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Análise teórica do comportamento quase-estático


e avaliação das características dinâmicas
da ponte pedonal 516 Arouca
Theoretical analysis of the quasi-static behaviour and assessment
of the dynamic characteristics of the 516 Arouca
António Tadeu
António Romero
Sara Dias
Filipe Pedro
Filipe Bandeira
Miguel Serra
Pedro Galvín
Michael Brett

Resumo Abstract
Este artigo descreve o comportamento quase-estático e dinâmico This paper discusses the quasi-static and dynamic behaviour of
da ponte 516 de Arouca usando modelos teóricos, analíticos e the 516 Arouca Bridge using theoretical, analytical, and numerical
numéricos. Os modelos teóricos incluem aproximações lineares e models. The theoretical models include linear and non-linear
não-lineares do comportamento dos cabos, que permitiram estimar approximations for the behaviour of the cables, which allowed to
o comportamento estático, a posição inicial e a força de tração dos predict the static behaviour, initial position, and the puling force
cabos principais da ponte. Os cabos principais comportam-se como of the main bridge cables. The main cables worked as suspended
cabos suspensos com massa equivalente dada pelo seu próprio peso cables with an equivalent mass given by their own weight and the
e a massa suspensa dos cabos secundários. A força de tração no cabo suspended mass of the secondary cables. The pulling force in the
varia entre 781,9 kN, no meio do vão, e 848,1 kN, nas extremidades. cable varies from 781,9 kN at the centre of the bridge span, up to
As formas teóricas dos modos de vibração, assim como as frequências 848,1 kN at the extremities.
naturais, foram obtidas a partir das equações de equilíbrio da ponte. The theoretical shapes of the vibration modes as well as the
Foi, ainda, desenvolvido um modelo numérico de elementos finitos, natural frequencies were obtained from the equilibrium equations
que permitiu a identificação das formas modais. of the bridge. Furthermore, a finite element numerical model was
Os resultados analíticos e numéricos foram comparados com developed that allowed for the identification of its modal shapes.
os obtidos através de uma campanha experimental in situ. A The analytical and numerical results were compared to those
concordância entre todas as soluções analíticas, numéricas e obtained from the in-situ experimental campaign. The agreement
experimentais foi considerada muito boa. between the analytical, numerical, and experimental data was very
good.

Palavras-chave: Pontes pedonais de grande vão / Comportamento estático e Keywords: Big span footbridges / Static and dynamic behaviour / Cable structures /
dinâmico / Estruturas de cabos / Análise não-linear de pontes / Nonlinear analysis of footbridges

rpee | Série III | n.º 20 | novembo de 2022 21


Análise teórica do comportamento quase-estático e avaliação das características dinâmicas da ponte pedonal 516 Arouca
António Tadeu, António Romero, Sara Dias, Filipe Pedro, Filipe Bandeira, Miguel Serra, Pedro Galvín, Michael Brett

