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RESUMO: A viga é parte fundamental dos sistemas estruturais na Engenharia Civil, entender seu
comportamento é de suma importância para que haja maior segurança em seu dimensionamento. É válido
destacar que com o avanço tecnológico as exigências da engenharia são cada vez maiores e que na análise
dinâmica as estruturas vibram e isso provoca oscilações nas respostas estruturais. Nesse sentido, o presente
trabalho visa analisar o comportamento dinâmico da viga de Euler-Bernoulli sob o efeito de uma carga
pontual móvel, que está sujeita a diferentes velocidades e intensidades de carga, para diferentes pontos de
análise na estrutura. A análise se deu por meio do desenvolvimento de rotinas computacionais na linguagem
Python. A partir dos resultados da presente pesquisa, conclui-se que a velocidade na qual a carga trafega pela
viga tem grande influência em seu deslocamento, além disso, verifica-se que quanto mais distante a carga
estiver dos apoios, maior será o deslocamento produzido.
1
Graduando, Universidade Paranaense – Unipar, campus Paranavaí, Curso de Engenharia Civil,
patrick.peres@edu.unipar.br.
2
Graduando, Universidade Paranaense – Unipar, campus Paranavaí, Curso de Engenharia Civil,
gabriel.190543@edu.unipar.br.
3
Professor Mestre, Universidade Paranaense – Unipar, campus Paranavaí, Curso de Engenharia Civil,
diegometz@prof.unipar.br.
1
UNIVERSIDADE PARANAENSE- UNIPAR
Umuarama – Toledo – Guaíra – Paranavaí – Cianorte – Cascavel – Francisco Beltrão
TRABALHO DE FINALIZAÇÃO DE CURSO EM ENGENHARIA CIVIL 2020
ABSTRACT: The beam is a fundamental part of structural systems in Civil Engineering, understanding its
performance is of paramount importance so that there is greater security in its design. It is important to state
that due to technological advances the demands of engineering are ever greater and also that in dynamic
analysis the structures vibrate which causes oscillations in the structural responses. On this regard, this article
aims to analyze the dynamic performance of the Euler-Bernoulli beam under the effect of a moving point
load, which is subject to different speeds and load intensities, for different points of analysis in the structure.
The analysis happened through the development of computational routines in the Python language. The
results of this research show that the speed at which the load travels through the beam has a great influence
on its displacement, and also that the farther the load is from the supports, the greater is the displacement
produced.
KEYWORDS: Euler-Bernoulli Beam Theory. Finite Element Method. Dynamic Performance. Moving
Point Load.
1 INTRODUÇÃO
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TRABALHO DE FINALIZAÇÃO DE CURSO EM ENGENHARIA CIVIL 2020
Diversos estudos sobre esta temática vêm sendo realizados recentemente, alguns dos quais podem ser
encontrados na literatura, tais como:
Gomes et al. (2018) analisou as vibrações de vigas bi-engastadas e engastadas livres, seus estudos
apontam para a importância de considerar não somente os efeitos estáticos da estrutura, mas também o
dinâmico, pois as vigas podem assumir um estado de vibração que pode comprometer todo o sistema
estrutural. Verificou e validou a confiabilidade dos modelos desenvolvidos, pois o desvio entre os resultados
numéricos e experimentais foram próximos um do outro.
Silva (2019) utilizou o método do elemento espectral para determinar a deformação dinâmica de uma
viga de Euler-Bernoulli, deixando claro que é imprescindível o estudo do comportamento dinâmico da viga,
evitando assim problemas como vibrações excessivas que podem reduzir a vida útil do sistema estrutural.
Metz (2019) estudou o comportamento dinâmico de pontes quando submetidas a variados tipos de
carregamentos veiculares, sendo eles com 4, 5, 9 e 15 graus de liberdade. Utilizou o Método dos Elementos
Finitos para resolver e analisar as respostas dinâmicas obtidas. Ele ressalta que atualmente a norma brasileira
descomplica os efeitos dinâmicos, simplificando-os em efeitos estáticos majorados, o que por sua vez pode
resultar em dados insatisfatórios em relação aos critérios de vibração e deformação excessiva.
