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2022

VIAS AÉREAS
QUESTÃO COMENTADA
DICAS DO PORTAL

Seguem algumas dicas importantes antes de ler o


conteúdo da apostila:
• Nessa apostila apresentamos as questões comentadas dos últimos anos das
provas do TEA e TSA.

• Importante que todos os testes de múltipla escolha sejam respondidos e que


através essa prática você melhore sua capacidade de compreensão e de resposta.

• Indicamos que sempre que você olhe o gabarito para saber se teve êxito, que
você leia o comentário referente a questão. Muitas vezes é através dessa
ferramenta que conseguimos fixar alguns conceitos fundamentais.

• Por último, lembre-se que sempre é póssível que algumas questões caiam
novamente nas provas.

• Bons estudos e conte com a equipe para o que precisar.

Aproveite e boa prática


VIAS AÉREAS
VIAS AÉREAS

PERGUNTAS
1. (TSA-2007) Para o controle da via aérea é correto afirmar que:
A) a traqueofibroscopia é contra-indicada em pacientes com estenose subglótica
B) a máscara laríngea pode ser usada durante a reaninação (parada cardiorrespiratória) de
pacientes com intubação difícil e estômago cheio
C) o Combitube® pode ser usado na presença de hipertensão portal com varizes de esôfago
D) a intubação retrógrada é uma boa opção para intubação traqueal, nos casos de bócio com
desvio da traqueia
E) o uso do estilete com iluminação para intubação do paciente acordado dispensa a aneste-
sia das regiões inervadas pelos ramos do nervo vago

2. (TSA-2007) Paciente vítima de acidente motociclístico há duas horas, será submetido à


laparotomia exploradora por pneumoperitônio. Apresenta estabilidade cardiorrespirató-
ria (pressão arterial, frequência cardíaca e saturação arterial de oxigênio normais), rouqui-
dão, dor e enfisema subcutâneo na região cervical. Assinale a alternativa mais adequada:
A) indução em sequência rápida com manobra de Sellick e intubação orotraqueal por larin-
goscopia convencional devem ser feitas, pois há risco de evolução rápida para insuficiência
respiratória
B) a intubação com auxílio da fibroscopia está contra-indicada uma vez que há trauma de
via aérea e, conseqüentemente, o sangue impedirá uma visão adequada para realização do
procedimento
C) a traqueostomia deve ser realizada após a obtenção de via aérea segura, com intubação
traqueal prévia
D) a tomografia computadorizada da região cervical deve ser feita antes da intervenção na
via aérea, uma vez que o paciente está estável
E) a cricotirostomia percutânea deve ser feita antes da indução da anestesia, pois as lacera-
ções da laringe evoluem subitamente para obstrução das via aéreas

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Anestesia
3. (TSA-2009) Dentre as opções abaixo, é indicação de intubação retrógada (IR):
A) obesidade
B) situações eletivas onde a via aérea difícil tenha sido antecipada
C) tumor de laringe
D) deformidades anatômicas da via aérea
E) situação “não intubo, não ventilo”

4. (TSA-2010) O uso de dispositivos supraglóticos está contraindicado, formalmente, em:


A) doenças periglóticas.
B) câncer de pulmão.
C) via aérea difícil.
D) diabéticos.
E) idoso

5. (TSA-2010) A técnica de intubação mais segura, ante uma via aérea difícil (VAD) pre-
vista, é:
A) a convencional.
B) sequência rápida.
C) com o paciente acordado.
D) com o uso de propofol em bolus.
E) com o paciente sedado nível 4 da escala de Ramsay.

6. (TSA-2011) De acordo com os preditores de dificuldade de ventilação sob máscara,


listados a seguir, assinale a alternativa que representa a sequência crescente de dificuldade:
A - falta de dentes; B - IMC > 26 kg.m-2 ; C - presença de barba; D - idade > 55 anos; E -
história de ronco.
A) D-E-B-A-C;
B) E-D-C-B-A;
C) E-D-A-B-C;
D) D-B-E-A-C.

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Anestesia
7. (TSA-2011) Durante a insuflação do cuff da máscara laríngea, a pressão máxima reco-
mendada para promover boa vedação NÃO deve exceder:
A) 20 cmH2O.;
B) 30 cmH2O;
C) 45 cmH2O;
D) 60 cmH2O.

8. (TSA-2012) A melhor indicação do uso de guias introdutores maleáveis (bougies) para


intubação traqueal sob laringoscopia direta é a visão de:
A) apenas as aritenoides
B) nenhuma estrutura laríngea
C) apenas a porção posterior da fenda glótica
D) apenas a epiglote, não sendo passível de elevação

9. Paciente politraumatizado apresenta escore 7 na Escala de Coma de Glasgow e equimo-


se mastoidea. Realizou a última refeição há 4 horas. É contraindicação absoluta:
A) intubação orotraqueal
B) inserção do combitube
C) intubação nasotraqueal
D) inserção de máscara laríngea

10. (TSA-2012) Paciente de 42 anos com doença hepática terminal e insuficiência re-
nal dialítica apresenta RNI de 3,1 sem evidência de sangramento ativo. Após indução da
anestesia, a manipulação das vias aéreas provocou sangramento intenso, impossibilitando
visualização por laringoscopia direta. Após várias tentativas de intubação traqueal, a ven-
tilação manual tornou-se progressivamente mais difícil. A técnica ou dispositivo melhor
indicado(a) é:
A) videolaringoscopia
B) manobra de Sellick
C) broncoscopia rígida
D) laringoscópio de McCoy
E) NDA