António Tadeu 1 Introdução


Engenheiro Civil (Professor Doutor)
Itecons As pontes pedonais suspensas são projetadas por todo o mundo com
Coimbra, Portugal características cada vez mais inovadoras e arrojadas. Este tipo de
tadeu@itecons.uc.pt estruturas são, simultaneamente, atrações turísticas, principalmente
António Romero devido ao seu comprimento, altura e localização.
Engenheiro Mecânico (Professor Doutor) A ponte pedonal 516 Arouca, com um comprimento de vão que deu
Escola Técnica Superior de Engenharia, Universidade de Sevilha origem ao seu nome, é uma dessas pontes.
Sevilha, Espanha
Este tipo de estrutura envolve sempre um grande conjunto de
aro@us.es
desafios, desde o início do projeto até à sua construção. Uma das
Sara Dias dificuldades inerentes a este tipo de pontes pedonais suspensas é
Engenheira Civil (Mestre) o comportamento não-linear dos cabos. Para além disso, existem
Itecons outras dificuldades relacionadas com o comportamento dinâmico
Coimbra, Portugal da estrutura. A incerteza sobre as propriedades dinâmicas previstas
sara.dias@itecons.uc.pt para a ponte e as reais é praticamente inevitável [1].
Filipe Pedro O desenvolvimento de modelos teóricos ou numéricos para a
Engenheiro Mecânico (Mestre) análise dinâmica deste tipo de estrutura requer o conhecimento das
Itecons frequências naturais, modos de vibração e fatores de amortecimento.
Coimbra, Portugal Embora seja possível desenvolver métodos para identificar
filipe.pedro@itecons.uc.pt
frequências naturais e modos próprios, já no que diz respeito ao
Filipe Bandeira amortecimento é muito difícil estimar os seus valores antes da
Engenheiro Civil (Licenciado) construção da estrutura. Esta dificuldade justifica as intervenções
Itecons em muitas pontes pedonais após a sua construção para colocação
Coimbra, Portugal de dispositivos de controlo e mitigação da resposta dinâmica, como
bandeira@itecons.uc.pt por exemplo a famosa Millennium Bridge em Londres [2].
Miguel Serra No âmbito do projeto da ponte de Arouca desenvolveu-se um
Engenheiro Civil (Mestre) conjunto de métodos simplificados, considerando o comportamento
Itecons linear e não-linear dos cabos, para definição da geometria inicial e
Coimbra, Portugal configuração da ponte (análise estática), bem como para estimativa
miguel.serra@itecons.uc.pt de deslocamentos, avaliação de frequências e modos próprios de
vibração (análise dinâmica). As formulações propostas permitem
Pedro Galvín
análises mais rápidas do que aquelas que recorrem a modelos
Engenheiro Civil (Professor Doutor)
Escola Técnica Superior de Engenharia, Universidade de Sevilha numéricos tais como o método dos elementos finitos (FEM). O
Sevilha, Espanha uso destes modelos foi relevante para a definição da geometria
pedrogalvin@us.es de configuração da ponte, mas também permitiu determinar a
variação das forças de tração ao longo dos cabos principais e estimar
Michael Brett as frequências naturais e modos próprios no plano (in-plane) e
Engenheiro Mecânico (Doutor) fora do plano (out-of-plane). Os resultados foram confirmados
Itecons
Coimbra, Portugal
experimentalmente. A resposta quase-estática e dinâmica da
michael.brett@itecons.uc.pt estrutura causadas pela ação do vento e das pessoas foi registada por
um conjunto de antenas Global Navigation Satellite System (GNSS),
no caso dos deslocamentos, e acelerómetros triaxiais (sismógrafos),
Aviso legal no caso das acelerações. A concordância entre os resultados dos
Os conteúdos incluídos na Revista Portuguesa de Engenharia de modelos analíticos e numéricos e os obtidos de forma experimental
Estruturas são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. é considerada excelente.
A secção seguinte (Secção 2) descreve de forma sucinta a ponte.
Legal notice Nas secções posteriores (Secção 3 e Secção 4) apresentam-se os
The contents included in the Portuguese Journal of Structural modelos analíticos e numéricos desenvolvidos. Os resultados
Engineering are the sole responsibility of the authors. obtidos são comparados com os registados in situ na Secção 5. Por
fim apresentam-se algumas considerações finais.

TADEU, A., [et al.] – Análise teórica do comportamento quase-


-estático e avaliação das características dinâmicas da ponte pedonal
2 Geometria da ponte
516. Revista Portuguesa de Engenharia de Estruturas. Ed. LNEC. O sistema de suspensão da ponte é composto por dois cabos
Série III. n.º 20. ISSN 2183-8488. (novembro 2022) 21-30. principais (catenárias) e um conjunto de cabos secundários

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(pendurais) que suportam 127 módulos metálicos. Os módulos 3.1 Análise linear
estão conectados entre si nas suas extremidades, no mesmo nó
onde os pendurais estão ligados. Esta subseção apresenta dois métodos de análise simplificados para
definir a configuração geométrica inicial da ponte (análise estática),
as frequências próprias e os modos associados (análise dinâmica).
Nestes modelos foi assumido um comportamento linear dos cabos
principais suspensos. A tensão nos cabos principais foi considerada
constante ao longo dos mesmos e a deformação axial foi desprezada.

3.1.1 Comportamento estático


A Figura 2 apresenta o esquema estrutural 2D adotado para cada
um dos cabos principais da ponte.

