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Módulo I – Fundamentos da Navegação

Tipos e métodos de navegação

Navegação oceânica – navegação praticada em alto-mar.


Distância da costa: Mais de 50 MN.
Profundidade: Superior a 200m.
Frequência de determinação da posição na carta: 3 vezes ao dia.
Precisão: da ordem de 1 a 2 MN

Navegação costeira – Navegação praticada próximo da costa.


Distância da costa: entre 3 e 50 MN
Profundidade: entre 20 e 200m
Frequência de determinação da posição na carta: a cada 30 min, pelo menos.
Precisão: da ordem de 0,1 da milha (ou 200 jardas)

Navegação em águas restritas – Praticada em portos ou suas proximidades, em barras, baías,


canais, lagos e rios (onde a manobra é dificultada por diversos fatores).
Distância da costa: inferior a 3 MN
Profundidade: até 20m
Frequência de determinação da posição na carta: a cada 3 min, no mínimo
Precisão: da ordem de 0,05 da milha (ou 100 jardas)

Métodos para determinar a posição no mar: (melhor detalhado ao final do arquivo)


- Navegação astronômica
- Navegação visual
- Navegação eletrônica
- Navegação estimada

Círculo máximo: Linha que resulta da interseção da superfície da esfera terrestre com um
plano que contenha seu centro. Ex.: Equador e todos os meridianos

Círculo menor: Linha que resulta da interseção da superfície da esfera terrestre com um plano
que NÃO contenha seu centro. Ex.: Paralelos (Exceto equador)

Latitude de um ponto: arco de meridiano compreendido entre a linha do Equador e o paralelo


do lugar. Conta-se de 0 a 90º para o Norte e para o Sul.

Milha náutica: comprimento do arco de meridiano descrito por um ângulo de 1’ medido no


centro da terra.

Longitude: arco do equador terrestre entre o Meridiano de Greenwich e o Meridiano do lugar.


Conta-se de 0 a 180º para o Leste ou para Oeste do Meridiano de Greenwich.

Diferença de latitude: - Questões de cálculos


1) Diferença de Latitude entre o ponto A=35ºN e o ponto B=15ºS: 35º - (-15º) = 50º
2) Diferença de Latitude entre o ponto B=15ºS e o ponto C=25ºS: 25º - 15º = 10º

Diferença de longitude: - Questões de cálculos


1) Diferença de longitude entre o ponto A=045ºE e o ponto B=105ºW:
045º - (-105º) = 150º
2) Diferença de longitude entre o ponto B=105ºW e o ponto C=020ºW: 105º - 020º = 85º
Sistemas de coordenadas e posições
OBS: Quando definimos uma coordenada geográfica, primeiro escrevemos a LATITUDE e,
depois, a LONGITUDE. Ex.: Ponto A = (20ºN; 015ºE)

OBS2: 1’ de latitude (1’ de arco de meridiano) = 1 MN

OBS3: 1º = 60’ e 1’ = 60’’

Latitude média: - Questões de cálculos


Paralelo médio entre os paralelos que passam pelos dois pontos analisados.
1) A Latitude Média de dois pontos situados respectivamente sobre os paralelos de 30ºN
e 10º N será sobre o paralelo de 20ºN.
(30º – 10º)/2 = 20º/2 = 10º →
30ºN – 10ºS = 20ºN OU 10ºN + 10ºN = 20ºN

2) A Latitude Média de dois pontos situados respectivamente sobre os paralelos de 12ºS


e 6ºN será, por sua vez, sobre o paralelo de 3º S.
(12º+6º)/2 = 18º/2 = 9º →
12ºS - 9ºN = 3ºS OU 6ºN - 9ºS = 3ºS

BIZU → Na dúvida é só desenhar a Terra com o Equador e com o Meridiano de Greenwich que
a questão sai.

