1 EU ME REMEXO MUITO!

2
3 Se você olhar ao redor, não vai demorar a observar um animal se
4 remexendo. Desde pessoas caminhando – lembre-se, nós somos animais! – a
5 um cão ou gato correndo, um passarinho ou borboleta voando, um peixinho
6 nadando… E, se você vive no campo ou perto da floresta, poderá ver ainda
7 mais animais se locomovendo, cada um do seu jeito.
8 Ao longo de milhões de anos de evolução, os animais desenvolveram
9 muitas formas de se mover. Existem aqueles que caminham, correm, escalam
10 ou pulam usando as patas. Podem ser duas pernas e dois braços, como nós,
11 ou quatro patas, às vezes seis, oito, dez ou até mais! E tem ainda aqueles
12 bichos que rastejam por aí sem pata alguma, como minhocas, lesmas e cobras.
13 E os animais que voam? Os insetos são os senhores do ar, com
14 milhares de espécies diferentes voando com um ou dois pares de asas. Desde
15 moscas e pernilongos, que muitas vezes nos incomodam, a borboletas e
16 abelhas, que colorem o nosso dia. Sem falar nas libélulas, esperanças,
17 besouros… São tantos os tipos de insetos capazes de voar!
18 Morcegos são únicos mamíferos voadores. Seus braços viraram asas
19 com membranas de pele entre os dedos supercompridos. Outros mamíferos
20 até conseguem planar, como os colugos, originários da Ásia, mas nenhum voa
21 batendo asas como os morcegos.
22 Não dá para falar em animais voadores e esquecer das aves! Dos
23 pequeninos beija-flores às grandes águias, as aves voam graças a ossos muito
24 leves e membros anteriores em forma de asas, cobertos por penas. Mas nem
25 toda ave voa. Emas e avestruzes, por exemplo, só conseguem caminhar e
26 correr. Os pinguins também não voam, mas nadam como torpedos!
27 Além dos pinguins, um monte de animais nada. Vários passam a vida
28 toda em lagoas, riachos, nos rios ou no mar. Podemos ver nadadeiras em
29 forma de remo em animais aquáticos como peixes, baleias, tartarugas-
30 marinhas e também nos pinguins. Outros bichos aquáticos são compridos
31 como cobras e serpenteiam pela água: é o caso das moreias e do cinturão-de-
32 vênus. 
33 Existem animais que, embora vivam na água, se movem rastejando ou
34 caminhando pelo fundo, como as estrelas-do-mar, as bolachas-da-praia e os
35 caranguejos. E que curiosos são as vieiras, lulas e polvos, que conseguem
36 lançar jatos de água para nadarem bem rápido, sem falar das águas-vivas, com
37 seu corpo gelatinoso!
38 Para terminar, sabia que existem animais que não se locomovem? As
39 larvas minúsculas de esponjas, anêmonas, corais e ascídias são capazes de
40 nadar. Mas, quando encontram um lugar adequado, como uma rocha no fundo
41 do mar, elas se fixam e passam o resto da vida paradas – algumas anêmonas,
42 porém, são capazes de se mover, bem devagarinho.
43 Rastejar, correr, escalar, pular, nadar, voar… Quantas maneiras de se
44 mover evoluíram com os animais! E, se você pudesse se remexer por aí de
45 uma forma diferente, como gostaria que fosse? Voar como um morcego ou
46 correr como um cavalo? Rastejar como uma serpente ou escalar como uma
47 aranha? Quem sabe saltar como um canguru, ou então nadar como um
48 golfinho? Conta para a gente!
49
50
51 1- Com base no texto, no trecho “E se você vive no campo ou perto da floresta...” (linha 3), a
52 palavra destacada indica:
53 (a) tempo
54 (b) lugar
55 (c) dúvida
56 (d) modo
57
58 2- No segundo parágrafo a palavra “aqueles” (linha 6) se refere aos:
59 (a) peixinhos
60 (b) anos
61 (c) animais
62 (d) bichos
63
64 3- No terceiro parágrafo o termo “senhores” do ar (linha 9) tem o sentido de:
65 (a) idosos
66 (b) autoridades
67 (c) jovens
68 (d) criativos
69
70 4- O texto trata PRINCIPALMENTE:
71 (a) A habilidade dos mamíferos voadores
72 (b) A evolução e desenvolvimento dos animais
73 (c) As várias maneiras de movimentação dos animais
74 (d) A diversidade de animais nadadores
75
76 5- A finalidade desse texto é:
77 (a) informar
78 (b) vender um produto
79 (c) contar uma história
80 (d) apresentar um significado
81
82 6- Marque a opção na qual o autor NÃO conversa com o leitor:
83
84 (a) Quantas maneiras de se mover evoluíram com os animais!
85 (b) Conta para a gente!
86 (c) E, se você pudesse se remexer por aí de uma forma diferente...
87 (d) Se você olhar ao redor, não vai demorar a observar um animal se remexendo.
88
89 7- Segundo o texto, podemos afirmar que:
90 (a) Todos os animais se locomovem
91 (b) Os pinguins voam como torpedos
 92 (c) Morcegos são insetos voadores
93 (d) Existem animais que não se locomovem
94
95 8- Em “Existem animais que, embora vivam na água” (linha 24), o termo destacado estabelece,
96 neste trecho, relação de
97 (a) causa
98 (b) tempo
99 (c) condição
100 (d) oposição
101
102 9- O trecho que temos uma situação de causa e efeito é:
103 (a) “Vários passam a vida toda em lagoas, riachos, nos rios ou no mar”. (linha 20)
104 (b) “Ao longo de milhões de anos de evolução, os animais desenvolveram muitas formas de se
105 mover”. (linha 5)
106 (c) “Seus braços viraram asas com membranas de pele entre os dedos supercompridos”. (linha 13)
107 (d) “As aves voam graças a ossos muito leves e membros anteriores em forma de asas, cobertos
108 por penas”. (linha 17)
109
110 10- No trecho, “nadam como torpedos”, a palavra destacada tem efeito de:
111 (a) lento
112 (b) rápido
113 (c) invisível
114 (d) radiante
115

