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SEMINÁRIO TEOLÓGICO EVANGÉLICO BETEL BRASILEIRO

Daniel Belmont Filho

ANÁLISE EXEGÉTICA
Apocalipse 15:1-8

São Paulo
2022
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Daniel Belmont Filho

ANÁLISE EXEGÉTICA
Apocalipse 15:1-8

Trabalho referente à disciplina Hermenêutica do Apocalipse, apre-


sentado ao Seminário Teológico Evangélico Betel Brasileiro, como
requisito parcial à conclusão do curso Master em Teologia com
concentração em Hermenêutica e Pregação Bíblicas.

Docente: Prof. José Ribeiro

São Paulo
2022
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PERÍCOPE

“Vi no céu outro sinal, grande e maravilhoso: sete anjos com as sete últimas pragas, pois com
elas se completa a ira de Deus. Vi algo semelhante a um mar de vidro misturado com fogo, e,
de pé, junto ao mar, os que tinham vencido a besta, a sua imagem e o número do seu nome.
Eles seguravam harpas que lhes haviam sido dadas por Deus, e cantavam o cântico de Moisés,
servo de Deus, e o cântico do Cordeiro: ‘Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor
Deus todo-poderoso. Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações. Quem não
te temerá, ó Senhor? Quem não glorificará o teu nome? Pois tu somente és santo. Todas as na-
ções virão à tua presença e te adorarão, pois os teus atos de justiça se tornaram manifestos’.
Depois disso olhei, e vi que se abriu no céu o santuário, o tabernáculo da aliança. Saíram do
santuário os sete anjos com as sete pragas. Eles estavam vestidos de linho puro e resplande-
cente, e tinham cinturões de ouro ao redor do peito. E um dos quatro seres viventes deu aos
sete anjos sete taças de ouro cheias da ira de Deus, que vive para todo o sempre. O santuário
ficou cheio da fumaça da glória de Deus e do seu poder, e ninguém podia entrar no santuário
enquanto não se completassem as sete pragas dos sete anjos.” Apocalipse 15:1-8 – NVI

ANÁLISE LÉXICA

Versículo 1

εἴδω (eidō) ver. Verbo 2o aoristo, ativo, indicativo, 1o singular. Passa a ideia de visão plena,
de um todo acabado e completo. Ver; perceber; compreender; conhecer, possuir informações;
reconhecer, vir a conhecer; compreender, ser capaz de usar o conhecimento para saber – Mt
6,8; para saber como – Mt 7:11; do hebraico, para considerar com favor – 1Thess. 5:12. οἶδα
é na verdade uma forma perfeita funcionando como um presente, e ᾔδειν é na verdade uma
forma mais-que-perfeita funcionando como um aoristo.

σημεῖον (sēmeion) (um) sinal (miraculoso). Nome, acusativo, neutro, singular. Sinal; uma
marca pela qual algo é conhecido ou distinguido – Mt 16:3; 24:3; II Ts 3:17; um sinal, uma
promessa, uma garantia – Lc 2:12; uma prova, uma evidência, um sinal convincente – Mt
12:38; 16:1; Jo 2:18; no NT um sinal, maravilha, evento notável, aparência maravilhosa, fenô-
meno extraordinário – I Co 14:22; Ap 12:1,3; 15:1; um sinal, um prodígio – Mt 24:30; At
2:19; uma obra maravilhosa, operação milagrosa, milagre – Mt 24:24; Mc 16:17,20;
metonímia um sinal, um personagem de sinal – Lc 2:34.

οὐρανός (ouranos) céu. Substantivo, dativo, singular, masculino. Céu, ar, firmamento, qual-
quer área acima da terra; céu(s), o lugar do sol, lua e estrelas; céu, no qual Deus habita. O
"terceiro céu" pode ser um termo técnico judeu para o lugar da morada de Deus; "céu" em al-
guns contextos é um eufemismo para "Deus" (Lc 15:18).

τελέω (teleō) acabar. Verbo, aoristo, passivo, indicativo, passivo, 3º singular. Acabar; termi-
nar; completar; cumprir; ser completado, cumprido, aperfeiçoado; concluir uma operação –
Mt 11:1; 13:53; 19:1; terminar um circuito – Mt 10:23; cumprir, realizar, realizar em plena
operação – Rm 2:27; Gl 5:16; Tg 2:8; pagar dívidas – Mt 17:24; passivo a cumprir, realizado
– Lc 12:50; 18:31; do tempo, a terminar – Rm 15:8; 20:3,5,7.
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θυμός (thumos) fúria. Substantivo, nominativo, singular, masculino. Ira, fúria, raiva, um esta-
do de intenso descontentamento baseado em algum mal real ou percebido. “A raiva de Deus”
é devida à ofensa moral e tem um foco no castigo justo. Principalmente a alma, a mente; daí
uma forte paixão ou emoção da mente; raiva, ira, raiva – Lc 4:28; At 19:28.

Versículo 2

θάλασσα (thalassa) mar. Substantivo, acusativo, singular, feminino. Mar; lago; um termo ge-
ral para qualquer corpo natural de água – Mt 23:15; Mc 9:42; um mar – At 7:36; um mar inte-
rior, lago – Mt 8:24.

ὑάλινος (hualinos) vidro. Adjetivo, acusativo, singular, feminino. Vidro; de vidro; vítreo,
translúcido – Ap 4:6

μίγνυμι (mignumi) misturar. Verbo, perfeito, passivo, particípio, acusativo, singular, femini-
no.

νικάω (nikaō) conquistar. Verbo, presente, acusativo, particípio, acusativo, plural, masculi-
no. Superar, conquistar, vencer, dominar; triunfar; subjugar – Lc 1:22; Jo 16:33; absoluto,
vencedor, prevalecer, triunfar – Ap 5:5; vencer uma causa judicial – Rm 3:4.

θηρίον (thērion) animal (selvagem). Substantivo, neutro, singular, genitivo. Animal (selva-
gem), besta (diabólica), cobra – Mc 1:13; At 10:12; metaforicamente um homem bruto, brutal
– Tt 1:12.

εἰκών (eikōn) imagem. Substantivo, genitivo, singular, feminino. Imagem, semelhança, retra-
to, uma imagem material, semelhança, efígie – Mt 22:20; Mc 12:16; uma representação, ima-
gem exata – I Co 11:7; 15:49; Ap 13:14; semelhança – Ro 1:23; 8:29; Cl 3:10; Hb 10:1.

ἀριθμός (aritmos) número. Substantivo, masculino, singular, genitivo. Número, um número –


Lc 22:3; Jo 6:10; At 4:4; Ap 20:8; 13:18.

ὄνομα (onoma) nome. Substantivo, neutro, singular, genitivo. Nome; título; reputação; um
nome; o nome próprio de uma pessoa – Mt 1:23,25; 10:2; 27:32; um mero nome ou reputação
– Ap 3:1; no NT um nome como representante de uma pessoa – Mt 6:9; Lc 6:22; 11:2; o nome
do autor de uma comissão, autoridade delegada, ou profissão religiosa – Mt 7:22; 10:22;
12:21; 18:5,20; 19:29; 21:9; 28:19; At 3:16; 4:7,12; εἰς ὄνομα, ἐν ὀνόματι, sobre a partitura
de ser possuidor de um certo personagem – Mt 10:41,42; Mc 9:41.