Assim, fica clara a importância do estudo do comportamento dinâmico de uma estrutura, pois na
análise dinâmica as estruturas vibram e isto provoca oscilações nas respostas estruturais. Quando as ações
dinâmicas não são tão significativas em relação às respostas estáticas, apenas a análise estática pode ser
suficiente para o dimensionamento. Contudo, com o avanço tecnológico as exigências da engenharia são cada
vez maiores, deste modo, não se pode mais ignorar as ações dinâmicas.
É importante destacar que o presente trabalho foi desenvolvido pressupondo algumas simplificações
teóricas e limitações, tais como: amortecimento da estrutura desconsiderado, sistema estrutural desacoplado
e a velocidade constante.
O objetivo deste estudo é analisar os efeitos dinâmicos obtidos da interação simplificada entre carga
móvel e estrutura, considerando as suas velocidades, e levando em conta a carga pontual em sentido contrário
ao da gravidade.
Ao calcular as respostas dinâmicas sofridas pela estrutura, chega-se no campo das tensões e, com isso,
é obtido os momentos fletores. Dessa forma, pode-se dimensionar a estrutura com maior precisão, sem causar
um subdimensionamento ou até mesmo superdimensionamento.
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2 DESENVOLVIMENTO
Neste capítulo, será apresentada a fundamentação teórica sobre a viga de Euler-Bernoulli, o elemento
finito de viga de Euler-Bernoulli e os resultados e discussões.
A presente seção abrange a teoria da viga de Euler-Bernoulli, suas hipóteses simplificadoras, equação
geral, frequências, batimento estrutural e a solução do problema de vibração forçada, bem como o elemento
finito de viga de Euler-Bernoulli.
y,v
q(x)
A,E,I x,u
Lb
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Para obter a equação da viga, segundo a teoria de Euler-Bernoulli, algumas hipóteses devem ser
consideradas (CRAIG, 1981):
a) O deslocamento lateral é nulo;
b) Despreza-se a inércia de rotação e o cisalhamento;
c) Os deslocamentos verticais para todos os pontos de uma seção transversal são pequenos e
iguais ao eixo da viga;
d) Material homogêneo e linear;
e) As seções transversais planas de uma viga permanecem sempre planas e perpendiculares
ao eixo longitudinal da viga, ou seja, as deformações devidas ao cisalhamento são
negligenciadas;
f) As tensões 𝜎𝑦 e 𝜎𝑧 são desprezíveis se comparadas à tensão axial 𝜎𝑥 .
A equação neste caso é dada por (RAO 2009):
𝜕 2𝑤 𝜕 4𝑤
𝑓(𝑥, 𝑡) = 𝜌𝐴 2 + 𝐸𝐼 4 (1)
𝜕𝑡 𝜕𝑥
𝑛2 𝜋 2 𝐸𝐼 𝑛2 𝜋 2 𝐸𝐼
𝜔𝑛 = 2 √ = 2 √ (2)
𝐿 𝑚 𝐿 𝜌𝐴
𝑛𝜋
𝑊𝑛 (𝑥) = 𝑠𝑒𝑛(𝛽𝑛 𝑥) = 𝑠𝑒𝑛 ( 𝑥) (3)
𝐿
no qual 𝜔𝑛 representa as frequências naturais de vibração, 𝑊𝑛 (𝑥) representa os modos naturais de vibração
e 𝑚 é a massa unitária da viga.
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O fenômeno de batimento ocorre quando duas frequências naturais muito próximas trocam energia
entre si, ou seja, no batimento existe uma diferença mínima entre as frequências. Já na ressonância, as
frequências são as mesmas.
Çelebi (2016) diz que esse fenômeno é resultante do acoplamento estreito dos modos de translação e
torção de uma estrutura levemente amortecida, resultando em vibrações periódicas e prolongadas na
estrutura. Essa agitação repetitiva causada pelo batimento pode trazer danos a estruturas, especialmente se a
mesma estiver no final de sua vida útil. Um dos danos que esse efeito pode causar na estrutura é a ruptura
por fadiga.
A fadiga é um processo que ocorre devido a carregamentos constantes e repetitivos ao longo do tempo,
podendo acarretar na diminuição da vida útil da estrutura e até mesmo seu colapso.
