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Demografia - Barbara
Demografia - Barbara
DEMOGRAFIA
Caderno de Apoio
Universidade Aberta
2007
Copyright © UNIVERSIDADE ABERTA – 2007
Palácio Ceia • Rua da Escola Politécnica, 147
1269-001 Lisboa
ISBN: 978-972-674-356-9
DEMOGRAFIA
9 Livro Adoptado
9 Pressupostos e finalidades do Caderno de Apoio/ Objectivos do Curso
15 Contexto e Justificação
17 Plano de avaliação
3
IV. Fontes e Testes à Qualidade dos Dados
4
135 Glossário
149 Anexos
5
Apresentação do Caderno de Apoio
Livro adoptado
9
• Interpretar os dados referidos, recorrendo à conciliação das
abordagens qualitativas e quantitativas, através da intersecção com
as estruturas e práticas sociais mais alargadas.
10
Programa da disciplina/Plano do curso e capítulos no livro
adoptado
a) Identificação do Capítulo;
Introdução
A Demografia histórica
As políticas demográficas
A Ecologia Humana
Introdução
Introdução
12
2. (3.2.) As estruturas demográficas
As pirâmides de idades
As relações de masculinidade
O envelhecimento demográfico
Introdução
Os Recenseamentos da população
O Índice de Irregularidade
A equação de Concordância
Introdução
13
4. (5.4.) Princípios de Análise em Transversal
Introdução
Introdução
14
VIII. Análise dos Movimentos Migratórios
Introdução
A equação de concordância
Contexto e Justificação
15
diversas ciências sociais, tendo todas o homem como objecto de estudo. Nesta
óptica, a Demografia não difere das outras ciências sociais. O seu objecto de
estudo também é o comportamento do homem em sociedade e também
necessita das informações das outras ciências sociais.
Numa primeira análise, a Demografia aparece-nos como uma resposta
científica a um conjunto de questões relacionadas com a descrição da
população humana. Para além disso, a Demografia estuda aspectos
relacionados com o ordenamento espacial da população, a alteração de
estruturas familiares, as consequências do envelhecimento demográfico no
futuro da segurança social, a composição da população activa, as necessidades
e a localização de equipamentos sociais. A Demografia contribui também
para a resolução de algumas questões importantes noutras áreas científicas.
Temos, por exemplo, o planeamento dos recursos humanos, a questão
ambiental, a saúde pública e as projecções demográficas.
A procura de um grande rigor na medição dos fenómenos demográficos
desenvolveu um vasto número de métodos e técnicas de análise, próprios da
ciência demográfica, o que veio reforçar ainda mais a construção do objecto
de estudo da Demografia.
A Demografia enquanto estudo de população está associada a um conjunto
de aspectos relacionados com a população humana e, naturalmente, nos
aspectos que dizem respeito à sua saúde. Como qualquer fenómeno social, o
estudo da Demografia é de grande complexidade estando associado com
múltiplos fenómenos que vão desde a saúde, à política, à cultura, aos aspectos
económicos, educação, etc.
A Demografia, enquanto ciência que tem por objecto de estudo a população
humana, assume assim, naturalmente, um papel fundamental nas ciências
sociais.
O fenómeno demográfico pode ser ilustrado da seguinte forma:
Variáveis “comportamentais” Variáveis de “estado”
Natalidade/fecundidade à
(nados-vivos)
Æ
Dinâmica Evolução da
Mobilidade populacional Æ
migratória estrutura etária
(migrações)
16
Destas cinco variáveis demográficas, duas tratam do estado (volumes e
estrutura etária) e as outras três referem-se aos comportamentos que influem
directa-mente sobre as alterações observadas no “estado” da população
(mortalidade, natalidade/ fecundidade, mobilidade populacional).
Plano de avaliação
17
I. A Ciência da População: a Progressiva Maturação
da Complexidade do seu Objecto de Estudo
Objectivos do capítulo
Objectivos de aprendizagem
21
Conteúdos programáticos e clarificação de tópicos mais complexos
22
Introdução
Nesta unidade iremos ver quem foram e o que disseram os homens que
transformaram em ciência a Demografia, qual é realmente o objecto de estudo
da Demografia, quais são as grandes teorias e os grandes problemas da
Demografia contemporânea e porque é que a Demografia é simultaneamente
una e diversa e quais as grandes divisões da Demografia actual.
23
populacionistas. Este populacionismo permitiu acelerar o processo que irá
conduzir ao aparecimento da Demografia como ciência.
24
Teorias Demográficas
O Malthusianismo
25
Quanto ao terceiro eixo – os remédios, Malthus não hesita em afirmar que o
único obstáculo que não prejudica nem a felicidade moral, nem a felicidade
material é a obrigação moral.
26
Segundo a teoria da transição demográfica todos os países já passaram ou
terão de passar por quatro fases de evolução:
27
Em sentido geral, uma população pode ser encarada como um conjunto de
indivíduos ou de unidades que podem ser de natureza muito diversa. Numa
perspectiva demográfica, as populações humanas são consideradas com
características específicas, num espaço limitado e com um certo significado
social.
Os primeiros demógrafos
28
de vista quantitativo” (Henry, L. Dictionaire demographique multilingue,
1981).
29
Em Poulalion (1984) encontramos a definição: “a ciência da população estuda
as colectividades humanas enquanto tal; não considera apenas o aspecto
estático e mensurável (Demografia quantitativa) mas também o aspecto causal
e relacional (Demografia qualitativa)”.
Em quarto lugar, a Demografia também se ocupa dos efeitos que cada uma
das variáveis microdemográficas tem nos aspectos globais e estruturais da
população, bem como o inverso (por exemplo, até que ponto um aumento da
natalidade modifica estruturalmente a população ou em que medida uma
mudança estrutural da população se reflecte na modificação da evolução da
natalidade).
30
Unidade e diversidade da Demografia
31
Assim, sem pretendermos ser exaustivos, podemos dizer que as grandes
preocupações da Demografia Social nos dias de hoje são as seguintes:
• a Demografia escolar
32
Também a sua ligação com as outras ciências alargaram a sua problemática.
A Demografia tem a vantagem de ser simultaneamente uma das ciências
sociais mais exactas e de ser o ponto de encontro das ciências sociais e
humanas com a biologia, o direito, a economia e as ciências políticas.
33
2. Uma definição aprofundada de Demografia comporta cinco elementos
fundamentais. Quais são?
1. ___________________________________________________________
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2. __________________________________________________________
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3. __________________________________________________________
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4. __________________________________________________________
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5. ___________________________________________________________
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• A demografia social ______________________________________
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Indicações bibliográficas
AAVV
1995 Portugal Hoje, Lisboa, Instituto Nacional da Administração.
FERRÃO, João
1996 A Demografia Portuguesa, Lisboa, Cadernos do Público, n.º 6.
NAZARETH, J. Manuel
1988 Portugal. Os próximos 20 anos. Unidade e diversidade da demo-
grafia portuguesa no final do século XX, Lisboa, Fundação Calouste
Gulbenkian.
35
II. A Explosão Demográfica: um Velho Problema com
Novas Dimensões
Objectivos do capítulo
Objectivos de aprendizagem
39
Conteúdos programáticos e clarificação de tópicos mais complexos
85-86
2.7. O Modelo Demográfico do Antigo 86-90 Compreender o modo de funcio-
Regime namento do modelo demográfico
2.8. O crescimento da população na do Antigo Regime e as razões do
90-96
Europa Ocidental e o terceiro “mundo seu desaparecimento
cheio”
2.9. A evolução da População nas 96-98 Conhecer os grandes modelos de
restantes partes do mundo 96-98 evolução da população
Conhecer os grandes modelos de
evolução da população
2.10. A explosão demográfica: um 98-100 Identificar as razões que fazem
fenómeno novo ou um velho problema da “Explosão Demográfica” um
com novas características? problema antigo com novas
dimensões.
