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Memória Histórica da Guaramiranga

As informações que chegavam aos portugueses sobre a Serra eram excelentes: Abundancia de frutas
silvestres, água corrente perene, solo fértil e principalmente um clima ameno, parecido com o europeu. Os
índios do litoral tinham por aquela serra grande respeito e admiração. Chegavam a contar lendas sobre sua
conquista e povoamento, que segundo eles teriam sido feitos por um bravo guerreiro vindo das bandas do
Jaguaribe (ALENCAR, 1991).
Os primeiros portugueses que chegaram ao sopé da serra eram provenientes das regiões de Beberibe e
Aquiraz, que subiram pelo vales dos rios, principalmente o Choró. Os Jesuítas já haviam alcançado a serra
por volta de 1655, quando formaram uma missão para catequizar os índios, principalmente as tribos dos
Tapuias ou Paiacus. Essa missão se instalou no lugar chamado Comum, hoje Tijuca, onde o ouvidor achou
inconveniente erigir uma Vila em razão de sinuosidade de terreno e da estreiteza do platô, sendo transferida
para o lugar onde hoje se localiza a cidade de Baturité (STUDART FILHO, 1965, p.140). 
Esses índios provavelmente provenientes do Jaguaribe e que ali estavam instalados, viviam de um modo
muito primitivo, sem conhecimento dos metais, fabricavam suas armas e utensílios domésticos com pedras
pacientemente modeladas. Seu grupo biológico se caracterizava pela robustez e grande estatura de seus
homens, com ossos grossos e fortes, cabeça grande e espaça, cor atrigueirada, cabelos pretos pendentes
sobre o pescoço, cortado igualmente acima das orelhas. Além dos Paiacus viviam dispersados sobre a serra
os seguintes grupos indígenas: Canindés, Jaguaribaras e Apuiarés (STUDART FILHO, 1965).
As aquisições de terra nas baixas imediações da serra foram feitas por sesmarias doadas aos pioneiros que
subiam nos vales dos rios, em um verdadeiro movimento de bandeirismo, porém nenhuma destas entradas
aventurava-se às abas da serra, ficando tão somente restrita aos pés da serra. 
As partes mais elevadas, em virtude das dificuldades que ofereciam à conquista, formavam verdadeiros
esconderijos de índios fugitivos, cobertas de matas espessas, formando uma frondosa selva de pau d’árco,
jacarandá, maçaranduba, algelis, pirauás e inúmeras quantidades de arbustos e trepadeiras. Em razão da sua
ferocidade e da resistência aos colonizadores, os Paiacus foram os mais perseguidos. Em 1713, descontentes
com a perda de suas terras, aliaram-se aos Jaguaribaras e saquearam Aquiraz; a partir de então foram
violentamente perseguidos. A ordem real era matar todos os índios homens que pegassem em armas, e
grande parte da população indígena foi morta sem dó (LEAL, 1981).
Na serra propriamente dita, correspondentes às atuais localidades de Mulungu, Guaramiranga e Pacoti, foi
muito demorada a chegada do colono branco. Foi em Conceição (atual Guaramiranga) que se deu a primeira
ocupação com a instalação do sítio Macapá, pelo Capitão João Rodrigues de Freitas, no
século XVIII, nos anos finais dos setecentos (LEAL, 1981).
As condições arriscadas de penetração, caminhos inadequados, escorregadios e ondulados, existência de
índios rebeldes desconfiados da amizade dos brancos, fizeram com que se considerassem as terras serranas
sem préstimo e sem valor. Este pensamento perdurou por muito tempo, só começando a ser modificado com
as crises climáticas que castigaram o Ceará nos anos de 1777-1778 e 1790-1793 (conhecidas como seca dos
três setes e seca grande, respectivamente). “Esta ultima foi tão terrível e rigorosa, que durou quatro anos,
destruiu e matou quase todo o gado do sertão” (POMPEU, 1909).
Nessa época, os sertanejos, temerosos das desgraças da fome, sede e morte do gado, procuraram aproximar-
se das serras, garantindo assim um local para refrigerar os rebanhos e para saciar a própria sede. 
Com a perseguição sofrida, os selvagens foram por fim dominados e reunidos no pé da serra, na aldeia de
índios de Monte-Mor, o Novo da América (Hoje Baturité). Livre dos índios passou a Serra a ser procurada
pela população sertaneja durante os calamitosos anos de seca. Assim os fazendeiros do sertão, reunindo
dinheiro e recursos que podiam dispor, partiam para a serra com a família e os escravos, levando apenas os
animais necessários à sua condução e algumas vacas leiteiras. Dirigiam-se aos lotes de terras devolutas que
tiveram de comprar aos primeiros exploradores que vendo a oportunidade de um bom negócio, haviam-nos
precedido, abrindo picadas na mata virgem, assinalando a posse que faziam junto às autoridades fiscais
(POMPEU, 1909). 
O ponto decisivo para a conquista da área serrana se deu pela excelente adaptação do café em suas terras
úmidas e férteis, sendo introduzido por Antônio Pereira de Queiroz Sobrinho, vindos das plagas do Cariri,
descendente de Pernambuco (UCHOA, 1954, p. 182).
A partir de então, ocorreu verdadeira corrida pela aquisição das terras serranas, e para lá se deslocaram
muitos dos ricos fazendeiros e seus descendentes, principalmente dos sertões de Quixadá e Canindé.
Subiram a serra em busca de fortuna as famílias Queiroz, Holanda, Pimentel, Caracas, entre tantas outras.
Em pouco tempo, a área serrana apresentava notável influência no cenário estadual, produzindo frutas e
legumes para a Capital, cana-de-açúcar (transformada em rapadura) para os sertões arredores, além do
algodão arbóreo cultivado nos pés da serra e principalmente café, que já em 1846, juntamente com o de
Maranguape, era exportado em toneladas para a Europa (PRATA, 1983, p.174).
Estudioso moderno, Prado (1994) reconhece a vital importância da serra de Guaramiranga no
desenvolvimento histórico de Ceará, ao ponto de afirmar: Uma característica do litoral cearense que impediu
que sua faixa costeira permanecesse inteiramente deserta foram as serras que em maciços isolados aliaram-
se sucessivamente ao longo da costa [...] destacando por isso estas elevações como oásis de terras férteis e
