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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4

2 ALTERAÇÕES NA GRAVIDEZ ................................................................... 5

2.1 Alterações anatômicas posturais .......................................................... 5

2.2 Alterações fisiológicas .......................................................................... 7

2.3 Alterações no aparelho locomotor provocadas pela gravidez .............. 8

2.4 Demais alterações no período gestacional........................................... 9

2.5 Alterações metabólicas mais apresentadas no período gestacional .. 10

3 ATIVIDADE FÍSICA E GRAVIDEZ ............................................................ 10

3.1 Definição de exercício físico e prescrição .......................................... 11

4 ORIENTAÇÕES PARA PRESCRIÇÃO DE TREINAMENTO FÍSICO PARA


GESTANTES............................................................................................................. 14

4.1 Exercícios físicos recomendados durante a gestação ....................... 16

4.2 Tipos de exercícios ............................................................................ 17

4.3 Exercícios aeróbicos .......................................................................... 18

4.4 Treino de resistência muscular ........................................................... 19

4.5 Alongamento muscular ....................................................................... 19

4.6 Treinamento dos músculos do assoalho pélvico ................................ 20

4.7 Intensidade dos exercícios ................................................................. 20

4.8 Frequência e duração......................................................................... 21

5 BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO NA GRAVIDEZ ........................................ 22

6 RISCOS E CONTRA INDICAÇÕES DE EXERCÍCIOS ............................ 23

6.1 Contraindicações ................................................................................ 23

6.2 Riscos para o feto .............................................................................. 24

7 FISIOTERAPIA E GRAVIDEZ................................................................... 25
2
7.1 Estímulo à deambulação e adoção de posturas verticais ................... 26

7.2 Exercícios respiratórios e relaxamento............................................... 28

7.3 Analgesia através de eletroestimulação (TENS) ................................ 29

7.4 Massagens ......................................................................................... 30

7.5 Banhos quentes e crioterapia ............................................................. 31

8 EXERCÍCIO FÍSICO E CONDIÇÕES ESPECIAIS NO PERIODO


GESTACIONAL ......................................................................................................... 31

8.1 Obesidade .......................................................................................... 32

8.2 Diabetes ............................................................................................. 32

8.3 Pré-eclâmpsia .................................................................................... 32

8.4 Hipertensão crônica............................................................................ 33

8.5 Atletas de alto nível ............................................................................ 33

9 PRECAUÇÕES E CUIDADOS.................................................................. 33

9.1 Temperatura ....................................................................................... 33

9.2 Hidratação .......................................................................................... 34

9.3 Nutrição .............................................................................................. 34

10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 35

11 BIBLIOGRAFIAS SUGERIDAS ............................................................. 39

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1 INTRODUÇÃO

Prezado aluno!

O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante


ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora
que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!

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2 ALTERAÇÕES NA GRAVIDEZ

2.1 Alterações anatômicas posturais

Fonte: www. educacaofisica.com.br

A gravidez é um evento resultante da fecundação do ovulo (ovócito) pelo


espermatozoide. Habitualmente, ocorre dentro do útero e é responsável pela geração
de um novo ser. A gestação é um fenômeno fisiológico e devido a isso, sua evolução
se dá, na maior parte dos casos, sem intercorrências.
O período gestacional humano compreende diversas mudanças corporais, no
qual a gestante sofre adaptações fisiológicas e anatômicas as quais são provocadas
por necessidades funcionais e metabólicas.
Ocorre bloqueios e desequilíbrios do corpo da gestante que podem ser fontes
de dores locais ou referidas ou provocar mecanismos, com consequente distúrbio do
sistema musculoesquelético, entre eles algias lombares, e em membros inferiores,
fadiga, parestesias e câimbras (na região posterior da perna, sugerindo que o
aumento da atividade deste grupo muscular para manutenção do equilíbrio corporal)
A dor é frequentemente unilateral, sendo agravada ao andar e aliviada no repouso.
Além destas alterações durante toda a gravidez, a gestante acumula um excesso de
8,5 litros de água. O excesso de 2,5 litros está mais provavelmente distribuído na

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substância básica do tecido conjuntivo, visível como edema depressível de tornozelo
em aproximadamente 40 a 50% das gestantes normais.
O sistema musculoesquelético é afetado durante o período gestacional devido
às alterações hormonais, bioquímicas e anatômicas, podendo gerar, entre outros
fatores, adaptações na marcha. Além disso, podem ocorrer alterações nas dimensões
dos pés da gestante como: aumento do comprimento, largura e volume, e a redução
da altura do arco plantar. Os maiores responsáveis por essas alterações são o
acúmulo de líquido, a frouxidão ligamentar e o ganho de massa corporal.
A orientação anterior do útero, que se expande dentro da cavidade abdominal
pelo crescimento ventral do feto, o ganho de peso, aumento do volume de sangue,
deslocam o centro de gravidade, o qual não cai mais entre os pés. A mulher precisa
se inclinar para trás para ter equilíbrio, resultando em aumento progressivo da lordose
lombar e rotação da pélvis sobre o fêmur (causando um esforço sobre a articulação
sacroilíaco e do quadril), deslocando o centro de gravidade de volta sobre a pélvis,
evitando uma queda para frente.
Para manter a linha de visão e também compensar a lordose lombar, inicia-se
uma série de modificações posturais. A estabilidade da gestante é obtida à custa de
uma carga aumentada sobre os músculos e os ligamentos da coluna vertebral e essa
pode ser uma das razões da dor lombar ser tão comum na gestação. Ocorre então as
alterações descritas abaixo:
A lordose cervical aumenta e desenvolve-se um posicionamento anteriorizado
da cabeça para compensar o alinhamento do ombro; A lordose lombar aumenta para
compensar a mudança no centro de gravidade e os joelhos se hiperestendem,
provavelmente pela mudança na linha da gravidade; Os ombros ficam arredondados
com protração escapular e rotação interna dos membros superiores em razão do
crescimento das mamas e posicionamento para cuidado do bebê após o parto; O peso
transfere-se para os calcanhares para trazer o centro de gravidade para uma posição
mais posterior.

Além das mudanças posturais e hemodinâmicas, ocorre também um


deslocamento superior do diafragma, alterando a percepção da respiração,
sendo uma das causas do relato de dispneia durante a gravidez, além do
volume minuto alterado e esforço respiratório aumentado. (AROEIRA, 2002
apud SOUZA, 2005).
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2.2 Alterações fisiológicas

Fonte: www.fisioterapiasemmisterios

O ciclo vital feminino é constituído por diversas fases que vão desde a infância
à velhice e, entre estas, a mulher desfruta o privilégio de poder guardar em seu ventre
uma vida, fase esta denominada de gravidez. Esse momento pode ser considerado o
mais rico de todos os episódios vivenciados por uma mulher, sendo um período de
mudanças físicas e psicológicas. As alterações fisiológicas ocorridas durante a
gravidez sejam elas sutis ou marcantes, estão entre as mais acentuadas que o corpo
humano pode sofrer, gerando medos, dúvidas, angústias, fantasias ou simplesmente
curiosidade em relação às transformações ocorridas no corpo.
Por volta da décima semana de gestação com o aumento da retenção
hidrossalina aumenta-se o volume plasmático. O aumento da volemia (quantidade em
ml de sangue por kg de peso do indivíduo) produz um aumento do fluxo cardíaco,
aumentando o volume de ejeção sistólica, e, especialmente a partir do sexto mês de
gravidez, ocorre um aumento da frequência cardíaca, em torno de 10 a 15 batimentos
por minuto, ocasionado pela queda da resistência periférica.