40
A população mundial: traços gerais de evolução
As crises de mortalidade têm duas fases: a fase da peste e a fase das epidemias
sociais que se estende até ao início da época contemporânea. A mortalidade
era um factor regulador e um factor destruidor das populações desta época.
Alguns historiadores da população têm uma visão mecanicista das sociedades
humanas nesta época ao pensarem que o verdadeiro elemento regulador é a
morte. Esta visão mecanicista não resistiu à vaga de investigações sobre o
sistema demográfico do Antigo Regime que caracteriza os nossos dias com
o desenvolvimento da Demografia Histórica. Dupâquier é o grande pioneiro
no final dos anos 70 ao levantar a seguinte questão: Como é que 18 milhões
de súbditos de Luís XIV mal alimentados, aumentaram num século para 27
milhões vivendo numa relativa abundância e reagindo à oscilação de preços?
(Dupâquier, 1979).
41
Dupâquier esquematiza o arranque demográfico da Europa Ocidental da
seguinte forma:
42
A destruição do modelo demográfico do Antigo regime e a Explosão
demográfica
Modelo de Dupâquier
Arranque industrial
Explosão demográfica
43
O crescimento do conjunto dos países menos desenvolvidos ultrapassou,
durante os anos sessenta, o ritmo de 2,5% por ano, e, ao mesmo tempo, o do
conjunto dos países mais desenvolvidos decaiu abaixo de 1% sendo o
crescimento anual da população mundial mantido abaixo dos 2% durante as
décadas de sessenta e setenta.
44
A desigualdade de distribuição da população mundial é impressionante. A
China e a Índia agrupam só por si 37% da população mundial, e se juntarmos
a população dos Estados Unidos da América, da Indonésia, do Brasil e da
Rússia, estes seis países reúnem 51% do total da população mundial. Os
vinte países mais populosos reúnem 72% do total da população do planeta.
Anos
1700 1800 1900 1950 1990
Região
Europa 95 146 295 392 498
URSS 30 49 127 180 289
América do Norte 2 5 90 166 276
América Latina 10 19 75 166 448
Ásia 433 631 903 1377 3113
África 107 102 138 222 642
Oceânia 3 2 6 13 26
TOTAL 680 954 1634 2516 5292
45
Países mais populosos em 1990 e projecções para 2025 (em milhões)
considerando o território existente em 1990
Contudo, estes problemas não são só próprios de África, mas são aqui,
particularmente graves. Apesar dos progressos reais, a África, na sua região
subsaariana, permanece estatisticamente como a região mais mal conhecida
do mundo.
46
Dentro dos países em desenvolvimento, a maioria dos países Latino
Americanos já passou ou está a passar pela etapa transaccional de fecundidade
(ver teoria da transição Demográfica, mais à frente) .
Enquanto na Ásia Oriental o número médio de filhos por mulher (1.9) não é
mais elevado do que na Europa, em África, este é três vezes maior (5.8),
enquanto ocupa uma posição intermediária na Ásia Meridional (3.9) e na
América Latina (3.1).
Certos países, como Cuba, Singapura e Hong Kong, têm uma fecundidade
comparável com a da Europa Ocidental (o número de filhos por mulher é
inferior a 2). Na outra extremidade da escala, certos países árabes ou africanos
ultrapassam os sete filhos por mulher: Yémen, Oman, por um lado, Etiópia,
Somália, Uganda, Mali, Nigéria, Benin, Angola, Malawi, por outro. Certos
países vivem ainda hoje, uma situação de fecundidade natural, com sete ou
oito filhos por mulher. Neste contexto, só o celibato ou a esterilidade natural,
o aleitamento materno ou os tabus contradizem a expressão de fecundidade
máxima.
47
extremamente rápido, conduzindo, se nada mudar, a uma duplicação da sua
população em 25 anos. O crescimento natural, entendido como a balança
entre a natalidade e a mortalidade, vai ainda aumentar durante uma dezena
de anos. O equilíbrio tradicional que resultava de uma natalidade e de uma
mortalidade elevadas provocando crescimento lento rompeu-se: a mortalidade
baixou sensivelmente desde os anos 1950, mas, contrariamente ao que se
passou nos países desenvolvidos, a natalidade não se alterou. O resultado
aritmético é o aparecimento de um ritmo de crescimento populacional
acelerado.
Existem contudo diferenças profundas entre países, entre regiões dentro dos
países ou entre grupos sociais. Por outras palavras, a transição demográfica
(declínio da mortalidade seguido do da fecundidade) está mais ou menos
avançada consoante as zonas ou os grupos de países considerados.
Outro aspecto são as migrações que ocupam desde há muito tempo um lugar
central na vida das comunidades africanas. Estas migrações, constituem,
talvez, a primeira componente das estratégias de sobrevivência comunitárias
48
ou familiares. As migrações internas, que são essencialmente movimentos
do meio rural para o meio urbano e a capital, conduzem a uma aceleração do
ritmo de urbanização de África, para além de trazerem problemas complexos
no que respeita à saúde das populações.
Em África o casamento é considerado como um fenómeno social importante,
tendo uma ocorrência bastante precoce sendo quase universal, sendo como
consequência fundamental a fecundidade: em geral as mulheres casadas muito
novas, permanecem casadas até ao fim do período fecundo, desempenhando
assim um papel fundamental na natalidade. O divórcio e a viuvez são, em
geral, frequentes, mas enquanto a mulher estiver em idade fecunda, são
seguidos rapidamente de um novo casamento. Neste contexto a força
reprodutora é usada na sua função quase-máxima. Apesar destas
características em África podem encontrar-se ainda variadas formas de
casamento e de constituição de família.
Contudo é da evolução da natalidade/fecundidade que depende o futuro
demográfico na região. A nível mundial, a África distingue-se por uma
fecundidade extremamente elevada. Praticamente em toda a região, tem-se
ainda mais de seis filhos por mulher. Três factores explicam este nível ainda
elevado das fecundidades africanas do sul do Saara: A precocidade e
universalidade do casamento, uma fraca prática da contracepção moderna e
uma diminuição quase geral das durações de aleitamento materno e de
abstinência sexual pós-parto. Com a ausência de uma compensação pela
contracepção, isto poderá mesmo conduzir a uma subida da fecundidade.
Hoje em dia, no caso particular dos países com elevados níveis de fecundidade
e de mortalidade, a evolução do crescimento populacional, e a sua estrutura
por sexos e idades, são comandados pela fecundidade.
A fecundidade é a variável responsável por uma parte do processo de evolução
das populações. A fecundidade varia no tempo, no espaço, de uma forma
ainda não suficientemente esclarecida em função de variáveis ainda não
completamente identificadas.
Nos últimos 30 anos, os países em desenvolvimento colheram benefícios
significativos do facto de terem dispensado melhores e mais amplos cuidados
de saúde de base, dos quais resultou uma descida das taxas de natalidade e
mortalidade, um aumento da esperança de vida e uma redução da mortalidade
infantil. Todavia, continuam a existir grandes diferenças entre os países e as
regiões do mundo. Para muitos demógrafos, a taxa de crescimento rápido da
população dos países em desenvolvimento é um facto preocupante e limitativo
do desenvolvimento desses países.
