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Regimes totalitários

Tudo no Estado, nada contra o


Estado, e nada fora do Estado. Benito
mussolini
Regimes totalitários
Um regime político é um conjunto de estruturas
políticas que compõem um estado: como governante
exerce o poder.
O totalitarismo controla vida do individuo em todas
as esferas de sua vida social, no âmbito econômico, na
politica, na educação através de uma pratica de
biopoder (Foucault)
Democracia e liberalismo
Democracia - Forma de governo em que a
soberania ou o poder nasce no povo e as
instituições que o exercem estão nas mãos do
povo visando ao bem coletivo.
Liberalismo - é uma doutrina que luta pela
liberdade e pelos direitos individuais, pela
igualdade perante a lei, pela proteção da
propriedade privada e pelo livre comércio
Todo fascismo é totalitarismo?
Fascismo italiano – Mussoline exerceu forte controle
sobre a economia e sobre os trabalhadores.
Fascismo alemão – Hitler exerceu forte controle
sobre a sociedade através da propaganda e da
eugenia para justificar a teoria da superioridade da
raça ariana.
Fascismo espanhol – franquismo
Fascismo português  – salazarismo
Fascismo japonês – estado forte imperador hirohito
Fascismo brasileiro – estado novo de Vargas
Todo socialismo é totalitarismo?
Socialismo de Stálin  – Stálin criou um estado ditatorial com forte
controle sobre a sociedade e sobre todas as instituições. Forte
controle sobre as ideias e sobre os partidos políticos, além da
planificação e coletivização forçada da economia.
- Ditatura burocrática do regime de partido único
- centralização dos processos de tomada de decisão no núcleo
dirigente do Partido;
- burocratização do aparelho estatal;
- completa eliminação de quaisquer formas de oposição;
- Culto a personalidade do(s) líder(es) do Partido e do Estado;
- intensa presença de propaganda estatal e exacerbado nacionalismo
- Censura aos meios de comunicação e expressão;
- perseguição das religiões e igrejas estabelecidas
- Coletivização obrigatória dos meios de produção agrícola e
industrial;
- militarização da sociedade e dos quadros do Partido.
 
Ditadura e totalitarismo
Ditaduras totalitárias   – Os regimes totalitários são correntes
políticas que defendiam o fim do liberalismo e o forte controle
sobre o estado para tirar os países da crise econômica. Além
disso, utilizavam o controle sobre as ideias, através da educação e
da propaganda para fortalecer o estado e criar uma sociedade
unida num ideal nacionalista. O povo é próximo do ditador.
Ditaduras convencionais ou autoritarismo   – O Autoritarismo é
uma forma de governo centralizado que controla o poder,
retirando a soberania do povo. No Autoritarismo há mais espaço
para várias correntes conviverem. Por consequência, nem
sempre existe um partido único, algo crucial nos governos
totalitaristas. No Autoritarismo, o líder nem sempre se apoia a
propaganda e sobre  o controle da educação. No entanto, isso não
quer dizer que não haja perseguição ideológica. O  Autoritarismo
é antidemocrático. O povo temia o ditador.
 
