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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

VILA VELHA – ES
FUNDAMENTOS DA FÍSICA

SUMÁRIO
1 MOVIMENTO E REPOUSO .................................................................................... 4
1.1 Movimento ....................................................................................................................... 4
1.2 Unidades de medida ........................................................................................................ 5
1.3 Vetores ............................................................................................................................ 5
2 MOVIMENTO EM 2 OU 3 DIMENSÕES .................................................................. 7
3 VELOCIDADE E ACELERAÇÃO MÉDIAS .............................................................. 8
3.1 Variação espacial e temporal ........................................................................................... 9
3.2 Aceleração ....................................................................................................................... 9
4 EQUAÇÃO DO MOVIMENTO ............................................................................... 11
5 O CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL E A EQUAÇÃO DE MOVIMENTO...... 14
5.1 Equação do Movimento ................................................................................................. 14
5.2 Velocidade e Aceleração médias ................................................................................... 15
5.3 Velocidade e Aceleração instantâneas .......................................................................... 15
6 CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE DE MOVIMENTO (MOMENTO LINEAR)..... 17
6.1 Impulso (𝒊⃗ ) .................................................................................................................... 20
6.2 Colisões ......................................................................................................................... 20
7 LEIS DE NEWTON – PARTE I .............................................................................. 21
7.1 Leis de Newton .............................................................................................................. 23
8 LEI DE NEWTON – PARTE II................................................................................ 25
9 LEIS DE NEWTON - APLICAÇÃO......................................................................... 27
10 A FORÇA PESO.................................................................................................. 29
10.1 A aceleração gravitacional ........................................................................................... 30
11 FORÇAS ATUANDO SOBRE UM CORPO ......................................................... 31
11.1 Força motriz e atrito ..................................................................................................... 32
12 FORÇAS SOBRE UM PLANO INCLINADO ........................................................ 35
13 ENERGIA ............................................................................................................ 38
13.1 Tipos de Energia .......................................................................................................... 38
13.2 Trabalho ...................................................................................................................... 39
14 ENERGIA CINÉTICA ........................................................................................... 40
14.1 Energia e Trabalho, e conservação de energia. ........................................................... 40
15 SISTEMA DE PARTÍCULAS................................................................................ 42
15.1 Centro de massa.......................................................................................................... 42
16 ROTAÇÃO, TORQUE E ROLAMENTO ............................................................... 43
16.1 Torque ......................................................................................................................... 45
16.2 Momento angular (L) .................................................................................................... 46

Instituto Superior de Educação Ateneu. Mantido pela: ATENEU Instituição de Ensino e Pesquisa Ltda.
Credenciado pela Portaria MEC Nº 2.797 de 06/09/2004, publicada no D.O.U. em 10/09/2004.
Rua Doutor Annor da Silva, nº 106, Residencial Coqueiral, Vila Velha/ES - Telefone: (27) 3319-1617 - iseat.com.br

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17 BIBLIOGRAFIA BÁSICA ...................................................................................... 49


18 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ..................................................................... 49

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1 MOVIMENTO E REPOUSO

A velocidade é algo do nosso cotidiano, como por exemplo vemos e andamos em


veículos que têm sua velocidade marcada constantemente. Os veículos automotivos
informam a sua velocidade instantânea. Além disso, vemos pelas ruas placas de trânsito com
indicação do limite de velocidade com que devemos circular.

Fonte: estudopratico.com.br

1.1 Movimento

O movimento é tão comum quanto à velocidade. Entretanto, é preciso defini-lo muito


bem. Para fazê-lo vejamos um exemplo.
O jovem João está indo para a casa. Como mora longe da escola, ele vai de ônibus.
Ainda bem que ele vai sempre sentado, pois é um dos primeiros a pegar o ônibus. Enquanto
está andando, ele olha para as outras pessoas no ônibus, que também estão sentadas e se
pergunta o seguinte: “Será que as demais pessoas do ônibus estão em movimento ou em
repouso? ”.
Antes de respondermos à dúvida de João, vamos definir o que é movimento.
Um corpo está em movimento quando sua distância a um referencial está se alterando.
Assim, só poderemos responder à pergunta de João se escolhermos um referencial.
Podemos dizer que as pessoas no ônibus estão em movimento, ou que em repouso,
dependendo do referencial que escolhermos. Por exemplo, se João for o referencial, as
demais pessoas estarão em repouso, pois a distância entre João e cada uma das pessoas
não varia, ou seja, é sempre a mesma. Entretanto, se o nosso referencial for o Zezinho, que
está em pé no ponto de ônibus, diremos que as pessoas do ônibus estão em movimento, pois,
como o ônibus está andando, a distância entre Zezinho e as pessoas do ônibus varia.
O movimento sempre vai depender de um referencial. O Zezinho, que ainda está
esperando o ônibus, está em repouso em relação a terra. Mas em relação ao sol? A Terra
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está em movimento, e, além da Terra, o sol também está se movimentando. A nossa galáxia
está em movimento. Portanto, é correto a se dizer é que não existe um referencial absoluto.
De forma semelhante, veremos que a velocidade também depende de um referencial.
Vários pesquisadores, como o próprio Isaac Newton, fizeram muitas deduções de Leis
Físicas considerando a existência de um espaço absoluto, ou seja, de um referencial absoluto.
Entretanto, este ponto de vista acabou sendo invalidado, principalmente, com a evolução da
Física e um conhecimento um pouco mais avançado do Universo.

1.2 Unidades de medida

Quando estamos andando de carro, costumamos medir a velocidade em quilômetros


por hora, mas quando vemos algum esporte (corrida de 100 m, natação...) essa unidade já
não é tão comum, muitas vezes utilizamos metros por segundo.
Alguns países têm seu próprio sistema de unidades, que não se parecem em nada
com o Sistema Internacional de Medidas (S.I.), que é o sistema adotado para designar
grandezas no estudo da Física.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a distância costuma ser medida em milhas, pés ou
polegadas. Nós costumamos usar o metro como unidade de medida de distância. Além do
metro, usamos as suas variantes que são: quilômetro (1000 m), centímetro (0,01 m) e
milímetro (0,001 m).
No S.I. a distância é medida em metros e o tempo em segundos. Ou seja, estamos em
vantagem em relação aos norte-americanos, pois eles são obrigados a usar o nosso sistema
de unidades.
Tanto o conceito de velocidade quanto o de aceleração são muito familiares a todos
nós. Quando andamos em algum veículo, ou mesmo a pé, costumamos medir a nossa
velocidade. Por isso, é bastante difícil determinar quando é que eles surgiram.
Entretanto, uma boa medição da velocidade e da aceleração são mais recentes.
Galileu Galilei (1564 – 1642) foi o primeiro a medir a aceleração de um corpo caindo. Mas já
se sabia que a velocidade de um corpo caindo aumentava. Além disso, já se sabia tratar
matematicamente os problemas que envolvessem velocidade e aceleração.

1.3 Vetores

A Física lida basicamente com dois tipos de grandezas, as escalares e as vetoriais. As


grandezas escalares são definidas somente pelo módulo, como por exemplo a massa e a
temperatura. Ao se dizer que um objeto tem 2kg, a massa está completamente caracterizada.
Para definir uma grandeza vetorial é necessário que sejam observados três atributos: módulo,
direção e sentido. Velocidade, força, aceleração e posição são exemplos de grandezas
vetoriais. A representação gráfica que diferencia as grandezas é a colocação de uma seta
acima da grandeza vetorial (𝑎⃗ – aceleração vetorial). Para se definir a posição de um parque,
podemos dizer que ele está a 2 km de distância (módulo) e ainda assim não seria possível
precisar sua localização sem dizer a direção e o sentido. A direção pode ser entendida como
a posição de uma reta, por exemplo uma reta na direção norte-sul. Já o sentido, seria para

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que lado da reta estamos nos referindo, por exemplo, para o sul. Nas figuras abaixo podemos
observar que o primeiro desenho representa a direção e o segundo, o sentido.

Fonte:efisica.if.usp.br

Para efetuar operações com grandezas vetoriais, utilizamos os vetores, que são
capazes de nos indicar, além do módulo, a direção e o sentido das grandezas. A
representação gráfica de um vetor é um segmento de reta orientado, assim a reta caracteriza
a direção e a ponta da flecha, o sentido. O módulo é indicado pelo tamanho da reta, que poder
ser apresentada de forma escalar. Abaixo segue um mapa mental com o resumo das
principais características dos vetores.

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Fonte: brasilescola.uol.com.br

2 MOVIMENTO EM 2 OU 3 DIMENSÕES

O movimento em duas dimensões diz respeito a um movimento feito num plano, onde
seja possível defini-lo com apenas duas coordenadas (x, y). Um exemplo de movimento em
duas direções é um carro se deslocando em uma pista complemente horizontal. O vetor
resultante, seja da sua velocidade, posição ou aceleração será sempre a soma de 2 outros
vetores: um na direção “para trás – para frente” e outro na direção “direita – esquerda”. Um
vetor posição em duas dimensões fica definido em relação ás suas coordenadas cartesianas
da seguinte maneira:

Fonte: sites.ifi.unicamp.br

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A letra r representa o vetor posição e o gráfico diz respeito a posição em função do


tempo, onde x e y são as coordenadas desse vetor bidimensional.
Já o movimento em 3 dimensões, é composto por 3 coordenadas (x, y e z) e pode ser
observado por um avião que enquanto realiza seu voo pode efetuar os mesmos dois
movimentos que o carro, no entanto é capaz de se movimentar também na direção “para cima
– para baixo”. O vetor posição representado em 3 dimensões pode ser ilustrado pela figura
abaixo:

Fonte: sites.ifi.unicamp.br

3 VELOCIDADE E ACELERAÇÃO MÉDIAS

A velocidade serve para medir o quão rápido ou devagar se move um corpo.


