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Materiais

Ensaios de materiais

 Ensaios de materiais:
 Introdução
 Ensaio de tração
 Ensaio de dureza - Brinell

- Filomena Cavalheiro -

CENFIM – Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica


Ensaios de materiais

Quando adquirimos um produto qualquer, há sempre uma

preocupação com a sua qualidade.

O fabricante deve responsabilizar-se pelo perfeito funcionamento

do produto que produziu, desde que este seja usado de acordo

com as condições recomendadas.

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Ensaios de materiais

Para poder dar essa garantia, o fabricante precisa certificar-se de

que o seu produto foi produzido com materiais adequados, em

conformidade com as normas técnicas estabelecidas e que

apresenta, portanto, características apropriadas

ao uso que lhe será dado.

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Ensaios de materiais

É por isso que o fabricante deve realizar testes, tanto dos

produtos como dos seus componentes, antes de lançá-los no

mercado.

Estes testes, que são realizados em condições

rigidamente controladas, são chamados de

Ensaios de Materiais.
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Ensaios de materiais

Atualmente, entende-se que o controlo da qualidade deve

começar na matéria-prima e deve ocorrer durante todo o

processo de produção, incluindo a inspeção e os ensaios finais

nos produtos acabados.

Ensaiar é preciso!!!

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Ensaios de materiais

Os ensaios dos materiais são procedimentos padronizados que

compreendem testes, cálculos, gráficos e consultas a tabelas,

tudo isso em conformidade com normas técnicas.

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Ensaios de materiais

As características dos materiais obtidas através dos ensaios são

fundamentais para o dimensionamento de elementos estruturais.

Um ensaio é a observação do comportamento de um material

quando submetido à ação de agentes

externos como esforços e outros.

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Ensaios de materiais

Os ensaios podem classificar-se em dois tipos:

o ensaios destrutivos

o ensaios não destrutivos

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Ensaios de materiais

Ensaio
destrutivo

ensaio em que deixa algum sinal na peça

ou corpo de prova submetido ao ensaio mesmo que

estes não fiquem inutilizados.

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Ensaios de materiais

Ensaio
destrutivo
. Ensaio de tração
. Ensaio de compressão
. Ensaio de fadiga
. Ensaio de dureza
. Ensaio de impacto

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Ensaios de materiais

Ensaio não
destrutivo

ensaio que após a sua realização não

deixam nenhuma marca ou sinal, não inutilizando a

peça ou corpo de prova. Por essa razão podem ser

utilizados para detetar falhas em produtos acabados e

semiacabados.
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Ensaios de materiais

Ensaio não
destrutivo
. Ensaio de partículas magnéticas
. Ensaio de líquidos penetrantes
. Ensaio de ultrassom
. Ensaio de radiografia

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Ensaio de tração

Este ensaio é muito importante, dado que nos fornece

informações fundamentais sobre o comportamento mecânico

dos materiais.

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Ensaio de tração

Através do ensaio de tração podemos determinar a resistência

à tração, o limite de elasticidade, o alongamento, a estricção e o

módulo de elasticidade e, pela análise destes valores,

poderemos avaliar a ductilidade, a plasticidade, a elasticidade

e a tenacidade dos materiais ensaiados.

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Ensaio de tração

Para efetuar um ensaio à tração é necessário cortar uma

amostra do material a ensaiar, da qual se elabora um provete.

Um provete é a parte da amostra que se submete ao ensaio e

tem uma forma normalizada, geralmente cilíndrica ou prismática,

de acordo com os materiais e máquinas de ensaio.

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Ensaio de tração

Para efetuar um ensaio à tração é necessário cortar uma

amostra do material a ensaiar, da qual se elabora um provete.

Um provete é a parte da amostra que se submete ao ensaio e

tem uma forma normalizada, geralmente cilíndrica ou prismática,

de acordo com os materiais e máquinas de ensaio.

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Ensaio de tração

Em Portugal o ensaio de tração está regulamentado pela NP-105

na qual são estabelecidas as formas e dimensões dos provetes,

assim como o método de ensaio.

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Ensaio de tração

O provete é colocado numa máquina de

tração que lhe aplica forças continuamente

crescentes, ao mesmo tempo que mede e

regista as cargas aplicadas e os

alongamentos provocados.

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Ensaio de tração

(б) Tensão de tração – carga aplicada


Noções
fundamentais ao provete por unidade da sua secção.