Figura 1 Vistas da ponte pedonal 516 Arouca


Cada módulo está suspenso nas catenárias por 8 cabos
(compartilhados com os módulos adjacentes). Os 4 pendurais
principais foram projetados para suportar todas as cargas e os 4
pendurais secundários, pré-tensionados, foram projetados para
minimizar a rotação em torno do eixo longitudinal, bem como parte
dos deslocamentos laterais. Figura 2 Esquema estrutural dos cabos principais da ponte
A plataforma modular, com 4,0 m de comprimento e 1,2 m de adotado na fase inicial de projeto (adaptado de [7])
largura útil, é constituída por perfis UPN e um par de cantoneiras,
Assumiu-se que a força de tração do cabo e a rigidez axial do mesmo
todos em aço S275. O pavimento do tabuleiro é formado por painéis
eram suficientemente grandes, para que a força de tração pudesse
de gradil de aço com um peso próprio aproximado de 25 kgf/m2.
ser considerada constante e as deformações axiais desprezadas. De
Cada módulo tem uma massa total de 603,2 kg.
igual forma, a influência das forças gravíticas na variação da tensão
Cada catenária é composta por sete cabos de aço de 40 mm de ao longo do cabo também foi considerada insignificante. Assim,
diâmetro nominal HD 8 K PPI (núcleo de aço, Am = 5915,0 mm2 e nesta fase inicial, as deflexões são assumidas como pequenas e os
m = 51,0 kg/m). As extremidades desses cabos estão fixas nos efeitos não-lineares foram desprezados para determinar os modos
maciços de ancoragem e os cabos foram apoiados em selas no próprios no plano da ponte.
topo dos pilares, com 36,3 m de altura. Os pendurais principais e
secundários são compostos por um único cabo de aço de 12 mm Definiu-se k = T/d como a rigidez de cada segmento do cabo, onde
(Acl = 75,8 mm2 e mcl = 0,65 kg/m). Todos os cabos de aço foram T é a força de tração aplicada ao cabo (constante nesta fase) e
previamente pré-tensionados durante a fabricação. d é a distância entre massas discretas, mldi = m (xi – xi–1) como a
massa de cada segmento de cabo entre duas massas consecutivas,
e considerou-se Mi a massa resultante da ação dos módulos na
3 Análise teórica do comportamento quase- extremidade de cada mola, ki como a rigidez de cada mola que simula
o comportamento dos cabos secundários, e Ui o deslocamento de
-estático e dinâmico da ponte cada massa colocada na extremidade de cada uma dessas molas.
Esta seção descreve de forma sucinta os modelos analíticos Neste modelo, as molas alongam e contraem de modo que em cada
desenvolvidos para avaliar o comportamento estático e dinâmico cabo secundário se obtêm dois deslocamentos distintos: o da massa
da ponte. na extremidade da mola (Ui), e outro na base da mola, onde o cabo

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secundário se fixa ao cabo principal (ui). Nesta fase, foi considerado o modelo ilustrado na Figura 2. Os deslocamentos dinâmicos são
que as massas estão impedidas de ter um comportamento pendular. agora definidos como as oscilações da massa na extremidade da
Como o comprimento de cada segmento do cabo é constante mola ( Ui ) , e da base da mola, onde a massa é concentrada no
(mld = mldi), o equilíbrio estático de equações pode ser escrito de segmento de cabo (ui ) em torno da posição de equilíbrio estático.
acordo com o seguinte: As equações de equilíbrio dinâmico, em vibração livre e desprezando
−( mld )g + k ( −ui −1 + 2ui − ui +1 ) − Ki ( Ui − ui ) = 0
o amortecimento, podem ser descritas da seguinte forma:
(1)
−(Mi + mcli )g + Ki ( Ui − ui ) = 0 ui + k ( −ui −1 + 2ui − ui +1 ) − Ki ( Ui − ui ) = 0
mld 
(3)
com u(0) = u(l) = 0; M1 = Mn = M /4; Mi = M (para i ≠ 1 e i ≠ n) Ki = EA ( Mi + mcli )Ui + Ki ( Ui − ui ) = 0
Cli
(onde Cli é o comprimento do cabo secundário); mcli = mcl Cli é a E podem ser escritas na forma matricial:
massa de cada cabo secundário; e g é a aceleração gravítica. A força
u +Ku = 0
M  (4)
meq gl2
de tração T é estimada através da relação T = . A massa
8d sag onde M é a matriz massa,
equivalente meq combina o peso do cabo principal e o peso dos
módulos suspensos pelos cabos secundários (não incluindo o peso mld 
dos cabos secundários) por unidade de comprimento, e l é o vão da  mld 
ponte.  
 ... 
Assim, a equação (1) pode ser escrita na forma matricial após a  mld 
introdução das condições de fronteira: M= 
 M1 + mcl1 
Ku = m g (2)  M2 + mcl2 
com  ...

 
 Mn + mcln 
uT = [ u1 u2  un U1 U2  Un ]

T
mT = [ mld mld  mld M1 + mcl 1 M2 + mcl 2  Mn + mcln ] e u = u1 u2  un U1 U2  Un  .