As alterações a nível físico, cognitivo e emocional, das expectativas sociais,


das relações interpessoais, das alterações familiares e profissionais e/ou até
mesmo do contexto residencial (institucionalização) são frequentes nesta
fase avançada de vida. Estas alterações necessitam de regulação, para que
se traduzam numa adaptação positiva a esta nova fase da vida (FONSECA,
2015 apud OLIVEIRA, 2016).
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Ocorre alterações no metabolismo da mulher grávida, ocorrendo ganho de
peso, em cerca de 5% a 10%, e aumento do volume de sangue em aproximadamente
um litro. Há maior necessidade calórica (300Kcal/dia), proteica, mineral e de vitaminas
nesta fase.
Os músculos abdominais são flácidos, e os músculos do dorso ficam
sobrecarregados para sustentar a coluna, quando isso acontece, as vértebras da parte
mais baixa da coluna são forçadas para uma posição antinatural e os discos existentes
entre elas ficam sujeitos à grande pressão. Eles podem deslizar e sair fora do lugar, o
que leva à intensas dores lombares.
Além disso, quando os músculos da parede abdominal são alongados, exigem
que os músculos das costas se encurtem, mantendo o equilíbrio, proporcionando um
afastamento das bordas posteriores das vértebras lombares, e descompressão das
raízes posteriores dos pares nervosos e o alívio quase sempre imediato, das
lombalgias. Pois os abdominais são responsáveis pela sustentação do útero,
impedindo que o crescimento deste se faça para frente, mais sim para cima, do
contrário provocaria um abaulamento exagerado do abdômen obrigando a pele a
acompanhá-lo, e isto acabaria por provocar um esgarçamento da hipoderme dando
origem às chamadas estrias gravídicas.

2.3 Alterações no aparelho locomotor provocadas pela gravidez

Fonte: fsmulher.wordpress.com
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Praticamente todas as mulheres grávidas experimentam algum desconforto
musculoesquelético durante a gravidez. Estima-se que cerca de 25% delas
apresentem ao menos sintomas temporários. As mulheres grávidas apresentam um
risco aumentado de queixas musculoesqueléticas, principalmente lombalgia.
A mudança do centro de gravidade, a rotação anterior da pelve, o aumento da
lordose lombar e o aumento da elasticidade ligamentar são os principais responsáveis
pelos sintomas.
Ao longo da gestação as mulheres acumulam líquidos e são retidos,
aproximadamente, seis litros e meio de fluidos. Outro mecanismo de predisposição ao
edema durante a gravidez é o gravitacional, consequente da pressão exercida sobre
os capilares dos membros inferiores e pela compressão da veia cava inferior pelo
útero gravídico. Ocorre também frouxidão ligamentar, que está relacionada à intensa
ação dos hormônios progesterona, estrógeno, cortisol e relaxina, que é o principal
fator do aumento de mobilidade articular. A relaxina é um polipeptídeo produzido pelo
corpo lúteo e atua diretamente sobre o tecido conectivo, estimulando a expressão da
colagenase e a síntese de colágeno. No período gestacional, sua atuação caracteriza-
se pelo aumento da mobilidade articular, principalmente na sínfise púbica.
O aumento do útero provoca algumas alterações no sistema
musculoesquelético durante a gestação, como abdômen protuso, marcha anserina,
hiperlordose lombar fisiológica da gestação, alteração do centro de gravidade,
aumento do peso corporal, distensão muscular abdominal, aumento da pressão e de
peso sobre a musculatura do assoalho pélvico e compressões nervosa.

2.4 Demais alterações no período gestacional

São várias as modificações anatômicas da mulher em seu período gestacional:


A parede abdominal é a primeira a sentir as modificações, deslocando o centro
de gravidade, sujeitando-a a lordose lombar, à medida que a barriga aumenta; A
cintura pélvica aumenta 60% sua mobilidade devido a relaxina; O quadril aumenta
também o seu tamanho para ampliar o espaço a abrigar o bebê; O diafragma é
comprimido devido ao maior volume uterino, dificultando assim a respiração;

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Estômago tem eixo alterado para a horizontal, dificultando a digestão e as glândulas
mamárias tem seu volume aumentado, solicitando mais músculos dosais e peitorais
para sustentação da mesma.

2.5 Alterações metabólicas mais apresentadas no período gestacional

Aumento da frequência cardíaca de 70/80 em média, devendo ser evitado


assim atividades que exceda a 140 batimentos por minuto (bpm); A gestante está
sempre cansada devido ao aumento de consumo de O2 (bebê) e a pressão sofrida
pelo diafragma; Aumento do débito cardíaco, pois parte deste é desviado para tecidos
não musculares, provocando taquicardia; A resistência periférica é diminuída;
Aumento do volume sanguíneo (30%) e plasmático (40%); Alterações no sistema
endócrino. A disfunção nos hormônios leva a alterações emocionais e de hábitos na
gestante.

3 ATIVIDADE FÍSICA E GRAVIDEZ

Fonte: www.petitebox.com.br

A atividade física proporciona benefícios à saúde da gestante, tais como:


melhora na circulação sanguínea, redução do edema, alívio dos desconfortos

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intestinais, diminuição das câimbras e facilita a recuperação no pós-parto. A prática
de exercício durante a gravidez evita o aumento de peso corporal, reduz o estresse
cardiovascular, estimula a boa postura, previne algias nas regiões da coluna vertebral,
o diabetes gestacional, melhora a imagem corporal e consequentemente o estado
psicológico, além de facilitar o tempo de desprendimento fetal em partos vaginais.

3.1 Definição de exercício físico e prescrição

A atividade física deve proporcionar a gestante uma agradável e segura,


respeitando a individualidade e, principalmente, obedecendo regras básicas de bom
senso. Precisa-se ter em mente o processo que acontece durante a gestação e que
provoca profundas alterações metabólicas e hormonais, modificando respostas às
atividades físicas.

Define-se atividade física como qualquer movimento corporal voluntário que


resulte em gasto energético acima do consumo basal em repouso, incluindo
as deslocações diárias, atividades domésticas, laborais e de lazer e exercício
físico ou desporto. (OMS, 2010 apud MADEIRA, 2018).