ἵστημι (histēmi) ficar de pé. Verbo, masculino, plural, acusativo, particípio perfeito. Ficar de
pé, para ficar de pé (firme), estar presente; para parar; colocar, estabelecer, estar de pé, estar
de pé (firme), estar presente; parar; (tr.) fazer ficar de pé, colocar, colocar, estabelecer. Mais-
que-perfeito, ἑστάμην, também formado como στήκω, transitivo, fazer de pé, fixar, colocar –
Mt 4:5; fixar, designar – At 1:23; fixar, designar – At 17:31; estabelecer, confirmar - Rm 10:3;
Hb 10:9; fixar, imputar – At 7:60; pesar, pagar – Mt 26:15; intransigente para ficar de pé – Mt
12:46; ficar de pé, ser firme, ser permanente, suportar – Mt 12:25; Ef 6:13; ser confirmado,
provado – Mt 18:16; II Co 13:1; parar – Lc 7:14; 8:44; At 8:38.

ἔχω (echō) ter/ser. Verbo, ativo, acusativo, particípio, plural, masculino. Ter, segurar, guar-
dar; mais-que-perfeito, ἐσχήκειν, segurar – Ap 1:16; agarrar, possuir, possuir uma pessoa –
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Mc 16:8; ter, possuir – Mt 7:29, e freqüentemente; para ter, ter pronto, estar equipado com –
Mt 5:23; Jo. 5:36; 6:68; ter como questão de crime – Mt 5:23; Mc 11:25; ter em comando –
Mt 27:65; ter o poder, ser capaz – Mt 18:25; Lc 14:14; At 4:14; ter em casamento – Mt 14:4;
ter, ser afetado, ser submetido – Mt 3:14; 12:10; Mc 3:10; Jo 3:10; Jn. 12:48; 15:22, 24;
16:21, 22; At 23:29; I Tm 5:12; Hb 7:28; I Jo 1:8; 4:18; χάραν ἔχειν, para sentir gratidão, seja
grato – I Tm 1:12; II Tm 1:3; Fm 7; para ter, estima, consideração – Mt 14:5; Lc 14:18,19; pa-
ra ter ou manter como objeto de conhecimento, fé ou prática – Jo 5:38,42; 14:21; I Jo 5:12; II
Jo 9; para manter em posse total, para reter – Rm 15:4; II Tm 1:13; Hb 12:28; intransitivo
com advérbios ou expressão adverbial, para ser – Mt 9:12; Mc 2:17; 5:23; Lc 5:31; Jo 4:52;
At 7:1; 12:15; 15:36; 21:13; II Co 10:6; 12:14; I Tm 5:25; I Pe 4:5; τὸ νῦν ἔχον, por ora; no
NT ἔχειν ἐν γαστρι, estar grávida – Mt 1:18; como também ἔχειν κοιτην – Rm 9:10; ἔχειν
δαιμόνιον, para ser possuída – Mt 11:18; do tempo, para ter continuado, para ter vivido – Jn
5:5,6; 8:57; do espaço, para abraçar, estar distante – At 1:12; do meio, principalmente para se
agarrar, agarrar-se; portanto, para se aproximar, ser o próximo – Mc 1:38; Lc 13:33; At 20:15;
21:26; para se aproximar imediatamente – Hb 6:9.

κιθάρα (kithara) harpa. Substantivo, acusativo, plural, feminino. Harpa, lira – I Co 14:7; Ap
5:8; 14:2.

Versículo 3

ᾄδω (adō) cantar. Verbo, presente indicativo, ativo 3ª plural. Cantar – Ef 5:19; Cl 3:16; Ap
5:9; 14:3.

ᾠδή (ōdē) canção. Substantivo, acusativo, singular, feminino. Canção, uma ode, hino – Ef
5:19; Cl 3:16; Ap 5:9; 14:3.

δοῦλος (doulos) escravo. Substantivo, masculino, singular, genitivo. Um escravo, literal ou


figurativo, involuntário ou voluntário; freqüentemente, portanto, num sentido qualificado de
sujeição ou subserviência.

ἀρνίον (arnion) cordeiro. Substantivo, neutro, singular, genitivo. Cordeiro, ovelha; o Cordei-
ro (um título de Cristo). Um cordeiro jovem, cordeiro – Jo 21:15; Ap 5:6,8.

λέγω (legō) falar. Verbo, presente, ativo, particípio, nominativo, plural, masculino. Falar/es-
clarecer - apropriadamente, para "expor", ou seja, (figurativamente) relacionar-se (em pala-
vras (geralmente de discurso sistemático ou definido; por implicação, para significar.

θαυμαστός (thaumastos) maravilhosos. Neutro, plural, nominativo, adjetivo. Maravilhoso,


maravilhoso, notável maravilha, glorioso, I Pe 2:9; Ap 15:1; maravilhoso, estranho, incomum,
Mt 21:42; Mc 12:11; Jo 9:30.

ἔργον (ergonomia) trabalho. Substantivo, nominativo, neutro, plural, nominativo. Trabalho,


ato, atividade, tarefa, emprego, qualquer coisa feita, ou a ser feita; um ato, trabalho, ação, Jo
3:21; Ef 2:10; II Co 9:8, e freqüentemente; dever ordenado, escritório, cargo, negócios, Mc
13:34; Jo 4:34, e freqüentemente; um processo, curso de ação, Tg 1:4; um trabalho, produto
de uma ação ou processo, At 7:41; Hb 1:10; substância em efeito, Rm 2:15.

κύριος (kurios) Senhor, Deus. Deus, senhor, mestre. Este pode ser um título de endereço para
uma pessoa de status superior, "senhor, senhor"; um mestre de propriedade ou escravos; ou
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uma tradução NT, "Senhor" ou "Yahweh", o nome próprio de Deus no VT. um senhor, mestre,
Mt 12,8; um proprietário, possuidor, Mt 20,8; um potentado, soberano, At 25,26; um poder,
divindade, I Co 8:5; o Senhor, Jeová, Mt 1:22; o Senhor Jesus Cristo, Mt 24:42; Mc 16:19; Lc
10:1; Jo 4:1; I Cor 4:5. κύριε, um termo de respeito a várias forças, Senhor, Senhor, Mt 13:27;
At 9:6.

παντοκράτωρ (pantokratōr) Todo-Poderoso. Este título para Deus traduz Senhor das hostes
(os exércitos celestiais), e "Shaddai", (provavelmente) Deus, a Montanha, poderoso, imutável
e onipotente, II Co 6:18; Ap 1:8; 4:8.

δίκαιος (dikaios) justo (a). Adjetivo, nominativo, plural, feminino. Direito, justo, reto; no NT,
isso se refere às normas e ações próprias de Deus, expressas nos convênios; como substantivo,
refere-se a uma pessoa de acordo com as normas de Deus, em relação adequada com Deus jus-
to, Mt 20:4; Lc 12:57; Jo 5:30; Cl 4:1; de pessoas, justas, justas, absolutamente, Jo 17:25; Rm
3:10, 26; II Tm 4:8; I Pe. 3:18; I Jo 1:9; 2:1,29; Ap 16:5; justo por conta e aceitação, Rm 2:13;
5:19; em uso comum, justo, reto, inocente, piedoso, Mt 5:45; 9:13, e freqüentemente; ὁ
δικαιος, o Justo, um dos títulos distintivos do Messias, At 3:14; 7:52; 22:14.

ἀληθινός (alēthinos) verdadeiro (a). Adjetivo, nominativo, plural, feminino. Verdadeiro, Lc


16:11; real, genuíno, Jo 6:32; I Ts 1:9; não fingido, digno de confiança, verdadeiro, Jo 19:35.

