão e edição. síntese final que destaque e reorganize os pontos ou conceitos
centrais e suas relações e que, em alguns casos, seja acompanha-
Participação em discussões da de reflexões pessoais, que podem conter dúvidas, questiona-
orais de temas controversos mentos, considerações etc.
de interesse da turma e/ou
de relevância social. (EF89LP25) Divulgar o resultado de pesquisas por meio de apre-
sentações orais, verbetes de enciclopédias colaborativas, repor-
Coesão. tagens de divulgação científica, vlogs científicos, vídeos de dife-
rentes tipos etc.
(EF69LP15X) Apresentar argumentos e contra-argumentos coe-
rentes, respeitando os turnos de fala e opiniões divergentes, na
participação em discussões sobre temas controversos e/ou polê-
micos.
(EF08LP15) Estabelecer relações entre partes do texto, identifi-
cando o antecedente de um pronome relativo ou o referente co-
mum de uma cadeia de substituições lexicais.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Gêneros “multimidiáticos”
DURAÇÃO: 3 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Ao anunciarmos a questão dos gêneros multimidiáticos, estamos colocando em cena a diversi-
dade de mídias, como a TV, o rádio e a internet. Essa ideia amplia nossa condição de exploração
de gêneros discursivos, à medida que podemos dimensionar o ensino de uma variedade de textos
contemporâneos, sem abandonar os tradicionalmente contemplados em nosso planejamento, de
forma a assegurar um olhar para além do “impresso/escrito”.
Assim, considerando a diversidade de linguagens e mídias (e de culturas, valorizadas e locais), o
professor tornará o trabalho mais significativo, especialmente por abrir espaço para gêneros, por
vezes, conhecidos pelos estudantes, mas que, até então, não eram tomados como objetos de es-
tudo e análise na escola.
Aula expositiva sobre apresentações de multimídias, vídeos de divulgação científica, documentários
e afins. Explorar a diversidade de gêneros “multimidiáticos” que podem ser utilizados para informar
e instruir a sociedade sobre assuntos relevantes para a saúde, o meio ambiente, a segurança etc.

23
B) DESENVOLVIMENTO:
1ª aula: Utilizar projetor multimídia e internet para mostrar aos estudantes os diversos textos de
multimídias: vídeos, vlogs, podcasts etc.
Fazer abordagem mais específica de vídeos de divulgação científica.
Definir vlog e demonstrar como o uso de vlogs pode facilitar a compreensão da informação científica.
Assistir a um vlog de divulgação científica, previamente selecionado pelo professor.
• Sugestão: “O prejuízo dos boatos para a ciência”. Disponível em: <https://www.youtube.
com/watch?v=gSbZs8BA>.

Resolver, coletivamente, as questões 1, 2 e 3 das atividades propostas.


Solicitar aos estudantes que assistam, em casa, a vídeos de divulgação científicas, preferencial-
mente vlogs.
• Sugestão: Super lista de canais de divulgação científica do Science Vlogs Brasil (atualizada).
Disponível em: <https://azevedodafonseca.medium.com/super-lista-dos-canais-de-divul-
ga%C3%A7%C3%A3o-cient%C3%ADfica-do-science-vlogs-brasil-76fd3b30ccad>.

Os estudantes devem assistir aos vlogs e, em seguida, produzir uma resenha crítica, conforme
instruções na questão 4, no quadro: “Minha resenha crítica NA PRÁTICA” das atividades propostas.
2ª aula
Organizar a sala em círculo, para facilitar a exposição oral dos estudantes.
Os estudantes devem apresentar oralmente suas resenhas críticas, deixando claras as suas opiniões
e argumentando de forma coerente. Permitir que outros estudantes possam contra-argumentar.
Nesse momento, observa-se o desenvolvimento da linguagem oral dos estudantes, suas expres-
sões e articulação.
Ao final, as produções textuais devem ser entregues ao professor.
3ª aula
Devolver aos estudantes, as produções corrigidas e comentar sobre os aspectos observados, prin-
cipalmente, as relações entre partes do texto – a coesão. Durante os comentários, permitir que os
estudantes se pronunciem.
RECURSOS:
Projetor multimídia; internet; celular; folha ofício/A4; atividades propostas impressas.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Será observada a compreensão e interpretação do estudante em relação ao gênero vídeos de di-
vulgação científica; a produção de texto opinativo – resenha crítica; a escrita em relação à norma-
-padrão. Observar a habilidade do estudante em situações de exposição oral e coletiva. Aproveitar
para analisar a ortografia, a pontuação e a coesão durante a produção textual.

