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Métodos Avançados de Investigação

2º Ciclo em Psicologia

ATIVIDADE DE REVISÃO SOBRE TÉCNINAS DE ANÁLISE ESTATÍSTICA

Parte I
Uma equipa de psicólogos encontra-se a conduzir um estudo sobre a relação entre os níveis de empatia dos
médicos de família e a satisfação de utentes de Centros de Saúde. Para tal, foi solicitada a participação de médicos de
ambos os sexos de diferentes Centros de Saúde do país, sendo-lhes pedido que respondessem a um instrumento
avaliador da empatia especialmente construído para o efeito (3 dimensões: cognitiva, emocional e comportamental;
EMP) e que indicassem, numa escala de sete níveis, o seu grau de motivação para o desempenho das funções de
médico de família (MOTIV). Avaliou-se também o grau de satisfação dos doentes, pedindo-se-lhe que avaliassem o seu
médico de família através de uma escala que incluía diferentes parâmetros de satisfação e proporcionava uma medida
global de satisfação (entre 0 e 15 pontos). Procurou-se garantir que cada médico fosse avaliado pelo mesmo número
de utentes (cerca de 12), sendo utilizada a média das avaliações desses utentes como estimativa do grau de satisfação
dos doentes com esse médico de família (SATISF). Recolheu-se ainda informação adicional sobre cada um dos médicos
da amostra, nomeadamente o sexo, a situação profissional (CTC - “contratado a termo certo”, AC - “assistente de
carreira”, AGC - “assistente graduado de carreira”) e a existência de queixas apresentadas por algum doente
relativamente à qualidade do serviço médico prestado (“com queixas”; “sem queixas”).

Aceder a base de dados: ACTIVIDADESPL_REVISÕES.SAV

Numa fase da análise de dados, os investigadores procuraram avaliar se algumas das variáveis caracterizadoras dos
médicos afetavam tanto os seus níveis de empatia como os níveis de satisfação que lhe foram atribuídos pelos
respetivos pacientes. Em primeiro lugar, decidiram saber se os níveis de empatia emocional diferem em função do
sexo do médico de família.

1. Qual o procedimento estatístico adequado para avaliar essa diferença?


a) Um teste t para amostras independentes (desde que os grupos definidos pelo sexo tenham dimensão
suficiente).
b) Um teste t para amostras emparelhadas (desde que o grupo tenha dimensão suficiente).
c) Uma ANOVA com medidas repetidas (desde que o grupo tenha dimensão suficiente).
d) Um teste de independência do qui-quadrado (caso os grupos definidos pelo sexo tenham pequena dimensão).
e) Análise gráfica da diferença entre médias.

2. Resolveu informar os investigadores sobre os inconvenientes de não fazer uma análise prévia da dimensão das
amostras antes da realização de testes de significância estatística. Assim, demonstrou-lhes que, para terem 85%
de potência na deteção de uma diferença ao nível de significância a = 5% precisavam…:
a) … de ter apenas 30 sujeitos em cada grupo para conseguirem detetar diferenças de magnitude moderada (d =
0,5) num teste bilateral.
b) … de ter uma amostra de mais de 800 médicos para conseguirem detetar diferenças de pequena magnitude
(d = 0,2) num teste unilateral.
c) … de ter uma amostra de pelo menos 73 médicos de cada sexo para conseguir detetar diferenças de magnitude
moderada (d = 0,5) num teste bilateral.
d) … de ter uma amostra total de 210 sujeitos para detetar diferenças de pequena magnitude (d = 0,2) num teste
bilateral.
e) … de ter uma amostra de apenas 24 médicos para detetar diferenças de grande magnitude (d = 0,8) num teste
bilateral.

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3. No entanto, os investigadores já tinham recolhido os dados, por isso prosseguiram com a análise de
comparação entre sexos relativamente aos níveis de empatia emocional. Redija as hipóteses que os
investigadores vão testar.

H0: O nível médio da empatia emocional é igual nos dois sexos.


H1: O nível médio da empatia emocional é diferente nos dois sexos

4. Considere as seguintes condições de aplicação das técnicas estatísticas usuais para testar diferenças entre
valores médios.