ὁδός (hodos) estrada. Substantivo, nominativo, plural, feminino. Caminho, caminho, um ter-
mo geral para uma via de passagem de um lugar para outro; por extensão: caminho, modo de
vida; “o Caminho” é um termo para o estilo de vida cristão, At 9:2; 19:9. Caminho, um termo
geral para uma via de passagem de um lugar para outro; por extensão: caminho, modo de vi-
da; “o Caminho” é um termo para o estilo de vida cristão, At 9:2; 19:9. Um caminho, estrada,
Mt 2:12; 7:13,14; 8:28; 22:9,10; meios de acesso, aproximação, entrada, Jo 14:6; Hb 9:8; dire-
ção, bairro, região, Mt 4:15; 10:5 o ato de viajar, uma viagem, caminho, curso, Mt 10:10; Mc
2:23; I Ts 3:11; uma viagem, quanto à extensão, At 1:12; metaforicamente um caminho, curso
sistemático de perseguição, Lc 1:79; At 2:28; 16:17; um caminho, curso sistemático de ação
ou conduta, Mt 21:32; Rm 11:33; I Co 4:17; um caminho, sistema de doutrina, At 18:26; ἡ
ὁδός, o caminho da fé cristã, At 19:9,23; 24:22.

βασιλεύς (basileus) rei. Substantivo, nominativo, masculino, singular. Um rei, monarca, um


que possui autoridade régia.

ἔθνος (ethnos) gentio. Substantivo, neutro, plural, genitivo. Gentio, pagão; nação (estrangei-
ra), um povo, uma multidão, companhia, Atos 17:26; I Pe 2:9; Ap 21:24; uma nação, povo,
Mt 20:25; 21:43; plural ἔθνη, do hebraico, nações ou povo como distinguido dos judeus, dos
pagãos, dos gentios, Mt. 4:15; 10:5; Lc.2:32.

Versículo 4

φοβέω (fobeō) temer. Verbo, aoristo, deponente, passivo, subjuntivo, 3° singular. Temer, ter
medo, alarmar-se, em alguns contextos impróprios e um impedimento à fé e ao amor; reveren-
ciar, respeitar, adorar, em outros contextos um temor próprio a Deus, uma profunda reverência
e temor. Tem uma forma ativa, φοβέω, mas só ocorre como passivo (deponente) em nossa li-
teratura, para temer, temer, Mt 10:26; 14:5; temer reverencialmente, reverenciar, Mc 6:20; Lc
1:50; At 10:2; Ef 5:33; Ap 11:18; ter medo de fazer uma coisa, Mt 2:22; Mc 9:32; ser relutan-
te, escrupuloso, Mt 1:20; temer, apreensivo, At 27:17; II Co 11:3; 12:20; ser temerosamente
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ansioso, Hb 4:1; absoluto ser temeroso, temeroso, alarmado, Mt 14:27; 17:6, 7; Mc 16:8; ser
temerosamente impressionado, Rm 11:20.

δοξάζω (doxazō) glorificar. Verbo, futuro, indicativo, ativo, 3° Singular. Glorificar, elogiar,
honrar, pensar, supor, julgar; exaltar, magnificar, Mt 6:2; Lc 4:15; no NT adorar, adorar, Rm
1:21; investir com dignidade ou majestade, II Co 3:10; Hb 5:5; sinalizar com uma manifesta-
ção de dignidade, excelência ou majestade, Jo 12:28; 13:32; glorificar pela admissão a um es-
tado de bem-aventurança, para beatificar, Rm 8:30.

ὄνομα (onoma) nome. Nome, acusativo, singular, neutro. Nome; título; reputação, um nome;
o nome próprio, de uma pessoa, etc., Mt 1:23,25; 10:2; 27:32; um mero nome ou reputação,
Ap 3:1; no NT um nome como representante de uma pessoa, Mt 6:9; Lc 6:22; 11:2; o nome do
autor de uma comissão, autoridade delegada ou profissão religiosa, Mt 7:22; 10:22; 12:21;
18:5, 20; 19:29; 21:9; 28:19; At 3:16; 4:7,12; εἰς ὄνομα, ἐν ὀνόματι, sobre a marca de ser
possuidor de um certo personagem, Mt 10:41, 42; Mc 9:41.

μόνος (monos) somente, sozinho. Adjetivo, nominativo, singular, masculino. Somente, sozi-
nho, por si mesmo, sem acompanhamento, sozinho, por si mesmo, Mt 14:23; 18:15; Lc 10:40;
somente existente isoladamente, solitário, Jo 17:3; solitário solitário, Jo 8:29; 16:32; somente
com respeito à restrição, somente, Mt 4:4; 12:4; somente com respeito às circunstâncias, so-
mente, Lc 24:18; não multiplicado pela reprodução, solitário, estéril, Jo 12:24.

ὅσιος (hosios) santo. Adjetivo, nominativo, singular, masculino. Santo, piedoso, devoto; (n.)
Santo; decreto divino, Ac13:34; sancionado principalmente pela lei suprema de Deus, e pela
natureza; piedoso, devoto, Tt 1:8; puro, I Tm 2:8; supremamente santo, At 2:27; 13:35; Hb
7:26; Ap 15:4; 16:5; τὰ ὅσια, dádivas prometidas, misericórdia, At 13:34.

πᾶς (pas) todos. Adjetivo, neutro, plural, nominativo. Todos, tudo, cada (coisa, um), inteiro;
sempre, tudo; no singular o todo, inteiro, geralmente quando o substantivo tem o artigo, Mt
6:29; 8:32; At 19:26; cada, apenas com um substantivo anartrópico, Mt 3:10; 4:4; plural tudo,
Mt 1:17 e freqüentemente; πάντα, em todos os aspectos, At 20:35; I Co 9:25; 10:33; 11:2; por
um hebraísmo, um negativo com πᾶς é às vezes equivalente a οὐδεις ou μηδεις, Mt 24:22; Lc
1:37; At 10:14; Rm 3:20; I Co 1:29; Ef 4:29.

ἥκω (hēkō) vir/estar presente. Verbo, futuro, indicativo, ativo 3ª plural. Vir, ter vindo, estar
presente, tornar-se, ter chegado, estar presente, Mt 8:11; Mc 8:3; Lc 15:27; Ap 15:4.

προσκυνέω (proskuneō) adorar. Verbo, futuro, indicativo, ativo, 3ª plural. Adorar, prestar ho-
menagem, mostrar reverência; ajoelhar-se (antes), fazer reverência ou homenagem beijando a
mão; no NT, fazer reverência ou homenagem por prostração, Mt 2:2,8,11; 20:20; Lc 4:7;
24:52; para prestar homenagem divina, adorar, adorar, Mt 4:10; Jo 4:20,21; Hb 1:6; para ajoe-
lhar-se em adoração, ajoelhar-se diante de, Hb 11:21.

ἐνώπιον (enōpion) antes/ante. Preposição. Antes, na presença de, por autoridade de, antes, na
presença de, Lc 5:25; 8:47; diante de, Ap 4:5,6; imediatamente anterior como precursor, Lc
1:17; Ap 16:19; do hebraico, na presença de, metafisicamente, isto é, na esfera da sensação ou
do pensamento, Lc 12:9; 15:10; At 10:31; aos olhos de, no julgamento de, Lc 16:15; 24:11; At
4:19.
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δικαίωμα (dikaiōma) ato justo/ato de justiça. Substantivo, nominativo, neutro, plural, nomi-
nativo. Regulamento, exigência, mandamento; ato justo de retidão; principalmente um ato
legítimo, ato de justiça, equidade; uma sentença, de condenação, Ap 15:4; no NT, de absolvi-
ção, justificação, Rm 5:16; um decreto, lei, portaria, regulamento, exigência Lc 1:6; Rm 1:32;
2:26; 8:4; Hb 9:1,10; um ato meritório, uma instância de perfeita justiça, Rm 5:18; Ap 19:8.

