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Ficha de trabalho 1B
Nome Ano Turma N.o
Texto publicitário 1
c. ____________
logótipo
slogan
texto
a. ____________ argumentativo
imagem
b. ____________
Texto publicitário 2
1.1 Seleciona com ✗a(s) afirmação(ões) verdadeira(s) de entre as que se seguem. Este anúncio
tem como objetivo
(A) persuadir o público a adquirir um determinado produto.
(B) informar o público sobre uma campanha institucional.
(C) promover a região de turismo do Algarve.
3. Classifica cada uma das afirmações seguintes como verdadeira (V) ou falsa (F).
a. O slogan da marca reforça a ligação do produto (sumo) à sua origem (laranja).
b. O Algarve é referido para destacar a quantidade de clientes que a marca tem naquela
região.
c. «laranjologia» e «frutologia» podem ser consideradas palavras novas na língua
portuguesa.
d. A imagem dos laranjais verdes que serve de fundo ao anúncio serve para despertar o
desejo de aquisição do produto.
e. Para ajudar à memorização da mensagem, o anúncio utiliza palavras inventadas.
f. O recurso à imagem de uma laranja acabada de cortar reforça a ideia de frescura do
sumo.
Texto de opinião 1
A
s estátuas, mesmo as que representam 35 símbolos nos principais espaços urbanos e de
as personagens mais controversas, não reunião de massas.
devem ser vandalizadas nem derru- Com alguma ironia, pode-se afirmar que o
badas, pela mesma razão que os livros – por problema das estátuas é que elas são pesadas e,
5 mais incómodos ou provocadores que sejam – por isso, difíceis de mudar – ao contrário do que
não devem ser queimados na fogueira pública, 40 acontece com as narrativas históricas que se vão
só porque não se concorda com o que aparece alterando ao longo dos tempos, conforme se vai
escrito nas suas páginas. As estátuas, tal como acrescentando saber e novos pontos de vista e de
os livros, mas também muitos edifícios e análise aos acontecimentos do passado. Numa
10 monumentos, fazem parte de um património biblioteca, podemos empurrar livros para pra-
cultural e histórico que qualquer sociedade 45 teleiras menos visíveis; no espaço público, é
responsável deve fazer questão de preservar mais difícil mudar uma estátua que há décadas
para memória futura. Elas são igualmente impõe a sua presença e que foi erguida de
reflexo de uma época, símbolo do pensamento acordo com um contexto específico – que deve
15 do poder vigente na altura em que foram ser assinalado.
edificadas. São, no fundo, uma face visível da 50 A grande questão é que derrubar estátuas não
narrativa oficial da História que, como sabemos, resolve qualquer problema relacionado com o
vai sendo sempre reescrita pelos vencedores dos racismo e o crescimento das desigualdades,
conflitos, das guerras e das polémicas. essa, sim, a causa maior dos protestos atuais.
20 A discussão que pode e que precisa de ser E a desigualdade não se resolve atingindo
feita é sobre o simbolismo de cada estátua num 55 símbolos do passado com argumentos de hoje e
determinado espaço público: questionar, afinal, que, no limite, poderão também ser modificados
qual a razão por que determinada figura no futuro. A desigualdade combate-se através de
continua a aparecer num local de destaque e uma melhor e mais racional distribuição da
25 perante os cidadãos, quando os valores que riqueza, garantindo-se a todos igual acesso à
defendeu ou que representa já não são os 60 educação, à saúde, ao emprego, à inovação.
partilhados pela maioria das pessoas. Da mesma Rui Tavares Guedes, texto disponível em https://visao.sapo.pt,
forma, também faz sentido debater, num país 18 de junho de 2020, consultado em 23 de junho de 2020.
6. Relê o primeiro parágrafo do texto e explica por que razão as «narrativas históricas» vão
mudando ao longo dos tempos.
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7. Completa as afirmações que se seguem, de acordo com o conteúdo do terceiro parágrafo do texto.
a. Neste momento do texto, o autor ironiza com o ___________________________________
b. Em contrapartida, os livros podem, facilmente, ___________________________________
Texto de opinião 2
P
ode parar de comer vivo o nosso planeta? parte da produção acaba no lixo, com cerca de
Perdão, não queríamos começar assim, há 30 25% da carne produzida no mundo (qualquer coisa
outras formas de lhe chamar a atenção e como 75 milhões de vacas) a ser desperdiçada –
iniciar um texto sobre a urgência de mudarmos de e, claro, sacrificada em vão.
5 hábitos alimentares, mas pareceu-nos que assim Mas […] «ainda» estamos em 2019 e «ainda»
soaria suficientemente alarmante para que possa, é possível abrandar a situação de sobreprodução2,
no fim deste texto, considerar grelhar um bife 35 só precisamos de reduzir em 90% o consumo de
criado em laboratório num futuro próximo […]. carne nos países ocidentais, diz um estudo
publicado em outubro de 2018 na revista científica
Nature, dirigido por Marco Springmann, inves-
tigador e professor na Universidade de Oxford, no
40 Reino Unido. Para sermos exatos, a equação é mais
ou menos esta: seria necessário que cada um de nós
trincasse menos 75% de carne de vaca, menos 90%
de carne de porco e passasse a cozinhar metade dos
ovos que come agora, substituindo tudo isso por
45 cinco vezes mais leguminosas, frutos secos e
sementes. Uma matemática que poderia ser fácil de
Aqueles estudos, ensaios, notícias, artigos aqui
pôr em prática, não estivéssemos nós a comer mais
10 e acolá, documentários da Netflix e infinitos posts
carne do que nunca (são mais dados da ONU). Mas
de Instagram e Facebook não estão para brinca-
é justamente com isso em mente que estão a nascer
deiras: 2050 parece longínquo q.b.1, mas é o ano
50 e a crescer uma série de empresas dedicadas à
em que haverá demasiados milhões de nós a
investigação, desenvolvimento e produção de uma
caminhar pela Terra (9,6 mil milhões, segundo a
alternativa à carne convencional: a carne celular.
15 Organização das Nações Unidas para a Alimen-
Uma carne que sabe e cheira a carne, porque não
tação e Agricultura – FAO) e só contendo as nossas
deixa de ser carne, mas é desenvolvida através da
necessidades carnívoras é que conseguiremos fazer
55 recolha de células e cultivo das mesmas em
render os poucos recursos que nos restam e manter
laboratório. A diferença? É sustentável, não con-
comida, no geral, no prato de tanta gente. É que a
tribui para o tal colapso ambiental que pode estar
20 indústria da agropecuária, diz a Organização das
para acontecer se não mudarmos de hábitos
Nações Unidas (ONU), é a que mais consome os
alimentares e, melhor, não envolve matadouros
recursos naturais do planeta e a que mais estragos
60 nem batas ensanguentadas.
faz ao nível ambiental, devido não só à emissão de
gases com efeito de estufa (que é 18% superior à Beatriz Teixeira, texto disponível em https://www.gqportugal.pt,
25 dos transportes), mas também às quantidades 20 de março de 2019, consultado em 24 de junho 2020 (adaptado).
5. Classifica cada uma das afirmações seguintes como verdadeira (V) ou falsa (F).
a. O texto inicia-se de uma forma que pretende assustar o leitor.
b. Para evitar que uma parte significativa da população mundial fique em risco de fome, é
necessário que em todo o mundo se reduza o consumo de carne em 90%.
c. A autora utiliza a palavra «ainda» entre aspas porque está a citar o autor de um artigo
científico de 2018.
d. Expressões como «artigos aqui e acolá» ou «cada um de nós trincasse» remetem para
um registo de língua familiar e de fácil compreensão para quem lê.
e. Carne de laboratório e carne celular são dois tipos de carne alternativos à carne
tradicional.
f. A carne de laboratório apresenta várias diferenças em relação à carne tradicional,
nomeadamente o sabor e o cheiro.
5.1 Corrige as afirmações que assinalaste como falsas.
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Crítica 1
N
uma época em que as séries ganham
cada vez mais mercado, conseguindo,
de certa forma, começar a saturá-lo de
conteúdo repetitivo e, muitas vezes, de
5 qualidade duvidosa (a maioria com o selo da
Netflix), chega-nos The Great, a nova série da
Hulu que prima pela criatividade e abordagem.