Por volta da 10ª semana gestacional inicia-se o aumento do volume plasmático,


provocada pela retenção hidrossalina. O aumento da volemia produz um aumento do
fluxo cardíaco, aumentando o volume de ejeção sistólica, e, especialmente a partir do
sexto mês de gravidez, ocorre um aumento da frequência cardíaca, em torno de 10 a
15 batimentos por minuto, ocasionado pela queda da resistência periférica.
A modificação corporal básica que ocorre na gravidez é o aumento uterino.
Até, por volta da 10ª semana, o útero ainda está restrito à cavidade pélvica, mas a
partir daí seu aumento se evidencia sobre a parede abdominal. Durante a gravidez
ocorre a expansão torácica, pelo relaxamento dos ligamentos intercostais e ascensão
do diafragma pelo crescimento uterino, que resulta no aumento da capacidade
inspiratória, no decorrer da gravidez, em até cerca de 300 ml.
As lesões ortopédicas, que ocorrem frequentemente durante a gravidez
podem ser devido ao hiper-relaxamento ligamentar, como também as modificações
no equilíbrio da mulher. Desse modo, a hiperlordose lombar aumenta particularmente
o risco de hérnia de disco.
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Os exercícios para gestante deveriam incluir a combinação de atividades
aeróbias envolvendo grandes grupamentos musculares e atividades que
desenvolvessem força de determinados músculos. Uma musculatura abdominal forte
ajuda no processo de expulsão da criança, durante o parto via vaginal. A força
muscular dos membros superiores é também muito importante para carregar o bebê,
que aumenta, cada vez mais, o seu peso.
Nas prescrições iniciais de exercício aeróbio devem ser incluídas, no mínimo,
três sessões semanais, com dias intercalados de exercício, cada uma com duração
de 30 a 45 minutos. A intensidade de exercícios deve manter uma média estável da
frequência cardíaca numa faixa de 130 a 150 batimentos por minuto. As adaptações
do organismo ao exercício aeróbio no adulto sadio incluem o aumento do volume de
ejeção sistólica e um aumento do debito cardíaco máximo. O objetivo desejado para
todas essas mudanças é que toda e qualquer intensidade de exercício constituam um
nível relativamente baixo de estresse no estado de condicionamento, o que seria
evidenciado facilmente por uma menor elevação da frequência cardíaca. No entanto,
na gestante, provavelmente não é o aumento das várias capacidades que constitui o
resultado desejado. Mais especificamente a manutenção do debito sistólico, a
capilarização muscular e a capacidade oxidativa da célula muscular para se contrapor
à diminuição dessas capacidades, devido à redução da atividade diária, regularmente
observada durante a gestação.

As classificações de gestações a partir da categoria risco têm a finalidade de


controlar os efeitos de morbimortalidade futura. Contudo, há dificuldades na
classificação e efeitos da assignação na maneira como as mulheres vivem
hoje a gravidez. (BERLIVET, 2001 apud, ROBLES,2015).

Uma questão importante para a mulher interessada em continuar um


programa de exercício após a concepção é quanto tempo deve esperar para iniciá-lo.
Devido ao grande estresse fisiológico e psicológico do parto e às mudanças
hormonais que a ele se seguem, geralmente recomenda-se que os exercícios intensos
não sejam realizados antes de doze semanas após o parto. Existem grandes
diferenças individuais, e as regras mais lógicas a serem seguidas é o desejo da mãe
em exercitar-se a sua percepção das respostas fisiológicas quando da retomada dos
exercícios.
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Mulheres que se exercitam antes de engravidar e que continuam a fazê-lo
durante a gravidez, tendem a ganhar menos peso e a ter seus bebês menores,
tolerando melhor a dor do parto.
São necessárias, para a prática do exercício físico, algumas recomendações:
Prescrição médica. Para qualquer atividade física com gestantes são
necessárias sempre as prescrições e avaliações médicas, sem isso o profissional
estará sujeito a correr riscos desnecessários. O médico deverá especificar as
atividades que a gestante não deve executar e a intensidade ideal para o trabalho;
Não objetivar o condicionamento físico, não aumentar a atividade física
de antes da gravidez: Não se deve ter como objetivo o aumento do condicionamento
físico, pois com a gestante ocorre exatamente o inverso: sua resistência inicial tende
a diminuir. O ideal é não aumentar a atividade física ou mantê-la desenvolvida como
antes de engravidar;
Realizar exercícios que não levem a fadiga: Realizar exercícios com duração
de no Máximo 30 minutos de atividade vigorosa, sempre entre 50% e 70% da
capacidade máxima da gestante. Durante a atividade física com as gestantes, o
cuidado para não a leva a exaustão é essencial e deve ser uma preocupação
constante do profissional;
Evitar o aumento na temperatura corporal: Para tal deve- se evitar lugares
muito quentes e água no máximo a 32 graus no inverno. Durante a atividade física, a
temperatura do corpo tende a subir. Se o ambiente ou a água estiverem muito quentes
poderá ocorrer na gestante uma hipertermia (excesso de calor). Além disso, deve-se
evitar roupas muito pesadas ou quentes. Ressalta-se que as diferenças ambientais e
climáticas também devem ser levadas em consideração, bem como a época do ano
(inverno ou verão);
Evitar a perda hídrica: Durante a atividade física a gestante deve consumir
uma quantidade maior de líquido (bebendo água antes, durante e após as atividades).
Evitar exercícios em gestantes que tenham riscos comprovados pelo obstetra
responsável. Por isso, a necessidade da prescrição médica já mencionada.
Parar as atividades assim que a gestante apresentar algum sintoma fora do
comum. A gestante deve ser orientada a respeitar seu próprio corpo e acatar a posição

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do médico com relação às atividades liberadas. Qualquer sintoma incomum ou fora
dos padrões normais deve ser imediatamente comunicado pela gestante ao
profissional que deve aconselhá-la a fazer essa comunicação imediatamente ao
médico.
Estar sempre controlando a frequência da gestante, através de equipamentos
específicos. Caso não possa contar com essa tecnologia, o profissional deve controlar
as gestantes pela tomada constante da frequência.