φανερόω (faneroō) revelar. Verbo, aoristo, passivo, indicativo, 3ª plural. (Agir) para revelar,
fazer conhecer, mostrar; (passivo); para aparecer, ser revelado, exibido, revelado; para trazer à
luz, para pôr em uma luz clara; para manifestar, mostrar, Jo 2:11; 7:4; 9:3; para mostrar, Rm
1:19; II Co 7:12; para declarar, tornar conhecido, Jo 17:6; para revelar, Mc 4:22; I Co 4:5; Cl
4:4; para revelar, Rm 3:21; 16:26; Cl 1:26; para apresentar para ver, Jo 21:1,14; passivo para
aparecer, Mc 16:12,14; especificamente de Cristo, para se manifestar pessoalmente, Jo 1:31;
Cl 3:4; I Pe 1:20; 5:4; I Jo 3:5; para ser revelado, aparecer em caráter verdadeiro, revelado, II
Co 5:10,11.

Versículo 5

ἀνοίγω (anoigō) abrir. Verbo 2ª Aoristo indicativo passivo 3ª singular. Abrir, Mt 2:11; intran-
sitivo a abrir, a abrir, Mt 3:16; Jo 1:52.

ναός (naos) templo. Substantivo nominativo singular masculino. Templo; do templo em Jeru-
salém, geralmente denota o edifício do templo. Também usado figurativamente para a igreja
como a morada do Espírito Santo principalmente uma morada; a morada de uma divindade,
um templo, Mt 26:61; At 7:48; usado figurativamente de indivíduos, Jo 2:19; I Cor 3:16; espe-
cificamente a cela de um templo; daí, o Lugar Santo do Templo de Jerusalém, Mt 23:35; Lc
1:9; um modelo de um templo, um santuário, At 19:24.

μαρτύριον (marturion) testemunho. Substantivo, neutro, singular, genitivo. Testemunho, pro-


va, At 4:33; II Coo 1:12; Tg 5:3; no testemunho do NT, modo de declaração solene, Mt 8:4;
Lc 9:5; testemunho, assunto de declaração solene, I Co 1:6; 2:1; I Tm 2:6; σκηνὴ τοῦ
μαρτυριου, título do tabernáculo Mosaico, At 7:44; Ap 15:5.

οὐρανός (ouranos) céu. Substantivo, dativo, singular, masculino. Céu, ar, firmamento, qual-
quer área acima da terra; céu(s), o lugar do sol, lua e estrelas; céu, no qual Deus habita. “O
terceiro céu” pode ser um termo técnico judeu para o lugar de morada de Deus; “céu” em al-
guns contextos é um eufemismo para “Deus”, Lc 15;18. Céu, os céus, os céus visíveis e todos
os seus fenômenos, Mt 5:18; 16:1; 24:29, e freqüentemente; o ar, a atmosfera, o céu, o firma-
mento no qual as nuvens e as tempestades se reúnem, os pássaros voam, etc, Mt 6:26; 16:2,3;
o céu como assento e morada peculiar de Deus, dos anjos, dos espíritos glorificados, etc, Mt
5:34,45,48;6:1,9,10; 12:50; Jo 3:13, 31; 6:32,38,41,42,50,51,58; no céu do NT como termo
expressivo do Ser Divino, Sua administração, etc., Mt 19:14; 21:25; Lc 20:4,5; Jo 3:27.

Versículo 6

ἐξέρχομαι (exerchomai) sair. Verbo 2o aoristo ativo indicativo 3o plural. Sair, sair de, Hb
11:15.

ἑπτά (hepta) sete. Numeral indeclinável, Mt 15:34,37; pelo uso judeu para um número redon-
do, Mt 12:45; Lc 11:26.
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ἄγγελος (angelos) anjo. Substantivo nominativo plural masculino. Anjo, mensageiro; pode se
referir a um mensageiro humano, como João Batista, ou mensageiros enviados por João Batis-
ta ou Jesus, ou à classe sobrenatural de ser que serve a Deus: o anjo, um enviado.

πληγή (plēgē)'praga/sopro/ferida. Substantivo, acusativo, plural, feminino. Praga; punição:


espancamento, flagelação, ferimento; um golpe, golpe, risca, Lc 10:30; 12:48; metonímia uma
ferida, At 16:33; Ap 13:3,12,14; do hebraico, uma praga, aflição, calamidade, Ap 9:20; 11:6.

ἐνδύω (enduō) vestir. Verbo, perfeito, meio particípio, masculino, plural nominativo. Vestir,
vestir-se; (meio) vestir-se para entrar, II Tm 3:6; vestir, investir, ordenar, Mt 27:31; Mc
15:17,20; vestir-se, vestir-se, Mt 22:11,27,31; vestir-se com dons espirituais, graças ou
caráter, Lc 24:49; Rm 13:14.

λίνον (linon) linho/pavio. Substantivo, acusativo, neutro, singular. Linho (peça de vestuário);
pavio de uma lâmpada de linho; por metonímia um pavio de linho, Mt 12:20; linho, Ap 15:6.

καθαρός (katharos) limpo. Neutro, singular, adjetivo, acusativo. Limpo, puro, inocente, ino-
cente, não sujo, Mt 23:26; 27:59; metaforicamente limpo da culpa, sem culpa, inocente, At
18:6; 20:26; sincero, reto, virtuoso, vazio do mal, Mt 5:8; Jo 15:3; limpo cerimonialmente e
moralmente, Lc 11:41.

λαμπρός (lampros) brilhante. Neutro, singular, adjetivo, acusativo. Brilhante, resplandecen-


te, esplendoroso, elegante, Ap 22:16; claro, transparente, Ap 22:1; branco, resplandecente, At
10:30; Ap 15:6; Ap 19:8; de uma cor brilhante, gaudiosa, Lc 23:11; por implicação esplêndi-
da, magnífica, suntuosa, Tg 2:2,3; Ap 18:14.

περιζώννυμι (perizōnnumi) cingir. Verbo, perfeito, meio participativo, masculino, plural, no-
minativo. Cingir, para afivelar um cinto, vestir-se para o serviço, cingir. Uma ação que foi fei-
ta a, ou por, pessoas do sexo masculino ou coisas que têm algo a ser feito por elas ou relacio-
nadas a elas, por exemplo, aos homens que fizeram bem a si mesmos.

περί (peri) sobre/aproximadamente. Preposição, (gen.) sobre, em relação, em relação; (ac.)


em torno, em torno, nas proximidades, principalmente de lugar, (1) genitivo, de cerca, ao re-
dor; de, sobre, respeitando, Mt 2:8; 11:10; 22:31; Jo 8:18; Rm 8:3, e freqüentemente; (2) acu-
sativo, de lugar, de cerca, ao redor, ao redor, Mt 3:4; Mc 3:34; Lc 13:8; οἱ περι τινα, os com-
panheiros de uma pessoa, Lc 22:49; uma pessoa e seus companheiros, At 13:13; simplesmente
uma pessoa, Jo 11:19; τὰ περι τινα, a condição, circunstâncias de qualquer um, Fl 2:23; do
tempo, aproximadamente, Mt 20:3,5,6,9; sobre, respeitando, tocando, Lc 10:40; I Tm 1:19;
6:21; Tt 2:7.