cultiváveis em meio da aridez que o cercam. Tais serras atraíram e fixaram algum povoado que procura sua
saída pelo mar próximo [...] Fortaleza que será a capital da capitania graças a sua posição central [...] e
sobretudo a fertilidade da Serra de Guaramiranga, que forma a sua hiterlândia (PRADO, 1994, p.46).
No alto da serra, Vitoriano Correia Vieira comprou o sítio Conceição do posseiro Francisco Félix. Como era
muito religioso, mandou construir uma capela. Com a construção do templo e do cemitério, o pequeno
povoado em franca prosperidade passou a ser conhecido como povoado de Conceição, e em poucos anos era
uma verdadeira vila. O pequeno povoado tornou-se o principal ponto de encontro dos ricos proprietários da
serra que se reuniam habitualmente para discutir um pouco de política e muito de negócios, pois o ponto
representava uma espécie de “bolsa comercial” da zona, visto ser ali que geralmente se combinavam grandes
transações de empréstimos, e, com mais freqüência, as liquidações sumárias das hipotecas. Com o
crescimento do povoado, elevou-se à categoria de Matriz a Capela de Nossa Senhora da Conceição. Como
prova de prestigio da região e o seu reflexo na vida política da Província, o Príncipe Imperial, Conde d’Eu,
esposo da Princesa Isabel, em sua visita ao Nordeste, em 1889, foi até Conceição. 
Em setembro de 1890, Conceição foi decretada vila e ascendeu à categoria de Município de Guaramiranga
no mesmo mês e ano. Posteriormente foi anexada e emancipada duas vezes até o enquadramento definitivo
como município em 1957 (PREFEITURA, 2003). As informações que chegavam aos portugueses sobre a
Serra eram excelentes: Abundancia de frutas silvestres, água corrente perene, solo fértil e principalmente um
clima ameno, parecido com o europeu. Os índios do litoral tinham por aquela serra grande respeito e
admiração. Chegavam a contar lendas sobre sua conquista e povoamento, que segundo eles teriam sido
feitos por um bravo guerreiro vindo das bandas do Jaguaribe (ALENCAR, 1991).
Os primeiros portugueses que chegaram ao sopé da serra eram provenientes das regiões de Beberibe e
Aquiraz, que subiram pelo vales dos rios, principalmente o Choró. Os Jesuítas já haviam alcançado a serra
por volta de 1655, quando formaram uma missão para catequizar os índios, principalmente as tribos dos
Tapuias ou Paiacus. Essa missão se instalou no lugar chamado Comum, hoje Tijuca, onde o ouvidor achou
inconveniente erigir uma Vila em razão de sinuosidade de terreno e da estreiteza do platô, sendo transferida
para o lugar onde hoje se localiza a cidade de Baturité (STUDART FILHO, 1965, p.140). 
Esses índios provavelmente provenientes do Jaguaribe e que ali estavam instalados, viviam de um modo
muito primitivo, sem conhecimento dos metais, fabricavam suas armas e utensílios domésticos com pedras
pacientemente modeladas. Seu grupo biológico se caracterizava pela robustez e grande estatura de seus
homens, com ossos grossos e fortes, cabeça grande e espaça, cor atrigueirada, cabelos pretos pendentes
sobre o pescoço, cortado igualmente acima das orelhas. Além dos Paiacus viviam dispersados sobre a serra
os seguintes grupos indígenas: Canindés, Jaguaribaras e Apuiarés (STUDART FILHO, 1965).
As aquisições de terra nas baixas imediações da serra foram feitas por sesmarias doadas aos pioneiros que
subiam nos vales dos rios, em um verdadeiro movimento de bandeirismo, porém nenhuma destas entradas
aventurava-se às abas da serra, ficando tão somente restrita aos pés da serra. 
As partes mais elevadas, em virtude das dificuldades que ofereciam à conquista, formavam verdadeiros
esconderijos de índios fugitivos, cobertas de matas espessas, formando uma frondosa selva de pau d’árco,
jacarandá, maçaranduba, algelis, pirauás e inúmeras quantidades de arbustos e trepadeiras. Em razão da sua
ferocidade e da resistência aos colonizadores, os Paiacus foram os mais perseguidos. Em 1713, descontentes
com a perda de suas terras, aliaram-se aos Jaguaribaras e saquearam Aquiraz; a partir de então foram
violentamente perseguidos. A ordem real era matar todos os índios homens que pegassem em armas, e
grande parte da população indígena foi morta sem dó (LEAL, 1981).
Na serra propriamente dita, correspondentes às atuais localidades de Mulungu, Guaramiranga e Pacoti, foi
muito demorada a chegada do colono branco. Foi em Conceição (atual Guaramiranga) que se deu a primeira
ocupação com a instalação do sítio Macapá, pelo Capitão João Rodrigues de Freitas, no
século XVIII, nos anos finais dos setecentos (LEAL, 1981).
O ponto decisivo para a conquista da área serrana se deu pela excelente adaptação do café em suas terras
úmidas e férteis, sendo introduzido por Antônio Pereira de Queiroz Sobrinho, vindos das plagas do Cariri,
descendente de Pernambuco (UCHOA, 1954, p. 182).
A partir de então, ocorreu verdadeira corrida pela aquisição das terras serranas, e para lá se deslocaram
muitos dos ricos fazendeiros e seus descendentes,
Tais serras atraíram e fixaram algum povoado que procura sua saída pelo mar próximo [...] Fortaleza que
será a capital da capitania graças a sua posição central [...] e sobretudo a fertilidade da Serra de
Guaramiranga, que forma a sua hiterlândia (PRADO, 1994, p.46).
Com o crescimento do povoado, elevou-se à categoria de Matriz a Capela de Nossa Senhora da Conceição.
Com a perseguição sofrida, os selvagens foram por fim dominados e reunidos no pé da serra, na aldeia de
índios de Monte-Mor, o Novo da América (Hoje Baturité). Livre dos índios passou a Serra a ser procurada
pela população sertaneja durante os calamitosos anos de seca.
O ponto decisivo para a conquista da área serrana se deu pela excelente adaptação do café em suas terras
úmidas e férteis, sendo introduzido por Antônio Pereira de Queiroz Sobrinho, vindos das plagas do Cariri,
descendente de Pernambuco (UCHOA, 1954, p. 182).

