Você está na página 1de 2

UFJF – Especialização em Mídias na Educação

Fundamentos de texto e imagem


Semana 5

BAZIN, André. A evolução da linguagem cinematográfica. In:


O cinema – ensaios. São Paulo: Editora Brasiliense, 1991.

VII. A evolução da linguagem cinematográfica


1928 – apogeu da arte muda

1928-30 – cinema falado (alguns valores do mudo permanecem inicialmente)

Duas grandes tendências opostas (1920 a 1940): diretores que acreditam na imagem e os que
acreditam na realidade.

A montagem constitui o nascimento do cinema como arte. É o que o distingue da fotografia


animada  linguagem.

A montagem promove a criação de um sentido que as imagens não contêm objetivamente e


que procede unicamente de suas relações.

“Tanto pelo conteúdo plástico da imagem quanto pelos recursos da montagem, o cinema dispõe
de todo um arsenal de procedimentos para impor aos espectadores sua interpretação do
acontecimento representado [...] no final do cinema mudo, esse arsenal estava completo.” (p.
68).

***

Existência de produções sem caráter expressionista e sem montagem (expressionismo e


montagem, muitas vezes, são consideradas a essência da linguagem cinematográfica). Nesse
caso, “a imagem vale, a princípio, não pelo que acrescenta mas pelo que revela da realidade”
(p. 70).

***

Comunidade de expressão da linguagem cinematográfica. Triunfo de Hollywood e de seus


gêneros: (1) a comédia americana, (2) o burlesco, (3) o filme de dança e o music-hall, (4) o filme
policial e de gângsteres, (5) o drama psicológico e de costumes, (6) o filme fantástico ou de
terror, (7) o western.

Cinema francês como o segundo do mundo. “As produções americanas e francesas bastam (...)
para definir claramente o cinema falado anterior à guerra como uma arte que alcançou
visivelmente o equilíbrio e a maturidade” (p. 71).

 Fundo: “grandes gêneros com regras bem-elaboradas, capazes de agradar o maior


público internacional e interessar também uma elite culta” (p. 71).
 Forma: “estilos da fotografia e da decupagem perfeitamente claros e de acordo com o
tema; uma total reconciliação da imagem e do som”. (p. 71-72).

1940-50: revolução mais no nível dos temas do que do estilo.

Determinismos técnicos praticamente eliminados.

Evolução da decupagem cinematográfica a partir do cinema falado

Em 1938, os filmes eram quase sempre decupados seguindo os mesmos princípios.

1
UFJF – Especialização em Mídias na Educação
Fundamentos de texto e imagem
Semana 5

Profundidade de campo: bem utilizada, é uma maneira mais econômica, simples e sutil de
valorizar o acontecimento; além de afetar as relações intelectuais do espectador com a imagem,
modificando o sentido do espetáculo.

 Estrutura mais realista, mais próxima do espectador.


 Propõe atitude mental mais ativa.

Cidadão Kane e a revolução da linguagem.

_______

Decupagem: na linguagem cinematográfica, é o processo de dividir as cenas de um roteiro em


planos, como parte do planejamento de filmagem (KREUTZ, 2019).

Profundidade de campo: quando a câmera é apontada para um determinado objeto ou uma


determinada pessoa e a imagem é focalizada, o que se vê será não só o objeto ou a pessoa em
foco, mas também uma área à frente dele ou dela e outra atrás, onde tudo também aparenta
estar em foco. Essa área é denominada profundidade de campo (BAPTISTA, s.d.).

BAPTISTA, E. Profundidade de campo e seus efeitos. Fazendo vídeo. Disponível em:


http://www.fazendovideo.com.br/artigos/profundidade-de-campo-e-seus-efeitos.html. Acesso em: 10
jan. 2023.

KREUTZ, K. O que é uma decupagem? Academia Internacional de Cinema, 14 maio 2019. Disponível em:
https://www.aicinema.com.br/o-que-e-uma-decupagem/. Acesso em: 10 jan. 2023.

Você também pode gostar