4 ORIENTAÇÕES PARA PRESCRIÇÃO DE TREINAMENTO FÍSICO PARA


GESTANTES

Fonte: www.fisiozeni.com.br

Para montar um programa de treinamento seguro e eficaz, é necessário


observar algumas orientações:
Prescrever exercícios leves e de forma regular, numa frequência de três e cinco
vezes por semana, de acordo com o histórico de atividades físicas da praticante;
Realizar um aquecimento orgânico geral de pelo menos dez minutos, para evitar
mudanças bruscas no estado do organismo, como elevação do batimento cardíaco de
forma repentina e alterações da pressão arterial; Evitar movimentos de balanço e que
contraiam de forma exagerada o abdome; Evitar todo e qualquer tipo de impacto sobre

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as articulações; Não realizar exercícios elevando o quadril e as pernas acima do nível
do peito, evitando dessa forma a movimentação brusca do sangue para a cabeça;
Controlar constantemente a frequência cardíaca, mantendo a mesma entre 50 % a
70% da máxima, para segurança da gestante e do bebê, evitando assim a falta de
oxigênio para o feto; Movimentos de deitar e levantar do chão devem ser feitos de
forma suave, evitando assim a hipotensão (queda brusca da pressão arterial);
Mulheres sedentárias deverão iniciar um programa com menor intensidade do que
mulheres acostumadas a realizar exercícios físicos; Qualquer sintoma anormal (dores
e desconfortos), parar imediatamente a atividade e comunicar o obstetra; Evitar
exercícios na posição supino, ou seja, de barriga para baixo; Abolir todo e qualquer
tipo de exercício que provoque apneia (prender a respiração); Adequar o consumo de
calorias para a gestação e para suportar o ritmo de treinamento sem afetar o bebê,
que está em formação. Para isso é aconselhado um auxílio de nutricionista a fim
garantir o consumo dos nutrientes essenciais; Evitar que a temperatura corporal da
gestante ultrapasse os 38ºC; Antes de iniciar um programa de atividade física,
consultar o obstetra para que o mesmo informe particularidades sobre a gestação e
exercícios contraindicados para o caso específico da gestante; Mulheres com
complicações na gravidez não devem praticar exercícios; Os exercícios físicos com
maiores índices de recomendações são: atividades aquáticas (hidroginástica),
alongamentos, reforço muscular geral e exercícios aeróbios de baixa intensidade e
sem impacto (pedalar na bicicleta horizontal, andar na esteira ou em superfícies
macias).
A prática regular de exercícios físicos durante a gravidez traz inúmeros
benefícios tanto para a praticante quanto para o feto, desde que efetuado com
profissionais competentes, habilitados, com experiência e executados com a máxima
segurança possível.

Diretrizes para a promoção de estilos de vida saudáveis têm sido


recomendadas por órgãos envolvidos com a saúde pública, destacando-se a
prática de atividade física regular em todo o ciclo vital (BRASIL, 2001 apud,
AFFONSO, 2017).

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4.1 Exercícios físicos recomendados durante a gestação

Ainda não existe um programa bem elaborado de exercícios físicos para as


mulheres em seu período gestacional.
No entanto, existem algumas complicações obstétricas que indica que o
exercício físico desenvolvido durante a gestação, tenha por características
intensidade regular e moderada, com o programa direcionado para o período
gestacional em que se encontra a mulher, com as atividades centradas nas condições
de saúde da gestante, na experiência em praticar exercícios físicos e na
demonstração de interesse e necessidade da mesma.
Alguns exercícios físicos vêm se sobressaindo durante o período gestacional,
como exercícios leves na água, caminhada e bicicleta, sendo a natação a mais
indicada para gestantes, pois além de proporcionar uma sensação de bem-estar,
também é um exercício de pouco impacto, devido a uma das propriedades da água
sobre o corpo, a flutuabilidade. Sendo assim, a água é benéfica para os joelhos e
geralmente é mais relaxante que outros tipos de exercícios, especialmente os
exercícios de força como a musculação. A natação reduz ainda a frequência de
edema. Para isso a temperatura ideal da água da piscina deve estar entre 28° e 30°C,
proporcionado assim um efeito termorregulador ao feto e a possibilidade de maior
estabilidade frente à elevação de temperatura e a subsequente diminuição do
suprimento de sangue.
Os exercícios de força e endurance muscular também são benéficos às
gestantes. Um dos principais benefícios deste tipo de treinamento é o auxílio na
manutenção da massa magra.
Na prescrição de outros exercícios, deve-se analisar todo o histórico da mulher
grávida e prescrever exercícios leves com cargas moderadas, de acordo com o ritmo
de cada uma, evitando sempre que o exercício a leve a fadiga e a exaustão.
Os exercícios na gestação só trarão benefícios se os profissionais da área
respeitarem a fisiologia e a individualidade biológica da mãe.
O estar grávida não é uma razão para começar um programa de exercício físico
já que ele precisa ser uma parte do estilo de vida de cada um. Mas a mulher sedentária
que engravida e sente a motivação para começar a realizar atividade física, deve ser
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adequadamente orientada para procurar atividades confortáveis, leves, que
promovam o prazer e que não tentem treinar como uma “atleta”.
Nesses casos o mais importante será manter o tônus muscular, a flexibilidade
e a postura, entre outros, mediante atividades como o caminhar, o pedalar na bicicleta
estacionária, a natação e a hidroginástica.
Já na atleta ou na mulher ativa que engravida as precauções e a supervisão
médica e obstétrica (igual na sedentária) devem ser reforçadas; podendo ela continuar
com seu programa de treinamento físico ou não, com ajustes progressivos na
intensidade, frequência e duração dessas atividades.
Os exercícios físicos prescritos de forma adequada, por profissionais
responsáveis e capacitados são muito benéficos à saúde da parturiente e do feto tanto
em aspectos fisiológicos como também psicológicos, porém é de fundamental
importância observar se não há complicações durante a gestação; o profissional
gabaritado deve trabalhar em conjunto com o médico da gestante, evitando assim
causar problemas com a prática irregular dos exercícios.

4.2 Tipos de exercícios

Fonte:www.scielo.br

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A gestante deve escolher uma atividade que melhor se adapte às suas
características e interesses para, com isso, aumentar a aderência ao exercício
escolhido em longo prazo. Sempre devem ser evitados exercícios que coloquem a
gestante ou o feto em risco, como atividades de alto impacto, com risco de queda ou
trauma abdominal e esportes de contato.

4.3 Exercícios aeróbicos

Entre as modalidades de exercício, os aeróbicos são os mais estudados. A


caminhada é o exercício mais frequente e o mais escolhido entre as gestantes. O
objetivo do exercício aeróbico durante a gestação é manter a capacidade
cardiorrespiratória e o condicionamento físico ao longo do processo, além de auxiliar
na prevenção e no controle do DG, da hipertensão gestacional e do ganho de peso
materno.

Estudiosos demonstram que grávidas ativas ou sedentárias, ao manterem


uma rotina de exercícios, têm seu peso controlado, se sentem melhor, tanto
física quanto psicologicamente, além de proporcionar ganho de peso para o
feto (BRASIL, 2001, apud BATISTA, 2003).

Deve incluir atividades que envolvam grandes grupos musculares, como


caminhada ou corrida leve (trote), bicicleta estacionária, natação, hidroginástica,
dança ou ginástica aeróbica de baixo impacto.
Gestantes sem complicações clínicas ou obstétricas submetidas a exercício
físico aeróbico em esteira até a fadiga não apresentaram alterações das repercussões
fetais ao estudo da dopplervelocimetria após o exercício.
Esses resultados indicam que em gestantes sem complicações clínicas ou
obstétricas o feto saudável é capaz de desenvolver mecanismos compensatórios e
não entrar em sofrimento após o exercício, o que permite a homeostase das trocas
gasosas e impedem efeitos deletérios da hipóxia fetal, mesmo durante a atividade
física moderada a intensa em gestantes previamente sedentárias.