Unidades de distância:
Velocidade = Distância percorrida/ Tempo decorrido (V = D/T)
OBS: 1M = 1852m

Unidades de tempo e de velocidade:


- Unidade de tempo utilizada na navegação → Hora (1h = 60’ e 1’ = 60’’)
- unidade de velocidade empregada em navegação → Nó (1 Nó = 1MN/h)

1) Um navio navegando a 15 Nós levará quanto tempo para percorrer uma distância de
180 milhas?
V = 15 Nós
D = 180 MN
T? → V=D/T → 15 = 180/T → T = 180/15 → 12h

2) Um navio deverá percorrer uma distância de 250 milhas em 20 horas, a fim de chegar
a um determinado porto e dessa forma poder aproveitar o efeito da maré. Qual seria a
velocidade que suas máquinas propulsoras deveriam desenvolver?
D = 250 MN
T = 20h
V=?
V=D/T → V = 250/20 → V = 12,5 Nós

3) Um navio encontra-se na posição Lat. 10º 22´S Long. 010º 05´W. Sabendo-se que
deverá navegar, com uma velocidade de 10 Nós, em direção a um ponto sobre o
mesmo meridiano do lugar que dista a 20 milhas ao Sul de distância pergunta-se, em
quanto tempo realizará a travessia? Qual seria a coordenada do novo ponto?
Lat = 10º 22’S
Long = 010º 05’W
V = 10 Nós (de Norte a Sul)
D = 20 MN (ao Sul)
T=? Qual a nova coordenada?

➔ V = D/T → T = D/V → T = 20/10 → T = 2h


➔ 20 MN ao Sul = 20’ ao Sul (pois 1’ de latitude = 1 MN)
Nova Lat = 10º 22’S + 20’S = 10º 42’S
Long se mantém a mesma
Nova coordenada = Lat 10º 42’S e Lon 010º 05’W

Loxodromia e Ortodromia
Mapa: representação do globo terrestre ou de trechos da sua superfície sobre um plano,
indicando fronteiras políticas, características físicas, localização de cidades e outras
informações geográficas, sociais ou econômicas (não se prestam para a Navegação).

Cartas: são uma representação de parte da superfície terrestre mas, foram especificamente
traçadas para serem usadas em navegação.

Cartas náuticas: são cartas basicamente relacionadas com águas navegáveis. Inclui
informações sobre linhas de costa, portos, canais, perigos no mar, correntes, profundidades,
auxílios à navegação, etc.

Condições desejáveis de uma representação da superfície terrestre:


Equidistância – Não apresenta deformações nas distâncias
Equivalência – Não apresenta deformações nas áreas
Conformidade – Não apresenta deformações nos ângulos

Classificações dos sistemas de projeção da Terra:


Equidistantes, equivalentes e conformes

Outras classificações:
Geométricas (cilíndricas e cônicas), geométricas modificadas e convencionais

Ortodromia: É a menor distância entre dois pontos na superfície terrestre (qualquer segmento
de um círculo máximo da esfera terrestre). Satisfaz a equidistância. (Cartas desse tipo são
deformadas)

Loxodromia: Linha em espiral que intercepta os meridianos segundo um ângulo constante e


que culmina no polo geográfico da Terra. Satisfaz a conformidade (As cartas que usamos em
sala são loxodrômicas – Projeção de Mercator).

Projeção de Mercator
- Forma mais utilizada para se representar a Terra sobre superfícies na navegação marítima.
- As cartas náuticas confeccionadas na projeção de Mercator utilizam-se de Loxodromias, ou
seja, representa os rumos segundo ângulos constantes.
- Nessa projeção, os Rumos são representados por linhas retas e os ângulos referentes a esses
rumos são constantes e coerentes com as direções a serem tomadas pelo navegante, até um
certo grau de distância entre os pontos.
- É uma projeção Cilíndrica (superfície de projeção é um cilindro) Equatorial (o cilindro é
tangente à linha do Equador) e conforme (os ângulos são representados sem deformação)
- Embora, sob certos cuidados, as cartas na Projeção de Mercator possam ser utilizadas até a
Latitude de 80º, geralmente só as utilizamos até a Latitude de 60º (Norte e Sul).
- A Projeção de Mercator é também empregada nas seguintes classes de cartas: “cartas-piloto”
(representam as correntes, regime de ventos de uma determinada região, etc), de fusos
horários, magnéticas, geológicas, celestes, meteorológicas, aeronáuticas e mapas-mundi.