As implicações do batimento na engenharia podem ser resumidas em (ÇELEBI, 2007):
a) A agitação cíclica prolongada devido ao efeito do batimento pode ter seu preço no sistema
estrutural;
b) A agitação repetitiva pode acentuar a fadiga e a fadiga de baixo ciclo;
c) Os ciclos de batimento ressonantes podem e causam desconforto aos ocupantes. A
identificação dos efeitos de batimento é a chave para encontrar a ação corretiva na
modificação das características dinâmicas a fim de atenuar ou eliminar tais efeitos.
Para solucionar o problema de vibração forçada de uma viga, simplesmente apoiada, pode-se aplicar
o princípio de superposição de modos (RAO, 2009). Para isso, supõe-se que a deflexão da viga é:
onde 𝑞𝑛 (𝑡) é a resposta temporal da coordenada generalizada do 𝑛-ésimo modo. Resolvendo a Equação (4),
obtém-se:
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∞ ∞
𝜕 2 𝑞𝑛 (𝑡) 1
∑ 𝜔𝑛2 𝑊𝑛 (𝑥)𝑞𝑛 (𝑡) + ∑ 𝑊𝑛 (𝑥) = 𝑓(𝑥, 𝑡) (5)
𝜕𝑡 2 𝜌𝐴
𝑛=1 𝑛=1
A partir da Equação (5), utilizando a integral de Duhamel e a função delta de Dirac, chega-se na
equação de deslocamento:
∞
2𝑓 1 𝑛𝜋𝑥 𝑛𝜋𝑣 𝑛𝜋𝑣
𝑤(𝑥, 𝑡) = ∑ 𝑠𝑒𝑛 ( ) {( ) 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑛 𝑡) − 𝜔𝑛 𝑠𝑒𝑛 [( ) 𝑡]} (6)
𝜌𝐴𝐿 𝑛𝜋𝑣 2 𝐿 𝐿 𝐿
𝑛=1 𝜔𝑛 [( ) − 𝜔𝑛2 ]
𝐿
∞
2𝑓 1 𝑛𝜋𝑥 𝑛𝜋𝑣
𝑤̇ (𝑥, 𝑡) = ∑ 𝑠𝑒𝑛 ( ) {( ) 𝜔𝑛 𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑛 𝑡)
𝜌𝐴𝐿 𝑛𝜋𝑣 2 𝐿 𝐿
𝑛=1 𝜔𝑛 [( ) − 𝜔𝑛2 ] (7)
𝐿
𝑛𝜋𝑣 𝑛𝜋𝑣
− 𝜔𝑛 ( ) 𝑐𝑜𝑠 [( ) 𝑡]}
𝐿 𝐿
Por fim, derivando a Equação (7) em relação ao tempo, resulta na equação de aceleração:
∞
2𝑓 1 𝑛𝜋𝑥 𝑛𝜋𝑣 2 𝑛𝜋𝑣
𝑤̈ (𝑥, 𝑡) = ∑ 𝑠𝑒𝑛 ( ) {𝜔𝑛 ( ) 𝑠𝑒𝑛 [( ) 𝑡]
𝜌𝐴𝐿 𝑛𝜋𝑣 2 𝐿 𝐿 𝐿
𝑛=1 𝜔𝑛 [( ) − 𝜔𝑛2 ] (8)
𝐿
𝑛𝜋𝑣 2
−( ) 𝜔𝑛 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑛 𝑡)}
𝐿
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Segundo Metz (2019), o Método dos Elementos Finitos surgiu no século XX com o lançamento dos
primeiros computadores. No MEF, a ideia é subdividir o domínio do problema em partes finitas, chamadas
de elementos. Os elementos por sua vez são interligados por nós e o conjunto é chamado de malha, o conjunto
de subdomínios deve ser igual ao domínio original. Neste modelo, as equações diferenciais parciais podem
ser resolvidas de forma aproximada, essas aproximações são feitas de forma local, nos subdomínios, em vez
de utilizar aproximações de caráter global. Sobre cada subdomínio adota-se, de maneira isolada, um
comportamento aproximado e local para as incógnitas do problema.
Baseando-se no modelo proposto por Yang e Yau (1997), no qual consideram-se pontes de seções
transversais constantes sem variação da inércia.