στῆθος (stēthos) peito/tórax. Substantivo, acusativo, neutro, plural. Peito, tórax, Lc 18:13;
23:48; Jo 13:25; 21:20; Ap 15:6; peito, de ambos os sexos, sendo a parte da frente do θώραξ,
dividida em dois μαστοί como a sede da voz e da respiração, mais freqüentemente como a se-
de do coração; metaforicamente, o peito como assento do sentimento e do pensamento, como
nós usamos o coração.

Versículo 7

ἐκ (ek) fora de. Preposição. De, fora de; de, longe de. Espacialmente: extensão de um espaço
para um objetivo externo em referência, separação; logicamente: o meio ou a fonte de uma ati-
10

vidade, dissociação ou separação; de, fora de; de, longe de. ἐξ antes das vogais, com genitivo,
de, de um lugar, Mt 2:15; 3:17; indicando origem ou fonte, Mt 1:3; 21:19; de algum material,
Mt 3:9; Rom 9:21; de, de, entre, partitivamente, Mt 6:27; 21:31; Mc 9:17; de, denotando cau-
sa, Ap 8:11; 17:6; meio ou instrumento, Mt 12:33,37; por, através, denotando o autor ou causa
eficiente, Mt 1:18; Jo 10:32; de, denotando a marca distintiva de uma classe, Rm 2:8; Gl 3:7;
de tempo, depois, II Co 4:6; Ap 17:11; de, depois, desde, Mt 19:12; Lc 8:27; por, com, deno-
tando uma taxa de pagamento, preço, Mt 20:2; 27:7; em, denotando posição, Mt 20:21,23; de-
pois de verbos passivos, por, de, de, marcando o agente, Mt 15:5; Mc 7:11; formando com cer-
tas palavras uma perifrástica para um advérbio, Mt 26:42,44; Mc 6:51; Lc 23:8; posto depois
de palavras de libertação, Rm 7:24; II Co 1:10; usado parcialmente depois de verbos de co-
mer, beber, etc, Jo 6:26; I Co 9:7.

γέμω (gemō) estar cheio. Verbo presente ativo, participativo, acusativo, plural, feminino. Es-
tar cheio, Mt 23:27; Lc 11:39; usado somente no presente e imperfeito, para estar cheio, pro-
priamente de um navio; com genitivo das coisas, para ser cheio de, πλοῖα γέμοντα
χρημάτων; de animais, para ser carregado. ὄνοι γέμοντες οἴνου καὶ βρωμάτων, com dativo,
a ser preenchido com, ἰτρίοισι, πέμμασι, uma ação que está acontecendo, feita por pessoas do
sexo feminino ou coisas que estão tendo algo feito com elas, por exemplo, as mulheres que es-
tão fazendo.

θυμός (thumos) ira/fúria. Substantivo, masculino, singular, genitivo. Ira, fúria, raiva, um es-
tado de intenso descontentamento baseado em algum mal real ou percebido. “A ira de Deus” é
devida à ofensa moral e tem um foco no castigo justo; principalmente a alma, a mente; daí
uma forte paixão ou emoção da mente; raiva, ira, Lc 4:28; At 19:28; Inchaços plurais de raiva,
II Co 12:20; Gal. 5:20.

αἰών (aiōn) uma era: a eternidade. αἰῶνας: substantivo, masculino, acusativo, plural. αἰώνων:
substantivo, genitivo, masculino, plural. A eternidade, idade (período de tempo); “esta idade”
pode significar o universo ou mesmo o sistema mundial atual, o “deus desta era” referindo-se
ao diabo; principalmente um período de tempo de caráter significativo; vida; uma era; uma
idade: portanto, um estado de coisas que marca uma idade ou era; a ordem atual da natureza; a
condição natural do homem, o mundo; ὁ αἰών, duração inimaginável, eternidade; assim como
também, οἱ αἰῶνες, ὁ αἰῶν τῶν αἰώνων, οἱ αἰῶνες τῶν αἰώνων; por um Aramaismo οἱ
αἰῶνες, o universo material, Hb 1:2.

Versículo 8

ναός (naos) templo. Substantivo, nominativo, singular, masculino. Templo; do templo em Je-
rusalém, geralmente denota o edifício do templo. Também usado figurativamente para a igreja
como a morada do Espírito Santo. Principalmente uma habitação; a habitação de uma divinda-
de, um templo, Mt 26:61; At 7:48; usado figurativamente de indivíduos, Jo 2:19; I Co 3:16;
especificamente a cela de um templo; daí, o Lugar Santo do Templo de Jerusalém, Mt 23:35;
Lc 1:9; um modelo de um templo, um santuário, At 19:24.

δόξα (doxa) glória. Substantivo, genérico, singular, feminino. Esta palavra tem uma ampla
gama de significados no NT: glória, esplendor, brilhantismo, a partir do significado básico da
maravilhosa luz que irradia da presença de Deus e está associada a seus atos de poder; honra,
louvor, falar de palavras de excelência e atribuir o mais alto status a Deus. Principalmente
uma aparência; uma noção, imaginação, opinião; a opinião que se obtém respeitando uma; re-
putação, crédito, honra, glória; em NT consideração honrosa, Lc 14:10; louvor, glorificação,
11

honra, Jo 5:41,44; Rm 4:20; 15:7; dignidade, majestade, Rm 1:23; II Co 3:7; uma manifesta-
ção gloriosa, trabalho glorioso, Jo 11:40; II Pe 1:3; dignitários plurais, II Pe 2:10; Jd 8; glorifi-
cação num futuro estado de bem-aventurança, II Co 4:17; II Tm 2:10; orgulho, ornamento, II
Co 11:15; I Ts 2:20; esplêndido conjunto, pompa, magnificência, Mt 6:29; 19:28; brilho, bri-
lho deslumbrante, Lc 2:9; At 22:11.

δύναμις (dunamis) poder. Substantivo, genérico, singular, feminino. Poder, habilidade; mila-
gre; governante, um significado ampliado de uma pessoa ou ser sobrenatural que tem poder
administrativo. Poder; força, habilidade, Mt 25:15; Hb 11:11; eficácia, I Co 4:19,20; Fl 3:10; I
Ts 1:5; II Tm. 3:5; energia, Cl 1:29; II Tm 1:7; significado, propósito da linguagem, I Co
14:11; autoridade, Lc 4:36; 9:1; poder, poder, majestade, Mt 22:29; 24:30; At 3:12; Rm. 9:17;
II Tes 1:7; II Pe 1:16; no NT uma manifestação ou instância de poder, poderosa significa At
8:10; Rm 1:16; I Co 1:18,24; ἡ δύναμις, omnipotência, Mt 26:64; Lc 22:69; Mt 14:62; autori-
dades plurais, Rm 8:38; Ef 1:21; I Pe 3:22; poder milagroso, Mc 5:30; Lc 1:35; 5:17; 6:19;
8:46; 24:49; I Co 2:4; um milagre, Mt 11:20,21, e freqüentemente; um operário de milagres, I
Co 12:28,29; do hebraico αἱ δυνάμεις τῶν οὐρανῶν, as luminárias celestiais, Mt 24:29; Mc
13:25; Lc 21:26; αἱ δυνάμεις, os poderes espirituais, Mt 14:2; Mc 6:14.