Ela mede a distância que percorrida num certo intervalo de tempo. Por exemplo:
quantos quilômetros percorremos em uma hora, ou quantos metros nos deslocamos em um
segundo.

Fonte:aulas-fisica-quimica.com

Qual carro está mais rápido: um que está a 25 m/s ou outro que corre a 72 km/h?
Para respondermos a esta pergunta precisaremos converter a unidade de uma das
velocidades para que estejam no mesmo sistema. Neste caso deixaremos ambas em metros
por segundo.
Sabemos que um quilômetro é o mesmo que 1.000 metros, que uma hora corresponde
a 60 minutos e cada minuto possui 60 segundos. Assim, em uma hora temos 60x60 segundos
= 3600 segundos.
Logo, a velocidade de 72 km/h será:

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v = 72 km = 72.000 m = 20 m / s
1h 3600 s

Portanto, o carro a 25 m/s está mais rápido do que o outro carro a 72 km/h.
Agora vamos tratar de conversão de unidades. É muito comum termos de mudar as
unidades de uma velocidade. Se quisermos, por exemplo, comparar a velocidade de um atleta
(medida em metros por segundo) com a velocidade de um carro (medida em quilômetros por
hora), temos de converter a velocidade de um deles para a mesma unidade do outro. Vamos
tratar mais um problema assim.
Um atleta olímpico corre a prova de 100 metros rasos em cerca de 10 segundos. Se
utilizarmos este valor (10 segundos) como sendo exato, qual seria a velocidade deste atleta?
Em metros por segundo, temos:

Para obter o resultado em Km/h, pegamos a velocidade em m/s e multiplicamos por


3.600, depois é só notar que 1.000 metros é o mesmo que 1 quilômetro e que 3.600 segundos
equivalem a 1 hora. Assim:

v = 10 m = 10 m × 3600 = 36000 m = 36 km = 36 km / h
1s 1s 3600 3600 s 1h

3.1 Variação espacial e temporal

A velocidade é a medida de deslocamento numa certa variação de tempo.


Para expressar esse intervalo, em Física, é comum utilizarmos a letra grega ∆ (letra
delta maiúscula). A posição espacial (coordenadas) pode ser expressa pelas letras x, ou y,
que indica a variação que ocorre respectivamente no eixo das abscissas ou das ordenadas.
Entretanto, quando não queremos indicar um eixo para a variação, podemos usar a letra s (de
space em inglês – espaço).
Assim, a variação espacial (quando não queremos indicar um eixo) costuma ser
indicada por ∆s. Já a variação no tempo costuma ser indicada como ∆t.
Dessa forma, a velocidade, que é o deslocamento espacial dividido pela variação no
tempo, fica assim:

O índice 0 indica inicial. Quando escrevemos S-S0, estamos escrevendo:


Posição final menos a inicial. De forma análoga, o tempo assim também é presentado.

3.2 Aceleração

Quando analisamos as características de um carro, é comum querermos saber em


quanto tempo o carro (partindo do repouso) consegue atingir a velocidade de 100 km/h.

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Em Física existe uma grandeza para representar esta característica de um carro: a


aceleração. Todo corpo que se movimenta sofre, em algum momento, a aceleração (ou
desaceleração).
A aceleração é medida de variação da velocidade numa certa variação de tempo. Ela
é escrita como:

Queremos saber a aceleração de um carro que consegue partir do repouso e atingir a


velocidade de 100 km/h em 10 segundos. Há um pequeno problema, pois temos duas
unidades de tempo diferentes: hora e segundos. Para resolvê-lo precisamos escolher em qual
unidade vamos escrever este valor e fazer a conversão. Queremos escrever nas duas
unidades, ou seja, em km/h2 e em m/s2.
Sabemos que uma hora tem 3.600 segundos, portanto um segundo é o mesmo que
1/3600 horas. Veja que um segundo é apenas uma pequena fração de uma hora. Assim, a
sua aceleração será:

Se quisermos escrever a aceleração utilizando as unidades do Sistema Internacional,


fazemos assim:

Esta é a aceleração do veículo. Apesar de podermos escrever em qualquer unidade,


faz mais sentido falarmos em metros por segundos. Isto porque a aceleração dura apenas
alguns segundos. Muito menos do que uma hora. Dessa forma a representação fica mais
simples.

Fonte: fisica3gg.blogspot.com
As medidas que tratamos (velocidade e aceleração), tais como calculadas, são
chamadas de velocidade média e aceleração média. Ambas são grandezas vetoriais.

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4 EQUAÇÃO DO MOVIMENTO

Veremos uma aplicação da equação de 1º grau. Agora, quando um aluno perguntar


para que serve a equação do primeiro grau e a do segundo grau, você poderá responder:
“Para andar de carro”. Através dela é possível descrever a trajetória de um corpo em
movimento.

Pronto, chegamos finalmente à equação de primeiro grau. Vamos usá-la para


descrever o movimento de qualquer corpo em movimento. Mas é importante entender o que
a equação diz. Ela é bastante simples. Primeiramente, vemos que para t = 0 a posição do
móvel será s = s0. Ou seja, s0 é simplesmente a posição inicial deste móvel.
A posição de um corpo móvel num instante t qualquer será igual à posição inicial mais
o deslocamento deste corpo. O deslocamento é igual à velocidade vezes a variação, ou
intervalo, de tempo decorrido durante no percurso.
Como um exemplo vamos escrever agora uma equação de movimento de um atleta
praticante de corrida.
Um atleta está realizando um treinamento numa pista de atletismo com dois mil metros
de comprimento. Esta pista tem várias marcas no chão que servem de indicação de quanto o
atleta já correu. Estas marcas estão a cada 100 metros. O atleta começa a correr a partir do
ponto 200 m, com uma velocidade média é de 9 m/s.
Escreva a equação do movimento e diga qual será a sua posição após de 2 minutos
de corrida.

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Gráfico:
Vamos analisar um gráfico da velocidade em função do tempo de um móvel. Por meio
deste gráfico será possível descobrir o seu deslocamento. Sabemos que o deslocamento é
simplesmente o produto da velocidade pelo intervalo de tempo em que o móvel permaneceu
se deslocando. Olhando para o gráfico abaixo vemos que a velocidade está representada no
eixo das ordenadas, o tempo no eixo das abcissas e o deslocamento corresponde a área do
gráfico.

Fonte: MENEZES, 2006.

Esta informação serve para deduzir a equação do movimento de um objeto em


movimento uniformemente variado, ou seja, quando a aceleração for diferente de zero.

Movimento Uniformemente Variado (Aceleração 0)


Acabamos de ver a equação de movimento de um móvel que tem velocidade
constante e que o deslocamento é dado pela área do gráfico da velocidade. Assim, vamos
analisar o gráfico da velocidade em função do tempo quando o móvel está sujeito à
aceleração.
O gráfico pode ser este:
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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

Fonte: MENEZES, 2006.

Um carro está a uma velocidade de 36 m/s, quando o motorista avista um obstáculo à


sua frente freia o veículo. O veículo já se deslocou 500 metros desde o instante que estava
em repouso, consideraremos então está como a posição inicial. O motorista freia e a
desaceleração sofrida pelo veículo é de 3 m/s2. Escreva a equação do movimento. Descubra
quanto tempo o veículo levou para parar e qual é a sua posição final.

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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

Portanto, o veículo levará 12 segundos até conseguir parar.


Agora para sabermos qual será a posição do veículo quando ele parar, utilizamos a
equação do movimento substituindo o instante t por 12, ou seja:

𝑆 = 500 + 36 × 12 − 1,5 × (122) = 716𝑚

5 O CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL E A EQUAÇÃO DE MOVIMENTO


5.1 Equação do Movimento

Isaac Newton (1643 – 1727) e Gottfried Wilhelm von Leibniz (1646 – 1716) são os
principais estudiosos do Cálculo diferencial e integral. Outros antes deles também já haviam
feito algumas contribuições para o que viria a ser este cálculo mais avançado. Entretanto,
foram os dois que deram uma forma completa para o Cálculo.

Fonte: https://pt.dreamstime.com/

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Apesar de os dois serem os principais estudiosos desta área do conhecimento, os dois


contemporâneos o desenvolveram de forma independente. Muitas discussões surgiram entre
ambos, pois cada um acreditava que o outro havia plagiado o seu trabalho. Atualmente se
pode observar que os dois chegaram ao mesmo resultado por caminhos diferentes, o que
mostra a originalidade de cada um dos trabalhos.

5.2 Velocidade e Aceleração médias

Como já foi explanado, a velocidade média de qualquer móvel é simplesmente a


divisão do seu deslocamento pelo intervalo de tempo que ele levou para se deslocar, ou seja:

5.3 Velocidade e Aceleração instantâneas

Ao estudarmos a velocidade ou a aceleração instantânea devemos fazer com que o


intervalo de tempo seja o mais próximo de zero possível, ou seja, deve tender a zero, mas
não deve ser igual a zero.