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Anestesia
11. (TSA-2013) O que dificulta o alinhamento dos eixos oral, faríngeo e laríngeo?
A) distância tireomentoniana de 6 cm
B) flexão de 35°da cabeça e pescoço sobre o tórax
C) ausência de espaço retromandibular complacente
D) extensão de 80°da cabeça e pescoço sobre o tórax

12. Homem de 65 anos será submetido a toracotomia devido a abscesso pulmonar a es-
querda. Refere ter sido submetido à hemiglossectomia há 04 meses devido a tumor de lín-
gua e vem realizando radioterapia do pescoço desde então. Para a realização da ventilação
monopulmonar optou-se por um bloqueador brônquico. A explicação mais apropriada
para essa escolha é:
A) provável via aérea difícil
B) não disponibilidade de fibroscopia
C) necessidade de CPAP no pulmão dependente
D) necessidade de aspiração do pulmão não dependente
E) NDA

13. Homem de 35 anos e 70 Kg é submetido a artroscopia de ombro sob anestesia geral


com máscara laríngea clássica número 4. Apresentou dor na garganta e rouquidão no pós-
-operatório. A estratégia para evitar essa complicação é:
A) retirar a máscara laríngea desinsuflada
B) lubrificar a máscara com gel de lidocaína
C) limitar a pressão do balonete até 60 cmH2O
D) limitar a pressão de pico inspiratório até 20 cmH2O
E) NDA

14. (TSA-2014) Identifique o preditor de intubação traqueal difícil sob laringoscopia di-
reta:
A) paciente edêntulo
B) presença de barba espessa
C) protrusão dos incisivos maxilares
D) síndrome da apneia obstrutiva do sono
E) NDA

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15. (TSA-2014) Homem de 45 anos e 100 Kg será submetido a micro-laringoscopia. Após
a indução da anestesia geral, o anestesista não consegue intubar o paciente. Qual é a con-
duta imediata a ser tomada nesta situação?
A) chamar por ajuda
B) acordar o paciente
C) utilizar dispositivos supraglóticos
D) retornar à ventilação espontânea
E) NDA

16. Mulher de 46 anos, 104 kg, 1,64 m, será submetida a colecistectomia videolaparoscó-
pica devido a abscesso e sinais de choque séptico. É realizada indução de anestesia geral
em sequência rápida com fentanil, etomidato e rocurônio (1,2 mg.Kg-1). Após 2 tentativas
de intubação sem sucesso devido à visão laringoscópica Cormack-Lehane 3, foi ventilada
sob máscara facial e mantém SpO2 de 99%. Os dispositivos para acesso à via aérea dispo-
níveis no hospital eram: estilete tipo bougie, tubo laríngeo, máscara laríngea de intubação
e material de cricotireoidostomia por punção. Não houve sucesso na intubação. Qual é a
conduta mais apropriada
A) proceder a cirurgia com o tubo laríngeo
B) proceder a cirurgia com cricotireoidostomia
C) proceder a cirurgia com a máscara laríngea
D) solicitar ao cirurgião para realizar traqueostomia
E) NDA

17. (TSA-2015) Homem de 42 anos, 98 kg e 1,70 m vítima de atropelamento será subme-


tido a fixação de fraturas em rádio e tíbia. Ao exame físico, apresenta distância tireomen-
toniana de 5 cm, colar cervical, Mallampati III e distância interincisivos de 3 cm. Qual é a
melhor conduta inicial para assegurar a via aérea deste paciente?
A) intubação traqueal após indução em sequência rápida
B) anestesia tópica e intubação traqueal com o paciente acordado
C) indução seguida de inserção de máscara laríngea para intubação traqueal
D) indução seguida de inserção de máscara laríngea com canal de aspiração gástrica

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18. (TSA-2015) Homem de 38 anos, 112 kg e 1,77 m será submetido a cardioplastia para
correção de refluxo gastroesofágico. Refere precisar dormir com a cabeceira elevada para
aliviar os sintomas. Após indução da anestesia em sequência rápida, não há sucesso na
intubação traqueal. É tentada ventilação sob máscara facial que se mostra inadequada e
a saturação de oxigênio atinge 80%. Decide-se, então, pela inserção de máscara laríngea.
Essa tomada de decisão tem como prioridade a:
A) proteção da via aérea
B) redução da pressão parcial de CO2
C) elevação da pressão parcial de oxigênio
D) facilitação da intubação com fibroscopia

19. (TSA-2013) Homem de 69 anos será submetido a correção cirúrgica de hérnia de


disco lombar sob anestesia geral. Informa ter realizado tratamento de neoplasia tireoidia-
na com radioterapia há 3 anos. Não apresenta sinais preditores de via aérea difícil. Após
indução anestésica com propofol, fentanil e vecurônio, a ventilação sob máscara facial foi
realizada satisfatoriamente, mas a laringoscopia direta evidenciou classificação IV para
Cormack-Lehane. Neste momento, a melhor conduta no manejo da via aérea para a reali-
zação da cirurgia é:
A) cricotireoidostomia
B) inserção de máscara laríngea
C) repetir a laringoscopia direta
D) acordar o paciente para abordagem consciente