De acordo com a literatura clássica (SORIANO, 2003; BATHE, 1996; CHOPRA, 1995), pode-se
utilizar os elementos finitos de viga de Euler-Bernoulli para a modelagem da ponte. Caracteriza-se o presente
modelo ao elemento de viga com quatro deslocamentos nodais de coordenada dimensional 𝑥. A matriz
elementar de rigidez é dada por:
12 6 12 6
−
𝐿2𝑒 𝐿𝑒 𝐿2𝑒 𝐿𝑒
6 6
4 − 2
𝐸𝐼 𝐿𝑒 𝐿𝑒
[𝐾𝑒 ] = (9)
𝐿𝑒 12 6 12 6
− 2 − −
𝐿𝑒 𝐿𝑒 𝐿2𝑒 𝐿𝑒
6 6
2 − 4
[ 𝐿𝑒 𝐿𝑒 ]
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13 11𝐿𝑒 9 13𝐿𝑒
−
35 210 70 420
11𝐿𝑒 𝐿2𝑒 13𝐿𝑒 3𝐿2𝑒
[𝑀𝑒 ] = 𝜌𝐴𝐿𝑒 210 105 420 420 (10)
9 13𝐿𝑒 13 11𝐿𝑒
−
70 420 35 210
13𝐿𝑒 3𝐿2𝑒 11𝐿𝑒 𝐿2𝑒
[− 420 −
420
−
210 105 ]
Segundo Metz (2019), para que se possa calcular as forças nodais equivalentes às solicitações no
interior dos elementos é necessário que encontre os esforços dinâmicos em cada elemento, sejam quais forem
as formas de solicitação. A equação dos esforços externos de cada elemento é dada por:
𝐿𝑒
1 3 𝑥 𝑥 2
− ( ) + 2( )
2 2 𝐿𝑒 𝐿𝑒
2
𝐿𝑒 𝑥 1 𝑥 𝑥3
− − ( )+ 2
8 4 2 𝐿𝑒 𝐿𝑒
[𝐻] = (12)
1 3 𝑥 𝑥 2
+ ( ) − 2( )
2 2 𝐿𝑒 𝐿𝑒
2
𝐿𝑒 𝑥 1 𝑥 𝑥3
− − + ( )+ 2
{ 8 4 2 𝐿𝑒 𝐿𝑒 }
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∆𝑥 𝑑𝑥
𝑣 = 𝑙𝑖𝑚 = (13)
∆𝑡→0 ∆𝑡 𝑑𝑡
Segundo Metz (2019), ao tornar a coordenada 𝑥 em função do tempo através da velocidade 𝑣, [𝐻]
fica:
1 3 𝑣𝑡 𝑣𝑡 2
− ( ) + 2( )
2 2 𝐿𝑒 𝐿𝑒
2 (𝑣𝑡)3
𝐿𝑒 𝑣𝑡 1 (𝑣𝑡)
− − [ ]+ 2
8 4 2 𝐿𝑒 𝐿𝑒
[𝐻 ∗ ] = (14)
1 3 𝑣𝑡 𝑣𝑡 2
+ ( ) − 2( )
2 2 𝐿𝑒 𝐿𝑒
2 (𝑣𝑡)3
𝐿𝑒 𝑣𝑡 1 (𝑣𝑡)
− − + [ ]+ 2
{ 8 4 2 𝐿𝑒 𝐿𝑒 }
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[𝑀𝑃 ] = ∑[𝑀𝑒 ]
𝑒=1
𝑛
[𝐾𝑃 ] = ∑[𝐾𝑒 ]
𝑒=1
𝑛
{𝑢𝑃 } = ∑{𝑤𝑒 }
𝑒=1
𝑛
{𝑢̈ 𝑃 } = ∑{𝑤̈𝑒 }
𝑒=1
onde [𝑀𝑃 ] é a matriz global de massa, [𝐾𝑃 ] a matriz global de rigidez, {𝑢𝑃 } e {𝑢̈ 𝑃 } são, respectivamente, os
vetores globais de deslocamentos e acelerações, e {𝐹𝑃 (𝑡)} representa o vetor de forças externas aplicadas à
viga.