The Great é uma série de comédia histórica
com base na monarquia do Império Russo, na
10 segunda metade do século XVIII, que aborda a 40 Nicolas Hoult foi extremamente bem
ascensão de Catarina (nascida na Prússia, aproveitado e tem aqui uma boa oportunidade
atualmente parte da Polónia), a Imperatriz da para ganhar ainda mais espaço e nome na
Rússia. Ainda em tom de contexto histórico, indústria, encarnando um Pedro com um
Catarina, a Grande, foi a Imperatriz com o humor muito distorcido, em sobressalto, com
15 reinado mais longo da história do Império, 45 vontade de se afirmar como Imperador, mas
conhecido como «A Era de Ouro da Rússia», sem saber muito bem como. Quem viu Hoult
não só devido às conquistas geográficas e em Skins e o vê agora pode constatar que há
diplomáticas, mas sobretudo graças à proli- talento e que a evolução foi bastante positiva.
feração da cultura e educação que passou […] A nível técnico, nota para toda a
20 também a abranger as mulheres […]. 50 caracterização espacial. Grande parte da
Se gostaram do humor do filme The temporada foi filmada no Royal Palace de
Favorite (2018), vão gostar tanto ou mais de Caserta, em Campânia (Itália).
The Great, visto que ambos os trabalhos […] O guarda-roupa prima pela fidelidade
partilham a escrita de Tony McNamara. Dito à época, mas com pequenas adaptações ao
25 isto, é fácil perceber que esta série tem uma 55 dinamismo da narrativa.
forte componente de ficção indexada, tratando […] Nota especial para a fotografia, que
a transformação de uma jovem Catarina (Elle consegue captar emoções, pensamentos ou
Fanning), sonhadora, fantasiosa e apaixonada, sentimentos sem ser preciso as personagens os
numa mulher corajosa, determinada e idealista. exprimirem verbalmente ou exagerar no uso
30 Essa transformação dá-se graças ao choque de 60 da narrativa de exposição.
realidade, brutalidade e loucura a que é exposta Terminada a temporada, conclui-se que
quando se torna na esposa de Pedro III, não só este novo trabalho de McNamara é uma
o Imperador da Rússia (Nicolas Hoult). das melhores estreias de TV deste ano, como
[…] Já conhecida por inúmeros papéis tem material e premissa para garantir a susten-
35 durante a sua infância/adolescência que lhe 65 tabilidade de temporadas futuras.
valeram alguns prémios, Elle Fanning (de 22 […] A primeira temporada completa de
anos) pode ter aqui o papel de que precisa para The Great já está disponível na HBO Portugal.
fazer renascer a sua carreira enquanto atriz, que Diogo dos Santos, texto disponível em https://echoboomer.pt/,
1 de maio de 2020, consultado em 19 de junho de 2020
estagnou de há cinco anos para cá. […] (adaptado).
4. Para justificar essa posição, o autor utiliza vários argumentos. Assinala com ✗ aqueles que estão
expressos no texto.
(A) The Great é uma série repetitiva e de qualidade duvidosa.
(B) O bom desempenho dos dois atores principais é destacado.
(C) A série aborda a verdade histórica, com algum humor e ficção à mistura.
(D) The Great é um bom produto televisivo devido, apenas, ao trabalho dos atores.
(E) Também a parte técnica, o guarda-roupa e a fotografia merecem destaque positivo.
(F) O facto de ser exibida na Netflix é garantia de qualidade da série.
6. A partir da leitura da crítica, faz o levantamento da informação que te permita completar o quadro.
a. Título
b. Autor
c. Canal de televisão
d. Tipo de conteúdo
e. Atriz principal
f. Ator que desempenha o papel de Pedro
g. Ano da estreia
h. Temporada em exibição
7. O autor da crítica deixa antever uma possível continuidade da série. Transcreve a passagem do
texto que nos permite chegar a essa conclusão.
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Crítica 2
1. alter ego: locução latina equivalente a «outro eu». 2. indelevelmente: diz-se do que não se pode apagar ou fazer
desaparecer. 3. estoica: firme, inabalável. 4. métier: profissão; ofício. 5. rodriguinhos: intrigas. 6. entrecho: enredo do
romance. 7. pro bono: locução latina usada quando algo é feito sem retribuição; em defesa de. 8. inócuo: inofensivo;
algo que não produz o efeito pretendido. 9. incongruente: algo que não traduz a relação adequada.
4. Classifica cada uma das afirmações seguintes como verdadeira (V) ou falsa (F).
a. O crítico toma uma posição relativamente ao último livro publicado, usando vários
argumentos para justificar o seu ponto de vista.
b. Expressões como «monumento literário» ou «adaptações geralmente honrosas»
traduzem uma opinião negativa do autor.
c. A afirmação «Agente em campo, um livro menor» exprime a opinião do crítico.
d. A pretexto da publicação de Agente em campo, o crítico tece considerações a propósito
da carreira literária do autor.
e. Ao afirmar que o livro «lê-se de um fôlego», o crítico quer deixar claro que é preciso
ter bastante tempo para conseguir chegar ao fim da leitura.
Biografia
José Saramago
3. Classifica cada uma das afirmações seguintes como verdadeira (V) ou falsa (F).
a. José Saramago viveu toda a sua vida na capital portuguesa.
b. O autor não concluiu os seus estudos devido a problemas financeiros.
c. Nem todas as suas ocupações estiveram relacionadas com o jornalismo e a escrita.
d. Desde 1947, ano em que publicou o seu primeiro romance, Saramago passou a viver
apenas da escrita.
4. Indica o(s) local(is) de residência do escritor nos últimos anos da sua vida.
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1.2 Corrige as afirmações que assinalaste como falsas, recorrendo a elementos do texto.
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A B
a. b. c. d.
3.1 Faz a sua caracterização, tendo em conta os elementos indicados no primeiro parágrafo do
texto.
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4.3 Por que razão terá a mulher pedido ajuda a esta vizinha e não a outra?
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A B
a. «quando pela manhã se levantasse
fizesse logo a cama, em seguida
acendesse o lume, depois enchesse o 1. personificação
cântaro de água, varresse a casa, 2. metáfora
aponteasse a roupa (…)» (linhas 18 a 20) 3. enumeração
b. «os teus dedos (…) são os dez
anõezinhos» (linhas 34 e 35)
a. b.
8. Recorda as características do conto tradicional e preenche a grelha com os elementos que te são
dados.
a. Narrativa
b. Transmissão
c. Personagens
d. Tempo
e. Espaço
O pastor ficou muito aterrado com o sucedido, e foi-se dali onde a um carvoeiro, que andava
no monte a fazer carvão, e contou-lhe o caso. O carvoeiro, inda mais espantado, pega na flauta
e põe-se a soprar, e a flauta que entra logo a dizer:
Ficou o carvoeiro que nem sabia donde era! E como estava de caminho para ir para a aldeia,
e a flauta tinha a virtude de falar, pediu ao pastor que lha emprestasse, a ver se lá p’lo povo
75 adivinhavam aquilo.
Levou a flauta o carvoeiro, e a primeira casa onde entrou foi a do ferreiro; e logo ali contou
o que tinha acontecido e mostrou-lhe a flauta. Mal o ferreiro a pôs à boca, a flauta começou logo:
90 O velho pôs-se muito branco, e acudiu-lhe logo que as palavras da flauta diziam respeito à
sua família. Nessa ocasião entrava na frágua um dos filhos do velho, que era um dos dois que já
tinham voltado, e que trazia carvão para aguçar umas ferramentas. O pai parece que o coração
lhe adivinhou, porque, mal o rapaz entra na forja, dá-lhe a flauta para que a tocasse:
– Toma! Toca essa flauta!
95 Leva o rapaz a flauta à boca, na boa-fé, e ela começa logo:
100 O rapaz ficou muito aterrado, e viu-se-lhe logo na cara o sinal do crime. Mas como os filhos
do velho eram sete e só dois é que tinham voltado, precisavam saber qual era o morto. Foram-se
então dali onde ao pastor, que os levou onde tinha cortado a cana; e cava-que-cava mesmo no
sítio, não tardou que aparecesse o corpo do pequeno, e numa das mãos as três maçãzinhas!
Por mais que alguns fizeram, não foram capazes de lhe tirar as maçãs; mas mal que o pai lhe
105 tocou, abriu a mão e largou-as logo. Viu-se então que se tratava de um grande milagre; e, levados
à presença do cadáver, os dois irmãos confessaram o que se tinha passado – e logo ali apareceu
a Virgem Santíssima e arrebatou para o céu o corpo do pequeno, no meio de uma nuvem de fogo!
Logo em seguida a terra abriu-se e engoliu os dois irmãos!