οὐδείς (oudeis) ninguém. Adjetivo, nominativo, singular, masculino. Ninguém, nem nin-
guém, nada, Mt 5:13; 6:24; 19:17; metaforicamente οὐδέν, nada, sem conta, nada, Jo 8:54; At
21:24.

δύναμαι (dunamai) ser capaz. Verbo, imperfeito, médio, ou deponente, passivo, indicativo,
3° singular. Para poder, ser capaz, ter habilidade, ter o poder de realizar uma ação; o ser huma-
no tem várias habilidades limitadas, Deus é ilimitado; ser capaz, seja intrinseca e absoluta-
mente, que é o significado comum; ou, por razões específicas, Mt 9:15; Lc 16:2.

ANÁLISE CONTEXTUAL

O capítulo anterior revela a preparação das recompensas de Deus para o seu povo e a punição
para os que estão na desobediência. Os crentes são exortados a não se desviarem e encoraja-
dos a permanecerem fiéis ao Senhor.

Este capítulo estabelece o contraste entre os adoradores do verdadeiro Cristo e os adoradores


do falso cristo. Os 144 mil que foram selados com o nome de Cristo e de Deus Pai; que recu-
saram a marca do anticristo; que não se contaminaram com sua carnalidade; que mantiveram-
se castos em sua espiritualidade, nem se envolveram com o sistema pecaminoso deste mundo.

O capítulo aponta para a igreja que haverá de enfrentar uma perseguição como nunca antes e
para o triunfo daqueles que se mantiverem fiéis. Em seus lábios não será encontrada a menti-
ra, nem rejeitarão a soberania que pertence ao Cordeiro de Deus.

O anjo do Senhor anuncia a chegada do juízo de Deus; a queda da Babilônia e de Roma, cha-
madas de Bavel (Gn 11:9; Is 21:9; Ap 14:8; 16:19; 17:5; 18:2,10,21) representantes do impé-
rio pagão, maligno, opressor, materialista e destruidor; a prostituição religiosa e a idolatria
operada pelos seguidores do anticristo e sua condenação.

Na literatura pseudo-epigráfica (II Baruque 11:1; 67:7; Oráculos Sibilinos 5:143,159) e nos
escritos rabínicos, Bavel é um eufemismo para Roma.x O Midrash Rabbah afirma que Roma é
chamada de Babilônia. Bavel era o perverso sistema mundano, no reino espiritual governado
12

por Satanás e no mundo físico pelo anticristo. O anjo utiliza a expressão “fogo e enxofre” pa-
ra designar o destino dos ímpios sob a condenação ao suplício eterno da vida sem Deus.

O capítulo posterior continua falando do juízo de Deus. Como referência à praga das feridas
no Egito, aqui elas aparecem destinadas aos que tinham a marca da besta e adoravam sua ima-
gem. Assim como o faraó, que apesar do sofrimento, manteve seu coração endurecido e
insensível, estes jamais abandonam seus pecados e nem glorificam a Deus, amaldiçoando-o
até o fim. Culpam a Deus pela causa de seu sofrimento, ao invés de reconhecerem seu próprio
erro. Cegueira espiritual.

A batalha do Armagedom, a batalha terrena final orquestrada por três espíritos imundos. Nes-
sa guerra, todos os reis da terra são reunidos para lutar contra o povo de Deus.

O Messias exorta o povo a que mantenham suas “roupas limpas”, pois Ele virá “como um la-
drão”, em hora que ninguém o espera.

O CONTEXTO DA PERÍCOPE

Na perícope 15:1-8, os sete anjos trazem sete taças que contém as sete últimas pragas. As ta-
ças são derramadas sobre a terra e a ira de Deus será completada. A vitória dos santos sobre
Satanás

Na visão do trono de Deus, João viu o mar de vidro em representação à separação entre o ho-
mem e Deus, como aconteceu após os israelitas atravessarem em terra seca e estarem diante
do Mar Vermelho, vendo o exército egípcio ser tragado pelo fechamento das águas (cf. Ex
14:29-31), e no contexto desta perícope do Apocalipse, os mártires que não se dobraram dian-
te da besta e permaneceram fiéis a Jesus.

Ali os israelitas entoaram o cântico de Moisés. Os que venceram a besta entoam o cântico de
Mosheh (Ex 15:1-18; Dt 32:1-47), significando que os crentes no Messias se identificam com
o povo judeu.

Assim como o cântico era entoado por Mosheh, os crentes, no céu, entoam o cântico que o
Cordeiro entoa. Regozijam-se com Sua justiça, Suas grandes e admiráveis obras, usando a lin-
guagem do Tanakh encontrada em Jeremias 10:7; em Amós 3:13; 4:13; Malaquias 1:11; nos
Salmos 86:9,10; 92:6; 98:1; 111:2; 139:14; 145:17; I Crônocas 16:9,12. Mas o Cântico do
Cordeiro traz como acréscimo a afirmação de que no julgamento final Ele será revelado como
o Rei das nações, e que todos se prostrarão e o adorarão (cf. Zc 14:16-20).

João testemunha ver no céu o Santuário do Tabernáculo, o lugar santíssimo, o lugar que repre-
senta a presença de Deus, como no tabernáculo no deserto, ou na arca da Aliança, ou no Tem-
plo. Sete anjos traziam a última série de pragas, em sete taças contendo a ira de Deus. São os
flagelos mencionados no versículo 1.

A palavra original traduzida como taça, também é encontrada em 5:8, em referência à taça
cheia de incenso em representação às orações dos santos. O santuário enche-se de fumaça pro-
cedente da glória de Deus e Sua ira está para ser derramada sobre os seguidores da besta.
13

ANÁLISE HISTÓRICA

Embora a linguagem do Evangelho e das três cartas que levam seu nome sejam diferentes, a
autoria do Apocalipse também é atribuída ao apóstolo, João, filho de Zebedeu, tendo sido es-
crito entre os anos 90 e 105 d.C. (a última mais provável), durante o governo do imperador ro-
mano Domiciano.

Muitas mudanças ocorreram em Jerusalém desde a assunção de Cristo. O Evangelho saiu do


contexto da Palestina e foi pregado além da região, pelo oriente, Ásia Menor até a Europa.
Muitas comunidades cristãs foram formadas; os escritos apostólicos estabeleciam a doutrina
evangélica, expurgando a influência nociva do judaísmo, do paganismo e do helenismo.

Neste tempo todos os outros apóstolos já haviam sido martirizados e mortos (segundo a tradi-
ção, com exceção de Tiago, cuja morte é registrada em At 12:1,2).

Tiago, irmão de João – Por volta de 44 d.C., morto à espada, a mando de Herodes Agripa I,
sob o governo de Calígula.
Tiago, filho de Alfeu – Em 62 d.C., lançado do pináculo do templo e, tendo sobrevivido, mor-
to por apedrejamento, a mando do sumo sacerdote Ananias.
Judas Tadeu – No ano 70 d.C., por linchamento ou a flechadas
André – Data indefinida, por crucificação, na província de Acaia, na Grécia.
Filipe – Data indefinida, enforcado, decapitado ou apedrejado.
Bartolomeu – Data indefinida, decapitado ou crucificado, na Índia.
Mateus – Data indefinida, morto à espada, na Etiópia.
Tomé – No ano 53 d.C., alvejado por lança, em Madras, Índia.
Simão, o Zelote – Data indefinida, serrado ao meio, na Pérsia, no governo do imperador roma-
no Trajano.
Pedro – Entre 65 e 68 d.C., por crucificação, em Roma, governo do imperador romano Nero.
Paulo – Entre 65 e 68 d.C., por decaptação, em Roma, governo do imperador romano Nero.