Através da solução do determinante K − ω 2M = 0 (onde ω é a


2k + K1 −k − K1 
 −k  frequência angular natural de vibração), as frequências próprias e os
 2k + K2 −k − K2  modos associados podem ser determinados. Este modelo assume
 ... ... ... ...  que não há aumento de tensão com o movimento do cabo, o que é
  absolutamente correto para modos antissimétricos.
− k 2k + Kn − Kn 
K =  
− K1 K1 Note-se que se fosse desprezada a massa do cabo principal, se os
  pendurais fossem considerados muito rígidos, e se a massa dos
 − K2 K2 
  módulos aplicada aos pendurais fosse constante, os resultados
... ...
  obtidos coincidiriam com a solução analítica dada em [3]:
 − Kn Kn 
1 4T  πj 
fj = sin   , onde ndecks = 127 é o número de
Onde a dimensão de K é 2n × 2n, com n = ndecks + 1 (número de 2π d 2meq  2( ndecks + 2) 
cabos secundários). Assim, cada elemento da matriz depende da
módulos discretos e d = 4 é a distância entre massas discretas.
rigidez de cada segmento do cabo (k = T/d) e da rigidez dos cabos
 EA  Conforme mencionado acima, este modelo assume que a tensão do
secundários  Ki =  . Note-se que este modelo não considera a cabo é constante ao longo do mesmo, o que não permite a correta
 Cli 
avaliação dos modos no plano que geram tensão/deformação extra
não-linearidade geométrica. no cabo.
A solução direta da equação (2) permite determinar a posição do
cabo principal. É importante referir que a alteração do módulo de
Young dos cabos secundários não altera a configuração do cabo
3.2 Análise não-linear
principal. Esta subsecção apresenta a análise não-linear utilizada para avaliar
a configuração geométrica final da ponte para diferentes cargas
estáticas. Com recurso a esta análise foram também determinados
3.1.2 Comportamento dinâmico
os modos próprios no plano e fora do plano. Como toda a teoria para
Após ter sido determinada a posição do cabo principal em equilíbrio este problema foi baseada nas equações derivadas por Irvine para
estático, foi realizada uma análise dinâmica preliminar utilizando cabos suspensos [4], apenas se apresentam as principais equações.

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3.2.1 Comportamento estático A relação constitutiva, matematicamente consistente com a Lei de


Hooke, pode ser escrita da seguinte forma:
No modelo estático a seguir apresentado, foi assumido que o cabo
principal, com comprimento L0 (comprimento sem deformação),  dp 
T = EA0  − 1 (8)
tem uma forma indeterminada que é o comprimento do cabo sem  ds 
deformação na sua forma livre. O comprimento do cabo L0 é maior
que a distância entre os suportes D. A tensão do cabo varia com em que E é o módulo de Young e A0 é a área transversal do cabo não
sua posição, dependendo da diferença L0 – D. Quanto maior esta tracionado.
diferença, maior a inclinação do cabo. As equações anteriores terão que ser manipuladas matematicamente
Considere-se que o cabo está suspenso entre dois pontos fixos para se obter o x, y e T, impondo condições de fronteira em A e B.
distanciados horizontalmente de l e de uma distância vertical h x = 0, y = 0, p = 0 in s = 0 (9)
(pontos com coordenadas cartesianas A (0,0) e B (l, h)). O cabo na
sua forma livre L0 é maior que D = l2 + h2 . Um ponto do cabo x = l, y = h, p = L in s = L0 (10)
situado a uma distância s da origem, em estado livre sem tração, onde L é o comprimento do cabo na forma deformada.
quando sujeito ao próprio peso do cabo W = mg L0 move-se e
2
ocupa uma nova posição na sua forma deformada, descrita pelas  s
coordenadas cartesianas x e y, e a coordenada Lagrangiana p. T ( s) = H 2 +  V − W  (11)
 L0 
Em termos geométricos, o cabo terá que obedecer à seguinte
equação,   s 
Hs HL0  V  V −W L 
  
sinh−1   − sinh−1 
2 2
 dx   dy  x( s ) = + 0
(12)
  +  =1 (5) EA0 W  H  H 
 dp   dp    
  
Em termos de equilíbrio estático, cada segmento do cabo (ver
  s 
2 
Figura 3) terá que obedecer às seguintes equações, de acordo com  
as direções horizontal e vertical: Ws  V s  HL0 
2  V −W L 
V  
y( s) =  − + 1+   − 1+  0   (13)
EA0  W 2L0  W  H  H 
dx    
T =H (6)    
dp  
Ao derivar as equações anteriores para x(s) e y(s), as condições foram
dy s estabelecidas apenas para s = 0, obtermos,
T = V −W (7)
dp L0
HL0 HL0  V   V − W 
l= + sinh−1   − sinh−1   (14)
onde T é a tração no cabo, V é a reação vertical do suporte, H é a EA0 W  H  H 
componente horizontal da tração no cabo e s é a abcissa curvilínea.
WL0  V 1  HL0  V −W  
2 2
V
h=  − +  1 +   − 1 +    (15)
EA0  W 2  W  H  H  

