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Teste - Módulo de Pediatria e Obstetrícia

1. Para uma criança de 10 anos o peso estimado em Kg é de:


a) 28
b) 40
c) 38
d) 18

2. Um dos seguintes achados não é indicador de trabalho respiratório aumentado:


a) Tiragem supraclavicular e subcostal
b) Adejo nasal
c) Extremidades mal perfundidas
d) Posição de “tripé”

3. De acordo com a metodologia do triângulo de avaliação pediátrica, qual dos seguintes é um parâmetro preocupante
em relação à “aparência”?
a) Criança que só se tranquiliza ao colo dos pais
b) Olhar vago e ausente
c) Extremidades frias
d) Choro enérgico

4. Numa criança de 2 anos com dificuldade respiratória, qual dos seguintes sinais é mais sugestivo de uma situação de
insuficiência respiratória descompensada?
a) Frequência respiratória de 40/min
b) Tiragem intercostal e subcostal moderadas
c) Adejo nasal
d) Letargia e diminuição do nível de interacção

5. Uma criança de 3 anos apresenta, na avaliação TAP, uma aparência anormal, com diminuição da actividade,
polipneia de 50/min sem outros sinais de esforço respiratório e má perfusão periférica. A situação mais provável é:
a) Sem risco de doença crítica, problema primariamente respiratório
b) Em risco de doença crítica, provavelmente em choque
c) Em risco de doença crítica, problema provavelmente do sistema nervoso central
d) Situação estável, sem risco de doença crítica

6. Em relação à avaliação primária pediátrica, indique qual das seguintes afirmações é correcta:
a) A colocação de acesso venoso central imediato é prioritária numa criança em choque com hemorragia activa
b) A avaliação primária e a decisão de passar a reanimação secundária devem durar não mais de 10 minutos
c) O pneumotórax hipertensivo é uma emergência que requer diagnóstico e tratamento imediatos, mesmo sem
confirmação radiológica
d) Uma assimetria no diâmetro das pupilas é um sinal pouco fiável de lesão/hipertensão intracraniana

7. Em relação às diferenças entre as vias aéreas das crianças e dos adultos, indique a afirmação verdadeira:
a) O facto de a via aérea nas crianças ser mais curta e ter cartilagens mais flexíveis condiciona menor resistência
global
b) A respiração nasal quase obrigatória nos lactentes aumenta a probabilidade de infecções das vias aéreas
superiores.
c) A diferente configuração anatómica da laringe implica necessidade de maior extensão manual do pescoço para
garantir a permeabilidade da via aérea numa criança inconsciente
d) Uma criança alerta com dificuldade respiratória e estridor deve ser sempre deitada em decúbito lateral pois esta
posição garante a melhor permeabilidade
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8. Se intoxicação por opiáceos:


a) A dose de Naloxona EV não deve ser igual à do adulto
b) A dose de Naloxona IM é igual à dose EV
c) Se RN a administração de Naloxona é de 100mcg/Kg/dose
d) As alíneas B e C estão correctas

9. Qual das seguintes afirmações é correcta, em relação à entubação traqueal na criança:


a) Um tubo de diâmetro interno 5,5 mm deve ser a primeira escolha para uma criança de 6 anos
b) Um tubo orotraqueal deve ser introduzido cerca de 13 cm numa criança de 8 anos
c) O midazolam é uma boa escolha para sequência rápida numa criança hemodinamicamente instável, devido ao
menor risco de hipotensão
d) De um modo geral, as lâminas curvas são mais adequadas que as rectas para entubação de lactentes

10.No que diz respeito à ventilação em crianças, qual das seguintes afirmações é correcta?
a) Uma SpO2 superior a 90% em ventilação artificial é considerada adequada
b) A eficácia da ventilação com máscara e insuflador não pode ser adequadamente verificada se não dispuser de
medição de EtCO2
c) A distensão gástrica pode comprometer significativamente a eficácia de uma ventilação manual, mas não de
ventilação mecânica
d) A hiperventilação quer em termos de pressão, quer em termos de volume ou frequência, deve ser evitada por
poder ser prejudicial

