Ata da reunião da Comissão Tripartite, realizada em
15 de junho de 1993.
Aos quinze dias do mês de junho do ano de um mil novecentos e noventa e
três, às quatorze horas, reuniu-se a Comissão Tripartite com a presença dos conselheiros e assessores constantes na lista de presenças. Aberta a reunião o Sr. Presidente, Conselheiro José Alberto Hermógenes de Souza leu o expediente do dia, pediu para o secretário para que procedesse a leitura da ata de reunião anterior. Lida e posta em discussão a ata foi aprovada com ressalvas dos conselheiros José Hermógenes e Cairo Freitas o primeiro ressaltando que na intervenção da reunião anterior, foi para pedir que o CONASS e CONASEMS confirmassem seus membros com os respectivos suplentes, e o segundo ressaltando que sua intervenção foi no sentido de serem enviados às Comissões Bipartite estudar os expedientes ocorridos nas reuniões da Tripartite. Novamente com a palavra o Senhor Presidente falou sobre o expediente e que passaria de agora em diante a distribuir as correspondências aos conselheiros para emitirem pareceres a fim de fossem relatados em reuniões posteriores, tendo em vista as dificuldades de discuti-las na mesma reunião. Em seguida leu a resolução do Conselheiro Nacional de Saúde que aprovou por unanimidade proposta da Comissão Tripartite sobre pagamento das UCAs. Ressaltou o significado daquela aprovação em face da participação de dois representantes do setor privado. Assegurou que iria participar às Secretarias Estaduais o ocorrido na reunião do CNS. Com a palavra o Conselheiro Raimundo Bezerra informou que foi criado em seu estado um grupo técnico para estudar a NOB/93 e adaptá-la à luz da Comissão Bipartite. Sobre o assunto também se manifestou o Conselheiro Ronei Ribeiro afirmando que em seu Estado houve reunião de aprofundamento da referida norma operacional. Continuando a reunião foram abordados aspectos no que diz respeito aos critérios de distribuição das UCAs. A doutora Elizabeth Barros disse que enquanto os critérios estiverem centrados em produção, será muito difícil mudar a natureza das relações. Os conselheiros Gilson Kalerman, Sylvain Levy, José Alberto e Ronei Ribeiro manifestaram sobre uma possível UCA igual para todos, devendo, no entanto, estabelecer adicionais aos que tivessem mais aparelhados e com maior resolubilidade. José Alberto disse que o GEDE poderia apontar alguma coisa nova. O conselheiro Edmilson Leão disse que, no seu entender, a UCA nunca poderia ignorar critérios que acha fundamentais como: populacional, complexidade da rede, força de trabalho e acesso. Diante da solicitação que fora feita ao presidente da reunião para comparecer ao Gabinete Ministerial, os trabalhadores foram presididos, pelo período de vinte minutos, pelo conselheiro Benício Parentes. Passando ao item procedimentos e medicamentos, usou da palavra o conselheiro Gilson Kalerman para informar que no próximo mês de julho, usará para procedimentos a taxa referencial (TR). Mas para os problemas respiratórios iria acrescentar, vinte e cinco ponto quarenta e cinco por cento -25.45%. Afirmou que está sendo estudada a questão da hemoterapia e que estão sendo muito solicitados os transplantes de medula óssea e renal. Assegurou a sua pretensão de introduzir transplantes em outras áreas tais como: coração, pulmão, fígado assim como retirada de órgãos. A seguir o secretário de saúde de Pernambuco, Danilo Campos, teceu considerações sobre os critérios da distribuição afirmando que, ao seu ver, o perfil epidemiológico é o caminho. O conselheiro Edmilson Leão pediu que os valores da consultas fossem aumentados e apresentou a seguinte proposta: ”A COMISSÃO TRIPARTITE em reunião ordinária, no dia de hoje, avaliou a remuneração dos procedimentos clínicos, principalmente consultas e diante da situação encontrada orienta o Ministério da Saúde para que, no próximo trimestre, venha a aumentar o diferencial neste setor, a fim de recuperar as perdas acumuladas até o momento. Solicitamos também que a preocupação seja levada ao Conselho Nacional de Saúde para aprovação. Sala das sessões, 15 de junho de 1993”. No que se refere à parte dos medicamentos foi aprovada a tabela do Conasems que oferece como critério, setenta por cento pelo critério populacional e trinta por cento pelo fundo de participação do estado - FPE. O secretário de Pernambuco propôs a suspensão das cirurgias seletivas pelo período de noventa dias, tendo o conselheiro do Conass, Ronei Ribeiro se posicionado contra. A proposta, todavia não chegou a ser votada. Nada mais foi tratado, tendo o Sr. Presidente encerrado a reunião da qual lavrei a presente ata que depois de lida e aprovada será por todos assinada.