História
Guaramiranga é um município brasileiro do estado do Ceará. Está localizado na região serrana do
estado, microrregião de Baturité e mesorregião do Norte Cearense, a 110 km da capital do estado, Fortaleza.
Segundo estimativa de 2014 do IBGE, o município tinha cerca de 4,164 habitantes e 59 km² de área. Sua
sede se localiza a 865 metros de altitude. A cidade está situada na Área de Proteção Ambiental da Serra de
Baturité. É o menor município do Ceará.
O município se destaca como destino turístico pelo clima frio ao longo de todo o ano, rica fauna,
movimentada cena artística e importantes construções históricas. É um dos municípios com menor média
anual de temperatura da Região Nordeste. Faz parte do Polo da Serra de Guaramiranga.
É a terra natal do cientista cearense Fernando de Mendonça, um dos pais do Programa Espacial Brasileiro,
que trabalhou como representante do Brasil junto à NASA e foi o primeiro diretor do INPE; além de terra
natal, também, do jurista José Linhares, ex-presidente república.
As terras da atual Guaramiranga eram habitadas por várias etnias. A principal delas era a Kanyndé. Com a
criação da Missão da Palma, durante o século XVIII, para a evangelização dos silvícolas, e a expansão da
pecuária e as plantações de café no século XIX, consolidou-se o centro urbano que hoje se chama
Guaramiranga.

