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METODOLOGIA DE ARTE E MOVIMENTO: CORPORIEDADE

O primeiro contato com o conhecimento teórico inicia-se ainda na Educação Infantil. Desafios
a entender as cores, as imagens, a elaborar movimentos com técnicas, entre outras
brincadeiras. É a história escolar que passamos a conhecer um pouco mais sobre esses mundos
tão ricos. Quem é o professor? Preparado para ensinar? Sua didática? E a metodologia?
Aprendemos com o nosso professor o que queremos ser.

Estudar o período da Antiguidade, da Idade Média, do Classicismo e até os nossos dias.


Compreender e entender os contextos políticos, religiosos e sociais em que as artes surgiram
dimensionarão o nosso aprendizado e os questionamentos dessas épocas e suas
transformações. Possibilitar nossos olhares em relação ao ensinar e ao aprender

Qual é a função da arte: A arte é produto do homem e nela estão registradas sua vida, sua
história e sua cultura. Função Pragmática ou Utilitária: não tem a finalidade artística e nem a
qualidade estética. Seus objetivos têm um fim, cumprem utilidade, transformam socialmente.
Ex. política, social, religiosa, pedagógica ou social. Função Formalista: sua função formal
sustenta-se em sua apresentação estética, o significado, organização dos elementos e
conceitos. Transmitir ideias e emoções pela arte. Função Naturalista: a arte avalia a correta
representação, ela retrata lugares, pessoas com perfeição técnica. O conteúdo e sua
mensagem são mais importantes que a forma.

O que é cultura: Edward B. Tylor diz que cultura é “aquele todo complexo que inclui o
conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e
aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade”.

Linguagens da arte: Além dos movimentos artísticos da arte, ela possui diferentes
modalidades. A dança, a música, as artes plásticas e visuais se diferenciam e enriquecem nosso
cotidiano. A dança – classificada como folclórica, histórica, cerimonial e étnica. Nos primórdios
da humanidade, a comunicação teve um longo processo de evolução entre os homens, que
consistia em gestos e grunhidos que imitavam os animais e os barulhos da natureza. O corpo é
um meio de comunicação, o homem passava mensagens com a linguagem com signos, gestos
e sinais. Função da dança era expressar revolta ou amor, reverenciar ou afastar deuses,
mostrar força ou arrependimento, rezar, conquistar, distrair, enfim, viver. A música é uma das
modalidades de arte mais presentes em nosso cotidiano. O poder da música – um minuto de
uma música! Em forma de arte, a música como um meio em que mensagens são transmitidas
por meio de diversos sons. Apesar de o homem pré-histórico não ter como objetivo fazer a
música em si, e sim imitar os sons da natureza por meio de sinais sonoros, como gritos, batidas
em pedras ou com ramos de árvores; o fato de produzir sons já pode indicar o início do longo
percurso percorrido pela música (FARIA, 2001, p. 4). Teatro – Na Grécia e na Roma Antiga,
estrutura ao ar livre, característica, um palco central para a apresentação de espetáculos e um
conjunto de fileiras aos espectadores. Arte que consiste em tornar uma história visualmente
verdadeira, com a participação de atores, que falam e atuam num palco, e de dramaturgos,
diretores, cenógrafos etc. Conjunto de obras dramáticas de um autor, de uma nação ou de um
período. Aparência vã, ilusão, miragem, para instruir sobre certos princípios, exemplo, modelo,
regra.
ESCULTURAS
Escultura: Substantivo feminino; Arte que se expressa pela criação de formas plásticas em
volumes ou relevos, seja pela modelagem de substâncias maleáveis e/ou moldáveis, seja pelo
desbaste de sólidos, seja pela reunião de materiais e/ou objetos diversos. Estátua ou
escultura? Estátua é uma obra de escultura criada para representar uma entidade real ou
imaginária. As estátuas típicas são em tamanho natural ou perto do tamanho natural; uma
escultura que represente pessoas ou animais na figura completa, mas que seja pequena o
suficiente para erguer e carregar é uma estatueta, enquanto uma mais que duas vezes o seu
tamanho natural é uma estátua colossal ou monumental. Estátua ou imagem? No catolicismo,
na Igreja Ortodoxa e na Igreja Anglicana, quando uma estátua representa uma divindade, um
santo ou um anjo, é ritualmente abençoada e recebe a denominação de imagem. Existem
várias técnicas de trabalhar os materiais, como a cinzelação (esculpir em pedra), a fundição
(metais), a moldagem (uso de moldes) ou a aglomeração de partículas para a criação de um
objeto (modelagem). Vários materiais se prestam a esta arte, uns mais perenes (duráveis)
como o bronze ou o mármore, outros mais fáceis de trabalhar, como a argila, a cera ou a
madeira. Modelo x molde: Modelo é a peça primeira, a materialização da ideia, criada a partir
da matéria talhada, modelada. O modelo tem a forma em positivo. O molde, confeccionado a
partir do modelo, tem a forma em negativo. O molde é a ferramenta que possibilitará a
reprodução da forma do modelo, materializando uma única réplica ou, ainda, permitindo a
formação do múltiplo. Modelagem (modelar). Moldagem (ato de moldar, usar molde).

