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12, 2022
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Sócrates
A Maiêutica e a busca pela verdade
Você compraria o
produto que você
fez a carta-
publicitária?
Uma vida não
examinada não
merece ser
vivida pelo
homem.
Já ouviram
falar na
frase: “Só sei
que nada sei”?
Já ouviram falar
na frase: “Só sei
que nada sei”?
Sócrates
(470a.C. – 399 a.C)
Conhece-te a ti mesmo!
Nada em excesso. A Certeza traz a insanidade

Ruínas do pátio do Templo de Apolo em Delfos, onde estava inscrito: "conhece-te a ti mesmo“.
Como podemos Conhece-te
sabemos que a ti mesmo!
nada sabemos?
Sócrates (470a.C. – 399 a.C)
Sócrates foi filho de Sofrônico e Fenarete, um pedreiro e uma parteira,
respectivamente, no demo (distrito) ateniense de Alopece; portanto, ele
era um cidadão ateniense, tendo nascido filho legítimo de atenienses.

Morava perto dos parentes de seu pai e herdou, como de costume, parte
da propriedade de seu pai, garantindo uma vida razoavelmente livre de
preocupações financeiras.

Ele foi casado duas vezes (o que veio primeiro não está claro): seu
casamento com Xantipa – jovem da alta sociedade - que ocorreu quando
Sócrates estava na casa dos cinquenta e outro casamento foi com uma
filha de Aristides , um estadista ateniense. Ele teve três filhos com
Xantipa.

Ele era notoriamente feio, com um nariz chato e arrebitado, olhos


esbugalhados e uma barriga grande; seus amigos brincavam sobre sua
aparência. Sócrates era indiferente aos prazeres materiais, incluindo sua
própria aparência e conforto pessoal. Ele negligenciava a higiene
pessoal, tomava banho raramente, andava descalço e possuía apenas um
casaco esfarrapado.
Sócrates (470a.C. – 399 a.C)
Ele moderou sua alimentação, bebida e sexo, embora não
praticasse a abstenção total.

Embora Sócrates se sentisse atraído pela juventude, como era


comum e aceito na Grécia antiga, ele resistiu à paixão pelos
jovens porque, como descreve Platão, estava mais interessado em
educar suas almas. Sócrates não buscava sexo com seus
discípulos, como era frequentemente o caso entre homens mais
velhos e mais jovens em Atenas.

Politicamente, ele não tomou partido na rivalidade entre os


democratas e os oligarcas em Atenas; criticou ambos.

Em apenas um dia, Sócrates foi à julgamento por impiedade (não


acreditar nos deuses da cidade) e corrupção dos jovens. Ele
passou seu último dia na prisão entre amigos e seguidores que lhe
ofereceram uma rota de fuga, o que ele recusou. Ele nunca havia
saído de Atenas, exceto durante as campanhas militares das quais
participou. A sua sentença de morte ocorreu na manhã seguinte,
devendo beber cicuta venenosa.
Sócrates (470a.C. – 399 a.C)
Durante a Guerra do Peloponeso, o conflito entre Atenas e
Esparta, Sócrates lutou como hoplita (soldado).

Participou da Batalha de Potidaea (432 a.C.): Atenienses contra


Corintos, na qual, Sócrates salvou a vida do seu general Alcibíades
(que posteriormente apaixonou por Sócrates sem ser por ele
correspondido.)

Segundo Platão, Sócrates participou da Batalha de Potidea e


retirada da Batalha de Délio e da batalha de Anfípolis (422 a.C.)
Socrátes.JPG
Maiêutica:
O Método Socrático
Sócrates conduzia este “parto” em duas etapas:

Ironia: Sócrates inicialmente elogiava o seu


interlocutor, instigando a comunicar sobre suas
convicções e definições conceituais.