24
ATIVIDADES

RESENHA CRÍTICA: uma opinião consistente


Você já olhou para o cartaz de um filme, gostou da imagem, achou o título interessante, mas ficou
em dúvida se valeria mesmo a pena comprar o ingresso para vê-lo no cinema? As resenhas críti-
cas podem ajudar você a tomar uma decisão em momentos assim.
O gênero textual resenha crítica tem como objetivo orientar o leitor quanto à decisão de conhe-
cer ou não um objeto cultural: filme, exposição, livro, game, show, série, álbum musical etc.
As resenhas, geralmente escritas por especialistas, expõem o conteúdo do objeto cultural, com-
param-no com outras produções do mesmo segmento (cinema, música, literatura etc.), avaliam
sua qualidade e argumentam para sustentar a opinião emitida.
(Moderna, 2018)

• Para responder às questões 1, 2 e 3, leia:

A resenha crítica que você lerá a seguir tem como objetivo analisar o filme Pantera Negra, que foi
lançado no primeiro semestre de 2018. A resenha foi escrita pelo jornalista piauiense Ernesto Bar-
ros para o Jornal do Commercio, de Pernambuco.
Crítica: PANTERA NEGRA, de Ryan Coogler

O universo cinematográfico Marvel, tal como o co-


nhecemos, completa 10 anos em 2018 com a che-
gada do paradigmático Pantera Negra, sua 18a pro-
dução. O longa-metragem pode ser considerado o
apogeu das adaptações para o cinema das histórias
em quadrinhos da Casa das Ideias – como a Marvel
gosta de se referir. Já em cartaz em cerca de 1.200
salas de cinema espalhadas pelo país, o filme chega
na hora certa, quando o mundo necessita urgente-
mente de uma orientação político-espiritual sobre
o seu futuro, ameaçado por governantes egoístas e
Fonte: MODERNA, 2018. p.221.
despreparados para esboçar qualquer reação dian-
te da corda bamba em que ele se equilibra.
A grande surpresa é ver que Pantera Negra, um filme de super-herói sobre um rei de uma nação
africana, aparentemente pobre, não está brincando quando aponta o isolacionismo e o mau uso
das riquezas naturais como entraves para o mundo viver melhor, tal e qual o povo de Wakanda,
a nação superdesenvolvida que há séculos está fora do radar do mundo, fechada em si mesma,
negando-se, em nome da autoproteção, a partilhar as maravilhas proporcionadas pelos poderes do
superminério Vibranium, que tem mil utilidades e aplicações tecnológicas, deixando a impressão
de que, do lado de cá, ainda vivemos na Idade da Pedra.
Para quem nunca ouviu falar, nem leu nenhuma de suas histórias, assistir ao primeiro filme de Pan-
tera Negra, o super-herói criado por Stan Lee e Jack Kirby em 1966, é um choque e tanto. Não é
o fato de ele ser negro, como praticamente todos os personagens do filme, o que provoca uma
surpresa fundamental. Mas sim a responsabilidade sobre- -humana que T’Challa/Pantera Negra,
o jovem rei de Wakanda, assume quando dá os primeiros passos como governante, de olhos aber-
tos para tudo o que acontece ao seu redor.