11.Uma chamada para o 112 é efectuada por causa de uma criança de 4 anos com dificuldade em respirar. Ao chegar, a
equipa encontra uma criança sonolenta, pouco reactiva a estímulos, com FR de 12 discreta tiragem global, adejo
nasal, pálida, com extremidades frias e FC de 180/min. A atitude mais correcta é:
a) Entubação traqueal imediata, ventilação manual, colocação de acesso venoso e transporte para hospital
b) Permeabilização da via aérea com recurso a adjuvantes, oxigenação em alto débito, monitorização, colocação de
acesso venoso, transporte para hospital
c) Permeabilização da via aérea com recurso a adjuvantes, ventilação com máscara e insuflador e alto débito de O2
até estabilizar, entubação, monitorização, colocação de acesso venoso, seguido de transporte para hospital
d) Permeabilização da via aérea com recurso a adjuvantes, ventilação com máscara e insuflador e alto débito de O2,
monitorização, colocação de acesso venoso, seguido de transporte para hospital em ventilação manual por
máscara e insuflador

12.Uma das seguintes afirmações em relação à circulação nas crianças não é correcta. Identifique-a:
a) As crianças reagem à hipovolémia com vasoconstrição periférica de modo mais eficaz que os adultos
b) A hipotensão é um sinal precoce de insuficiência circulatória
c) Numa criança bem perfundida o tempo de preenchimento capilar é no máximo de 2 segundos
d) Nas crianças, o menor volume sistólico é compensado por maior frequência cardíaca, conseguindo um débito
cardíaco (DC) relativamente superior ao do adulto

13.Uma criança de 24 meses apresenta vómitos e diarreia há dois dias. Está menos activa que o habitual. Em relação a
esta situação, identifique a afirmação correcta:
a) Dado ser provavelmente uma situação de insuficiência circulatória por hipovolémia, a avaliação do A e do B
podem ser diferidas para um segundo tempo
b) A palpação de pulso carotídeo é ideal para avaliar a qualidade do pulso nesta criança
c) A avaliação do tempo de preenchimento capilar é um processo eficaz de detectar precocemente insuficiência
circulatória
d) O valor mínimo aceitável de PA sistólica nesta criança pode ser estimado pela fórmula 70 + (4 X idade em anos)
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14.Em relação às emergências respiratórias na criança, uma das seguintes afirmações é verdadeira:
a) As laringotraqueítes são situações víricas, benignas e autolimitadas, que nunca levam a dificuldade respiratória
importante
b) A via de administração preferencial dos corticoides nas laringites é sempre a endovenosa, devido ao início mais
rápido de acção
c) A administração sistémica de corticoides na bronquiolite é de eficácia muito duvidosa e não há dados que
suportem o seu benefício
d) Na asma, a administração de salbutamol por via endovenosa está contra indicada pelo elevado risco de efeitos
secundários

15.Uma das seguintes afirmações em relação a emergências circulatórias na criança é verdadeira:


a) O choque distributivo é a forma mais frequente de choque em pediatria
b) Um dos principais erros na abordagem da criança em choque é a administração tardia e insuficiente de fluidos
c) A via intraóssea deve ser evitada na abordagem de crianças pequenas em choque, pelo elevado risco de
complicações locais
d) A hemorragia por trauma é a causa mais frequente de choque hipovolémico em crianças pequenas, com menos
de dois anos

16.A abordagem inicial correcta de uma criança de 3 anos em choque descompensado com respiração espontânea e
estado de consciência deprimido é:
a) Verificar e manter via aérea (se necessário com entubação), oxigénio em alto débito, ventilação com máscara e
insuflador se necessário, acesso vascular intraósseo, cristaloide em bólus de 280 ml, se necessário repetido até
três vezes
b) Verificar e manter via aérea (se necessário com entubação), oxigénio em alto débito, ventilação com máscara e
insuflador se necessário, acesso vascular intraósseo, cristaloide em bólus de 520 ml, se necessário repetido até
três vezes
c) Acesso vascular intraósseo, oxigénio em alto débito, entubação traqueal, cristaloide em ritmo de necessidades
basais, procurar apoio cirúrgico para detetar causa de perda de fluidos
d) Verificar e manter via aérea (se necessário com entubação), oxigénio em alto débito, ventilação com máscara e
insuflador se necessário, acesso vascular central (de preferência femoral), cristaloide em bólus de 280 ml, se
necessário repetido até três vezes