A resolução simultânea das Equações (14) e (15) permite obter
V e H. Estas equações podem ser resolvidas usando o método
bidimensional de Newton-Raphson modificado.
Se os apoios estiverem no mesmo nível (h = 0) as equações anteriores
podem ser simplificadas, obtendo-se o resultado esperado para
W
V= . A Equação (14) pode então ser modificada para:
2

 Wl W  W
sinh 
 2HL 2EA  = 2H
− (16)
 0 0
Na presença de N massas discretas suspensas (carga), a forma do
Figura 3 Forças às quais um segmento do cabo é submetido na cabo será uma catenária descontínua com alterações na inclinação
sua posição de equilíbrio (adaptado de [7]) em cada ponto de massa.

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Considere-se o esquema da Figura 4. Nestas condições, a equação  σ


 + χ + φ − χ + (φ − ϑn − σ )
2
η (σ ) = βσ  φ − 2 2 2
(4) pode ser modificada para:  2
n
(20)
N + ∑  βψ i (σ i − σ ) + χ 2 + (φ − ϑi − σ i ) − χ 2 + (φ − ϑi −1 − σ i ) 
2 2
dy s  
T = V − ∑ Fi − W (17) i =0 
dp i =1 L0
também válido para o intervalo para σk < σ < σk+1 para k = 0, 1, 2, …, N.
Onde Fi é um conjunto de N = 128 cargas verticais. Os valores χ e φ podem ser obtidos a partir das seguintes
equações,
 −1  φ  −1  φ − ϑn − σ  
 βσ + sinh   − sinh   
 χ  χ  
ξ (σ ) = χ  (21)
n 
 + ∑  sinh−1  φ − ϑi − σ i  − sinh−1  φ − ϑi −1 − σ i  

 
 i =0   χ   χ   

 1
δ = β  φ −  + χ 2 + φ 2 − χ 2 + (φ − ϑN − 1)
2

 2 
N
(22)
+ ∑  βψ i (σ i − 1) + χ 2 + (φ − ϑi − σ i ) − χ 2 + (φ − ϑi −1 − σ i ) 
2 2

i =0 


A solução destas equações permite obter V e H. Estas equações


foram resolvidas com recurso ao método bidimensional de Newton-
-Raphson modificado.
Figura 4 Forças a que é submetido um segmento do cabo na
sua posição de equilíbrio, quando sujeito a N massas 3.2.2 Comportamento dinâmico
suspensas verticais (módulos) e o seu peso próprio Ws
As equações de equilíbrio de um cabo suspenso apoiado à mesma
(adaptado de [7])
cota podem ser expressas pelas seguintes equações:
Seguindo uma resolução semelhante à anterior, obtém-se um
∂ dx ∂u ( x , t )   ∂ 2u ( x , t )
conjunto de equações que permitem determinar a forma e a força
 (T ( x ,t ) + τ ( x ,t ))  +  − m =0
de tração ao longo do cabo. ∂s   ds ∂s   ∂t 2
Para poder apresentar essas equações de forma concisa, as seguintes ∂ dz ∂w( x , t )   ∂ 2w( x , t )
relações adimensionais foram adotadas:  (T ( x ,t ) + τ ( x ,t ))  +  − m + m g = 0 (23)
∂s   ds ∂s   ∂t 2
x y s s ∂ ∂v ( x , t )   ∂ 2v ( x , t )
ξ=
L0
, η = , σ = , σk = k
L0 L0 L0
( k = 1,2, N ) ,  (T ( x ,t ) + τ ( x ,t ))   − m =0
∂s   ∂s   ∂t 2