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4.4 Treino de resistência muscular

O possível benefício do fortalecimento muscular é a manutenção do


condicionamento muscular ou o aumento de força muscular global, permitindo melhor
adaptação do organismo materno às alterações posturais provenientes da evolução
gestacional e contribuindo para a prevenção de traumas e quedas, bem como para a
prevenção e o tratamento de desconfortos musculoesqueléticos.
O fortalecimento deve priorizar a musculatura paravertebral lombar, a cintura
escapular e, preferencialmente, envolver grandes grupos musculares. Deve-se
preferir, como critério de escolha, utilizar o próprio peso corporal e faixas elásticas no
lugar de aparelhos de musculação ou pesos livres.
Deve-se também evitar cargas elevadas, exercícios isométricos intensos
repetidos e posturas que coloquem a gestante em risco, principalmente aquelas que
possam afetar seu equilíbrio. Os exercícios de resistência muscular devem ser
adaptados com muito cuidado a cada período gestacional.
Alguns exemplos de exercícios de resistência muscular que as gestantes
podem realizar são: Yoga, Pilates, musculação com cargas leves, treinamento
funcional e treino com circuito. Vale ressaltar que existem pouquíssimos estudos
avaliando algumas das práticas citadas acima, como o Pilates e o treinamento
funcional, no entanto, levando-se em conta todos os cuidados recomendados para o
período e uma prática supervisionada por profissional capacitado muitos deles
poderão ser bem adaptados para os interesses da gestante.

4.5 Alongamento muscular

O alongamento muscular é parte fundamental do programa de exercício,


permitindo melhorar a flexibilidade e o relaxamento muscular, e ajudando na
adaptação postural e na prevenção de dores de origem musculoesqueléticas. Deve
ser complementar ao exercício aeróbico e ao treinamento de resistência. Técnicas de
alongamento muscular, como o Yoga, comprovadamente diminuem as queixas de dor
pélvica posterior e de dor lombar durante a gestação.

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Diante do aumento nos níveis de relaxina e da progesterona durante a
gestação, devem-se evitar alongamentos extremos para prevenir lesões ligamentares
e articulares.

4.6 Treinamento dos músculos do assoalho pélvico

Existe evidência científica de que o treinamento dos músculos do assoalho


pélvico (TMAP) durante a gestação diminui o risco de incontinência urinária no pós-
parto. A gravidez é um momento oportuno para introduzir a prática de exercícios
perineais na vida da mulher. Não há contraindicações para sua prática durante e após
a gestação, devendo exercícios desse tipo ser recomendados sistematicamente para
todas as gestantes.
A gestante deve realizar o TMAP com contrações sustentadas, ou seja, contrair
e manter durante cinco a dez segundos, e contrações rápidas (contrair e relaxar) em
diferentes posturas. Como sugestão, deve realizar diariamente duas séries de oito
contrações sustentadas por cinco segundos e duas séries de dez contrações rápidas.

4.7 Intensidade dos exercícios

A intensidade do exercício deve ser medida preferencialmente pela frequência


cardíaca ou pela sensação subjetiva de esforço (Escala de Borg). Assim recomenda-
se que o exercício seja realizado de acordo com os seguintes critérios: 60 a 80% da
FC máxima, calculada pela fórmula FCmáx=220-idade.

20
Fonte: www.praticacademia.com.br

Outra opção mais simples é o Talk-test, em que a gestante é orientada a


observar sua habilidade em manter uma conversa durante o exercício físico, o que
assegura que este está sendo realizado em intensidade leve a moderada, prevenindo-
se o esforço físico excessivo.
Recentemente, alguns autores questionaram tais medidas, principalmente a
intensidade medida pela frequência máxima, visto ser essa uma medida indireta, que
não leva em conta o nível de condicionamento físico e as características de cada
gestante.

4.8 Frequência e duração

Mulheres ativas podem manter ou adaptar sua rotina de exercícios entre quatro
e cinco vezes na semana em sessões de 30 minutos ou mais de exercícios. Mulheres
previamente sedentárias devem começar com 15 minutos de exercício aeróbico três
vezes por semana e aumentar gradativamente o tempo de exercícios. Por exemplo,
acrescentar cinco minutos por semana até o recomendado de 150 minutos de
exercício aeróbico por semana ou 30 minutos de exercício cinco vezes na semana.
Devem ser evitados exercícios por períodos prolongados, por exemplo, além de 60
minutos contínuos.

21
Vale lembrar que o ideal é a combinação de exercícios aeróbicos, de
resistência e o alongamento muscular. Logo, uma ou duas sessões de exercício
aeróbico na semana podem ser substituídas pelo treino de resistência muscular em
dias não consecutivos.

5 BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO NA GRAVIDEZ

As mulheres sedentárias apresentam um considerável declínio do


condicionamento físico durante a gravidez. Além disto, a falta de atividade física
regular é um dos fatores associados a uma susceptibilidade maior a doenças durante
e após a gestação. Há um consenso geral na literatura científica de que a manutenção
de exercícios de intensidade moderada durante uma gravidez não complicada
proporciona inúmeros benefícios para a saúde da mulher.

O exercício físico ajuda a reduzir o inchaço, melhorar a circulação sanguínea,


amplia o equilíbrio muscular, alivio nos desconfortos intestinais (incluindo a
obstipação), diminui câimbras nas pernas, fortalece a musculatura abdominal
e facilita na recuperação pós-parto (HARTMANN, 1999 apud RODRIGUES,
2008).

Apesar de ainda existirem poucos estudos nesta área, exercícios resistidos de


intensidade leve a moderada podem promover melhora na resistência e flexibilidade
muscular, sem aumento no risco de lesões, complicações na gestação ou relativas ao
peso do feto ao nascer. Consequentemente, a mulher passa a suportar melhor o
aumento de peso e atenua as alterações posturais decorrentes desse período.
A atividade física aeróbia auxilia de forma significativa no controle do peso e na
manutenção do condicionamento, além de reduzir riscos de diabetes gestacional,
condição que afeta cinco% das gestantes.
A ativação dos grandes grupos musculares propicia uma melhor utilização da
glicose e aumenta simultaneamente a sensibilidade à insulina. Os estudos também
mostram que a manutenção da prática regular de exercícios físicos ou esportes
apresentam fatores protetores sobre a saúde mental e emocional da mulher durante
e depois da gravidez. Além disso, existem dados sugestivos de que a prática de
exercício físico durante a gravidez exerce proteção contra a depressão puerperal.
22
Os exercícios auxiliam principalmente durante o parto, contribuindo de várias
maneiras:
Melhora na circulação sanguínea; Ampliação do equilíbrio muscular; Redução
do edema; alivio nos desconfortos intestinais; Diminuição de câimbras nos membros
inferiores; Fortalecimento da musculatura abdominal, e Facilidade na recuperação
pós-parto.

