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Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte

Conselho de Segurança das Nações Unidas


Crise Logística Internacional e a Ajuda Humanitária
Isabella Costa Salomão
Maria Eduarda da Silva Colen Tavares
Londres, 26 de novembro de 2021

DOCUMENTO DE POSIÇÃO OFICIAL

A partir do ano de 2020, com a explosão da pandemia de COVID-19, a questão logística se


complexificou e transformou-se até mesmo em um problema de ajuda humanitária em relação às
zonas de guerra. Isso pode ser comprovado, em primeiro lugar, ao observar-se as dificuldades de
fabricação e distribuição de vacinas, que vai além de questões logísticas internas e compreende toda
a sociedade global de maneira generalizada. Em segundo, com a desaceleração da economia
internacional ocorrida pela crise sanitária e o seu recente reaquecimento, o transtorno que
aparentava envolver somente questões de saúde passou a penetrar todas as áreas das sociedades,
inclusive as socioeconômicas. Por fim, a última questão que merece destaque, é a acumulação de
tensões devido ao surto de Coronavírus, especialmente em lugares já fragilizados antes da
disseminação do vírus, como em países acometidos pela crise de refugiados. Dessa forma, é de se
entender a securitização do tema, haja vista que, por ser uma questão global acomete todos os países
e agrava ainda mais crises anteriores, abrindo a possibilidade de colapso de países debilitados por
guerras, podendo reverberar em uma crise global ainda mais intensa.
Dito isso, a respeito das influências sentidas internamente, é mister destacar a crise de
abastecimento que é, hoje, um dos maiores desafios enfrentados pelos cidadãos britânicos e que
certamente agravou-se pelo contexto pandêmico. De tal sorte que, desde o transporte de
mercadorias base até a circulação de pessoas, todo o curso logístico foi comprometido e, sem
surpresa alguma, isto se espelha negativamente na qualidade de vida e na situação econômica da
nação. Para além, é reconhecido pela delegação aqui presente que, dentro do escopo deste comitê,
esse aspecto da crise logística não é necessariamente o foco principal. Muito pelo contrário,
admite-se a gravidade do referido congestionamento dentro do contexto das diversas hostilidades e
embates intra e internacionais e como este dificulta o acesso aos recursos assistenciais, de modo a
ser este o tema central da pauta.
Assim, em relação a tudo que foi falado, no que tange seu posicionamento, o Reino Unido
acredita que é imprescindível a obtenção de uma solução para a crise logística atual de forma
conjunta, sendo improvável a resolução individual de um problema como este, dada a sua
característica fundamental: a globalização dos sistemas. Ademais, especialmente em favor das
crenças basilares da cultura britânica e em consonância com a sua liderança global em
desenvolvimento internacional, o país defende que é necessário priorizar o tema da ajuda
humanitária, de forma que os Estados com fundos suficientes - capazes de socorrerem outras nações
- devem se habilitar em disponibilizar ajuda administrativa e material para aqueles que estão em
estado de calamidade agravado por crises anteriores. Outrossim, um dos objetivos desta delegação é
a resolução de um dos maiores problemas do país em 2021: a crise logística - a qual, como
especificada anteriormente, se estende para inúmeros países - e o seu impacto direto no processo de
gestão e operação das ações de paz em áreas de conflito, tornando-se um problema que depende da
movimentação internacional em prol de sua resolução .
Dessarte, a delegação britânica se compromete neste comitê com as negociações favoráveis ao
desentrave de toda essa tensão, sem ignorar aspectos políticos, econômicos e sociais. Assim, aqui
recomenda-se a dedicação conjunta ao gerenciamento de ajuda humanitária - especialmente em
áreas de guerra, à avaliação situacional dos recursos disponíveis e necessários e à proposição de um
plano de resposta preventivo. Enfatiza-se, no entanto, que o melhor detalhamento destas propostas
se encontra no espelho de interesses já encaminhado ao secretariado. Por fim, almejamos e
incentivamos um debate construtivo, respeitando a urgência e delicadeza do tema.

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