20. (TSA-2013) Homem de 35 anos e 70 Kg é submetido a artroscopia de ombro sob anes-


tesia geral com máscara laríngea clássica número 4. Apresentou dor na garganta e rouqui-
dão no pós-operatório. A estratégia para evitar essa complicação é:
A) retirar a máscara laríngea desinsuflada
B) lubrificar a máscara com gel de lidocaína
C) limitar a pressão do balonete até 60 cmH2O
D) limitar a pressão de pico inspiratório até 20 cmH2O

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21. (TSA-2014) Mulher de 38 anos, 89 Kg e 1,56 m, diabética insulino-dependente, apre-
senta dor lombar e está agendada para realizar ressonância magnética da coluna lombos-
sacra em regime ambulatorial. É hipertensa e refere claustrofobia. Vem em uso de meta-
dona oral para analgesia e está em jejum há 8 horas. Apresenta Mallampati 2, distância
esternomentoniana de 14 cm e distância interincisivos de 3,5 cm. Como deve ser conduzi-
da a anestesia?
A) sedação consciente
B) anestesia geral com máscara laríngea
C) anestesia geral com intubação traqueal
D) anestesia geral com intubação traqueal em sequência rápida

22. (TSA-2014) Mulher de 46 anos, 104 kg, 1,64 m, será submetida a colecistectomia vide-
olaparoscópica devido a abscesso e sinais de choque séptico. É realizada indução de anes-
tesia geral em sequência rápida com fentanil, etomidato e rocurônio (1,2 mg.Kg-1). Após
2 tentativas de intubação sem sucesso devido à visão laringoscópica Cormack-Lehane 3,
foi ventilada sob máscara facial e mantém SpO2 de 99%. Os dispositivos para acesso à via
aérea disponíveis no hospital eram: estilete tipo bougie, tubo laríngeo, máscara laríngea de
intubação e material de cricotireoidostomia por punção. Não houve sucesso na intubação.
Qual é a conduta mais apropriada?
A) proceder a cirurgia com o tubo laríngeo
B) proceder a cirurgia com cricotireoidostomia
C) proceder a cirurgia com a máscara laríngea
D) solicitar ao cirurgião para realizar traqueostomia

23. (TSA-2015) A tabela abaixo mostra a sensibilidade e a especificidade de quatro parâ-


metros utilizados como preditores de dificuldade de intubação traqueal. Com base nesses
dados, a alteração de qual parâmetro implicará em maior probabilidade de intubação di-
fícil?
A) abertura da boca
B) classificação Mallampati
C) distância mento-esternal
D) distância tireomentoniana

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24. (TSA-2016) Homem de 54 anos, 60 Kg e 1,75 m será submetido a tratamento cirúr-
gico de hérnia de hiato. Refere uso de 80 mg de omeprazol por dia. Relata que em cirur-
gia prévia de apendicectomia, foi informado pelo anestesiologista no pós-operatório que
tinha sido “difícil de intubar”. Você optou por intubação oral com paciente acordado e
uso de fibroscopia flexível. Qual é o bloqueio melhor indicado nesta situação, associado à
anestesia tópica, para anestesia da via aérea?
A) Transtraqueal
B) Esfenopalatino
C) Glossofaríngeo
D) Laringeo superior

25. Um homem saudável de 26 anos foi submetido a uma herniorrafia aberta. Sua ava-
liação pré-operatória das vias aéreas foi Classe I, e um estudante de medicina conseguiu
entubar na primeira tentativa. Quando for tomada a decisão de extubar o paciente, deve-se
considerar que:
A) Laringospasmo não é motivo de preocupação, visto que ocorre somente durante a indu-
ção
B) Laringospasmo deve ser controlado por ventilação com pressão positiva, oxigênio, aspi-
ração de secreções orofaríngeas e, em casos graves, uma pequena dose IV de succinilcolina
C) Obstrução das vias aéreas ocorre apenas nos primeiros 4 a 6 minutos após extubação
D) Extubação durante anestesia profunda apresenta risco de uma resposta cardiovascular
profunda
E) Em pacientes cuja intubação foi difícil, a extubação deve ser realizada durante plano anes-
tésico profundo

26. Ao comparar as vias aéreas de um bebê (< 1 ano) e de um adulto (> 8 anos):
A) O ângulo entre a traqueia e o brônquio direito é menor em bebês
B) A posição mais estreita da via aérea é a glote em lactentes e a cartilagem cricoide em
adultos
C) Somente adultos possuem uma projeção proeminente dos tubérculos corniculado e
cuneiforme para o interior do ádito da laringe
D) O ângulo entre a traqueia e o brônquio esquerdo permanece inalterado
E) O formato da secção transversal da epiglote permanece inalterado

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27. Todas as afirmações a seguir são verdadeiras sobre o tubo esôfago-traqueal (Combi-
tube), exceto:
A) O Combitube penetra na traqueia em, aproximadamente, 1/3 dos casos
B) O dispositivo tem dois lúmens, um se abrindo na extremidade distal e um nas fenestra-
ções entre os balões
C) A ventilação é realizada com o lúmen mais proximal na maioria dos casos
D) O Combitube não precisa ser substituído quando penetra na traqueia
E) Destina-se a estabelecer um acesso de emergência às vias aéreas, se o operador não for
capaz de realizar a ventilação com máscara orofacial ou intubação convencional