Condição 1. Grupos em comparação com dimensão igual ou superior a 30


Condição 2. Homogeneidade das variâncias entre grupos
Condição 3. Esfericidade

No presente caso…
a) Podemos aplicar a técnica estatística pois verificam-se as condições 1 e 2.
b) Não podemos aplicar a técnica estatística escolhida pois apesar de se verificar a condição 1 não há informação
sobre a condição 3.
c) Não podemos aplicar a técnica estatística pois apesar de se verificar a condição 1 não se verifica a condição 2.
d) Podemos aplicar a técnica estatística pois verifica-se a condição 1 e, apesar de não se verificar a condição 2, é
possível recorrer à verão corrigida do teste disponibilizada no SPSS (método de Welch).
e) Não podemos aplicar a técnica estatística porque apenas se confirma a condição 1.

5. Que decisão deverão tomar os investigadores face às hipóteses em questão (utilize o nível de significância
de 5%)?

f) Rejeitar a hipótese nula (t = 6.238, gl = 158, p = .000), concluindo-se que existem diferenças entre sexos no
nível médio de empatia emocional.
g) Não rejeitar a hipótese nula (t = -5,786, gl = 158, p = .000), concluindo-se que existem diferenças entre sexos
no nível médio de empatia emocional.
h) Rejeitar a hipótese nula (t = -5,786, gl = 158, p = .000), concluindo-se que existem diferenças entre sexos no
nível médio de empatia emocional.
i) Não rejeitar a hipótese nula (t = -5.944, gl = 151.072, p = .000), concluindo-se que não existem diferenças entre
sexos no nível médio de empatia emocional.
j) Rejeitar a hipótese nula (t = -5.944, gl = 151.072, p = .000), concluindo-se que existem diferenças entre sexos
no nível médio de empatia emocional.

6. Relembrou-lhes que a APA recomenda que uma análise estatística deverá indicar, para além do nível de
significância alcançado, também uma medida padronizada de magnitude da diferença (d de Cohen). Redija
um pequeno texto em que apresenta o resultado da análise da diferença entre sexos nos níveis de empatia
emocional característicos dos médicos de família.

A comparação dos níveis de empatia emocional entre sexos permitiu evidenciar uma diferença de grande magnitude
estaticamente significativa (t = -.59, gl = 151.07, p = .000; d = 0.93), apresentando os médicos de família do sexo

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feminino (média ± desvio-padrão: 4.15 ± 0.514) níveis médios de empatia superiores aos do sexo masculino (média
± desvio-padrão: 3.56 ± 0.746).

Em segundo lugar, os investigadores pretendiam saber se os níveis de satisfação dos doentes variavam em função da
situação profissional do médico.

7) Qual o procedimento estatístico adequado para avaliar essas diferenças?

a) Um teste t para amostras independentes (independent samples t test).


b) Um teste t para amostras emparelhadas (paired samples t test).
c) Uma ANOVA com medidas independentes (one way ANOVA).
d) Uma ANOVA com medidas repetidas (repeated measures ANOVA).
e) Um teste de independência do qui-quadrado (chi-squared test).

8) Redija as hipóteses que os investigadores vão testar.

H0: O nível médio de satisfação dos doentes é igual para as três categorias profissionais de médicos.
H1: Existe uma categoria profissional de médicos para a qual o nível médio de satisfação dos doentes é diferente
das restantes.

9) Verifique se está em condições de aplicar a técnica estatística adequada para testar as hipóteses em causa.
As condições de aplicação da técnica estatística estão adequadas, uma vez que: 1) os três grupos em comparação
têm dimensão igual ou superior a 30; 2) existe homogeneidade de variância entre grupos [ F (2, 157) = 0,63; p =
0,535].

10) Redija um pequeno texto apresentando o resultado da análise do efeito da situação profissional dos médicos
sobre o nível de satisfação dos seus doentes, indicando (como recomenda a APA) a medida de magnitude desse
efeito.

Existem diferenças significativas de magnitude moderada entre os níveis de satisfação dos doentes acompanhados
por médicos pertencentes aos três tipos de situação profissional [F (2,157)=7,96, p=0,001; f = 0,32 ].
As comparações post-hoc através da técnica de Tukey revelam que essas diferenças resultam de os médicos
assistentes graduados não diferirem dos médicos contratados a prazo (respetivamente, 5,49 ± 2,16 e 6,04 ± 2,33) e,
para ambos, os níveis de satisfação dos doentes são inferiores aos obtidos nos doentes acompanhados por médicos
assistentes (7,24 ± 2,62).

