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INTERNACIONAL 45001
Tradução livre
Primeira edição
03/2018
A adoção de um sistema de gestão da SST destina-se a permitir que uma organização forneça locais de
trabalho seguros e saudáveis, previna lesões e doenças relacionadas ao trabalho, e melhore
continuamente o seu desempenho de SST.
Quando essas medidas são aplicadas pela organização por meio do seu sistema de gestão da SST,
elas melhoram o seu desempenho de SST. Um sistema de gestão da SST pode ser mais eficaz e
eficiente ao tomar ações antecipadas para abordar oportunidades para melhorar o desempenho de
SST.
A implementação de um sistema de gestão da SST conforme com esta norma permite que uma
organização gerencie seus riscos de SST e melhore seu desempenho de SST. Um sistema de gestão
da SST pode ajudar uma organização a cumprir seus requisitos legais e outros requisitos.
A demonstração da implementação bem-sucedida desta norma pode ser utilizada por uma organização
para assegurar aos trabalhadores e outras partes interessadas que um sistema de gestão da SST
eficaz está em operação. A adoção deste documento, no entanto, não garante, por si só, a prevenção
de lesões e doenças relacionadas ao trabalho dos trabalhadores, a provisão de locais de trabalho
seguros e saudáveis e a melhoria do desempenho de SST.
O conceito do PDCA é um processo iterativo usado pelas organizações para alcançar a melhoria
contínua. Pode ser aplicado a um sistema de gestão e a cada um de seus elementos individuais, como
descrito a seguir:
a) Plan (planejar): determinar e avaliar riscos de SST, oportunidades de SST e outros riscos e
outras oportunidades, estabelecer objetivos de SST e os processos necessários para entregar
resultados de acordo com a política de SST da organização;
b) Do (fazer): implementar os processos como planejado;
c) Check (Verificar): monitorar e medir atividades e os processos em relação à política de SST e
aos objetivos de SST, e relatar os resultados;
d) Act (agir): tomar ações para melhorar continuamente o desempenho de SST para alcançar os
resultados pretendidos.
Esta norma incorpora o conceito PDCA em uma nova estrutura, como mostrado na figura 1, a seguir:
NOTA os números entre parênteses referem-se aos números das seções deste documento.
Esta norma não inclui requisitos específicos para outros assuntos, como aqueles para gestão da
qualidade, gestão da responsabilidade social, gestão ambiental, gestão da segurança (security) ou
gestão financeira, embora seis elementos possam ser alinhados ou integrados com os de outros
sistemas de gestão.
Esta norma contém os requisitos que podem ser usados por uma organização para implementar um
sistema de gestão da SST e para avaliar a conformidade. Uma organização que pretenda demonstrar
conformidade com esta norma pode fazer isto ao:
¾ fazer uma auto avaliação e auto declaração, ou
¾ buscar uma confirmação de sua conformidade por partes que tenham um interesse na
organização, como clientes, ou
¾ buscar uma confirmação de sua auto declaração por uma parte externa à organização, ou
¾ buscar uma certificação/registro de seu sistema de gestão da SST por uma organização
externa.
Esta norma é aplicável a qualquer organização que deseja estabelecer, implementar e manter um
sistema de gestão da SST para melhorar a segurança e saúde no trabalho, eliminar perigos e minimizar
riscos de SST (incluindo deficiências do sistema), tirar proveito de oportunidades de SST e abordar não
conformidades do sistema de gestão da SST associadas às suas atividades.
Esta norma auxilia uma organização a alcançar os resultados pretendidos de seu sistema de gestão
da SST. Coerentes com a política de SST da organização, os resultados pretendidos de um sistema
de gestão da SST, incluem:
Esta norma é aplicável a qualquer organização, independentemente do seu tamanho, tipo e atividades.
É aplicável aos riscos de SST sob o controle da organização, levando em consideração fatores como
o contexto em que a organização opera e as necessidades e expectativas de seus trabalhadores e
outras partes interessadas.
Esta norma não determina critérios de desempenho de SST específicos, nem é prescritivo sobre o
projeto de um sistema de gestão da SST.