l T H V F W onde u , w e v são as componentes longitudinal, vertical e fora do


γ= , τ = , χ = , φ = , ψn = k ( k = 1,2, N ) e β =
L0 W W W W EA0 plano do cabo em vibração livre. T é a força de tração aplicada ao
cabo e τ é a tensão adicional gerada pelo movimento do cabo.
(A0 é a área transversal do cabo sem tração), definindo σ0 = 0, Desprezando a componente horizontal do movimento, por ser
N
ψ–1 = 0 e ψ0 = 0, usando ϑn = ∑ψ j com ϑ–1 = 0 e ϑ0, e impondo as pequena, e desprezando os termos de segunda ordem, as equações
j =−1 de equilíbrio de um cabo suspenso apoiado à mesma cota podem
condições de fronteira em A e B (x = 0, y = 0, p = 0 em s = 0; x = l, ser expressas pelas seguintes equações [4]:
y = h, p = L em s = L0, correpondendo L ao comprimento do cabo na
forma tensionada), as seguintes equações podem ser derivadas [4]: ∂ 2u ( x , t ) ∂2 y ∂ 2u ( x , t )
TH + Th 2 − m =0 (24)
∂x 2
∂x ∂t 2
τ (σ ) = χ 2 + (φ − ϑn − σ )
2
(18)
∂ 2v ( x , t ) ∂ 2v ( x , t )
TH −m =0 (25)
válido para o intervalo σk < σ < σk+1 para k = 0, 1, 2, …, N. ∂x 2
∂t 2
 −1  φ  −1  φ − ϑn − σ   onde TH é a componente horizontal da tensão do cabo a meio vão
 βσ + sinh   − sinh   
χ  χ  e Th é a componente horizontal adicional da tensão do cabo. Estas
ξ (σ ) = χ   (19)
equações correspondem ao movimento vertical no plano u ( x , t ) e
n 
 φ − ϑ − σ   φ − ϑ − σ  
 + ∑  sinh 
−1 i i −
 − sinh 
1 i −1 i
  fora do plano v ( x , t ), respetivamente.
 i =0   χ   χ   
Th pode ser calculado através do seguinte integral [4]:

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EAmeq g l Movimento fora do plano


Th =
TH Le ∫ u ( x,t ) (26)

0 Assumindo v ( x , t ) = v ( x )eιωt , a seguinte equação, no domínio da
3
frequência, pode ser obtida a partir da Equação (25):
l l
 2

onde Le =  ds  dx ≈ l  1 + 8  d1   é o comprimento tensio- 
∫o  dx  ∫o   l   TH
∂ 2v ( x ) 
+ mlω 2v ( x ) = 0 (31)
  ∂x 2
nado do cabo.
 
Sabendo que v (0) = v (l) = 0 , as seguintes frequências naturais e
modos associados podem ser calculados:
Movimento no plano
jπ TH   jπ x 
O movimento no plano inclui modos antissimétricos e simétricos. ωj = ; v j ( x ) = B j sin   (32)
Na presença de modos antissimétricos no plano, a componente l meq  l 
l
horizontal adicional da tensão do cabo Th = 0 porque u ( x , t ) = 0 .
∫ 0
onde Bj é a amplitude e j = 1, 2, ….
Neste caso específico, a Equação (25) pode ser escrita no
 ιωt 3.2.3 Configuração do cabo
domínio da frequência após a substituição u ( x , t ) = u ( x )e .
 A configuração do cabo é estimada a partir da análise estática
∂ 2w( x ) 
TH + m ω 2w( x ) = 0 (27) descrita nas secções anteriores. Uma análise preliminar foi realizada
∂x 2 usando o modelo linear apresentado na Secção 2.1. A força de tração
  é estimada como T = 780,2 kN (assumindo dsag = 53,00 m) e a massa
Sabendo que u (0) = u (l /2) = 0 as seguintes frequências próprias e equivalente é meq = 126,4 kg/m. O sistema da Equação (1) tem
modos próprios associados podem ser calculados [4]: 256 graus de liberdade desconhecidos (DOF). A sua solução dá a
2 jπ TH posição inicial do cabo principal (ver Figura 5a).
ωj =
l meq
(28)
  2 jπ x 
u j ( x ) = Aj sin  
 l 

onde Aj é a amplitude, e j = 1, 2, ….
Na presença de modos simétricos no plano, a tensão adicional do

cabo é induzida, Th = Theιωt , que é considerada constante ao longo
do vão [5]. Após a manipulação matemática da Equação (24) e
impondo as condições de fronteira nulas, obtém-se a seguinte
equação: a)
 
TH u ( x ) Th TH  ω   x   x 
=  1.0 − tan   sin  ω  − cos  ω   (29)
meq gl2 ω2  2  l  l 

ωl
onde ω =
TH
meq

Usando a Equação (26) para eliminar Th TH , a seguinte equação
transcendental é obtida [4]:
3
 ω  ω 4.0  ω 
tan   = − 2   (30)
2 2 λ 2 b)

2 Figura 5 Configuração do cabo principal obtido a partir da


 meq gl   TH Le  análise linear e não-linear: a) posição; b) força de tração
onde λ = 
2
 l  .
T
 H   EA  (adaptado de [7])
A solução da Equação (30) fornece as frequências naturais dos Uma análise não-linear permite identificar a posição do cabo
modos simétricos no plano. principal e a variação da força de tração de acordo com as Equações

