O documento discute como o federalismo impactou as políticas educacionais brasileiras ao longo da história. Embora tenha ampliado o acesso à educação, a fragmentação do sistema educacional entre estados e municípios levou a desigualdades regionais na qualidade e recursos. É necessária maior coordenação entre os níveis de governo para assegurar uma educação de qualidade para todos.
O documento discute como o federalismo impactou as políticas educacionais brasileiras ao longo da história. Embora tenha ampliado o acesso à educação, a fragmentação do sistema educacional entre estados e municípios levou a desigualdades regionais na qualidade e recursos. É necessária maior coordenação entre os níveis de governo para assegurar uma educação de qualidade para todos.
O documento discute como o federalismo impactou as políticas educacionais brasileiras ao longo da história. Embora tenha ampliado o acesso à educação, a fragmentação do sistema educacional entre estados e municípios levou a desigualdades regionais na qualidade e recursos. É necessária maior coordenação entre os níveis de governo para assegurar uma educação de qualidade para todos.
Discente: Brissa Maria Anacleto Silva Matrícula: 19.2.3185
Fernando Luiz Abucio, em “Referências Gerais sobre o Regime Federativo no Brasil”
estabelece uma análise crítica sobre a história do federalismo, instituído no Brasil com a constituição de 1891, e seu consequente impacto nas políticas educacionais brasileiras através dos anos e das influências exercidas sobre o mesmo pelos diferentes governos que nortearam a história do país.
Consolidado o federalismo através da Constituição de 1891, cujos pilares encontravam-se na
descentralização, na autonomia e interdependência entre os governos subnacionais (estados e municípios), apenas com Constituição de 1988 foi concedida uma maior autonomia aos estados e municípios na organização de suas gestões educacionais, permitindo a implementação de políticas públicas adequadas às realidades locais. Embora importante para ampliar e estimular o acesso à educação em todo o país, bem como na inovação das gestões educacionais, Abrucio ressalta a inadequada divisão e transferência de recursos entre os estados e municípios como razão para o desenvolvimento desigual da educação em todo país; uma vez que através da fragmentação do sistema educacional em diferentes sistemas de ensino regionais, as políticas implementadas diferenciavam-se entre os estados e municípios e as aplicações das verbas referentes a educação, financiadas pelos governos subnacionais, produziram uma maior desigualdade nos níveis de qualidade e acesso à educação entre as regiões brasileiras. Ampliada pela ausência de coordenação entre os diferentes níveis de governo, a dificuldade de implementação de políticas públicas educacionais realmente eficazes tornou-se visível. Decorrentes da fragmentação do sistema educacional e da ausência de coordenação entre os múltiplos níveis de governo, as problemáticas acima descritas correspondem aos desafios enfrentados na garantia de uma educação de qualidade a jovens e crianças independente de sua localização geográfica. Entretanto, cabe ressaltar o caráter indispensável do federalismo para a inclusão da sociedade civil nos processos referentes a formação educacional brasileira, permitindo a criação e o desenvolvimento de conselhos de educação em diferentes níveis de governo que, embora nem sempre efetivos, tornaram-se uma ponte necessária para a participação popular na formulação das ideias e tomadas de decisões acerca da implementação de políticas educacionais com um âmbito municipal, estadual e nacional, evidenciando, contudo, a necessidade de uma maior coordenação entre os diferentes níveis de governo para que seja garantida a transparência e a equidade no repasse dos recursos e métodos que garantem uma educação de qualidade à todos.
BIBLIOGRAFIA
1. ABRUCIO, Fernando Luiz. Referências sobre o Regime Federativo no Brasil. In:
OLIVEIRA, Romualdo Portela de. SANTANA, Wagner. Educação e Federalismo no Brasil: combater as desigualdades, garantir a diversidade. Representação no Brasil, UNESCO. Brasília, 2010. p 36-70.