6 RISCOS E CONTRA INDICAÇÕES DE EXERCÍCIOS

Fonte: www. tuasaude.com.br

Durante o período de amamentação, desde que a ingesta calórica e hídrica da


mãe se mantenha normalmente, os exercícios leves a moderados não afetam a
quantidade ou a composição do leite, e por isso não exercem qualquer impacto sobre
o crescimento do lactente.

6.1 Contraindicações

O exercício regular é contraindicado em mulheres com as seguintes


complicações:

23
Contraindicações absolutas: Doença miocárdica descompensada;
Insuficiência cardíaca congestiva; Tromboflebite; Embolia pulmonar recente; Doença
infecciosa aguda; Risco de parto prematuro; Sangramento uterino; Isoimunização
grave; Doença hipertensiva descompensada; Suspeita de estresse fetal; Paciente
sem acompanhamento pré-natal.
Contraindicações relativas: Hipertensão essencial Anemia Doenças
tireoidianas Diabetes mellitus descompensado Obesidade mórbida Histórico de
sedentarismo extremo.
Prescrição dos exercícios: Todas as mulheres que não apresentam
contraindicações devem ser incentivadas a realizar atividades aeróbias, de resistência
muscular e alongamento. O profissional deve escolher atividades que apresentem
pouco risco de perda de equilíbrio e de traumas. O trauma direto ao feto é raro, mas
é prudente evitar esportes de contato ou com alto risco de colisão. Deve-se tomar o
cuidado de não se exercitar vigorosamente em climas muito quentes e de prover a
hidratação adequada, de modo a não prejudicar a termorregulação da mãe.
Algumas recomendações: Em atletas é possível exercitar-se em intensidade
mais alta com segurança; os exercícios resistidos também devem ser moderados;
Evitar as contrações isométricas máximas; evitar exercícios na posição supina; evitar
exercícios em ambientes quentes e piscinas muito aquecidas; desde que se consuma
uma quantidade adequada de calorias, exercício e amamentação são compatíveis;
interromper imediatamente a prática esportiva se surgirem sintomas como dor
abdominal, cólicas, sangramento vaginal, tontura, náusea ou vômito, palpitações e
distúrbios visuais; não existe nenhum tipo específico de exercício que deva ser
recomendado durante a gravidez.
A grávida que já se exercita deve manter a prática da mesma atividade física
que executava antes da gravidez, desde que os cuidados acima sejam respeitados.

6.2 Riscos para o feto

A prática de exercícios acarreta riscos potenciais para o feto em situações em


que a intensidade do exercício seja muito alta, criando um estado de hipóxia para o

24
feto, em situações em que haja risco de trauma abdominal e em situações de
hipertermia da gestante. Esses fatores podem gerar estresse fetal, restrição de
crescimento intrauterino e prematuridade.

7 FISIOTERAPIA E GRAVIDEZ

Fonte: www.fisionagestacao.com.br

A assistência profissional atual ao processo parturitivo é muitas vezes


organizada em função das necessidades das instituições e não das parturientes, e por
isso vem exigindo atitudes e procedimentos que priorizem a qualidade da atenção
prestada, ultrapassando o modelo de atenção centrado apenas no monitoramento e
controle de risco, em favor de procedimentos preventivos em direção a saúde.
Se o processo de gestar e parir for percebido como um evento biopsicossocial,
a escolha de procedimentos que permitam a participação ativa da mulher, pode
facilitar a promoção da saúde, a proteção ao nascimento e tornar esta experiência
muito satisfatória para a mulher.

25
A presença do fisioterapeuta no acompanhamento do trabalho de parto não é
uma prática estabelecida na nossa sociedade e nem incluída no sistema de saúde.
Porém, este profissional tem a importante função de orientar e conscientizar a mulher
para que ela desenvolva toda a sua potencialidade, que será exigida neste momento,
tornando-a segura e confiante.

Alguns trabalhos descrevem técnicas fisioterapêuticas que podem ser


aplicadas à parturiente de baixo risco para proporcionar conforto, alivio da
dor, relaxamento e confiança em relação ao próprio corpo. Estímulo à
deambulação, adoção de posturas verticais, exercícios respiratórios,
analgesia através da neuroeletroestimulação transcutânea (TENS),
massagens, banhos quentes, crioterapia e relaxamento, são exemplos
dessas técnicas. (ENRIN, 2005 apud, NUNES, 2007).

A dor no trabalho de parto e parto é um importante obstáculo que pode ser


encarado e vivenciado de forma positiva pela mulher e por seus familiares. Para isto,
ela necessita estar preparada e consciente da necessidade de manter-se calma e
relaxada durante todo o trabalho de parto. A utilização de métodos, que permitam
vencer de maneira natural a dor, é aconselhada por muitos pesquisadores, que são
unânimes em apontar os efeitos danosos que os medicamentos analgésicos e
anestésicos podem causar à mãe e ao feto durante o processo de parturição 5,6.
A intervenção fisioterapêutica na assistência obstétrica de baixo risco, como
parte da rotina da equipe, valoriza a responsabilidade da gestante no processo, por
meio do uso ativo do próprio corpo. A mobilidade corporal durante o processo de
parturição, envolve interação de fatores fisiológicos, psicológicos, culturais e,
principalmente, o apoio e a orientação da equipe obstétrica. A ação do fisioterapeuta
é um fator estimulante para que a mulher se conscientize de que seu corpo ativo pode
ser uma ferramenta para facilitar o processo do trabalho de parto e trazer-lhe
satisfação com a experiência do nascimento

7.1 Estímulo à deambulação e adoção de posturas verticais

O movimento de caminhar associado à ação da gravidade, e o aumento do


canal de parto, este último proporcionado pela posição de cócoras, são considerados
os principais motivos de benefícios da postura ativa da mulher durante o trabalho de

