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MANUAL DE OPERAÇÃO

E MANUTENÇÃO

EMPILHADEIRA GURGEL CPCD 25

Av. Cinco, 3061 - Distrito Industrial II - Cep: 79613-030 – Três Lagoas/MS (67) 3521-9111 sag@gurgel.com.br
MANUAL DE OPERAÇÃO
E MANUTENÇÃO

EMPILHADEIRA GURGEL CPCD 25


SOBRE ESTE MANUAL

Leia atentamente este manual antes de operar a sua empilhadeira pela primeira vez
ou fazer qualquer serviço de manutenção.
Este manual contem orientações sobre como utilizar sua empilhadeira Gurgel
C P C D 2 5 com segurança e eficiência. Lembre-se de que ele deve ser mantido sempre a mão e lido
periodicamente. Se este manual for perdido ou por algum motivo se tornar ilegível, você deve solicitar
um novo exemplar para a Gurgel. Em caso de venda da máquina, certifique-se de que este manual será
entregue para o novo usuário.
O objetivo deste manual é orientar o operador e a equipe de manutenção sobre as
principais medidas de segurança que devem ser tomadas durante a operação e a manutenção da
empilhadeira, bem como uma série de informações necessárias para a realização de reparos da forma
correta, que colabore para a redução das falhas no seu equipamento e eleve o tempo de vida útil dos
seus componentes. As orientações e procedimentos mencionados neste manual são relativos
exclusivamente às empilhadeiras Gurgel modelo CPCD 25.
Lembre-se de que a sua empilhadeira possui uma capacidade de carga nominal
projetada, de acordo com informações deste manual. Acessórios ou modificações adicionais que alterem
as características da máquina, além de culminar na perda da garantia, ainda podem prejudicar o
desempenho operacional, que inclui a estabilidade, a eficiência dos freios e a unidade de direção.
Contate a Gurgel para mais informações.

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1 - RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES

• As empilhadeiras da Gurgel são fabricadas para operarem em condições de temperatura


ambiente. Utilize os óleos lubrificantes e fluidos especificados neste manual;

• A empilhadeira não deve ser utilizada em áreas contendo substâncias inflamáveis, em


atmosferas corrosivas e em locais com muita poeira, lama ou alagamento;

• Ao lavar sua empilhadeira evite a aplicação de jatos de água diretamente sobre o motor,
componentes elétricos, painel e no bocal de sucção de ar da caixa do filtro de ar externo;

• Procure sempre utilizar a sua empilhadeira de acordo com as especificações recomendadas e


junto com as normas e procedimentos estabelecidos pela empresa onde está operando;

• Todas as operações previstas no Plano de Manutenção Preventiva contidas neste manual devem
ser seguidas dentro do prazo descrito, exceto nos casos de uso severo, onde deveráser
considerada uma redução proporcional nos prazos;

• Esteja atento à capacidade de carga, ao centro de gravidade e à carga suportada na elevação


máxima da sua empilhadeira;

• Procure sempre transitar em baixas velocidades, principalmente em curvas, declives e locais de


circulação de pessoas;

• Não permaneça com o motor ligado em ambientes fechados e sem ventilação. Alguns gases
emitidos pela combustão podem ser nocivos à saúde;

• Não utilize os garfos ou o protetor de carga para puxar ou empurrar cargas;

• Não apoie todo o peso da carga em apenas um garfo quando for elevar. Faça uma distribuição
uniforme da carga, para que o peso aplicado seja o mesmo nos dois garfos, evitando, inclusive,
o tombamento da carga;

• Ao transitar com carga, mantenha os garfos a uma altura de 15 a 20 cm do chão e verifique se


nenhum obstáculo será atingido. Isso garantirá uma maior estabilidade durante o trajeto;

• Ao final de cada serviço, antes de desligar o motor, incline levemente a torre para frente e abaixe
os garfos até que eles toquem o piso. Verifique se sua empilhadeira foi corretamente bloqueada
e se todos os componentes foram desligados;

• Nunca execute trabalhos de manutenção ou mesmo transite por debaixo do carro porta-garfos
estando o mesmo suspenso. Antes de efetuar uma manutenção que exija este tipo de condição,
procure calçar o carro porta-garfos ou o quadro interno da torre, fazendo o seu devido
travamento. Só depois que o conjunto estiver bem travado, execute o trabalho necessário de
forma segura;

• Os reparos ou manutenções preventivas devem ser executadas por uma oficina especializada
com pessoal treinado para este tipo de equipamento;

• Somente operadores habilitados, treinados e capacitados devem operar empilhadeiras.