Trindade Coelho, «As três maçãzinhas de oiro», in Os meus amores –
Clássicos da Literatura Portuguesa, Agrupamento de Escolas de Rio de Mouro, 2013, pp. 180-183.
2. Ordena as afirmações que se seguem, tendo em conta a informação do texto. Inicia a tua
sequência pela letra (C).
(A) No local onde o pequeno estava enterrado nasceu uma cana muito bonita e viçosa que
deu origem a uma flauta.
(B) Apenas o pai dos rapazes conseguiu retirar as maçãzinhas da mão do filho mais novo.
(C) 1 Todos os filhos partiram de casa do pai, levando um bocado de pão, exceto o mais novo.
(D) Quando regressava a casa do pai, o rapaz encontrou dois dos irmãos, que o mataram.
(E) Uma mulher muito bonita encontrou a criança no final do primeiro dia e deu-lhe trabalho.
(F) O pai dos rapazes ficou a conhecer os factos quando experimentou tocar a flauta.
(G) No final dos sete anos combinados a senhora entregou-lhe a recompensa prometida.
4. Indica o significado mais adequado ao contexto de cada alínea, usando as expressões dadas.
5. Identifica o único dos sete filhos que fez uma escolha diferente dos irmãos.
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5.1 Explica em que consistiu essa escolha.
6. Assinala com ✗a opção correta. A expressão «Por lá andou o pequeno sete anos, que lhe
pareceram a ele só sete dias» (linha 42) significa que
(A) o tempo demorou muito a passar.
(B) o tempo passou depressa.
(C) o pequeno trabalhou durante sete dias.
8. Agrupa as expressões que se seguem em dois conjuntos, conforme elas digam respeito ao tempo
ou ao espaço.
(A) «Era uma vez» (linha 1) (D) «caminho diferente» (linha 23)
(B) «por esse mundo fora» (linha 3) (E) «debaixo de uma árvore» (linha 25)
(C) «a hora da partida» (linha 9) (F) «sete dias» (linha 42)
a. Tempo b. Espaço
Miura
Fez um esforço. Embora ardesse numa chama de fúria, tentou
refrear1 os nervos e medir com a calma possível a situação.
Estava, pois, encurralado, impedido de dar um passo, à
espera de que lhe chegasse a vez! Um ser livre e natural,
5 um toiro nado e criado na lezíria ribatejana, de gaiola
como um passarinho, condenado a divertir a multidão!
Irreprimível, uma onda de calor tapou-lhe o
entendimento por um segundo. O corpo, inchado
de raiva, empurrou as paredes do cubículo, num
10 desespero de Sansão.
Nada. Os muros eram resistentes, à prova
de quanta força e quanta justa indignação
pudesse haver. Os homens, só assim: ou
montados em cavalos velozes e defendidos
15 por arame farpado, ou com sebes de cimento
armado entre eles e a razão dos mais...
Palmas e música lá fora. O Malhado dava gozo
às senhorias...
Um frémito2 de revolta arrepiou-lhe o pelo. Dali a nada, ele. Ele, Miura, o rei da campina3!
20 A multidão calou-se. Começou a ouvir-se, sedante, nostálgico, o som grosso e pacífico das
chocas4.
A planície!... O descampado infinito, loiro de sol e trigo... O ilimitado redil5 das noites
luarentas, com bocas mudas, limpas, a ruminar o tempo... A fornalha escaldante, sedenta, deses-
perante, que o estrídulo das cegarregas6 levava ao rubro.
25 Novamente o silêncio. Depois, ao lado, passos incertos de quem entra vencido e humilhado
no primeiro buraco...
Refrescou as ventas com a língua húmida e tentou regressar ao paraíso perdido.
A planície...
Um som fino de corneta.
30 Estremeceu. Seria agora? Teria chegado, enfim, a sua vez?
Não chegara. Foi a porta da esquerda que se abriu, e o rugido soturno que veio a seguir era
do Bronco.
Sem querer, cresceu outra vez quanto pôde para as paredes estreitas do cárcere. Mas a
indignação e os músculos deram em pedra fria.
1. refrear: conter. 2. frémito: estremecimento. 3. campina: planície. 4. chocas: vaca/boi manso que conduz o gado bravo.
5. redil: lugar para recolher animais. 6. cegarregas: som estridente, semelhante ao barulho das cigarras.
7. rarefez o curro: tornou menos denso o ar do compartimento onde estava preso. 8. lúgubres: tristes. 9. finados: toque
do sino. 10. servidoiro: rabo, sulco entre as nádegas. 11. redondel: parte central da praça de touros. 12. franzina: delgada,
frágil. 13. ludíbrio: engano, escárnio.
1.1 Ordena as afirmações que se seguem, tendo em conta a informação do texto. Inicia a tua
sequência pela letra (C).
(A) O «dançarino» decide provocar Miura sem o pano e com duas farpas.
(B) Miura deixou-se dominar, aliviado por poder acabar com a dor e a humilhação.
(C) 1 O protagonista, habituado à liberdade, sente-se furioso por se encontrar preso.
(D) O homem enfrenta Miura de forma desleal, enganando-o com um pano vermelho.
(E) Finalmente, Miura consegue atingir o homem com um corno.
(F) A certa altura, a personagem percebe que fora picado porque chegara a sua vez.
A B
a. A lezíria ribatejana
b. «O bebedoiro da Terra-Velha» 1. felicidade/liberdade
c. «paredes estreitas do cárcere»
d. «o som grosso e pacífico das chocas» 2. sofrimento/cativeiro
e. O divertimento da multidão
a. b. c. d. e.
6. Explica, por palavras tuas, o que o narrador pretende dizer, no segundo parágrafo, com a frase
«Estava, pois, encurralado, impedido de dar um passo, à espera de que lhe chegasse a vez!»
(linhas 3 e 4).
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7. Apesar de todo o sofrimento, Miura acaba por achar estranha a «generosidade» humana.
1. camarinhas: frutos pequenos das camarinheiras (espécie de arbustos); têm forma de bolas e são brancas.
1.1 Classifica cada uma das afirmações como verdadeira (V) ou falsa (F).
a. O texto relata a primeira vez que a avó e o neto foram à praia.
b. A avó sentia um enorme orgulho no neto.
c. A avó fazia bastante sacrifício para ir com o neto à praia, uma vez que já tinha
alguma idade.
d. O neto sentia-se incomodado com a vigilância e a preocupação da avó.
e. O vento começou a soprar violento de um momento para o outro.
f. A história de que a avó se lembrou, no meio da tempestade de areia, também
tinha um final feliz.
a. b. c. d. e. f.
4. Risca as opções incorretas, de modo a que o excerto fique de acordo com o sentido do texto que
leste.
As duas personagens deste texto são/não são da mesma família e sentiam-se muito
contentes/tristes por irem passar a manhã/o dia à praia. Quando lá chegaram, perceberam
que havia sol/vento e que a água estava/não estava fria. O neto/A avó mergulhava e nadava
muito bem, mas nunca se afastava muito.
A certa altura, a avó perdeu os óculos/chinelos mas, mesmo assim, foi com o neto
apanhar camarinhas/peixinhos. Entretanto, levantou-se uma tempestade de vento e
areia/chuva que os obrigou a procurar o caminho de regresso.
Foi fácil/difícil a avó orientar-se no meio das dunas, mas valeu-lhes o cão/café do senhor
Lourenço, que surgiu como que por milagre.
6. Explica o tipo de relação que existia entre esta avó e o seu neto.
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A pesca da baleia
Isoladas ou em grupos, seguem a sua rota
até à África, regressando pelo mesmo
caminho. Esperam-nas os baleeiros e
perseguem-nas, chegando a ponto de serem
5 escassas no arquipélago e só reaparecendo
depois que os americanos abandonaram a
pesca, e os óleos minerais substituíram o
óleo animal, que é empregado hoje nos
instrumentos de precisão. Nos últimos
10 tempos voltaram muitos cachalotes aos
Açores: num dia vi cinco na baía do Porto Pim,
no Faial, cinco bichos de ferro zincado, barbatana
curta e grossa e cauda horizontal apartada ao meio
como a cauda da andorinha. Pus-me a olhar para aqueles
15 monstros desconformes e maciços, de cabeçorra quadrangular, que é
o terço do corpo e onde não há nada que preste. Na baleia não é a barriga que é maior e mais grossa –
é a cabeça; daí para baixo vai arredondando e diminuindo até à cauda, horizontal, enorme e luzidia.
