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T E O R I A S H U M A N I S TA S I

S Ó C R AT E S – O 1 ª H U M A N I S TA

Profª Esp Alexandra Fernandes Azevedo Venturi


Narrativas
Discurso
míticas Caminho
da
filosofia
PÓLIS

• Estabilização da sociedade grega


• Progressivo enriquecimento proveniente do comércio e da
expansão marítima – classe mercantil
• Democracia - reformas políticas
• Consolidação das várias cidades-Estado
• Organização da sociedade ateniense
• O homem entendido como cidadão da polis
BEM COMUM

• Entendimento mútuo
• Leis iguais para todos
• Deliberações tomadas em reuniões de cidadãos, as
assembleias.
• Decisões por consenso - persuadir, convencer, justificar,
explicar.
A FILOSOFIA COMO...

• A busca de bases para discussão legítima,


• O que é a verdade?
• Quais os princípios da razão?
• Com base em que critérios se pode justificar aquilo que se
diz?
• Discurso filosófico, da filosofia - apogeu nos sécs. V-IV
a.C.
SOFISTAS

• Surgem na passagem da tirania e da oligarquia para a


democracia.
• Mestres de retórica e oratória - as vezes percorriam as cidades-
Estado fornecendo seus ensinamentos, sua técnica, suas
habilidades aos governantes e aos políticos em geral.
• Caracterizados pela prática ou atitude e não pela doutrina
• Responsáveis por um ensinamento para preparação do cidadão
para a participação na vida política.
SOFISTAS

• Protágoras - “O homem é a medida de todas as coisas, das que são


como são e das que não são como não são.”
• - explicação do real a partir de seus aspectos fenomenais apenas, sem apelo a
nenhum elemento externo ou transcendente. As coisas são como nos parecem ser,
• como se mostram à nossa percepção sensorial, e não temos nenhum outro critério
para decidir essa questão.
• Ideias centrais: o humanismo e o relativismo.
• Nosso conhecimento depende sempre das circunstâncias em que nos
encontramos e pode, por isso mesmo, variar de acordo com a situação.
ASSIM

• Em uma discussão na Assembleia ninguém detinha a verdade em um


sentido completo e absoluto, simplesmente porque isso não seria
possível
• Todos tinham suas razões, seus interesses, seus objetivos, procurando
defendê-los da melhor forma possível.
• O processo decisório envolvia, entretanto, a necessidade de superação
das diferenças e a convergência de interesses e objetivos, para que se
pudesse produzir um consenso, e era para esse fim que a retórica e a
dialética deveriam contribui
NOVA VIRAGEM

• O início da filosofia clássica


• A filosofia de Sócrates como um divisor der águas
• Pré-socráticos: busca da origem da physis – formulações sobre a
realidade natural
• Sócrates: problemática ético-política passa a ser uma questão urgente
da sociedade grega.
SÓCRATES

• Nada escreveu -´preferia o ensinamento oral


• Platão, seu principal discípulo, registrou seus ensinamentos
• Em 399 a.C. Sócrates é acusado de graves crimes por alguns cidadãos atenienses -
desrespeito às tradições religiosas da cidade e corrupção da juventude.
• Condenado à morte, é levado para uma prisão, - deve beber uma taça de veneno, a
cicuta.
• Seus companheiros propõem que Sócrates fuja para o exílio, - se recusa
• Prefere morrer como cidadão ateniense e sempre coerente com suas ideias do que
viver numa terra estranha: fugir equivaleria a renegar suas ideias e princípios.
SÓCRATES

• Sócrates opõe-se aos sofistas


• Defender a necessidade do conhecimento de uma verdade única sobre a
natureza das coisas, afastando-se das opiniões e buscando a definição das
coisas.
• Método de análise conceitual - “o que é…?” - através da qual se busca a
definição de uma determinada coisa, geralmente uma virtude ou qualidade
moral.
• Pelo método maiêutico se chega a verdade das coisas
MÉTODO DE ANÁLISE CONCEITUAL