Vantagens da projeção de Mercator:


- Os meridianos são representados por linhas verticais retas. Os paralelos e a Linha do
Equador, por linhas horizontais retas perpendiculares às primeiras;
- É fácil identificar os pontos cardiais (N-S-E-W) numa Carta de Mercator;
- É fácil determinar as coordenadas geográficas de qualquer ponto numa Carta de
Mercator (as Latitudes, em graus e minutos, estão representadas verticalmente e as
Longitudes, também em graus e minutos, horizontalmente);
- Os ângulos medidos na navegação são representados por ângulos idênticos na carta;
- As distâncias e direções podem ser medidas diretamente nas cartas;
- As Loxodromias são representadas por linhas retas;
- São relativamente fáceis de serem confeccionadas, pois existem tábuas para o seu
traçado reticulado.
Desvantagens da projeção de Mercator:
- Apresenta deformações excessivas nas altas Latitudes (vide o caso da Groenlândia) e,
portanto, não devem ser utilizados em Latitudes acima de 60º (Norte e Sul);
- Impossibilidade de se representar os pólos;
- Círculos Máximos, exceto o Equador terrestre e os meridianos, não são representados por
linhas retas. Deste modo, as Cartas de Mercator não devem ser utilizadas para travessias
intercontinentais (Europa – Américas o Norte ou do Sul, África – Américas, etc)

Módulo II – Cartas Náuticas

Os diversos Sistemas de Projeção de Cartas Náuticas

Projeção Gnomônica: → Ñ será cobrado em prova!

Projeção de Lambert: → Ñ será cobrado em prova!

Projeção de Mercator:
- Paralelos → Linhas retas horizontais
- Linhas de rumo → Linhas retas
- Meridianos → Linhas retas verticais perpendiculares ao equador
- Escalas de distâncias → Variável
- Conforme → Sim
- Aumento da escala → Aumenta com a distância do Equador
- Círculos máximos → Linhas curvas (exceto Equador e meridianos)
- Uso para os navegantes → Navegação geral (costeira e estimada)

Escalas
- A escala é definida como a relação entre um valor gráfico, na carta, e o valor real
correspondente na Terra.

- Toda Escala é representada sob a forma de uma fração. Quanto maior o denominador,
menor será a escala da carta e vice-versa.
- Toda carta náutica apresentará a sua escala de representação da superfície da Terra. O
numerador representa o valor gráfico na carta. O denominador representa o valor real na
Terra.
Ex.: Numa carta onde a escala é de 1 / 500.000, qual seria a representação para um acidente
no terreno que medisse 2 km de comprimento?
1mm 500.000mm
X 2.000.000mm
2 Km = 2.000.000 mm
X = 4 mm

Em uma Carta de Mercator a escala de longitudes é constante. A escala de Latitudes, porém,


aumenta na medida em que nos dirigimos para Latitudes maiores (Latitudes Crescidas)
portanto, ao plotarmos dois pontos em uma carta náutica de Mercator, deveremos
estabelecer o paralelo médio entre esses pontos como base para medirmos a distância entre
eles. Dessa forma, não estaremos correndo o risco de incidir em erros, por conta das
deformações da carta.

OBS: Nas cartas de Mercator as distâncias percorridas são medidas na escala das Latitudes.
Para tal considera-se que um minuto (1´) corresponde exatamente a uma milha.

OBS2: Cartas de Escalas maiores (menor denominador) são mais ricas em detalhes, pois o
mesmo pedaço de papel representa uma área física menor, aumentando o nível de detalhes.
Consequentemente, aumenta-se a segurança.

Cartas Auxiliares à navegação e Posições na carta


Carta de fusos horários:
Serve para auxiliar nos cálculos que estabelecerão a posição sobre a carta náutica nas
navegações astronômicas (não se presta a navegação em si).

Carta batimérica internacional:


Informa ao navegante o número da carta específica onde poderá encontrar as profundidades
cartografadas em todos os oceanos da terra.