28. Fatores de risco independentes para uma ventilação com máscara difícil incluem to-
dos os seguintes, exceto:
A) Apneia do sono
B) Protusão mandibular limitada
C) Índice de massa corporal < 21 kg/m²
D) Pelo facial
E) Idade > 55 anos

29. Qual dos seguintes é verdadeiro em relação à via aérea superior?


A) O osso hióide suspende o músculo esterno-hióideo ao nível C7
B) A estrutura anatômica referida como “pomo de adão” é chamada cartilagem cricoide
C) A membrana cricotireoidea é adequada para o acesso de emergência das vias aéreas; está
localizada na linha média a nível de C6
D) Para cada lado da laringe e inferior às pregas ariepiglóticas está a rima glótica, onde a
sonda endotraqueal deve ser inserida durante a intubação
E) O laringoscópio deve ser posicionado no seio piriforme durante a laringoscopia direta

30. Qual é o fator de risco independente para ventilação impossível sob máscara facial?
A) Idade acima de 55 anos.
B) História de radioterapia cervical.
C) Circunferência cervical maior que 45cm.
D) Índice de massa corporal acima de 26kg.m-2.

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31. Segundo o algoritmo de intubação difícil não antecipada da Difficult Airway Society
de 2015, faz parte do plano B de abordagem da via aérea a utilização de:
A) gum elastic bougie.
B) videolaringoscopia.
C) dispositivos extraglóticos.
D) manipulação laríngea externa.

32. Homem de 54 anos, 105 kg e 1,60 m será submetido à tireoidectomia total. A aneste-
sia foi realizada com infusão contínua de remifenanil e propofol e bolus de succinilcolina.
A primeira tentativa de intubação traqueal foi frustrada com laringoscopia direta classe
3A de Cormack-Lehane modificada por Cook. Após duas tentativas, o paciente passa a
apresentar sangramento em via aérea com ventilação subótima sob máscara laríngea. A
melhor conduta nesse momento é:
A) despertar o paciente.
B) utilizar fibroscopia flexível.
C) empregar videolaringoscopia.
D) usar estilete ótico tipo Bonfils.

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RESPOSTAS
Questão 1:
Resposta B
Uma das indicações para intubação com traqueofibroscopia é a estenose subglótica. A más-
cara laríngea está contraindicada nos pacientes de estômago cheio, exceto durante a reani-
mação cardíaca. A presença de varizes de esôfago é contraindicação para o uso do Combitu-
be®. Nos casos de aumento da glândula tireoide, a intubação retrógrada está contraindicada.
A laringe tem inervação sensitiva provida pelos nervos laríngeo superior e recorrente, ramos
do vago.
Referências:
Rebuglio R, Amaral JLG, Slikta Filho J - Intubação Traqueal, em: Cangiani LM, Posso IP,
Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;1059-
1097.
Brimacombe JR - Coexisting Disease, em: Brimacombe JR - Laryngeal Mask Anesthesia:
Principles and Practice, 2nd Ed, Philadelphia, Sauders, 2005; 391-409

Questão 2:
Resposta D
Rouquidão, dor e enfisema subcutâneo na região cervical são sinais de trauma laringo-tra-
queal. Sempre que possível, a intubação deve ser feita com auxílio o fibroscópio flexível ou a
via aérea estabelecida cirurgicamente com paciente desperto. Eventualmente, não será pos-
sível a intubação por fibroscopia, pois a presença de sangue e secreções pode impedir a visão
adequada. Entretanto, isso não contraindica a fibroscopia. A tomografia computadorizada da
região cervical fornece informações importantes e deve ser feita antes da intervenção da via
aérea, em todos os pacientes que não apresentem comprometimento hemodinâmico ou res-
piratório. A lesão laríngea contraindica a cricotirostomia. A intubação traqueal convencio-
nal pode levar a dano adicional à laringe. Pode haver obstrução total da via aérea, se o tubo
penetrar em um falso trajeto, portanto, só deve ser realizada se a fibroscopia e a tomografia
não revelarem lesão laríngea.
Referências:
Capan LM, Miller SM - Trauma and Burns, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK - Clini-
-cal Anesthesia, 5th Ed, Lippincott Willians & Wilkins, 2006;1262-1297.
Cicala RS - The Traumatized Airway, em: Benumof JL - Airway Management, St. Louis, Mos-

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by, 1996; 736- 759.

Questão 3:
Resposta B
A IR é uma técnica indicada para as situações eletivas onde uma via aérea difícil tenha sido
antecipada. Também é uma das opções nos casos de impossibilidade de intubação após in-
dução da anestesia, quando a ventilação com máscara facial é ainda possível. São contrain-
dicações: obesidade, tumores de laringe, coagulopatias, situação “não intubo, não ventilo”,
abscesso pré-traqueal e deformidades anatômicas da via aérea.
Referências:
Melhado VB, Fortuna AO – Via Aérea Difícil - Curso de Educação à Distância em Aneste-
-siologia CET/SBA,v.2,Rio de Janeiro, Office Editora e Publicidade Ltda, 2004;15-107.
Rosenblatt WH – Airway Management, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK – Clinical
Anesthesia, 5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006; 595-642