• Parte da necessidade de se entender algo melhor,


• De se encontrar uma definição.
• Envolve um questionamento do senso comum, das crenças e opiniões, que são
consideradas vagas, imprecisas, derivadas da experiência humana. Parciais e
incompletas,.
• Revela a fragilidade do entendimento cotidiano e aponta para a necessidade e a
possibilidade de aperfeiçoá-lo através da reflexão.
• Trata-se de um exercício intelectual em que a razão humana deve descobrir por
si própria aquilo que busca
• As questões devem ser respondidas pelo próprio indivíduo, o filósofo apenas
indica o caminho
• É através do diálogo, e da discussão, que o aprendiz entra em contradição, ao
hesitar quando parecia seguro – passe por todo um processo de revisão de suas
crenças, opiniões, transformando sua maneira de ver as coisas e chegando, por
si mesmo, ao verdadeiro e autêntico conhecimento.
• método maiêutica, que significa literalmente a arte de fazer o parto, uma
analogia com o ofício de sua mãe, que era parteira.
• O papel do filósofo é fazer com que outro indivíduo, seu interlocutor, através
da dialética, da discussão no diálogo, dê à luz suas próprias ideias
• A crítica de Sócrates aos sofistas consiste em mostrar que o ensinamento
sofístico limita-se a uma mera técnica ou habilidade argumentativa que visa a
convencer o oponente daquilo que diz, mas não leva ao verdadeiro
conhecimento
• Os sofistas não ensinavam portanto o caminho para o conhecimento, para a
verdade única que resultaria desse conhecimento, mas para a obtenção de uma
“verdade consensual”.
O MÉTODO SOCRÁTICO

• O diálogo desenvolvido enquato método pelo filósofo Sócrates era dividido em


duas partes sucessivas:
• 1 – a primeira chamada de ironia; e,
• 2 – a segunda chamada de maiêutica.

• A ironia consistia em demonstrar ao seu interlocutor o quanto suas certezas
eram frágeis e infundadas.
• A maiêutica, ou “parto de idéias”, consistia em fazer com que o interlocutor
elaborasse suas próprias idéias e entendesse como às adotou para si,
começando assim a viver uma vida autêntica. Esta era a base do ensinamento
de acordo com a didática da Filosofia de Sócrates.
• Sócrates ensinava os homens a pensarem por si mesmos, o que sabemos nunca
foi bom para nenhum governo.
ÚLTIMAS PALAVRAS DE SÓCRATES

“Enquanto eu puder respirar e exercer minhas


faculdades físicas e mentais, jamais deixarei de
praticar a filosofia, de elucidar a verdade e de
exortar todos que cruzarem meu caminho a buscá-la
[…] Portanto, senhores […] seja eu absolvido ou
não, saibam que não alterarei minha conduta,
mesmo que tenha de morrer cem vezes.”
• No caso do método socrático, podemos identificar três passos:
• Passo 1 – Identificar uma questão filosófica numa conversa
cotidiana. Como Sócrates se dedicava à ética, as questões
filosóficas que lhe interessavam diziam respeito à forma do ser
humano agir. O que significa ser justo? Ou corajoso? O que é o
amor? Todas essas são típicas questões em um diálogo socrático.
• Passo 2 – Propor uma definição para o conceito analisado e
avaliar em que medida a definição é satisfatória ou não.
• Passo 3 – Encerrar o diálogo no momento em -+que uma
definição satisfatória for encontrada ou, o que é geralmente
o caso, quando as definições avaliadas se mostrarem todas
insatisfatórias. Nesse caso, cabe aos interlocutores
reconhecerem sua ignorância, ou seja, que não sabem
realmente o assunto, e continuar estudando mais para em
outro momento talvez encontrar uma definição adequada,
verdadeira
• Procedimentos e regras de um Diálogo Socrático
• Deve começar com uma pergunta geral, clara e bem formulada (sugerida pelo grupo ou
pelo moderador).
• Devem ser pedidos aos participantes relatos breves de experiências pessoais relevantes
para a pergunta.
• O grupo escolhe um exemplo.
• A análise dos vários exemplos deve ser feita por escrito.
• Os participantes devem procurar ser o mais claros e concisos possível. Não se
devem concentrar apenas nos seus pensamento mas devem ouvir e procurar
compreender totalmente as ideias e argumentos dos outros.
• A persistência é importante. Não se deve avançar enquanto houver algum ponto
da discussão pouco claro para alguém.
• Os participantes devem fundamentar os seus argumentos e proposições
abstratas em exemplos concretos.

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