PINTURA
Pintura: ação de pintar; arte de pintar. Arte realizada com tintas e revestimento das superfícies
por uma matéria colorida, atribuindo-lhe matizes, tons e texturas. Possui duas características
básicas: estilo e técnica. O estilo é uma espécie de assinatura visual de uma arte e a
identificação de um trabalho. Exemplo: a pintura de óleo sobre tela de Van Gogh e de Renoir.
A técnica é mais voltada para direcionar um trabalho para o seu público, as ferramentas de
trabalho e o meio de comunicação. Exemplo: o jovem se aproxima das técnicas digitais. O mais
velho, da técnica tradicional.

Tipos de pintura: Areografia, aquarela, claro e escuro, figurativo; decalque, guache, pastel, a
óleo, corporal, digital, pirografia, pistola, esfumaçada, têmpera; de ação; acrílica; em pó, etc.

Pintura rupestre: As primeiras expressões da arte eram muito simples e se passaram no


período Paleolítico. Basicamente, eram traços feitos nas paredes das cavernas. As técnicas
variavam e dependiam dos materiais empregados: soprar sangue nas mãos, pintar com carvão
vegetal nas paredes, usar excrementos pastosos, etc. Os estilos poderiam identificar uma
região, como nas artes da Serra da Capivara ou na Gruta de Lascaux. A principal característica
do período era o naturalismo. Na revolução neolítica inicia-se a agricultura, domesticação de
animais e representações de grupos. O estilo tornou-se mais simples e geométrico e sugere os
seres sem apenas reproduzi-los. Técnica com poucos traços e cores. Grande transformação da
história da arte.

Arte Egípcia: Desenvolvida pela cultura egípcia, refletiu suas crenças fundamentais. Nela a vida
humana podia sofrer interferências dos deuses. Vida pós morte mais importante que a vida
terrena. Estilo: intimamente ligado à religião, servindo de difusão de preceitos e crenças.
Rígidos padrões e regras, podando a criatividade e imaginação do artista. Técnica: baixos-
relevos e a lei do frontalidade. Em oposição ao naturalismo, os seres humanos eram
representados como ilusão da realidade. Frontalidade: tronco das figuras era representado de
frente, enquanto a cabeça, as pernas e os pés eram vistos de perfil. A pintura – no Novo
Império surgiram criações artísticas mais leves e de cores mais variadas que as dos períodos
anteriores. Por motivos políticos, abandona-se a rigidez das posturas e ganha-se movimentos.

Pintura Idade Média: Três mudanças marcaram a civilização: deslocamento da liderança


cultural do norte do Mediterrâneo para a Europa central. Triunfo do cristianismo sobre o
paganismo e o barbarismo. Ênfase para o além e para a salvação da vida eterna ao invés do
aqui e agora. Tipos de pinturas: telas e afrescos. No estilo há desinteresse pela representação
realista do mundo. Proibição dos nus, interesse pela alma e os dogmas da Igreja. As técnicas
refletiam o ideal cristão: discretos no exterior, mas refulgentes espiritualmente, simbólicos do
interior. Teólogos acreditavam que os cristãos aprenderiam a apreciar a beleza divina através
da beleza material. Profusão de pinturas, mosaicos e esculturas.

As pinturas no Renascimento italiano: Reviver da cultura clássica, do ideal humanista em


oposição ao ideal divino. Tendência para interpretação científica do mundo. As três conquistas
da técnica: estudos da perspectiva de acordo com a matemática e geometria. Com a
perspectiva e a profundidade vieram a criação do claro-escuro ou luz e sombra. Preocupação
com o volume das formas e o retorno do realismo. Surgimento do estilo pessoal: criador
individual e autônomo. Expressão e criação a partir dos próprios sentimentos e ideias. Fra
Angélico: a conciliação entre o terreno e o místico. Leonardo da Vinci: conhecimento científico
e a arte. Michelangelo: a genialidade a serviço da expressão da dignidade humana. Rafael: o
equilíbrio e a simetria.