Carta 12.000:
É uma revista com o significado dos símbolos das cartas náuticas

Cartas-piloto:
Informam o regime de correntes e de ventos, ao longo do ano, próximos à costa (são 12 cartas,
uma para cada mês).

Cartas de correntes de maré:


Apresenta a intensidade das correntes geradas pelo efeito das marés nos principais portos do
País.

A posição na carta/ Distâncias na carta/ Problemas tipo → QUESTÕES PRATICADAS NA SALA


DE NAVEGAÇÃO

Atualização das Cartas Náuticas

Serve para manter a segurança durante a navegação!

Aviso aos navegantes:


Possibilita ao nauta a atualização de suas cartas náuticas e demais informações que aumentem
a segurança no mar.
- São classificados em: Avisos Rádio, Avisos Temporários, Avisos Preliminares e Avisos
Permanentes.
- As atualizações chegam aos navegantes pelos seguintes meios:
- Transmissão via rádio de Avisos rádio;
- Edição do “Resumo Semanal de Avisos aos Navegantes”;
- Publicação no “Folheto Quinzenal de Avisos aos Navegantes”, editado pela DHN.
(Distribuídos nas Capitanias, delegacias, agências e internet)

Avisos rádio:
Contêm informações urgentes, para o conhecimento do navegante. São irradiados pela
Estação Rádio da Marinha no RJ e pelas demais Estações Radiotelegráficas Costeiras.
- São classificados em: Avisos de Área, Avisos Costeiros e Avisos Locais

- Avisos de área:
Classificados em Avisos Rádio, Avisos Temporários, Avisos Preliminares e Avisos Permanentes.

- Avisos costeiros e locais:

- Avisos Costeiros: destinam-se às informações de segurança à Navegação de Cabotagem.

- Avisos Locais: são aqueles referentes às alterações ocorridas no interior de portos, seus
canais de acesso e em vias navegáveis onde, normalmente, os navios somente navegam com
auxílios de práticos locais.

Classificação dos avisos:

- Avisos TEMPORÁRIOS (T) - são aqueles de natureza transitória (Ex: Bóia número 2 de acesso
ao Porto de Rio Grande encontra-se apagada).
- Avisos PRELIMINARES (P) – são aqueles que se destinam a anunciar antecipadamente
alterações de qualquer natureza nas cartas náuticas, que serão objeto de Avisos Permanentes
(Ex: Farolete de Villegagnon apagado em manutenção a partir de XX/XX/200X).
- Avisos PERMANENTES (E) – são aqueles que introduzem alterações definitivas nas cartas
náuticas e demais publicações de auxílio à navegação (Ex: Baliza de alinhamento de Morretes,
retirada).
OBS: Há ainda os Avisos Permanentes Especiais (Ex: Áreas de exercício de tiro – mantenha-se
afastado).

Correção das cartas:

- Após verificar a data de confecção da carta faz-se necessário observar todos os Avisos
Permanentes que possam tê-la alterado, após o último Aviso que nela se encontre registrado.
Além dos Avisos Permanentes, todos os Avisos-Rádio, Temporários e Preliminares que a
afetam e continuam em vigor, constante no último Folheto Quinzenal de Avisos aos
Navegantes, deverá ser considerado.

- Todas as alterações que afetem a segurança da navegação e que podem ser introduzidas na
carta à mão ou por colagem de trecho, (bacalhau) são divulgadas por Avisos aos Navegantes.
Nestas correções é importante utilizar a simbologia adotada na Carta 12.000. Os acréscimos
não devem prejudicar qualquer informação já existente. As informações canceladas ou
corrigidas em caráter permanente devem ser riscadas a tinta violeta, jamais rasuradas.

- Alterações decorrentes de Avisos Rádio, geralmente referentes a derrelitos perigosos à


navegação, extinção temporária de luzes, e outras de caráter urgente, devem ser inseridas a
lápis (anotar tbm o número e ano. Ex.: T34/ 08) na carta afetada e apagadas logo que um novo
Aviso venha as cancelar ou na data determinada ao seu cancelamento. Estas alterações,
enquanto em vigor, são repetidas no Folheto Quinzenal de Aviso Navegantes.