Assim sendo, pode-se escrever as equações de movimento da estrutura na forma matricial (METZ,
2019):
Nesta seção é realizada a validação dos algoritmos, formulados por meio do Método dos Elementos
Finitos (MEF), contrapondo o resultado obtido mediante a solução analítica. Posteriormente, analisa-se a
viga sujeita à ação dinâmica da carga sob diferentes velocidades e pontos de aplicação na estrutura.
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v f
Figura 4 – Viga simplesmente apoiada sob efeito de uma carga pontual móvel
Fonte: Os autores (2020).
Considere a força vertical constante 𝑓⃗ em movimento ao longo de uma viga simplesmente apoiada,
de comprimento 𝐿, como modelo dinâmico com interação simplificada de um veículo. A Figura 4 ilustra o
modelo matemático descrito.
Na discretização por elementos finitos, utilizou-se uma malha unidimensional contendo 100
elementos. Enquanto no método implícito de integração direta, método de Newmark (METZ, 2019), os
valores dos parâmetros 𝛾 e 𝛽 foram 0.25 e 0.5 respectivamente. O tempo máximo de análise foi de 0.3 𝑠.
Na tabela a seguir, apresentam-se os parâmetros físicos e geométricos utilizados na solução analítica
e numérica.
Tabela 1 – Parâmetros físicos e geométricos
Parâmetro Valor Unidade (SI)
𝐿 8,00 m
𝐸 2,707 N/m²
𝐼 2,80 m4
𝜌 25,00 kg/m³
𝐴 2,00 m²
Δt 0,0001 s
Fonte: Os autores (2020).
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Na validação numérica foi analisado o centro da viga, ou seja, a 4 metros do primeiro apoio e foram
utilizados os parâmetros apresentados na Tabela 1. Os gráficos foram obtidos através de rotinas
computacionais na linguagem Python. As respostas de deslocamento, velocidade e aceleração estão
apresentadas abaixo.
Na Figura 5, os resultados dos dois métodos foram próximos. No método analítico foi obtido um
deslocamento de −1,479 × 10−5 𝑚 e no método numérico o valor foi de −1,484 × 10−5 𝑚. O que
representa uma diferença de apenas 4,685 × 10−8 𝑚 entre eles, o resultado foi compatível com o esperado.
Na Figura 6, a resposta numérica também foi próxima da analítica. A velocidade máxima no método
analítico foi de 2,961 × 10−4 𝑚/𝑠, enquanto no método numérico foi de 3,301 × 10−4 𝑚/𝑠, uma diferença
de 3,400 × 10−5 𝑚/𝑠.
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Na Figura 8, o deslocamento máximo obtido na primeira seção foi de −5,867 × 10−6 𝑚, na segunda
seção foi de −1,484 × 10−5 𝑚, como já apresentado na Figura 4, e, por fim, a última seção deu um
deslocamento de −5,428 × 10−6 𝑚. Percebe-se que o ponto onde houve maior deslocamento é o centro da
viga, isso se dá pelo fato de ser o ponto mais distante dos apoios, pois quando há algum carregamento naquele
local, as reações de apoio têm menos influência.
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Na Figura 9, como dito anteriormente, o centro da viga é o ponto onde há sempre o maior
deslocamento e, por isso, a influência da velocidade no centro da viga é maior que nos pontos próximos dos
apoios. Isso é corroborado pelo fato de que no centro da viga a velocidade máxima foi de 3,301 × 10−4 𝑚/𝑠,
já na primeira seção foi de 1,851 × 10−4 𝑚/𝑠 e na última seção foi 1,719 × 10−4 𝑚/𝑠.
Na Figura 10, no caso da aceleração, ela tende a diminuir conforme a carga passa pela viga. No
começo da viga (primeira seção) ela tem o maior valor, sendo ele 8,303 𝑚/𝑠², quando a carga está no meio
da viga a aceleração é 5,670 𝑚/𝑠² e na última seção a aceleração máxima é de 4,405 𝑚/𝑠².
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Analisando a Figura 11, percebe-se que quanto maior for a carga, maior será o deslocamento
ocasionado pela mesma. Enquanto a carga de 150 𝑁 deu um deslocamento de −2,226 × 10−5 𝑚, o
deslocamento da carga de 100 𝑁 foi de −1,484 × 10−5 𝑚 e o de 50 𝑁 foi −7,419 × 10−6 𝑚.