116 AVE FANTASMA

1 Dizem os povos da floresta que, em noites estreladas, se abre no céu uma fenda
2 que se parece com a lua crescente. Esse buraco brilhante no firmamento é fruto da tristeza
3 de um amor perdido. A história é, mais ou menos, assim…
4 Uma bela moça indígena se apaixonou por um prisioneiro de sua aldeia. Encantada
5 pelo rapaz, ela pediu ao cacique, seu pai, que o soltasse para que pudessem se casar.
6 Mas o pedido foi negado: o rapaz pertencia a um povo que era inimigo mortal do da moça.
7 Revoltada, a jovem fugiu. Seu sumiço deixou a aldeia em desespero. O cacique
8 determinou que todos os homens deveriam procurar por sua amada filha. E assim foi feito.
9 Depois de muita procura pela mata fechada, a moça foi encontrada com vida no
10 coração da floresta. Mas algo estranho havia acontecido: ela não se mexia e nem falava,
11 parecia uma estátua de pedra.
12 O pajé foi chamado para examinar a jovem. Abanando a cabeça em lamento, ele disse que
13 somente uma grande dor poderia salvá-la do silêncio eterno. O cacique então começou a
14 dar notícias tristes para ver se a filha tinha alguma reação, mas nada fazia efeito.
15 Quando todos já haviam perdido as esperanças de fazer a moça se mexer ou falar, o pajé
16 teve uma ideia: sussurrou ao seu ouvido que o rapaz por quem ela era apaixonada estava
17 morto. Na mesma hora, a menina deu um grito e saiu correndo pela mata. Só que ela
18 nunca mais foi encontrada.
19 Dizem os indígenas que os gritos da jovem ecoam pela floresta em noites de lua crescente.
20 Há quem acredite que ela se transformou em uma ave que quase não se mexe, que
21 mesmo de olhos fechados vê tudo que acontece à sua volta através de duas fendas em
22 suas pálpebras e que, de vez em quando, solta um canto de lamento. Por tudo isso, ela foi
23 batizada de urutau, a ave fantasma.
24
25 *A lenda do urutau (ou mãe-da-lua) tem origem entre os indígenas brasileiros. A ave de canto sombrio, que enxerga de
26 olhos fechados e é capaz de passar horas sem se mover, mexe com a imaginação de muita gente e também com a
27 curiosidade dos cientistas, que seguem estudando os hábitos da mãe-da-lua.
28 A versão desta lenda que você acaba de ler é de livre adaptação da CHC.
29
1- Esse texto foi escrito para:
(a) Divertir o leitor
(b) Defender uma ideia
(c) Contar uma história
(d) Informar

2- Essa história termina quando:

(a) O pajé disse que seu amado foi morto.
(b) O pajé foi chamado para examinar a jovem.
(c) A menina saiu correndo e nunca mais foi encontrada.
(d) A moça indígena se apaixonou por um prisioneiro.