Esta norma permite que uma organização, por meio do seu sistema de gestão da SST, integre outros
aspectos de segurança e saúde, como o bem-estar dos trabalhadores.
Esta norma não aborda questões como segurança do produto, danos à propriedade ou impactos
ambientais, além dos riscos para os trabalhadores e outras partes interessadas pertinentes.
Esta norma pode ser usada na íntegra ou em parte para, sistematicamente, melhorar a gestão da
segurança e saúde no trabalho. Entretanto, declarações de conformidade com esta norma não são
aceitáveis, a menos que todos os seus requisitos sejam incorporados ao sistema de gestão da SST da
organização, e atendidos sem exclusões.
2 Referências Normativas
Não há referências normativas neste documento.
3 Termos e definições
Para os propósitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos definições.
A ISO e a lEC mantêm bancos de dados terminológicos para uso em normalização nos seguintes
3.1 Organização
pessoa ou grupo de pessoas com suas próprias funções com responsabilidades, autoridades e
relações para alcançar seus objetivos (3.16).
NOTA 1: O conceito de organização inclui, mas não é limitado a empreendedor individual, companhia,
corporação, combinação desses, firma, empresa, seja incorporada autoridade, parceria, organização
de caridade ou instituição, ou parte ou combinação desses, seja incorporada ou não, pública ou
privada.
NOTA 2: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO de sistemas
de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento Consolidado ISO da Diretiva ISO/IEC Parte 1.
NOTA 1: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO de sistemas
de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento Consolidado ISO da Diretiva ISO/IEC Parte 1.
3.3 trabalhador
pessoa que realiza o trabalho ou atividades relacionadas ao trabalho que estão sob o controle da
organização (3.1).
NOTA 1: Pessoas realizam trabalho ou atividades relacionadas ao trabalho sob diversos arranjos,
pagos ou não pagos, tais como de forma regular ou temporária, intermitente ou sazonalmente,
casualmente ou em tempo parcial.
NOTA 2: Trabalhadores incluem a Alta Direção (3.12), pessoas com funções gerenciais e não
gerenciais.
3.4 participação
envolvimento na tomada de decisão.
3.5 consulta
ação de buscar pontos de vista antes de tomar uma decisão.
3.7 contratado
organização (3.1) externa que provê serviços à organização de acordo com especificações, termos e
condições acordados.
3.8 requisito
necessidade ou expectativa que é declarada, geralmente implícita ou obrigatória.
NOTA 1: "Geralmente implícita" significa que é costume ou prática comum para a organização (3.1) e
partes interessadas (3.2) que a necessidade ou expectativa sob consideração esteja implícita.
NOTA 2: Um requisito especificado é aquele que é declarado, como, por exemplo, em informação
documentada (3.24).
NOTA 3: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO de sistemas
e gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento Consolidado ISO da Diretiva ISO/IEC Parte 1.
NOTA 1: Para os propósitos deste documento, requisitos legais e outros requisitos são aqueles
pertinentes para o sistema de gestão da SST (3.11).
NOTA 3: Requisitos legais e outros requisitos incluem aqueles que determinam as pessoas que são
representantes dos trabalhadores (3.3), de acordo com leis, regulamentos, acordos coletivos e
práticas.
NOTA 1: Um sistema de gestão pode abordar uma única disciplina ou várias disciplinas.
NOTA 4: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO de sistemas
de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento Consolidado ISO da Diretiva ISO/IEC Parte 1. A
Nota 2 foi modificada para esclarecer alguns dos elementos mais amplos de um sistema de gestão.
NOTA 1: Os resultados pretendidos do sistema de gestão da SST são prevenir lesões e doenças (3.18)
dos trabalhadores (3.3) e prover locais de trabalho (3.6) seguros e saudáveis.
NOTA 2: Os termos "segurança e saúde no trabalho" (SST) e "saúde e segurança ocupacional" (SSO)
têm o mesmo significado.