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Parte 2

Num ensaio sobre a melhor intervenção para adolescentes com hiperatividade e défice de atenção, um grupo
de psicólogos resolveu testar o efeito do tipo de intervenção (Grupo 1 = farmacológica, Grupo 2 = psicoterapêutica e
grupo 3 = psicossocial) na diminuição dos sintomas medidos através de escala de avaliação do défice de atenção com
hiperatividade (EDAH).
Participaram 60 adolescentes de ambos os sexos, divididos aleatoriamente pelas três condições.
Aceder a base de dados: ACTIVIDADESPL_REVISÕES_PARTE2.SAV

11) Elabore um relatório onde avalie o efeito do tipo de intervenção, mediante o sexo adolescentes, na supressão
dos sintomas de défice de atenção com hiperatividade. Identifique:

a) Tipo de design
Trata-se de um estudo experimental, onde se explora o efeito do fator “tipo de intervenção” (farmacológica versus
psicoterapêutica versus psicossocial) e do fator “género sexual”. Ambos os fatores são between-subjects, pelo que
estamos perante um design bifatorial entre sujeitos 3x2.

b) Hipóteses em estudo
Efeito principal do fator “Sexo”:
H0: O nível médio de atenção é igual para os participantes do sexo masculino e do sexo feminino. versus
H1: O nível médio de atenção é diferente para os participantes do sexo masculino e do sexo feminino.
Efeito principal do fator “Tipo de intervenção”
H0: O nível médio de atenção é igual nos três grupos definidos pelo tipo de intervenção utilizada. versus
H1: Pelo menos um dos três grupos definidos pelo tipo de intervenção utilizada difere dos outros relativamente ao
nível médio de atenção.

Efeito da interação entre o fator “Tipo de intervenção” e o fator “Sexo”


H0: Não há interação entre os dois fatores, ou seja, o efeito do tipo de intervenção terapêutica no nível médio de
atenção não depende do sexo. versus
H1: Há interação entre os dois fatores, ou seja, o efeito do tipo de intervenção terapêutica no nível médio de atenção
depende do sexo.

c) Teste estatístico a utilizar


Para testar estas hipóteses, dever-se-á recorrer a uma ANOVA bifatorial 2 x 3, para amostras independentes.

d) Condições de aplicação
A aplicação da ANOVA bifatorial exige duas condições:
1 - Distribuição normal da variável em estudo na população de onde foram recrutados os participantes do estudo
ou uma dimensão de, pelo menos, 30 participantes em cada grupo. Esta condição não se verifica, uma vez que os
participantes apresentam a seguinte distribuição:
Feminino Masculino Total
Grupo da intervenção farmacológica 17 7 24
Grupo da intervenção psicoterapêutica 7 9 16
Grupo da intervenção psicossocial 8 12 20
Total 32 28 60
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Assim, nem todos os grupos têm a mesma dimensão, nem cumprem com o valor recomendado (n > 30), pelo que
não podemos garantir que a ANOVA esteja a ser aplicada nas condições ideais.

2- Homogeneidade das variâncias (a variância da variável dependente deve ser igual nas seis condições). O teste de
Levene para a homogeneidade das variâncias apresenta um resultado não significativo, pelo que podemos assumir
a homogeneidade da variância nos grupos [ F(5,54) = 0,21; p = 0,956].

Deste modo, apenas se verifica uma das condições de aplicação da ANOVA.

e) Resultados e respetiva interpretação (contém as magnitudes de efeito)


Não se verifica um efeito significativo em nenhum dos fatores, ou seja, quer no tipo de intervenção, quer no sexo,
aceitando-se assim as hipóteses nulas.
No que se refere ao sexo, o seu efeito é quase significativo [F(1, 54) = 3,68, p = 0,060, Parcial-η 1 2= 0,06)], de
magnitude moderada, indicando que existe uma diferença no nível de atenção entre adolescentes de ambos os
sexos. São os rapazes (média " desvio-padrão: 11,64 " 1,57) os que apresentam um nível médio de atenção mais
elevado comparativamente às raparigas (média " desvio-padrão: 11,16 " 1,90).