26
parto, pois estão ligados principalmente à menor duração do período de dilatação,
expulsivo e melhor dinâmica da contratilidade uterina. Além disso, favorecem a
diminuição do uso de analgesia em mulheres que utilizaram as posturas verticais no
primeiro e no segundo estágios do trabalho de parto.
Na posição vertical há menos irregularidade na contratilidade uterina em sua
forma e ritmo, podendo ser consequência da melhor irrigação sanguínea do útero
nesta posição, além de prevenir a oclusão da aorta e da veia cava, consequência da
postura em decúbito dorsal, assegurando assim o intercâmbio materno-fetal e
diminuindo o risco de sofrimento fetal, mesmo num período expulsivo prolongado.
Outras posturas também podem ser estimuladas e auxiliadas pelo
fisioterapeuta, tais como: ajoelhada, sentada, quatro apoios, sentada em cadeiras
especiais, inclinada para frente apoiada em uma parede, segurando-se a uma corda
presa ao teto ou a uma barra, posição de Simms (decúbito lateral esquerdo) ou
cócoras sustentadas, para que assim haja maior relaxamento, principalmente da
musculatura dorsal, do assoalho pélvico e do canal vaginal.
A bola suíça também pode ser usada como recurso pelo fisioterapeuta durante
o primeiro estágio do trabalho de parto, com a finalidade de melhorar a percepção da
tensão e do relaxamento do assoalho pélvico da gestante, através da realização de
movimentos associados à respiração, promovendo desta forma, inclusive, o
relaxamento global da mulher. O uso da bola suíça por parturientes é um recurso a
mais a ser incentivado pelos profissionais de saúde, por tratar-se de outra opção de
conforto para a promoção da posição vertical durante o trabalho de parto.
Habitualmente a postura de cócoras não nos é solicitada e o fortalecimento do
assoalho pélvico não é rotina na nossa sociedade. Em vista disso, a atuação
fisioterapêutica é primordial para as parturientes que optarem por este tipo de parto,
pois através de exercícios perineais elas podem trabalhar esta musculatura a fim de
prevenirem rupturas perineais.

27
7.2 Exercícios respiratórios e relaxamento

A respiração tem importância fundamental durante o trabalho de parto e no


parto, por promover o relaxamento, obter concentração, diminuir riscos de trauma
perineal no momento expulsivo e melhorar a oxigenação sanguínea da mãe e do feto.
Para alguns autores, não existe técnica respiratória ideal a ser recomendada
durante o trabalho de parto. O que deve ser estimulado pelo fisioterapeuta, desde o
pré-natal, é o uso adequado dos músculos respiratórios, através da respiração
espontânea, diafragmática, natural e leve, para que no momento do parto a mulher já
esteja conscientizada e consiga desviar a atenção das dores e beneficie a sua
oxigenação e a do bebê.
A respiração torácica ampla durante as contrações, também é recomendada,
pois alivia a pressão do diafragma na parturiente sobre o fundo uterino, mantendo a
oxigenação sanguínea.

Caminhadas ajudam a melhorar a circulação do sangue, aumentar a


disposição e a sensação de bem-estar. Se não houver contraindicação, deve
ser mantida do início ao fim da gravidez. (BRASIL,2014 apud, AFFONSO,
2017).

Por muito tempo, a respiração rápida e superficial, conhecida como


cachorrinho, foi estimulada, mas atualmente a técnica foi abandonada, pois leva a um
rápido aumento da taxa respiratória e uma redução da profundidade interferindo na
fisiologia da respiração e nas trocas gasosas, podendo levar à hipocapnia, resultando
em alcalose respiratória que tem como sinais e sintomas: tonturas, entorpecimento,
parestesia e espasmo muscular, tensão, exaustão e ansiedade. Além de reduzir o
fluxo de sangue, e consequentemente, o volume de oxigênio disponível tanto para a
mãe quanto para o feto.
Já a respiração rápida e superficial, é indicada estritamente nos casos de
períodos expulsivos muito rápidos, em que se pretende proteger o períneo do
alongamento súbito e facilitar um desprendimento suave e relaxado da cabeça fetal.
Os esforços expulsivos seriam intercalados por períodos de respiração ofegante,
dando assim aos tecidos, tempo para relaxar, se adaptar e distender sob pressão.

28
Durante o período expulsivo a utilização da respiração também é fundamental,
pois se sabe que os puxos (esforços expulsivos), realizados através da prensa
abdominal, se somam às contrações uterinas. Quando os puxos são espontâneos ou
involuntários, a parturiente, a cada contração, consegue realizar um maior número de
esforços que por serem de curta duração não produzem grande impacto
cardiovascular. Já quando os puxos são dirigidos, a parturiente acaba realizando a
Manobra de Valsalva (aumento da pressão intra-abdominal por bloqueio da expiração
e contração de abdominais) por maior período de tempo, o que por sua vez gera um
grande impacto na oxigenação sanguínea e no sistema cardiovascular, prejudicando
o binômio mãe-bebê.
A média de tempo dos puxos espontâneos e dirigidos é de quatro a seis
segundos e dez a trinta segundos, respectivamente. Para os puxos espontâneos, a
média de pH existente na artéria umbilical é estatisticamente superior à encontrada
no parto por puxos dirigidos, sendo que a exaustão e a fadiga materna também são
mais comumente encontradas em mulheres que realizaram os puxos dirigidos.
Além dos efeitos sobre a oxigenação sanguínea, o descontrole de forças,
consequência dos puxos dirigidos e da Manobra de Valsalva durante o período
expulsivo, não permite que haja o relaxamento da musculatura perineal e sua
distensão gradual, levando ao aumento do risco de laceração perineal.

7.3 Analgesia através de eletroestimulação (TENS)

A Neuroeletroestimulação Transcutânea (TENS), é outro método não-


farmacológico para alívio da dor utilizado por fisioterapeutas em obstetrícia.
O TENS produz analgesia através da ativação de receptores sensoriais
periféricos, atuando através do fenômeno das comportas de dor, aumentando a
produção de endorfinas.
Dentre as várias opções existentes para controle da dor durante o trabalho de
parto, o TENS aparece como um recurso interessante, além de ser fácil de usar
podendo ser interrompido rapidamente se necessário.

29
Parece haver concordância na literatura quanto à disposição dos eletrodos do
TENS durante a fase de dilatação, sendo que um par de eletrodos deve ser colocado
sobre a região paravertebral entre T8 a L1 e o segundo par na região sacral S1/S4;
correspondendo respectivamente, aos receptores nociceptivos associados ao
primeiro e ao segundo estágio do trabalho de parto, sendo que os parâmetros
dependem do estágio do trabalho de parto e da sensibilidade da parturiente. Acredita-
se que entre as contrações os parâmetros de frequência e intensidade devem ser
diminuídos e aumentados durante as contrações.
Existe a preocupação de que os eletrodos dispostos desta maneira e em alta
intensidade pudessem, teoricamente, interferir na função cardíaca fetal, além da
possibilidade de interferir também no próprio equipamento de monitoramento fetal.
Porém não existem evidências cientificas a respeito dessas possibilidades.