HOSPITALIDADE
O Cearense é um povo leve, gentil, engraçado e hospitaleiro por excelência. Essa característica deixa o
convívio de qualquer viagem leve e prazerosa. O destino Guaramiranga apresenta muitos encantos, mas
quem de fato enriquece as experiências da viagem são as pessoas do lugar. Aproveite para conversar, saber o
que pensam, como vivem, que experiências têm pra contar. A cidade oferece uma razoável oferta hoteleira,
distribuída entre pequenos hotéis e pousadas, os quais possuem em torno de 1.500 leitos. Esta oferta é
composta por uma diversidade de estilos e propostas que contemplam todos os perfis de quem quer conhecer
Guaramiranga. Existem equipamentos para todos os gostos...Alguns com características românticas, outros
que expressam a total tranquilidade e outros totalmente integrados à natureza. 

GASTRONOMIA
Diversidade é o que não falta na oferta de serviços de alimentação. Da simplicidade das tapiocas e do pão
quentinho com nata do Quiosque da Claudinha até os mais sofisticados pratos da cozinha internacional, a
Gastronomia em Guaramiranga é um atrativo a parte. Você pode realizar um Tour Gastronômico com
diferentes experiências ao seu paladar. Culinária Regional, Contemporânea, Italiana, Alemã e Suíça
(Fondues) além dos cafés, chocolateria, delícias caseiras como doces e geleias agradam a todos os públicos
que frequentam Guaramiranga. Já no quesito Bebidas o vinho traz seu Bouquet e charme para seus amantes.
Com diferentes Castas é a bebida preferida no friozinho da serra. 
ETIMOLOGIA
O topônimo Guaramiranga vem do Tupi guará (vermelho) e miranga ou piranga (garça),
significando Pássaro Vermelho. Sua denominação original era Conceição, porém, desde 1890, possui o
nome Guaramiranga.

ECONOMIA
A base da economia local está assentada no setor de serviços, por meio do turismo, e na produção de
gêneros agrícolas tradicionais, como o café, algodão, banana, arroz, cana-de-açúcar, milho e feijão; além
da pecuária, em menor escala: bovinos, suínos e avícolas. Existem, ainda, duas indústrias de produtos
alimentares.

TURISMO
O turismo representa um forte componente da economia do município, graças a atrativos como
o clima serrano, belas paisagens e eventos acolhidos durante todo o ano, como o Festival de Jazz e Blues.
Guaramiranga é um dos mais disputados destinos de carnaval dos cearenses, pois oferece opção para aqueles
que preferem ficar longe do forró e do axé, que normalmente são dominantes no litoral do estado. Nesse
período, a cidade abriga o Festival de Jazz e Blues de Guaramiranga – evento que conta com a participação
de grandes nomes da música nacional e internacional. Nas noites frias da pequena cidade, a música entretém
uma multidão de apreciadores, que lotam as ruas e hospedagens, muitas vezes improvisando barracas de
acampamento e casas alugadas por moradores.
Além das atrações culturais, Guaramiranga é conhecida pelos atrativos naturais. Por estar localizada
no Maciço de Baturité, região serrana a 865 metros acima do nível do mar, as temperaturas são amenas,
geralmente entre 16 e 25º, embora, no mês de julho, a temperatura possa atingir 12°C. Por essas condições
climáticas, é popularmente conhecida como “suíça cearense”.  A vegetação é composta de mata atlântica.
Guaramiranga é conhecida também por “cidade das flores”. A origem desse título reside na tradição do
cultivo de rosas no Maciço de Baturité.
Os prédios históricos e seu valor histórico são outra característica do município. A Pousada dos
Capuchinhos, antes um mosteiro, é um dos principais pontos turísticos da cidade, mesmo para aqueles que
não estejam lá hospedados; os cantos gregorianos são tradição, entoados nas manhãs do antigo prédio
religioso. A beleza do antigo mosteiro se estende, ainda, por seus jardins e fontes.
As trilhas ecológicas são uma forte atração da região. Há, ainda, a Cachoeira do Perigo, localizada em
Baturité.
Nas rotas turísticas de Guaramiranga há também o Pico Alto, local de maior altitude no Maciço de Baturité,
com 1115 metros, e, consequentemente, de menores temperaturas, que podem chegar a 10°C em julho. Lá
existe, ainda, um mirante onde os visitantes podem ver o pôr do sol.
Juntamente com as cidades de Palmácia, Pacoti, Mulungu e Aratuba, faz parte da Rota Turística Serra de
Guaramiranga.
Saiba mais sobre turísmo 