- As alterações decorrentes de Avisos Permanentes devem ser feitas com tinta violeta, de
maneira clara e sem rasuras. No canto esquerdo da margem inferior da carta devem ser
registrados com tinta violeta o ano e o número do aviso.

Atualização das cartas pela DHN → Quanto mais nova é uma carta, menos alterações por
bordo terão necessidade de ser feitas.

- Pode ser por:


- Reimpressão – A reimpressão de uma carta não cancela a impressão anterior da
mesma edição. Possui menos alterações que uma nova edição.
- Nova edição – Uma nova edição cancela a edição anterior. Possui importantes
alterações nas informações essenciais à navegação, além dos Avisos.

Módulo III – Agulhas Náuticas

Tipos de Agulhas:
Agulha magnética (bússola)
Instrumento de navegação que fornece a base de medida para obtenção de Rumos e
Marcações (Ângulos).
- Seu princípio de funcionamento baseia-se no Magnetismo Terrestre qual seja, a Terra é um
grande ímã contendo dois Pólos Magnéticos de polaridades opostas (Norte Magnético e Sul
Magnético). Toda Agulha Magnética tenderá (sofre influência externa) a apontar para o Norte
Magnético, esteja onde estiver sobre a superfície de nosso planeta.
- Geralmente, os navios possuem duas Agulhas Magnéticas:
- No passadiço: Agulha de Governo
- No Tijupá (em locais mais livres de influências magnéticas): Agulha Padrão.
Partes componentes das agulhas magnéticas:
- Rosa circular (graduada de 000 a 360º), estilete (eixo vertical), cuba (receptáculo de material
amagnético cheio de mistura líquida – água e álcool), suspensão cardan (onde a cuba é
montada), bitácula (pedestal da suspensão caardan), linhas de fé (gravadas nas cubas para
referenciar os rumos, são alinhadas com a linha proa-popa), Esferas de Barlow e Barra de
Flinders (ímãs corretores).
- Rumo: é o ângulo contado a partir do Norte de referência até a proa do nosso navio.
- Marcação: é o ângulo contado a partir do Norte de referência até o objeto visado (seja ele
um ponto na costa ou mesmo um outro navio).
- Azimute (sinônimo de marcação): Não cai na prova!
- Pólo Norte da Agulha: Polo da agulha que aponta para o Pólo Norte Magnético da Terra.
- Magnetização permanente: massas de ferro duro (fortemente carburadas, tais como aços e
ferros fundidos) adquirem, durante a construção dos navios, uma magnetização por influência
do campo magnético terrestre. Ela acompanha o navio durante toda a sua existência.
- Magnetização induzida: Nas massas de ferro doce (não carburado) a magnetização induzida
pelo campo terrestre é temporária e altera-se, dependendo da proa em que estiver navegando
o navio e do valor do campo magnético terrestre do local.

Agulha Giroscópica
Instrumento de navegação desenvolvido no século passado que possui como principal
característica o fato de estar permanentemente apontado para o Norte Verdadeiro da Terra.
- Princípio de funcionamento: giroscópio, que possui 2 propriedades: Inércia giroscópica
(rigidez no espaço) e Precessão.
- Partes componentes:

- Normalmente uma Agulha Giroscópica, após ter sido ligada, leva cerca de 5 horas para se
estabilizar, portanto, nunca se esqueça de ligá-la 5 horas antes do suspender do navio.
Vantagens e desvantagens das agulhas magnética:

VANTAGENS:
- Independe de qualquer fonte de energia elétrica;
- Requer pouca ou quase nenhuma manutenção;
- É um equipamento robusto, que não sofre avarias com facilidade;
- Seu custo é relativamente baixo.
DESVANTAGENS:
- Aponta para o Norte Magnético, em lugar do Norte Verdadeiro;
- É afetada por material magnético ou equipamentos elétricos;
- Não é tão precisa e fácil de usar como uma Agulha Giroscópica;
- Normalmente suas informações não podem ser transmitidas com facilidade para
outros sistemas (radar, navegador satélite, etc); e
- É mais afetada por altas latitudes do que uma Agulha Giroscópica.