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2 – IDENTIFICAÇÃO DA EMPILHADEIRA

2.1 - PARTES PRINCIPAIS

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2.2 – ITENS DA CABINE, INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO E CUIDADOS

1. Alavanca de deslocamento lateral do garfo: utilize esta alavanca para movimentar o


deslocador lateral do carro porta-garfos. Empurrando a alavanca para frente o deslocador vai para
esquerda, puxando-a para trás ele se movimenta para a direita. Com esta alavanca na posição central,
o deslocador fica em repouso. Evite manter a alavanca acionada quando o deslocador estiver em um
dos limites máximos. Antes de acionar o deslocamento lateral, verifique a presença de obstáculos.

2. Alavanca de inclinação da torre: utilize esta alavanca para inclinar a torre tanto para frente
(alavanca empurrada) quanto para trás (alavanca puxada). Com esta alavanca na posição central, o
conjunto fica em repouso. Evite manter a alavanca acionada quando a inclinação da torre estiver em um
dos limites máximos. Mantenha o alinhamento dos garfos o mais paralelo possível do piso durante o
carregamento. Ao transitar com ou sem carga, sendo possível, mantenha a torre inclinada para trás.

3. Alavanca de elevação da carga: utilize esta alavanca para elevar (alavanca puxada) ou abaixar
(alavanca empurrada) a carga apoiada sobre os garfos. Evite manter a alavanca acionada quando a
torre atingir sua altura máxima. Quando a parte inferior do garfo apoiar sobre um plano, pare o
movimento de descida imediatamente. Antes de afogar a sua empilhadeira, se possível, abaixe a torre
até que os garfos toquem o piso.
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4. Alavanca de seta e iluminação: utilize esta alavanca para acionar as setas movimentando-a
para frente ou para trás. Nela também existe um botão que ao ser girado, em seu primeiro estágio, as
luzes de posição são acionadas, no segundo estágio, os faróis são acionados. Procure sempresinalizar
as mudanças de direção e mantenha os faróis acesos durante a operação.

5. Volante de direção: as empilhadeiras Gurgel possuem um sistema hidrostático de direção,


facilitando a movimentação e garantindo mais precisão no deslocamento. Tenha muita atenção ao
manobrar em locais com pouco espaço, pois sempre existe o risco de uma colisão. Ao fazer uma
manobra de ré, verifique o ambiente ao redor primeiro.

6. Chave de ignição: girando a chave no sentido horário, o primeiro estágio acionará o sistema
elétrico, onde todas as lâmpadas do painel acenderão para que o operador possa verificar se existe
algum indicador inoperante. Neste estágio também será acionado o aquecedor do coletor de admissão
que ficará ativo por 10 segundos, independentemente se o motor já entrou em funcionamento ou não
(veja mais sobre o indicador do coletor de admissão no item 18). No segundo estágio de giro da chave
a partida é acionada e o motor começa a funcionar. Nos primeiros 5 minutos de funcionamento do motor
após longo período de inatividade, permaneça com o mesmo em marcha lenta e em neutro.

7. Alavanca reversora (frente/ré): esta alavanca de três posições tem por finalidade o
acionamento da transmissão para seleção do sentido de movimento da máquina, frente ou ré, na mesma
direção em que a alavanca é posicionada. A empilhadeira irá se movimentar lentamente e desenvolverá
sua velocidade quando o operador pressionar o acelerador. Na posição central da alavanca tem-se a
condição de neutro e não haverá movimento, independente da aceleração. Utilize esta posição quando
for estacionar ou parar. Atenção: antes de dar a partida, mantenha esta alavanca na posição central
(neutro), caso contrário não será possível funcionar o motor. Nunca reverta o sentido da máquina com
a mesma ainda em movimento.

8. Alavanca de ajuste do volante: esta alavanca libera o movimento de inclinação do conjunto


da direção. Ao ser posicionada para baixo, o operador poderá ajustar a altura do volante na posição
desejada, devendo voltar a alavanca novamente para a posição superior para que o conjunto fique
travado. Para evitar danos ao capô do motor, antes de abrir o mesmo suspenda a direção.