HIDROGRAFIA E RECURSOS HÍDRICOS


As principais fontes de água fazem parte da bacia Metropolitana, sendo elas os rio Pacoti e os riachos
Candeias e Sinimbú, todos afluentes do rio Aracoiaba.
RELEVO E SOLOS
Localizado no Maciço de Baturité, tem como principal elevação o Pico Alto, com 1 115 metros acima
do nível do mar. Foi registrado a ocorrência de caolim, uma variedade da argila, em seu território.
VEGETAÇÃO
A região possui uma vegetação diversificada, variando desde a caatinga arbustiva
densa, floresta subcaducifólia tropical, floresta úmida semiperenofólia, floresta úmida semicaducifólia,
floresta caducifólia à mata ciliar.

CLIMA
O clima da região é tropical úmido, com pluviometria média de 1 730 milímetros anuais
e chuvas concentradas de janeiro a julho.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1961 a 1970, 1973
a 1984 e a partir de 1992, a menor temperatura registrada em Guaramiranga foi de 10 °C em 27 de junho de
1963, e a maior atingiu 31,2 °C em 27 de outubro de 1963. Os maiores acumulados de precipitação em 24
horas foram 134 mm 8 de janeiro de 2002. Outros grandes acumulados foram 128 mm nos dias 14 de junho
de 1994 e 25 de janeiro de 2011 e 100,2 mm em 27 de janeiro de 1977. O menor índice de umidade relativa
do ar foi registrado na tarde de 6 de outubro de 2014, de 33%.

POLÍTICA
A administração municipal localiza-se na sede, Guaramiranga.
O município de Guaramiranga, desde de sua emancipação política teve 12 prefeitos:
Ordem Nome Partido Mandato
13º Roberlandia Ferreira Castelo Branco PDT 2017 - ATUAL

Area de Proteção Ambiental da Serra de Baturité


A Área de Proteção Ambiental da Serra de Baturité conta com 32.690 hectares de superfície e foi criada
através do Decreto Estadual nº 20.956, de 18 de Setembro de 1990. Localizada no Norte do Estado, na
região serrana do Maciço de Baturité, a 104 Km de Fortaleza. O ecossistema é considerado de "Serra
úmida". Inmerso na quase absoluta semi-aridez do Ceará, O Maciço de Baturité é um Ecossistema
Paradisíaco onde se encontra um dos poucos vestígios de Mata Atlântica ainda existente no interior do
nordeste. O nome Baturité significa "serra verdadeira" no idioma dos tupis, habitantes originais da região.
Possui um clima muito particular, já que nos encontramos numa região semi-árida. As temperaturas
máximas podem alcançar até 37º entanto as mínimas podem chegar aos 17º no período entre Junho e Agosto
registrando una média mínima de 22º. Outro ponto interessante é que a temperatura pode variar até 15º no
mesmo dia. No mês de Dezembro começam as chuvas até o mês de Março.
A APA da Serra de Baturité abriga uma grande variedade de espécies vegetais, com formações florestais de
Mata Atlântica. Lá podemos encontrar espécies tipicamente Amazônicas (surucucu-pico-de–jaca), assim
como da Mata atlântica (guaramiranga ou dançador - laranja). Devido ao isolamento físico provocado pelas
características geográficas da região, a APA DA SERRA DE BATURITÉ contém algumas espécies que só
se encontram nesta região, representando um verdadeiro banco genético de nossa biodiversidade. Possui
uma grande variedade de espécies animais, destacando-se as aves representadas pelo saí-tucano, sanhaçu,
fura-barreira, soldadinho, verdelino, coandu, pintassilgo, vem-vem, soim, tamanduá mambira, gato
maracajá.
O município de Baturité tem como principais acessos, partindo de Fortaleza, as rodovias CE 060 (sentido
Pacatuba-Baturité), CE 065 (sentido Maranguape-Palmácia) e CE 356. 
Administração da APA - Rua Pe. Benedito, 335 – Centro – Mulungu - Fone (85) 3325.1578.
O QUE NÃO É PERMITIDO NA APA!