Vantagens e desvantagens das agulhas giroscópicas

VANTAGENS:

- Aponta sempre na direção do Meridiano Verdadeiro (Norte Verdadeiro), ao invés do


Meridiano Magnético. Independe portanto do Magnetismo terrestre;
- É mais precisa tanto para o governo do navio quanto para a observação de marcações,
comparativamente à Agulha Magnética;
- Pode ser usada em latitudes mais altas que a Agulha Magnética;
- Não é afetada pela presença de material magnético ou equipamentos elétricos de
bordo; e
- Seu sinal pode ser utilizado em repetidoras em diversos pontos do navio, equipamentos
radar, equipamentos de navegação satélite, piloto automático, etc

DESVANTAGENS:

- Por outro lado, exige uma fonte constante de energia elétrica e é sensível às variações de
energia que eventualmente possam ocorrer a bordo; e
- Está sujeita a avarias próprias de equipamentos complexos e requer uma manutenção
adequada, realizada por técnicos especializados.

Declinação e desvio magnéticos, desvio da giro e outras conceituações

- Declinação Magnética: Ângulo entre o Norte Verdadeiro e o Norte Magnético, contado a


partir do Norte Verdadeiro, para E ou W.
- Linhas isogônicas e agônicas – Não vai cair na prova
- Desvio das agulhas magnéticas: É o ângulo compreendido entre o Norte Magnético (Nmg) e
o Norte que cada Agulha (Nag) que se está utilizando esteja apontando. É contado a partir do
Nmg, para Leste ou para Oeste.
- Curva de desvio de uma agulha/ Tabela de desvios de uma agulha: Usados para corrigir os
desvios das agulhas

- Métodos para determinação dos desvios da Agulha Magnética (regulamento da agulha):


Os métodos para “regular” a agulha são:

- Comparação com a Agulha Giroscópica;


- Comparação com Alinhamentos;
- Por meio de comparações com marcações tomadas de um ponto distante em terra; e
- Por meio de comparações com azimutes de astros.

- Fatores que podem afetar os desvios da agulha magnética:


* Deslocamento ou alteração dos ferros de bordo;
* Alteração dos “ímãs compensadores”;
* Colocação ou supressão de equipamentos elétricos nas proximidades da agulha;
* Ferros deixados acidentalmente perto da agulha ou chaves, canivetes, etc, usados
pelo pessoal que trabalha junto da agulha;
* Atrito exagerado entre o estilete e o conjunto flutuador-rosa;
* Trovoadas, queda de raios, tempestades magnéticas;
* Proximidade de terra cujo solo contenha material magnético;
* Proximidade de outros navios;
* Aumento da temperatura dos ferros a bordo, especialmente da chaminé;
* Choques violentos devidos a abalroamento, encalhe, tiros de artilharia, etc.
- Compensação d agulha magnética:
A compensação da agulha visa anular ou reduzir as influências dos ferros de bordo. Essa
operação reduz os Desvios existentes e que passam a ser chamados Desvios Residuais. Os
Desvios Residuais é que serão apresentados nas Curvas e Tabelas de Desvios recém
apresentadas.
Por norma, uma Agulha Magnética deve ser compensada sempre que seus Desvios excederem
a 3º.

- Desvio da GIRO:
Ângulo formado a partir do Norte Verdadeiro, contado para Leste ou para Oeste”, até o Norte
da Giro. Ele é constante para todos os Rumos (de 000 a 360º).
OBS: Desvio da giro pode ser determinado por:
- Comparação com uma marcação verdadeira conhecida;
- Comparação a de um alinhamento ou;
- Pelo azimute do Sol

Módulo IV – Posição no Mar, Rumos, Marcações e Direções

Conversão de rumos e marcações


(IMPORTANTE ENTENDER PARA RESOLUÇÃO DE CALUNGAS)
Calunga = Desenho dos ângulos

Elementos importantes para as questões:

Direções:

- Norte verdadeiro (Nv)= Linhas verticais (Norte/ Sul) da carta

- Norte magnético (Nmag) = Norte magnético terrestre. Definido pelas linhas de campo.

