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Biotecnologia e Fisiopatologia aplicada

à Reprodução de Pequenos Animais

Centro Universitário de Goiás – UNIGOIÁS


Faculdade de Medicina Veterinária
Aluna 6° Período: Beatriz Ferreira Alves de Oliveira
Turma: N02 – Noturno

Centro Universitário de Goiás – UNIGOIÁS


Faculdade de Medicina Veterinária
Aluna 6° Período: Elígia Moura e Silva
Turma N02 – Noturno

Centro Universitário de Goiás – UNIGOIÁS


Faculdade de Medicina Veterinária
Aluno 6° Período: Italo Yuri Coutinho Ribeiro
Turma N02 – Noturno

Centro Universitário de Goiás – UNIGOIÁS


Faculdade de Medicina Veterinária
Professora: Lidiana Cândida Piveta
Turma N02 – Noturno
Hiperplasia Endometrial Cística-Piometra

A piometra é uma doença de afecção proliferativa não neoplásica uterina em cadelas e gatas não castradas
que se desenvolve devido a alterações hormonais associada a infecções oportunistas bacterianas, e como
sinais clínicos pode-se visualizar secreção mucopurulenta na luz uterina.
Podem ser denominadas como aberta (a cérvix está aberta e a
secreção desce pela vulva )ou fechada (não deixa o muco sair
e o útero parece um balão) logo, aqui, é um caso de
emergência pois se distende e está absorvendo e entrando na
corrente sanguínea gerando quadro de peritonite e se não
tratado pode avançar para óbito por choque séptico.
O ciclo estral da cadela é baseado pelo hormônio LH, FSH,
estrógeno e progesterona; na ação do FSH, os folículos vão se
desenvolver e inicia a produção de estrógeno por feedback. A
progesterona vai agir na mucosa da cérvix, aumento da
espessura do canal vaginal endometrial aumentando o fluxo
sanguíneo, redução da contração do miométrio e aumento da
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secreção das glândulas uterinas. Esse estímulo da progesterona o endométrio se hipertrofia
pela quantidade e tamanho presente das glândulas que elevam sua atividade secretora que pode ocasionar
acúmulo em seu interior.
Na atividade estrogênica, a cérvix se abre e permite a ascensão das bactérias macrobióticas presentes na
vulva e na vagina dentro do lúmen uterino, e os fluídos secretados pelas glândulas irão conter pH em
condições ideais para a proliferação bacteriana.
Em cadelas e gatas é mais comumente essa infecção de 6 a 11 anos de idade, mas não é incomum ocorrer
antes disso, e em grande parte desses acontecimentos é devido ao uso indiscriminado e sem controle de
métodos contraceptivos que á foi comprovado em estudos os diversos malefícios aos animais. Em gatas é
menos frequente, porém, não é incomum, e o desenvolvimento do corpo lúteo exige ovulação induzida. É
uma infecção que pode acometer em qualquer fase estral, porém é no diestro que se possui mais
acometimento.
Pode-se citar alguns agentes etiológicos como a
Pseudomonas, Streptococcus e a Escherichia coli muito
frequente nas amostras uterinas das cadelas acometidas por
piometra. Essa bactéria libera endotoxinas responsáveis pelos
sinais clínicos sistêmicos.
Alguns dos sinais clínicos vistos em cadelas ou gatas
acometidas por piometra são depressão, polidipsia, diarreia,

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perda de peso, a clássica presença de corrimento vulvar, desidratação, poliúria, vulva edemaciada e
hipertrofiada. Caso essa intercorrência não seja tratada, o animal pode vir a óbito por choque endotoxêmico.
Hiperplasia da Glândula Mamária

Durante o ciclo estral do felino, a glândula mamária será estimulada pelo estrógeno ovariano, prolactina e
somatotropina adenohipofisária. Não é uma causa bem determinada, mas o que se tem é que é um fator
hormonal dependente aos progestágenos endógenos e exógenos
formando a lesão nas glândulas mamárias.
A hiperplasia fibroepitelial mamária é um distúrbio tecidual de
caráter benigno não neoplásico que age crescimento rápido e
ordenado do parênquima e estroma da glândula mamária e do tecido
conjuntivo periductal. Mais comumente em fêmeas felinos entre 9 e
11 anos que ciclem, sem predisposição racial, que devido ao
estímulo hormonal dos ovários que promovem aumento nas células
sendo benignas ou neoplásicas, esse crescimento anormal pode ser
pela indução ou resposta à progesterona. As mamas se encontram
aumentadas de volume, túrgidas, quentes com presença de dor no
abdômen, nódulos, ulcerações e necrose cutânea.
Esse estímulo endógeno é decorrente da elevação das concentrações
séricas de progesterona pela presença de corpo lúteo durante a fase de estro e por essa alta concentração
hormonal tem-se também uma resposta dos receptores de progesterona que resulta nessa alteração. Nesse
viés, a progesterona age estimulando o crescimento dos ductos mamários e caso o animal seja exposto a
aplicações anti-cio, exógenas, pode abrir espaço para tal condição.
Sinais clínicos são glândulas mamárias firmes, aumento maciço, Tratado de Medicina Interna de cães e gatos