Fonte: MENEZES, 2006.

Este gráfico apresenta a posição em relação ao tempo. Por conseguinte, a inclinação


deste gráfico nos dá a velocidade do móvel em vários instantes de tempo. A reta r nos dá a
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velocidade média do móvel entre os instantes t 1 e t2. Note que a velocidade média entre estes
dois intervalos de tempo é dada por:

Essa situação é análoga para a aceleração. Se quisermos calcular a aceleração


instantânea, devemos utilizar a derivada. Observe que a aceleração é a derivada da
velocidade em função ao tempo:

Se um carro se desloca de acordo com a seguinte equação (no S.I.):

𝑥 = 2 + 3𝑡

Sua velocidade será:

E sua aceleração será:

Um veículo se desloca segundo a equação (no S.I.):

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𝑥 = 2 + 4𝑡 + 6𝑡2 − 8𝑡3

A sua velocidade será dada pela derivada desta expressão. Pela regra básica da
derivação, o expoente “cai” multiplicando o termo, subtraindo um ao expoente, assim:

Portanto, a sua velocidade será dada por:

6 CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE DE MOVIMENTO (MOMENTO LINEAR)

Neste capítulo estudaremos a conservação do momento. A Física possui várias leis


de conservação e estas leis de conservação são princípios nos quais nos baseamos para
deduzir outras propriedades. Isto quer dizer que não podemos deduzir estas leis, elas existem
e são descobertas através da observação da natureza.

Experimento 1:
Vamos fazer um teste. Encontre dois carrinhos de brinquedo iguais. Deixe um parado
e jogue o outro contra o primeiro. O que acontece? Eles vão se chocar e vão continuar
andando. Note que a velocidade de qualquer um dos carrinhos após a colisão é menor que a
velocidade inicial do carrinho que foi jogado, conforme figura abaixo, onde a parte de cima
corresponde ao instante anterior ao choque e a parte de baixo ao instante posterior.

Fonte: MENEZES, 2006.

Vemos que a soma das velocidades se conservou, pois, a soma das velocidades
iniciais é de 10 m/s e a soma das velocidades finais também possui o mesmo valor. Entretanto,
não é a velocidade total que se conserva, como veremos a frente. Neste caso, isto aconteceu
porque a massa dos dois veículos é igual.

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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

Experimento 2:
Façamos o experimento novamente, mas agora com um carrinho maior e um outro
menor. Vemos que, neste caso, a velocidade total deste sistema não se conservou; pior que
isto, a velocidade total aumentou.

Fonte: MENEZES, 2006.

Nesse caso, não ocorreu a conservação da velocidade como no anterior. Por que?
Temos uma pista, mudamos a massa de um dos carrinhos.
Vemos que o carrinho menor foi empurrado com mais facilidade do que o carrinho
grande. Então, o que se conserva não é a velocidade, mas alguma grandeza que depende da
velocidade e da massa dos veículos. Mas que grandeza é essa? Ela é chamada de momento
linear, que é representado pela letra q e é o produto da massa pela velocidade:

Agora que já sabemos que o momento depende da massa e da velocidade dos corpos
que estão interagindo, vamos analisar os experimentos feitos. No primeiro teste a massa dos
carrinhos era igual. Suponhamos que a massa fosse 1kg para, facilitar as contas. Assim o
momento inicial era de:

Ou seja, a massa do carrinho 1 multiplicado pela sua velocidade inicial mais a massa
do carrinho 2 multiplicado sua velocidade inicial. O momento final é a soma dos momentos
finais individuais, sendo que cada um dos momentos é o produto da massa pela velocidade
final:

Observamos que o momento se conservou. Você pode fazer as contas e verificar que
o momento da segunda batida também se conservou. Para estas contas utilize que a massa
do carrinho menor é a metade da massa do outro carrinho.

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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

Experimento 3:
Vamos complicar um pouco o experimento. Agora os dois carrinhos estarão em
movimento. Pegue dois carrinhos iguais e jogue um contra o outro.

Fonte: MENEZES, 2006.

Se os carrinhos forem jogados com a mesma velocidade, eles vão se chocar e voltar
para trás, mas com uma velocidade reduzida. A velocidade diminui porque uma parte da
energia destes carrinhos foi convertida em outra energia. Com o choque, parte da energia
cinética (energia de movimento) foi convertida em energia sonora e energia térmica.

Vamos analisar somente a conservação do momento


Como dito anteriormente, o momento se conserva, porém aqui aconteceu uma coisa
diferente. Aparentemente o momento não se conservou. Parece que o momento total do
sistema diminuiu, assim como as velocidades também diminuíram.
No entanto, quando consideramos a velocidade temos de levar em conta o seu sinal,
visto que é uma grandeza vetorial. Fazendo isto vemos que o momento inicial era:

O momento inicial era zero, assim como o momento final:

Portanto, o momento total se conservou como sempre deve ocorrer.


O conceito de momento se originou através de vários filósofos e cientistas. René
Descartes (1596 – 1650) se referiu ao produto da massa pela velocidade como sendo uma
quantidade conservada.
De acordo com ele, Deus teria criado o universo com uma determinada quantidade de
repouso e de movimento. Estas quantidades permaneceriam imutáveis, ou seja, sempre as
mesmas com o passar do tempo.
No entanto, Galileu Galilei aproximadamente na mesma época utilizou o termo
“ímpeto” (em italiano), que julga tratar-se da mesma grandeza. Posteriormente, Isaac
Newton utilizou o termo “motus” (latim) para designar o momento.
A ideia de atribuir à divindade não está mais presente na Física, mas era muito comum
na época. O próprio Isaac Newton utilizou diversas vezes a divindade para justificar vários
fenômenos Físicos.
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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

6.1 Impulso (𝒊⃗ )

O impulso nada mais é do que a variação da quantidade de movimento de um corpo.


Ele estuda a reação de um corpo numa determinada variação de tempo a uma força aplicada
a ele. Por definição, pode ser calculado de duas formas:

𝑖⃗ = ∆⃗⃗⃗⃗ 𝑄⃗⃗ = 𝑄⃗⃗ 1 − 𝑄⃗⃗ 2


Ou
𝑖⃗ = 𝐹⃗ × ∆⃗⃗⃗⃗𝑡

6.2 Colisões

De acordo com Halliday, Resnick & Walker(2003), uma colisão “é um evento isolado
no qual dois ou mais corpos (os corpos que colidem) exercem uns sobre os outros forças
relativamente elevadas por um tempo relativamente curto”, considerando um sistema onde
não haja forças externas. O estudo deste evento é importante, por exemplo, para a perícia de
um acidente onde há o choque de dois veículos. Através dele, é possível determinar a que
velocidade estava cada um deles e em que direção e sentido trafegavam. As colisões podem
ser classificadas como perfeitamente elásticas, parcialmente elásticas e inelásticas.

Coeficiente de restituição
O coeficiente de restituição é utilizado como parâmetro para a classificação das
colisões. Ele é definido como a razão entre a velocidade relativa (diferença entre a velocidade
dos dois corpos) depois da colisão e antes da colisão, conforme abaixo:

Colisão perfeitamente elástica

Fonte: fisicaevestibular.com.br

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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

Neste tipo de colisão, a quantidade de movimento e a energia cinética são


conservados, não havendo deformações permanentes. O seu coeficiente de restituição será
igual a 1. A colisão perfeitamente elástica é uma colisão hipotética, já que na prática, sempre
haverá perda de energia.

Colisão parcialmente elástica

Fonte: fisicaevestibular.com.br

Na colisão parcialmente elástica, o coeficiente de restituição será um valor entre 1 e


0, sendo a velocidade de afastamento sempre menor do que a velocidade de aproximação.
Haverá uma perda parcial de energia cinética mantendo a quantidade de movimento. Esse é
o tipo de colisão mais próximo da realidade e ocorre num sistema dissipativo.

Colisão perfeitamente inelástica

Fonte: fisicaevestibular.com.br
As colisões perfeitamente inelásticas, assim como os outros tipos de colisão, mantem
a quantidade de movimento constante, no entanto a dissipação de energia cinética é máxima.
Após a colisão os dois corpos permanecem unidos e com a mesma velocidade, como se
fossem um corpo único, fazendo com que a velocidade relativa de afastamento seja nula,
assim, seu coeficiente de restituição será nulo também (e=0).

7 LEIS DE NEWTON – PARTE I

A partir de agora, nos preocuparemos com o que faz o movimento acontecer e não
somente com o movimento.

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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

Forças
O conceito de força já faz parte do nosso cotidiano. Sabemos que as forças são
necessárias para colocar objetos em movimento. No entanto, veremos nesta aula uma
definição mais formal do que é força. Veremos como uma força é necessária para modificar a
velocidade de um corpo.
Vamos, primeiramente, observar que força é uma grandeza vetorial. Isto quer dizer
que devemos nos preocupar não apenas com o módulo do seu valor, mas também com a
direção e o sentido no qual a força é aplicada.
Na figura abaixo, podemos ver duas pessoas puxando uma caixa. Se a caixa estiver
parada, podemos dizer que a força que as duas pessoas estão aplicando têm a mesma
intensidade, embora elas tenham sentidos opostos (o que é o mesmo que dizer que uma é
positiva e a outra negativa). Desta forma, quando somamos as duas forças, a resultante será
nula.

Fonte: MENEZES, 2006.