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(20-22). As Figuras 5a e 5b ilustram a posição e a força de tração nestes 3 pontos, segundo as mesmas premissas.
do cabo principal. A flecha do cabo principal obtida na análise não O modelo da ponte foi analisado em duas etapas, considerando que
linear, dsag = 53,56 m, é semelhante à obtida pelo modelo linear os fenómenos de aumento de rigidez por tração têm uma grande
(dsag = 53,50 m), e ao valor medido na ponte após a construção contribuição para sua rigidez global: 1) uma análise não-linear para
(dsag = 53,72 m). A força de tração no cabo passa de 848,1 kN nas determinar a forma e o estado de tensão da estrutura; 2) uma análise
extremidades do cabo para 781,9 kN no meio vão, superior ao modal usando o estado de tensão no final da etapa 1. Após definição
estimado na análise linear (T = 780,2 kN). da estrutura não deformada, dos comprimentos finais das catenárias
sobre o carregamento de peso próprio e dos níveis de pré-tensão dos
cabos suspensos, foi realizada uma análise geométrica não-linear de
4 Análise numérica grandes deslocamentos usando o método Newton-Raphson. Além
Foi desenvolvido um modelo numérico de elementos finitos através de determinar a forma final da ponte em condições de peso próprio
do software Autodesk® Robot Structural Analysis Professional [6], e impostas, esta análise permite guardar as matrizes de rigidez total
para realizar uma análise modal considerando como estado de e massa no final do processo iterativo. A matriz de rigidez resultante,
tensão inicial o obtido após a análise estática. também chamada de matriz de rigidez secante, é então usada como
entrada para a análise modal e tida em conta a rigidez geométrica
extra decorrente dos elementos tracionados.

5 Resultados
5.1 Resposta da ponte devido a carga quase-estática
O modelo não-linear foi usado para calcular os deslocamentos
obtidos quando um grupo de 34 pessoas atravessou a ponte, no
âmbito dos testes experimentais. As cargas geradas pelo grupo de
voluntários foram consideradas como massas discretas suspensas
Figura 6 Detalhe do modelo numérico (adaptado de [7]) nos cabos principais. Após a manipulação matemática das Equações
Os elementos que formam o tabuleiro foram modelados com (21) e (22) os deslocamentos foram determinados. Na Figura 7, a
elementos de viga Euler-Bernoulli de 12DOF, enquanto que os cabos título de exemplo, apresentam-se os deslocamentos determinados
foram modelados com elementos de cabo (somente tração, 6DOF). segundo X (direção longitudinal), Y (direção vertical) e Z (direção
Para aplicação de carga, foram adicionados três nós nas extremidades transversal), respetivamente, para a posição de meio vão da ponte.
de cada módulo definidos por L, C e R. Estes correspondem ao centro A figura incluiu também deslocamentos registados pelas antenas
de massa teórico dos corpos humanos para cargas concêntricas e GNSS durante um dos testes realizados.
excêntricas acoplados ao centro de massa do módulo (ver Figura Como esperado, o deslocamento transversal é quase zero, dado que
6). Todas as cargas são aplicadas nos pontos acima mencionados. a velocidade do vento era mínima (abaixo de 3,0 m/s), e as pessoas
As cargas decorrentes do peso próprio e da ação do vento foram caminhavam a um ritmo lento. A concordância entre a solução
modeladas como cargas concentradas no ponto C. As cargas analítica e os resultados experimentais é muito boa. Como pode ser
decorrentes da atividade humana foram modeladas em qualquer observado, os módulos da ponte tiveram um deslocamento máximo
um dos 3 pontos, dependendo do caso de carga em estudo. As no eixo Y de 0,62 m e um deslocamento máximo no eixo X de
massas utilizadas na análise modal foram modeladas igualmente 0,15 m.

Figura 7 Deslocamentos experimentais registados com as antenas GNSS e os resultados analíticos calculados a meio
vão da ponte, causados pela ação do grupo a caminhar com uma velocidade de 0,5 m/s (adaptado de [7])