regiões necrosadas porta de entrada para infecções, apatia, anorexia,


desidratação

Hiperplasia Prostática

A hiperplasia prostática benígna é definido como um crescimento em excesso das células epiteliais da
próstata, juntamente com a diminuição na taxa de
morte celular programada. Esse aumento é
correlacionado a hipertrofia e hiperplasia dessas
células. Mais comumente em cães com mais de seis
anos de idade. É denominada também como uma
patogenia multifatorial por dependência hormonal,
sendo a resposta das disfunções que regulam os mecanismos funcionais em decorrência da idade.
As células epiteliais cilíndricas jutamente com a avaliação bioquímica evidencia aumento progressivo de
células receptoras da testosterona, além do estrógeno poder intervir no desenvolvimento hipertrófico.
Na camada pitelial celular presente no corpo da próstata, o hormônio da testosteona se converte em DHT
(que fica responsável por regular a função secretora através do desenvolvimento do órgão) e Google Imagens
também atua na ligação de receprtores andrógenos. Como resultado, reações ligadas ao
crescimento da proliferação celular e ao tamanho do corpo da próstata vai favorecer o processo de
angiogênese local.
É importante pontuar também que a testosterona possui atividade na próstata, mas o que possui maior ação é
a Di-hidrotestosterona e também a dissociação da testosterona de seu receptor é mais rápida quando
comparada ao DHT. Por esse viés, baixas concentrações a ligação com a Di-hidrotestosterona é mais
qualificada.
Outro fator estimulante para a HPB, é a desproporção de andrógenos e estrógenos promovendo os
estrógenos vão provomover esse aumento de receptor androgênico prostático. Por conseguinte, pondera-se
que redução das concentrações de DHT sugerem que o estradiol - 17β sensibilizou a resposta ao crescimento
prostático.
Há baseado na literatura que a prolactina provavalmente esteja inserida na patogênese da doença nesses
animais idosos.
Na hiperplasia prostática benígna, não costuman evidenciar evidentes sinais clínicos, mas com o decorrer do
tempo, pode ser visto uma compressão da uretra e do cólon, e esse aumento ocaiona tenesmo, disúria,
alteração na formação de fezes, pode ser porta de entrada para ocorrer hérnia perianal por conta do aumento
da pressão sobre o diafragma pélvico. Logo se faz necessária a a cirurgia de castração com fito de melhorar
a qualidade de vida desse animal.

Manejo Nutricional de Animais Castrados

A castração é um procedimento cirúrgico que se tornou uma solução viável para amenizar o abandono de
animais, e para os tutores que não desejam mais crias, além de ser uma prática muito recomendada para que
haja uma profilaxia de enfermidades.
Porém esta operação de gonadectomia tem resultado em aumento da ingestão de alimentos e do peso
corporal desses animais. Pois os hormônios sexuais possuem uma influência de maneira desigual, onde
andrógenos são hormônios anabólicos que levam ao aumento da ingestão de alimentos e massa magra, é
estrógenos são hormônios catabólicos que gera a diminuição da ingestão de alimentos e o peso corporal.
Também a estudos que este procedimento causa alteração nos hormônios que possuem relação com a apetite
do animal, como grelina, leptina, adiponectina e peptídeo semelhante ao glucagon, que é associada também
com à diminuição de atividades físicas. Este ganho de peso em animais castrados ocorre em decorrência do
aumento da ingestão de energia e diminuição do gasto energético, tais efeitos são resultantes da não ação dos
hormônios gonadais que levam ao aumento de apetite do animal.
Sendo assim pode se concluir que o status hormonal e a redução de atividades físicas, são dois fatores
importantes que afetam a saúde do animal após a castração, é que levam a ter a necessidade de um manejo
adequado da alimentação do animal. A se iniciar pela quantidade a ser servida, onde deve ser calculada a
estimativa da necessidade energética onde se emprega a seguinte equação para animais castrados: 95 x (peso
corporal) = kcal/dia, ou constantes menores, dependendo da avaliação do animal. Também deve ser
considerado a qualidade deste alimento fornecido, onde os que geram uma maior saciedade são mais
recomendados.

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