9. Afogador: é utilizado para desligar o motor, bastando, para isso, manter puxado por alguns
segundos. Não se esqueça de desligar a chave de ignição logo após afogar a máquina, para evitar
consumo desnecessário de energia da bateria.

10. Buzina: pressione este botão para acionar a buzina.

11. Alavanca do freio de estacionamento: quando esta alavanca é puxada, os freios no eixo
dianteiro são acionados e permanecem até o momento em que a mesma é empurrada para frente,
liberando o movimento. Libere o freio de estacionamento antes de movimentar a empilhadeira. Utilize o
freio de estacionamento sempre que for estacionar ou parar, evitando acidentes.

12. Pedal do avanço lento: o objetivo deste pedal é proporcionar um deslocamento lento e preciso
da máquina, mesmo estando o motor em rotação elevada. Utilize este pedal como substituto para a
embreagem convencional durante o carregamento ou descarregamento da carga, onde, ao mesmo
tempo, há a necessidade de manter a rotação do motor para poder pressurizar o sistema hidráulico.
Evite usar este pedal ao transitar em aclives/declives, use o freio.

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13. Pedal do freio: este pedal tem for finalidade o acionamento exclusivo do freio de serviço. É
geralmente utilizado durante os deslocamentos, quando há a necessidade de reduzir a velocidade ou
parar a máquina.

14. Pedal do acelerador: este pedal é responsável por aumentar ou diminuir a rotação do motor.
Acelere a máquina para aumentar a velocidade do deslocamento e também a pressão do sistema
hidráulico. Neste caso, quando for trabalhar apenas com o sistema hidráulico, primeiro coloque a
máquina em neutro e depois acione os pedais de freio ou o freio de estacionamento.

15. Lâmpada de aviso do alternador: quando acesa (ou piscando), indica que existe algum
problema impedindo o carregamento pleno da bateria. Pare a máquina imediatamente e só continue o
trabalho após solucionado o problema.

16. Lâmpada de aviso temperatura da transmissão: quando acesa (ou piscando), acompanhada
de um aviso sonoro no painel, esta lâmpada indica que a temperatura do conjunto da transmissão está
excessiva. Pare a máquina imediatamente e só continue os trabalhos após solucionado o problema.

17. Lâmpada direcional (seta): indica que a seta esquerda ou direita está acionada.

18. Lâmpada do aquecedor da admissão: quando acesa (ou piscando), esta lâmpada de cor
amarela mostra que o aquecedor do coletor de admissão está em funcionamento. A partir do momento
que a chave de ignição é girada, ativando o sistema elétrico, um temporizador mantém o aquecedor em
funcionamento por 10 segundos e durante este período a lâmpada permanecerá acesa (oupiscando) no
painel, mesmo se já foi dada a partida do motor. Este dispositivo facilita a partida, principalmente nos
dias frios.

19. Lâmpada de aviso pressão de óleo no motor: quando acesa (ou piscando), acompanhada
de um aviso sonoro no painel, indica que a pressão de óleo no motor está baixa. Pare a máquina
imediatamente e só continue o trabalho após solucionado o problema.

20. Lâmpada do freio de estacionamento: não utilizada.

21. Marcador de combustível: faz uma indicação analógica da quantidade de combustível presente
no tanque. Assim que o nível de combustível ficar muito baixo, um aviso sonoro no painel permanecerá
ativo até que se proceda com o reabastecimento. Evite o esgotamento total de combustível.

22. Display indicador de horas trabalhadas: faz a indicação da quantidade de horas trabalhadas
pela máquina e começa a funcionar após a partida. Não é possível zerar este marcador.

23. Lâmpada de aviso obstrução do sedimentador: não utilizada.

24. Lâmpada de neutro: quando acesa (ou piscando), indica que a máquina está em neutro, com
a alavanca do item 7 na posição central.

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25. Marcador de temperatura do líquido de arrefecimento: faz uma indicação analógica da
temperatura do líquido de arrefecimento do motor. Caso o indicador atinja a escala vermelha, também
será acionado um aviso sonoro no painel. Neste caso, pare a máquina imediatamente, espere esfriar o
motor, identifique o que está causando o aquecimento excessivo e só continue o trabalho após
solucionado o problema.