Para tentar evitar a degradação da APA, a SEMACE – responsável pela manutenção da área – restringe
algumas práticas, tais como: 
- A captura ou extermínio de animais silvestres de qualquer espécie 
- Uso do fogo sem a autorização da SEMACE 
- Atividades que possam poluir ou degradar os recursos hídricos abrangidos pela APA, como também o
despejo de efluentes, resíduos ou detritos capazes de provocar danos ao meio ambiente 
- Intervenção em áreas de preservação permanente, como: margens de rios, barragens e açudes, olhos d’água
e aluviões, áreas íngremes e matas virgens ou em avançado processo de regeneração 
- Demais atividades danosas previstas na legislação ambiental

Guaramiranga, no maciço de Baturité


Data de criação: 1/9/1890.
População: 5 714 habitantes.
Toponímia: palavra de origem indígena tupi, que significa "pássaro vermelho".
Gentílico: guaramiranguense. 

Bonita, tranqüila e aconchegante. Essas são três características que definem bem a cidade de Guaramiranga.
Chamada por alguns de "Cidade das Flores", sua temperatura varia entre 18ºC e 25ºC, fazendo do clima o
principal responsável por todo o espetáculos de flores que brotam na cidade. 

A partir do Pico Alto, ponto culminante do Maciço de Baturité, com 1115 metros de altitude, é possível ter
uma visão espetacular do sertão abaixo e de uma parte do rio Pacoti, que nasce em Guaramiranga. O acesso
pode ser pelas trilhas ecológicas ou, ainda, por uma estrada asfaltada. O turista pode visitar também o
Parque Ecológico de Guaramiranga, uma área de proteção ambiental, as Cachoeiras de São Paulo e do
Urubu, além da Linha da Serra e do Parque das Trilhas. 

Guaramiranga apresenta artesanato em trançados, taboca, cipó, vime e arranjos florais. O talento artístico da
comunidade se revela em grupos de teatro, danças folclóricas e na Banda Municipal de Música. Tem como
destaque uma casa de espetáculos, o Teatro Raquel de Queiroz. Outros atrativos culturais importantes são as
Igrejas de Nossa Senhora de Lourdes, Nossa Senhora da Conceição e o Convento dos Capuchinos, que já foi
um seminário e hoje acolhe os visitantes numa agradável pousada. 

O município, com população de aproximadamente seis mil habitantes, conta com manifestações e eventos
culturais de destaque, como o Festival Nordestino de Teatro Amador, que reúne os melhores grupos teatrais
do Nordeste, o Festival de Fondue, a Festa da Padroeira Nossa Senhora da Conceição, o Arte em Flor e o
grande diferencial em carnaval no Brasil, o Festival de Jazz e Blues, que reúne grandes nomes da música
regional, nacional e internacional. 

Vias de acesso:
CE 060 / Fortaleza-Pacatuba-Guaiuba-Acarape-Redenção-Aracoiaba-Baturité-Guaramiranga (distância total
de Fortaleza: 110km) ou
CE 065 / Fortaleza-Maranguape-Palmácia-Pacoti-Guaramiranga (distância total de 92km). 

Guaramiranga
22 de Setembro 1957, foi sua emancipação

Guaramiranga é um município brasileiro do estado do Ceará. Está localizado na região serrana do


estado, microrregião de Baturité e mesorregião do Norte Cearense, a 110 km da capital do estado, Fortaleza.
Segundo estimativa de 2014 do IBGE, o município tinha cerca de 4,164 habitantes e 59 km² de área. [6] Sua
sede se localiza a 865 metros de altitude. A cidade está situada na Área de Proteção Ambiental da Serra de
Baturité. É o menor município do Ceará.[7]
O município se destaca como destino turístico pelo clima frio ao longo de todo o ano, rica fauna,
movimentada cena artística e importantes construções históricas. É um dos municípios com menor média
anual de temperatura da Região Nordeste. [carece  de fontes] Faz parte do Polo da Serra de Guaramiranga.
É a terra natal do cientista cearense Fernando de Mendonça, um dos pais do Programa Espacial Brasileiro,
que trabalhou como representante do Brasil junto à NASA [8] e foi o primeiro diretor do INPE; [9] além de
terra natal, também, do jurista José Linhares, ex-presidente república.