É certo que as forças “negativas” que tradicionalmente determinaram a
dimensão elevada das famílias nas sociedades como as africanas, mantêm-
49
-se muito influentes: as mulheres têm muitos filhos devido à taxa elevada de
mortalidade infantil (quanto mais filhos têm, maior é o número de filhos
sobreviventes), os filhos são uma fonte de riqueza (constituem uma mão-de-
obra para trabalhar no campo, enriquecendo assim a sua família), os filhos
são vistos como uma segurança para a velhice dos pais; são também um
símbolo de “status”; as mulheres são condicionadas pelo marido ou pelo clã
familiar para terem muitos filhos e desejam filhos do sexo masculino, porque
a sociedade ou o marido o exigem, e por vezes têm de ter muitos filhos até
conseguirem ter um rapaz. Não é, portanto, unicamente a mulher que decide
a dimensão da sua família, mas igualmente o sistema de valores ou a cultura
das sociedades em que elas vivem.
50
País ou Região 1* 2* 3* 4* 5* 6* 7* 8* 9* 10* 11*
MUNDO 130 300 5 702 24 9 8 312 62 3,1 32/6 64/68 4 500 6 050
África 29 629 720 41 13 1 510 90 5,8 45/3 53/56 660 1 867
África Setentrional 8 378 162 32 8 279 63 4,4 41/3 63/65 1 040 3 535
África Ocidental 6 056 199 45 14 467 86 6,4 46/3 52/55 370 1 412
África Oriental 6 051 226 46 15 491 106 6,4 47/3 48/52 210 890
África Central 6 487 83 46 16 191 107 6,3 46/3 47/51 — 1 022
África Austral 2 657 50 31 8 83 49 4,2 38/4 62/67 2 720 4 165
América 38 446 774 22 7 1 081 34 2,7 29/8 69/74 7 040 —
América Setentrional 18 380 293 15 9 375 8 2,0 22/13 72/79 24 340 25 087
América Central 2 417 126 29 5 196 37 3,5 37/4 68/74 3 090 6 839
América do Sul 17 421 319 25 7 460 47 3,0 33/5 65/71 3 020 6 141
Caraíbas 228 36 23 8 50 39 2,9 31/7 67/72 — 4 043
Ásia (s/ Rússia) 30 987 3 451 24 8 4 939 62 2,9 33/5 64/67 1980 (3 926)
Ásia Ocidental 4 707 168 31 7 329 51 4,3 39/4 65/69 — 6 381
Ásia CentroSul 10 401 1 355 31 10 2 138 79 3,8 38/4 60/61 420 1 547
Ásia Sudoeste 4 358 485 24 8 704 53 3,2 37/4 62/64 1 070 4 071
Ásia Oriental 11 521 1 442 17 6 1 768 40 1,8 26/7 68/72 3 570 5 829
Rússia (Federação) 17 068 147 9 16 153 19 1,4 2/11 59/72 2 350 5 000
Europa (s/Rússia) 5 712 581 11 11 590 10 1,5 19/14 70/77 13 881 (14 900)
Europa Setentrional 1 650 94 13 11 99 7 1,8 20/15 73/79 18 020 18 356
Dinamarca 42 5,2 13 12 5,3 6 1,8 17/55 73/78 26 510 21 215
Estónia 45 1,5 9 14 1,4 16 1,3 21/13 64/75 3 040 —
Filândia 304 5,1 13 10 5,2 4 1,8 19/14 72/79 18 970 16 452
Irlanda 69 3,6 14 9 3,5 6 2,0 26/11 73/78 12 580 14 421
Islândia 100 0,3 17 7 0,3 5 2,2 25/11 77/81 23 620 19 222
Letónia 64 2,5 10 15 2,4 16 1,5 21/13 62/74 2 030 —
Lituânia 65 3,7 13 12 3,9 16 1,7 22/12 65/76 1 310 —
Noruega 307 4,3 14 11 5,0 6 1,9 19/16 74/80 26 340 20 613
Reino Unido 241 58,6 13 11 62,1 7 1,8 19/16 74/79 17 970 18 294
Suécia 411 8,9 13 12 9,6 5 1,9 19/18 76/81 24 830 18 639
Europa Ocidental 1 049 181 11 10 184 6 1,5 18/15 73/80 23 310 19 468
Alemanha 349 81,7 10 11 76,1 6 1,3 10/15 73/79 23 560 18 979
Áustria 83 8,1 12 10 8,3 6 1,4 18/15 73/80 23 120 19 350
Bélgica 30 10,2 12 11 10,5 8 1,6 18/16 73/80 21 210 19 242
França 550 58,1 12 9 63,6 6 1,7 20/15 74/82 22 360 19 867
Lichstein 0,1 0,03 12 6 0,04 11 1,4 19/10 — — —
Luxemburgo 3 0,4 13 10 0,4 6 1,7 18/14 73/79 35 850 26 864
Países Baixos 34 15,5 13 9 17,6 6 1,6 18/13 74 20 710 18 959
Suíça 40 7,0 12 9 7,5 6 1,5 16/15 — 36 410 22 972
Europa Oriental 1 713 162 11 12 167 15 1,6 22/12 65/73 — 5 267
Bielorússia 208 10,3 11 13 11,3 13 1,5 22/12 64/74 2 840 4 800
Bulgária 111 8,5 10 13 7,5 16 1,4 19/14 68/74 1 160 3 747
Hungria 92 10,2 12 14 9,3 12 1,7 19/14 65/74 3 330 6 238
Moldávia 37 4,3 15 12 5,1 22 2,1 28/9 64/72 1 180 3 400
Polónia 304 38,6 12 10 41,7 14 1,8 24/11 67/76 2 270 5 768
República Checa 79 10,4 12 11 10,7 9 1,7 21/10 69/77 2 730 (7 500)
Roménia 230 22,7 11 12 21,6 23 1,4 22/11 66/73 1 120 3 004
Eslovénia 49 5,4 14 10 6,0 16 1,9 25/11 67/75 1 900 (7 500)
Ucrânia 603 52,0 11 14 54,0 15 1,6 21/13 64/74 1 910 3 700
51
Legenda:
1 - Superfície/Milhares km2.
52
reduzida, baixas percentagens de jovens, elevadas percentagens de idosos e
um PNB per capita que é quase vinte vezes superior.
53
Indicações bibliográficas
BARRETO, António
1996 Três décadas de mudança social, in A situação social em Portugal,
1960-1995, Lisboa , Instituto de Ciencias Sociais da U. L.
FERRÃO, João
1996 Três décadas de consolidação do Portugal demográfico “Moder-
no”, in A situação social em Portugal, 1960-1995, Lisboa , Instituto
de Ciencias Sociais da UL, (pp.165-190)
FNUAP
1993 A situação da população mundial. Nova Iorque.
1994 A situação da população mundial. 1994, Nova Iorque.
54
III. A Dinâmica Global da População. A Repartição Geográfica
e a Repartição por Sexo e Idades
Objectivos do capítulo
Objectivos de aprendizagem
57
Conteúdos programáticos e clarificação de tópicos mais complexos
58
Os dados em Demografia são principalmente gerados pelas actividades dos
governos centrais e suas agências ou por organizações internacionais. A
quantidade e a qualidade dos dados que se obtêm dependem, em parte, da
existência de boas organizações e ainda dos seus objectivos, embora também
dependam das atitudes sociais em relação à recolha desses mesmos dados.