NOTA 1: A Alta Direção tem o poder de delegar e prover recursos na organização, desde que a
responsabilidade final pelo sistema de gestão da SST (3.11) seja mantida.
NOTA 2: Se o escopo do sistema de gestão (3.10) cobrir apenas parte uma organização, então Alta
Direção se refere àqueles que dirigem e controlam aquela parte da organização.
NOTA 3: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO de sistemas
de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento Consolidado ISO da Diretiva ISO/IEC Parte 1. A
Nota 1 foi modificada para esclarecer a responsabilidade da alta direção em relação a um sistema de
gestão da SST.
3.13 eficácia
extensão na qual as atividades planejadas são realizadas e os resultados planejados são alcançados.
NOTA 1: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO de sistemas
de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento Consolidado ISO da Diretiva ISO/IEC Parte 1.
3.14 política
intenções e direcionamento de uma organização como formalmente expresso pela sua Alta Direção
(3.12).
NOTA 1: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO de sistemas
de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento Consolidado ISO da Diretiva ISO/IEC Parte 1.
3.16 objetivo
resultado a ser alcançado
NOTA 3: Um objetivo pode ser expresso de outras formas, por exemplo, como um resultado pretendido,
um propósito, um critério operacional, como um objetivo de SST (3.17), ou pelo uso de outras palavras
com significado similar (por exemplo, finalidade, meta ou alvo).
NOTA 4: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO de sistemas
de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento Consolidado ISO da Diretiva ISO/IEC Parte 1. A
"Nota 4" original foi excluída, pois o termo "objetivo de SST" foi definido separadamente em 3.17.
NOTA 2: O termo “lesão e doença” implica a existência de lesão ou doença, tanto individualmente
quanto em combinação.
3.19 perigo
fonte com potencial para causar lesão e doenças (3.18).
NOTA 1: Perigos podem incluir fontes com potencial para causar danos ou situações perigosas, ou
circunstâncias com potencial de exposição que leve a lesões e doenças.
3.20 risco
efeito da incerteza
NOTA 3: Risco é frequentemente caracterizado pela referência a "eventos" potenciais (como definido
no ISO Guia 73:2009,3.6.1.3), ou uma combinação desses.
NOTA 5: Neste documento, onde o termo "riscos e oportunidades" é usado, isso significa riscos de
SST (3.21), oportunidades de SST (3.22) e outros riscos e outras oportunidades para o sistema de
gestão.
NOTA 6: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO de sistemas
de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento Consolidado ISO da Diretiva ISO/IEC Parte 1. A
3.23 competência
capacidade de aplicar conhecimento e habilidades para alcançar os resultados pretendidos.
NOTA 1: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO de sistemas
de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento Consolidado ISO da Diretiva ISO/IEC Parte 1.
NOTA 1: Informação documentada pode estar em qualquer formato e meio, e pode ser proveniente de
qualquer fonte.
NOTA 3: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO de sistemas
e gestão apresentadas Anexo SL do Suplemento Consolidado ISO da Diretiva ISO/IEC Parte 1. A Nota
1 foi modificada esclarecer tipos de métodos que podem ser usados determinar e avaliar resultados.
3.25 processo
conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas que transformam entradas em saídas.
NOTA 1: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO de sistemas
de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento Consolidado ISO da Diretiva ISO/IEC Parte 1.
3.26 procedimento
forma especificada de executar uma atividade ou um processo (3.25).
3.27 desempenho
resultado mensurável.
NOTA 2: Desempenho pode se relacionar à gestão de atividade, processos (3.25), produtos (incluindo
sistemas ou organizações (3.1).
NOTA 3: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO de sistemas
e gestão apresentadas Anexo SL do Suplemento Consolidado ISO da Diretiva ISO/IEC Parte 1. A Nota
1 foi modificada esclarecer tipos de métodos que podem ser usados determinar e avaliar resultados.
NOTA 1: Uma organização externa está fora do escopo do sistema de gestão (3.10), apesar de a
função ou processo terceirizado estar dentro do escopo.