30 3- Em “Depois de muita procura pela mata fechada” (linha 9), o termo destacado estabelece,
31 neste trecho, relação de:
32 (a) causa
33 (b) tempo
34 (c) condição
35 (d) oposição
36
37 4- O texto trata PRINCIPALMENTE:
38 (a) de um texto informativo
39 (b) de uma notícia
40 (c) de uma lenda
41 (d) da venda de um produto
42

43 5- A opção que mostra a grande dor que a salvou do silêncio, segundo o texto:
44 (a) “sussurrou ao seu ouvido que o rapaz por quem ela era apaixonada estava morto” (l16)
45 (b) “o rapaz pertencia a um povo que era inimigo mortal do da moça” (l6)
46 (c) “O cacique então começou a dar notícias tristes...” (l14)
47 (d) “se apaixonou por um prisioneiro de sua aldeia” (l4)
48

49 6- No trecho, “Esse buraco brilhante no firmamento é fruto da tristeza...”, a palavra

50 destacada significa:
51 (a) filho
52 (b) vantagem
53 (c) resultado
54 (d) órgão
55

56 7- No trecho, “Abanando a cabeça em lamento...” (linha 12), a palavra destacada revela:

57 (a) Saudade
58 (b) Agonia
59 (c) Tristeza
60 (d) Alegria
61

62 8- No trecho, “A história é, mais ou menos, assim…”, as reticências foram usadas para

63 refletir a ideia de:
64 (a) indecisão
65 (b) interrupção
66 (c) omissão
67 (d) continuidade
68

69 9- No trecho, “a moça foi encontrada com vida no coração da floresta”, a palavra destacada
70 foi usada com o mesmo significado de:

71 (a) fundo
72 (b) órgão
73 (c) centro
74 (d) longe
75
76 10- No trecho, “uma grande dor poderia salvá-la do silêncio eterno”, a palavra destacada
77 refere-se a:
78 (a) floresta
79 (b) moça
80 (c) pedra
81 (d) aldeia
82

83 Quero saber... se o nariz de outros animais também

84 entope
1 Quem nunca ficou com o nariz entupido que levante o primeiro lenço! Mas nem todos os
2 animais sofrem com o entupimento do “dariz”.
3 Para os animais que têm um nariz grande, o olfato, ou seja, sentir o cheiro é fundamental
4 para a sua sobrevivência, como no caso tamanduás, que precisam farejar minúsculas formigas
5 para se alimentar. Já o elefante, além de respirar pelo nariz, faz uso dele (a sua tromba) para
6 arrancar folhagens do solo e também para segurar o rabinho de outro elefante, como nós,
7 humanos, damos as mãos. E o que dizer dos golfinhos e das baleias? Cadê o nariz? Fica em cima
8 da cabeça e exerce funções importantíssimas: além de permitir a passagem de ar, auxilia na busca
9 por alimentos e na localização desses animais!
10 Não seria nada razoável que um tamanduá, um elefante ou um golfinho ficassem com o
11 nariz entupido, porque eles simplesmente não iriam sobreviver. Mas o que dizer daqueles animais
12 que estão mais próximos de nós, como cães e gatos? Esses podem ter o nariz entupido sim! E fica
13 com um incômodo danado, como acontece com a gente. Mas por que o nariz de cães e gatos
14 entope? Se você pensou que é o Catarro, aquela gosma verde, se enganou. A grande vilã é a
15 inflamação, uma reação do organismo a uma invasão e desenvolvimento (ou multiplicação) de
16 organismos capazes de provocar doenças (infecção) ou lesão dos tecidos. A região inflamada fica
17 avermelhada e quente, devido a um aumento do fluxo de sangue e demais líquidos do corpo que
18 vão para o local. As estruturas do nariz (conhecido por cornetos) são feitas de ossos, tecidos
19 esponjosos (tem esse nome pois se parecem com esponjas mesmo!) e as mucosas, que ajudam a
20 aquecer e umidificar o fluxo de ar que passa, aumentam de tamanho e não deixam o ar circular
21 livremente. Assim... a narina entope!
22