Justificativas para o totalitarismo
Na Alemanha  – Hitler seguiu a ideia da lei da natureza, segundo a
qual o controle do individuo através da justificativa de matar os
judeus pois era necessário purificar a humanidade degenerada.
Isso não era considerado um crime pois estava previsto nos
estatutos do nazismo, logo os lideres do terror faziam seus crimes
com aspecto de legalidade.
Na União Soviética   – Stálin seguiu   a ideia da lei da história,
segundo a qual o controle do individuo justificava-se a perseguir
os opositores que estavam atrapalhando o pleno funcionamento
do regime socialista. Logo, sob a justificativa de criar um regime
coletivista e justo, mantendo a suposta liberdade, Stálin realizava
o controle total do individuo para cumprir a lei da historia.
Características do totalitarismo
- Estado forte, centralizado, militarista, interventor
- Forte uso da propaganda na sociedade de
massas
- Mobilização política do povo transformado em
massas na construção de um consenso
- Articulação entre tecnologias e mecanismos de
controle sobre o individuo, alienando-o.
- Negação da liberdade e da individualidade
- Presença de um grande líder carismático como
condutor da nação (duce, furher)
- A identidade do sujeito é com o estado e não
entre as pessoas
Características do totalitarismo
- Estado intervencionista na economia
- Forte controle sobre a educação familiar e
escolar (escola sem caráter cívico)
- Uso de táticas do terror para controlar grupos
sociais e partidos políticos
- Atomização do individuo, ou seja, tira a
individualidade para controla-lo.
- Presença de lideres salvíticos da nação.
- Estado corporativista que controla o trabalhador
- Estado racista através de práticas de biopoder
sobre a vida social (aktion t-4 contra deficientes)
Características do totalitarismo
- Estado demagógico e manipulador através da
mídia vende uma imagem de progresso da nação
- Uso da máquina de violência do estado na vida
social (nazificação do cotidiano).
- Mobilização de jovens – fanatismo ideológico
- Estado antiliberal, anticomunista e
antidemocrático
- Presença de campos de concetração para
confinamento de opositores e degenerados
- Imperialismo para formar o espaço vital
- Recusa o estado agnóstico (que não controla o
ser humano)
Surgimento do nazifascismo
- Contexto histórico pós primeira guerra, miséria
social e tratado de versalhes
- Perigo de bolchevização e avanço dos partidos
comunistas através das eleições
- Marcha sobre Roma: Mussolini foi nomeado pelo
rei como primeiro ministro
- Eleição de Hitler como deputado  e chanceler do
Reichstag
- Presença da burguesia como maior interessada
na luta contra o comunismo
- Crise do liberalismo e surgimento do estado a
frente da economia visando o desenvolvimento.
CRÍTICA AO LIBERALISMO
● Na perpectiva do fascismo o liberalismo era
uma ameaça ao projeto dos regimes
totalitários.
● O povo não deve participar das decisões
politicas pois o lider tem a competencia de
tomar todas as decisões. Foi o fim da
soberania. O poder não emana do povo, mas
sim do proprio estado
● Crise do pensamento liberal levou ao estado
interventor
mussolini
● O fascismo rejeita na democracia o embuste convencional
da igualdade política, o espírito de irresponsabilidade
coletiva e o mito da felicidade e do progresso indefinido [...]
Não se deve exagerar a importância do liberalismo no
século passado, nem convertê-lo numa religião da
humanidade para o presente e o futuro, quando na
realidade ele foi apenas uma das muitas doutrinas daquele
século [...] Agora o liberalismo está prestes a fechar as
portas de seu templo deserto [...] O presente século é o
século da autoridade, um século da direita, um século
fascista" (Benito Mussolini)Fonte: MAZOWER, Mark.
"Continente sombrio: a Europa no século XX". São Paulo:
Companhia das Letras, 2001, p. 29.
A obediencia cega o homem

Psicologia de massas

Fasces ou feixe

Camisas negras

Marcha sobre roma

Aceitação popular

Duce ou guia

Avanço do comunismo
● O ultimo pedaço de pão foi roubado pelo capitalismo, lute por
suas crianças.
Ascenção do Nazismo
Ascenção do Nazismo
Ascenção do Nazismo
Ascenção do Nazismo
Ascenção do Nazismo
holocausto
holocausto
holocausto
A obra filosófica de Hannah Arendt

- Livros: “as origens do totalitarismo” e a “condição humana”


- A autora discute as origens do novo fenomeno politico
totalitario nas sociedades de massas e a nova condição
humana em que o individuo foi submetido.
- Na nova realidade humana o estado controla a vida social e
a filosofa apresenta como combater o mal fasicta: a ação
humana como forma de desalienar o homem.
- Ação humana ou práxis filosófica: « a irreflexão pode
conduzir ao genocídio »
- Alienação do individuo é produto da ação do estado através
do controle das idéias
-
A obra filosófica de Hannah Arendt