Suponhamos que temos um objeto sob a ação de três forças, tal como a figura a seguir.
Para encontrarmos a força resultante aplicada sobre este objeto, devemos realizar uma
operação vetorial. Para fazer esta soma devemos fazer tal como na figura abaixo, ou seja,
escolhemos qualquer um dos vetores e fixamos sobre objeto. Os demais vetores devem ser
colocados um a um, de forma que um vetor fique na sequência do outro.

Fonte: MENEZES, 2006.

Assim, será possível observar o vetor resultante, ou seja, a força resultante aplicada
ao objeto, conforme abaixo:

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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

Fonte: MENEZES, 2006.

7.1 Leis de Newton

Segue abaixo a forma exata de como as leis de Newton costumam ser enunciadas nos
dias de hoje e uma pequena explicação a respeito:

1ª lei de Newton (lei da inércia)

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/

Lex I: Corpus omne perseverare in statu suo quiescendi vel movendi uniformiter in
directum, nisi quatenus a viribus impressis cogitur statum illum mutare. (Todo corpo continua
em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma linha reta, a menos que seja
forçado a mudar aquele estado por forças externas imprimidas sobre ele).
Todo corpo em repouso (movimento) tende a permanecer em repouso (movimento).
Se o corpo estiver em movimento, ele tenderá a permanecer em movimento (seguindo
uma linha reta). Este corpo somente mudará sua velocidade, ou a direção da sua velocidade,
se for aplicada alguma força sobre este corpo.
Entretanto, se o corpo estiver em repouso, assim ele permanecerá, a não ser que
alguma força seja aplicada sobre ele.

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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

2ª lei de Newton (princípio fundamental da dinâmica)

Fonte: beduka.com

Lex II: Mutationem motis proportionalem esse vi motrici impressae, etfieri secundum
lineam rectam qua vis illa imprimitur.
(A mudança de movimento é proporcional à força motora imprimida, e é produzida na
direção da linha reta na qual aquela força é imprimida.)
A força resultante que age em um corpo é igual ao produto da sua massa pela sua
aceleração: F = m.a
Se um corpo não estiver acelerando (isso não quer dizer que não esteja em
movimento), é porque a soma de todas as forças aplicadas sobre ele é igual a zero. Isto é o
que acontece com a maioria das coisas que estão ao nosso redor. Se um corpo está parado,
ou se ele se move com velocidade constante, isto significa que a soma de todas as forças
aplicadas sobre é nula.
No entanto, se um corpo estiver em movimento acelerado, isto ocorre porque a
resultante das forças não é igual a zero.

3ª lei de Newton (princípio da ação e reação)

Fonte: brasilescola.uol.com.br

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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

Lex III: Actioni contrariam semper et aequalem esse reactionem: sine corporum
duorum actiones in se mutuo semper esse aequales et in partes contrarias dirigi. (A toda ação
há sempre oposta uma reação igual, ou, as ações mútuas de dois corpos um sobre o outro
são sempre iguais e dirigidas a partes opostas.)

Se uma força de 10 unidade é feita por uma pessoa (por enquanto a unidade não
importa) sobre uma parede, está parede faz uma força de 10 unidades sobre essa pessoa.
As duas forças possuem o mesmo módulo (10 unidades). No entanto, elas possuem sentido
contrário. Se a parede é empurrada para o norte, a parede exerce uma força sobre a pessoa
para sentido o sul.

8 LEI DE NEWTON – PARTE II

Introdução Histórica
O inglês Isaac Newton (1643 – 1727) foi um dos maiores cientistas de todos os tempos.
É o criador do Cálculo Diferencial e Integral. Porém o alemão Gottfried Wilhelm Von Leibniz
(1646 – 1716) também desenvolveu o Cálculo de maneira independente e por outros
caminhos.
Newton era um grande pesquisador e estudou vários assuntos na Física e na
Matemática (como o binômio de Newton).
Obviamente é o pai das leis que hoje são conhecidas como as Leis de Newton, além
de também ser autor da Teoria da Gravitação Universal, que dá uma fórmula matemática para
a interação entre os astros. Portanto somente a partir de Newton é que se tornou possível
caracterizar matematicamente o comportamento de um planeta ou de um satélite.
A principal obra de Newton foi a publicação do Philosophiae Naturalis Principia
Mathematica (Princípios Matemáticos da Filosofia Natural - 1687) em 3 volumes. Nesta obra
ele publicou as suas três leis e, a partir delas, enunciou a lei da gravitação universal,
generalizando e ampliando as constatações de Johannes Kepler (1571 – 1630). Essa
demonstração foi a maior evidência para a comprovação de sua teoria. Tal obra tratou
essencialmente sobre física, astronomia e mecânica (leis dos movimentos, movimentos de
corpos em meios resistentes, vibrações isotérmicas, velocidade do som, densidade do ar,
queda dos corpos na atmosfera, pressão atmosférica etc.).

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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

1ª lei de Newton (lei da inércia)


A 1ª lei de Newton (inércia) não é uma ideia genuinamente dele. Esta ideia já era
discutida por Galileu Galilei. Entretanto, com a adição das outras leis, Newton deu um outro
status ao princípio descrito por Galileu.
É evidente que princípio da inércia não considera a existência do atrito. Se o atrito agir
sobre um corpo em movimento, este terá sua velocidade alterada. Entre tanto, se uma nave
espacial estiver se movimentando pelo vazio do Universo (vácuo), está permanecerá em
movimento retilíneo sem alterações em sua velocidade. A velocidade somente será alterada
se houver alguma força atuando sobre ela.

2ª lei de Newton (princípio fundamental da dinâmica)


A 2ª lei de Newton diz respeito a causa e efeito. Se algum objeto tem sua velocidade
alterada, deve-se encontrar o motivo para esta alteração, pois o princípio da inércia já nos
disse que qualquer corpo tende a manter o seu movimento. Portanto, se um objeto tem uma
dada velocidade, esta não se modificará, até que alguma coisa aconteça, fazendo com que
ocorra uma aceleração (variação da velocidade).
A aceleração é um efeito. Devemos procurar uma causa para que ela ocorra. Newton
percebeu que uma aceleração, ou desaceleração, ocorre apenas quando alguma força é
aplicada sobre o objeto que teve sua velocidade modificada.
Quando um corpo tem velocidade constante (ou está em repouso – note que estar em
repouso implica ter velocidade constante) poderíamos pensar que nenhuma força está sendo
aplicada sobre este corpo. Este pensamento, apesar de ser compreensível, não está certo.
Imagine duas pessoas em um “cabo de guerra”. Quando as duas puxam a corda, esta
pode se mover (juntamente com as pessoas). Digamos que neste nosso exemplo as duas
pessoas começaram a puxar juntas a corda e com uma mesma força. Se as pessoas e a
corda estiverem estáticas, isto não quer dizer que nenhuma força está sendo aplicada à corda,
mas significa que a resultante das forças é nula, ou seja, igual a zero.

3ª lei de Newton (princípio da ação e reação)


O princípio da ação e reação mostra que, se um corpo A empurra o corpo B com uma
força de 10 unidades, o corpo B estará empurrando o corpo A com uma força de 10 unidades,
mas com sentido oposto.
Para compreender o princípio da ação e reação, observe a imagem a seguir (dois
carros se chocando). O fato de um dos motoristas estar com cinto de segurança e o outro não
causa um a grande diferença no impacto.

Fonte: Fonte: MENEZES, 2006.

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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

Analisando outro ponto importante deste choque, suponha que antes do choque o
carro da esquerda estivesse parado e o da direita andando. Com o choque os dois carros são
danificados. Por que isto acontece?
Se o carro da direita está se locomovendo, no momento do choque ele aplica uma
força F sobre o outro carro. Entretanto, o carro da esquerda que está parado (pelo princípio
da ação e reação) também aplica a mesma força sobre o outro carro.
Assim, o carro da direita também se amassa. Se não fosse pelo princípio da ação e
reação, somente o carro parado amassaria. O carro em movimento não sofreria nenhuma
força e ficaria em perfeitas condições.
Em um novo exemplo, imagine o seguinte experimento: um menino está num balanço
indo para um lado e para o outro. Uma brincadeira bastante comum. Entretanto, este balanço
está numa plataforma sobre a água. Imagine que a plataforma tem uma massa igual à do
menino (algum tipo de fibra superleve) e que a massa da estrutura do balanço é desprezível.
Sendo assim, quando o menino está indo para frente, a plataforma vai para trás e vice-versa.
Para que o menino começasse a se movimentar, ele teve de empurrar a plataforma.
Quando ele se senta no balanço e empurra com os pés a plataforma para frente, a plataforma
vai para frente, mas o menino vai para trás.

Fonte: chainimage.com

Ele vai para trás, porque a plataforma o empurrou. Ação e reação. Se o menino
empurra a plataforma para frente, a plataforma reage empurrando o menino para trás.

9 LEIS DE NEWTON - APLICAÇÃO

Pela terceira Lei de Newton, a resultante das forças aplicadas sobre um corpo é igual
ao produto da massa pela aceleração (F = m.a). Esta equação será bastante utilizada nesta
unidade.

Unidade de grandeza
Sabemos que no Sistema Internacional de unidades (S.I.):

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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

• a massa é medida em quilogramas (kg);


• a aceleração é medida em metros por segundo ao quadrado (m/s2).