A arte dos indígenas brasileiros: Representa mais as tradições de suas comunidades do que a
personalidade de quem faz. Os estilos são variados porque classificam cada comunidade ou
povo. Fase Marajoara das cerâmicas: Ilha de Marajó, incisões (sulcos) e pintura bicromática ou
policromática. Pintura corporal: transmitir ao corpo a alegria contida nas cores vivas e
intensas. Cores mais utilizadas: vermelho do urucum, o negro esverdeado do jenipapo e o
branco da tabatinga, da argila. Tribo dos Kadiwéu tem as pinturas mais elaboradas.
Geométrico e de uma beleza de equilíbrio complexo. Lévi-Strauss: rosto mostra a dignidade,
cultura, natureza e evolução do homem. Função sociológica. Aparecem também em vasos e
pratos, esteiras de couro e abanos.

A pintura barroca, a pintura romântica e a expressionista: Pintura barroca: disposição dos


elementos em diagonal. Acentuado contraste do claro-escuro que aumenta o drama e o
sentimento. Temas voltados para a religiosidade, nobreza e o povo simples. Caravaggio:
modelos entre músicos, vendedores e pessoas do povo. Luz que destaca figura do homem
intencionalmente para atrair a atenção do observador. Pintura romântica: nova força no
paisagismo. Realismo e transformações das cores da natureza de acordo com a luz do Sol.
Antecipa o impressionismo francês. William Turner: mistura atmosfera pessoal com
movimentos na paisagem através da luz. Cria visões douradas com cores puras. Pintura
impressionista: reação ao impressionismo. Preocupa-se com as emoções, angústias e
psicologia. Edvard Munch: efeitos de suas emoções, não se preocupava com as formas reais.

A pintura no Cubismo, Abstracionismo e no Surrealismo: Cubismo: as formas da natureza


como cones, esferas e cilindros. Representar os objetos com todas as partes num mesmo
plano. Analítico, Sintético e Colagem. Picasso: fase azul (tristeza dos pobres) e fase rosa
(acrobatas e arlequins). Fase africana e a liberdade individual. Fase cubista e a destruição da
realidade. Abstracionismo: ausência da relação das formas, perspectiva e cores, com o objeto
real, do homem e da realidade. Serviu como base do construtivismo. Kandinsky: técnica com
materiais diversos, como metais, vidros e madeira. Cria-se o estilo Informal e o Geométrico.
Surrealismo: estudos de Freud e incertezas políticas geram uma arte que foge do real. Sonhos
e alucinações. Salvador Dalí: recusar a lógica que rege a vida comum e desacreditar da
realidade tal qual como percebemos.

FOTOGRÁFIA – PRINCIPIOS E TÉCNICA


A fotografia não aconteceu a partir de uma única fonte genial, nem o crédito de sua
descoberta pertence a um único criador. Deu-se com a montagem de um quebra-cabeça,
resultado de inúmeras contribuições ao longo do tempo. Foi um lento processo unindo as
descobertas ópticas e químicas e a evolução da sociedade como um todo.

Câmera escuro: Foi Leonardo Da Vinci – um dos mais importantes expoentes renascentistas –,
por volta de 1554, que descreve o fenômeno e a utilidade da câmera escura para a pintura.

Evolução rumo à fotografia: Com a invenção do vidro, usou-se uma lente sobre o orifício e um
jogo de espelhos, deixando assim a caixa cada vez menor. Até esse momento, a câmara escura
tinha função restrita ao desenho e à pintura e ainda não consideramos fotografia

A química e a primeira fotografia: Paris, 1826, o químico e litógrafo francês Joseph Nicéphore
Niépce consegue registrar sua primeira imagem utilizando a câmera escura ao recobrir uma
placa de estanho com betume da Judeia, material fotossensível.

A fotografia para o mundo: Niépce associou-se ao também francês, Jacques Daguerre,


prosseguindo juntos nos avanços químicos de imagens impressionadas. Niépce morre e, em
1839, Daguerre apresenta a invenção ao mundo.