25
Trazer para o mundo um super-herói com tais propósitos era tudo o que o jovem diretor Ryan Coo-
gler, 32 anos, que chega agora ao terceiro longa-metragem, precisava. De certa maneira, Pantera
Negra é um filme que propõe uma revisão em nossas atitudes políticas e sociais. Embora tenha
o revestimento das grandes ideias, o que Coogler e Joe Robert Cole, corroteirista, oferecem ao
público é também um excitante filme de aventuras, ficção científica e misticismo, marcado por
inúmeras revira- voltas, mulheres e homens admiráveis, atos de heroísmo e de grandeza, além de
vilões perspicazes e de coração duro, vítimas do abandono e do desespero.
Todo esse coquetel de sensações é traduzido num visual esplendoroso, belamente capturado pelas
lentes de Rachel Morrison (a primeira diretora de fotografia indicada ao Oscar, pelo filme Mudbou-
nd – Lágrimas do Mississippi). O reino de Wakanda e Seul, na Coreia do Sul, ganham a aparência de
lugares nunca vistos, apenas imaginados. A versão em 3D é particularmente feliz em captar cada
nuance de luz, reentrâncias, pesos e medidas desses espaços quase oníricos, ainda mais expres-
sivos com os vestuários afro-futuristas de Ruth Carter ou a direção de arte majestosa de Hannah
Beachler para a Cidade de Esmeraldas (ou Eldorado, como diz o vilão Ulysses Klaue, vivido por um
Andy Serkis clownesco).
Apesar de toda beleza e envolvimento sensorial – a trilha sonora do sueco Ludwig Göransson tem
uma presença incrível –, Pantera Negra é um filme em que os personagens adquirem o milagre de
demonstrar que possuem alma – não são apenas ideias genéricas de seres humanos. T’Challa, in-
terpretado por Chadwick Boseman (que fez James Brown em Get on Up, em 2014), por várias vezes
ultrapassa o plano da vida terrestre para outro superior, onde se comunica com os antepassados,
especialmente o pai, T’Chaka (John Kani), que cometeu erros e deixou o legado de morte e dor que
o filho terá que resolver.
Para dar conta de todos esses desafios, T’Challa/Pantera Negra tem a companhia do xamã Zuri
(Forrest Whitaker) e de quatro mulheres que o acompanham sempre: a madrasta Ramonda (An-
gela Basset), a ex-namorada Nakia (Lupita Nyong’o), a guerreira Okoye (Danai Gurira) e a irmã gênia
da computação Shuri (Letitia Wright), além do amigo W’Kabi (Daniel Kaluuya). Casado com Okoye,
W’Kabi se revoltará com T’Challa quando Erik Kilmonger (Michael B. Jordan) aparece para cobrar
uma dívida dos seus ancestrais.
Embora tenha o ritmo frenético semelhante a outros filmes da Marvel, seguramente Pantera Negra
traz momentos de reflexão inéditos entre eles. Para quem acompanha esses personagens desde a
mais tenra infância, vê-los com uma estatura humana mais do que heroica é um momento de júbilo
e fé no cinema que, mesmo diante de tantos imperativos econômicos, atinge as alturas excelsas
da arte.
Fonte: BARROS, Ernesto. Crítica: Pantera Negra, de Ryan Coogler. Cine HQ, [s. l.], 16 fev. 2018.

VOCABULÁRIO

Paradigmático: que servirá como modelo. Clownesco: apalhaçado; semelhante a um palhaço.


Apogeu: auge. Xamã: sacerdote. Júbilo: grande alegria.
Isolacionismo: postura política internacional Excelsas: sublimes; dignas de louvor.
que defende o isolamento.
Oníricos: que se refere a sonhos.

26
1 - (MODERNA, 2018 – Adaptada) O autor iniciou a resenha mencionando o “universo cinematográfi-
co Marvel”.
a) O filme é uma adaptação. Qual é a forma original da narrativa? Que informações sobre ela a
resenha oferece?
b) O super-herói Pantera Negra assume o papel de líder político em seu país. Que importante
decisão ele tem de tomar como governante?