2.3 - PEÇAS E ACESSÓRIOS

• Garfos: são os elementos que sustentam todo o peso da carga a ser movimentada em sua
empilhadeira. Ambos os garfos podem ser deslizados manualmente sobre o carro porta-garfos
aumentando ou diminuindo a distância entre eles, oferecendo várias possibilidades de perfeito
apoio à carga a ser movimentada. Para fazer este ajuste, puxe e mantenha puxada a trava
localizada em cima de cada garfo e movimente-o até a posição desejada. Em seguida, basta
soltar a trava e verificar se garfo ficou travado nos encaixes do carro porta-garfos.

Para remover o garfo, desloque manualmente o mesmo até o centro do carro porta-garfos onde
existe uma fenda no seu trilho inferior. Estando nesta posição, levante a ponta do garfo até ele
se desencaixar. Siga o mesmo procedimento para o outro garfo. Para montar, realize o
procedimento inverso.

• Protetor de Carga e Carro Porta-Garfos: o protetor de carga (ou grelha de proteção) é de uso
obrigatório nas empilhadeiras. Trata-se do elemento que apoia a carga durante a movimentação,
evitando que a mesma se desloque para trás durante os movimentos deapanhar e colocar a
carga. Já o carro porta-garfos é a estrutura metálica onde são encaixados os garfos, e, através
de um cilindro hidráulico horizontal acoplado, proporcionam o deslocamento lateral da carga
durante a operação

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• Torre de Elevação: o conjunto da torre de elevação é constituído pelas colunas de elevação,
correntes, rolamentos, roletes, roldanas, cilindro de elevação lateral, cilindro de elevação central
(modelo triplex) e carro porta-garfos. Todos os rolamentos das colunas e do carro porta-garfos
são montados sobre suportes que possuem elementos internos de encostos ajustáveis, que
permitem a regulagem de folgas e o perfeito alinhamento do conjunto.

• Protetor do Operador: é de construção rígida, fabricado com tubos de aço, oferecendoproteção


ao operador em caso de queda parcial da carga sobre a cabine de operação.

• Conjunto da Direção: a direção funciona utilizando o sistema hidráulico da máquina e é


acionada mecanicamente por um volante automotivo. Esse mecanismo possui uma caixa de
direção que executa o controle da vazão de óleo hidráulico pressurizado fornecido pela bomba
hidráulica para o cilindro de direção, localizado no eixo traseiro. Este por sua vez executa o
deslocamento dos pneus direcionais.

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• Contra Peso: é projetado de acordo com a capacidade da empilhadeira e tem a finalidade
principal de equilibrar o peso da carga aplicado nos garfos, evitando que a empilhadeira tombe
para frente. Portanto, é o contra peso que permite à empilhadeira levantar e movimentar cargas
de forma equilibrada e estável, mantendo firme o contato dos pneus traseiros com o solo.

• Eixo Direcional: o eixo direcional é composto por uma carcaça de alta resistência, também
chamada de balança. Para a montagem são usadas buchas e pinos de aço, barras de direção,
mangas de eixo e rolamentos especiais de alta resistência. A articulação basculante da carcaça
permite uma certa oscilação do eixo direcional o que confere à máquina mais estabilidade para
deslocamento em pisos irregulares.

• Chassi: o sistema estrutural de uma empilhadeira é composto pelo chassi, o qual é fabricado
com chapas de aço laminado e soldados eletricamente formando uma estrutura do tipo
monobloco a qual é montada sobre o eixo motriz através de mancais.

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• Eixo Motriz: corresponde ao conjunto do eixo dianteiro, que é o responsável pela tração. Sobre
a carcaça do eixo motriz é montado o chassi através de mancais. Nesta carcaça também é
pilotada a torre de elevação através de mancais sustentados por bronzinas de alta resistência.
Nas extremidades do eixo motriz são montados os cubos das rodas e o tambor de freio. A
transmissão da força motriz é feita por semieixos acoplados internamente na engrenagem
planetária do diferencial e a parte externa é acoplada à flange da roda. Sobre o cubo é montado
o conjunto das rodas.

• Transmissão: a sua empilhadeira possui transmissão hidráulica acionada eletricamente em


conjunto com um conversor de torque, sendo que a mudança de direção é feita por um sistema
de pressão de óleo. A transmissão é montada em uma carcaça de alta resistência que abriga
as engrenagens da transmissão, a embreagem hidráulica (pacote da transmissão) e os suportes
dos mancais que alojam o diferencial. A força do motor é transferida para a transmissão através
do conversor de torque, que é um dispositivo de acoplamento que utiliza fluxo de óleo em seu
funcionamento e não há contato de fricção como em uma embreagem comum.