б = F/Ao

(бm) Tensão de rotura (resistência à tração) – quociente entre a

carga máxima aplicada ao provete antes da rotura e a sua secção

inicial. бm = Fm/Ao

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Ensaio de tração

Alongamento ou extensão após rotura


Noções
fundamentais – aumento percentual unitário do

comprimento do provete após rotura

ɛ= (lu-lo)/lox100

Estricção – diminuição percentual unitária da secção inicial do

provete verificada na região da rotura. Z= (Ao-Au)/Aox100

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Ensaio de tração

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Ensaio de tração

O alongamento e a estricção podem localizar-se numa região bem

definida do provete, distribuir-se uniformemente por todo o

comprimento da secção útil, ou não ocorrer.

Quando estas características são elevadas, o material é dúctil e

plástico; quando são baixas ou nulas, o material é frágil e rígido.

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Ensaio de tração

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Ensaio de tração
Análise do

diagrama de tração

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Ensaio de tração

Zona OA: segmento de reta que indica a zona elástica.

Zona AB: patamar de cedência- fase em que o material se deforma

sem que se registe um aumento correspondente das tensões

aplicadas. Assinala uma descontinuidade no comportamento do

material, que passa a sofrer deformações plásticas em vez de

elásticas.

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Ensaio de tração

Ao Ponto A corresponde a tensão limite de elasticidade aparente.

Zona BC: as deformações crescem mais depressa que as tensões

aplicadas.

O Ponto C corresponde à tensão máxima aplicada ao provete:

tensão de rotura.

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Ensaio de tração

Zona CD: representa a fase final do ensaio. A partir do ponto C, o

provete deforma-se até romper sem que aumente a carga aplicada.

A área limitada pelo gráfico e pelo eixo das abcissas dá-nos uma

noção de tenacidade, que será tanto maior quanto maior for essa

área.

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Ensaio de dureza

O ensaio dureza indica-nos a

resistência ao desgaste, pois quanto

mais duro for um material maior será

essa resistência.

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Ensaio de dureza

Na maioria dos casos a dureza não é um elemento muito

importante; no entanto como o seu valor pode ser relacionado

empiricamente com a resistência à tração e com o limite de

elasticidade, permite prever o comportamento dos materiais quando

solicitados à tração.

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Ensaio de dureza

Estes ensaios são de execução simples, pelo que substituem os

de tração sempre que as exigências tecnológicas o permitam.

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Ensaio de dureza

Existem vários tipos de ensaios dos quais os mais conhecidos são:

Brinell
Rockweel

Vickers Knopp

Shore

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Ensaio de dureza

Cada um destes ensaios permite estabelecer uma escala de

durezas.

De entre estes vamos referir o método Brinell:

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Ensaio de dureza - Brinell

Este ensaio consiste na aplicação sobre a peça de uma esfera de

aço duro, de 10 mm de diâmetro, sob a ação de uma carga de

3000kgf durante um certo tempo (+ 30s).

Deve-se escolher para aplicação da esfera, uma superfície plana e

não rugosa.

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Ensaio de dureza - Brinell

A esfera deforma plasticamente o material imprimindo-lhe uma

calote esférica, cujo diâmetro (d) da

interseção com a superfície plana

inicial é lido por meio de um

microscópio.

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Ensaio de dureza - Brinell

A dureza Brinell é expressa pelo quociente da carga pela área da

calote impressa no material através da fórmula:

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Ensaio de dureza - Brinell

Na prática, conhecido o diâmetro d da calote, o valor HB pode ser

encontrado em tabelas.

Este ensaio está regulamentado pela NP-106.

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Ensaio de dureza - Brinell

Para o caso dos aços a relação existente entre a tensão de rotura e o

número de dureza Brinell é:

бm = 0,36.HB (kgf/mm2) – aços ao carbono, entre 30 e 100 kgf/mm2

бm = 0,34.HB (kgf/mm2) – aços cromo-níquel, entre 65 e 100 kgf/mm2

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Ensaio de dureza - Brinell

Este ensaio tem algumas limitações sobretudo relacionadas com o

material do penetrador e com a carga aplicada.

Quando não é possível o seu emprego, recorre-se a um dos outros

ensaios.

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Ensaio de dureza - Brinell

Os números de dureza obtidos podem,

na maioria dos ensaios, ser convertidos

em números Brinell, ou vice-versa, por

intermédio de tabelas.

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