Questão 4:
Resposta A
A contraindicação formal para uso de dispositivos supraglóticos é a existência de doenças
periglóticas – notadamente edema (de diversas etiologias) e tumores glóticos e de cordas
vocais.
Referências:
Lutke C, Dias CP, Pinho M – Via Aérea Difícil- Revisão e Atualização, em: Carrareto AR et al
– Curso de Educação à Distância em Anestesiologia, Volume VIII, Rio de Janeiro, Else-vier,
2008; 101-122.
Klock Jr PA, Ovassapian A – Airway Management, em: Longnecker DE, Brown DL, New-
-man MF et al – Anesthesiology, 1st Ed, New York, McGraw-Hill, 2008;685-717

Questão 5:
Resposta C
A intubação realizada com o paciente acordado é a técnica mais segura ante uma VAD pre-
vista. Idealmente, o paciente deve estar cooperativo e orientado ou apenas responsivo ao co-
mando verbal (respectivamente, níveis 2 e 3 da escala de Ramsay). O propofol oferece seda-
ção de excelente qualidade. Deve ser empregado com cautela, em razão de suas propriedades
depressoras sobre o sistema respiratório e cardiovascular. Desta for-ma, só deve ser usado em
infusão alvo controlada e não em bolus.

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Referências:
Lutke C, Dias CP, Pinho M – Via Aérea difícil- Revisão e Atualização, em: Carrareto AR et
al, editores – Curso de Educação à Distância em Anestesiologia, Volume VIII, Rio de Janeiro,
Elsevier, 2008; 101-122
Melhado VB, Fortuna AO – Via Aérea Difícil - Curso de Educação à Distância em Anestesio-
logia CET/SBA, v.2, Rio de Janeiro, Office Editora e Publicidade Ltda, 2004; 15-107

Questão 6:
Resposta C
Os preditores de dificuldade de ventilação difícil sob máscara seguem a seguinte ordem cres-
cente: história de ronco (OR:1,84); idade > 55 anos (OR:2,26); falta de dentes (OR:2,28); IMC
> 26 (OR:2,75); presença de barba (OR: 3,18).
Referência:
Rosenblatt WH and Surhupragarn W - Airway Management em: Barash PG, Cullen BF,
Stoelting RK et al. Clinical Anesthesia, 6th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins,
2009; 751-792

Questão 7:
Resposta D
O fabricante recomenda que o médico deva escolher o maior tamanho de máscara laríngea,
que caiba confortavelmente na cavidade oral do paciente e, em seguida, encher o cuff com a
pressão mínima que permita ventilação com pressão de pico na via aérea, de 20 cmH2O, sem
vazamento. A pressão dentro do cuff não deve exceder 60 cmH2O.
Referência:
Rosenblatt WH and Surhupragarn W - Airway Management em: Barash PG, Cullen BF,
Stoelting RK et al. Clinical Anesthesia, 6th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins,
2009; 751-792

Questão 8:
Resposta A
Os guias introdutores maleáveis são indicados para os casos de visão laringoscópica restrita,
classes IIb (apenas aritenoides visíveis) e IIIa (apenas epiglote visível e passível de elevação)
na classificação de Cormack e Lehane modificada por Cook.
Referência:
Lutke C, Dias CP, Pinho M. Via Aérea Difícil – Revisão e Atualização, em: Carraretto AR,

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Volquind D, Vianna PTG, et al. Curso de Educação a Distância em Anestesiologia. Rio de
Janeiro. Sociedade Brasileira de Anestesiologia/SBA. 2008;101-22.

Questão 9:
Resposta C
A equimose em região mastoidea leva à suspeição de ocorrência de fratura basilar de crânio.
A intubação nasotraqueal está contraindicada, já que existe a possibilidade da introdução da
cânula dentro do cérebro ou da órbita.
Referência:
Capan LM, Miller SM. Anesthesia for Trauma and Burn Patients, em: Barash PG, Cullen BF,
Stoelting RK. Clinical Anesthesia. 6th Ed. Philadelphia. Lippincott Willians & Wilkins, 2009;
890–926.

Questão 10:
Resposta C
Os videolaringoscópios não são recomendados na situação emergencial “não intubo - não
ventilo”, especialmente quando há sangramento ativo das vias aéreas, devido à impossibilida-
de de ventilação simultânea, à dificuldade de visualização, obstrução do canal de aspiração e
dificuldade na retirada de coágulos. A manobra de Sellick é controversa e poucas evidências
suportam sua utilização. Sua aplicação incorreta pode dificultar a intubação em algumas
situações. A broncoscopia rígida está indicada no controle emergencial da via aérea, em si-
tuações de obstruções/estenoses traqueobrônquicas ou na hemoptise maciça. Suas vantagens
são: canal de instrumentação de maior diâmetro; uso de aspiradores rígidos de maior calibre;
permitir o uso de eletrocautério e introdução de tampões; e intubação traqueal ou brônquica
seletiva com o próprio aparelho.
Referência:
Carmona BM, Cerqueira MP, Silva WV. Controle Não Invasivo da Via Aérea, em: Martins
MP, Duarte NMC, Pires OC. Suporte Avançado de Vida em Anestesia - SAVA. Rio de Janeiro.
Sociedade Brasileira de Anestesiologia/SBA. 2011;261-93.
Martins MP, Braga F. Controle Emergencial da Via Aérea, em: Martins MP, Duarte NMC, Pi-
res OC. Suporte Avançado de Vida em Anestesia - SAVA. Rio de Janeiro. Sociedade Brasileira
de Anestesiologia/SBA. 2011;295-312.