O efeito do tipo de intervenção [F(2, 54) = 3,05, p = 0,056, Parcial-η2 = 0,10)] apresenta um valor marginalmente
significativo de forte magnitude, sendo os participantes com uma intervenção farmacológica os que apresentam um
nível médio de atenção mais elevado (média ± desvio-padrão: 12,00 ± 1,69) do que os que frequentam psicoterapia
(média ± desvio-padrão: 11,00 ± 1,67) e uma intervenção psicossocial (média ± desvio-padrão: 10,95 ± 1,76) (Ver
figura 1). Para confirmar esta análise descritiva, recorreu-se à análise post-hoc Tukey HSD. O teste revela que a
diferença entre cada par dos grupos de intervenção não é significativa, mas uma análise da sua magnitude revela
valores elevados. No que se refere à comparação entre o tipo farmacológico com os demais, apresenta um efeito
moderado (psicoterapêutica: d = 0,59; psicossocial: d = 0,61), enquanto a psicoterapêutica e a psicossocial
apresentam valores espúrios (d = 0,03).
Ao nível da interação entre os fatores, aceita-se também a hipótese nula: a interação entre os dois fatores não tem
um efeito significativo [F(2,54) = 0,57; p = 0,568, Parcial-η2 = 0,021)], pelo que os níveis médios de atenção nas
diferentes condições não dependem do sexo dos participantes.

Figura 1. Gráfico de interação entre o sexo e o tipo de intervenção no nível médio de atenção de
adolescentes com défice de atenção e hiperatividade.

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Valores de referência para a medida de magnitude do efeito “partial eta-squared”: efeito fraco se partial- η2 = 0,01; efeito
moderado se partial-η2 = 0,06; efeito forte se partial- η2 = 0,14.
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Contudo, uma análise do gráfico sugere que uma intervenção farmacológica apresenta um efeito maior no nível de
atenção, mas que não difere em função do sexo nesta condição, enquanto os demais tipos de tratamento mostram
diferenças entre sexo, sendo as raparigas as que exibem um nível médio de atenção mais baixo nos dois grupos de
tratamento (i.e., psicoterapêutico e psicossocial). Esta interpretação não é apoiada por uma análise post-hoc feita
com recurso ao teste t para amostras independentes: verifica-se que a diferença entre sexos no nível médio de
atenção é reduzida e não significativa nas três condições, nomeadamente na condição de intervenção farmacológica
(média ± desvio-padrão: 11,94 ± 1,78 versus 12,14 ± 1,57, respetivamente raparigas e rapazes; t = -0,26, df = 22, p =
0,798; d = 0,12), intervenção psicoterapêutica (média ± desvio-padrão: 10,29 ± 1,50 versus 11,56 ± 1,68,
respetivamente raparigas e rapazes; t = -1,58, df = 14, p = 0,137; d = 0,80) ou perante uma intervenção psicossocial
(média ± desvio-padrão: 10,25 ± 1,90 versus 11,42 ± 1,56, respetivamente raparigas e rapazes; t = -1,50, df = 18, p =
0,152; d = 0,68).

f) Magnitudes de efeito
Os efeitos foram inseridos na interpretação dos resultados.

g) Potência disponível para testar as hipóteses de interesse


Uma análise da potência, indica-nos que o presente estudo tem uma potência de 14% para detetar diferenças nos
dois fatores em estudo, no total das 6 condições.

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Parte 3

Uma empresa resolveu implementar um programa de relaxamento aos seus trabalhadores de modo a aumentar os
seus níveis de bem-estar. Com o objetivo de avaliar o efeito do programa de relaxamento ativo na redução da
pressão arterial, submeteu um conjunto de 60 funcionários a uma sessão de exercício aeróbico. No final dessa
sessão, 30 indivíduos escolhidos ao acaso realizavam uma sessão de 30 minutos de relaxamento ativo (controlo da
respiração, imobilização, técnica de controlo do pensamento, etc.) enquanto os restantes 30 repousavam
simplesmente (relaxamento passivo - repouso). A pressão arterial dos participantes foi medida antes e depois da
sessão de exercício físico e do relaxamento (PA antes e PA depois).
Aceder a base de dados: ACTIVIDADESPL_REVISÕES_PARTE3.SAV

