UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

COLEGIADO DE ENGENHARIA MECÂNICA

MECN0052 – ENSAIOS MECÂNICOS

TEMA – ENSAIO DE FLEXÃO

Docente: Prof. Nelson Cárdenas Olivier

email: nelson.cardenas@univasf.edu.br
 OBJETIVOS

Que uma vez concluída a aula o aluno deve ser capaz de:

• Ver os campos de aplicação do Ensaio de Flexão.

• Conhecer o método utilizado para a execução do ensaio de

flexão.

• Aprender as propriedades mecânicas que são determinadas

com o ensaio de flexão.

• Ver normas técnicas, tipos de corpos de prova e máquinas de

ensaio utilizadas no ensaio de flexão.

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 SUMÁRIO

1. Introdução ao Ensaio de Flexão.

2. Equipamento para realização do Ensaio de Flexão.

3. Corpos de prova e normas técnicas utilizados no

Ensaio de Flexão.

4. Método para a execução do Ensaio de Flexão.

5. Propriedades mecânicas determinadas no Ensaio de

Flexão.

6. Tipos de Ensaios de Flexão.

7. Ensaios de Flexão em produtos acabados.

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 1. INTRODUÇÃO AO ENSAIO DE FLEXÃO

O ensaio de flexão é realizado em MATERIAIS FRÁGEIS e

resistentes que em seu uso são submetidos a situações onde o
principal esforço é o de flexão

- ferro fundido
- aços – ferramenta
- estruturas de concreto e gesso.

METAIS DÚCTEIS
Não é conveniente o emprego do ensaio de flexão
Corpo de prova se deforma continuamente sem que haja ruptura

UTILIZADO
- Industria da cerâmica - Industria de biomateriais
- Metais duros - Construção

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 1. INTRODUÇÃO AO ENSAIO DE FLEXÃO
Ao aplicar uma força P num corpo do tipo viga ou barra:
- Uma região do corpo se contrai, devido à compressão, enquanto
que outra região se alonga, devido à tração.
- Entre a região que se contrai e a que se alonga fica uma linha que
mantém sua dimensão inalterada a chamada LINHA NEUTRA.
- Em materiais homogêneos, costuma-se considerar que a linha
neutra fica a igual distância das superfícies externas inferior e
superior do corpo ensaiado.

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Máquinas
2. EQUIPAMENTO PARA REALIZAÇÃO DO ENSAIO DE FLEXÃO

Máquina Universal de Ensaio (acionamento eletro-mecânico)

6
 2. EQUIPAMENTO PARA REALIZAÇÃO DO ENSAIO DE FLEXÃO

Máquina Universal de Ensaio (acionamento eletro-hidráulica)

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CORPOS DE PROVA
 3. CORPOS-DE-PROVA

Barras ou vigas de eixo retilíneo

Seção qualquer (preferivelmente)

- Circular
- Retangular

Facilitar os cálculos

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NORMAS
 3. NORMA TÉCNICA

ASTM A-438 Ensaio de Flexão em Ferro Fundido

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MÉTODO PARA A EXECUÇÃO
 4. MÉTODO PARA A EXECUÇÃO DO ENSAIO DE FLEXÃO
Aplicação de uma carga P no centro do corpo de prova, apoiado em
dos pontos.

A carga aplicada parte de um valor 0 e vai aumentando lentamente

até romper o corpo de prova.

Carga aplicada em direção perpendicular ao eixo do corpo de prova.

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 4. MÉTODO PARA A EXECUÇÃO DO ENSAIO DE FLEXÃO

Extensômetro no centro e embaixo do corpo de prova

- medida da deflexão (flecha – y)

Materiais frágeis - flecha muito pequena

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RESULTADO
 4. MÉTODO PARA A EXECUÇÃO DO ENSAIO DE FLEXÃO

RESULTADOS DIREITOS DO ENSAIO

- Curva Carga à Flexão - Deflexão (flecha)

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PROPRIEDADES MECÂNICAS
5. PROPRIEDADES MECÂNICAS DETERMINADAS NO
ENSAIO DE FLEXÃO

- Tensão normal

- Módulo de ruptura

- Módulo de elasticidade do material

- Deflexão máxima

- Módulo de resiliência

- Módulo de tenacidade

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5. PROPRIEDADES MECÂNICAS DETERMINADAS NO
ENSAIO DE FLEXÃO
TENSÃO NORMAL (Pa)
Valor da tensão de tração ou compressão ao longo da seção
transversal do corpo de prova durante o Ensaio de Flexão.

M f c
f 
I

onde:
σf - resistência à flexão (Pa);
Mf- momento fletor (N.m);
c – distância inicial do eixo do corpo de prova à fibra (mm);
I – momento de inércia inicial da seção transversal do corpo de
prova (m4).
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 5. PROPRIEDADES MECÂNICAS DETERMINADAS NO
ENSAIO DE FLEXÃO

TENSÃO NORMAL (Pa)

M f c
 
I

Mf- momento fletor (N.m)

P L PL
Mf   
2 2 4

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 5. PROPRIEDADES MECÂNICAS DETERMINADAS NO
ENSAIO DE FLEXÃO

TENSÃO NORMAL (Pa)

M f c
 
I

c – distância inicial do eixo do corpo de prova à fibra extrema (mm)

- Seção circular (c=D/2)
- Seção retangular ou quadrada (c=h/2)

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 5. PROPRIEDADES MECÂNICAS DETERMINADAS NO
ENSAIO DE FLEXÃO

TENSÃO NORMAL (Pa)

M f c
 
I
I – momento de inércia inicial da seção transversal do corpo
de prova (m4).
Depende da seção transversal do corpo de prova.