A princípio Roma não se importava com os seguidores de Jesus, por considerar como uma
facção, ou seita, do judaísmo, assim, religio licita (religião autorizada pelo governo). Até che-
gar às autoridades a notícia de que aquele homem de Nazaré estava sendo chamado de Kyrios,
Senhor, título atribuído ao Imperador.

Ele passou a ser visto como um subversivo, um insurgente, que deveria ser contido e servir de
exemplo a todos que quisessem levantar-se contra César. Além disso, o imperador autoprocla-
mou-se filho dos deuses, exigindo por parte de todos adoração.

Cristãos e judeus recusaram-se a adorá-lo e o relacionamento com Roma tornou-se cada vez
mais conturbado. O culto ao imperador estabeleceu-se pela imposição. João, referiu-se a Pér-
gamo como a cidade “onde está o trono de Satanás” (cf. Ap 2:13) e descreveu Roma como a
“grande besta que blasfema contra Deus” (cf. Ap 13:1-10).

O culto ao imperador alastrou-se pelo império e as cidades disputavam para construir templos
a ele dedicados. Toda manifestação contrária à adoração a Cézar era tida como crime de lesa-
pátria, cuja pena era capital. A perseguição se acirrou sob o governo do insano imperador Ne-
ro (54-68 d.C.), que levou cristãos a serem atirados às arenas com leões, a lutarem contra gla-
diadores, a serem crucificados e até serem feitos tochas humanas para iluminar as vias públi-
cas de Roma.
14

Quanto aos judeus, aconteceu a Primeira Grande Revolta Judaica (66-73 d.C.). As autoridades
de Jerusalém interromperam todos os sacrifícios estrangeiros, assim como os sacrifícios ofere-
cidos a Cesar, como retaliação a um sacrifício pagão realizado ao lado de uma sinagoga em
Cesareia.

Os soldados romanos invadiram o templo, saquearam todo o ouro e mataram mais de 3.500 ju-
deus. Este fato enfureceu o povo que atacou os soldados e tomou a fortaleza de Antonia. Logo
a revolta espalhou-se. Os judeus passaram a ser perseguidos em todo o império, e milhares fo-
ram mortos. Somente na Alexandria culcula-se que os mortos tenham chegado a 50.000.

Como retaliação e para acabar com a rebelião, Nero enviou o então general Vespasiano, com
um exército de 60.000 soldados. Logo dominaram a Galiléia, destruindo todas as cidades, ma-
tando todos os homens e levando as mulheres e crianças como escravas. Em 70 d.C. Jerusa-
lém foi atacada, seus muros derribados e o templo destruído, cumprindo as palavras de Jesus
em que não ficaria pedra sobre pedra.

Após a queda de Jerusalém um grupo dos zelotes fugiu para Massada, uma colina rochosa no
deserto da Judéia, altiplana com 470 metros acima do nível do Mar Morto. Ali havia um
palácio construído a mando de Herodes.

Para ter acesso ali os soldados romanos tiveram que construir uma rampa, finalizada em 73
d.C. Para que não fossem mortos ou feitos escravos os judeus cometeram suicídio, cada qual
matando sua própria família e depois a si mesmos. Os romanos encontraram somente
cadáveres.

Com a vitória sobre a revolta judaica, o exército romano retornou com o espólio do Templo,
que também funcionava como tesouro judaico. O montante valioso permitiu a Vespasiano
construir diversas obras públicas em Roma.

Dentre as obras realizadas por Vespasiano está o Coliseu, cuja obra teve início no ano 72 d.C.
e término em 80 d.C., já no governo de Tito, para ser um centro de entretenimento para os ro-
manos, com a morte de cristãos servindo-lhes de espetáculo.

Sem o templo, cessaram os sacrifícios e diversos outros mandamentos da Torá não puderam
ser cumpridos. A igreja seguia sendo perseguida, reunindo-se às escondidas, mas espalhando-
se pelo mundo de então.

Neste contexto o sobrevivente dos apóstolos escreveu o livro do Apocalipse, de seu cativeiro
na Ilha de Patmos, na Grécia, sob o governo de Domiciano.

ANÁLISE LITERÁRIA

O livro do Apocalipse foi escrito para as igrejas como um código de difícil compreensão para
burlar a perseguição dos romanos. Os judeus já eram familiarizados com os textos apocalípti-
cos

Como citou nosso professor, José Ribeiro, sobre o gênero do livro: “A linguagem é simbólica,
mas a verdade é literal”.

O livro foi escrito na língua corrente do povo judaico-cristão, o Grego Koiné.


15

É um texto interpretativo dos profetas, mas cita o AT fazendo alusões, sem fazer citações dire-
tas. Rico em figuras; utiliza fontes e interpretações por nós desconhecidas. Apocalipse tem
muito do aspecto do midrash.

Três gêneros literários estão presentes no Apocalipse:

Apocalíptico – Escrito em linguagem figurada, utilizando símbolos e numerais com o objetivo


de comunicar uma mensagem. Para os dias de hoje tem uma compreensão difícil, mas para os
destinatários, não. Assim, a interpretação deve ser buscada na maneira como os leitores origi-
nais teriam entendido sua mensagem.

Epistolar – Uma carta escrita por João na prisão da Ilha de Patmos, cujos dstinatários eram as
sete igrejas principais da Ásia Menor, com o intuito de fortalecê-las a enfrentar tempos de per-
seguição. O objetivo era despertar a esperança no tempo imediato, embora trouxesse também
profecias sobre tempos futuros.

Profético – Traz o registro das visões de seu autor, com o objetivo de mudar o comportamento
de seus destinatários. Deus queria trazer revelações a seu povo, por isso não é uma literatura
de enigmas a serem decifrados. Sua mensagem é profética, pois há uma batalha espiritual em
curso, mas o resultado final já está garantido a todos os que entregaram suas vidas a Jesus
Cristo, tendo-o como único e suficiente Salvador.

O livro Apocalipse é mais conhecido como obra de gênero apocalíptico, embora os textos
apocalípticos estivessem presentes na tradição judaica apocalíptica (apócrifos). O livro de
Enoque, de Pedro, de Baruque e outros.

O gênero apocalíptico é tanto um tipo formal de literatura quanto a mentalidade do grupo que
segue as crenças apocalípticas. Tal literatura floresce no período entre 200 a.C. e 100 d.C.

Apocalipse é um livro contra a idolatria de Roma e do Imperador. O mundo de então tinha co-
mo esperança a Pax Romana. Mas era uma paz obtida pela força, pela coerção, pelo poder.
Para os judeus o messias era político, um general libertador. Apocalipse combate isso e afirma
Jesus Cristo como Kyrios.

ANALOGIA DAS ESCRITURAS

Apocalipse está relacionado principalmente com o livro de Daniel (em especial a última sema-
na - 70a. semana de Daniel)

Mas muito do texto de Zacarias está em Apocalipse em momentos diferentes. A figura da


“merkaváh”, na tradição do misticismo judaico, representa a carruagem de Deus, que pode
mover-se em ascenção celestial ao Seu trono. Zacarias relata a visão dos quatro espíritos dos
céus em quatro carruagens, que saem da presença de Deus para levar aos quatro cantos da ter-
ra o juízo de Deus. (cf. Zc 6). A mesma ideia é encontrada em Ezequiel com os seres viventes
(cf. Ez 1 a 3); em Daniel e os quatro ventos (cf. Dn 7); em Apocalipse e os quatro anjos dos
cantos da terra (cf. Ap 7-10).