7.4 Massagens

A massagem sempre foi um dos meios mais naturais e instintivos de aliviar a


dor e o desconforto, pois reduz a ansiedade e o estresse, promove relaxamento
muscular, diminuição da fadiga muscular, tem ação sedativa e analgésica, traz
aumento da consciência corporal, produz benefícios emocionais e equilíbrio entre
sistema simpático e parassimpático. Apesar de não existir um consenso relacionando
riscos e benefícios da massagem durante o trabalho de parto, na prática, observa-se
que essa técnica tranquiliza a parturiente, aliviando a dor e a ansiedade, e conduzindo
de maneira satisfatória o trabalho de parto.
A massagem durante o trabalho de parto pode ser realizada em todo o corpo
desde que a parturiente se sinta confortável para recebê-la. Há várias formas de se
massagear a parturiente: massagem do tecido conjuntivo nas zonas reflexas do baixo
ventre e na região sacral; massagem leve e suave realizada com as mãos abertas de
um lado ao outro na região do baixo ventre; massagem através de batidas leves com
os dedos no baixo ventre de um lado para o outro; deslizamento da região
sacrococcígea até as cristas ilíacas; massagem profunda sobre a região sacral;

30
massagem com as duas mãos sobre as articulações sacro-ilíacas, no sentido
longitudinal do occipital até o cóccix, paralelamente à coluna vertebral.

7.5 Banhos quentes e crioterapia

Durante o trabalho de parto, a água morna reduz a sensibilidade dolorosa da


parturiente com redução da atividade simpática através da modificação da
transmissão aferente nociceptiva, a qual se torna mais lenta e eleva os níveis de
endorfinas endógenas. A água alivia a dor lombar, queixa presente em um terço das
parturientes no primeiro estágio do parto, geralmente em consequência da
apresentação posterior da cabeça do feto, provavelmente devido à demora na rotação
do polo cefálico.
O uso do gelo é uma das mais antigas formas de analgesia por diminuir a via
nervosa aferente nociceptiva por redução metabólica e isquemia, em função da
intensa vasoconstrição. Além dos banhos quentes, as parturientes podem usar
compressas frias para reduzir a temperatura e a dor. Aplicando-se de forma correta
para evitar a formação de queimaduras, a crioterapia é uma técnica inócua e
reconfortante.

8 EXERCÍCIO FÍSICO E CONDIÇÕES ESPECIAIS NO PERIODO GESTACIONAL

Fonte: www.pilatear.com.br
31
8.1 Obesidade

Estudos mostraram que mudanças no estilo de vida, incluindo orientações


sobre ganho de peso adequado, dieta e exercícios físicos em intensidade leve a
moderada, podem e devem ser prescritos para gestantes com sobrepeso e obesidade
com segurança, levando a resultados maternos e fetais favoráveis.

8.2 Diabetes

O exercício físico é reconhecidamente parte do tratamento de diabéticos por


aumentar a sensibilidade tecidual à insulina, melhorando o controle glicêmico. O
exercício físico se associa à prevenção do diabetes e melhor controle glicêmico em
todos os trimestres. Recomenda-se que gestantes com diabetes controlada realizem
exercícios físicos aeróbicos e de resistência muscular para ajudar no controle
glicêmico.
Alguns cuidados devem ser tomados nesse caso, como fazer um adequado
controle glicêmico capilar antes a após o exercício, ter um carboidrato de rápida
absorção disponível no caso de hipoglicemia durante o exercício, evitar exercício no
pico insulínico e realizar o exercício após as refeições, quando há maior
disponibilidade de glicose circulante.

8.3 Pré-eclâmpsia

Gestantes com diagnóstico ou suspeita de pré-eclâmpsia devem evitar a prática


de exercício físico, visto que o exercício aumenta ainda mais a pressão arterial e reduz
o fluxo uteroplacentário que já está deficiente. Em gestante de baixo risco, alguns
estudos observacionais sugerem que a prática regular de exercício antes e no início
da gestação está associada à diminuição do risco de desenvolvimento de pré-
eclâmpsia.

32
8.4 Hipertensão crônica

Para gestantes com hipertensão arterial crônica com controle pré-natal e


pressórico adequados, a prática de exercício físico pode ser indicada, desde que
supervisionada e monitorada. Atividades físicas de intensidade leve, como
caminhada, bicicleta estacionária e alongamentos, são recomendadas.
Sabe-se que a atividade cardiovascular durante a gestação se eleva
comparada ao período não gestacional. No entanto, com a prática regular de
exercícios físicos, reduz-se esse estresse cardiovascular, o que se reflete,
especialmente, em frequências cardíacas mais baixas, maior volume sanguíneo em
circulação, maior capacidade de oxigenação, menor pressão arterial, prevenção de
tromboses e varizes e redução do risco de diabetes gestacional.

Assim como hipertensão e a obesidade, a DMG Também é reconhecida como


fator de risco para a prematuridade, aborto e complicações na saúde do bebê
e da mãe. (CHISTÓFALO, 2010, apud, AFFONSO, 2017).

8.5 Atletas de alto nível

No caso de a gestação ocorrer em atletas de alto rendimento (profissionais e/ou


amadoras), a recomendação do exercício físico deve ser individualizada e adaptada.
A prática de certos esportes que exponham a gestante ou o feto a qualquer risco deve
ser interrompida ou desestimulada.
Em geral, mulheres com essas características conseguem manter atividades
em intensidade de moderada a intensa até o segundo trimestre e precisam diminuir
no terceiro trimestre, e devem ter monitoração médica mais frequente.

9 PRECAUÇÕES E CUIDADOS

9.1 Temperatura

A termo regulação altera-se durante a gestação. Embora não haja evidências


de que a prática de exercício seja suficiente para causar hipertermia considerável,

33
muito temida por seus possíveis teratogênicos, alguns cuidados devem ser tomados,
como hidratação adequada e permanente, e evitar a prática de exercícios em
temperaturas altas ou extremas.
É preferível sempre exercitar-se no início da manhã e/ou no final da tarde, e
evitar exercitar-se ao ar livre quando a umidade do ar estiver muito baixa.
Desestimula-se exercitar-se em ambientes fechados e sem ventilação, e, no caso de
exercícios aquáticos, como hidroginástica, a temperatura da água não deverá passar
de 35ºC.

9.2 Hidratação

A gestante deve ter cuidado extra com a hidratação durante a prática de


exercício, mantendo-a adequada antes, durante e após a prática de exercícios.

9.3 Nutrição

Diante do aumento do gasto calórico na gravidez e com o exercício, a mulher


deve consumir calorias suficientes para garantir uma nutrição adequada durante sua
prática. Muitas vezes, é difícil estabelecer uma duração máxima de exercício, pois
dependerá do tipo, das condições de preparo individual prévio, da relação entre
intensidade e duração.
Sabe-se que tempo superior a 50 minutos de exercícios poderá levar à
hipoglicemia e ser prejudicial ao feto. Recomenda-se a realização de uma refeição
leve entre 30 e 60 minutos antes do exercício.
Quanto aos sinais e sintomas de alerta para interromper a prática de exercício
físico, a gestante deve ser orientada sobre os sinais e sintomas para a interrupção
dos exercícios. No caso da apresentação desses, a gestante deve ser orientada a
procurar um serviço de saúde e retornar somente após consulta médica.

34
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