2 - (MODERNA, 2018 – Adaptada) Um resenhista deve mostrar cultura ampla e bom conhecimento
do segmento cultural em que se insere o objeto que analisa.
a) Quais profissionais ligados ao mundo cinematográfico são citados na resenha?

3 - (MODERNA, 2018 – Adaptada) Dependendo do veículo de circulação, uma resenha pode se desti-
nar a um público específico, também conhecedor do assunto, ou amplo e heterogêneo.
a) Como é o público dessa resenha? Explique como você chegou a essa conclusão.

4 - PRODUÇÃO TEXTUAL
Assista mais uma vez ao vídeo escolhido durante a aula.
Depois de assistir ao vídeo, ESCREVA UMA RESENHA CRÍTICA, considerando as instruções obser-
vadas no quadro em destaque “Minha resenha crítica na prática”

Minha resenha crítica NA PRÁTICA


Observe as seguintes instruções:

1) Escreva um parágrafo de apresentação do vídeo. Identifique-o e expresse uma opinião


favorável ou desfavorável.
2) Amplie sua descrição. Você pode resumir o conteúdo, descrever o tema etc.
3) Produza um ou mais parágrafos para desenvolver a ideia.
4) Redija um parágrafo de conclusão (o último), recomendando ou não ao público aquele ob-
jeto cultural (o vídeo).
5) Releia a resenha para verificar se os argumentos que você utilizou no texto reforçam a
opinião que você emitiu.
6) A resenha não pode ser apenas a expressão de seu gosto pessoal.
7) Elabore um título que destaque a informação mais importante do texto.

REFERÊNCIAS
BARROS, Ernesto. Crítica: Pantera Negra, de Ryan Coogler. Cine HQ, [s. l.], 16 fev. 2018. Disponível
em: <https://m.jc.ne10.uol.com.br/blogs/cinehq/2018/02/16/1278/>. Acesso em: 10 jun. 2022.
DIFERENÇAS e aplicações entre multissemiótico e multimidiático. Escrevendo o Futuro, [s. l.],
[2021]. Disponível em: <https://www.escrevendoofuturo.org.br/formacao/pergunte-a-olim-
pia/178/diferencas-e-aplicacoes-entre-multissemiotico-e-multimidiatico#:~:text=Quando%20
falamos%20em%20g%C3%AAneros%20multissemi%C3%B3ticos,linguagens%20(modos%20
e%20semioses)>. Acesso em: 27 jul. 2022.
FONSECA, André Azevedo da. Super lista de canais de divulgação científica do Science Vlogs Brasil
(atualizada). Medium, [s. l.], 13 mar. 2019. Disponível em: <https://azevedodafonseca.medium.com/
super-lista-dos-canais-de-divulga%C3%A7%C3%A3o-cient%C3%ADfica-do-science-vlogs-bra-
sil-76fd3b30ccad>. Acesso em: 31 maio 2022.

27
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: educação
infantil, o ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores
de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/im-
plementacao/curriculos_estados/documento_curricular_mg.pdf>. Acesso em: 05 jun. 2022.
O PREJUÍZO dos boatos para a ciência | Esper Kallás | Cabine #01. [s. l.: s. n.], 02 mar. 2016. 1 vídeo
(2min). Publicado pelo canal Drauzio Varella. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?-
v=gSbgZs8OIBA>. Acesso em: 31 maio 2022.
ORMUNDO, Wilton; SINISCALCHI, Cristiane. Se liga na língua: leitura, produção de texto e lingua-
gem. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2018. pg. 216-224.
SARMENTO, Leila Lauar. Oficina de redação. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2006.