59
a maior parte das vezes por períodos de um ano. Isto significa que o número
de pessoas/ano expostas ao fenómeno pode geralmente ser aproximado à
população existente no meio do ano. Por exemplo, considerando a razão
anual de mortalidade, cada pessoa que sobrevive num ano completo,
contribuirá um ano para o número total de anos expostos ao fenómeno,
enquanto que aquelas pessoas que morrem durante o ano, só contribuirão
para uma fracção desse mesmo ano. Esta fracção será, em média, metade do
ano se as pessoas morrerem ao longo do tempo. O número total de anos
expostos ao fenómeno será o somatório destas fracções que são o contributo
daqueles que sobrevivem, ou seja, a média da população total durante um
ano que contribui para o total da exposição ao fenómeno durante um ano.
Devemos ainda chamar à atenção que muitas medidas que são comumente
designadas de fracções em Demografia são estritamente taxas, proporções
ou outros índices. Ex: “fracção de literação” será a proporção da população
que é literata enquanto que a “taxa bruta de nascimento” é realmente uma
taxa porque inclui no seu denominador os idosos, as crianças e homens,
nenhum deles em risco de dar à luz uma criança.
Tipos de População
60
Tipo Estacionário - que apresenta uma taxa de crescimento nulo.
Os ritmos de crescimento
61
Se o crescimento for contínuo temos:
Pn = P0 e an (e = 2,718282)
Ln (Pn/P0) = an ou a = (ln (Pn/P0))/ n
O resultado a lê-se “Em média por ano cresceu x”. Se multiplicarmos a por
100, a*100, lê-se “Por ano, por cada 100 indivíduos aumentou (ou diminuiu
ou manteve-se) x, em média anual entre P0 e P1”.
62
Análise das Estruturas Demográficas
A densidade populacional
63
A repartição por sexo e idades (Pirâmide de idades, Relações de
Masculinidade, Grupos Funcionais e Medidas Resumo)
As Pirâmides de idades
Esta Pirâmide tem uma base larga, que diminui rapidamente conforme se
avança para idades mais avançadas. É uma pirâmide típica de países com
uma forte natalidade e mortalidade – descreve, sobretudo, populações de
países em vias de desenvolvimento.
64
2. Em Urna – muita população a meio da pirâmide
65
3. Em Ás de Espadas - população envelhecida
66
Estrutura Etária da população
< 1 ano, de ano a ano até aos 4 anos inclusivé, por grupos de cinco anos,
desde os 5 anos aos 84 anos, de 85 e mais.
Exemplo:
0 X Y
1-4 X+1 Y +1
10 - 14 X+3 Y+3
Assim temos:
67
Deve-se sempre complementar uma pirâmide de idades com o cálculo das
relações de masculinidade por grupos de idade.
• comparar no tempo
• comparar no espaço
68
2.º Conta-se o número de G.I que se vão considerar
(no caso: do GI de 0 - 4 ao GI de 90 e mais anos existem 19 GI )
8.º Por fim, traça-se o eixo vertical e representa-se, para cada GI (sexos
separados), as % correspondentes, sendo o comprimento de cada rectân-
gulo proporcional a essas percentagens.
Pirâmides Etárias
69
Em ambos os casos, a diminuição das taxas de natalidade é evidente no
afunilamento das pirâmides, em 1991, nas classes dos 0 aos 15 anos.
70
Em análise demográfica, quando se quer ter uma visão rápida da evolução
ou da diversidade das estruturas, opta-se por compactar a informação segundo
determinados critérios. O mais importante é o da idade, ou seja, concentra-
se num reduzido número de grupos a totalidade da informação, tornando
mais funcional a análise: são os grupos funcionais.
Jovens J 0 -19 ou 0 - 14
Activos A 20 - 59 ou 15 - 64
O grupo dos 65 e mais anos, com uma produtividade reduzida, mas ainda
com um menos índice de consumo comparado com o 1.º grupo.
Índices Resumo
71
• Índice de Juventude: (pop. 0-14 anos/ população 65 e + anos) x 100
72
Grupos etários Homens Mulheres HM
80 + 86544 256859
73
Indicações bibliográficas
NAZARETH, J. Manuel
1985 A demografia portuguesa no século XX: principais linhas de evo-
lução e transformação. Análise Social, 21 (87-88-89).
1988 Princípios e Métodos de Análise da Demografia Portuguesa. Lis-
boa, Editorial Presença.
PRESSAT, R.
1967 Pratique de la demographie. Dunod, Paris, 1967.
TORRES, A.
1996 Demografia e desenvolvimento: elementos básicos. Colecção Tra-
jectos Portugueses, Editora gradiva, Lisboa.
INE
1981 Recenseamento Geral da População. 1981.
INE
1981 Recenseamento Geral da População.
1991 Recenseamento Geral da População.
NUNES, A. B.
1991 A evolução da estrutura por sexos, da população activa em Por-
tugal – um indicador do crescimento económico. Análise Social,
vol. XXVI (112-113).
74
IV. Fontes e Testes à Qualidade dos Dados
Objectivos do capítulo
Objectivos de aprendizagem
77
Conteúdos programáticos e clarificação de tópicos mais complexos
78
Fontes – Tipos de dados em Demografia
Introdução
79
A origem dos dados para análise demográfica são os registos vitais, os censos,
os controles de migração, as campanhas de saúde pública, os programas de
controlo da população, os inquéritos especiais, entre outros.
Os Recenseamentos
80
As Nações Unidas recomendam que os censos se realizem de 10 em 10 anos,
de preferência nos anos terminados em 0 e 1. O objectivo é, em primeiro
lugar, obter informação em intervalos regulares a fim de facilitar comparações
ao longo do tempo e, em segundo lugar, tentar sincronizar os censos de modo
a poder comparar a informação obtida para diferentes países. Nesse contexto,
os dados devem ser publicados no período mais curto possível após a recolha,
em geral no máximo 2 anos.
A informação recolhida pelos censos pode ser variada. Deve ser suficiente
para atingir os seus objectivos de recolha de informação sobre a população e
não ser muito exaustivo para ser exequível. Contudo, o mínimo geralmente
exigido é: o nome, idade, sexo, relação com o chefe de família, estado civil,
raça, religião, grupo étnico, educação, ocupação, situação no trabalho,
migração, habitação. A qualidade da informação está geralmente relacionada
com a extensão dos questionários e com a clareza das perguntas, embora os
censos envolvam uma grande complexidade logística e técnica. A maior
preocupação logística dos censos deverá ser a minimização dos erros na
recolha de informação.
81
estes sistemas de recolha de informação são na maior parte das vezes
incompletos e por vezes nem existem, nem são explorados com fins
demográficos. Isto explica que os objectivos do registo desta informação são
essencialmente administrativos e legais e não demográficos.
82
de questões numa amostra da população envolvida. Os inquéritos designados
para investigar alguns tópicos particulares, como o uso de contraceptivos,
emprego das mulheres, ou causas e consequências da migração também caiem
nesta categoria de exemplos.
Existem ainda uma larga gama de técnicas indirectas sofisticadas, que podem
servir para a recolha de dados sobre questões específicas que deverão ser
formuladas e utilizadas de acordo com o objectivo e o grau de precisão que
se pretende obter.
Em conclusão, poderemos dizer que existem três grandes fontes para a recolha
de dados em Demografia (informação dos censos tipo, inquéritos por
amostragem, técnicas indirectas de perguntas por questões específicas) que
não são alternativas umas das outras, embora uma possa, eventualmente, ser
usada na ausência ou deficiência da outra.