João se apoiou nos livros de Ezequiel, Zacarias e Daniel do AT e usou suas imagens para o
seu Apocalipse. Ele era contemporâneo de escritores apocalípticos judeus, cujos livros eram
conhecidos nos dias dos apóstolos.
16

João usa esses conceitos presentes na cultura religiosa judaica (tradição). Merkavah também
está presente na história de Elias, de Enoque e até de Paulo (que chegou ao 3o. céu). João foi
arrebatado, em estado de elevação e teve a visão do trono de Deus.

No NT encontramos textos paralelos ao Apocalipse, em referência aos acontecimentos no fi-


nal dos tempos, como a volta de Jesus, a ressurreição dos que dormiram em Cristo, os corpos
glorificados e o arrebatamento da igreja, a manifestação da oposição maligna, o governo do
anticristo, a besta e o falso profeta; o retorno de Cristo com a igreja, o reino milenar, a grande
batalha, a prisão eterna de Satanás, o grande julgamento, a aniquilação da morte, a nova Jeru-
salém e a eternidade na presença de Deus dos redimidos.

Em referência aos acontecimentos no final dos tempos, encontramos no NT textos paralelos


ao Apocalipse, como a volta de Jesus, a ressurreição dos que dormiram em Cristo, os corpos
glorificados e o arrebatamento da igreja, a manifestação da oposição maligna, o governo do
anticristo, a besta e o falso profeta; o retorno de Cristo com a igreja, o reino milenar, a grande
batalha, a prisão eterna de Satanás, o grande julgamento, a aniquilação da morte, a nova Jeru-
salém e a eternidade na presença de Deus dos redimidos.

A morte física dos crentes – II Co 5:8; Fp 1:23; Lc 23:43; Hb 12:23; II Co 12:02; Fp 1:23 e
Ap 6:9.
Ressurreição e arrebatamento – I Ts 4:16-17; Rm 8:29; I Co 15:20,42-44,49; Fp 3:20,21; I Jo
3:2; Lc 16:19-31; I Co 15:42-44,47,48; Fp 3:20,21; Lc 24:31; Jo 20:19; I Co 15:44,52-54; Lc
14:15; 22:16-18,30; 24:43; At 10:41; Lc 24:13-49; Mt 17:3-4; Lc 16:19-31.
Segunda vinda de Cristo – Mt 24:35,42-44; Hb 9:28.
A grande tribulação – Mt 24:15,21,22; 25:31-46; I Co 15:50-53; I Ts 4:15-17; II Pedro 3:12;
II Ts 1:6-10.
O juízo final – João 3:16; I Jo 5:3; Hb 11:4; II Tm 2:19; I Jo 4:8; I Tm 2:4.
Novo céu, nova terra – Jo 14.2,3; 15:13; 15:13; I Co 2:9; 13:12; I Jo 3:2; 14:3; II Co 4:17.

ANÁLISE TEOLÓGICA

Jesus disse aos seus discípulos que um dia retornará para buscar sua igreja, para trazer juízo
sobre as nações, para julgar os pecadores, para destruir Satanás, o mal e a morte, tempo no
qual Ele irá completar Seus propósitos e restaurará todas as coisas. Seu retorno será pessoal
(cf. Mc 13:26). Ele voltará da mesma forma na qual subiu ao céu. Será público (cf. Mc 13:24-
27), visível a todo o mundo.

A palavra grega parousia, significava a visita do rei, evento no qual todo o povo deveria vol-
tar-se para ele e saldá-lo em sua chegada. Ele voltará triunfante (cf. Mc 13:26); não da manei-
ra humilde e modesta de sua primeira vinda, mas um acontecimento com grandioso esplendor.
Será inesperado (cf. Mc 13:32-37); como num abrir e fechar de olhos, um será levado, outro
deixado. Por isso o crente deve estar alerta, preparado, vigiando.

Os discípulos de Jesus pensavam que Ele retornaria em breve e a severa perseguição que en-
frentavam reforçavam a expectativa. Não é possível estabelecer a data do acontecimento, mas
é certo que Jesus voltará, e quando chegar desencadeará todos os eventos que culminarão com
Sua plena vitória, juízo e restauração.

A alienação causada pelo pecado será aniquilada e a plena comunhão e harmonia entre Deus e
a humanidade serão restabelecidas para sempre.
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Assim, Apocalipse retrata o desfecho da história bíblica partindo da criação do homem, um


ser para relacionar-se com Deus, mas que desviou-se em desobediência, ficando à mercê e de-
baixo da autoridade de outro “deus”, que o escravizou no pecado e na morte eternamente.

Deus em sua soberania, graça e misericórdia, para que o homem não se perdesse, disponibili-
zou um caminho de volta à Sua presença e comunhão, e iniciou um processo de redenção que
percorreu a história humana desde então.

Gradualmente o Senhor foi se revelando ao povo através de Seus atributos até que, na “pleni-
tude dos tempos”, enviou Seu Filho como resgate de muitos. Esta história está registrada ao
longo das Escrituras Sagradas e o Apocalipse é a conclusão desse projeto de resgate divino. O
homem e toda a obra criada restaurados e habilitados para a vida eterna na presença de Deus.

ANÁLISE PRÁTICA

A perícope em questão traz a figura dos crentes que não se dobraram diante da besta e do anti-
cristo, que não aceitaram receber deles a marca de posse, que não os adoraram nem os reco-
nheceram como senhores, que não participaram de seu sistema maligno e não recuaram diante
da ameaça, da coerção e da força. São os mártires que passarão pela morte física por não rejei-
tarem à verdade, que é Jesus Cristo, o único Senhor.

Nos chama a pensar sobre nós mesmos, em como está nossa fé, nosso compromisso com o Se-
nhor da Vida; nossa firme convicção que não será demovida por nada, nem ninguém e que
ainda que tenhamos que passar por tribulaçõeas as mais duras e diversas, podemos crer que
Ele está conosco e não nos abandona em nenhuma hipótese.

Essa certeza é expressa pelos apóstolos e pelos discípulos de Cristo no primeiro século, que
mesmo sob a pesada perseguição e a iminência da morte, não apostataram de sua fé, pelo
contrário, foram fortalecidos, encorajados e empoderados pelo Espírito Santo a seguir sendo
Sua testemunha, a despeito de toda opressão maligna.

Olhando para os nossos dias podemos identificar as mudanas que ocorrem no mundo, tudo
apontando para desdobramento dos acontecimentos apocalípticos. Tempo no qual o Espírito
Santo alerta a igreja a um posicionamento de compromisso, fidelidade e santida com o Se-
nhor.

Dias muito difíceis estão por vir. Tempos nos quais a igreja de Cristo será peneirada. De for-
ma seremos encontrados?

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BÍBLIA SAGRADA NVI – Nova Versão Internacional. Primeira edição. São Paulo: Vida
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BÍBLIA DE JERUSALÉM – Nova Edição Revista. São Paulo: Edições Paulinas, 1973.
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BÍBLIA DE ESTUDO ALMEIDA – Almeida Revista e Atualizada. São Paulo: Sociedade
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BÍBLIA SHEDD – Revista e Atualizada no Brasil. São Paulo: Vida Nova, 1998.
BÍBLIA DE ESTUDO NVI – Nova Versão Internacional. São Paulo: Editora Vida, 2003.

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