Questão 11:
Resposta C
A ausência de espaço retro mandibular complacente tem relação com a dificuldade da luxa-

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ção da língua para esta região, dificultando o alinhamento dos eixos oral, faríngeo e laríngeo.
Referência:
Henderson J. Airway Management in the Adult, em: Miller RD, Eriksson LI, Fleisher LA, et
al. Miller s Anesthesia. 7th Ed. Philadelphia. Churchill Livingstone, 2010;1573-1610.

Questão 12:
Resposta A
A presença de abscesso pulmonar é indicação absoluta para ventilação monopulmonar, que
deve ser realizada com um bloqueador brônquico nos casos de provável via aérea difícil
(paciente submetido à cirurgia de cavidade oral com distorções anatômicas e radioterapia
no pescoço). Os bloqueadores brônquicos têm como vantagens: a seleção do tamanho do
dispositivo raramente é um problema; são facilmente adicionados aos tubos traqueais con-
vencionais; permitem a ventilação durante a sua colocação; fácil colocação em pacientes com
via aérea difícil e em crianças; possibilidade de isolamento lobar; e a realização de CPAP
no pulmão não dependente. Tem como desvantagens: maior tempo necessário para o seu
posicionamento; necessidade mais frequente de reposicionamento; a fibroscopia é essencial
para o seu posicionamento; a broncoscopia é impossível; e a aspiração é mínima no pulmão
isolado.
Referência:
SlinSinger Campos JH. Anesthesia for Thoracic Surgery, em: Miller RD, Eriksson LI, Fleisher
LA, et al. Miller’s Anesthesia. 7th Ed. Philadelphia. Churchill Livingstone, 2010;1819-87.

Questão 13:
Resposta C
Para evitar complicações (dor de garganta e rouquidão) com o uso de máscara laríngea,
recomenda-se que a pressão de insuflação do baronete seja monitorizada regularmente no
intraoperatório e não ultrapasse o valor de 60 cmH2O.
Referência:
Rosenblatt WH, Sukhupragarn W. Airway Management, em: Barash PG, Cullen BF, Sto-
elting RK, et al. Clinical Anesthesia. 6th Ed. Philadelphia. Lippincott Williams & Wilkins,
2009;751-92.

Questão 14:
Resposta C
Fatores de risco para intubação traqueal difícil: sobrepeso, movimentação limitada da cabeça
e do pescoço, distância interincisivos, limitação da protrusão de incisivos inferiores além dos
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Anestesia
superiores e protrusão dos incisivos maxilares. Paciente edêntulo, presença de barba espessa
e síndrome da apneia obstrutiva do sono são fatores de risco independentes para dificuldade
de ventilação sob máscara.
Referência:
Phero JC, Patil YJ, Hurford WE. Evaluation of the Patient with a Difficult Airway, em: Long-
necker DE, Brown DL, Newman MF, et al. Anesthesiology. 2nd Ed, New York, McGraw-Hill
Medical, 2012;118-30.

Questão 15:
Resposta A
Na via aérea difícil não reconhecida, o anestesista deve pedir ajuda imediatamente e consi-
derar retornar à ventilação espontânea e despertar o paciente. Quando a intubação traqueal
e a ventilação sob máscara facial são impossíveis, a preferência inicial recai nos dispositivos
supraglóticos.
Referência:
Rosenblatt WH, Sukhupragarn W. Airway Management, em: Barash PG, Cullen BF, Sto-
elting RK, et al. Clinical Anesthesia. 7th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins,
2013;762-802.

Questão 16:
Resposta D
A situação apresentada é a de uma via aérea difícil não antecipada com ventilação adequa-
da sob máscara facial e impossibilidade de intubação traqueal. A intubação é essencial para
a realização de cirurgia videolaparoscópica em abdome superior. Não é seguro proceder a
cirurgia com dispositivos supraglóticos em paciente obesa devido ao risco de aspiração do
conteúdo gástrico. Por se tratar de cirurgia de urgência e, como o hospital não possui outros
dispositivos, tais como videolaringoscópios, fibroscópio ou material para intubação retró-
grada, a conduta mais apropriada é a realização do procedimento com via aérea cirúrgica.
Referência:
Rosenblatt WH, Sukhupragarn W. Airway Management, em: Barash PG, Cullen BF, Sto-
elting RK, et al. Clinical Anesthesia. 7th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins,
2013;762-802.

Questão 17:
Resposta B
O paciente descrito apresenta vários preditores de dificuldade de intubação e tem estômago
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Anestesia
cheio. Desta forma, a técnica inicial para assegurar de forma segura a via aérea é a intubação
com o paciente acordado.
Referência:
Rosenblatt WH, Sukhupragarn W. Airway management: em, Barash PG, Cullen BF, Sto-
elting RK, et al. Clinical Anesthesia. 7th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins,
2013;762-802.
Questão 18:
Resposta C
A máscara laríngea pode ser usada para ventilação de emergência em caso de falha da intu-
bação. No caso descrito, a prioridade é a oxigenação do paciente, apesar do risco de regur-
gitação, aspiração pulmonar e retenção de CO2. A máscara laríngea aparece como opção no
algoritmo de via aérea difícil quando não há sucesso na intubação e a ventilação sob máscara
é inadequada. É meio de estabelecer ou manter a ventilação e oxigenação e poderá ser usada
para facilitar a intubação às cegas ou com fibroscopia.
Referência:
Klock Jr PA, Hernandez M, Seraphin S. Airway Management, em: Longnecker DE, Brown
DL, Newman MF, et al. Anesthesiology. 2nd Ed, New York, McGraw-Hill Medical, 2012;546-
577.