Os olhos pequeninos é preciso procurá-los, porque mal se distinguem da pele, e infelizmente para
elas, estão colocados de forma que só veem para os lados. Os baleeiros chegam-
20 -se facilmente pela cauda – a questão é não fazer barulho – porque têm o ouvido muito fino e
ouvem pela pele: sentem a grande distância: qualquer ruído insólito as perturba, ficando a tremer
de susto, até que se lembram de fugir. Na frente da cabeça ficam os buracos para resfolgar1: ali não
entra arpão, a pele é muito dura; e por baixo abre a queixada em forma de bico com grandes dentes,
que, quando fecha a boca, entram em cavidades da maxila superior.
25 Este bicho inocente e estúpido quase sempre dorme ou digere à tona de água, inerte como um
saco cheio... Só depois que lhe vi abrir a cabeça, melancia preta desconforme e toda de branco
rosado pelo lado de dentro, é que compreendi bem a baleia. Debalde2 lhe procurei o miolo. No
lugar dos miolos tem um líquido, espermacete3, que dá doze a quinze barris do melhor óleo. Nem
é preciso fervê-lo: está pronto a servir nos tanques do casco. Por isso se deixa apanhar...
1. resfolgar: respirar. 2. debalde: em vão; inutilmente. 3. espermacete: substância gorda, de cor esbranquiçada, que se
extrai do cérebro da baleia e que é usada na indústria.
A B
a. base da economia açoriana
1. Faial
b. óleo retirado do cérebro das baleias
2. olhos que apenas permitem ver
c. característica que permite a para os lados
aproximação do baleeiro
3. caça à baleia
d. uma das ilhas açorianas referidas no
4. espermacete
texto
a. b. c. d.
2.1 Com base na frase «Isoladas ou em grupos, seguem a sua rota até África, regressando pelo
mesmo caminho.» (linhas 1 a 3), é possível depreender que as baleias
(A) vivem sempre em grupo.
(B) vivem sempre no mesmo habitat.
(C) são animais migratórios.
(D) procuram sempre novas rotas para se deslocarem.
2.2 A afirmação do narrador «Só depois que lhe vi abrir a cabeça (…) é que compreendi bem a
baleia.» (linhas 26 e 27) surge para explicar
(A) o que é a profissão de baleeiro.
(B) por que é que as baleias são facilmente capturadas.
(C) por que é que as baleias são tão grandes.
(D) o interesse do narrador pelas baleias.
6. Enumera dois aspetos da baleia que, segundo o narrador, facilitam a sua captura.
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A B
a. «cauda horizontal apartada ao meio como a cauda da
andorinha» (linhas 13 e 14)
1. metáfora
b. «diminuindo até à cauda, horizontal, enorme e luzidia»
2. comparação
(linhas 17 e 18)
3. enumeração
c. «Só depois que lhe vi abrir a cabeça, melancia preta
desconforme» (linha 26)
a. b. c.
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– Está bom o seu menino, está forte! – disse o pastor.
Uma ovelha, lá ao fundo, no pasto, baliu1. Jenny ia para
responder que Mary não era menino, que era menina, mas alguma
coisa a parou, porque acabava de ter [...] uma ideia [...]: se fosse
5 possível enganar a avó de Mark, Mrs Read, mãe do pai de Mark e
sogra de Jenny, convencendo-a de que Mary era o irmão (que
morrera mas ela não sabia), então ela havia de ajudar
Jenny a criar o que ela julgava ser o seu próprio neto.
(…) E assim Mary tornou-se no seu irmão e foi com a mãe para Londres, conhecer a «avó».
10 Esta Mrs Read que vivia numa rua suja e desgrenhada2 de Londres não era, não julguem, uma
dessas avozinhas amorosas das histórias para crianças. Era uma criatura guinchona3 e invejosa,
sovina4 e malcheirosa, que passava o dia a implicar com toda a gente. Chegava a ir a casa das
pessoas propositadamente para as insultar, sem razão nenhuma. E sobretudo insultava-as de uma
maneira esquisita, que elas não percebiam, e não percebendo, não sabiam bem como reagir. [...]
15 Quando Jenny passou a porta de entrada da velha Mrs Read com a pequena Mary pela mão,
Mrs Read não reparou em Jenny, nem viu que ela trazia apenas uma trouxa5 muito pequena de
roupa, e que parecia exausta. Mrs Read viu exclusivamente o seu pequeno Mark e os caracóis
ruivos despenteados e os olhos verdes todos a rir e nem foi preciso Jenny mentir, porque a alegria
da velha Mrs Read foi tão imensa ao ver o neto que ela julgara perdido, que teria sido uma
20 verdadeira crueldade dizer-lhe a verdade.
Afastou Jenny, pegou em Mary, pô-la em cima de um banquinho e, ajoelhando-se diante dela,
começou a brincar e a falar essa língua esquisita que as pessoas de certa idade falam com as
crianças:
— Ó meu anjinho lindo! Meu netinho adolado! Quéle um biscôtinho, quéle? Um bolachita?
25 Quéle que a vovó dê biscôtinho ao menino? Olha que lindos olhos, olha que belos calacóis
luivos! Vamos passeále os dois?
Mary saltou-lhe logo para as costas e a velha Mrs Read trotou6 pela cozinha e saiu para a rua
suja e desgrenhada e galopou para casa da vizinha mais próxima, gritando:
— É o meu netinho Mark que eu julgava perdido! É o meu querido netinho Mark que vem
30 viver comigo!
Luísa Costa Gomes, A pirata, Lisboa,
Publicações Dom Quixote, 2006, pp. 21-23.
1. baliu: soltou balidos, sons produzidos pelas ovelhas e pelos carneiros. 2. desgrenhada: desordenada. 3. guinchona: que
guincha/chia, que produz sons agudos. 4. sovina: forreta, aquele que não gosta de partilhar dinheiro ou outros bens.
5. trouxa: embrulho (de roupa). 6. trotou: andou a trote (como os cavalos).
3. Completa cada frase acerca das relações de parentesco entre as personagens, associando o seu
início (coluna A) ao final correspondente (coluna B).
A B
a. Mrs Read é sogra de Jenny porque 1. (meios-)irmãos.
b. Jenny e o filho de Mrs Read foram pais de 2. Mary.
c. Jenny era também mãe de 3. Mrs Read.
d. Mark e Mary eram 4. era mãe do seu primeiro marido.
e. Mark era neto de 5. Mark.
a. b. c. d. e.
7. Diz a que animal é «comparada» Mrs Read no penúltimo parágrafo do texto e justifica com
elementos textuais.
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Ben Gunn
Acordei na minha poltrona às três horas da manhã. O lume estava
apagado, na falta dos bons cuidados do senhor de Trelawney. Fui-me
deitar. Nessa noite coloquei um bocado de queijo gruyère num prato,
abri uma garrafa de vinho branco do Jura e sobressaltei-me ao
5 descobrir a terceira ilustração: uma caricatura com forma humana,
escura e peluda, meio oculta por uma árvore.
Tarde de mais para me lamentar: um tufo de cabelos hirsutos
sobressaía já de trás da poltrona. Ao som da minha voz, aquele
a quem pertenciam os cabelos escondeu-se debaixo do armário.
10 Estava mais assustado do que eu!
Agradecendo ao céu que ninguém me visse, chamei
suavemente, estendendo um bocado de queijo: «Bichinho!
Bichinho!»
Uma mão agarrou o queijo com a velocidade de um
15 relâmpago. A criatura saiu debaixo do armário e lançou-se de joelhos
aos meus pés, suplicando:
«Santa Mãe de Nosso Senhor, não tem antes um bocado de
parmesão?»
Santa mãe?! O turbante azul-celeste amarrado na testa devia
20 desorientar o seu espírito enfraquecido! Pouco depois, sentado
à turca em cima do tapete, o homem-macaco bate no peito:
– Eu sou Ben Gunn, o podre chimarrão da ilha no livro que Robert Louis escreveu.
O meu nome de batismo é Benjamin, porque sou filho de uma verdadeira cristã, sabe, Santa
Mãe. Não foi por minha culpa que me desencaminhei e acabei pirata no Walrus do capitão Flint!
25 Eu estava presente no dia em que ele foi esconder o tesouro na ilha. Nós, a tripulação, ficámos
todos a bordo, até o Billy Bones, o imediato, e Long John Silver, o quartel-mestre: Flint levou
apenas seis marinheiros robustos para cavar o esconderijo.