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PRÁTICAS DE LINGUAGENS
Produção de textos.
Análise linguística/semiótica.
Leitura.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Morfossintaxe. (EF08LP10) Interpretar, em textos lidos ou de produção própria, efeitos
de sentido de modificadores do verbo (adjuntos adverbiais – advérbios e
Variação linguística.
expressões adverbiais), usando-os para enriquecer seus próprios textos.
Estratégia de leitura. (EF69LP55X) Reconhecer, considerando a situação comunicativa, as va-
Apreciação e réplica. riedades da língua falada, o conceito de norma-padrão e o de preconceito
linguístico.
Relação entre textos.
(EF89LP33) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando pro-
Recursos linguísticos e cedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e
semióticos que operam levando em conta características dos gêneros e suportes – romances,
nos textos pertencentes contos contemporâneos, minicontos, fábulas contemporâneas, roman-
aos gêneros literários. ces juvenis, biografias romanceadas, novelas, crônicas visuais, narrati-
vas de ficção científica, narrativas de suspense, poemas de forma livre e
fixa (como haicai), poema concreto, ciberpoema, dentre outros, expres-
sando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo preferências por gê-
neros, temas, autores.
(EF69LP50X) Elaborar texto teatral, a partir da adaptação de romances,
contos, mitos, lendas locais reconstruídas a partir da ajuda de familiares,
narrativas de enigma e de aventura, novelas, biografias romanceadas,
crônicas, dentre outros, indicando as rubricas para caracterização do ce-
nário, do espaço, do tempo; explicitando a caracterização física e psico-
lógica dos personagens e dos seus modos de ação; reconfigurando a in-
serção do discurso direto e dos tipos de narrador; explicitando as marcas
de variação linguística (dialetos, registros e jargões) e retextualizando o
tratamento da temática para interagir com a cultura local e comunidade.
(EF69LP54) Analisar os efeitos de sentido decorrentes da interação en-
tre os elementos linguísticos e os recursos paralinguísticos e cinésicos,
como as variações no ritmo, as modulações no tom de voz, as pausas,
as manipulações do estrato sonoro da linguagem, obtidos por meio da
estrofação, das rimas e de figuras de linguagem como as aliterações, as
assonâncias, as onomatopeias, dentre outras; a postura corporal e a ges-
tualidade, na declamação de poemas, apresentações musicais e teatrais,
tanto em gêneros em prosa quanto nos gêneros poéticos; os efeitos de
sentido decorrentes do emprego de figuras de linguagem, tais como
comparação, metáfora, personificação, metonímia, hipérbole, eufemis-
mo, ironia, paradoxo e antítese e os efeitos de sentido decorrentes do
emprego de palavras e expressões denotativas e conotativas (adjetivos,
locuções adjetivas, orações subordinadas adjetivas etc.), que funcionam
como modificadores, percebendo sua função na caracterização dos es-
paços, tempos, personagens e ações próprios de cada gênero narrativo.