Questão 19:
Resposta D
Após tentativa inicial de intubação sem sucesso, deve-se observar se a ventilação sob máscara
facial é satisfatória ou não. Sendo adequada a ventilação sob máscara facial, a via aérea é con-
siderada não emergencial, e a partir desse momento, os algoritmos de manuseio das vias aé-
reas oferecem 3 opções: adiar a cirurgia, despertar o paciente (realizar intubação acordado)
ou considerar abordagens alternativas de intubação traqueal (máscara laríngea de intubação,
fibroscopia, videolaringoscópio, estilete luminoso, etc.).
Referência:
Henderson J. Airway Management in the Adult, em: Miller RD, Eriksson LI, Fleisher LA, et
al. Miller’s Anesthesia. 7th Ed. Philadelphia. Churchill Livingstone. 2010; 1573-1610.

Questão 20:
Resposta C
Para evitar complicações (dor de garganta e rouquidão) com o uso de máscara laríngea,
recomenda-se que a pressão de insuflação do balonete seja monitorizada regularmente no

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Anestesia
intraoperatório e não ultrapasse o valor de 60 cmH2O.
Referência:
Rosenblatt WH, Sukhupragarn W. Airway Management, em: Barash PG, Cullen BF, Sto-
elting RK, et al. Clinical Anesthesia. 6th Ed. Philadelphia. Lippincott Williams & Wilkins,
2009;751-92.

Questão 21:
Resposta D
A técnica anestésica mais adequada para paciente obesa (IMC 36,6) é a anestesia geral, uma
vez que essa paciente apresenta maior risco de complicações respiratórias em ambiente com
dificuldade de acesso ao paciente. A obesidade, associada ao uso de opioide oral e ao diabe-
tes insulino-dependente, lentifica o esvaziamento gástrico e aumenta o risco de regurgitação
e aspiração pulmonar. Dessa forma, sedação e anestesia geral com máscara laríngea estão
contraindicadas. Deverá ser realizada anestesia geral com intubação traqueal que poderá ser
realizada com a paciente acordada ou em sequência rápida (já que não há estigmas de via
aérea difícil).
Referência:
Sinha AC, Eckmann DM. Anesthesia for Bariatric Surgery, em: Miller RD, Eriksson LI, Fleisher
LA, et al. Miller’s Anesthesia. 7th Ed, Philadelphia, Churchill Livingstone, 2010;2089-104.
Henderson J. Airway Management in the Adult, em: Miller RD, Eriksson LI, Fleisher LA, et
al. Miller’s Anesthesia. 7th Ed, Philadelphia, Churchill Livingstone, 2010;1573-610.

Questão 22:
Resposta D
A situação apresentada é a de uma via aérea difícil não antecipada com ventilação adequa-
da sob máscara facial e impossibilidade de intubação traqueal. A intubação é essencial para
a realização de cirurgia videolaparoscópica em abdome superior. Não é seguro proceder a
cirurgia com dispositivos supraglóticos em paciente obesa devido ao risco de aspiração do
conteúdo gástrico. Por se tratar de cirurgia de urgência e, como o hospital não possui outros
dispositivos, tais como videolaringoscópios, fibroscópio ou material para intubação retró-
grada, a conduta mais apropriada é a realização do procedimento com via aérea cirúrgica.
Referência:
Rosenblatt WH, Sukhupragarn W. Airway Management, em: Barash PG, Cullen BF, Sto-
elting RK, et al. Clinical Anesthesia. 7th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins,
2013;762-802.

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Anestesia
Questão 23:
Resposta D
A distância tireomentoniana apresenta maior especificidade e, consequentemente, maior va-
lor preditivo positivo e menor taxa de resultados falso negativos.
Referência:
Rosenblatt WH, Sukhupragarn W. Airway management: em, Barash PG, Cullen BF, Sto-
elting RK, et al. Clinical Anesthesia. 7th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins,
2013;762-802.

Questão 24:
Resposta C
Paciente em risco de regurgitação gástrica e aspiração pulmonar devido a doença do refluxo
gastroesofágico, não pode receber bloqueio transtraqueal nem do nervo laríngeo recorrente
devido à possível perda de reflexo das vias aéreas que favorece a aspiração. O nervo esfeno-
palaitno e responsável pela inervação da mucosa nasal e da nasofaringe sendo desnecessário
durante a intubação orotraqueal. O nervo glossofaríngeo por sua vez, é o principal nervo sen-
sorial da orofaringe inervando a valécula, superfície anterior da epiglote e o terço posterior
da língua. Além disso, as paredes da faringe e tonsilas também fazem parte de sua inervação.
Referência:
Orebaugh SL., Bigeleisen PE. Atlas of Airway Management: Techniques and Tools. 2nd ed,
Philadelphia. Lippincott Williams & Wilkins, 2012. 56-7.