Para o produto destas duas grandezas, foi criada uma nova unidade, O Newton (N),
uma unidade do Sistema Internacional para medir força, que, obviamente, recebeu este nome
devido a Isaac Newton.
Para criar uma aceleração de 1 m/s2 num corpo com uma massa de 1kg, teremos de
aplicar uma força de 1 newton.

Exemplo: Força de um movimento circular (MCUV)


Para que uma velocidade seja alterada é necessário que haja uma força alterando a
velocidade, ou seja, causando uma aceleração. É importante perceber que sempre que
houver um movimento circular (velocidade mudando de direção), haverá uma força.
Na ilustração a seguir vemos uma bolinha girando sobre uma mesa. Esta bolinha faz
um movimento circular graças a um barbante que a prende a um ponto da mesa. Caso o
barbante se rompa, esta bolinha seguirá uma linha reta, pois, de acordo com o princípio da
inércia (1ª lei de Newton) todo corpo em movimento tende a se manter em movimento
retilíneo.

Fonte: MENEZES, 2006.

Observamos, portanto, que há uma força puxando a bolinha para o centro.


Esta força só altera a sua direção, não a velocidade.
Vimos que sempre que houver uma força, haverá também uma aceleração. Como a
força puxa a bolinha para o centro deste círculo, a aceleração que a bolinha sofre é para o
centro do círculo e é chamada aceleração centrípeta.

Exemplo: Força de um corpo acelerando


Partindo do repouso, um corpo de massa 3 kg atinge a velocidade de 20 m/s em 5s.
Queremos encontrar a força que agiu sobre o corpo. Primeiramente vamos encontrar a
aceleração:

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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

Lembre-se que a força é dada pelo produto da massa pela aceleração, portanto:
𝐹⃗ = 𝑚. 𝑎⃗ = 3𝑘𝑔 × 4𝑚/𝑠2 = 12𝑁 ■

Exemplo: Forças em um corpo parado


Quando um corpo não está acelerando, você poderia pensar que não há nenhuma
força sendo aplicada ao corpo. Mas isto não é necessariamente verdade. A verdade é que a
resultante de todas as forças aplicada ao corpo é nula. Por exemplo, quais são as forças que
agem sobre você quando você está em pé e parado?
Quando você está parado, duas forças estão agindo sobre você: a força normal (N) e
a força peso (P). A força normal é uma força aplicada por um corpo que impede que você vá
para baixo. Esta força será exercida pelo chão ou pela cadeira ou qualquer outra superfície
sobre onde você esteja.
A força normal é assim chamada porque é uma grandeza vetorial e sua direção é
perpendicular ao plano onde os corpos se apoiam, ou seja, normal ao plano.
Vamos fazer como ocorre em todos os elevadores e considerar que sua massa é de
70 kg. Como a aceleração gravitacional é de 9,8 m/s2, o seu peso é:

Se a resultante das forças é nula, podemos afirmar que a força normal está dirigida
para cima e tem o mesmo valor que o peso. Se você estiver de pé no chão, o chão exerce
sobre você uma força que é igual ao seu peso. Por isso você não acelera, a resultante das
forças é nula.

Exemplo: Forças em um corpo com velocidade constante


Se um corpo está com velocidade constante, a resultante das forças que age sobre o
corpo é nula. Nesse caso, não há aceleração, portanto, podemos afirmar que a velocidade é
nula. Entretanto, em situações como essa, costumam existir mais do que um par forças
envolvidas.
Suponha uma bicicleta com velocidade constante. Neste caso existem 4 forças agindo
sobre a bicicleta: duas na vertical e duas na horizontal.
As forças na vertical são: normal e peso. As forças horizontais são: atrito e tração
exercida pelo ciclista. As forças na horizontal estão em equilíbrio (mesma intensidade, mas
com direções opostas), pois a bicicleta não acelera.

10 A FORÇA PESO

Fonte:interna.coceducacao.com.br

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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

O peso é uma força que a Terra exerce sobre todos. A explicação mais simples para
a existência dessa força é a de que matéria atrai matéria.
Qualquer corpo cria ao seu redor um campo. Um campo é algo semelhante a um
perfume, pois seu cheiro se espalha e fica mais suave à medida que a distância aumenta, até
que chega um ponto em que não podemos mais senti-lo.
O planeta Terra cria um campo ao seu redor. Qualquer corpo que estiver presente
neste campo sofre a influência da presença da Terra e, por isto, começa a cair. Sim eles se
atraem simultaneamente, a Terra atrai você para baixo, e você atrai a Terra. Estas forças
ocorrem com a mesma intensidade (módulo) devido ao princípio da ação e reação.
Pode se observar que embora a terra exerça atração sobre nós e nós sobre ela,
somente nós nos movemos em direção a ela, a Terra não se move em nossa direção. Isso
ocorre porque a força é igual ao produto da massa pela aceleração. A massa da Terra (6 x
1024 kg) é muito maior que a massa de qualquer um de nós (cerca de 1023 vezes maior),
portanto, apesar da força ser a mesma, a aceleração que nós exercemos sobre a Terra é
muito menor (cerca de 1023 vezes menor) que a aceleração que a Terra exerce sobre nós.
Se a aceleração é menor, isto significa que o deslocamento também é menor. Assim, o
deslocamento que nós provocamos sobre a Terra é ínfimo, imperceptível.
Apenas como um lembrete veja que ao deslocamento para um corpo que parte do
repouso sujeito a uma aceleração é dado por:

Galileu Galilei
Galileu Galilei (1564 – 1642) foi o grande experimentador. Realizou diversos
experimentos, inclusive demonstrando os vários erros da Física aristotélica. Segundo
Aristóteles, as leis naturais poderiam ser provadas por meio da Lógica, já para Galileu, o
experimento era a prova.
Um dos erros mais famosos encontrados por Galileu nas ideias de Aristóteles foi que,
ao contrário do que este pregava, os corpos pesados não caem mais rápido do que os corpos
mais leves. Em seu experimento, fala-se que Galileu teria subido ao alto da Torre de Pisa e
soltado (ao mesmo tempo) duas bolas, uma de mosquete (mais leve) e uma de canhão (mais
pesada). Para surpresa de todos as duas atingiram o solo ao mesmo tempo. Alguns dizem
que o experimento não ocorreu, mas, com certeza, este conhecimento é devido a Galileu.

10.1 A aceleração gravitacional

A aceleração gravitacional é comumente representada pela letra “g”. E a aceleração


que qualquer corpo sente devido ao campo gravitacional da Terra é sempre o mesmo: cerca
de 9,8 m/s2.
Assim como o cheiro do perfume fica mais fraco com a distância, o mesmo ocorre com
o campo gravitacional. Sobre a superfície terrestre ele é mais intenso. À medida que subimos
e nos afastamos da superfície, ele fica mais fraco. Ao subir uma montanha, você ficará mais
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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

leve. Note que sua massa continuará a mesma. Entretanto, devido à diminuição da aceleração
gravitacional, seu peso será menor.
A aceleração gravitacional está presente em qualquer planeta, ou satélite natural. A
aceleração gravitacional da Lua é de 1,6 m/s 2, bem menor que a da Terra.
Isto acontece porque sua massa é bem menor.

Exemplo:
Vamos calcular a força que a Terra exerce sobre um corpo de 10 kg situado sua
superfície. Como a aceleração gravitacional é de 9,8 m/s 2, a força que a Terra exerce é:
𝑃 = 𝑚. 𝑔 = 10𝑘𝑔 × 9,8𝑚/𝑠2 = 98𝑁

Exemplo:
Na Terra, a aceleração da gravidade é em média 9,8 m/s2 e na Lua 1,6 m/s2. Para um
corpo de massa 5 kg, determine:
A) O seu peso sobre a Terra será simplesmente:
𝑃 = 𝑚. 𝑔 = 5𝑘𝑔 × 9,8𝑚/𝑠2 = 49𝑁
B) Para calcular o seu peso na Lua, teremos de usar a aceleração gravitacional da
Lua, que é de 1,6 m/s2, portanto:

𝑃 = 𝑚. 𝑔 = 5𝑘𝑔 × 1,6𝑚/𝑠2 = 8𝑁

O peso do corpo é menor na Lua que na Terra, embora a massa permaneça a mesma
nos dois ambientes. Note que o peso na Lua é cerca de um sexto do peso do corpo aqui na
Terra.
É por esse motivo apresentado acima que os astronautas andam “saltando”. Todos
nós aprendemos a andar na Terra. Se nós tivermos de andar em outro lugar, tendemos a
fazê-lo assim como na Terra. Portanto, eles acabam fazendo uma força excessiva para andar
e o corpo se eleva mais do que o necessário.
Quando os astronautas voltam, eles têm que fazer uma readaptação pois já não estão
acostumados a andar pela Terra, ou seja, a força que eles têm de fazer é muito maior do que
a força que eles faziam fora daqui. Assim, eles terão de adquirir mais força para caminhar.
Este fenômeno é acentuado se o astronauta fica muito tempo fora do nosso planeta.

11 FORÇAS ATUANDO SOBRE UM CORPO

Começando por um exemplo muito simples: uma caixa parada sobre o chão. Até aqui,
já se sabe que, quando um corpo está em repouso (ou com velocidade constante), a força
resultante das forças aplicadas sobre ele é nula. Como a soma de todas as forças é zero e o
corpo tem massa, deve haver mais alguma força além da força gravitacional agindo sobre
esta caixa agindo contra o peso.