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• Diferencial: o conjunto do diferencial, composto basicamente pela coroa, pinhão, engrenagens
satélites e planetárias, é montado diretamente sobre os mancais da carcaça da transmissão.
Através dele é possível que as rodas do eixo motriz tenham velocidades e deslocamentos
diferentes quando necessário (por exemplo, em curvas). O sistema de transmissão em conjunto
com o diferencial constituem um conjunto de engrenagens que reduz a velocidade de rotação do
motor até as rodas, aumentando a força transmitida.

• Pneus: são pneumáticos, ou seja, possuem ar comprimido em seu interior, garantindo mais
estabilidade e conforto. Havendo necessidade de trocar algum pneu, faça com a empilhadeira
descarregada.

• Sistema de Freio: o freio da sua empilhadeira é equipado por um sistema de pressão de óleo
(fluído) ligado aos pedais, além de lonas de freio e tambor, sendo que força de frenagem é
proporcional ao deslocamento do pedal de freio. Já o freio de estacionamento é acionado por
uma alavanca disponível próximo ao painel da empilhadeira, que aciona as lonas através de
cabos de aço. Lembre-se de que não se deve frear bruscamente, principalmente quando
carregado.

• Capacidade de Carga x Altura Máxima de Elevação: o ponto onde se concentra todo o peso
da carga é chamado de centro de carga. Quanto mais distante do encosto e da face dos garfos
for o ponto de aplicação da carga (centro de carga), menor será o peso que sua empilhadeira
poderá transportar, assim como a capacidade de carga na altura máxima de elevação também
será reduzida proporcionalmente. Ao lado da placa de identificação da empilhadeira existe um
gráfico onde é possível encontrar a capacidade de carga na altura máxima de elevação. Através
deste gráfico, nota-se que a capacidade de carga na elevação máxima diminui conforme
aumenta-se a distância do centro de carga, representada pela cota “B” no desenho

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anexo ao gráfico. Na condição onde o centro de carga está a até 500 mm do encosto e da face
dos garfos, e a torre está alinhada na vertical, a capacidade de carga na altura máxima de
elevação será de 2.350 kg para empilhadeiras com torre de 3.000 mm e de 1.550 kg para
empilhadeiras com torre de 4.800 mm. As figuras abaixo mostram os gráficos de cada modelo
de empilhadeira.

Gráfico Empilhadeira com Elevação 3.000 mm

Gráfico Empilhadeira com Elevação 4.800 mm

Se o peso da carga for maior do que aquele indicado no gráfico, você deverá reduzir o
comprimento da carga (e consequentemente a distância do centro de carga) ou, na
impossibilidade de reduzir esta distância, deve-se diminuir o peso da carga a ser elevada, caso
contrário haverá um desequilíbrio de forças e tanto o operador, como a carga e o próprio
equipamento estarão em risco. Nunca se utilize de artifícios para aumentar o peso que foi
projetado para o contra peso, na tentativa de garantir uma capacidade extra de transporte.

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3 - ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

A tabela a seguir apresenta as principais especificações técnicas da sua empilhadeira. A Gurgel


se reserva no direito de fazer alterações nestas informações sem aviso prévio.

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4 - MANUTENÇÃO PREVENTIVA

4.1 - ENGRAXAMENTO

Este tópico mostrará os pontos de engraxamento que possui a sua empilhadeira. Lembre-se de
que é extremamente importante realizar o procedimento de lubrificação de todos os bicos e correntes
frequentemente, de preferência antes de iniciar os trabalhos com a máquina, aumentando assim a vida
útil das partes móveis e evitando o surgimento de ruídos. Ao finalizar o engraxamento, retire o excesso
de graxa que ficou exposta.

• CARRO DO PORTA GARFOS (DESLOCADOR LATERAL), APOIO SUPERIOR


• Quantidade de bicos: 2

Na parte superior do apoio do carro porta garfos existem 2 bicos graxeiros, conforme
indicado na figura abaixo.

