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CLARETIANO CENTRO UNIVERSITÁRIO

Curso de Licenciatura em Pedagogia

Disciplina de Atualidades em Políticas e Gestão Educacional


Docente – Jucilene Galvão
Discente – Ivalcir de Sousa Gomes
Atividade 1/Portfólio – Ciclo 2 de Aprendizagem

Dermeval Saviani, em seu texto “Sistema Nacional de Educação articulado


ao Plano Nacional de Educação”, define o SNE como um conjunto de intercâmbios entre
as esferas que solicita a junção de muitos outros agentes e recursos, dispostos de forma
lógica e coerente e formado a partir da necessidade real do ensino em nosso país. Sendo
público, o Estado pode definir suas formas e distribuí-la a todas as esferas. Oriundo da
educação sistematizada, sendo resultado da ação organizada, ou seja, da atuação gerencial
e intencional dos seus componentes que interagem o pacto, de acordo com seus objetivos
antecipadamente determinados, o sistema educacional prevê a universalização do ensino
básico e a erradicação do analfabetismo no Brasil.
A partir do reconhecimento das dificuldades das regiões do país e da realidade
das esferas e dos recursos disponíveis, Saviani assevera que o Sistema Nacional de
Educação é a junção de muitas faces e aspectos ou, ainda, a arte de mobilizar os recursos
para organizar um sistema participativo que já tem de forma incipiente sua formação em
nosso país, entretanto, tal desenho deve estar propositadamente integrada para moldar um
conjunto que responda com eficiência as atividades educativas gerais do ensino.
Para tanto, é preciso levar em consideração a multiplicidade de situações
ligadas a nossa população educacional, de forma a articular os diversos subsídios que,
integrados, se constituem um processo de identificação de seus componentes e, de acordo
com suas possíveis especificidades, possibilitar a sua articulação, respeitando suas
demandas organizadas sob a forma de regime federativo, afinadas com a ideia
organizadora proposta pela efetivação de um real Sistema Nacional de Educação.
Para o autor, sistema de ensino e plano de educação, possuem duas
interpretações, que com certeza deriva da necessidade de definir uma ação significativa
articulada com a ordenação eficaz de vários elementos educacionais fundamentais para a
população à qual é orientada.
Em relação à educação, o termo sistema tem suas especificidades um tanto
indefinidas, quando parte de uma educação como fenômeno, ou seja, capitando seu
verdadeiro propósito, ou quando a educação tem um aspecto irredutível; mais ainda,
quando não se define o que separa escola, ensino, graus, etc. na ótica administrativa, o
sistema de ensino pode ser definido como particular, federal, , estadual, municipal, etc.
Segundo Saviani, a proposta do sistema nacional de educação nos remete ao
início do século 19, onde diversos países da região europeia já vinham definindo formas
generalizadas de organização do ensino, o que possibilitou a universalização de suas
escolas básicas e do ensino fundamental. Desta forma, esses países conseguiram erradicar
o analfabetismo. No nosso país, a dificuldade em gerar tal sistema foi determinada por
ações intencionais manipuladoras das elites hegemônicas, onde nem a sociedade
organizada nem a política conseguiram determinar o SNE em âmbito nacional.
O início da discussão para se formar o SNE tem sido determinada por alguns
especialistas que asseveram seu determinante após a independência, com a formação da
Lei Nacional do Ensino Primário, que definiu a formação das escolas de Primeiras Letras,
em 1827 e que, infelizmente, não se fixaram em todos os municípios do país. Também na
época do Brasil Império, a responsabilidade das províncias de definirem suas propostas
se confrontaram com as dificuldades técnicas e financeiras que as províncias
administravam. Já no Brasil República, sua formulação foi impossibilidade pois a
educação não era mais responsabilidade da esfera nacional e sim articulado pelos estados.
Seguindo este princípio, o Estado Novo teve como realidade necessária
determinar, em lei, alguns desenhos sobre a atividade educacional, seja a partir da
definição da grade curricular até os horários determinados pela escola.
De forma conclusiva, podemos asseverar que a visão do autor é voltada a
formação de “planos municipais de educação” que estejam de acordo com as reais
necessidades de nossas escolas. Inferindo uma proposta de “Plano de Educação” que
possa atender suas demandas e consecutivamente possibilite a introdução racional da
gerência social possibilitando dar maior coesão e valor à educação pública, buscando
resgatar sua qualidade e acesso universal.

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