O daguerreótipo: Em Paris, no dia 19 de agosto de 1839, Daguerre apresenta à comunidade


científica em Paris e à Academia de Belas Artes “o invento”, batizando-o com seu nome:
daguerreotipia. O estado francês compra a patente do daguerreótipo e o coloca gratuita e
democraticamente à disposição do público. O invento divide opiniões. A disseminação da
fotografia desenvolveu tanto fascinação quanto terror. Muitos consideravam a fotografia uma
invenção demoníaca.

Reprodução em série: William Henry Fox-Talbot foi considerado o primeiro fotógrafo a


registrar uma imagem pelo processo negativo/positivo, permitindo obter várias cópias a partir
de uma matriz. A técnica ficou conhecida como talbotipia, patenteada na Inglaterra, em 1841.
A fotografia se difundiu rapidamente, principalmente, nos países onde a Revolução Industrial
se fazia mais evidente.

Os estúdios fotográficos: Em 1842, surgem os estúdios para retratos e o carte-de-visite que


tornou-se o modismo predileto na Europa.

Civilização da imagem: Em 1888, o norte-americano George Eastman introduziu no mercado a


máquina fotográfica portátil da Kodak. O sucesso foi tanto que foram vendidas no mesmo ano
90.000 câmeras com o slogan: “aperte o botão, nós faremos o resto”.
A fotografia no Brasil: Em 1840, a novidade foi trazida ao Rio de Janeiro pelo abade francês
Louis Compte, a quem se devem as primeiras demonstrações do daguerreótipo no Brasil. O
imperador Dom Pedro II torna-se praticante, colecionador e mecenas da nova arte e o
primeiro monarca do mundo a ter seu fotógrafo oficial.

Hercules Florence: O francês Hercules Florence viveu na Vila de São Carlos por quase 50 anos e
aplicou-se a uma série de invenções. Em 1832, descobriu um processo de reproduzir pela luz
do sol que chamou de Photographie. Totalmente isolado, acabou não sendo reconhecido
mundialmente por suas descobertas.

A cultura fotográfica: Pouco após a popularização do uso da fotografia, representantes


expressivos da cultura francesa menosprezavam publicamente a fotografia. A fotografia era
vista como um produto industrial e acessório auxiliar dos retratistas, negando-a como forma
de expressão artística.

A fotografia influenciando as artes plásticas: Em meio a isso tudo foi gerado o mais
importante movimento artístico dessa época: O Impressionismo. Impressionismo é o
movimento das artes plásticas iniciado em Paris, no ano de 1874, com a exposição realizada no
estúdio do fotógrafo Félix Nadar.

A experimentação artística: A luz, os ângulos inesperados e a espontaneidade dos fatos


captados pela fotografia influenciaram esses pintores. O movimento impressionista foi a porta
de entrada para a experimentação que tomaria conta do cenário artístico do século XX. O
início da Arte Moderna.

A fotografia é arte? A questão sobre a aceitação ou a rejeição da fotografia como arte gera
uma busca de identidade por parte dos fotógrafos. O movimento fotográfico chamado
pictorialismo foi uma tentativa mais séria dos fotógrafos para sua aproximação com a pintura.
A inglesa Julia Margaret Cameron foi uma de suas maiores expoentes. Usa o desfoque
proposital, manipula o negativo e cópias para assim os tornar únicos.

Fotografia e a arte contemporânea: O papel da fotografia no trabalho dos artistas, na maioria


pintores, que viriam a constituir a arte contemporânea, tem o reconhecimento como
instrumento indispensável sob o ponto de vista técnico e, sobretudo, simbólico.

Técnica de expressão: A fotografia, cuja principal preocupação na modernidade era a


originalidade do fotógrafo, atualmente é considerada pelos críticos e historiadores de arte
como técnica de expressão artística de múltiplas possibilidades.

Fotojornalismo:

- A fotojornalismo oferece credibilidade ao texto.

- Informa, denuncia, revela, opina, expõe e mostra.

- A finalidade primeira da fotojornalismo é informar.

É uma atividade sem fronteiras claramente delimitadas. Podendo transitar por diversos
caminhos, mas que se dirige a uma mesma finalidade: informar. A imagem complementa a
notícia e a legenda esclarece o fato pictórico. Atualidades, denúncias, prestação de serviços,
esporte, lazer, cultura etc. Para uma fotografia jornalística ter qualidade, ela precisa unir a
força da notícia à força visual. O fotojornalista precisa usar sua intuição, sensibilidade e
procurar novos ângulos, composições diferentes. Deve encontrar o “instante decisivo” descrito
pelo fotógrafo francês Henri-Cartier Bresson (1908-2004).