• CARRO DO PORTA GARFOS (DESLOCADOR LATERAL), APOIO INFERIOR

Aplicar graxa manualmente ao longo do trilho do apoio inferior do deslocador

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• MANCAIS DE INCLINAÇÃO DA TORRE
• Quantidade de bicos: 2 (sendo 1 em cada lado)

• ARTICULAÇÃO DOS CILINDROS DE INCLINAÇÃO


• Quantidade de bicos: 4 (2 dianteiros e 2 traseiros)

* retirar a tampa de borracha para ter acesso ao bico graxeiro interno do cilindro de inclinação

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• EIXO DIRECIONAL – MANGA DE EIXO E CONECTOR
• Quantidade de bicos: 8 (sendo 4 em cada roda)

• PINO DOS PEDAIS


• Quantidade de bicos: 1

• CORRENTES DE ELEVAÇÃO

Aplicar graxa líquida em pequenas quantidades nas correntes de elevação, porém,


somente após fazer a limpeza das mesmas, removendo a graxa antiga e a sujeira.

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4.2 - VERIFICAÇÃO DOS NÍVEIS DE ÓLEO E FLUÍDO

• TRANSMISSÃO

A vareta de medição do óleo da transmissão está localizada embaixo do assoalho,sendo


necessário removê-lo para conseguir verificar este nível. Puxe a tampa indicada pela seta na
figura da esquerda abaixo para retirar a vareta. Nas setas da figura da direita é possívelidentificar
a marcação do nível alto e do nível baixo de óleo. O nível visualizado deve estar entre as duas
marcações. É aceitável o nível permanecer um pouco acima da marcação superior da vareta,
porém nunca deve estar abaixo da marcação inferior, o que pode causar danos à transmissão.
Faça a verificação em local plano.

• MOTOR

A vareta de medição de óleo de motor está localizada próximo da bateria conforme


indicado na figura da esquerda abaixo. Puxe a argola metálica para retirar o medidor. As setas
da figura da direita indicam o nível máximo e o nível mínimo. O nível de óleo deve estar entre
as duas marcações, portanto, não utilize a máquina com nível acima ou abaixo destas
marcações. Faça a verificação com o motor frio e em local plano.

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• DIFERENCIAL

A verificação do nível de óleo do diferencial é feita elevando-se a torre e retirando-se o


bujão frontal indicado na figura abaixo. O nível deve coincidir com a borda inferior do furo. Para
sua segurança, apoie o carro porta-garfos sobre uma superfície, calce ou trave os quadros da
torre antes de executar qualquer trabalho debaixo do sistema hidráulico suspenso. Faça a
verificação em local plano. Não utilize a máquina com nível de óleo abaixo do indicado.

• FREIO

O nível de fluído de freio pode ser verificado no reservatório localizado no canto esquerdo
da empilhadeira, embaixo do painel e próximo da alavanca do freio de mão. Utilizar como
referência as marcações indicadas pelas setas da figura abaixo como sendo nível máximo e
nível mínimo. Não utilize a máquina com nível de fluído abaixo do mínimo. Faça a verificação em
local plano

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• SISTEMA HIDRÁULICO

O nível de óleo hidráulico pode ser verificado por uma vareta metálica localizada próximo
ao filtro de ar, do lado direito da empilhadeira, conforme indicado na figura da esquerda abaixo.
Antes de efetuar a leitura do nível, alinhe as rodas direcionais, abaixe e incline totalmente a torre
para trás de forma que os cilindros hidráulicos fiquem todos na posição recuada. Puxar a tampa
do tanque hidráulico, para que seja possível retirar a vareta. Fazer a limpeza da vareta e encaixá-
la totalmente no tanque novamente. Puxar a vareta medidora e fazer a leitura do nível. As setas
da figura da direita abaixo indicam as marcações de nível superior (max) e inferior (min). O nível
de óleo deve estar próximo à marcação superior, podendo inclusive estar acima desta, porém
nunca deve estar abaixo da marcação inferior, o que pode causar danos ao sistema. Faça a
verificação em local plano.

• BATERIA

A bateria possui um indicador na sua parte superior, entre os pólos, onde é possível
visualizar uma coloração diferente para cada tipo de condição da bateria. Caso não esteja
conseguindo visualizar a cor mostrada, ilumine o visor com uma fonte externa de luz.