- seção circular - seção retangular

  D4 b  h3
I I
64 12

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MÓDULO DE RUPTURA
 5. PROPRIEDADES MECÂNICAS DETERMINADAS NO
ENSAIO DE FLEXÃO

MÓDULO DE RUPTURA OU RESISTÊNCIA Á FLEXÃO

Valor máximo da tensão de tração ou compressão nas fibras
extremas do corpo de prova durante o ensaio de flexão.

M fmáx  c
 fu 
I
onde:
σfu - resistência à flexão (Pa);
Mfmáx- momento fletor máximo (N.m);
c – distância inicial do eixo do corpo de prova à fibra extrema
(mm);
I – momento de inércia inicial da seção transversal do corpo de
prova (m4).
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MÓDULO DE ELASTICIDADE
 5. PROPRIEDADES MECÂNICAS DETERMINADAS NO
ENSAIO DE FLEXÃO

MÓDULO DE ELASTICIDADE (Pa)

P  L3
E
48  y  I
onde:
E - Módulo de elasticidade (Pa);
P – carga aplicada (N);
y – flecha nessa carga (m);
L – comprimento do corpo de prova (m);
I – momento de inércia inicial da seção transversal (m4).

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FLECHA
 5. PROPRIEDADES MECÂNICAS DETERMINADAS NO
ENSAIO DE FLEXÃO

DEFLEXÃO OU FLECHA (m)

4  P  L3 P  L3
y y
3    E  D4 4  E  b  h3
onde:
y – flecha nessa carga (m);
P – carga aplicada (N);
L – comprimento do corpo de prova (m);
E - Módulo de elasticidade (Pa);
b – largura do corpo de prova (m);
h – altura do corpo de prova (m).

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RESILIÊNCIA
 5. PROPRIEDADES MECÂNICAS DETERMINADAS NO
ENSAIO DE FLEXÃO

MÓDULO DE RESILIÊNCIA

 p2  I
U rf 
6  E  y2  S

onde:
Urf - Módulo de resiliência (N.m/m3);
σp - Limite de proporcionalidade (Pa);
I - momento de inércia inicial da seção transversal do corpo de
prova (m4);
E - Módulo de elasticidade (Pa);
y – flecha nessa carga (m);
S - Área da seção transversal (m2).
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TENACIDADE
 5. PROPRIEDADES MECÂNICAS DETERMINADAS NO
ENSAIO DE FLEXÃO

MÓDULO DE TENACIDADE

2  Pmáx  y f
U tf 
3 S  L
onde:
Utf - Módulo de tenacidade (N.m/m3);
Pmáx – Carga máxima (N);
yf – flecha máxima (m);
S - Área da seção transversal (m2);
L – comprimento do corpo de prova (m).

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TIPOS DE ENSAIOS
 6. TIPOS DE ENSAIOS DE FLEXÃO

Ensaio de flexão em três pontos

23
 6. TIPOS DE ENSAIOS DE FLEXÃO

Ensaio de flexão em quatro pontos

24
ENSAIO EM PRODUTOS ACABADOS
7. ENSAIO EM PRODUTOS ACABADOS

25
7. ENSAIO EM PRODUTOS ACABADOS

26
7. ENSAIO EM PRODUTOS ACABADOS

27
7. ENSAIO EM PRODUTOS ACABADOS

28
7. ENSAIO EM PRODUTOS ACABADOS

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7. ENSAIO EM PRODUTOS ACABADOS

Teste flexão asas Boeing 787

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7. ENSAIO EM PRODUTOS ACABADOS

Ft=150% Fs Y=7,6m
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 7. ENSAIO EM PRODUTOS ACABADOS

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RESUMO
 RESUMO DA AULA

- Introdução ao ensaio de flexão.

- Equipamento para realização do ensaio de flexão.

- Corpos de prova e normas técnicas utilizados no ensaio

de flexão.

- Método para a execução do ensaio de flexão.

- Propriedades mecânicas determinadas no ensaio de

flexão.

- Tipos de ensaios de flexão.

- Ensaios de flexão em produtos acabados.

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BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
 BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

 GARCIA, A.; SPIM, J. A.; SANTOS, C. A. Ensaios dos Materiais,

Rio de Janeiro, 1a Ed. LTC. 2000.

 SOUZA, S. A. Ensaios mecânicos de materiais metálicos. São

Paulo. 5a Ed. Edgard Blücher, 1982.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:

 CALLISTER Jr, W. D. Ciência e Engenharia de Materiais, Rio de

Janeiro, 5a Ed. LTC. 2002.

 SHACKELFORD, J. F. Ciência e Engenharia de Materiais. São

Paulo, 6ª Ed. Pearson Prentice Hall. 2008.

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EXERCÍCIO PARA FAZER EM CASA
 EXERCÍCIOS

5.1. Diga qual é o campo de aplicação dos ensaios de flexão.

5.2. Explique em que consiste o ensaio de flexão e qual que é o

resultado final deste.

5.3. Cite e explique as propriedades mecânicas que podem ser

determinadas no ensaio de flexão.

5.4. Um corpo de prova de 600 mm de comprimento e 30 mm de

diâmetro foi submetido a um ensaio de flexão, apresentando uma
flexa de 2 mm sob uma carga de 360 N. Determine:
a) A resistência a flexão.
b) Módulo de elasticidade.

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PRÓXIMA AULA
 PRÓXIMA AULA

ENSAIO DE FLEXÃO

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FIM