23 1- A fim de atrair a atenção do público, a manchete explorou:

24 (a) a curiosidade
25 (b) a emoção
26 (c) a informação científica
27 (d) a neutralidade
28

29 2- A frase que contém uma opinião é:

30 (a) não seria nada razoável que um tamanduá... (l10)

31 (b) as estruturas do nariz são feitas de ossos (l18)
32 (c) Já o elefante, além de respirar pelo nariz, faz uso dele para arrancar folhagens do solo.(l5)
33 (d) uma reação do organismo a uma invasão e desenvolvimento de organismos. (l15)
34

35 3- No texto, o uso da expressão, "dariz" (l2), foi utilizada para simular:

36 (a) o autor escrevendo a palavra nariz errado

37 (b) alguém soletrando a palavra nariz
38 (c) alguém falando com o nariz entupido
39 (d) a palavra nariz em outro idioma
40

41 3- No trecho, o uso dos parênteses em “(conhecido por cornetos)" (l15 el16) foi feito para:

42 (a) fazer uma citação

43 (b) fazer uma pergunta
44 (c) entender o tom usado
45 (d) adicionar uma informação
46
47 4- O questionamento que originou o texto foi:
48
49 (a) saber como os animais vivem
50 (b) saber como os animais respiram
51 (c) saber se o nariz dos animais entope
52 (d) saber como os animais
53
54
55
 56
57 5- De acordo com o texto, golfinhos, elefantes e tamanduás:
58
59 (a) respiram pelo nariz em cima da cabeça
60 (b) não ficam com o nariz entupido
61 (c) ficam com o nariz entupido
62 (d) não respiram pelo nariz
63
64 7- A frase produz efeito de causa e efeito:
65
66 (a) Para os animais que têm um nariz grande [...} é fundamental para a sua sobrevivência. (l3)
67 (b) Esses podem ter o nariz entupido sim! (l12)
68 (c) A região inflamada fica avermelhada e quente, devido a um aumento do fluxo de sangue...)(l16)
69 (d) Fica em cima da cabeça e exerce funções importantíssimas (l7)
70
71 7- O argumento que comprova a ideia de é:
72
73 (a)
74 (b)
75 (c)
76 (d)
77
78 8- É exemplo de linguagem formal:
79
80 (a)
81 (b)
82 (c)
83 (d)
84
85 9 - A finalidade do texto é:
86
87 (a)
88 (b)
89 (c)
90 (d)
91
92
93 10 – No trecho, “ “ a expressão destacada substitui:
94
95 (a)
96 (b)
97 (c)
98 (d)
99
100 11- Pode-se deduzir do texto que:
101
102 (a)
103 (b)
104 (c)
105 (d)
106
107

108
109 https://tirasarmandinho.tumblr.com/tagged/quadrinhos
110
111 12- Na tirinha, há traço de humor em:
112
113 (a) Armandinho estava procurando algo
114 (b) Armandinho não entendeu que o pai estava brincando
115 (c) Armandinho encontrou algo no armário
116 (d) Armandinho não encontrou nada
117
118
119 13- Nos três primeiros quadrinhos há uma ideia de:
120
121 (a) Armandinho está cada vez mais distante do que procura
122 (b) Armandinho está cada vez mais perto do que procura
123 (c) Armandinho procura um casaco porque está com frio
124 (d) Armandinho desiste de procurar o que procura
125
126
127 Por que o leão tem juba?

128 O leão macho tem juba (grande quantidade de pelos na região da cabeça em torno do
129 pescoço) na fase adulta. Ela serve para chamar a atenção das fêmeas e conseguir uma
130 companheira, além de proteger o pescoço durante a luta com outros animais.

131 O crescimento de pelos nessa região está relacionado à produção de hormônios

132 masculinos. A cor geralmente é castanha, variando em tonalidades amareladas,
133 avermelhadas ou tons mais escuros de marrom. Conforme ficam mais velhos, a juba tende
134 a escurecer, podendo ser inteiramente preta.