NOTA 2: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO de sistemas
de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento Consolidado ISO da Diretiva ISO/IEC Parte 1.
3.30 monitoramento
determinação da situação de um sistema, um processo (3.25) ou uma atividade
NOTA 1: Para determinar a situação, pode haver a necessidade de verificar, supervisionar ou observar
criticamente.
NOTA 2: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO de sistemas
de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento Consolidado ISO da Diretiva ISO/IEC Parte 1.
3.31 medição
processo (3.25) para determinar um valor.
NOTA 1: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO de sistemas
de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento Consolidado ISO da Diretiva ISO/IEC Parte 1.
3.32 auditoria
processo (3.25) sistemático, independente e documentado, para obter evidência de auditoria e avaliá-
la objetivamente, para determinar a extensão na qual os critérios de auditoria são atendidos.
NOTA 1: Uma auditoria pode ser uma auditoria interna (primeira parte) ou uma auditoria externa
(segunda parte ou terceira parte) e pode ser uma auditoria combinada (combinando duas ou mais
disciplinas).
NOTA 2: Uma auditoria interna é conduzida pela própria organização (3.1), ou por uma parte externa
em seu nome.
3.33 conformidade
atendimento de um requisito (3.8).
NOTA 1: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO de sistemas
de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento Consolidado ISO da Diretiva ISO/IEC Parte 1.
NOTA 1: Não conformidade refere-se aos requisitos desta norma e de requisitos adicionais do sistema
de gestão da SST (3.11) que uma organização (3.1) estabelece para si mesma.
NOTA 2: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO de sistemas
gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento Consolidado ISO da Diretiva ISO/IEC Parte 1.
NOTA 3: Embora possa haver uma ou mais não conformidades (3.34) relacionadas a um incidente,
um incidente pode também ocorrer onde não existe não conformidade.
3.35 incidente
ocorrência decorrente, ou no decorrer, do trabalho que poderia resultar, ou resulta, em lesão e doença
(3.18).
NOTA 1: Um incidente que ocorre lesão e doença é algumas vezes referido como "acidente".
NOTA 2: Um incidente em que não ocorre lesão e doença, mas tem potencial para causá-la, pode ser
referido como "quase acidente".
NOTA 3: Embora possa haver uma ou mais não conformidades (3.34) relacionadas a um incidente,
um incidente pode também ocorrer onde não existe não conformidade.
NOTA 1: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO de sistemas
gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento Consolidado ISO da Diretiva ISO/IEC Parte 1. A
definição foi modificada referir também a "incidente", uma vez que incidentes são um fator-chave na
segurança e saúde no trabalho, bem como as atividades necessárias para a sua resolução são as
mesmas que para não conformidades, por meio de ação corretiva.
NOTA 1: O aumento do desempenho é relacionado ao uso do sistema de gestão da SST (3.11) para
alcançar a melhoria do desempenho de SST (3.28) global, coerente com a política de SST (3.15) e com
os objetivos de SST (3.17).
NOTA 3: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO de sistemas
de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento Consolidado ISO da Diretiva ISO/IEC Parte 1. A
Nota 1 foi adicionada para esclarecer o significado de "desempenho" no contexto de um sistema de
gestão da SST; a Nota 2 foi adicionada para esclarecer o significado de "contínua".
4 Contexto da organização
4.1 Entendendo a organização e seu contexto
A organização deve determinar questões externas e internas que sejam pertinentes para o seu
propósito e que afetem sua capacidade de alcançar o(s) resultado(s) pretendido(s) de seu sistema de
gestão da SST.
a) as outras partes interessadas, além dos trabalhadores, que sejam pertinentes para o sistema
de gestão da SST;
b) as necessidades e expectativas pertinentes (ou seja, requisitos) dos trabalhadores e de outras
partes interessadas;
c) quais dessas necessidades e expectativas são, ou poderiam se tornar, requisitos legais e
outros requisitos.
O sistema de gestão da SST deve incluir as atividades, produtos e serviços sob o controle ou influência
da organização que podem impactar o desempenho de SST da organização.