Mas ei-lo que regressa sozinho, com a cabeça enfaixada e pálido como um morto. Tinha-os
trucidado a todos os seis…
30 Três anos depois, marinheiro noutro navio, avisto a ilha e revelo que há ali um tesouro por
descobrir. Procuram-no durante doze dias sem encontrar nem um alfinete. A cada dia que passa,
os tipos olham-me mais de lado. No décimo terceiro dia, abandonam-me: deixam-me na ilha
com um mosquete, uma pá e uma picareta, e embarcam para nunca mais voltarem.
Durante três anos o pobre Ben Gunn fica ali naquela ilha, a sonhar com comida cristã.
Robert Louis Stevenson, A ilha do tesouro (adaptação de Claire Ubac e António Pescada),
Porto, Porto Editora, 2018, pp. 39-41.
4. Explica por que razão terá sido Ben Gunn deixado na ilha apenas com «um mosquete, uma pá e
uma picareta» (linha 33).
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Sexta-Feira
Sexta-Feira colhia flores por entre os rochedos junto da antiga gruta quando viu um ponto
branco no horizonte, para leste. Desceu imediatamente e correu a prevenir Robinson, que
acabava de se barbear. Talvez Robinson se tivesse emocionado, mas não o deixou transparecer.
– Vamos ter visita – disse, simplesmente: Mais uma razão para acabar de me arranjar. […]
5 Robinson estava muito emocionado. Ignorava há quanto tempo se encontrava na ilha, mas
tinha a impressão de nela ter passado a maior parte da sua vida. Diz-se que, quando um homem
está prestes a morrer, é frequente rever todo o seu passado, desdobrar-se diante de si como um
panorama. Era um pouco o que estava a acontecer a Robinson, que voltava a ver o naufrágio,
a construção do Evasão, o seu fracasso, a grande miséria da lama, a exploração frenética da ilha,
10 depois a chegada de Sexta-Feira, os trabalhos a que Robinson o obrigara, a explosão, a destruição
de toda a sua obra e, em seguida, toda uma longa vida feliz e calma, preenchida por jogos
violentos e sãos e pelas extraordinárias invenções de Sexta-Feira. Iria tudo isso acabar?
Na chalupa amontoavam-se pequenos tonéis destinados a renovar a provisão de água doce do
navio. Na parte de trás via-se de pé, com o chapéu de palha descaído sobre a barba negra, um
15 homem de botas e armado, certamente o comandante.
A proa da embarcação roçou o fundo e ergueu-se antes de se imobilizar. Os homens saltaram
para a espuma das ondas e puxaram a chalupa para a areia, de maneira a colocá-la fora do alcance
da maré cheia. O homem de barba negra estendeu a mão a Robinson e apresentou-se:
– William Hunter, de Blackpool, comandante da escuna Whitebird.
20 – Em que dia estamos? – perguntou-lhe Robinson.
Admirado, o comandante voltou-se para o homem que o seguia e que devia ser o imediato.
– Em que dia estamos, Joseph?
– É sábado, 22 de dezembro de 1787, Senhor. – respondeu aquele.
– Sábado, 22 de dezembro de 1787 – repetiu o comandante, voltando-se para Robinson.
25 O cérebro de Robinson trabalhou a toda a velocidade. O naufrágio do Virgínia dera-se a 30
de setembro de 1759. Tinham-se, portanto, passado
exatamente vinte e oito anos, dois meses e vinte
e dois dias. Não podia crer que se encontrava
há tanto tempo na ilha! Apesar de tudo o que
30 se passara desde a sua chegada àquela terra
deserta, um período de mais de vinte e oito
anos não parecia poder caber entre o
naufrágio do Virgínia e a chegada do
Whitebird. E havia outra coisa ainda:
35 calculava que, se realmente se estivesse no
ano de 1787, como diziam os recém-
-vindos, ele teria agora exatamente
cinquenta anos. Cinquenta anos! A idade
de um velhote, em suma.
Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 1
40 E ele que graças à vida livre e feliz que levava em Speranza, graças principalmente a Sexta-
-Feira, se sentia cada vez mais jovem! De qualquer modo, resolveu não revelar aos visitantes a
verdadeira data do seu naufrágio, com medo de que o tomassem por mentiroso.
– Fui atirado para esta costa quando viajava a bordo do galeão Virgínia, comandado por Pieter
Van Deyssel, de Flessingue. Sou o único sobrevivente da catástrofe. O choque, infelizmente,
45 fez-me perder parcialmente a memória e nunca consegui lembrar-me da data em que ela ocorreu.
– Nunca ouvi falar desse navio, em porto nenhum – observou Hunter – mas é verdade que a
guerra com as Américas modificou todas as relações marítimas.
Robinson não sabia, naturalmente, que as colónias inglesas da América do Norte haviam
combatido contra a Inglaterra para conquistarem a sua independência, do que resultara uma guerra
50 que durara de 1775 a 1782. Mas evitou fazer perguntas que denunciassem a sua ignorância.
Michel Tournier, Sexta-Feira ou a vida selvagem,
41.a ed., Lisboa, Editorial Presença, 2010, pp. 100-103.
3. Quando está prestes a encontrar-se com a tripulação do navio recém-chegado, Robinson passa
em revista alguns acontecimentos do seu passado na ilha. Ordena-os, de acordo com o texto,
iniciando a sequência pela letra (C).
4. Indica o motivo que levou o navio Whitebird a ancorar na ilha. Justifica a tua resposta com uma
frase do texto.
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5. Quando soube a data exata em que se encontravam, Robinson ficou bastante espantado. Explica
porque terá reagido desse modo.
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7. A partir da leitura do texto, faz a correspondência adequada entre os elementos das duas colunas
(A e B).
A B
a. b. c. d.
e. f. g. h.
O Papão
Atrás da porta, ereto1 e rígido, presente,
Ele espera-me. E por isso me atrapalho
E vou pisar, exatamente,
A sombra d’Ele no soalho!
5 – «Senhor Papão!
(Gaguejo eu)
«Deixe-me ir dar a minha lição!
«Sou professor no liceu...»
Então, no ar,
Levitando-se2, enorme, e subvertendo3 tudo,
Ele faz frio e luz como um luar...
20 Eu ouço-lhes o riso mudo!
– «Senhor Papão!
(Gaguejo eu) por quem é,
«Deixe-me estar aqui, nesta reunião,
«Sentadinho, a tomar o meu café...!»
1. ereto: rígido, direito. 2. levitando-se: erguendo-se acima do solo e ficando suspenso no ar. 3. subvertendo: virando ao
contrário.
4. mansarda: águas-furtadas. 5. torno: volto (a falar-lhe). 6. facho: archote, tocha. 7. imbele: fraco, cobarde.
4.1 Localiza, na décima estrofe, o verso que nos permite tirar essa conclusão.
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5. Tendo em conta a última estrofe do poema, identifica, afinal, quem é o «papão» que atormenta
o sujeito poético.
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6. Completa as afirmações.
Em termos formais, o poema é constituído por a. ______________ estrofes, cada uma com
b. ______________ versos, denominando-se, por isso, de c. ______________.
A rima é, quase sempre, d. ______________, exceto na última estrofe, onde é
e. ______________e f. ______________.
2. Assinala com ✗ a opção correta para cada afirmação, tendo em conta a caracterização do coração
do sujeito poético (primeira estrofe).
3. Relê os dois primeiros versos da segunda estrofe e risca as opções incorretas, para perceberes as
sensações vividas pelo sujeito poético.
4. No verso «Mas ainda há a tristeza a carregar» (verso 7), o sujeito poético passa da euforia inicial
para um sentimento de forte tristeza.
4.1 Transcreve, da última estrofe do poema, outras palavras ou expressões que ajudem a traduzir
essa ideia de tristeza.
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6. O poema termina com uma réstia de esperança, apesar da tristeza que invade o sujeito poético.
O sonho
Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
5 pelo sonho é que vamos.
3. Seleciona com ✗ a única opção falsa de entre as afirmações seguintes que explicam o sentido dos
três últimos versos da primeira estrofe.
(A) Atingir os objetivos não deve ser o mais importante.
(B) Ter a capacidade de sonhar já é, por si só, uma vitória.
(C) Se não conseguirmos resultados («frutos»), devemos desistir.
4. Classifica como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações que procuram sintetizar as
ideias fundamentais da segunda estrofe.
a. Para que se atinjam os objetivos, o sujeito poético propõe que se acredite.
b. Quando acreditamos em algo, todos os nossos desejos se realizam.
c. O sujeito poético considera irrelevante lutar pelo desconhecido.
d. O empenho com que se encara o desconhecido deve ser semelhante àquele com que se
encara o que nos é familiar.
Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 1
5. Assinala com ✗a única opção correta relativamente à interpretação das questões formuladas no
penúltimo verso do poema e das respostas que surgem logo de seguida.
(A) O sujeito poético manifesta a sua incerteza perante o futuro.
(B) O sujeito poético sabe que, desde que parta, há de chegar.
(C) O sujeito poético manifesta vontade de chegar.
7. Assinala com ✗o recurso expressivo presente nos seguintes versos: «Basta a fé […] / Basta a
esperança» (versos 6 e 7).
(A) Metáfora
(B) Anáfora
(C) Pleonasmo
Análise
A ilha é de terra e água
e de efeito contra-mútuo:
floresta que, tal1 a vaga2,
ascende do mar à nuvem.
5 O ar respiram-no todos:
plantas, animais e homens
que no fogo forjam armas
e com elas ferem lume.
O fogo consome os homens
10 em sua nudez telúrica3.
Água, fogo, terra e ar
nutrem de nervo e alma
um panorama essencial.
O fogo é o mais obscuro.
Ruy Cinatti, in Uma sequência timorense, Braga,
Editora Pax, 1970, p. 41.
2. Assinala com ✗ a opção correta para cada afirmação, tendo em conta o primeiro verso do poema
e a referência bibliográfica.
2.1 O poeta inspirou-se na ilha
(A) da Madeira.
(B) de Porto Santo.
(C) de Timor.
2.2 Ao escrever este texto, o poeta pretendeu dar a conhecer
(A) a história do povo timorense.
(B) as principais fontes de riqueza da ilha de Timor.
(C) algumas características da paisagem timorense.
Nos quatro primeiros versos é feita a descrição de uma terra que, sendo
a. ________________, está rodeada de água por todos os lados; tal como no
b. ________________ as c. ________________ (vagas) se levantam «ao encontro» do
d. ________________, também as e. ________________, em terra, se erguem em direção às
f. ________________ e se espraiam. A g. ________________ surge-nos, portanto, como
elemento marcante da paisagem timorense.
4. Seleciona com ✗ o elemento que é aproveitado de forma negativa pelo ser humano.
(A) ar
(B) fogo
(C) terra
(D) água
4.1 Explica de que modo a utilização errada desse elemento é vista como prejudicial.
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
5. Dos versos abaixo transcritos, escolhe aquele que seja exemplo de uma
a. enumeração: _______________________________________________________________
b. comparação: _______________________________________________________________
c. hipérbole: _________________________________________________________________
• «floresta que, tal a vaga» (verso 3) • «Água, fogo, terra e ar» (verso 11)
• «ascende do mar à nuvem» (verso 4) • «O fogo é o mais obscuro» (verso 14)
Love's philosophy1
Correm as fontes ao rio
os rios correm ao mar;
num enlace2 fugidio
prendem-se as brisas no ar...
5 Nada no mundo é sozinho:
por sublime lei do Céu,
tudo frui3 outro carinho...
Não hei de alcançá-lo eu?
2.1 Assinala com ✗ as palavras ou expressões que ajudam a definir essa temática.
(A) «os rios correm ao mar» (verso 2) (D) «olha as vagas» (verso 10)
(B) «Nada no mundo é sozinho» (verso 5) (E) «se osculando» (verso 11)
(C) «tudo frui outro carinho» (verso 7) (F) «abraçando» (verso 12)
A B
a. brisas 1. «rio» (verso 1)
b. vagas 2. «mar» (verso 2)
c. fontes 3. «ar» (verso 4)
d. rios 4. [céu] «azul» (verso 10)
e. montes 5. «fragas» (verso 12)
a. b. c. d. e.
4. Assinala com ✗ a opção que permite perceber a razão que levou o sujeito poético a recorrer à
associação dos elementos da Natureza referida na questão anterior.
(A) O sujeito poético está apaixonado pela Natureza e pretende demonstrar isso.
(B) Através do exemplo da Natureza, o sujeito poético verbaliza o seu sonho de
encontrar o amor.
(C) A associação de elementos da Natureza tem como objetivo provar que a
harmonia não existe.
5. Explica, por palavras tuas, o sentido do verso «Nada no mundo é sozinho» (verso 5).
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
6. Risca as opções incorretas, de modo a que o excerto traduza a explicação da presença das
interrogações no final das estrofes do poema.
8. Identifica o recurso expressivo mais utilizado ao longo do poema e transcreve um verso (ou parte
dele) que o ilustre.
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____________________________________________________________________________
Capital
Casas, carros, casas, casos.
Capital
encarcerada1.
E capuzes. E capotas.
10 E que pêsames4! Que passos!
Em que pensas? Como passas?
Capitães. E capatazes5.
E cartazes. Que patadas!
E que chaves! Cofres, caixas…
15 Capital
acautelado.
oh! capital,
capital
decapitada!
David Mourão-Ferreira, Obra poética (1948-1995),
Lisboa, Assírio & Alvim, 2019, p. 164.
1. encarcerada: presa. 2. cautos: cautelosos. 3. castas: puras. 4. pêsames: sentimento de pesar pela morte de alguém.
5. capatazes: chefes de um grupo de trabalhadores.
3.1 Tendo em conta estas associações, indica uma potencial consequência que o dinheiro pode
trazer a quem vive na cidade.
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
4. Procura, a partir dos versos «E que pêsames! Que passos! / Em que pensas? Como passas?»
(versos 10 e 11), identificar se o sujeito poético critica ou elogia a vida na cidade («capital»).
Justifica.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
5. Completa o texto que se segue, sobre a presença de recursos expressivos no poema, usando as
palavras dadas.
1. Classifica cada uma das afirmações como verdadeira (V) ou falsa (F).
a. A língua portuguesa apresenta os mesmos traços em Portugal, em Angola ou no Brasil.
b. As variedades do português correspondem a diferentes regiões geográficas.
c. A língua portuguesa é falada em diversas partes do mundo.
d. No continente africano existe apenas uma variedade do português.
A
«Tombada como Patrimônio Cultural da Humanidade em 1987, a cidade é, segundo a
Unesco, um divisor de águas na história do planejamento urbano.»
Disponível em https://viagemeturismo.abril.com.br
(consultado em maio de 2020)
B
«O rapaz pediu à rapariga para irem à sua machamba, para esta o ajudar a sachar.
A machamba estava carregada de muito milho e amendoim e o rapaz começou a sachá-los.»
Disponível em https://www.conexaolusofona.org
(consultado em maio de 2020)
C
«Viajar faz bem. Ninguém duvida. Dizem que pode prevenir e até curar doenças, dizem
que rejuvenesce, dizem que nos torna mais humildes, que nos dá mais resiliência e
paciência. Dizem que somos mais felizes.»
Disponível em https://viagens.sapo.pt
(consultado em maio de 2020)
Pequeno-almoço Isso foi cômico Tem muita gente na praia Hoje fui à escola
Pontuação
1. Completa cada frase, associando o seu início (coluna A) ao final correspondente (coluna B).
A B
a. O ponto é utilizado 1. com recurso ao uso da vírgula.
b. A delimitação do vocativo faz-se 2. pelo uso de reticências.
c. Sempre que queremos introduzir o discurso 3. usamos um ponto de interrogação.
direto 4. para indicar o fim de uma frase
d. Para terminar uma frase interrogativa direta (ou de uma sequência de frases).
e. Na escrita, uma hesitação é marcada 5. recorremos a dois pontos.
a. b. c. d. e.
2.1 Na frase Esses dias, tristes e sombrios, chegaram ao fim, as vírgulas destacadas
2.3 No segmento O professor avisou: — Quem chegar tarde não entra!, os dois pontos destacados
são utilizados para
A B
a. Rita, não te esqueças do impermeável!
1. As vírgulas delimitam o modificador do
b. Comprei um lápis, uma borracha, dois nome apositivo.
cadernos e um estojo na papelaria da
2. A vírgula é utilizada para isolar o vocativo.
escola.