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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

Fonte: MENEZES, 2006.

O que está segurando a caixa, impedindo-a de ir para baixo é o chão, já que é ele que
está fazendo uma força sobre a caixa. A força que o chão exerce sobre a caixa é exatamente
igual ao seu peso. Se esta força fosse diferente do peso, a resultante de todas as forças não
seria mais nula e a caixa estaria sendo acelerada.

Força Normal
A força de contato entre dois corpos é chamada de força normal. Ela recebe este nome
porque é perpendicular à superfície de contato entre os dois corpos.
Portanto, o nome normal vem da Geometria Analítica.
Note na figura acima que o tamanho dos dois vetores é o mesmo. Isto ocorre porque
a força normal e o peso têm a mesma intensidade, mas têm sentidos opostos.

11.1 Força motriz e atrito

Observemos quais são as forças que atuam sobre uma caixa que se desloca. Para
que a caixa entre em movimento, é necessário que se aplique uma força sobre ela. Se
quisermos que a caixa deslize sobre o chão, a força deverá ser aplicada sobre a caixa na
horizontal. Esta força aplicada à caixa para que ela se movimente costuma ser chamada de
força motriz.

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32
FUNDAMENTOS DA FÍSICA

Fonte: MENEZES, 2006.

Para ela comece a se mover, é necessário que a força aplicada seja suficiente para
vencer o atrito. Por mais lisas que pareçam a superfície da caixa e a superfície do chão,
quando vistas num microscópio, percebe-se que elas são bastante irregulares, conforme
figura acima.
Quando um objeto é colocado sobre o chão, as irregularidades deste objeto se
encaixam sobre as irregularidades do chão, como se fosse um quebra-cabeças, o que causará
uma resistência e dificultará o movimento. Esta dificuldade no movimento é uma força que
será sempre contrária à força motriz e é chamada de força de atrito
A caracterização da força de atrito dependerá do tipo de material de que
são feitas as superfícies. Se a caixa for de borracha, ela se deformará bastante de
forma a se adaptar mais facilmente às irregularidades do chão.

Uma caixa em movimento


Sabendo quais são as forças que agem sobre uma caixa em movimento, vamos
analisar estas forças.
A força normal é igual ao peso. Portanto, quando calcularmos o peso, já teremos
calculado o valor de duas forças.

Fonte: MENEZES, 2006.

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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

A força motriz, normalmente, não é calculada: ela é dada. Já a força de atrito deve ser
calculada. Como já dito, ela depende do material e depende também da força normal. Um
objeto com massa maior terá um atrito maior. Além de depender do material, a força de atrito
depende também do formato do objeto. Repare que uma chuteira é cheia de travas no seu
solado que servem para aumentar o atrito. Da mesma forma, a pista de gelo e os patins são
muito lisos, para reduzir o atrito e facilitar o deslizamento dos patinadores.
E por que a força de atrito depende da força normal? Não seria muito mais fácil dizer
que a força de atrito depende da força peso? Foi dito hoje que a força normal é igual à força
peso. Entretanto, não é sempre que isto ocorre. Esse assunto será visto no próximo capítulo.

Equações
Sabemos que a força pelo (P) é dada pelo produto da massa pela aceleração
gravitacional e que a força normal (N) é igual ao peso. Assim:

𝑁 = 𝑃 = 𝑚. 𝑔

A força de atrito, como já foi dito, depende da força normal do material de que são
feitas ambas as superfícies e do formato das superfícies. A força normal já está calculada e
os demais fatores são colocados numa única constante (letra grega mi). Esta constante é
chamada de coeficiente de atrito e o seu valor já embute o material de que são feitas as
superfícies, assim como o formato destas. Resumindo, a força de atrito é dada por:

𝐹⃗𝑎⃗𝑡 = 𝜇. 𝑁

Exemplo:
Suponha que a caixa que estamos arrastando durante toda a aula tenha 20kg e que
estamos fazendo uma força de 100N para arrastar a caixa. O coeficiente de entre o chão e a
caixa é de 0,3. Calcule a força resultante.
Temos que calcular o peso e a normal:

Agora vamos calcular a força de atrito:

𝐹⃗𝑎⃗𝑡 = 𝜇. 𝑁 = 0,3 × 196𝑁 = 58,8𝑁

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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

12 FORÇAS SOBRE UM PLANO INCLINADO

A figura abaixo apresenta as principais forças atuantes em um objeto em um plano


inclinado. Podemos ver a força peso representada por P, a força normal à superfície, por N,
a força que atua puxando o bloco rampa acima, por F e a força de atrito entre as superfícies
do bloco e da rampa, por Fat.

Fonte: MENEZES, 2006.

A única diferença entre o plano inclinado e o plano horizontal está na força normal, e,
consequentemente, na força de atrito. Veja que a força normal não está na vertical, mas ela
continua perpendicular à superfície de contato.
Existe outra diferença no problema que estamos tratando hoje em relação ao que
tratamos no capítulo passado. Agora é necessária mais força para deslocar o objeto plano
acima e menos para deslocá-lo plano abaixo em relação a força necessária para desloca-lo
no plano horizontal.
Para analisar o que foi alterado, devemos fazer uma mudança nas coordenadas.
Continuaremos trabalhando com dois eixos, porém, antes tínhamos um eixo na horizontal e
outro na vertical. Agora é mais conveniente (facilita as contas) utilizar um eixo paralelo ao
plano que o bloco se desloca e outro perpendicular a este.
Sabemos que o bloco não se desloca na direção perpendicular ao plano. Dessa forma,
a resultante das forças nesta direção deve ser zero. Existem apenas duas forças neste eixo:
a força normal e uma parte do peso.
Vamos decompor a força peso P em duas componentes, P x, paralela ao plano da
rampa e Py, perpendicular ao mesmo.

Fonte: MENEZES, 2006.

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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

Projetando P nas direções x e y respectivamente, teremos as componentes:

̂
𝑷𝑥 = 𝑷𝑠𝑒𝑛𝜃 𝒙
𝑷= 𝑷𝑐𝑜𝑠𝜃 𝒚̂

No plano horizontal (inclinação 𝜃 = 0) temos:

𝑵+𝑷=𝟎

Com 𝜃 > 0 (plano inclinado), temos

𝑵 + 𝑷𝒚 = 𝟎
Logo, o módulo do vetor normal (N) será igual ao módulo do vetor componente na
direção y da força peso (Py). Note que os vetores N, P e P y acima estão denotados por letras
em negrito enquanto os seus módulos não.

𝑁 = 𝑃𝑦

O vetor força de atrito no plano inclinado continua com a mesma dependência da


normal, logo:

𝑭𝒂𝒕 = 𝜇𝑵

Exemplo
Suponha que o bloco mostrado na figura acima tenha 15kg de massa e o módulo da
força F com que é puxado para cima da rampa seja de F=200 N. Assume que o coeficiente
de atrito µ entre o bloco e a rampa é de 0,5 e a o ângulo de inclinação ϴ da rampa (como
mostrado na figura) é de 30º. Assuma também que a aceleração da gravidade no local da
rampa é em média 9,8 m/s2. Queremos encontrar a aceleração deste bloco.
Calculemos inicialmente o módulo do peso (P)

𝑃 = 𝑚. 𝑔 ⇒ 𝑃 = 15 × 9,8 = 147 𝑁

Forças atuando na direção y: Normal N e componente y do peso P y.


Sabemos que o bloco não se desloca na direção vertical y (perpendicular ao plano),
logo Py deve ser anulada pela força normal N na soma vetorial. Portanto:

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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

Forças atuando na direção x: Força F, força de atrito F at e Px.


Sabemos que o bloco se move na direção x, logo a força resultante nessa direção é
um vetor não nulo.

𝑭𝒓𝒙 = ∑(𝑓𝑜𝑟ç𝑎⃗𝑠 𝑛𝑎⃗ 𝑑𝑖⃗𝑟𝑒çã𝑜 𝑥) ≠ 𝟎

𝑭𝒓𝒙 = 𝑭 + 𝑭𝒂𝒕 + 𝑷𝑥

Calculemos agora a força de atrito Fat entre as superfícies:

E a componente x da força peso:

Da Segunda Lei de Newton sabemos que a força resultante que atua sobre um corpo
é o produto de sua massa pela sua aceleração. Voltemos então ao cálculo da força resultante
sobre o bloco a fim de encontrarmos a aceleração.

𝑭𝒓 = 𝑭𝒓𝒙 + 𝑭𝒓𝒚

como 𝑭𝒓𝒚 = 𝟎𝒚 , temos

𝑭𝒓 = 𝑚 . 𝒂 = 𝑭𝒓𝒙 = 𝑭 + 𝑭𝒂𝒕 + 𝑷𝑥 𝑚 . 𝒂 = 𝑭 + 𝑭𝒂𝒕 + 𝑷𝑥

Encontramos assim a aceleração do bloco ao subir a rampa.


E a força resultante que calculamos no processo é:

𝑭𝒓 = 𝑚 . 𝒂 = 62,8 𝑁𝒙

É interessante notar que, quando a inclinação for zero, o bloco andará com mais
facilidade do que no caso da subida, ou seja, conforme o ângulo aumenta, é necessário
aumentarmos também a força F para que o bloco suba. Já, se estivéssemos interessados na
descida do bloco, a componente P x contribuiria a favor do movimento.