- Norte da agulha magnética (Nagm) = Direção para onde a agulha aponta aponta, próxima ao
norte magnético

Dados de questões:

Ângulos:

- Declinação Magnética (Dmag) = ângulo entre norte verdadeiro (Nv) e o norte magnético
(Nmg), contado a partir do Norte Veradeiro (Nv), para E ou W.

- Desvio da agulha (Dag) = ângulo entre o Norte Magnético (Nmg) e o Norte da Agulha (Nag),
que se está utilizando contado a partir do Nmg. Pode ser E ou W.

Outros ângulos:
- Rumo Verdadeiro (Rv) é o ângulo contado a partir do Norte Verdadeiro (Nv) até a proa do
nosso navio

- Rumo Magnético (Rmg) é o ângulo contado a partir do Norte Magnético (Nmg) até a proa do
nosso navio.

- Rumo Agulha (Rag) é o ângulo contado a partir do Norte da Agulha (Nag) até a proa do
nosso navio. Cada agulha, por suas características, apresentará um Rag distinto.

- Marcação Verdadeira (Mv) é o ângulo contado a partir do Norte Verdadeiro (Nv) até o
objeto visado (seja ele um ponto na costa ou mesmo um outro navio).

- Marcação Magnética (Mmg) é o ângulo contado a partir do Norte Magnético (Nmg) até o
objeto visado (seja ele um ponto na costa ou mesmo um outro navio).

- Marcação da Agulha (Mag) é o ângulo contado a partir do Norte da Agulha (Nag) até o
objeto visado (seja ele um ponto na costa ou mesmo um outro navio). Cada agulha, por suas
características, apresentará uma Mag distinta.

RESOLVER EXERCÍCIOS!!! (Tem as 3 do slide)

Determinação de posição do navio


OBS: LDP → Linhas de posição

Determinação da posição no mar:


- Fatores para determinação do método para se estabelecer as LDP:
a) Meios de que o navio dispõe no momento;
b) A precisão requerida (lembrar que as Isobatimétricas são LDP de baixa precisão);
c) Do número de pontos notáveis disponíveis e que estejam representados na carta.

- Posição observada: obtida por observações visuais

- Posição radar: obtida por tomada de distâncias com uso do radar

Métodos para determinação da posição


OBS: Marcação visual = linha reta tracejada de um lugar à embarcação
Distância de um objeto = Arco descrito por um compasso de um lugar à embarcação

- Posição por duas marcações visuais simultâneas: Primeiramente tomar as marcações mais
próximas da proa ou da popa. Em seguida aquelas mais próximas do través. Isso porque, com o
tempo, as marcações de través variam mais rapidamente. (Posição observada).

- Posição por alinhamento e marcação visual: Oferece boa precisão por conta do
alinhamento. Da embarcação, observa-se 2 pontos notáveis até que se alinhem. Em seguida
marca-se outro referencial. O cruzamento das 2 LDP resultará na posição.

- Posição por marcação e distância de um mesmo objeto: As LDP cortam-se num ângulos de
90º. Apresenta boa precisão quando combinamos uma distância radar e uma marcação visual
de um mesmo acidente geográfico.

- Posição por marcação de um objeto e distância de outro: empregado quando não é possível
obter a marcação e a distância de um mesmo objeto.

OBS: Ambiguidade na posição por duas LDP → Por conta disso, em navegação, um ponto é
definido por no mínimo 3 LDP.

- Posição por segmentos capazes → Não cai na prova!

- Posição estimada: Indica posição provável do navio, pois leva e consideração unicamente o
RUMO e a VELOCIDADE NA SUPERFÍCIE de um navio. → Simbologia

- Posição estimada corrigida: Posição estimada onde consideramos os efeitos da Corrente,


bem como todos os demais fatores que afetam a posição do navio.

Embora a posição estimada não seja de precisão absoluta, não deveremos jamais menosprezar
a sua plotagem, até que possamos obter uma outra posição mais precisa (por exemplo, por
meio de observação visual/radar/GPS/astronômica).

→Simbologia

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