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PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Texto teatral, contos e crônicas
DURAÇÃO: 5 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Expor sobre a importância da leitura na vida das pessoas.
Comentar sobre a narração de fatos (reais ou fictícios), que sempre esteve presente na literatura.
Evidenciar a função social do teatro, de crítica, propagação e perpetuação cultural e entreteni-
mento.
Abordar aspectos históricos sobre o surgimento e a estrutura de peças teatrais – comédias, tragé-
dias e dramas.
Retomar conceitos de contos e crônicas.
Demonstrar o caráter narrativo dos contos, das crônicas e do texto teatral, destacando a diferença
entre as estruturas (escritas) desses gêneros.
Explanar sobre discurso direto, muito utilizado em textos teatrais.
B) DESENVOLVIMENTO:
1ª aula: Aula expositiva abordando a classe de palavras advérbio.
Enfatizar os efeitos de sentido de modificadores do verbo (adjuntos adverbiais – advérbios e ex-
pressões adverbiais).
Solicitar aos estudantes que façam as atividades propostas – 1ª PARTE: MODIFICADORES DO VER-
BO – ADVÉRBIOS (questões de 1 a 7).
2ª aula: Realizar uma correção coletiva das atividades, possibilitando aos estudantes que se ex-
pressem e apresentem as suas respostas.
O professor deve levar para a sala de aula alguns livros literários escolhidos previamente do acervo
da biblioteca da escola.
(Preferencialmente, livros de contos ou crônicas, por apresentarem narrativas curtas. Sugestões:
Várias Histórias, de Machado de Assis; Para Gostar de Ler, coleção com 13 volumes, de diversos
autores; O mundo é uma bola – crônicas, futebol & humor, treze cronistas escrevem sobre o dia a
dia do brasileiro, sob um viés do futebol).
Na sala, organizar a turma em grupos e apresentar os livros aos estudantes, fazendo um breve re-
lato dos temas, e deixar que eles os manuseiem livremente.
Em seguida os estudantes escolherão um dos títulos por grupo para leitura.
Orientar os estudantes para observarem, durante a leitura, os efeitos de sentido de modificadores
do verbo (adjuntos adverbiais – advérbios e expressões adverbiais).
O professor deve intermediar o processo de empréstimo dos livros da biblioteca aos estudantes, de
forma que todos tenham acesso.
3ª aula: Enquanto os alunos procedem à leitura extraclasse dos livros, o professor aborda, em sala,
o gênero texto teatral.

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Explanar sobre as características desse gênero:

No gênero texto teatral, não há, em geral, um narrador. A história é contada por meio de falas e de
ações, que são deduzidas a partir das falas ou descritas entre parênteses, nas chamadas rubricas.
Estas também informam a entrada e a saída dos personagens do palco, os elementos que compõem
o cenário e o tom de algumas falas em cena. Embora as rubricas orientem alguns aspectos da atua-
ção, quando o texto é apresentado, nos espetáculos teatrais, cabe aos atores e diretores definir
como serão as cenas.
Os textos teatrais tradicionais costumam apresentar um conflito, que leva ao clímax e provoca a ex-
pectativa do público quanto à solução final. Nos contemporâneos, nem sempre isso acontece e há
muitas variações naquilo que ocorre no palco. Existem monólogos (peças centradas em um único
personagem), peças sem falas, peças em que atores interagem com o público, e até mesmo peças
encenadas em lugares alternativos, como a rua.
(ORMUNDO, 2018)

Chamar a atenção para o fato de, por representar as falas das personagens, a linguagem utilizada
nos diálogos deve conter as marcas da oralidade: variedades da língua falada, de acordo com o
tempo, a região, a classe social etc.
Narração por meio do discurso direto.
Enfatizar o uso de variedades linguísticas nesse gênero textual.
4ª aula
Solicitar aos estudantes que façam as atividades propostas – 2ª PARTE: O TEXTO TEATRAL (ques-
tões de 8 a 11).
Essas questões devem ser respondidas pelos estudantes com a orientação e a assistência do pro-
fessor, para direcionar o raciocínio dos estudantes às particularidades do gênero texto teatral.
Demais aulas (quantidade de aulas conforme necessidade verificada pelo professor).
Os estudantes vão produzir um texto teatral, conforme atividades propostas – 3ª PARTE: PRODU-
ÇÃO TEXTUAL – O TEXTO TEATRAL.
Eles devem escolher um conto (ou uma crônica) dos livros literários lidos, que será a base para
a criação de um texto teatral formado por uma única cena. Essa produção será feita em grupos
(de acordo com os grupos de leitura dos livros) e, depois, apresentada por meio de uma leitura dra-
mática para os colegas de turma.
O professor deverá acompanhar e orientar as diferentes etapas da produção textual dos estudantes.
Última aula (1 ou mais, a critério do professor).
Os estudantes deverão fazer uma apresentação oral em grupo, como uma encenação teatral.
Se possível, providenciar meios para encenação (cenário, figurino etc.).
Ao final, os textos teatrais produzidos serão entregues ao professor. (A produção textual deve ser
organizada, estilizada, digitada ou manuscrita – com letra legível. Deve conter uma capa com nome
da escola, do professor, dos alunos, com o título “da peça teatral” e data).
RECURSOS:
Quadro e pincel; livros de literatura; atividades propostas impressas.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Observar o envolvimento dos estudantes com a proposta, sua participação individual e coletiva,
considerando o respeito à produção dos colegas, aos diferentes ritmos e tempos de fala.