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5.2 Identificação modal principais da ponte. Os cabos principais comportam-se como cabos
suspensos com massa equivalente dada pelo seu próprio peso e a
As frequências naturais e os fatores de amortecimento foram massa suspensa pelos cabos secundários. A força de tração no cabo
identificados a partir da resposta estrutural devido à ação do varia de 781,9 kN no meio do vão até 848,1 kN nas extremidades,
vento. A Tabela 1 apresenta as frequências naturais e os fatores sob ação do seu peso próprio. As frequências naturais foram obtidas
de amortecimento modal (ξ) associadas aos primeiros modos de a partir das equações de equilíbrio da ponte utilizando modelos
vibração (no plano e fora do plano). A análise destes resultados analíticos e numéricos.
permite concluir que as frequências naturais estimadas em fase
Os testes realizados in situ permitiram avaliar o comportamento
de projeto/dimensionamento através dos modelos analíticos e
da estrutura da ponte 516 de Arouca sob carga de serviço e validar
numéricos são próximas das obtidas experimentalmente [7].
os pressupostos utilizados em fase de projeto/dimensionamento.
Tabela 1 Resumo dos modos no plano e fora do plano e Neste âmbito, a ponte foi submetida a cargas quase-estáticas e
das frequências naturais estimadas (resultado dos dinâmicas para diferentes configurações de sobrecarga. A análise
modelos analíticos lineares e não lineares e obtidos dos registos obtidos permitiu: i) validar os resultados numéricos e os
experimentalmente, fExp) e os coeficientes de modelos analíticos utilizados para prever os movimentos estáticos;
amortecimento modal medidos ξ. Os erros absolutos e ii) validar os modelos numéricos e analíticos usados para prever
relativos em relação aos resultados experimentais o comportamento dinâmico da ponte, essencialmente através da
também são incluídos entre parênteses (adaptado de [7]) avaliação das frequências naturais de vibração.

Modelo Modelo
fExp ξ fFE Identificação
[Hz] [%]
linear não-linear
[Hz] do modos
Agradecimentos
[Hz] [Hz]
Os autores gostariam de agradecer o apoio prestado pela Câmara
0,076 0,116 Municipal de Arouca, com especial agradecimento à Presidente,
0,113 1,45 – Fora do plano
(32,7%) (2,7%) Margarida Belém, e à Engenheira Conceição Oliveira; à empresa
MEO – Serviços de Comunicações e Multimédia, S.A. e Geoide
0,151 0,135 Geosystems S.A., pela ligação à Internet e dados das antenas
0,131 1,65 – Fora do plano
(15,3%) (3,1%)
GNSS, respetivamente, e ao Prof. Eduardo Kausel do MIT pela
0,151 0,151 0,157 sua ajuda na definição dos modelos analíticos. Por fim, os autores
0,147 1,05 No plano gostariam também de agradecer o apoio financeiro fornecido pelo
(2,7%) (2,7%) (6,8%)
Ministério da Ciência, Inovação e Universidades da Espanha
0,227 0,205 (PID2019-109622RB-C21).
0,196 1,48 – Fora do plano
(15,8%) (4,6%)

0,214 0,70
0,226 0,214 0,249
No plano Referências
(5,6%) (0,0%) (16,4%)
[1] Van Nimmen, K.; Lombaert, G.; De Roeck, G.; Van den Broeck, P. –
0,303 0,221 “Vibration serviceability of footbridges: Evaluation of the current
0,214 0,84 – Fora do plano
(41,6%) (3,3%) codes of practice,” Eng. Struct., vol. 59, no. 0, pp. 448-461, 2014,
doi: 10.1016/j.engstruct.2013.11.006.
0,378 0,267
0,257 1,65 – Fora do plano [2] Dallard, P. et al. – “The London Millennium Bridge,” Struct. Eng., vol. 79,
(47,1%) (3,9%)
no. 22, pp. 17-33, 2001.
0,454 0,311 [3] Kausel, E. – Advanced Structural Dynamics. Cambridge University
0,293 0,91 – Fora do plano
(54,4%) (6,1%) Press, 2017.
[4] Irvine, H.M. – Cable structures. MIT, 1981.
[5] Luongo, A.; Rega, G.; Vestroni,F. – “Planar non-linear free vibrations of
an elastic cable,” Int. J. Non. Linear. Mech., vol. 19, no. 1, pp. 39-52,
6 Conclusões Jan. 1984, doi: 10.1016/0020-7462(84)90017-9.
Este artigo descreve a abordagem utilizada para estudar o [6] Autodesk – “Autodesk Robot Structural Analysis Professional.” 2020.
comportamento quase-estático e dinâmico da ponte 516 de [7] Tadeu, A. et al. – “Theoretical and experimental analysis of the
Arouca, usando modelos teóricos, analíticos e numéricos. Os quasi-static and dynamic behaviour of the world’s longest suspension
modelos teóricos incluem aproximações lineares e não-lineares footbridge in 2020,” Eng. Struct., vol. 253, p. 113830, Feb. 2022,
do comportamento dos cabos, que permitiram estimar o doi: 10.1016/j.engstruct.2021.113830.
comportamento estático, posição inicial e força de tração dos cabos

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