Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Índice
O sítio
Figuras do estilo Jaina
Retratura?
Fases cronológicas
Notas
Referências
Figura masculina, 650-800 d.C.
Ligações externas
Galeria
O sítio
Tanto a ilha de Jaina como a vizinha ilha Piedras eram sítios de pequenas
povoações ou aldeias. A ocupação de Jaina iniciou-se por volta de 300 d.C.,[3] e
estendeu-se até ao seu abandono por volta de 1200. A principal fase de ocupação
ocorreu perto do final deste período, durante o Período Clássico Tardio.[4] As
ruínas atuais consistem de dois pequenos grupos de praças e um campo do jogo
da bola.
A ilha de Jaina é notável pelas suas cerca de 20 000 sepulturas, das quais mais
de 1 000 foram escavadas arqueologicamente.[5] Em cada sepultura, os restos
Ilha de Jaina e outras comunidades
humanos são acompanhados por utensílios de vidro, lousa e cerâmica bem como
maias principais do Período
Clássico. uma ou mais figuras de cerâmica, usualmente depositadas sobre o peito do
sepultado ou entre as suas mãos.
O nome desta ilha-necrópole provavelmente tem origem na expressão em maia iucateque hail na, ou “casa aguada”. A sua
localização ocidental pode ter estado ligada ao pôr-do-sol, e portanto à morte.[6]
A origem da população ali enterrada é por ora desconhecida, mas provavelmente terá vindo de Edzna, e das regiões vizinhas de
Chenes e Puuc.[7]
Figuras do estilo Jaina
Devido ao grande número de figuras aqui encontradas, estas figuras tornaram-se
conhecidas como "figuras ao estilo Jaina" quer tenham sido ou não encontradas
na ilha de Jaina. De facto, estas figuras são mais numerosas em sítios maias
situados no continente, como no delta do rio Usumacinta, do que na ilha de
Jaina.[8]
Retratura?
Os detalhes idiossincráticos exibidos pelas figuras da fase mais antiga levaram
um investigador a declarar que elas são "ensaios genuínos sobre retratura",[13] Figura feminina moldada.
enquanto outro acrescenta que as figuras "descrevem fielmente a idade, estatuto
e expressão".[14] Expressivas e individualizadas como são, tem-se provado ser difícil determinar os sujeitos destas figuras.
Por exemplo, não é possível correlacionar as figuras com a sepultura a que estão associadas. Em particular, o género das figuras
parece apenas ocasionalmente corresponder ao género da sepultura-há figuras femininas que acompanham sepulturas masculinas
e vice-versa, enquanto que sepulturas de crianças são frequentemente acompanhadas por figuras adultas.
Certas figuras, e estilos de figuras, foram identificadas como deidades. Outras apontam para mitos e lendas.[15] Foi também
sugerido que as figuras representam antepassados, distantes ou imediatos. A questão da retratura apenas poderá ser resolvida
quando a função destes artefatos funerários for determinada.
Fases cronológicas
Num artigo de 1975, Christopher Corson propôs três fases baseando-se na
técnica e método de produção:
Quase todas as figuras da Fase I são modeladas à mão, com pigmento aplicado
depois da argila ter secado, e mostram o maior grau de manufatura. Embora
possam identificar-se certos temas e estilos recorrentes, as figuras desta fase Figura masculina feita à mão.
possuem uma unicidade generalizada.
A Fase II é marcada pela criação de figuras recorrendo a moldes. Frequentemente estas figuras moldadas eram melhoradas por
meio de incisões ou da adição de finas tiras de argila e adornos. Embora o uso de moldes aumente a produtividade - sem dúvida
uma explicação pelo menos parcial para a sua adopção - ele diminui as oportunidades artísticas, e assim as figuras da Fase II são
geralmente menos inovadoras, menos detalhadas e menos idiossincráticas do que as da Fase I.
A Fase Campeche ficou marcada pela adopção quase total de figuras moldadas, frequentemente branqueadas, predominantemente
representando uma mulher em pé com os braços erguidos. Este tema, identificado variadamente com as deusas Xochiquetzal ou
Ix Chel, é tão prevalecente durante esta fase que ocorre em maior número do que todos os outros juntos, sugerindo que as práticas
funerárias haviam caído sob a influência de uma ideologia nova, talvez importada.[17] (Ver exemplares de uma figura de Jonuta
da fase Campeche (http://anthro.amnh.org/anthropology/databases/common/image_dup.cfm?database=MIXDATA&catno=%20
1%20%20/%20%20305&site=P) e de uma figura de Jaina da fase Campeche (http://anthro.amnh.org/anthropology/databases/com
mon/image_dup.cfm?database=MIXDATA&catno=30.3/%202528&site=P)).
Notas
1. Coe.
2. Birmingham Museum of Art (2010). Birmingham Museum of Art : guide to the collection (http://artsbma.org).
[Birmingham, Ala]: Birmingham Museum of Art. 85 páginas. ISBN 978-1-904832-77-5
3. Muren.
4. Inurreta, sect. 13 (http://www.famsi.org/reports/03053/section13.htm)[ligação inativa].
5. Muren.
6. Muren.
7. Ball, p. 438.
8. Scott, p 269.
9. Ball, p.438.
10. Kubler, p. 266.
11. Ball, p. 438
12. Scott, p. 269.
13. Corson.
14. Kubler, p. 266.
15. Kubler, p. 266.
16. Por exemplo as datas propostas por Kubler são 200 anos mais antigas que as de Corson
17. Corson, p. 67.
Referências
Ball, Joseph W.; (2001) "Maya Lowlands: North" in Archaeology of Ancient Mexico and Central America: An
Encyclopedia, Evans, Susan Toby; Webster, David L., eds.; Garland Publishing, Inc., New York, pp. 433–441.
Coe, Michael D. (1999). The Maya Sixth edition ed. New York: Thames & Hudson. pp. 143–144. ISBN 0-500-
28066-5
Corson, Christopher (1975) "Stylistic Evolution of Jaina Figurines", in Pre-Columbian Art History: Selected
Readings, Alana Cordy-Collins, Jean Stern, eds., Peek Publications, Palo Alto, California, p. 63-69.
Inurreta, Armando (2004) "Isla Piedras: A Northern Campeche Coast Seaport as Part of a Regional Polity (http://
www.famsi.org/reports/03053/index.html)", Foundation for the Advancement of Mesoamerican Studies (http://ww
w.famsi.org).
Kubler, George (1984) The Art and Architecture of Ancient America: The Mexican, Maya and Andean Peoples,
Yale University Press.
Muren, Gladys "Jaina Standing Lady (https://web.archive.org/web/20110717194058/http://umfa.verite.com/?id=N
Dg1)", Utah Museum of Fine Arts, accessed April 2007.
Scott, Sue (2001) "Figurines, Terracotta", in Archaeology of Ancient Mexico and Central America: An
Encyclopedia, Evans, Susan Toby; Webster, David L., eds.; Garland Publishing, Inc., New York.
Ligações externas
Beloit College's Logan Museum's display of Jaina figurines (http://www.beloit.edu/~museum/logan/catalog/cameri
ca/yucatan/ancientmaya/oldmayaimages3.htm#artifact4)
FAMSI (http://www.famsi.org)'s A gallery of dozens of Jaina-style figurines, primarily handcrafted (http://research.f
amsi.org/portfolio_thumbs.php?search=*Jaina*)
Galeria
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ilha_de_Jaina&oldid=55479876"
Esta página foi editada pela última vez às 20h24min de 13 de junho de 2019.
Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0) da
Creative Commons; pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de
utilização.