Questionamento e autoconhecimento:
Sócrates iniciava seu questionamento e levava
o interlocutor a duvidar de seu próprio saber
sobre determinado assunto, revelando as
contradições presentes em sua forma de
pensar, normalmente baseadas em valores e
preconceitos sociais. o interlocutor a
vislumbrar novos conceitos, novas opiniões
sobre o assunto em pauta, estimulando-o a
pensar por si mesmo.
Uso da Maiêutica
Socrátes.JPG Nos primeiros diálogos de Platão, a técnica que
Sócrates usa para investigar, por exemplo, a natureza
ou definição de conceitos éticos como justiça ou
virtude. Segundo pesquisadores o roteiro das
conversas de Sócrates segue as seguintes estruturas:

O interlocutor de Sócrates afirma uma tese, por


exemplo "Coragem é resistência da alma".

Sócrates decide se a tese é falsa e alvo de refutação.

Sócrates garante o acordo de seu interlocutor para


outras premissas, por exemplo, "A coragem é uma
coisa boa" e "A resistência ignorante não é uma coisa
boa".

Sócrates então argumenta, e o interlocutor concorda,


essas premissas adicionais implicam o contrário da
tese original; neste caso, leva a: "coragem não é
resistência da alma".

Sócrates então afirma ter mostrado que a tese de seu


interlocutor é falsa e sua negação é verdadeira.
O orgulho e vaidade dos ditos
“´sábios” foram os maiores
oponentes do método socrático.

Os artistas: falavam a beleza sem


conhecer o belo.

Os políticos: falavam da justiça


sem saber o que era o justo.
O
Os sofistas: falavam sobre a Apologia_de_Sócrates.mp3
verdade sem saber o que era o
verdadeiro.
• Retórica (do latim rhetorica, originado no grego • A maiêutica tem como significado “dar à luz”,

ῥητορικὴ τέχνη [rhêtorikê], literalmente a “dar parto”, “parir”, no caso, para Sócrates seria

arte/técnica de bem falar, do substantivo rhêtôr, “dar à luz ao conhecimento.”

«orador») é a arte de usar uma linguagem para • É um método ou técnica que pressupõe que "a

comunicar de forma eficaz e persuasiva. verdade está latente em todo ser humano,

• Utilização das emoções dos interlocutores para a podendo aflorar aos poucos na medida em que

persuasão. se responde a uma série de perguntas simples,

• Predomínio do orador entre os demais quase ingênuas, porém perspicazes“

interlocutors. • Predomínio do diálogo entre os interlocutores.


TEXTO I: Elogio de Helena por Górgias (414 a.C.)

Cabe à nós dizer corretamente o


devido e refutar os que acusam Helena
de traição, mulher acerca da qual veio
a ser uníssono e unânime a sua
memória decaiu em desgraça, pois
todos acreditaram na fama do seu
nome feita pelos poetas. Eu, Górgias,
porém pretendo - dando ao discurso
alguma lógica - por um lado, fazer
cessar a acusação sobre a que foi mal
falada; por outro lado, demonstrar que
os que a repreendem estão mentindo
e expor a verdade ou fazer cessar a
ignorância.
TEXTO I: Elogio de Helena por Górgias (414 a.C.)
Helena tinha a beleza semelhante ao divino, a
que recebendo e não ocultando manteve. Muito
desejo de amor produziu em muitos e com um só
corpo reunia muitos corpos de homens que
pensavam grande sobre grandes coisas. Nesse
caso, a sedução pelas palavras pode persuadir
todos nós a fazer coisas que não queremos,
então, que motivo impede de julgar que também
Helena, semelhantemente foi subjugada pelo
discurso sedutor, involuntariamente, como se
tivesse sido arrebatada por força das mais fortes?
Pois a disposição da persuasão, por um lado, de
maneira nenhuma parece com a necessidade; por
outro lado, tem o mesmo poder.
TEXTO I: Elogio de Helena por Górgias (414 a.C.)