3. As vírgulas separam os elementos de uma
c. Trouxe-te o saco, pesado e grande, que
enumeração.
deixaste em minha casa.
a. b. c.
a. infeliz _______________________
b. heroicidade ___________________
c. belo _________________________
d. nacionalidade _________________
2. Forma palavras pelo processo de derivação afixal, adicionando os afixos indicados para cada.
a. capaz + prefixo in- = _________________________________________________________
b. amor + sufixo -oso = _________________________________________________________
c. fruta + sufixo -aria = _________________________________________________________
d. definir + prefixo pré- = _______________________________________________________
3.1 Indica
a. a única palavra derivada por sufixação: ______________________________________
b. uma palavra composta por associação de palavras: ____________________________
c. uma palavra composta por associação de radicais: _____________________________
d. a única palavra derivada por prefixação: _____________________________________
grafia feira
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Nome
1. Associa os nomes sublinhados em cada frase (coluna A) à subclasse correspondente (coluna B).
A B
a. «Ditosa cresceu depressa, rodeada do carinho dos gatos.» 1. nome próprio
b. «Esperam-nas os baleeiros e perseguem-nas, chegando a 2. nome comum
ponto de serem escassas no arquipélago.» 3. nome comum
c «A mãe, coitada, bem o entusiasmava.» coletivo
a. b. c.
3. Assinala com ✗ a única frase com um nome composto incorretamente flexionado em número.
(A) Os pães de ló constituem uma das variedades mais típicas da doçaria portuguesa.
(B) O NE Sagres é um dos principais navios-escola da Marinha Portuguesa.
(C) Em dias de chuva, devemos sair para a rua protegidos pelos nossos guardas-chuvas.
5. Assinala com ✗ a única frase em que o nome é utilizado com sentido depreciativo.
(A) Alguns animais domésticos são uns verdadeiros amiguinhos.
(B) Grande amigalhaço!... Mais valia teres ficado calado!
(C) Sem ti não teria acabado o trabalho a tempo… Foste um amigaço!
Determinante e quantificador
«Zorbas decidiu acabar com aquela farsa, mas aqueles dois cretinos haviam de levar uma
recordação das suas garras. Recolheu as patas dianteiras com um movimento enérgico…»
Luis Sepúlveda, História de uma gaivota e do gato
que a ensinou a voar, Porto, Porto Editora, 2016, p. 80.
Determinante
artigo Quantificador
artigo definido demonstrativo possessivo
indefinido
A B
a. b. c. d. e. f. g.
3.1 Indica a classe e a subclasse das palavras que incluíste nas frases anteriores.
________________________________________________________________________
Adjetivo
Grau Adjetivos
Normal
Superlativo relativo de superioridade
Superlativo absoluto analítico
Adjetivo Adjetivo
Grau
qualificativo numeral
a. Nos primeiros dias de férias aproveito para dormir.
b. O cão é considerado o melhor amigo do Homem.
c. No campo de férias havia vinte e cinco miúdos.
d. Nunca gosto de ser o último a chegar.
e. Um terço da minha mesada é para gastar com o
meu cão.
Pronome
1. Assinala com ✗ a correta classificação dos pronomes sublinhados nas frases seguintes.
Pronome
Frases
pessoal possessivo demonstrativo indefinido relativo
a. Ninguém se preocupa tanto como a mãe.
b. Eu adorei o livro!
c. O atleta que ganhou a corrida não festejou.
d. Este pão parece mais fresco do que aquele.
e. Este livro não é meu.
3. Assinala com ✗ a única frase que inclui um pronome pessoal e um pronome indefinido.
(A) O António não me deu nenhum presente.
(B) A Joana comprou um livro e a mãe ofereceu-lhe outro.
(C) A Rita não gostou do presente que eles lhe ofereceram.
Ex.: Já acabei o trabalho. A professora pediu o trabalho. → Já acabei o trabalho que a professora pediu.
3. Assinala com ✗ a única opção que te permite obter uma correta substituição do elemento
sublinhado pelo respetivo pronome pessoal.
5. Seleciona a única opção (coluna B) que te permite substituir o complemento direto de cada frase
pelo respetivo pronome pessoal.
A B
1. Eu comprá-lo-ia.
a. Eu comprarei um livro.
2. Eu compraria-o.
b. Eu compraria um livro.
3. Eu comprá-lo-ei.
a. b.
Verbo (subclasses)
A B
a. Durante a viagem visitei todos os castelos. 1. verbo intransitivo
b. A corrida já acabou. 2. verbo transitivo direto
c. Já deste os parabéns ao João? 3. verbo transitivo indireto
d. Quando chegar a casa telefonarei ao Pedro. 4. verbo transitivo direto e indireto
a. b. c. d.
3. Classifica os verbos sublinhados nas frases que se seguem quanto à subclasse, selecionando a
correspondente classificação.
verbo transitivo direto verbo copulativo verbo transitivo indireto verbo auxiliar da passiva
2.1 De entre as formas verbais sublinhadas, indica aquela que se encontra conjugada no
a. pretérito imperfeito do indicativo: _______________________________________________
b. pretérito-mais-que-perfeito do indicativo: _______________________________________
c. futuro simples do indicativo: ____________________________________________________
4. Assinala com ✗ a única frase que inclui uma forma verbal no modo imperativo.
(A) A atleta corre velozmente para a meta.
(B) Joana, não te atrases, por favor!
(C) Hoje, vamos todos jantar a casa da avó.
a. b. c.
1. Identifica a subclasse dos advérbios sublinhados nas seguintes transcrições de O Gato Malhado
e a Andorinha Sinhá, de Jorge Amado.
Advérbio de
Frases
tempo modo quantidade afirmação
a. «Saiu andando devagar.»
b. «Andorinha Sinhá, além de bela, era um pouco
louca.»
c. «Ontem eu estava doente.»
d. «Jamais sequer ele a mirou.»
e. «É, sem dúvida, um método anárquico de contar
uma história.»
2. Assinala a subclasse dos advérbios sublinhados: advérbio interrogativo (I) ou advérbio conectivo (C).
a. Onde ficaste até tão tarde?
b. Tenho um trabalho para acabar, portanto decidi não ir ao cinema.
c. Como se chama aquela música que está sempre a passar na rádio?
5.1 Na frase Saí cedo de casa, mesmo assim cheguei tardíssimo à escola existe(m)
(A) um advérbio com valor de tempo no grau normal.
(B) dois advérbios com valor de tempo, respetivamente nos graus normal e super-
lativo absoluto analítico.
(C) dois advérbios com valor de tempo, ambos no grau normal.
6. Identifica e sublinha o advérbio de lugar existente na frase A cidade fica longe do mar.
Bill Watterson, O ataque dos demónios da neve, Lisboa, Gradiva, 2019, p. 23.
a. b. c. d. e.
2.2 Em Não só gosto muito de teatro, como também sou fã de futebol, os sublinhados referem-se
a uma
(A) locução conjuncional coordenativa copulativa.
(B) \ conjunção coordenativa conclusiva.
(C) conjunção coordenativa copulativa.
A B
a. Compro um livro sempre que entro numa livraria.
b. Quando posso, gosto de caminhar à beira-mar. 1. temporal
c. O diretor foi demitido porque não se mostrou competente. 2. causal
d. Vou deitar-me logo que termine esta tarefa.
a. b. c. d.
2.1 Na frase Irei visitar-te, quando tiver algum tempo livre, a palavra sublinhada é uma
(A) conjunção subordinativa causal.
(B) \ locução conjuncional subordinativa causal.
(C) conjunção subordinativa temporal.
2.2 Na frase Como nasci no Senegal, falo bem Francês, a palavra sublinhada
(A) não pertence à classe das conjunções.
(B) \ é uma conjunção subordinativa causal.
(C) é uma locução conjuncional subordinativa causal.
2.3 Em Assim que consiga terminar o trabalho, enviá-lo-ei para todo o grupo encontramos uma
(A) locução conjuncional subordinativa temporal.
(B) \ locução conjuncional subordinativa causal.
(C) conjunção subordinativa temporal.
1. Associa as frases (coluna A) aos tipos de sujeito que as integram (coluna B).
A B
a. Ganhámos mais uma prova importante. 1. sujeito simples
b. Ninguém deixou de festejar a vitória. 2. sujeito composto
c. Ligaram-me ontem já bastante tarde. 3. sujeito subentendido
d. Participaram no torneio algumas raparigas e todos 4. sujeito indeterminado
os rapazes.
a. b. c. d.
2. Sublinha (nos casos em que é possível) e classifica o tipo de sujeito em cada uma das frases.
a. Os nossos amigos e familiares chegaram bastante tarde para o jantar. _________________
b. Bateram palmas entusiasticamente. ____________________________________________
c. Todo este lixo vai ser colocado na reciclagem. ____________________________________
«O cavalo relinchou. Também ele tinha visto a luz. E reunindo as suas forças, o homem e
o animal recomeçaram a avançar.»