Um censo é mais ou menos essencial para fornecer uma base de dados sem o
qual o sistema de registo ou um inquérito por amostra é menos útil. Nos
países em desenvolvimento, os inquéritos por amostragem podem investigar
determinados aspectos deficientes nos censos e dar mais fiabilidade à
informação disponibilizada pela má qualidade fornecida por esses censos.
83
Qualidade dos dados – testes elementares à qualidade dos dados
Como funciona este teste? Sabemos que nos países com boa qualidade de
estatísticas demográficas a relação de masculinidade dos nascimentos anda
à volta de 105 (ou seja, por cada 100 raparigas nascem 105 rapazes).
84
Os limites do intervalo de confiança a 95% são determinados pela fórmula
85
os numeradores serão efectivos com 6, 16, 26, 36, 46, 56, 66,
76,…anos);
• Obtêm-se assim diversos índices (no exemplo dado I6, I16, …) que
são representados graficamente; quando os índices obtidos têm um
valor superior a 100 existe atracção; quando os índices obtidos têm
um valor inferior a 100 existe repulsão.
Resultados possíveis:
Existe ainda o Índice de Whipple que também pode ser utilizado para testar
a qualidade dos recenseamentos (para mais detalhes veja as páginas 108-109
do livro adoptado).
86
O Índice Combinado das Nações Unidas (ICNU)
< 20 – Bom
20-40 – Mau
> 40 – Muito Mau
A Equação de Concordância
87
Actividades propostas e questões para revisão
Indicações bibliográficas
LESTON, Bandeira M.
1996 Demografia e modernidade. Família e transição demográfica em
Portugal. Análise Social, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, Lis-
boa.
NAZARETH, J. Manuel
1985 A demografia portuguesa no século XX: principais linhas de evo-
lução e transformação. Análise Social, 21 (87-88-89).
1988 Princípios e Métodos de Análise da Demografia Portuguesa, Lis-
boa, Editorial Presença.
SERRÃO, J.
1973 Fontes da demografia portuguesa, Livros Horizonte, Lisboa.
TORRES, A.
1996 Demografia e desenvolvimento: elementos básicos. Colecção Tra-
jectos Portugueses, Editora Gradiva, Lisboa.
88
V. Os Princípios de Análise Demográfica e o Diagrama de Lexis
Objectivos do capítulo
Objectivos de aprendizagem
91
Conteúdos programáticos e clarificação de tópicos mais complexos
92
Princípios Gerais de Análise Demográfica
Acontecimentos Fenómenos
Nascimentos Natalidade
Óbitos Mortalidade
Casamentos Nupcialidade
93
Uma geração é uma coorte de nascimentos, conjunto de pessoas que nasceram
no mesmo período. Uma coorte de casamentos é uma “promoção”.
O Diagrama de Lexis
94
4. superfícies (quadrados e triângulos): onde devem ser inscritos os
acontecimentos;
Conforme se pode observar na figura (figura n.º 13, página 162 do livro
adoptado), trata-se de um diagrama onde no eixo OX (abcissas) se marcam
os anos civis (1940, 1941, 1942, ...) e no eixo OY (ordenadas), se marcam as
idades dos indivíduos.
Em seguida, no eixo OX, levantam-se linhas verticais nos pontos que marcam
simultaneamente o terminus de um ano civil e o início do próximo - são as
rectas do 31 de Dezembro ou do 1º de Janeiro; depois no eixo OY, a partir
dos pontos que marcam as idades 0 (o momento do nascimento), 1
(1.º aniversário), etc., traçam-se paralelas ao eixo OX, que são as rectas das
idades exactas.
Obtém-se assim uma figura com uma espécie de quadrados iguais onde as
linhas horizontais são as rectas das idades exactas e as verticais são os 31 de
Dezembro ou os 1.º de Janeiro.
AL
IN
UD
IT
NG
LO
E
IS
ÁL
AN
·
⇑
ANÁLISE TRANSVERSAL
95
Como podemos verificar, temos dois tipos de leituras, em anos exactos e
anos completos:
96
• Pessoas nascidas em 1961: 4200
Indicações bibliográficas
NAZARETH, J. Manuel
1985 A demografia portuguesa no século XX: principais linhas de
evolução e transformação. Análise Social, 21 (87-88-89).
1988 Princípios e Métodos de Análise da Demografia Portuguesa,
Lisboa, Editorial Presença.
TORRES, A.
1996 Demografia e desenvolvimento: elementos básicos. Colecção
Trajectos Portugueses, Editora Gradiva, Lisboa.
97
VI. Instrumentos de Análise da Mortalidade
Objectivos do capítulo
Objectivos de aprendizagem
101
Conteúdos programáticos e clarificação de tópicos mais comple-
xos
102
A Mortalidade
• Factores educacionais
• Factores sanitários
• Factores médicos
• Factores económicos
• Factores sociais
103
A Taxa Bruta de Mortalidade é um instrumento grosseiro que isola muito
rudimentarmente os efeitos de estrutura, ou seja, não tem em conta a estrutura
etária da população. Apesar de ser rudimentar devemos ter em conta algumas
precauções: fazer coincidir a população média com a população de um
recenseamento.
104
Observe a figura n.º 16 (página 135) e comente a forma em “U”.
Exemplo:
105
congénitas, traumatismos causados pelo parto, etc.). Por vezes é difícil
distinguir se foi por um factor ou por outro. Existem métodos indirectos para
saber se se deveu mais a factores exógenos ou endógenos:
Exemplo:
106
viver se as condições de saúde observadas nesse momento não se alterarem
ao longo do tempo.
Se as condições se alterarem, a esperança de vida não coincide com a
esperança de vida numa determinada idade ou mortalidade média.
Diz respeito a um determinado momento do tempo, mas em relação a um
futuro.
É um indicador de mortalidade global - Índice de síntese. É a partir de uma
tábua de mortalidade que se encontra a esperança de vida.
A tábua vai transformar a informação na transversal para uma informação
na longitudinal, ou seja a transformação do que se observa num determinado
momento do tempo para uma coorte fictícia.
107
7. Na sétima coluna temos nLx: é o número de anos vividos pelos sobre-
viventes lx entre as idades exactas x e x + n, ou seja entre duas idades
ou sobreviventes em anos completos. Obtém-se multiplicando os
efectivos médios entre idades exactas pelo número de anos.
T0 Tx
e0 = , ou seja, ex =
10 1x
É necessária a informação sobre óbitos por grupos etários, efectivos por sexos
separados.
2n * nTx
nqx =
2 + n * nTx
108
Exemplos:
2 * 4 * 0.00092
4q1 =
2 + 4 * 0.00092
2 * 5 * 0.00048 0.0048
5q5 = = = 0.0024
2 + 5 * 0.00048 2.0024
3.º nPx
4º lx
lx + n=1x*nPx
l0 = 100000
4l1 = lx + n = lx*nPx
109
5º ndx
6.º nLx
Exemplo:
1L0=K’’ l0 + K’ l1
4L1=K’’ l1 + K’ l5 , onde K’’= 0.05 e K’= 0.95
2
Para as restantes idades, exceptuando a 1.ª e a 2.ª (0-1 e 1-4), se eu
tenho L5 e L10 e se quero saber o n.º médio de anos vividos calculo
nLx =
(lx + lx + n ) * n (amplitude)
2
110
7.º Px
nLx + n
Px =
nLx
5L5
5P5 =
1L0 + 4L1
O último não se calcula e o penúltimo (75-79) = T80 + / T75
8º Tx
É uma função anos de vida intermédia. Começa-se pelo fim da tábua, soma-
se de baixo para cima.
