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Como Improvisar no Saxofone

Criado por Maluniu, Jack.aw

O jazz é um estilo musical voltado a improvisação. Se você alguma vez já se perguntou como aqueles
jazzistas de rua conseguem tocar músicas tão lindas enquanto se deixam levar pelo som e você gostaria de
aprender a fazer o mesmo, este artigo é para você.

Passos

1. Considerando que você saiba o básico de saxofone, o próximo passo é conhecer as escalas maiores, menores,
diminutas, escala pentatônica, escala de blues e os arpejos em todas as 12 tonalidades.

É extremamente importante que você aprenda as escalas em todos os 12 tons, já que nem toda música está nos tons
de C, G ou F. Embora isso possa parecer chato no começo, as escalas são essenciais na improvisação (com certeza
John Coltrane e Charlie Parker dominavam todas as escalas em todas as tonalidades).

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2. Depois de ter dominado as escalas em todas as tonalidades, aprenda a progressão de acordes jazz-blues.

O blues é essencial para o improvisador iniciante porque tem uma progressão de acordes mais simples e comum. É
mais fácil usar apenas a escala de blues para improvisar, mas você ficará restrito a uma única sonoridade.
Experimente métodos de estudo que usam CD’s com playbacks para que você possa tocar acompanhando a música.
O método mais popular é a série de Jamie Aebersold, que pode ser comprado em qualquer boa loja de música ou na
internet. Depois de dominar o blues, comece a aprender os temas mais conhecidos de jazzistas famosos. Estes são
essenciais para qualquer músico de jazz conseguir um emprego. Você pode comprar um Song Book ou um Fake
Book, ou mesmo adquirir os métodos de Aebersold que vêm com o CD. Quando aprender um tema, comece por
acompanhar o CD tocando a escala junto com a gravação, para então ir criando os arpejos. Isso te ajudará a
memorizar as mudanças de acordes para que você possa começar a improvisar.

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3. Agora que você domina bem algumas mudanças de acordes, o que fazer com elas?

Improvisação é literalmente compor ao vivo e isso pode te deixar intimidado no calor do momento. Escutar os seus
jazzistas favoritos é uma ótima maneira de ter novas idéias. Você pode até transcrever uma frase melódica que
achar interessante e estudá-la em todas as tonalidades para poder usá-las nos seus solos. Na medida em que você
vai acumulando estas “frases”, você vai criando um repertório. Este é o primeiro passo para você criar a sua própria
sonoridade. Ao adicionar e transformar aquilo que você gosta, você vai criando um estilo pessoal de improviso.

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4. Agora que você aprendeu as escalas, as progressões de acordes e as frases melódicas, você simplesmente
precisa colocar tudo no conjunto.

Pode ser que você sinta dificuldade em executar uma passagem de colcheias, semicolcheias ou quiálteras. Comece
treinando as colcheias com o metrônomo num ritmo mais lento, estudando em todas as tonalidades ou seguindo
uma seqüência harmônica. Vá acelerando o metrônomo gradualmente até que você seja capaz de tocar rápido,
lembrando que a capacidade de tocar rápido não é garantia de um bom solo, mas é uma boa ferramenta para ajudar
na improvisação. Assim como um prato de pimenta não é uma boa refeição, mas um pouco de pimenta pode
melhorar muito uma comida, a sua velocidade de execução não pode dominar o seu solo, mas serve pra dar uma
“apimentada”.

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5. Um aspecto extremamente importante do jazz é a “conversa” do solista com a seção rítmica.

Você já percebeu que um solo de jazz parece uma conversa entre o solista e os instrumentos de acompanhamento?
Um “pergunta” e o outro “responde”. O solista não precisa preencher cada compasso com notas, mas deve dar ao
público um tempo para “assimilar a idéia” da música. Dê a sua seção rítmica algum tempo para responder ao seu
solo. Jazz é como uma língua diferente que você está usando para se comunicar. Você gosta quando alguém fala sem
parar e não deixa o outro responder? Pois é, o mesmo acontece com a “conversa” do jazz.

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6. Finalmente, seja criativo.

Use diferentes ritmos, síncopes, oitavas, crie uma seqüência, repita o tema e deixe a música fluir! 


Dicas

 ESCUTE! ESCUTE! ESCUTE! Existem milhares de gravações de jazz que podem servir de inspiração para a sua
improvisação.
 Varie a intensidade do seu solo. Comece lento e simples e construa um clímax. Guarde o seu melhor para o
terceiro refrão. É como se tivesse contando uma história. Deixe o público querendo mais.
 Não desanime nos primeiros erros. É preciso tempo para aprender a improvisar. Não se martirize se errar
uma escala. Foque no agora. Todo mundo tem shows ruins e você provavelmente também terá. Pense no
próximo show ao invés de sofrer pelo ruim que já passou.

 Evite o uso excessivo da escala de blues, pois pode ficar um pouco chato e repetitivo.

Materiais Necessários

 Coisas que você precisa


 Um saxofone
 Criatividade
 Determinação
 Tempo de prática
 Um método musical ou um song book.

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