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O trabalho final entregue pelos estudantes será o principal objeto da avaliação. Averiguar a com-
patibilidade ao estilo do texto teatral. Também será muito importante observar a habilidade do
estudante em situações de exposição oral, bem como o comportamento durante a elaboração de
atividade coletiva.

ATIVIDADES
1ª PARTE: MODIFICADORES DO VERBO – ADVÉRBIOS

A classe de palavras que adiciona circunstâncias – de tempo, de lugar, de modo etc. –


aos processos verbais é chamada de advérbio.
Leia esta tirinha com os personagens Lucy e Snoopy.
Minduim Charles Schulz

(ORMUNDO, 2018. p. 166)

1 - (ORMUNDO, 2018) O leitor contemporâneo percebe que a tirinha foi produzida há bastante tempo.
Como você a adaptaria para os dias atuais?
2 - (ORMUNDO, 2018) Segundo Lucy, o texto de Snoopy é “muito vago”. Qual das palavras – muito ou
vago – expressa um “defeito” no texto? Qual é a função da outra palavra?

Veja a tirinha produzida pela ilustradora paranaense Cibele Santos.

(ORMUNDO, 2018. p. 171)

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3 - (ORMUNDO, 2018) A quem se refere o pronome “ela”? Como é possível identificar seu referente?
4 - (ORMUNDO, 2018) Que recursos não verbais mostram a surpresa da mulher que fala e do homem
ao lado dela?
5 - (ORMUNDO, 2018) Como o advérbio “meio” se classifica?
6 - (ORMUNDO, 2018) Que palavra esse advérbio modifica? Ele concorda com ela? Justifique sua
resposta.
7 - (ORMUNDO, 2018) Complete a fala empregando um advérbio de intensidade que contribua para
expressar o estado real da personagem que dorme.
8 - (ORMUNDO, 2018) Qual é o outro advérbio empregado na tira? Ele modifica um verbo, um adjetivo
ou outro advérbio?

2ª PARTE: O TEXTO TEATRAL


Leia o início de uma peça do ator e dramaturgo ítalo-brasileiro Gianfrancesco Guarnieri (1934-2006).

Eles não usam black-tie


PEÇA EM 3 ATOS E 6 QUADROS
ATO 1
(BARRACO DE ROMANA. MESA AO CENTRO. UM PEQUENO FOGAREIRO, CÔMODA, CAIXOTES
SERVEM DE BANCOS. HÁ APENAS UMA CADEIRA. DOIS COLCHÕES ONDE DORMEM CHIQUINHO
E TIÃO)
QUADRO 1
MARIA: (falando baixo, entre risos) Pronto, lá se foi o sapato. Enterrei o pé na lama...
TIÃO: Olha só como tá meu linho! (Passa a mão pela roupa, risonho. Para fora.) Ei, Juvêncio! To-
cando na chuva estraga a viola! (Pausa. O violão afasta-se.) É um maluco... Tocando na chuva.
MARIA: Fala baixo, tu acorda o pessoá!
TIÃO: Acorda, não.
MARIA: É melhó a gente ir andando... é só um pedacinho.
TIÃO: Pra ficá enterrada na lama? Não senhora, vamo esperá estiá. [...]
GIANFRANCESCO GUARNIERI. Eles não usam black-tie. São Paulo: Civilização Brasileira, 1994.