È o total de anos vividos pela coorte (fictícia) depois da idade x. Como nLx
é o número de anos vividos entre as idades exactas x e x+n, para obter o total
de anos vividos basta somar os nLx.
Assim temos
w
Tx = ∑ nLx O último Tx (ou Tk), que é igual a Lk+, obtém-se através
x
da seguinte expressão:
lk
Tk = onde mk + é a taxa de mortalidade do último grupo de idades
mk +
9º ex
111
de vida à nascença, ou seja, o número total de anos vividos desde o
nascimento, dividido pelo efectivo inicial
T0 Tx
e0 = , ou seja, ex =
10 1x
112
a) Aprecie a evolução da mortalidade através das TBM no período
1950-1960.
b) Calcule a taxa de mortalidade infantil em 1950 e 1960.
Indicações bibliográficas
MICHALOWSKI, Margaret
1990 Mortality patterns of immigrants. Can they measure the adaptation,
Ottawa (Canada) , Ed. A., 22, 9 p.
113
VII. Instrumentos de Análise da Natalidade, Fecundidade
e da Nupcialidade
Objectivos do capítulo
Objectivos de aprendizagem
117
Conteúdos programáticos e clarificação de tópicos mais complexos
7.1. As Taxas Brutas enquanto medidas 223-229 Conhecer a lógica do cálculo das
elementares de análise da natalidade e taxas Brutas de Natalidade,
da fecundidade enquanto medidas elementares
de análise;
Conhecer as precauções a ter em
conta no cálculo das taxas brutas
de natalidade, bem como as
limitações deste instrumento de
medida;
Aplicar o conceito de taxa às
Taxas de Fecundidade Geral
118
A Natalidade/fecundidade
Exemplo:
1990 1991
116 383 116 415
(116383 + 116415)
T.B.N. = *1000 = 11,8‰ em 1990/91
9862540
nascimentos
TBN = *1000
população total (média)
119
Actividade: Temos duas taxas brutas de natalidade
TBN (País A- desenvolvido) = 778 526/61 283 600 *1000= 12,70 por mil
TBM (País B- não desenvolvido) = 54 043/1 428 082 *1000= 37,84 por mil
Exemplo:
1990 1991
116383 + 116415/2
TFG = *1000 = 46,9‰ em 1990/91
2479494
nascimentos
ou seja, T.F.G. = *1000
mulheres 15 − 59
120
Actividade:
TFG (País A - desenvolvido) = 778 526/14 309 800 *1000 = 54,41 por mil
TFG (País B - não desenvolvido) = 54 043/319 084 *1000 = 169,37 por mil
Exemplo:
121
Quer calculando a T.F.G. pelo processo mais simples, quer por esta forma
mais complexa, o resultado é o mesmo.
122
Actividade:
Observe os quadros n.º 9, 10, 11 e 12 (páginas 225 e 228 do livro adoptado).
Comente e compare as Taxas obtidas no país A e país B.
Exemplo:
123
Actividades propostas e questões para revisão
124
a) Calcule a Taxa Bruta de Natalidade
Indicações bibliográficas
INE
1980 Inquérito Português à Fecundidade. Relatório principal, vol. I e
sumário dos resultados, INE, Centro de Estudos Demográficos, Lis-
boa, Julho de 1980.
NAZARETH, J. Manuel
1977 Análise regional do declínio da fecundidade da população portu-
guesa (1930-70), Análise Social, volume XXIII (52), 4.º, Lisboa.
125
VIII. Instrumentos de Análise dos Movimentos Migratórios
Objectivos do capítulo
Objectivos de aprendizagem
129
Conteúdos programáticos e clarificação de tópicos mais complexos
130
Os Movimentos Migratórios
A Dinâmica populacional
As taxas de crescimento
Pn
Taxa de crescimento anual médio total = log = n log (1 + a)
P0
P0 + N - O
Taxa de crescimento anual médio natural = log = n log (1 + a)
P0
131
Se for 1 década n = 10.
Multiplicamos a por 100 e lê-se “ Por ano a população se apenas tivesse sido
fruto nessa década desta situação, teria aumentado ou diminuído x.”
P0 + I - E
log nlog(1 + a)
P0
132
Os métodos indirectos de análise dos movimentos migratórios
A equação de concordância
Px + n= Px+ N- O + I –E
Px+n- Px=N-O+I-E
Exemplo:
Px = 276 895
Px+n =205 197
Px+n- Px=71698
N 60/70= 41 053
O 60/70= 25 760
N 60/70 – O 60/70 = + 15 293
Saldos Migratórios = - 86 991
Emigrantes Oficiais = 9 009
Imigrantes Oficiais = 18
I-E Oficiais = - 8 991
Se (P1 - P0) - (N-O) = (I-E) = - 300, significa que nesta década saíram a
mais do que entraram 300 indivíduos.
133
Para ver qual é o saldo migratório anual, põe-se no denominador a população
a meio de P0 e P1.
A Taxa Bruta de Migração Total liquida aplica-se a uma região: 5/(500 + 600
/2)*1000 = 9
Indicações bibliográficas
BASTOS, J. e BASTOS, S.
1999 Portugal Multicultural . Edições Antropológica, Fim de Século, Lis-
boa, 1999.
LEE, E.
1966 A theory of migration. Demography, n.º 3, pp. 47-67, Cambridge.
ROCHA-TRINDADE, M. B.
1995 Sociologia das Migrações, Universidade Aberta, Lisboa, 1995.
SERRÃO, Joel
1982 A Emigração Portuguesa, Lisboa, Livros Horizonte.
134
Glossário
Acontecimento: Facto que se refere a um indivíduo pelo parto, etc). Por vezes é difícil distinguir se foi
e afectando directamente a estrutura das populações por um factor ou por outro. Existem métodos
e a sua evolução. Os nascimentos, casamentos, indirectos para saber se se deveu mais a factores
divórcios, óbitos e migrações são reconhecidos exógenos ou endógenos: Mortalidade no 1º mês -
claramente como acontecimentos demográficos. factores endógenos; Mortalidade após o 1º mês - os
factores exógenos têm também uma importância
Acontecimentos não renováveis: Acontecimento decisiva.
que não é vivido mais do que uma vez pelo mesmo
indivíduo da coorte, como por exemplo, a morte, um Coortes: Conjunto de indivíduos submetidos ao
primeiro casamento. mesmo acontecimento de origem durante um mesmo
período de tempo. Uma geração é uma coorte de
Acontecimentos renováveis: Acontecimento nascimentos, conjunto de pessoas que nasceram no
susceptível de ser vivido mais do que uma vez pelo mesmo período. Uma coorte de casamentos é uma
mesmo indivíduo de uma coorte, como um “promoção”.
nascimento para uma mulher, uma migração para um
membro de uma determinada geração. Densidade populacional: A distribuição geográfica
pode ser avaliada pelo conhecimento de densidade
Análise Longitudinal: Se tivermos uma coorte, de população, isto é, o número de habitantes por Km2
acompanha-se durante um longo período, apanhando (Hab/Km2). Este valor, porém, tomado em relação
vários momentos do tempo. Significa observar os ao total da área estudada, pode não traduzir a
acontecimentos ao longo da vida dos indivíduos, o verdadeira distribuição da população, pois esta
que envolve necessariamente vários anos de encontra-se mais aglomerada em certas zonas e mais
calendário. dispersa noutras. Esta situação é traduzida pelo
coeficiente de localização. A Densidade é a
Análise Transversal: Análise aplicada a
População por quilómetros quadrados (KM 2).
manifestações de um fenómeno durante um dado
Calcula-se: nº de habitantes / Km2.
período, geralmente o ano civil. Caracteriza-se um
momento do tempo que contém múltiplas coortes. A Diagrama de Lexis: É um suporte gráfico que
análise transversal permite transformar a informação permite estabelecer uma correspondência entre datas
de acontecimentos em fenómenos. Por exemplo: taxa de observação e as antiguidades das coortes nessas
“x” = acontecimentos/população média datas. Permite repartir os acontecimentos
(pop.1+pop.2/2)*100 demográficos por anos de observação e geração e
permite visualizar os acontecimentos e os efectivos.
