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Olhemos para a Terra, arcaica e concreta.

Para lá da persistência humana sobre a sua


extensão, a Terra manter-se-á a comunal superfície de retenção da história e a matéria
de maior expressividade a que nos poderemos re-ligar. Neste início de Milénio, em
que tudo aponta para uma completude, o solo do planeta emerge enquanto verdade
única. Nietzsche encontrou na estética esse caminho, daí que exorte à saída da
caverna e a tomar o mundo como um jardim. Inaugurava-se uma geofilosofia;
também uma geoestética. Com este projecto pretendemos fazer o caminho inverso.
Não aquele que vai da Terra ao homem, como em Nietzsche, mas aquele que vai do
homem à Terra.  Para isso, procuraremos na geomorfologia um plano de imanência e
a partir daí pensar a imensa plasticidade dos fósseis.

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