9 - (ORMUNDO, 2018) O que o cenário descrito na rubrica inicial revela sobre os personagens? Expli-
que sua resposta.
10 - (ORMUNDO, 2018) As características sugeridas pelo cenário são confirmadas por algum outro
elemento do texto?
11 - (ORMUNDO, 2018) Além do cenário descrito, existe outro que pode ser deduzido a partir da fala.
Qual?
12 - (ORMUNDO, 2018) Black-tie é um traje masculino formal e sofisticado. O início da peça parece
coerente com esse título? Explique.

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3ª PARTE: PRODUÇÃO TEXTUAL – O TEXTO TEATRAL
Proposta de produção textual – o texto teatral = adaptada de: (ORMUNDO, 2018. p. 162,163)
PLANEJANDO O TEXTO TEATRAL
As próximas informações vão ajudar vocês a compor o texto teatral. Leiam-nas com atenção para
planejar a produção.

Da teoria para a... ...prática.


A primeira rubrica de uma cena teatral
Transformem o cenário descrito no conto
costuma indicar o ambiente em que ocor-
em uma rubrica. Indiquem os movimentos
rem as ações, além da posição inicial dos
iniciais do personagem em cena.
personagens.
O texto teatral é constituído por falas a Imaginem o diálogo entre os personagens.
partir das quais a história vai sendo conta- Como as falas vão revelar o que aconte-
da. Indicam-se apenas as ações principais. ceu?
No teatro, a linguagem usada pelos perso- Definam a linguagem dos personagens.
nagens ajuda a caracterizá-los, sugerindo Terá um comportamento formal ou infor-
origem, nível de escolaridade, maior ou mal? Trará alguma marca de regionalismo?
menor simpatia etc. Usará gírias?
Os textos teatrais costumam ser dividi-
Sua peça será formada por uma única
dos em atos e cenas. Os atos são cenas
cena. Imaginem o final dela. Que motivo
interligadas por um tema; as cenas são
levará ao encerramento do diálogo? Qual
divididas conforme a entrada e a saída de
será a última ação?
personagens do palco.
As rubricas substituem o narrador. Elas Procurem incluir rubricas que mostrem a
são usadas em algumas falas para con- entonação de algumas falas e os gestos
textualizar a leitura do texto, mas não em que as acompanham. Considerem os sen-
todas, pois as decisões sobre a encenação timentos que estão envolvidos no diálogo
cabem ao diretor do espetáculo. dos personagens.

ELABORANDO O TEXTO TEATRAL

1) Redijam a primeira rubrica para informar os elementos do cenário e os movimentos ini-


ciais.
2) Anotem, usando apenas letras maiúsculas, o nome do personagem que fala, seguido por
dois-pontos. Na sequência, anotem a fala.
3) Desenvolvam a história escrevendo o diálogo. Cuidem para que a sequência tenha uma
lógica e que revele a história ao leitor.
4) Escrevam a última fala, que corresponde ao momento em que um dos personagens sai de
cena.
5) Redijam as rubricas para caracterizar as reações emocionais dos personagens. Vocês po-
dem indicar o tom de voz, gestos, expressões faciais etc.
6) Incluam as rubricas lembrando-se de que são escritas entre parênteses. Se o texto for
digitado, usem itálico.
7) Releiam o texto para verificar se a linguagem empregada mantém-se igual em todas as
falas do personagem de modo a manter a coerência.

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REFERÊNCIAS
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: educação
infantil, o ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores
de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/im-
plementacao/curriculos_estados/documento_curricular_mg.pdf>. Acesso em: 05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino fundamental - anos fi-
nais. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/1ylbVhMRefxB-pju3zonrOhlHMCrur1ds/
view>. Acesso em: 05 jun. 2022.
ORMUNDO, Wilton; SINISCALCHI, Cristiane. Se liga na língua: produção de texto e linguagem.
1. ed. São Paulo: Moderna, 2018.
SARMENTO, Leila Lauar. Oficina de redação. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2006.

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