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Na Figura 12, observa-se o fato de que a amplitude da velocidade aumenta conforme o carregamento
também aumenta. A velocidade máxima obtida ao analisar as cargas de 50, 100 e 150 𝑁, são
respectivamente, 1,651 × 10−4 𝑚/𝑠, 3,301 × 10−4 𝑚/𝑠 e 4,952 × 10−4 𝑚/𝑠.
Analisando a Figura 13, a amplitude da aceleração na carga de 150 𝑁 é maior do que nas demais,
tendo como pico uma aceleração de 8,504 𝑚/𝑠², enquanto as cargas de 50 e 100 𝑁, respectivamente, têm
uma aceleração máxima de 2,835 𝑚/𝑠² e 5,670 𝑚/𝑠².
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Ao analisar a Figura 14, nota-se que com uma velocidade maior o deslocamento tende a desfazer-se
de modo mais brusco ao seu deslocamento inicial, e quando a velocidade é menor tem um retorno mais suave
em comparação. Percebe-se, também, que com a velocidade sendo maior, o deslocamento também o é. Os
deslocamentos obtidos ao analisar as velocidades de 80, 100 e 120 𝑘𝑚/ℎ são, respectivamente,
−1,476 × 10−5 𝑚, −1,484 × 10−5 𝑚 e −1,514 × 10−5 𝑚.
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Analisando a Figura 15, a carga com velocidade de 120 km/h passa pela viga mais rápido que as
demais e sua velocidade tem picos maiores. Respectivamente, as velocidades máximas das cargas de 80,
100 e 120 𝑘𝑚/ℎ são 2,690 × 10−4 𝑚/𝑠, 3,301 × 10−4 𝑚/𝑠 e 3,884 × 10−4 𝑚/𝑠.
Como a carga com velocidade de 80 𝑘𝑚/ℎ demora mais para sair da viga e a carga com velocidade
de 120 𝑘𝑚/ℎ sai mais rápido, a maior amplitude de aceleração dá-se na carga com velocidade de 100 𝑘𝑚/ℎ.
A aceleração das cargas com velocidade de 80, 100 e 120 𝑘𝑚/ℎ, são respectivamente, 5,529 𝑚/𝑠²,
5,670 𝑚/𝑠² e 4,261 𝑚/𝑠².
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Foi realizado o estudo do Método dos Elementos Finitos para, assim, compreender o elemento finito
de viga de Euler-Bernoulli e aplicar em rotinas computacionais na linguagem de programação Python. O
método analítico foi utilizado para validação do método numérico.
Analisando o comportamento da viga de Euler-Bernoulli sob carga pontual móvel, no caso da
aceleração, conforme a ordem das respostas dinâmicas no tempo aumenta, os resultados se tornam
imprecisos. Segundo Metz (2019), o MEF apresenta limitações em sua formulação convencional, devido ao
fato de que quando se deseja aumentar o grau de aproximação do elemento, requer que modifique
completamente as funções interpoladoras.
Como observado na seção 2.2.4, apesar da carga ter uma intensidade de apenas 100 𝑁, a velocidade
da carga tem grande influência na resposta da estrutura, pois, apesar da baixa intensidade, já apresenta
maiores amplitudes de deslocamento conforme a velocidade aumenta.
Por fim, conclui-se que, além da velocidade influenciar na resposta dinâmica da estrutura, a posição
da carga também influencia, pois quanto mais longe estiver do apoio, maior será o deslocamento.
É válido salientar que este trabalho abordou apenas alguns assuntos referentes ao estudo dos efeitos
dinâmicos. Há outras questões que podem ser estudadas em trabalhos futuros como, por exemplo, a análise
numérica considerando o amortecimento ocasionado pela estrutura, através do método de Rayleigh; e uma
vez que a velocidade da carga analisada foi constante, pode-se fazer uma análise no caso de velocidade
uniformemente variável, ou seja, o veículo acelerando ou desacelerando.
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<https://www.doity.com.br/anais/xiiisimmec2018/trabalho/69134>. Acesso em: 05 out. 2020.
METZ, Diego Gabriel. Análise dinâmica linear de pontes sujeitas a passagem de diferentes composições
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<https://hdl.handle.net/1884/59986>. Acesso em: 05 out. 2020.
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