Anos completos: Uma criança que tem 3 anos e 6 Este diagrama constitui-se do seguinte modo: eixo
meses tem 3 anos completos, o que significa estar das idades: em ordenada; eixo do tempo (anos de
entre 3 e 4 anos exactos. observação): em abcissa; eixo das gerações (linhas
Categorias Endógenas e exógenas: podemos de vida): em diagonal; superfícies (quadrados e
classificar as causas que originaram a mortalidade triângulos): onde devem ser inscritos os
infantil em duas grandes categorias: Endógenas e acontecimentos; linhas: onde devem ser ins-
Exógenas. De factores exógenos, que são os meios critos os efectivos observados num dado momento;
exteriores e as condições gerais da população momentos de observação (instantânea, contínua,
(doenças infecciosas, alimentação insuficiente, retrospectiva) no cruzamento dos três.
cuidados hospitalares insuficientes, acidentes Dinâmica populacional: Considerando também os
diversos, etc) e de factores endógenos, que têm a ver movimentos migratórios, temos a dinâmica total
com as características dos próprios indivíduos (dinâmica natural + dinâmica migratória), e a taxa
(deformações congénitas, traumatismos causados de crescimento anual médio total/global.
137
Efectivos : Número de indivíduos que fazem parte migração existem acima de tudo por questões legais:
de um mesmo acontecimento. Os efectivos de uma a produção de certificados de nascimento e de óbito,
população são o número de indivíduos que compõem passaportes, cartões de identidade, certificados de
essa população. Esses efectivos são identificados nos autorização de trabalho, autorização de residência e
recenseamentos. de cidadania, etc.
Emigração: Significa a saída de uma pessoa de um Estruturas: Os dois factores intervenientes nas taxas
território para o seu exterior. brutas são o modelo e as estruturas. A taxa bruta é a
soma de produtos das estruturas relativas de cada
Esperança de vida à nascença: A esperança de vida idade pelas taxas nessas mesmas idades. Como ao
à nascença (idade 0) é um indicador importantíssimo conjunto das taxas por idade se chama o modelo do
de mortalidade. Exemplo: Esperança de vida à fenómeno, a taxa bruta pode ser redefinida como uma
nascença de 70 anos é o número médio de anos que resultante da interacção entre o modelo e a estrutura.
um indivíduo nascido num determinado momento Em linguagem de análise demográfica temos: TBM
do tempo pode viver se as condições de saúde (1990) = SPx(1990) * tx (1990). As diferenças em
observadas nesse momento não se alterarem ao longo Portugal no período 1950-90 tanto pode provir dos
do tempo. Se as condições se alterarem, a esperança tx (modelos) como dos Px (estruturas). Variações
de vida não coincide com a esperança de vida numa entre modelos significa a existência de diferentes
determinada idade ou mortalidade média. Diz riscos de mortalidade; diferenças entre estruturas
respeito a um determinado momento do tempo, mas (maior ou menos envelhecimento demográfico) são
em relação a um futuro. É um indicador de alheias à análise da mortalidade.
mortalidade global – Índice de síntese. É a partir de
uma tábua de mortalidade que se encontra a Explosão demográfica: preocupação com o
esperança de vida. “excessivo número de habitantes”. Em dois
momentos anteriores à época contemporânea,
Esperança de vida na idade x: Segundo a tábua de acreditou-se que o “mundo estava cheio” e que não
mortalidade é o número médio de anos restantes de havia lugar para tanta gente à superfície da terra.
vida para uma pessoa que atinge a idade x. Quais são as características diferentes que este
Estado perturbado: Fenómeno que interfere nas fenómeno apresenta nos dias de hoje ? A primeira
manifestações de um outro fenómeno, objecto grande diferença reside no facto de, globalmente, a
principal de estudo. Combina as variáveis, humanidade nos aparecer no século XX dividida em
mortalidade, migrações. dois blocos: o dos países em desenvolvimento onde
se concentra 80 % da população mundial, com um
Estado puro: Só o acontecimento aliado do resto. crescimento anual médio que chega quase aos 2 %,
Por exemplo, só a mortalidade, isolada dos outros uma mortalidade infantil elevada, elevadas
fenómenos. percentagens de jovens, baixas percentagens de
idosos, e um PNB per capita que raramente ultrapassa
Estatísticas demográficas de Estado Civil : São o os 1000 dólares. No bloco dos países desenvolvidos
conjunto de informações sobre os nascimentos, temos 20 % da população mundial, um crescimento
óbitos, casamentos, divórcios e separações judiciais, natural praticamente igual a zero, uma mortalidade
saídas ou entradas, ocorridas num território durante infantil reduzida, baixas percentagens de jovens,
um determinado período (normalmente um ano), elevadas percentagens de idosos e um PNB per capita
baseadas nos boletins de registo civil desses que é quase vinte vezes superior.
acontecimentos, com detalhes sobre a sua repartição
por unidade administrativa e segundo um número Fecundidade: fenómeno relacionado com os
mais ou menos vasto de características (sexo, idade, nascimentos vivos considerados do ponto de vista
etc.). O sistema de registos vitais e os controles de da mulher ou do casal.
138
Fecundidade natural: manifestação da fecun-didade atracção exercidos respectivamente pelas zonas de
no casamento na ausência de contracepção e de partida e de chegada do migrante e a distância que
aborto provocado. separa estas duas zonas.
O objectivo teórico das políticas demográficas
Fenómenos: Aparecimento de acontecimentos de
consiste em actuar sobre os modelos (ou sobre os
uma dada categoria. Assim, ao acontecimento óbitos,
efectivos) tendo em conta determinados objectivos
corresponde o fenómeno mortalidade, aos
económicos e sociais.
casamentos a nupcialidade, aos nascimentos a
natalidade e a fecundidade, às mudanças de Mortalidade infantil: mortalidade das crianças de
residência a migração. menos de um ano.
Fertilidade: aptidão para procriar. O seu contrário é
Mortalidade no 1.º mês - factores endógenos:
a esterilidade.
mortalidade que se deve a circunstâncias do parto,
Geração: coorte particular constituída pelo conjunto defeitos de constituição interna e envelhecimento do
das pessoas nascidas durante um dado período, organismo. No caso da mortalidade exógena, esta
geralmente um ano civil. deve-se sobretudo a factores do meio exterior.
Idade exacta: Idade determinada calculando a Mortalidade: fenómeno relacionado com os óbitos
diferença entre a data onde é calculada e a data de (acontecimento).
nascimento do indivíduo. Um indivíduo nas- n = log 2/log (1+a)
cido no dia 1 de Junho de 1923, terá no dia 1 de
Novembro de 1978, 55 anos e 5 meses. Nascimento: Acontecimento relacionado com a
natalidade.