Condição Cor

carregada ................................... verde


necessita carga ........................ branco
substituir .................................... vermelho

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• SISTEMA DE ARREFECIMENTO

Para fazer uma inspeção do nível do líquido de arrefecimento dentro do radiador,primeiro


deve ser retirado o tampão localizado atrás do banco. Para isso, retire os dois parafusos
indicados na figura da esquerda abaixo. Certifique-se de que o motor esteja frio, e então abra a
tampa do radiador com cuidado (indicado na figura da direita). Faça uma inspeçãovisual do nível
do líquido no interior do radiador. O nível deve estar situado próximo ao final do tubo do bocal.
Não utilize a máquina com o nível de líquido de arrefecimento muito baixo. Caso necessário,
complete com água pura (desmineralizada). Nunca abra a tampa do radiador com omotor quente,
pois o líquido sairá sob pressão, podendo causar acidentes.

• TRAVAMENTO DO CAPÔ

A empilhadeira possui um dispositivo de trava do capô do motor, localizado junto ao seu


amortecedor, lado esquerdo. Antes de fechar, centralize a trava vermelha indicada pela seta
abaixo, para que o amortecedor fique livre e o capô possa abaixar.

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4.3 - AJUSTE DAS CORRENTES

As correntes de elevação do carro porta-garfos e do quadro interno devem ter suas folgas
verificadas frequentemente, e, caso seja constatado que um dos lados do mesmo conjunto está mais
folgado que o outro, deverá ser feito o ajuste apertando-se as porcas e contraporcas localizadas nas
extremidades das correntes, conforme indicado nas figuras abaixo. Antes de iniciar o procedimentode
esticar uma das correntes, deve-se primeiro afrouxar as mesmas para que seja possível apertar as
porcas/contraporcas de ajuste na extremidade da corrente. Para isso, apoiar os garfos sobre uma
superfície e abaixar totalmente o cilindro de elevação. Nos modelos com torre triplex, o quadro interno
deve ser calçado para que seja possível afrouxar as suas correntes.

Parafusos de ajuste Parafusos de ajuste corrente torre triplex


corrente torre duplex

4.4 - PLANO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA

Os cuidados apropriados por parte da equipe de operação e manutenção da empilhadeira


é de vital importância em qualquer plano de manutenção preventiva. Desta forma, é imprescindível a
execução de um programa de manutenção preventiva no seu equipamento, o que levará a identificação
de potenciais riscos de falhas ou danos, fazendo com que eles sejam sanados antes que tomem
proporções maiores.
A tabela a seguir tem por objetivo informar o usuário quais são os períodos de tempo ou
de leitura do horímetro, o que ocorrer primeiro, em que se faz necessário uma manutenção ou simples
verificação em seu equipamento. As manutenções indicadas a partir de 200 horas (1ª revisão) devem
ser realizadas exclusivamente por equipe especializada e treinada neste tipo de equipamento. Seguindo
estes procedimentos, você aumentará a vida útil de sua empilhadeira e reduzirá os custos com
manutenção corretiva. Nesta tabela também estão contidas as especificações dos itens dereposição
que serão úteis no processo de manutenção preventiva, tais como óleos, filtros e capacidades de
abastecimento. Em condições de trabalho considerados severos, o período entre as manutenções
preventivas devem ser reduzidas proporcionalmente. Para mais detalhes sobre as condições severas
de uso e responsabilidades do proprietário com relação às manutenções preventivas, consulte o
Cerificado de Garantia da sua empilhadeira.

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LOCALIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS ITENS DE MANUTENÇÃO

1 Óleo do motor 14 Óleo da transmissão


2 Correia 15 Óleo hidráulico
3 Mangueiras do radiador 16 Filtro de óleo do motor
4 Torre, porta garfos, protetor de carga 17 Filtro do tanque hidráulico
5 Garfos 18 Mancais da torre
6 Freios 19 Correntes de elevação
7 Transmissão 20 Eixo direcional
8 Pneus 21 Porcas das rodas
9 Combustível 22 Bicos injetores
10 Sistema arrefecimento 23 Óleo do diferencial
11 Filtro de ar do motor 24 Filtro óleo da transmissão
12 Fluído de freio 25 Filtro de combustível
13 Bateria 26 Rolamento dos cubos

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5 – OPERAÇÃO SEGURA

Nesta seção estão contidas diversas informações úteis para garantir uma operação
segura de sua empilhadeira. Leia com atenção todos os tópicos e siga-os rigorosamente.

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