12) Que dimensão devem ter os dois grupos para que se consiga detetar ao nível de significância a = 5% um efeito
moderado da intervenção (f = 0,25) com uma potência de 85% (efeito da intervenção: interação entre grupo e
momento de avaliação)?
a) O primeiro grupo deverá ter 308 sujeitos e o segundo 312, perfazendo um total de 620 sujeitos para assegurar
85% de potência para detetar uma interação de magnitude moderada (f=0,25).
b) Teremos de ter pelo menos 84 sujeitos para assegurar 85% de potência para detetar uma interação de
magnitude moderada (f=0,25).
c) No mínimo teremos de ter 38 participantes para assegurar 85% de potência para detetar uma interação de
magnitude moderada (f=0,25).
d) Teremos de ter pelo menos 36 sujeitos para assegurar 85% de potência para detetar uma interação de
magnitude moderada (f=0,25).
e) Teremos de ter pelo menos 56 sujeitos para assegurar 85% de potência para detetar uma interação de
magnitude moderada (f=0,25).
13) Contudo, como acima foi apresentado, os experimentadores já haviam realizado a experiência e como tal
procederam à análise do impacto da sessão de relaxamento. Elabore as hipóteses que os investigadores vão testar.

H0: A mudança na tensão arterial (antes versus depois) é semelhante nos dois grupos (interação nula).
H1: A mudança na tensão arterial (antes versus depois) é diferente nos dois grupos (interação não nula).

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14) Considere as condições de aplicação das técnicas estatísticas utilizadas para testar o efeito de uma intervenção
que contemple dois grupos e dois momentos de estudo.

Condição 1. Grupos em comparação com dimensão igual ou superior a 30


Condição 2. Homogeneidade das variâncias entre grupos
Condição 3. Esfericidade

a) Não podemos aplicar a técnica estatística escolhida pois apesar de se verificar a condição 1 não há informação
sobre a condição 3.
b) Podemos aplicar a técnica estatística pois verificam-se as condições 1 e 2.
c) Não podemos aplicar a técnica estatística pois apesar de se verificar a condição 1 não se verifica a condição 2.
d) Podemos aplicar a técnica estatística pois verifica-se a condição 1 e, apesar de não se verificar a condição 2, é
possível recorrer à verão corrigida do teste disponibilizada no SPSS (método de Welch).
e) Não podemos aplicar a técnica estatística porque apenas se confirma a condição 1.

15) Que decisão deverão tomar os investigadores face às hipóteses em questão (utilize o nível de significância de
5%)?
a) Rejeita-se a hipótese nula [F(1,58)=8,562, p=.005, Partial h2 =0,129)], concluindo-se que a intervenção teve
efeito na redução da pressão arterial dos participantes.
b) Não se pode rejeitar a hipótese nula [F(1,58)=37,408, p=.000, Partial h2 =0,719)], concluindo-se que a
intervenção não obteve o resultado esperado.
c) Rejeita-se a hipótese nula [F(1,58)=37,408, p=.000, Partial h2 =0,129)], concluindo-se que a intervenção teve
efeito na redução da pressão arterial dos participantes.
d) Rejeita-se a hipótese nula [F(1,58)=148,464, p=.000, Partial h2 =0,719)], concluindo-se que a intervenção teve
efeito na redução da pressão arterial dos participantes.
e) Não se pode rejeitar a hipótese nula [F(1,58)=8,562, p=.005, Partial h2 =0,129)], concluindo-se que não existem
diferenças entre os grupos relativamente aos níveis de relaxamento obtidos.

16) No seguimento da pergunta anterior, que se pode dizer acerca do efeito do programa de relaxamento nos níveis
de pressão arterial?
a) É um efeito de pequena magnitude (d = 0,129).
b) É um efeito de pequena magnitude (partial-h2 = 0,129).
c) É um efeito de magnitude moderada (partial-h2 = 0,129).
d) É um efeito de magnitude moderada (f = 0,129).
e) É um efeito de grande magnitude (partial-h2 = 0,129).

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17) Os investigadores resolveram ainda analisar o profile plot para concluir relativamente aos efeitos da
intervenção. Referiram que...
a) Não existe uma interação significativa entre o programa de relaxamento e o decréscimo da pressão arterial
uma vez que os valores desceram nos dois grupos.
b) Existe uma interação significativa entre o programa de relaxamento e o decréscimo da pressão arterial uma
vez que os valores apenas desceram no grupo que usufruiu do programa de relaxamento.
c) Não existe uma interação significativa entre o programa de relaxamento e o decréscimo da pressão arterial
uma vez os valores decresceram mais no grupo com relaxamento passivo do que no com intervenção.
d) Existe uma interação significativa entre o programa de relaxamento e o decréscimo da pressão arterial uma
vez que os valores decresceram nos dois grupos, mas mais acentuadamente no que usufruiu do programa de
relaxamento.
e) Existe uma interação significativa entre o programa de relaxamento e o decréscimo da pressão arterial uma
vez que os valores decresceram nos dois grupos, mas mais acentuadamente no que usufruiu do programa com
relaxamento passivo.