Etimologia
O topônimo Guaramiranga vem do Tupi guará (vermelho) e miranga ou piranga (garça),
significando Pássaro Vermelho. Sua denominação original era Conceição, porém, desde 1890, possui o
nome Guaramiranga. [10]

História
As terras da atual Guaramiranga eram habitadas por várias etnias. A principal delas era
a Kanyndé. [11] [12] Com a criação da Missão da Palma, durante o século XVIII, para a evangelização dos
silvícolas, e a expansão da pecuária e as plantações de café no século XIX, consolidou-se o centro urbano
que hoje se chama Guaramiranga.

Economia
A base da economia local está assentada no setor de serviços, por meio do turismo, e na produção de
gêneros agrícolas tradicionais, como o café, algodão, banana, arroz, cana-de-açúcar, milho e feijão; além
da pecuária, em menor escala: bovinos, suínos e avícolas. Existem, ainda, duas indústrias de produtos
alimentares.
Turismo
O turismo representa um forte componente da economia do município, graças a atrativos como
o clima serrano, belas paisagens e eventos acolhidos durante todo o ano, como o Festival de Jazz e Blues.
Guaramiranga é um dos mais disputados destinos de carnaval dos cearenses, pois oferece opção para aqueles
que preferem ficar longe do forró e do axé, que normalmente são dominantes no litoral do estado. Nesse
período, a cidade abriga o Festival de Jazz e Blues de Guaramiranga – evento que conta com a participação
de grandes nomes da música nacional e internacional. [13] Nas noites frias da pequena cidade, a música
entretém uma multidão de apreciadores, que lotam as ruas e hospedagens, muitas vezes improvisando
barracas de acampamento e casas alugadas por moradores.
Além das atrações culturais, Guaramiranga é conhecida pelos atrativos naturais. Por estar localizada
no Maciço de Baturité, região serrana a 865 metros acima do nível do mar, as temperaturas são amenas,
geralmente entre 16 e 25º, embora, no mês de julho, a temperatura possa atingir 12°C. Por essas condições
climáticas, é popularmente conhecida como “suíça cearense”. [14] A vegetação é composta de mata atlântica.
Guaramiranga é conhecida também por “cidade das flores”. [15] A origem desse título reside na tradição do
cultivo de rosas no Maciço de Baturité.
Os prédios históricos e seu valor histórico são outra característica do município. A Pousada dos
Capuchinhos, antes um mosteiro, é um dos principais pontos turísticos da cidade, mesmo para aqueles que
não estejam lá hospedados; Os cantos gregorianos são tradição, entoados nas manhãs do antigo prédio
religioso. A beleza do antigo mosteiro se estende, ainda, por seus jardins e fontes.
As trilhas ecológicas são uma forte atração da região. Há, ainda, a Cachoeira do Perigo, localizada em
Baturité.
Nas rotas turísticas de Guaramiranga há também o Pico Alto, local de maior altitude no Maciço de Baturité,
com 1115 metros, e, consequentemente, de menores temperaturas, que podem chegar a 10°C em julho. Lá
existe, ainda, um mirante onde os visitantes podem ver o pôr do sol.
Juntamente com as cidades de Palmácia, Pacoti, Mulungu e Aratuba, faz parte da Rota Turística Serra de
Guaramiranga.
Geografia
Mês Mai Hidrografia e recursos hídricos

Temperatura máxima recorde (°C) 29,4 As principais fontes de água fazem parte da bacia
Metropolitana, sendo elas os rio Pacoti e os riachos
Temperatura máxima média (°C) 24 Candeias e Sinimbútantos, todos afluentes do rio
Aracoiaba. [16]
Temperatura média compensada Relevo e solos[
20,8
(°C)
Localizado no Maciço de Baturité, tem como principal
Temperatura mínima média (°C) 18,9 elevação o Pico Alto, com 1 115 metros acima do nível
do mar. Foi registrado a ocorrência de caolim, uma
Temperatura mínima recorde (°C) 11,6 variedade da argila, em seu território.
Vegetação
Precipitação (mm) 240,8
A região possui uma vegetação diversificada, variando
Dias com precipitação (≥ 1 mm) 19 desde a caatinga arbustiva
densa, floresta subcaducifólia tropical, floresta úmida
Umidade relativa compensada (%) 91,7 semiperenofólia, floresta úmida semicaducifólia,
floresta caducifólia à mata ciliar.
Horas de sol 108,1