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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

13 ENERGIA

A energia está presente no nosso cotidiano. Todos nós ouvimos falar de energia e a
utilizamos. Mas o que seria a energia?
De acordo com o dicionário, a definição de energia é: a capacidade de realizar
trabalho. É importante notar que está sendo utilizada a noção de trabalho existente na Física.
Como a Física define trabalho?
Vejamos a seguir.

13.1 Tipos de Energia

Utilizamos a energia elétrica diariamente. Ela está presente em vários equipamentos,


que convertem esta energia em algum outro tipo de energia.
Uma lâmpada, por exemplo, converte energia elétrica em energia luminosa.
Mas nem toda a energia elétrica que ela recebe é convertida em energia luminosa.
Você já deve ter notado que as lâmpadas também se aquecem, principalmente as
incandescentes. As lâmpadas fluorescentes se aquecem bem menos. Elas se aquecem,
porque parte da energia que elas recebem é transformada em energia térmica. As lâmpadas
fluorescentes se aquecem bem menos, ou seja, nestas lâmpadas não ocorre muita perda de
energia.
A perda de energia ocorre quando a mesma é transformada em outro tipo de energia
que não a desejada. No caso da lâmpada, queremos que ela produza energia luminosa, mas
ela acaba produzindo também calor (energia térmica). Você já deve ter escutado que a
lâmpada fluorescente é econômica. Isto ocorre, porque ela sofre menos perda de energia. Isto
acontece, porque apenas uma parte pequena da energia elétrica que ela recebe é
transformada em energia térmica.
Existem outros exemplos de energia que podem ser encontradas na nossa casa.
Muitas vezes queremos converter energia elétrica em energia térmica. Dois exemplos disso
são: o chuveiro elétrico e o ferro de passar roupa.
A energia elétrica pode também dar origem à energia mecânica, ou energia cinética.
É o que ocorre nos motores. Vários equipamentos que usamos possuem motores elétricos: o
liquidificador, o ventilador, o CD player etc.
Vimos que a energia elétrica pode dar origem a várias outras. Mas de onde vem a
energia elétrica? Aqui no Brasil a energia elétrica que chega por intermédio dos fios é
produzida em usinas hidrelétricas. Nestas usinas a energia mecânica é transformada em
energia elétrica. Para se construir uma usina hidrelétrica, é necessário fazer uma represa.
Quando a água é represada, estamos acumulando energia mecânica. Esta energia mecânica
acumulada é chamada energia potencial. Quando a água é liberada, esta energia potencial é
convertida em energia cinética. A água em movimento passa por turbinas que convertem a
energia cinética da água em energia elétrica.
Outra forma muito comum de energia é a energia química. Um combustível (gasolina,
por exemplo) guarda energia química. Através da queima deste combustível, esta energia
química é convertida em energia mecânica. O combustível queima dentro do motor e produz
gases que ocupam um volume maior que o original. Com este aumento de volume, um pistão
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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

é empurrado. Esta energia mecânica que o pistão recebe é transferida para as rodas do
veículo a fim de fazê-lo andar.
Existe mais uma forma de energia bastante comum que é a energia sonora. Esta pode
ser produzida, por exemplo, num alto-falante, que converte energia elétrica em energia
sonora. Já um microfone faz exatamente o contrário do que o alto-falante, ou seja, ele
converte energia sonora em energia elétrica.

13.2 Trabalho

Considere um exemplo. Uma pessoa tem duas caixas (20 kg cada) que estão no chão.
Esta pessoa deseja colocar as caixas sobre o guarda-roupa (2 metros de altura). Ela poderia
erguer as duas caixas de uma só vez e colocá-las sobre o guarda-roupa. Entretanto, isto seria
muito cansativo e ela pensa na possibilidade de erguer uma caixa de cada vez.
Para facilitar ainda mais o trabalho que ela tem de fazer, ela resolve colocar
primeiramente cada caixa sobre uma escrivaninha (1 metro de altura). Depois disto cada caixa
é erguida até o topo do guarda-roupa.
Note que esta pessoa facilitou o seu trabalho duas vezes. Primeiramente, decidiu subir
cada caixa separadamente. Assim, o seu trabalho em cada etapa seria apenas metade do
trabalho inicial. Para facilitar ainda mais, ao invés de erguer a caixa a uma altura de 2 metros,
esta pessoa ergueu cada caixa a uma altura de um metro, e, posteriormente, ergueu cada
uma das caixas de mais 1 metro. Desta forma em cada etapa o seu trabalho será apenas um
quarto do trabalho original. Entretanto o seu trabalho total será o mesmo.
O conceito de trabalho em Física é igual ao apresentado acima, ou seja, o trabalho
depende da força realizada, assim como do deslocamento. Quanto maior a força que
realizamos, maior será o trabalho, assim como o deslocamento. Um deslocamento maior
implica num trabalho maior.
Para equacionar isto, o trabalho é dado por:

T=F.d

Ou seja, trabalho (T) é igual ao produto da força (F) pelo deslocamento (d). No Sistema
Internacional (SI) o trabalho é medido em joules (J). Portanto uma força de 1 Newton fazendo
um corpo se deslocar por 1 metro produz um trabalho de 1 joule.
Agora vamos calcular o trabalho realizado no exemplo acima. Para erguer as duas
caixas a uma altura de dois metros, precisamos multiplicar a força pelo deslocamento. A força
que a pessoa teve de fazer deve ser pelo menos igual ao peso das caixas. Assim, o trabalho
realizado é:

𝑇 = 𝐹⃗. 𝑑 = 392𝑁 × 2𝑚 = 792𝐽

Para erguer apenas uma caixa a altura de 2 metros, o trabalho é:

𝑇 = 𝐹⃗. 𝑑 = 196𝑁 × 2𝑚 = 392𝐽

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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

Para erguer uma caixa a uma altura de 1 metro, o trabalho é:

𝑇 = 𝐹⃗. 𝑑 = 196𝑁 × 1𝑚 = 196𝐽

Vemos que o trabalho pode ser dividido em partes menores.

14 ENERGIA CINÉTICA

Conhecer a energia mecânica, como ela é definida, assim como o trabalho necessário
para provocar a energia cinética. Comentamos na aula passada que energia é a capacidade
de realizar trabalho. Energia e trabalho são medidos na mesma unidade. No Sistema
Internacional (SI) energia e trabalho são medidos em joules (J).

Energia Cinética
A energia cinética é uma grandeza associada ao movimento de um corpo. Ela depende
da massa (m) e da velocidade (v) de um corpo, ou seja:

Vemos, portanto, que um corpo em repouso (v = 0) não possui energia cinética. Quanto
maior sua velocidade, maior será sua energia cinética.

14.1 Energia e Trabalho, e conservação de energia.

Sempre que um corpo sofre uma variação de energia cinética, é porque alguém (ou
alguma coisa) exerceu trabalho sobre este corpo. O que estamos falando é que a energia
cinética final será igual à energia cinética inicial mais o trabalho que foi exercido sobre este
corpo. Assim:

Quando a energia cinética final é menor que a inicial, o trabalho exercido sobre o corpo
é negativo. Isto significa que a energia cinética diminuiu, portanto, alguma outra forma de
energia foi aumentada.
Quando a energia cinética final é maior que a inicial, o trabalho exercido sobre o corpo
é positivo. Isto significa que a energia cinética aumentou. Portanto, algo (ou alguém) transferiu
energia para o objeto em questão.

Exemplo 1
Vamos tomar como exemplo uma bola de gude (massa de 10 g) jogada com
velocidade de 10 m/s... Qual é energia cinética desta bola?

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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

A sua energia cinética é simplesmente:

Exemplo 2
Continuando com a bola de gude, vamos considerar que ela para após 3 metros de
deslocamento. Isto ocorreu devido ao atrito. Sua velocidade inicial era de 10 m/s e sua
velocidade final é zero. Sua energia cinética inicial foi calculada no exemplo anterior. Sua
energia final é zero, pois a velocidade final é nula. Ela perdeu energia. O que aconteceu com
a sua energia?
A energia do universo sempre se conserva. Portanto, se a energia cinética da bola de
gude diminuiu, a energia teve de aumentar em algum outro lugar. Mas qual é o corpo que está
em contato com a bola? O chão. O atrito que ocorre quando a bola se desloca pelo chão faz
com que o chão e a bola de gude se aqueçam. Este aquecimento pode ser mínimo, até mesmo
imperceptível, mas ele ocorre. Assim, a energia cinética foi convertida em energia térmica.
O chão exerce uma força de atrito, desacelerando a bola de gude. Portanto, o atrito
exerce um trabalho sobre a bola de gude. O trabalho que o atrito exerce sobre a bola faz com
que a energia cinética diminua. É importante notar que em outros casos o trabalho pode fazer
com que a energia do corpo aumente. Vamos calcular o trabalho exercido pelo atrito:

O trabalho é negativo, porque a energia cinética da bola de gude foi reduzida.


Se a sua energia aumentasse, o trabalho seria positivo.

Exemplo 3
Vamos considerar um carro freando. Se a massa do carro for de 1.000 kg e sua
velocidade for de 72 km/h (20 m/s), sua energia cinética será de:

1.0 x 202/2 = 200.000 J

Sua velocidade final é zero, portanto a sua energia final será nula. Qual o trabalho que
a força de atrito exerce sobre o carro?