Sophia de Mello Breyner Andresen, O Cavaleiro da Dinamarca, Porto, Porto Editora, 2018, p. 51.
Hergé, As aventuras de Tintin – Explorando a Lua, Lisboa, Edições ASA, 2015, p. 37.
1. Transcreve das frases que se seguem todos os complementos diretos e complementos indiretos.
2. Completa as frases de acordo com as indicações entre parênteses. Segue o exemplo apresentado.
Ex.: Os meus amigos ofereceram (+ complemento direto + complemento indireto) = Os meus amigos
ofereceram um ramo de flores à minha mãe.
3. Assinala com ✗ a correta classificação dos complementos sublinhados nas frases seguintes.
Complemento Complemento
Frases indireto oblíquo
a. Toda a família gosta muito de praia.
b. Ofereci flores à minha mãe no domingo.
c. Nós moramos aqui.
d. Contei-lhe toda a verdade.
A B
a. A professora contou-nos a história a partir do livro. 1. complemento direto
a. b. c. d. e.
7. Completa as frases seguintes com um modificador (de grupo verbal) adequado, respeitando as
instruções dadas entre parênteses.
a. O João voltou para a escola __________________ (grupo adverbial, com valor de tempo).
b. O João encontrou uma moeda __________________ (grupo preposicional).
1.3 Em O João disse-me que tu estás muito triste!, a função de predicativo do sujeito é exercida
pelo constituinte
3. Assinala com ✗a classe de palavras dos predicativos do sujeito sublinhados nas frases seguintes.
A B
a. A Joana é uma rapariga inteligente. 1. complemento direto
b. A Maria tocou piano maravilhosamente. 2. predicativo do sujeito
a. b.
1. Assinala com ✗, distinguindo, nas frases que se seguem, os modificadores do nome apositivo e
os modificadores do nome restritivo sublinhados.
Modificador do nome
Frases
apositivo restritivo
a. Zorbas, amoroso, cumpriu a sua promessa nos dias seguintes.
b. Os gatos do porto eram unidos e solidários.
c. Matias, o chimpanzé, vivia no Bazar de Harry.
d. Os animais aceitaram com coragem o desafio difícil.
Frases Constituição
2.1 Para saberes diferenciar modificador do nome apositivo de modificador do nome restritivo,
associa cada uma das funções sintáticas (coluna A) à sua definição correta (coluna B).
A B
1. Não pode ser isolado por vírgulas porque
a. Modificador do nome apositivo limita/restringe o sentido do nome.
b. Modificador do nome restritivo 2. Surge delimitado por vírgulas, pelo facto de
poder ser dispensado da frase.
a. b.
3.1 Classifica cada um dos modificadores de nome que identificaste na resposta anterior.
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
1. Classifica cada uma das frases seguintes como ativa (A) ou passiva (P). Depois, procede à trans-
formação em frase ativa ou frase passiva, conforme o caso.
a. O jornalista deu a notícia que todos aguardavam.
_____________________________________________________________________
b. Uma história é lida todas as noites pela avó do menino.
_____________________________________________________________________
c. O banco alimentar ajuda muitas famílias.
_____________________________________________________________________
d. Os turistas visitarão o interior do país.
_____________________________________________________________________
e. A corrida tinha sido ganha por um atleta estrangeiro.
_____________________________________________________________________
2.3 À frase ativa O júri já escolheu o vencedor do festival corresponde a frase passiva
(A) O festival já foi escolhido pelo júri.
(B) O vencedor do festival é escolhido pelo júri.
(C) O vencedor do festival já foi escolhido pelo júri.
3. Identifica, das funções sintáticas dadas, as que são desempenhadas pelos segmentos sublinhados
nas frases.
Coordenação
1.2 Sempre que as orações se relacionam entre si sem explicitação de conjunções ou de locuções
conjuncionais, estamos perante um processo de
(A) articulação frásica.
(B) subordinação.
(C) coordenação assindética.
«Robinson levantou-se e deu alguns passos. Não estava ferido, mas o ombro magoado
continuava a doer-lhe.
Robinson demorou vários dias a transportar na sua jangada e a levar para terra todos aqueles
explosivos, pois durante metade do dia a maré alta interrompia a sua atividade.»
Michel Tournier, Sexta-Feira ou a vida selvagem, 41.a ed., Lisboa, Editorial Presença, 2002, pp. 11, 16-17.
1. Cada uma das frases que se segue é constituída por duas orações. Sublinha a oração
subordinante de cada frase.
a. Telefona-me | mal chegues a casa.
b. Como já estamos atrasados, | vamos diretamente para o teatro.
c. A escola esforçou-se | para que todos os alunos tivessem melhores condições de trabalho.
d. A generalidade dos alunos conseguiu bons resultados | porque se esforçou bastante.
e. Se perceberes a história, | ajudas-me com a interpretação?
f. Sempre que chove, | o jardim fica alagado.
1.2 Assinala com ✗ a correta classificação da oração que não foi sublinhada, ou seja, a oração
subordinada de cada frase.
2. Transforma as frases simples que se seguem em frases complexas, ligando-as de acordo com as
instruções entre parênteses. Segue o exemplo apresentado.
Ex.: Irei ao cinema. Acabarei de ler o livro. (relação de tempo) = Irei ao cinema quando acabar de ler o
livro. / Irei ao cinema logo que acabe de ler o livro. / Irei ao cinema mal acabe de ler o livro.
a. Vou telefonar aos meus amigos. Vamos almoçar juntos no domingo. (relação de finalidade)
__________________________________________________________________________
b. Li este romance. Falaram-me muito bem dele. (relação de causa)
__________________________________________________________________________
c. Os meus pais oferecem-me uma viagem. Eu terei boas notas. (relação de condição)
__________________________________________________________________________
3.2 Identifica a conjunção subordinativa condicional presente numa das frases anteriores.
_________________________________________________________________________
As orações destacadas nas alíneas ___ e ___ são orações subordinadas adjetivas
relativas explicativas, porque apresentam informação adicional sobre a oração
subordinante; nas alíneas ___ e ___ encontram-se sublinhadas orações subordinadas
adjetivas relativas restritivas, que limitam a informação dada pela oração subordinante.
a. b. c. d.
2. Assinala com✗, em cada item, a única oração que estabelece a relação indicada com a oração
subordinante.
2.1 Relação de tempo: Viajo para casa dos meus avós
(A) mal acabem as aulas.
(B) porque estou de férias.
(C) caso os meus pais não se importem.
2.2 Relação de causa: Hoje ainda vou treinar,
(A) para que possa descontrair.
(B) embora tenha tido um dia cansativo.
(C) porque me faz bem ao espírito.
4. Assinala com ✗ a única frase que inclui uma oração subordinada substantiva.
(A) O treinador reuniu com os atletas logo que o jogo terminou.
(B) O treinador pediu aos atletas que treinassem regularmente.
(C) Os atletas treinam bastante para obterem bons resultados.
Coordenação e subordinação
A B
a. Entregaremos o trabalho | assim que o
terminarmos. 1. relação de contraste ou oposição
b. Gosto muito de chocolate, | mas faz-me 2. relação de alternativa
mal ao estômago.
3. relação de tempo
c. Ou estudas bastante | ou não
conseguirás boa nota no teste.
a. b. c.
A B C
a. ________________________________________________________________________
b. ________________________________________________________________________
c. _________________________________________________________________________
4. Transforma as frases simples em frases complexas que sejam constituídas por oração subordinante
e por oração subordinada adjetiva relativa, utilizando as palavras/expressões dadas entre
parênteses para introduzir cada oração subordinada.
a. Moro numa cidade lindíssima. (onde)
A cidade ___________________________________________________________________
b. Os alunos com boas notas ficaram no quadro de excelência. (que)
Os alunos __________________________________________________________________
c. Apresentaram-me o escritor Ondjaki. (a quem)
O escritor __________________________________________________________________
1. Classifica cada uma das afirmações como verdadeira (V) ou falsa (F).
a. À reprodução de falas exatamente como foram ditas por um emissor chamamos
discurso direto.
b. Sempre que um emissor integra no seu discurso falas de outros emissores, sem que haja
qualquer tipo de alteração, dizemos que se trata de discurso indireto.
c. Na transposição do discurso direto para o discurso indireto, os enunciados não podem
sofrer alterações.
d. Na reprodução escrita do discurso indireto devem ser utilizados os dois pontos e o
travessão.