18) De modo a analisar com maior rigor a magnitude das diferenças entre os dois métodos de relaxamento, os
investigadores resolveram realizar uma análise post-hoc da interação para averiguar se a redução da pressão
arterial foi significativa nas duas condições. O que podem concluir?
a) Existe uma redução significativa da pressão arterial depois da sessão nos dois grupos, tendo maior magnitude

no grupo de relaxamento (t =8.826, gl = 29, p < 0.001, d=0.46) do que no grupo com repouso (t = 8.954, gl =
29, p < 0.001, d=0.21).
b) Existe uma redução significativa da pressão arterial depois da sessão nos dois grupos, tendo maior magnitude
no grupo de relaxamento (t =8.954, gl = 29, p < 0.001, d=0.425) do que no grupo com repouso (t =8.826, gl =
29, p < 0.001, d=0.240).
c) Existe uma redução significativa da pressão arterial depois da sessão no grupo de relaxamento (t =8.826, gl =
29, p < 0.001, d=0.425) mas não no grupo com repouso (p>.05, d=0.240).
d) Existe uma redução significativa da pressão arterial depois da sessão nos dois grupos com uma magnitude de
efeito equivalente.
e) Existe uma redução significativa da pressão arterial depois da sessão apenas no grupo de repouso (t =8.954, gl
= 29, p < 0.001, d=0.240).

19) No seguimento da pergunta anterior, os investigadores resolveram analisar se a idade, o sexo, o número de
folgas dos trabalhadores e os níveis de bem-estar dos funcionários se relacionava com a presença nas aulas de
aeróbica. Concluíram que...

a) Os níveis de bem-estar são o melhor preditor da presença nas aulas de aeróbica.


b) A idade é o melhor preditor da presença nas aulas de aeróbica, seguindo-se do sexo.
c) Apenas a idade contribui significativamente para prever a presença nas aulas de aeróbica.
d) As folgas são um bom preditor da presença nas aulas de aeróbica (B=-0.080) .
e) O modelo explica 38,6% da variação da presença nas aulas de aeróbica.

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Condições de verificação de existência de efeito mediador (Fonte: Aula Teórica T11)


1. Existe uma correlação significativa entre o preditor e a VD;
2. Existe uma correlação significativa entre o preditor e o potencial mediador.
3. O efeito do mediador na variável dependente (quando o outro preditor está presente) é significativo.
4. O efeito indireto deve ser significativo. Para testar a significância deste efeito indireto devemos usar o teste de
Sobel2 .

20) Considerando as condições para verificar a existência de um efeito mediador do bem-estar psicológico sobre a
relação entre as folgas e a presença nas aulas de aeróbica, os investigadores averiguaram que...
a) Verifica-se a primeira condição (β = .430, p ≤ 0,001).
b) Verifica-se a segunda condição (β = .724, p ≤ 0,001).
c) A terceira condição é também significativa uma vez que na presença das folgas, o bem-estar é significativo
(β=.567, p ≤ 0,001).
d) O teste de Sobel é significativo (p ≤ 0,001), indicando que o efeito indireto entre as folgas dos funcionários e
as presenças nas aulas de aeróbica é mediado pelo bem-estar dos participantes.
e) Todas as alíneas são verdadeiras e, portanto, estamos perante um efeito mediador do bem-estar psicológico
sobre a relação entre o número de folgas dos funcionários e a sua presença nas aulas de aeróbica.

21) O que se pode dizer sobre a mediação avaliada na questão anterior?


a) Não há mediação.
b) Há mediação parcial pois o efeito direto explica 96% do efeito total do preditor sobre a presença nas aulas.
c) Há mediação parcial pois o efeito direto, embora explique apenas 4% do efeito total do preditor sobre a
presença nas aulas, é ainda significativo.
d) Há mediação total uma vez que o efeito direto explique apenas 4% do efeito total do preditor sobre a presença
nas aulas, não sendo significativo.
e) Há mediação total uma vez que o efeito indireto é significativo.

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http://quantpsy.org/sobel/sobel.htm
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