NOTA: Embora a responsabilidade e a autoridade possam ser atribuídas, a Alta Direção ainda é, em
última análise, a responsável por prestar contas pelo funcionamento do sistema de gestão da SST.
NOTA 3: Enfatizar a consulta e a participação dos trabalhadores com funções não gerenciais é
destinado a aplicar-se a pessoas que realizam atividades de trabalho, mas não pretende excluir, por
exemplo, gerentes impactados por atividades de trabalho ou outros fatores na organização.
NOTA 4: Reconhece-se que a provisão de treinamento sem custo para os trabalhadores e a provisão
de treinamento durante o horário de trabalho, onde possível, pode remover barreiras significativas à
participação dos trabalhadores.
6 Planejamento
6.1 Ações para abordar riscos e oportunidades
6.1.1 Generalidades
Ao planejar o sistema de gestão da SST, a organização deve considerar as questões referidas em 4.1
(contexto), os requisitos referidos em 4.2 (partes interessadas) e 4.3 (escopo do sistema de gestão da
SST) e determinar os riscos e oportunidades que precisam ser abordados para:
a) assegurar que o sistema de gestão da SST possa alcançar seu(s) resultado(s) pretendido(s);
b) prevenir ou reduzir efeitos indesejados;
c) alcançar a melhoria contínua.
6.1.2.2 Avaliação de riscos de SST e outros riscos para o sistema de gestão da SST
A organização deve estabelecer, implementar e manter processo(s) para:
a) avaliar os riscos de SST a partir dos perigos identificados, levando em consideração a eficácia
A(s) metodologia(s) e os critérios da organização para a avaliação de riscos de SST devem ser
definidos em relação ao seu escopo, natureza e periodicidade, para assegurar que sejam proativos em
vez de reativos, e sejam utilizados de forma sistemática. Informação documentada sobre a(s)
metodologia(s) e os critérios deve ser mantida e retida.
NOTA: Riscos de SST e oportunidades de SST podem resultar em outros riscos e outras oportunidades
para a organização.
A organização deve manter e reter informação documentada sobre seus requisitos legais e outros
requisitos, e deve assegurar que seja atualizada para refletir quaisquer alterações.
NOTA Requisitos legais e outros requisitos podem resultar em riscos e oportunidades para a
organização.
Ao planejar suas ações, a organização deve considerar as melhores práticas, opções tecnológicas e
requisitos financeiros, operacionais e de negócios.
A organização deve manter e reter informação documentada sobre os objetivos de SST e planos para
alcançá-los.
7 Apoio
7.1 Recursos
A organização deve determinar e prover os recursos necessários para o estabelecimento,
implementação, manutenção e melhoria contínua do sistema de gestão da SST.
7.2 Competência
A organização deve:
a) determinar a competência necessária dos trabalhadores que afete ou possa afetar seu
NOTA Ações aplicáveis podem incluir, por exemplo, a provisão de treinamento, o mentoreamento ou
a mudança de atribuições de pessoas empregadas no momento, ou empregar ou contratar pessoas
competentes.
7.3 Conscientização
Os trabalhadores devem estar conscientes:
a) da política de SST e dos objetivos de SST;
b) de sua contribuição para a eficácia do sistema de gestão da SST, incluindo os benefícios de
desempenho de SST melhorado;
c) das implicações e potenciais consequências de não estar conforme com os requisitos do
sistema de gestão da SST;
d) dos incidentes e resultados de investigações que sejam pertinentes para eles;
e) dos perigos, riscos de SST e ações determinadas que sejam pertinentes para eles;
f) da habilidade de retirar-se de situações de trabalho que considerem apresentar uma exposição
ao perigo grave e iminente para sua vida ou saúde, bem como dos arranjos para se protegerem
de consequências indevidas por fazerem isso.