Fotografia etnográfica: Para que uma fotografia seja considerada uma fotoetnografia, ela
precisa ser utilizada como instrumento principal na realização de um trabalho etnográfico. Os
parâmetros adotados na realização de um trabalho fotoetnográfico seguem a linha da
antropologia visual. Quanto melhor o resultado imagético, mais rico em detalhes se
apresentará esse material para análise nas pesquisas.

No Brasil, Pierre Verger: Fotógrafo francês que desembarcou na Bahia, em 1946, para passar
algumas semanas e acabou permanecendo por quase cinquenta anos, instalando-se em
Salvador. Verger contribuiu ativamente para toda a legitimação da “tradição africana” no
Brasil. Faleceu em 1996, aos 93 anos de idade, deixando um acervo aproximado de 62 mil
negativos fotográficos.

A câmera analógica: Equipamentos que utilizam películas, os filmes fotográficos. São


máquinas convencionais que permitem imagens de alta qualidade com os princípios básicos da
técnica fotográfica. Utilização atual restrita a nichos de mercado e aficionados por fotografia:
puristas, amantes da foto e “fine art”.

Câmeras com filmes 35mm: Grande evolução introduzida no mercado em 1914. A câmera
alemã LEICA utilizava o filme com formato 35mm destinado ao uso cinematográfico.
Equipamento leve, compacto, com alta qualidade óptica

As câmeras da fotojornalismo moderna: Câmeras mais leves, rápidas e objetivas luminosas.


Henri Cartier Bresson e o fotojornalismo.

Câmeras compactas x câmeras reflex: Concepções diferentes. Tamanho, peso, qualidade


ótica, recursos e custo. Objetivo do fotógrafo.

Escrever com a luz: Do grego: foto = luz, grafia = escrita São três os fundamentos para
controlar a luz na câmera fotográfica e obter uma fotografia exposta corretamente: 1. O
tempo de luz, determinado pelo obturador. 2. A quantidade de luz, determinada pelo
diafragma. 3. A sensibilidade do filme, determinada pelo ISO.

A câmera e o olho humano: São várias as semelhanças no funcionamento de uma câmera


fotográfica e do olho humano: Temos, portanto, uma relação de função entre a íris do olho e o
controle de diafragma nas objetivas fotográficas. O diafragma fica no centro da objetiva e
controla a quantidade de luz que passa exatamente como em nossa íris. A escala da abertura
de diafragma é chamada de números “f” . É uma escala padronizada utilizada em todas as
objetivas. Objetivas luminosas = objetivas claras = passam mais luz. As objetivas focam objetos
em um único plano. A área nítida anterior e posterior a esse objeto focado recebe o nome de
profundidade de campo. Relação direta ao uso do número “f ”

Ampliação papel: a bancada úmida: Bandejas, pinças, termômetro e soluções preparadas.