Questão 25:
Resposta B
Laringospasmo é comum após extubação, especialmente em crianças. Deve ser tratado como
descrito na alternativa B. pode ocorrer obstrução tardia das vias aéreas, como resultado de
um edema laríngeo. Extubação durante anestesia profunda minimiza a resposta cardiovas-
cular, porém aumenta o risco de complicações das vias aéreas. A extubação não deve ser
tentada em pacientes de difícil intubação, visto que a reitubação pode-se tornar necessária.
Referência:
Longnecker DE, et al., eds. Anesthesiology, 2nd ed. New York: McGraw-Hill, 2012. 575.

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Questão 26:
Resposta D

Referência:
Longnecker DE, et al., eds. Anesthesiology, 2nd ed. New York: McGraw-Hill, 2012. 549.

Questão 27:
Resposta A
O Combitube penetra na traqueia em torno de 4-6% dos casos e, ainda assim, pode ser usado
para ventilar os pulmões, utilizando-se o lúmen distal em vez do mais proximal. Todos os
outros fatos são verdadeiros.
Referência:
Longnecker DE, et al., eds. Anesthesiology, 2nd ed. New York: McGraw-Hill, 2012. 558.

Questão 28:
Resposta C
Fatores de risco independentes para uma ventilação com máscara difícil incluem idade supe-
rior a 55 anos, índice de massa corporal superior a 30 kg/m², pelo facial, protusão de mandí-
bula limitada, anatomia cervical anormal, apneia do sono e um histórico de ronco.
Referência:
Longnecker DE, et al., eds. Anesthesiology, 2nd ed. New York: McGraw-Hill, 2012. 549.

Questão 29:
Resposta C
O osso hioide suspende a cartilagem tireoide pela membrana tireo-hióidea, ao nível de C4. O
pomo de adão está sobre a cartilagem tireoide. A membrana cricotireoidea, ao nível de C6, é
uma estrutura relativamente avascular e facilmente acessível para cricotirotomia ou injeção
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Anestesia
de anestésicos locais para intubação por meio de fibra óptica. Para cada lado da laringe e in-
ferior às pregas ariepiglóticas está o seio piriforme. A sonda endotraqueal deve ser colocada
na traqueia, enquanto a ponta do laringoscópio deve ser inserida na reflexão glossoepglótica.
Referência:
Longnecker DE, et al., eds. Anesthesiology, 2nd ed. New York: McGraw-Hill, 2012. 548; 563.

Questão 30:
Resposta B
Constituem preditores de risco independentes para ventilação difícil sob máscara facial a
presença de dois ou mais dos seguintes fatores: presença de barba, índice de massa corporal
além de 26 kg/m2, ausência de dentes, idade acima de 55 anos e história de ronco. É consi-
derado risco de ventilação impossível a presença de dois ou mais preditores independentes
em ordem decrescente de importância: alterações cervicais por irradiação, sexo masculino,
história de apneia obstrutiva do sono, Mallampati 3 ou 4 e presença de barba.
Referência:
Germano Filho PA, Martins MP, Cavalcanti IL. Vias Aéreas, em: Bagatini A, Cangiani LM,
Carneiro AF, Nunes RR. Bases do Ensino da Anestesiologia. 1a ed, Rio de Janeiro, Sociedade
Brasileira de Anestesiologia, 2016;97-115.

Questão 31
Resposta C
As recomendações da Difficult Airway Society de 2015 se destacam pela objetividade e sim-
plicidade. Elas incluem: Planos A, B, C e D. Após 3 tentativas com falha de intubação por
anestesiologista experiente utilizando laringoscopia direta ou indireta, bougie e/ou mano-
bras de manipulação traqueais (Plano A), segue-se a abordagem pelo plano B (manutenção
da oxigenação e ventilação com dispositivos extraglóticos como máscaras laríngeas). A falha
de ventilação com dispositivos extraglóticos após 3 tentativas de mudança do dispositivo ou
do seu tamanho (Plano B) caracteriza o início do Plano C, que incluiu ventilar o paciente
sob máscara facial com auxílio de outra pessoa e uso de dispositivos acessórios (exemplo:
cânula de Guedel) e despertá-lo. O Plano D é caracterizado pela cricotiroidostomia cirúrgica
durante a situação não ventilo e não intubo.
Referência: Germano Filho PA, Martins MP, Cavalcanti IL. Vias Aéreas; em: Bagatini A, Can-
giani LM, Carneiro AF, Nunes RR. Bases do Ensino da Anestesiologia. 1a Ed, Rio de Janeiro,
Sociedade Brasileira de Anestesiologia, 2016;97- 115.

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Questão 32
Resposta A
Conforme o algoritmo de manuseio da via aérea difícil, em situações de falha de intubação e
com ventilação inadequada sob máscara facial ou dispositivo supraglótico, duas possibilida-
des são propostas: acesso invasivo da via aérea ou despertar do paciente com repreparo para
intubação acordado ou considerar cancelar a cirurgia, se eletiva. Na vigência de sangramento
da via aérea, o uso de dispositivos óticos torna-se limitado por visibilidade reduzida.
Referência:
Hagberg CA, Artime CA. Airway Management in the Adult, em: Miller RD, Cohen NH,
Eriksson LI, Fleisher LA, et al. Miller’s Anesthesia. 8a Ed, Philadelphia, Elsevier Saunders,
2015;1647-1683. Página 1649.

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