17.Em relação à sepsis meningocócica em crianças, uma das seguintes afirmações não é correcta, Indique-a:
a) A ausência de exantema petequial não exclui essa possibilidade
b) Quando se acompanha de meningite, os sinais clássicos (rash hemorrágico, meningismo e alteração do estado de
consciência) surgem habitualmente nas primeiras 8 horas de doença
c) Uma escolha empírica inicial correcta de antibiótico é ceftriaxone 100mg/Kg
d) A ausência de meningite não significa melhor prognóstico

18.Numa criança com taquicardia supraventricular:


a) A presença de sinais de choque / instabilidade hemodinâmica é o principal determinante da necessidade de
cardioversão inicial
b) A dose inicial de adenosina ev é de 25 microgramas por Kg
c) A realização de manobras vagais está sempre contra indicada em lactentes
d) A amiodarona deve ser administrada antes da primeira tentativa de cardioversão elétrica, por aumentar a
probabilidade de sucesso
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19.Indique a afirmação correcta em relação à bradicardia em crianças:


a) Resulta habitualmente de uma alteração primária da condução elétrica cardíaca
b) Desde que haja pulso palpável, não é necessário efectuar compressões cardíacas, independentemente da
frequência, visto as crianças tolerarem melhor o baixo débito
c) A dministração de atropina está sempre contraindicada em crianças com bradicardia, pleo risco de agravamento
paradoxal
d) Uma oxigenação adequada é habitualmente a melhor atitude inicial numa criança em bradicardia em relação à
qual não se conhece a causa

20.Numa criança de 6 anos a convulsivar, faz parte das atitudes correctas:


a) Adminsitração de bólus de glicose a 10% (5ml/Kg) se houver hipoglicemia documentada
b) Manutenção da permeabilidade da via aérea e oxigenação em alto débito até à convulsão ter cedido
c) Administração de diazepam, 0,2 mg/Kg ev se houver via ev disponível
d) Todas as anteriores

21.Em relação à paragem cardiorrespiratória em idade pediátrica assinale a falsa:


a) O prognóstico é em regra mau
b) A falência respiratória ou circulatória são as causas mais frequentes em crianças
c) As arritmias são a causa mais frequente em adolescentes
d) A identificação de sinais pré paragem pode salvar vidas

22.Em relação à fita de Broselow (assinale a falsa):


a) É recomendada a sua utilização em qualquer criança com menos de 12 anos
b) Identifica parâmetros vitais adequados à faixa etária
c) Permite avaliar facilmente a escala PTS (Pediatric Trauma Score)
d) A porção da fita que fica ao nível do calcâneo da criança, serve de referência (ex. peso estimado)

23.A pré-eclampsia é uma doença da gravidez que se desenvolve após:


a) As 12 semanas de gestação
b) As 20 semanas de gestação
c) As 10 semanas de gestação
d) As 30 semanas de gestação

24.Perante um ritmo não desfibrilhável deve-se (assinale a falsa):


a) Administrar adrenalina na dose 10 mcg/Kg iv o mais precocemente possível
b) Se não se conseguir canalizar uma veia, a via endotraqueal é preferível à via IO para administração de adrenalina
c) Devem corrigir-se as causas reversíveis de paragem
d) Perante a suspeita clínica de pneumotórax hipertensivo deve picar-se o 2º espaço intercostal na linha médio
clavicular do lado correspondente, mesmo sem confirmação radiológica

25. Em relação aos ritmos desfibrilháveis (assinale a verdadeira):


a) A FV ocorre em cerca de 10% de todas as PCR em crianças
b) A adrenalina é administrada apos o segundo choque se mantiver ritmo desfibrilhável
c) A amiodarona (5mg/Kg) deve ser administrada apos o terceiro choque em casos de FV/TV sem pulso
d) Não se deve desfibrilhar mais do que 10 vezes

26. É causa reversível de PCR:


a) Tamponamento cardíaco
b) Hipercaliémia
c) Hipotermia
d) Todas as anteriores
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27. Em relação à reanimação pediátrica (assinale a verdadeira):


a) A monitorização da capnografia (EtCo2) permite confirmar posição do TET, mesmo em prematuros com menos de
2Kg
b) A oximetria de pulso é um parâmetro fiável da oxigenação da criança em choque
c) Deve tentar-se um acesso venoso pelo menos durante 5 minutos antes de se tentar a via intraóssea
d) Na criança com sinais de choque deve administrar-se um bólus de cristaloide (20ml/Kg) mesmo que a pressão
arterial seja normal