Idade média de fecundidade: Idade média das mães
aquando dos nascimentos vivos segundo uma tábua Natalidade: fenómeno relacionado com os
de fecundidade geral, o que significa, na ausência nascimentos.
de mortalidade.
Nupcialidade: fenómeno relacionado com os
IMF = Σ (Pontos médios * ntx)/ Σntx casamentos. A nupcialidade não é uma variável
microdemográfica autêntica na medida em que o seu
Índice sintético de fecundidade: Soma das taxas
aumento ou a sua diminuição não afectam
de fecundidade geral por idade durante um período.
directamente a dinâmica populacional. Esta variável
Índice sintético de fecundidade:
intervém na dinâmica populacional indirectamente
T.F.G. *5 = I.S.F.
através da fecundidade, se bem que, neste princípio
1.º Calcula-se a média dos nascimentos (t0+t1/2), de milénio, é cada vez mais forte a tendência para a
em cada um dos grupos etários, 2.º dividem-se pela separação entre os comportamentos da nupcialidade
população feminina em cada um dos grupos etários, e da fecundidade. O processo mais simples que existe
3.º multiplica-se o somatório das T.F.G. por grupos para medirmos o nível da nupcialidade consiste em
de idades por 5 que corresponde à amplitude de cada dividir o total de casamentos observados pela
grupo etário. Se o I.S.F. for 3 significa que, se as população média.
mulheres que entrarem noperíodo fértil adoptarem
os comportamentos que existiam em t0/t1 terão 3 Pirâmide de idades: Duplo histograma que dá uma
filhos. representação da população pelo sexo e as idades.
Migrações: significa a deslocação de pessoas e de População estacionária: população estável com taxa
mobilidade de indivíduos. Modelo de Dupâquier. de crescimento nulo.
Modelos: construção que pretende representar os Princípio da Translação: a construção das tábuas
fenómenos demográficos. As tábuas tipo de de mortalidade. Este princípio serve para designar
139
os modelos e fórmulas permitindo estabelecer as Taxa Bruta de Reprodução: Descendência final,
relações entre medidas longitudinais e medidas reduzida às raparigas, numa geração feminina
transversais dos fenómenos. denotada R. É a relação entre os efectivos à nascença
do sexo feminino saídas de uma geração feminina.
Projecção demográfica: perspectiva demográ- Taxa Bruta de reprodução : é o número médio de
fica onde a ideia de previsão está geralmente ausente. filhas: T.B.R. = I.S.F. * 0.488
Recenseamento: Conjunto das operações que Taxa de Crescimento Anual Média: Taxa de
permitem conhecer o efectivo da população de um crescimento Anual Médio Natural (saldo natural) +
território num determinado momento, com os Taxa de crescimento Anual Médio Migratória (saldo
detalhes sobre a repartição dessa população por migratório). O saldo migratório é a diferença entre
unidade administrativa e segundo uma gama mais as saídas - emigração e as entradas - imigração. Se a
ou menos extensa de características. diferença for de 0, pode significar que saiu muita
gente, mas também entrou muita gente.
Relações de Masculinidade: relação, numa
população, entre o efectivo masculino e o efectivo
Taxa de fecundidade geral: Relação entre os
feminino. Numa geração, sem trocas migratórias,
nascidos vivos durante um período e o efectivo
devido à sobremortalidade masculina, esta relação é
conveniente de mulheres ou de casamentos.
sempre decrescente passando de 1,05 à nascença para
Relaciona-se com a parcela da população de
um valor na ordem de 0,30 aos 100 anos.
mulheres dos 15 aos 49 anos: ou seja, T.F.G. =
nascimentos / mulheres 15-49 * 1000. Podemos
Relação de Masculinidade dos nascimentos:
decompor a Taxa de fecundidade geral nos seus
relação entre os nascidos vivos masculinos e os
elementos constitutivos. Podemos redefini-la como
nascidos vivos femininos durante um período. Esta
sendo uma soma dos produtos das estruturas
relação, o mais frequentemente vizinha de 1,05
relativas, em cada idade (ou grupos de idades), do
apresenta ligeiras variações consoante os grupos
período fértil das mulheres, pelas taxas nessas
raciais. A sua estabilidade no tempo e no espaço é
mesmas idades (ou grupos de idades). A T.F.G. pode
no entanto suficiente para que as diferenças
ser assim redefinida como resultante da interacção
importantes face aos valores normais possam ser
entre estrutura e modelo.
atribuídas a falhas de registo dos nascimentos e
sugerir meios de correcção.
Taxa de fecundidade por idade ou grupos de
Tábua de Mortalidade: Tábua que descreve, idade: Relação entre os nascidos vivos de mulheres
segundo uma escala de idades, o surgimento dos de uma certa idade durante um ano e o efectivo médio
óbitos numa geração. da população feminina com essa idade ou grupo de
idade.
Taxa Bruta de Mortalidade: relação dos óbitos de
Taxa de Migração Total: Relação entre a migração
um ano com a população média desse ano e mais
total de um ano e a população média desse ano e
frequentemente, a relação entre os óbitos de um
mais frequentemente, a relação entre a migração total
período e o número correspondente de pessoas-ano
de um período e o número correspondente de
durante o período.
pessoas-ano durante esse período.
Taxa Bruta de Natalidade: relação dos nascidos Taxa de Mortalidade Infantil Néo-Natal (com
vivos de um ano com a população média desse ano e menos de 28 dias): relação entre os óbitos néo-natais
mais frequentemente, a relação entre os óbitos de (durante o primeiro mês ou as primeiras quatro
um período e o número correspondente de pessoas- semanas) durante um ano civil e os nascidos vivos
ano durante o período. durante esse ano.
140
Taxa de Mortalidade Infantil Pós Néo-Natal (de Teoria da Transição demográfica: diz-se da
28 a 365 dias): relação entre os óbitos pós néo-natais situação de uma população em que a natalidade e a
(durante o primeiro ano de vida, excepto o primeiro mortalidade, ou pelo menos um desses dois
mês ou as primeiras quatro semanas) durante um ano fenómenos, abandonaram nos seus níveis tradicionais
civil e os nascidos vivos durante esse ano. para se encaminharem para baixos níveis associados
a uma fecundidade mais controlada e à utilização de
Taxa de mortalidade infantil: relação entre os
meios modernos de luta contra a mortalidade.
óbitos de crianças de menos de um ano durante um
ano civil e os nascidos vivos desse mesmo ano civil. Teorias Demográficas: são correntes de opinião que
tentam explicar ou prever a evolução dos fenómenos
Taxa de mortalidade por idade ou grupos de
demográficos, as interacções entre estes e os
idade: Relação entre os óbitos de uma certa idade
fenómenos económicos, sociais, psicológicos, do
ou grupo de idades durante um ano e o efectivo médio
ambiente e outros, tentando prever as consequências
da população com essa idade ou grupo de idade.
que possam levar à elaboração de uma política
Taxa de mortalidade: Quando não existem factores demográfica.
perturbadores, é sinónimo de taxa bruta de
mortalidade.
141
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Anexo 1
Dados do recenseamento de 1991
151
152
153
Anexo 2
Dados das estatísticas demográficas 90/91
Nascimentos em 1990
157
Nascimentos em 1991
158
Óbitos em 1991 (1/2)
159
(cont. 2/2)
160
Anexo 3
Diagrama de Lexis
163
164
Anexo 4
Tábua de mortalidade
167
168