- A sociedade é transformada em massas, numa alusão a massa do


bolo que é homogênea.
- No liberalismo o sujeito é respeitado em sua individualidade
e pluralidade partidaria e ideologica. No totalitarismo o
sujeito é usurpado de sua personalidade e identidade para se
submeter ao poder do estado.
- Massas « são o conjunto de pessoas que aglutinam-se,
pessoas apaticas que vagam pelas ruas sem consciencia da
realidade que os cerca.
- Massas não se unem por um ideal comum.
A solução ao inimigo fascista
- O mal banal é fruto do não exercício do pensar, combater o mal
é estimular o homem a se conhecer melhor e refletir sobre sua
realidade.
- Tres liçoes de Arendt:
- 1ª lição - Não seja mediocre: Eichmam nao era malvado e
cruel, mas terrivelmente normal. Era um homem normal, pai
de familia, robotizado e que repetia cliches.
- 2ª lição - O totalitarismo transforma o individuo em massas,
suprimindo sua liberdade de escolha, tornando-se superfluo.
- 3ª lição - « tenha consciencia pois nao pensar é o mal
causar » (Arendt): examinar a si mesmo para nao cairmos em
contradiçao. Banalidade do mal é a ausencia de pensamento e
juizo moral » (arendt)
-
A banalidade do mal
- O mal banal se dissipa em cadeia e acaba recebendo a
aceitação dos demais membros da sociedade. Nessa cadeia
compartimentada e impessoal em que a crueldade é
multiplicada pela eficiência funciona em regime pelas
instituições e leis do estado. A culpa é compartilhada e se
esvai ao logo de uma rede de conexões, obediências devidas,
hábitos adquiridos e insensibilidade burocrática.
- Para Arendt a açao humana e o fazer filosofico podem
libertar o homem da condiçao fascista.
A razão instrumental
- No século XX a razão foi usada para sistematizar a violência
contra a própria humanidade. Para Adorno e Horkkheimer
seria a razão instrumental o recurso que fez do homem
submisso as tecnologias e uma presa fácil dos regimes
totalitários. Max Weber denominava isso de jaula de ferro, na
qual o homem estava preso a esse sistema de dominação do
estado. Já para Hannah Arendt trata-se da banalidade do
mal
- A banalidade do mal nasce da razao instrumental que torna
o homem incapaz de perceber a violencia presente no
cotidiano. O uso de tecnicas de tortura e genocidio sao
recursos legitimos para a eliminaçao do outro degenerado.
- A banalidade do mal nasce da ausencia de razão reflexiva,
ou seja, pela presença da razão instrumental.
A obra filosófica de Michel Foucault
- Livros: « Microfísca do poder », « arqueologia do saber »
« Em defesa da sociedade »
- O estado antes mesmo do totalitário usava de recursos de
controle dos corpos biológicos e de promoção da vida social
através do Biopoder
- Controle dos corpos através dos dispositivos (mecanismos de
controle como escola, família, leis, normas sociais), atraves da
disciplinarizaçao dos corpos.
-Controle da vida urbana atraves das definiçoes de politicas
publicas que determinam a vida social (biopolítica).
- O estado totalitário aperfeiçoou essas tecnologias de
controle do sujeito
A obra filosófica de Michel Foucault
- O biopoder é uma pratica de se fabricar e modelar a vida e
organizá-la conforme os interesses do estado.
- Antes do totalitarismo do seculo XX o estado absoluto tinha
o poder da espada: fazer morrer e deixar viver.
- No totalitarismo: fazer viver e deixar morrer
- O racismo de estado: foi uma justificativa para fazer viver a
raça superior e deixar morrer os degenerados, os corpos
despreziveis. A miscigenação ameçava a pureza ariana. Logo,
para fazer viver é preciso fazer morrer.
- Principio darwinista de hierarquizaçao de raças e necessária
selevidade através da eugenia.
-
A obra filosófica de Michel Foucault
- Segundo Foucault: a organização de grandes partidos
políticos; o surgimento de aparatos policiais; os campos de
trabalho e seus instrumentos de repressão; o controle
disciplinar do tempo e dos espaços, visando adestrar os
corpos humanos; entre outros mecanismos (FOUCAULT).
- Assim, para o racismo de Estado, "a morte do outro, a
morte da raça ruim, da raça inferior (ou do degenerado, ou
do anormal) é o que vai deixar a vida em geral mais sadia;
mais sadia e mais pura" (FOUCAULT).

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