Determina-se o tamanho da ampliação e tempo de exposição. Expõe a papel com uso do
timer. Levamos o papel para revelar na bancada úmida. Revelação de foto: O filme é enrolado
em carretel em ambiente sem luz. Processo de revelação em tanque estanque de revelação.
COMPOSIÇÃO E PROJETO GRÁFICO
Para começar, vamos decodificar a percepção para compreender a arte a partir da visão de
três autores: John Dewey: “Para perceber, o espectador ou observador tem de criar sua
experiência”. Humberto Maturana e Francisco Varela: “relaciona-se com o fenômeno do
conhecimento sendo um ato cognitivo”. Georges Didi-Huberman: “O contemporâneo, para
Agamben, aparece somente ‘na defasagem e no anacronismo’ em relação a tudo o que
percebemos como nossa ‘atualidade’ ”. Divisão em 4 partes: como ler a obra de arte, a
produção e a pesquisa, a história da arte e suas referências, interpretação nas diferentes áreas
da arte. Percepção: entender a arte e a busca de referências nas obras do passado. Como ler
uma obra de arte por Paulo Freire: “aprendemos a ler a palavra só depois de já estarmos
imersos num mundo de sons e significados”. Tipos de leitura por Maria Helena Martins:
“leitura como decodificação mecânica e como um processo de compreensão” e Ana Mae
Barbosa: “temos que alfabetizar para a leitura da imagem”. Descrição: a materialidade da obra
e os aspectos formais, materiais, técnicas, dimensão da obra, elementos da imagem, relação
dos elementos, título e ambiente expositivo. Como ler uma obra de arte Aby Warburg: o atlas
Mnemosine e a montagem. “Tornar comensurável o conjunto dos materiais visuais
empregados (gravura, pintura, desenho, colagem, escultura...) e de distribuí-los no espaço”.
Grupo µ e a retórica da imagem: “transformação regulamentada dos elementos de um
enunciado, assim o receptor deve sobrepor dialeticamente um grau concebido” e a retórica
segundo Lúcia Santaella e Julián Andueza. O contextual por Hal Foster: “diferença entre visão
(dinâmica visual em nossas retinas) e visualidade (construção cultural)”. A melhor solução para
a leitura da obra é conjugar múltiplos modos de se ler, assim, ampliam-se e tornam-se plurais
suas interpretações. A produção por Analice Dutra Pillar: “ler novamente é reinterpretar, é
criar novos significados”. Contextos e pesquisas: leitura da obra e a investigação intertextual
para se desenvolver a partir de outros textos. O contexto biográfico: obra pretende conhecer
não a obra em si, mas o seu criador; conjugando, por um lado, a leitura da vida do autor. O
contexto da história da arte: compreender a história da arte no seu sentido cronológico. O
contexto do curador: fornecer a leitura do curador sobre a obra de arte em questão e sua
exposição. O contexto histórico, político, cultural ou tecnológico. Ana Mae Barbosa:
fundamenta o seu uso na vertente construtiva e criadora, em que o estudo da história da arte
será sempre revisto e atualizado a partir do tempo presente de quem estuda. A evolução da
arte visual na história e sua relação com o contemporâneo: extrair as principais características
da arte antiga, para a criação do novo baseado no passado. Arte rupestre e a comunicação,
sinalética e mídia exterior das Olimpíadas de Pequim. Arte egípcia e a capa do livro “O sinal da
sombra”, de Alberto Osório de Castro. Arte grega e a ilustração digital vetorizada. A história da
arte e as referências do passado Arte bizantina e o painel em Aparecida, de Cláudio Pastro.
Arte gótica e a ilustração moderna e verticalizada, de Garland, da Catedral de Notre Dame. A
busca de referências no passado: Ana Mae Barbosa defende que o exercício e a busca pelo
conhecimento aumentam nosso potencial criativo. Maria Carla Prette: a arte é um poderoso
meio de comunicação. Precisamos decodificar sua mensagem e extrair os elementos de
compreensão sobre a arte antiga. Análise das obras antigas por Prette: estudo em nove partes
– emissor, mensagem, código, meio, receptores, contexto, comitente, função da obra e estilo
do artista. Modos de descrever, refletir, analisar, ler, entender, interpretar algumas obras
atuais e seus artistas contemporâneos e referir-se a elas. Leitura de obra de arte: leituras sob o
ponto de vista de três áreas do conhecimento das artes visuais e que abordam a seleção, a
significação e a interpretação acerca da arte. A arte pela ótica do próprio artista: o artista
português, Rui Chafes, em exposição individual. Elabora o texto press release da sua própria
exposição “Tranquila ferida do sim, faca do não”. Tenta empregar o texto com a própria
poética que existe em seu trabalho, de maneira a não explicar, mas despertar no leitor a
capacidade de imaginar. Leitura das obras e a interpretação nas diferentes áreas da arte. A
arte pela ótica do curador: Nuno Faria é o curador e diretor artístico do Centro Internacional
das Artes José de Guimarães, CIAJG. A exposição inaugural do CIAJG foi intitulada “Para além
da história” e reunia numa mesma montagem peças das coleções de José de Guimarães. É uma
apresentação da sala e da obra, uma vez que as duas são a mesma coisa. Estava presente na
exposição como texto de parede e constitui parte do corpo do catálogo. Sob a perspectiva da
retórica da imagem: duas bases bibliográficas: livro “Tratado del Signo Visual”, do Grupo µ
(1993) e o texto de Júlian Irujo “Utilización retórica del mito de la Gioconda en la publicidad y
en el arte”. Leitura das obras e a interpretação nas diferentes áreas da arte. Compreender
como se dá o processo retórico da imagem: devemos antes saber qual é o seu uso normal,
norma ou nível zero, para então descobrir o desvio sobre o qual o processo retórico irá atuar.
A retórica é a transformação formal dos elementos de um enunciado, de tal forma que na
mesma intensidade da percepção de um elemento manifesto no enunciado, o receptor deve
supor dialeticamente a intensidade da concepção. A retórica atua como metodologia de
análise de imagens e busca, desse modo, refletir sobre como as imagens atuam e significam.

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