Com efeito, o discurso que persuadiu a alma constrangeu a que


persuadiu tanto a acreditar nas coisas ditas, quanto a concordar
com as coisas feitas. Então, o que persuadiu, como constrangeu,
comete injustiça; mas a que foi persuadida, como foi
constrangida pelo discurso, em vão é mal falada. Como, então,
considerar justa a reprimenda à Helena? Esta que, ou enamorada,
ou persuadida pelo discurso, ou raptada à força, ou constrangida
pela necessidade divina, fez o que fez? De todo modo escapa à
acusação de traidora.
Afastei com este discurso a infâmia de uma mulher, permaneci na
regra que estabeleci no início do discurso; tentei dissipar a
injustiça da reprimenda e a ignorância da opinião; quis escrever o
discurso, por um lado, como um elogio de Helena, por outro lado,
como um descompromissado brinquedo de diversão retórica.
TEXTO II: Apologia de Sócrates (399 a.C.)
O que vocês, cidadãos atenienses, sentiram com
os meus acusadores, não sei; mas até eu mesmo,
@Sofi_rei_retorica @eter_12 @Talles.H2O @Obscuro
com eles, por pouco não me esqueci de mim, tão
convincentemente falavam! Porém, de @so_sei_que
verdadeiro, a bem dizer, nada disseram. E das
muitas mentiras que disseram, fiquei mais
espantado com uma – esta: quando falaram que
vocês deviam tomar cuidado para não serem
enganados por mim, porque eu seria hábil em
falar! Não terem vergonha de imediatamente
serem refutados por mim com fatos – isso me
pareceu a coisa mais desavergonhada da parte
deles. A não ser que me chamem de “hábil em
falar” aquele que fala a verdade: pois se é disso
que estão falando, então eu reconheceria ser um
orador.
TEXTO II: Apologia de Sócrates (399 a.C.)

Eu nunca fui professor de ninguém! Mas se


alguém deseja me ouvir falar e realizar o que me @Sofi_rei_retorica @eter_12 @Talles.H2O @Obscuro

concerne – seja jovem ou velho -, isso nunca @so_sei_que


neguei a ninguém. Tampouco só dialogo quando
obtenho dinheiro, e quando não obtenho, não:
por meio de respostas o que digo. Mas eu
mesmo, se algum desses se torna prestativo ou
não, não posso com justiça levar a culpa: nunca a
nenhum deles eu prometi nem ensinei lição
nenhuma! E se alguém afirma que alguma vez
aprendeu ou ouviu de mim, em particular, algo
que todos os outros não, fiquem sabendo que
não está dizendo a verdade.
TEXTO II: Apologia de Sócrates (399 a.C.)

Eu nunca fui professor de ninguém! Mas se


alguém deseja me ouvir falar e realizar o que me @Sofi_rei_retorica @eter_12 @Talles.H2O @Obscuro

concerne – seja jovem ou velho -, isso nunca @so_sei_que


neguei a ninguém. Tampouco só dialogo quando
obtenho dinheiro, e quando não obtenho, não:
por meio de respostas o que digo. Mas eu
mesmo, se algum desses se torna prestativo ou
não, não posso com justiça levar a culpa: nunca a
nenhum deles eu prometi nem ensinei lição
nenhuma! E se alguém afirma que alguma vez
aprendeu ou ouviu de mim, em particular, algo
que todos os outros não, fiquem sabendo que
não está dizendo a verdade.
TEXTO II: Apologia de Sócrates (399 a.C.)

Apesar disso, agora os meus acusadores querem


me condenar à morte. Porém necessário que @Sofi_rei_retorica @eter_12 @Talles.H2O @Obscuro

vocês também, jurados, tenham esperanças em @so_sei_que


relação à morte e pensem nesta única verdade
que para o homem bom não há mal algum, nem
quando vive, nem quando morre, e seus
assuntos não são negligenciados pelos deuses.
Essas coisas não se passaram agora comigo por
acaso, mas por mim está claro isto: que a esta
altura morrer e ficar livre dos meus assuntos era
melhor para mim.
TEXTO II: Apologia de Sócrates (399 a.C.)

Peço apenas aos meus acusadores que me


condenaram que castiguem os meus filhos, caso @Sofi_rei_retorica @eter_12 @Talles.H2O @Obscuro

eles pareçam fúteis quando chegarem à @so_sei_que


mocidade, perturbem eles com os
questionamentos da mesma maneira como eu fiz
com todos vocês.
Mas agora é hora de partimos: eu para morrer, e
vocês, para viver. Quem de nós vai para o melhor
destino, a todos é incerto, menos aos deuses.

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