135 A fêmea não tem juba e possui função diferente do macho no bando. Ela é responsável por
136 cuidar do filhote e caçar, pois é mais rápida e ágil (chega a 81 km/h em distâncias curtas).
137 Possui corpo esbelto e musculoso e pesa metade do que o companheiro.

138 O macho é encarregado de demarcar o território e proteger o grupo. Na hora da refeição, é

139 o primeiro a se alimentar. A fêmea é quem traz o lanche, mas só pode comer depois que o
140 rei da selva está satisfeito.
141 O leão se alimenta de animais terrestres, desde pequenos roedores até grandes
142 vertebrados, como elefantes e girafas. Os bichos preferidos para a refeição, entretanto, são
143 a zebra e o gnu. Em geral, precisa comer cerca de 5 kg de carne por dia para sobreviver.

144 O felino possui pelagem curta com coloração que varia do castanho claro ao cinza
145 prateado e do vermelho amarelado ao marrom escuro. Varia de tamanho dependendo do
146 ambiente em que vive. É encontrado por toda África subsaariana e do norte da África até a
147 Europa e a leste até a Índia.

148
149
150 1- A ideia principal do texto é:
151
152 (a)
153 (b)
154 (c)
155 (d)
156

157 5- Em “ “ o termo sublinhado estabelece, nesse trecho, relação de:

158
159 (a)
160 (b)
161 (c)
162 (d)
163

164

165 É provável que alguém já tenha lhe acordado com a frase: “Deus ajuda quem cedo madruga”, para
166 fazer você sair da cama e ir à escola naquele dia em que a preguiça tinha o dobro do seu tamanho!
167 Ou podem ter dito que “mentira tem perna curta”, quando quiseram pegar você em alguma história
168 que não tinha como ser verdade. E “saco vazio não para em pé”? Essa fala quer dizer que sem
169 comer a gente não tem energia para fazer nada! Apesar de sempre ouvirmos essas sentenças por
170 aí, dificilmente alguém se pergunta o que elas são ou de onde vieram. Vamos descobrir?
171 Exemplos? Temos!
172 Se dizem “em boca fechada, não se entra mosca”, querem ensinar que, muitas vezes, o
173 melhor que temos a fazer é não nos metermos em situações com as quais não temos a
174 ver, ou seja, dar opiniões que não foram pedidas.
175 Com “é dando que se recebe”, aprendemos que devemos ser generosos em
176 vez de egoístas, porque é praticando a generosidade que ganhamos de volta
177 essa benevolência.

178 Já o “não adianta chorar pelo leite derramado”, pretende mostrar que é melhor
179 superarmos algo ruim que aconteceu conosco em vez de insistirmos em sofrer
180 – afinal, o que passou, passou, e não há nada que se possa fazer para mudar
181 um acontecimento passado.
182 Vem da Bíblia
183 Não podemos esquecer que, por conta dos valores religiosos de alguns países, algumas
184 passagens da Bíblia se tornaram provérbios famosos. Por exemplo: “a César o que é de
185 César, a Deus o que é de Deus” é um ditado muito popular e significa que a cada um deve
186 receber o que lhe cabe.
187 Muitas crenças cristãs se tornaram provérbios também. Já ouviu que “a voz do povo é a
188 voz de Deus”? Pois esse ditado defende a ideia de que a vontade da maioria representa a
189 vontade de Deus. E “mente vazia, oficina do Diabo”, você consegue decifrar? Esse passa a
190 ideia de que a falta de ocupação leva as pessoas a ter pensamentos ruins.
191  
192 Vem da história
193 Você já deve ter notado que os ditados populares têm as origens mais variadas. E alguns
194 deles viajam o mundo! Quer exemplo? Com certeza, bem na hora de contar um segredo,
195 você já ouviu que “as paredes têm ouvidos”. Pois essa expressão significa que sempre
196 pode ter alguém escutando algo que você está dizendo, apesar de você não perceber.
197 Supõe-se que esse ditado tenha cerca de 500 anos e seja da época em que Catarina de
198 Médicis, durante o período em que foi rainha da França, abriu buracos nas paredes para
199 ouvir o que os outros estavam dizendo em seu castelo.
200 “As paredes têm ouvidos” é um ditado que existe de forma similar na China, na França e na
201 Alemanha. A tradução seria algo como: “As paredes têm ratos, e ratos têm ouvidos”. É
202 esse o poder de um alerta ou um ensinamento: caminhar por várias culturas diferentes
203 quase que com as mesmas palavras.
204 Impossível não reproduzir
205 Podemos dizer que o interessante dos ditados populares é que eles vêm de todos os
206 lugares e nos acompanham desde muito cedo em nossas vidas. Seja por acreditar ou por
207 ouvir incontáveis vezes, em algum momento, quando desejarmos passar um ensinamento
208 adiante ou aconselhar alguém sobre alguma coisa importante, pode apostar que vamos
209 soltar um ditado ou um provérbio.
210 Essas expressões muitas vezes podem ser entendidas ao pé da letra, mas em outras
211 situações podem fazer a gente ter de pensar um pouco para compreendê-las. Seja como
212 for, acredite, quanto mais topamos com os ditados por aí, mais passamos a usá-los.
213 Afinal… “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”!
214 Aumente a lista
215 Depois dessa conversa sobre os ditados populares, que tal uma brincadeira com eles em
216 família ou entre amigos? O desafio é completar os ditados a seguir! Depois, quem quiser,
217 também pode fazer a lista crescer e ainda correr atrás do significado de cada um. Vamos
218 lá?
219 Mais vale um pássaro na mão…
220 Cão que ladra…
221 Gato escaldado…
222 Quem semeia vento…
223 Uma andorinha só…
224 A pressa é…
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241

