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ATA DA REUNIÃO DA COMISSÃO TRIPARTITE, REALIZADA NO

DIA 03 (TRÊS) DE AGOSTO DE 1993

Aos três dias do mês de agosto do ano de mil e novecentos e noventa e


três, na sala de reunião do gabinete da Secretaria Executiva, às 14 (quatorze)
horas, reuniu-se a Comissão Tripartite com as presenças de membros e
convidados constantes da lista de presenças. Havendo número legal o presidente
de Comissão, José Alberto Hermógenes de Souza, deu por iniciados os trabalhos
lendo cartas da Comissão Bipartite do estado de Goiás que questionava o artigo
primeiro e seu parágrafo primeiro da instrução normativa número um a respeito
do médico autorizador para internações e procedimentos de alto custo.A
professora Maria Luiza Centeno, signatária da carta e coordenadora da Bipartite
goiana, presente à reunião, afirmou que desejava levar a resposta uma vez que,
pelos artigos referidos, noventa e nove por cento dos municípios do seu estado
ficariam inviabilizados de cumprirem os requisitos necessários ao cumprimento
do que preconiza a referida instrução normativa. Após discussão sobre o
assunto, o presidente José Alberto leu o artigo segundo da mesma instrução que
dirime qualquer dúvida. Pelo artigo lido pelo presidente, nos municípios que não
possuem o médico desvinculado do serviço público a Comissão Bipartite tem
poderes para solucionar o problema. O representante da SAS, Gilson Carvalho
leu carta da chefe da divisão de proteção à saúde do trabalhador, Jacinta de
Fátima Sena da Silva, na qual informa que a Comissão Interministerial de Saúde
dos Trabalhadores solicita a possibilidade de haver uma remuneração
diferenciada para os acidentes de trabalho, tendo em vista que os hospitais tanto
públicos como privados recusam esse tipo de atendimento alegando as
exigências de procedimentos técnicos e administrativos que demandam tempo.
Por isso, os trabalhadores quando chegam aos hospitais evitam informar que se
trata de um acidente de trabalho. Sobre o assunto manifestaram-se os
representantes do CONASS, Nelson Rodrigues, Ricardo Scotti, o presidente José
Alberto além de Edmilson Leão, do CONASEMS. Todos foram unânimes em
declarar que o acréscimo de um ” plus ” neste tipo de atendimento poderia gerar
distorções com prejuízos ao sistema. Concordaram, todavia, que poderia haver
algum tipo diferenciado de remuneração, mas o assunto deveria ser tratado com
muita cautela. Edmilson Leão afirmou ainda que no passado as empresas eram
ressarcidas quando praticavam este tipo de atendimento, porém quando foram
passados para os hospitais públicos e credenciados os recursos sumiram.
Sugeriu que esta questão dos recursos precisa ser melhor esclarecida. Gilson
Carvalho pediu permissão para ausentar-se da reunião alegando compromisso
assumido, mas assegurou que na reunião seguinte trataria dos assuntos contidos
nos itens Medicina de grupo, órtese, prótese e medicamentos especiais. Assumiu
seu lugar o suplente Fernando Mourão. Referindo-se ainda a Instrução Normativa
número um, Nelson Rodrigues sugeriu que onde está escrito União, Estado e
Município fosse invertido para Município, Estado e União para ficar mais coerente
com a descentralização. Fez também uma ressalva ao artigo décimo terceiro,
para que acrescentasse o nível regional muito importante nas administrações
estaduais. Passando ao item oito da pauta, o representante do CONASS, Benício
Parentes apresentou a relação até esta data dos Estados que já possuem,
Conselhos Estaduais, Comissões Bipartites e Fundos Estaduais de Saúde, a
saber: CONSELHOS ESTADUAIS - Amazonas, Bahia, Mato Grosso do Sul,
Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Pará, Roraima, Rondônia,
Santa Catarina, Sergipe, São Paulo, Tocantins e Piauí. COMISSÕES
BIPARTITES - Acre, Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná,
Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa
Catarina, Sergipe e Piauí. Fundos Estaduais de Saúde - Alagoas (em fase de
conclusão), Espírito Santo (em fase de apresentação final), Goiás, Mato Grosso,
Pará, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, São
Paulo e Tocantins (criado em julho de 1992, mas sem funcionar). A seguir a
palavra foi concedida ao representante do CONASS, Ricardo Scotti, secretário de
saúde adjunto de Minas Gerais que informou não ter o seu Estado, o fundo
Estadual de Saúde, tendo em vista a proibição pela constituição Estadual de mil
novecentos e noventa (1990). Revelou ter conta oficial, mas não em banco oficial,
por isso solicitou da Comissão a equivalência da conta especial ao fundo
estadual de saúde. Acentuou que a secretaria de saúde esta envidando todos os
esforços no sentido de atender as exigências da legislação sobre o SUS, todavia,
enquanto isso não acontecesse solicitava efeito suspensivo de todas as medidas
que vierem a serem adotadas aos que contrariam as determinações da NOB-93 e
outras normas existentes. Usaram da palavra, José Alberto, Edmilson Leão e
Cairo Freitas apresentando sugestões de apoio ao estado de Minas Gerais, face
a sua constituição. Em seguida Cairo Freitas usou da palavra para apresentar
seu desligamento da Comissão Tripartite, uma vez que se demitiu da secretaria
de saúde de município de Aparecida de Goiás. Agradeceu a acolhida que
recebeu durante o período que militou na Tripartite. Sua saída foi lamentada
pelos presentes à reunião. Pelo menor tempo dedicado à sessão desta data,
meio expediente, não foi lida a Ata de reunião anterior. O Presidente confirmou a
próxima reunião, dia 17, para a cidade de Teresina. Nada mais havendo a tratar,
lavrei a presente Ata que depois de lida e aprovada será por todos assinada.

Brasília, 03 (três) de agosto de 1993

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