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Nome N.o ____ 11.

o ____ Data ____/____/_____


Avaliação E. de Educação ____________________ Professor ____________________
Ficha de Gramática 17
Processos de coesão (gramatical e lexical)

1. Faz corresponder as frases da coluna A ao tipo de coesão que é garantido através dos
elementos sublinhados, que é apresentado na coluna B.
(Um elemento da coluna B pode corresponder a mais de uma frase.)

A B

a) Na pastelaria, escolhi vários bolos: um pastel de


nata, uma bola de Berlim e um pastel de feijão.
1. Coesão lexical por
b) Ao longo dos anos, o escritor deu várias reiteração
entrevistas que, mais tarde, foram compiladas
num livro.
2. Coesão lexical por
c) As crianças escutavam atentamente os adultos; substituição
todas as crianças se mantinham em silêncio. (sinónimos)

d) Eles confiam em quem os contratou.


3. Coesão lexical por
e) Os convidados foram encaminhados para a sala. substituição
Aí foi servido o jantar. (hiperónimo/hipónimo)

f) O tempo estava ótimo. Assim, decidiram ir à


praia. 4. Coesão lexical por
substituição
g) Contemplámos a árvore desde as raízes até às (holónimo/merónimo)
folhas.

h) Estava a chover, mas a temperatura continuava 5. Coesão gramatical


amena. referencial

i) Os jovens dedicavam-se a várias modalidades


desportivas, como a natação e a canoagem. 6. Coesão gramatical frásica

j) Decidi não levar esta mala: deixo-a aí.


7. Coesão gramatical
k) Eles mostraram-se gratos por tudo o que interfrásica
tínhamos feito. Estavam, de facto,
profundamente agradecidos pelo nosso auxílio.

2. Lê atentamente o excerto d’Os Maias, de Eça de Queirós, que se segue.

A casa que os Maias vieram habitar em Lisboa, no outono de 1875, era conhecida na
vizinhança da Rua de S. Francisco de Paula, e em todo o bairro das Janelas Verdes, pela Casa do
Ramalhete, ou simplesmente o Ramalhete. Apesar deste fresco nome de vivenda campestre,
o Ramalhete, sombrio casarão de paredes severas, com um renque de estreitas varandas de ferro
5 no primeiro andar, e por cima uma tímida fila de janelinhas abrigadas à beira do telhado, tinha o
aspeto tristonho de residência eclesiástica que competia a uma edificação do reinado da senhora

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D. Maria I: com uma sineta e com uma cruz no topo, assemelhar-se-ia a um colégio de Jesuítas.
O nome de Ramalhete provinha decerto de um revestimento quadrado de azulejos fazendo
painel no lugar heráldico do escudo de armas, que nunca chegara a ser colocado, e
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representando um grande ramo de girassóis atado por uma fita onde se distinguiam letras e
números de uma data.
Longos anos o Ramalhete permanecera desabitado, com teias de aranha pelas grades dos
postigos térreos, e cobrindo-se de tons de ruína. Em 1858, monsenhor Buccarini, núncio de Sua
Santidade, visitara-o com ideia de instalar lá a Nunciatura, seduzido pela gravidade clerical do
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edifício e pela paz dormente do bairro: e o interior do casarão agradara-lhe também, com a sua
disposição apalaçada, os tetos apainelados, as paredes cobertas de frescos onde já desmaiavam
as rosas das grinaldas e as faces dos cupidinhos. Mas Monsenhor, com os seus hábitos de rico
prelado romano, necessitava na sua vivenda os arvoredos e as águas de um jardim de luxo e o
Ramalhete possuía apenas, ao fundo de um terraço de tijolo, um pobre quintal inculto,
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abandonado às ervas bravas, com um cipreste, um cedro, uma cascatazinha seca, um tanque
entulhado, e uma estátua de mármore (onde Monsenhor reconheceu logo Vénus Citereia)
enegrecendo a um canto na lenta humidade das ramagens silvestres. Além disso, a renda que
pediu o velho Vilaça, procurador dos Maias, pareceu tão exagerada a Monsenhor, que lhe
perguntou sorrindo se ainda julgava a Igreja nos tempos de Leão X. Vilaça respondeu – que
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também a nobreza não estava nos tempos do senhor D. João V. E o Ramalhete continuou
desabitado.
Eça de Queirós, Os Maias, Porto, Livros do Brasil, 2002, pp. 7-8.

3. Identifica o tipo de coesão que é garantido através dos processos referidos nas alíneas que se
seguem.
a) Relação entre os vocábulos «casa» (linha 1) e «varandas» (linha 4), «janelinhas» (linha 5),
«telhado» (linha 5), «postigos» (linha 13), «tetos» (linha 16), «paredes» (linha 16), «terraço» (linha 19)
e «quintal» (linha 19).
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b) Utilização do pronome «que» (linha 1).
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c) Recurso ao termos «Ramalhete» (linhas 3, 4, 8, 12, 19 e 25).
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d) Relação entre as palavras «edificação» (linha 6), «vivenda» (linha 3) e «casarão» (linha 4).
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e) Utilização do advérbio «lá» (linha 14).
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f) Recurso ao pronome «lhe» (linha 15).
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g) Utilização da conjunção coordenativa «mas» (linha 17).
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h) Recurso ao advérbio relativo «onde» (linha 21).
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i) Utilização do conector «Além disso» (linha 22).
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