28. Na reanimação de uma criança de 8 anos (assinale a verdadeira):


a) O peso estimado de 24Kg serve de referência para cálculo das doses de fármacos
b) A dose de adrenalina é de 120 mcg/Kg
c) A dose de amiodarona é de 120 mcg/Kg
d) A dose do 2º choque (desfibrilhação) deverá ser de 40 joules
...
29. Perante uma criança com 10 anos em fibrilhação ventricular as doses de energia por Kg nos primeiros choques
devem ser:
a) 20J-40J-40J
b) 20J-20J-40J
c) 120J-120J-120J
d) 40J-40J-60J

30. Em relação à temperatura corporal após a reanimação (assinale a verdadeira):


a) A hipotermia após manobras de reanimação é frequente
b) Está demonstrado que a hipotermia induzida melhora o prognóstico em crianças após PCR
c) Uma criança com 33ºC após a reanimação deve ser aquecida rapidamente até 36ºC
d) A febre não deve ser tratada agressivamente

31. A que nível deve ficar um tubo orotraqueal num recém-nascido de 3Kg
a) 7cm
b) 8cm
c) 9cm
d) 10cm





● 32. Activação para grávida, primípara, com 36 semanas de gestação. Na actuação perante a exteriorização de
um membro de um feto (assinale a falsa):
a) Administrar oxigénio independentemente do valor de SpO2
b) Obter um acesso venoso periférico não é prioritário
c) Manter a anca direita elevada
d) Tentar reintroduzir suavemente o membro

33. Em relação à reanimação neonatal (assinale a verdadeira):


a) O ritmo de compressões / ventilações deve ser de 15:2
b) Uma SpO2 de 85% é aceitável 5 minutos após o nascimento
c) Uma frequência cardíaca de 60/min é aceitável
d) Se não houver qualquer actividade cardíaca detectável, devem suspender-se manobras ao fim de 20 min

34. Em relação à aspiração da orofaringe após o nascimento (assinale a falsa):


a) Deve ser sempre realizada
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b) Pode causar espasmo da laringe e atrasar o início da ventilação espontânea


c) A pressão de aspiração não deve exceder os 100 mmHg
d) Deve aspirar-se apenas as zonas que se visualizam

35. Na reanimação neonatal as compressões torácicas devem ser interrompidas se a frequência cardíaca for superior a:
a) 100/min
b) 80/min
c) 60/min
d) 40/min

36. Em relação ao uso de adrenalina na reanimação neonatal (assinale a verdadeira):


a) O seu uso é frequente
b) A dose por via endotraqueal é de 10 mcg/Kg
c) Pode ser administrada pela veia umbilical
d) Administra-se se a frequência cardíaca for inferior a 100 bpm

37. Uma criança de 3 anos é encontrada em coma. Á observação apenas reage à dor (GCS: 8), tem miose e respiração
ruidosa. Qual a atitude mais correcta?
a) Intubar porque tem menos de 9 na escala de coma de Glasgow
b) Colocar tubo nasofaríngeo
c) Administrar manitol por provável hipertensão intracraniana
d) Administrar naloxona como prova terapêutica de intoxicação com opióide

38. Qual dos seguintes não é uma possibilidade na administração de benzodiazepinas na convulsão?
a) Diazepam 0,5 mg/Kg IV
b) Midazolam 0,1 mg/Kg IV
c) Diazepam 0,5 mg/Kg rectal
d) Midazolam 0,1 mg/Kg IO

39. Perante uma criança em choque que após administração do primeiro bólus de SF piorou, ficando mais dispneica,
com fervores e hepatomegália, deve:
a) Repetir bólus de SF porque mantém choque
b) Administrar ceftriaxone por provável sepsis
c) Administrar morfina por edema agudo do pulmão
d) Administrar furosemida por insuficiência cardíaca congestiva

40. Qual dos seguintes sinais não sugere meningite:


a) Sinal de Kernig
b) Fontanela deprimida
c) Sinal de Brudzinski
d) Pupilas pouco reactivas

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