Novamente, a energia cinética foi reduzida, portanto o trabalho é negativo. Entretanto,


a quantidade de energia envolvida neste exemplo é muito maior do que no exemplo anterior.
Assim, uma grande quantidade de energia cinética foi convertida em energia térmica. Neste
caso é possível perceber o aquecimento.

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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

Se você quiser, faça o experimento com uma bicicleta. Quando você freia a bicicleta,
você pode perceber facilmente que as peças do freio e a roda são aquecidas.
Portanto, a energia cinética foi convertida em energia térmica.

Exemplo 4
Vamos considerar um carro acelerando. Se a sua velocidade inicial é nula, sua
energia cinética também é nula. Se a sua velocidade final for de 72 km/h (20 m/s) sua energia
final será de 200.000 J, como já vimos no exercício anterior.
O trabalho que o motor está exercendo sobre o carro será:

Note que agora o trabalho é positivo. Isto ocorre porque a energia cinética aumentou.
Portanto, o motor do carro está produzindo energia cinética.
Lembre-se que o motor do carro utiliza um combustível (energia química), queimando-
o. Na queima do combustível, a energia química é transformada em energia térmica. O gás
formado por ar e combustível se expande, empurrando um pistão. A energia térmica foi
convertida em energia cinética. O movimento do pistão é energia cinética que será levada
para as rodas do carro.

15 SISTEMA DE PARTÍCULAS

Um sistema de pontos materiais, ou um sistema de partículas, é um conjunto infinito


ou finito de partículas, de forma que a distância entre qualquer de seus pontos não varie
durante o movimento, considerando apenas sistemas de partículas rígidos. Até o momento
foram estudados somente corpos considerados como partículas pontuais, mas para trabalhar
com um sistema de partículas é necessário é necessário aprender também sobre o centro de
massas.

15.1 Centro de massa

O centro de massa é ponto onde podemos concentrar toda massa de um corpo e


estuda-lo como se ele fosse uma partícula onde o tamanho pouco importa. A forma de calcular
o centro de massa é fazendo uma média ponderada da posição de cada objeto sendo o peso
a massa dos mesmos. A ilustração abaixo representa sistema de partículas (P1, P2 e P3)
num mesmo plano e o seu centro de massa (C).

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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

Fonte: brasilescola.uol.com.br

Assim, para calcular a posição do centro de massa (ponto C) temos:

16 ROTAÇÃO, TORQUE E ROLAMENTO

O movimento de rotação é definido por possuir um eixo de rotação, que permanece


fixo durante o movimento e todos os outros pontos rodam ao redor dele. Esse movimento será
de rotação pura se somente o módulo do vetor posição for constante e a direção e o sentido
se alterarem, conforme imagem abaixo:

Fonte: efisica.if.usp.br

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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

Pela Segunda Lei de Newton, quando aplicamos uma força sobre uma partícula que
contém massa, esta adquire aceleração. Para uma partícula em movimento circular, isto é,
para uma partícula em rotação, podemos determinar sua posição e velocidade em função de
variáveis como o ângulo e a velocidade angular, além do raio da trajetória.
A equação da posição (S) no movimento circular de rotação é dada por:

𝑆 = 𝜃. 𝑅

Onde 𝜃 é o espaço angular percorrido pelo ponto P e R é o raio, conforme a ilustração


abaixo:

Já a velocidade angular média, sempre positiva no sentido horário, será definida por:

E a velocidade instantânea é:

Onde V é a velocidade linear, aquela igual a distância dividida pelo tempo. Enquanto
isso, a aceleração angular média pode ser expressada pela seguinte equação:

A aceleração instantânea por:

Sendo “a” aceleração linear.

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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

16.1 Torque

O momento de uma força, ou torque, é a tendência que uma força tem de girar um
corpo sobre o qual ela é aplicada. O mento de uma força é um vetor perpendicular ao plano
composto pelos vetores força e raio de rotação. Seu vetor pode ser calculado por meio do
produto vetorial entre força e distância. Sempre que uma força for aplicada a alguma distância
do eixo de rotação de um corpo, esse corpo estará sujeito à rotação. Um corpo que não está
rotacionando ou rotaciona com velocidade angular constante, se encontra em equilíbrio
rotacional. A resultante dos torques que atuam sobre um corpo é nula e, por isso, esse corpo
gira com velocidade constante ou nula. Assim, quando o torque resultante sobre um corpo é
nulo, esse corpo não apresenta aceleração angular.
O torque pode ser entendido como o agente dinâmico das rotações. Dessa forma, ele
está para os movimentos de rotação, assim como a força está para os movimentos de
translação. Se quisermos fazer que um corpo gire em torno de algum ponto fixo, devemos
exercer um torque sobre ele.
O Newton vezes metro (N.m) é a unidade de medida do torque no Sistema
internacional. O sentido do seu movimento define se seu módulo será negativo ou positivo: é
negativo se for horário e positivo se for anti-horário. Enquanto a direção pode ser
caracterizada pela regra “da mão direita” conforme esquema abaixo:

Fonte: brasilescola.uol.com.br

Como observado acima, seu módulo é calculado por:

𝑇 = 𝑟. 𝐹⃗. sin 𝜃

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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

Onde r é o raio, F a força e 𝜃 é o ângulo de rotação.

16.2 Momento angular (L)

Fonte:ufjf.br

O momento angular é a quantidade de movimento rotacional de um sistema, sendo


assim um análogo rotacional do momento linear. O torque é o agente dinâmico da rotação,
por isso quando o aplicamos sobre um corpo, esse corpo pode ganhar velocidade angular e
descrever um movimento de rotação, apresentando um momento angular. Um exemplo de
torque é quando usamos uma chave de fenda, é possível perceber que, quanto maior for o
diâmetro do seu cabo, mais fácil será apertar ou remover parafusos.
Sempre que o torque resultante sobre um corpo for nulo, o momento angular será
constante. O momento angular é uma das propriedades básicas da Mecânica Rotacional e
está diretamente relacionado com a tendência do corpo em permanecer seu estado de
movimento circular.
Quando a velocidade escalar do corpo forma ângulo de 90º em relação à direção do
eixo de rotação, é possível calcular o módulo do momento angular do corpo com a equação
a seguir:
𝐿 = 𝑟. 𝑄⃗⃗

O momento angular é uma grandeza vetorial, portanto, apresenta módulo, direção e


sentido bem caracterizados. O momento angular sempre é perpendicular ao plano formado

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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

pelos vetores r e Q (distância ao eixo de rotação e quantidade de movimento,


respectivamente).
Sua unidade de medida no Sistema Internacional de Unidades (SI) é kg.m2/s, pois
envolve o produto de uma distância r (em metros) por uma massa (em quilogramas, kg) e pela
velocidade do corpo v (dada em metros por segundo). Na figura abaixo, podemos ver um
sistema de referência ortogonal:

Fonte: mundoeducacao.uol.com.br

No plano xy, são apresentados os vetores r e Q. Perpendicular ao plano formado por


eles, na direção z, encontra-se o vetor momento angular, em verde. A grandeza quantidade
de movimento é caracterizada pelo produto entre o raio de rotação (r) e a velocidade
instantânea do corpo, por isso, sendo possível ainda escrever a relação do momento angular
em função da velocidade e massa do corpo em movimento de rotação:

𝐿 = 𝑟. 𝑚. 𝑉

Abaixo segue uma correlação entre as equações do movimento translacional e


rotacional para que fiquem mais claras suas semelhanças e diferenças:

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Fonte:repositorio.utfpr.edu.br

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FUNDAMENTOS DA FÍSICA

17 BIBLIOGRAFIA BÁSICA

HALLIDAY, D; RESNICK, R; WALKER, J. Fundamentos de Física 1. 6ª ed. Rio


de Janeiro: LTC, 2003.

HALLIDAY, D; RESNICK, R; WALKER, J. Fundamentos de Física 2. 6ª ed. Rio


de Janeiro: LTC, 2003.

TIPLER, P.A. Física. Volume 1, 4a ed., Rio de Janeiro: LTC, 2000.

18 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

CHAVES, ALAOR E SAMPAIO, J. F. Física Básica - Mecânica. 1ª Ed., LTC,


2007.

GOLDSTEIN POOLE & SAFKO. Classical Mechanics. 3rd. Ed., Addison Wesley,
2002.

H. MOYSÉS NUSSENZVEIG. Curso de Física Básica: 1 MECÂNICA. 4ª


Ed., Edgard Blücher, 2002.

HELERBROCK, Rafael. "Momento Angular"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/fisica/torque-uma-forca.htm. Acesso em 04 de julho de 2019.

HELERBROCK, Rafael. "Torque"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/fisica/torque-uma-forca.htm. Acesso em 04 de julho de 2019.

HELERBROCK, Rafael. "Primeira Lei de Newton"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/fisica/primeira-lei-newton.htm. Acesso em 08 de julho de 2020

LUIZ, ADIR MOYSÉS. Física 1- Mecânica. 1ª Ed., Editora Livraria da Física, 2006.
MENEZES, M. De. Física Geral. Santos: UNIMES VIRTUAL, 2006.

SEARS, FRANCIS, YOUNG, HUGH D., FREEDMAN, ROGER. A., ZEMANSKY,


MARK WALDO. Física 1 - Mecânica. 12ª Ed., Addison Wesley, 2008.

SILVA, Domiciano Correa Marques da. "Sistema em rotação – momento de


inércia"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/sistemarotacao-momento-inercia.htm.
Acesso em 04 de julho de 2019.

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