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243

244

245 Muito comum em boa parte do reino animal, o bocejo é um comportamento intrigante até
246 para cientistas
247 Bocejar é um comportamento relativamente simples e trivial, mas, ainda assim, muito
248 curioso. Surge como uma vontade quase incontrolável de escancarar a boca e inalar o ar
249 profundamente, especialmente quando vemos outra pessoa bocejar, como se fosse um
250 “comportamento contagioso”. Para aumentar o mistério, é um comportamento presente em
251 todos os grupos de vertebrados: peixes, sapos, cobras, passarinhos, golfinhos, gatos,
252 macacos… todos bocejam! Mas, afinal de contas, pra quê?
253 Há séculos cientistas tentam responder a esta pergunta com experimentos e observações.
254 E mesmo depois de todo esse esforço ainda não há uma resposta definitiva. A verdade é
255 que o bocejo parece ter diferentes funções. Por exemplo, ele parece ajudar nosso cérebro
256 a mudar entre os estados de repouso e alerta, motivo pelo qual bocejamos com maior
257 frequência logo antes de dormir e depois de acordar.
258 Em aves e mamíferos, por exemplo, a vontade de bocejar surge em
259 momentos em que a temperatura do cérebro desses animais aumenta
260 levemente. Estudos de laboratório mostraram que logo após o bocejo esse
261 órgão se resfria, voltando à temperatura normal, além de ficar mais alerta.
262 Isso ajuda a explicar o fato de o bocejo ser contagioso em alguns animais que
263 vivem em bandos, pois quanto mais indivíduos bocejando, e assim ficando
264 mais atentos, mais protegido estará o grupo. Outras explicações consideram
265 ainda que, nesses animais, o ato de bocejar deve passar alguma mensagem
266 importante aos demais membros do grupo, algo como: “estou cansado e
267 desatento, então é melhor não confiar em mim agora para vigiar se há algum
268 predador se aproximando”.
269 Se isso for verdade, quer dizer que os indivíduos em um bando ficarão mais atentos ao ver
270 outro bocejar. Essa hipótese foi apoiada por um curioso experimento. Pediram a pessoas
271 para apontar o mais rapidamente possível, em uma tela de computador, a imagem de uma
272 serpente, que aparecia misturada a imagens de animais inofensivos. As pessoas que,
273 antes do teste, assistiam a um vídeo de alguém bocejando conseguiram encontrar a
274 serpente mais rapidamente, ou seja, estavam mais atentas do que aquelas que não
275 tiveram o mesmo estímulo.
276 Bocejar pode parecer um tédio, mas é um comportamento pra lá de surpreendente, não é
277 verdade?
278