Clima
O clima da região é tropical úmido, com pluviometria média de 1 668 milímetros anuais
e chuvas concentradas de janeiro a julho.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1961 a 1970, 1973
a 1984 e a partir de 1992, a menor temperatura registrada em Guaramiranga foi de 10 °C em 27 de junho de
1963,[17] e a maior atingiu 32,2 °C em 19 de outubro de 2016.[18] O maior acumulado de precipitação em 24
horas foi de 134 mm em 8 de janeiro de 2002. Outros grandes acumulados foram 128 mm nos dias 14 de
junho de 1994 e 25 de janeiro de 2011, 116 mm em 17 de julho de 2015, 112,2 mm em 9 de maio de 2017 e
100,2 mm em 27 de janeiro de 1977.[19] O menor índice de umidade relativa do ar foi registrado na tarde de 6
de outubro de 2014, de 33%.[20]

Política
A administração municipal localiza-se na sede, Guaramiranga.
O município de Guaramiranga, desde de sua emancipação política teve 12 prefeitos:

Subdivisão
O município é dividido em 3 distritos: Guaramiranga (sede), Pernambuquinho e Linha da Serra. [22]

Cultura
Os principais eventos culturais que acontecem no município são:
 Festa da Padroeira Nossa Senhora da Conceição, em 8 de dezembro;
 Festival de Jazz e Blues de Guaramiranga, no período do Carnaval;
 Encontro de Cordelistas da Serra, em 1 de maio;
 Coroação de Nossa Senhora de Fátima, em 31 de maio;
 Festival do Vinho;
 Mostra Junina;
 Feira de Negócios Turísticos do Maciço, em julho;
 Festa de Santo Antônio, em 24 de agosto;
 Festa de Santo Agostinho, na segunda quinzena de agosto;
 Festival de Flores, em agosto;
 Festa de Nosso Senhor do Bonfim, em 9 de setembro;
 Festa de Santa Teresinha, na Botija, na segunda quinzena de outubro;
 Dia do Município, em 22 de Setembro;
 Festival Nordestino de Teatro Amador, em setembro;
 Festa de São Francisco, em 4 de Outubro;
 Festival de Fondue;
 Festival de Gastronomia de Guaramiranga, em outubro;
 OctoberFest de Guaramiranga, em Outubro;

Maciço de Baturité
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O Maciço de Baturité é uma formação geológica localizada no sertão central cearense, composta pelos
municípios
de Baturité, Pacoti, Palmácia, Guaramiranga, Mulungu, Aratuba, Capistrano, Itapiúna, Aracoiaba, Acarape, 
Redenção, Barreira e Ocara.

Geologia
O Maciço de Baturité apresenta um quadro geológico completo, com rochas
ígneas, metamórficas, sedimentares e sedimentos.
Está inserido no contexto geológico do Complexo Ceará (idade neoproterozoica), que ocorre em 70% da
área do Maciço de Baturité, onde a Unidade Canindé (paragnaisses migmatizados, com lentes
de quartzito, mármore, anfibolito, e podem ocorrer formações ferríferas) representa 55% e a Unidade
Independência (Paragnaisses e micaxistos aluminosos, quartzitos, mármores, e mais raramente anfibolitos)
representa 15%.
As rochas ígneas representam 15% da área do maciço. São granitos, granitoides, e granitos gnaissificados
(este exclusivamente na porção Norte do maciço) relacionados à Granitogênese Brasiliana (idade
neoproterozoica). Na porção central do maciço ocorre uma suíte diorítica, com gabros e granitoides
subordinados.
As rochas sedimentares compõem 15% da área do maciço (idade cenozoica). São, sobretudo, arenitos
argilosos, geralmente avermelhados, com cimentação ferruginosa ou, por vezes, silicosa, correspondendo
à Formação Barreiras. Com menor frequência ocorrem depósitos aluviais e coberturas de espraiamento
aluvial, com areias quartzosas, argilosas, e mais raramente, conglomeráticas.[1][2]

Turismo
O turismo na região é muito ativo, e tende a se tornar um pólo de desenvolvimento local, visto o grande
fluxo de pessoas, principalmente no período do inverno.

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