7.4 Comunicação
7.4.1 Generalidades
A organização deve estabelecer, implementar e manter o(s) processo(s) necessário(s) para as
comunicações internas e externas pertinentes para o sistema de gestão da SST, incluindo a
determinação:
a) sobre o que comunicar;
b) quando comunicar;
c) com quem se comunicar:
d) internamente, com os diversos níveis e funções da organização;
e) com contratados e visitantes no local de trabalho;
f) com outras partes interessadas;
g) como comunicar.
A organização deve levar em consideração aspectos de diversidade (por exemplo, gênero, linguagem,
cultura, alfabetização, deficiência) ao considerar suas necessidades de comunicação.
A organização deve assegurar que as opiniões das partes interessadas externas sejam consideradas
no estabelecimento de seu(s) processo(s) de comunicação.
A organização deve reter informação documentada como evidência de suas comunicações, como
apropriado.
NOTA: A extensão da informação documentada para um sistema de gestão da SST pode diferir de
uma organização para outra, devido:
¾ ao porte da organização seu tipo de atividades, processos, produtos e serviços;
¾ à necessidade de demonstrar o atendimento aos seus requisitos legais e outros requisitos;
¾ à complexidade de processos e suas interações;
¾ à competência dos trabalhadores.
A informação documentada de origem externa, determinada pela organização como necessária para
o planejamento e operação do sistema de gestão de SST deve ser identificada, como apropriado, e
controlada.
NOTA 1: Acesso pode implicar uma decisão quanto à permissão para somente ver a informação
documentada, ou a permissão e autoridade para ver e alterar a informação documentada.
NOTA 2: Acesso à informação documentada pertinente inclui o acesso dos trabalhadores e, onde
existam, de representantes dos trabalhadores.
8 Operação
8.1 Planejamento e controle operacionais
8.1.1 Generalidades
A organização deve planejar, implementar, controlar e manter os processos necessários para atender
aos requisitos do sistema de gestão da SST, e para implementar as ações determinadas na Cláusula
6, ao:
a) estabelecer critérios para os processos;
b) implementar controle dos processos, de acordo com os critérios;
c) Manter e reter informação documentada na extensão necessária para ter confiança de que os
processos estejam sendo realizados como planejado;
d) adaptar o trabalho aos trabalhadores.
Em locais de trabalho com vários empregadores, a organização deve coordenar as partes pertinentes
do sistema de gestão da SST com as outras organizações.
NOTA: Em muitos países, os requisitos legais e outros requisitos incluem o requisito de que o
equipamento de proteção individual (EPI) seja fornecido sem custo para os trabalhadores.
8.1.4 Aquisição
8.1.4.1 Generalidades
A organização deve estabelecer, implementar e manter processo (s) para controlar a aquisição de
produtos e serviços, a fim de assegurar sua conformidade com o sistema de gestão da SST.
8.1.4.2 Contratados
A organização deve coordenar seu(s) processo(s) de aquisição com seus contratados, a fim de
identificar perigos e avaliar e controlar os riscos de SST decorrentes das:
a) atividades e operações dos contratados que impactem a organização;
b) atividades e operações da organização que impactem os trabalhadores dos contratados;
c) atividades e operações dos contratados que impactem outras partes interessadas no local de
trabalho.
A organização deve assegurar que os requisitos de seu sistema de gestão da SST sejam atendidos
por contratados e seus trabalhadores. O(s) processo(s) de aquisição da organização deve(m) definir e
aplicar critérios de segurança e saúde no trabalho para a seleção de contratados.
NOTA: Pode ser útil incluir os critérios de segurança e saúde no trabalho para a seleção de contratados
nos documentos contratuais.
8.1.4.3 Terceirização
A organização deve assegurar que funções e processos terceirizados sejam controlados. A
organização deve assegurar que os seus arranjos de terceirização sejam coerentes com os requisitos
legais e outros requisitos e com o alcance dos resultados pretendidos do sistema de gestão da SST.
O tipo e grau de controle a serem aplicados a essas funções e processos devem ser definidos dentro
do sistema de gestão da SST.
NOTA: A coordenação com provedores externos pode ajudar uma organização a abordar qualquer
impacto que a terceirização tenha no seu desempenho de SST.
A organização deve manter e reter informação documentada sobre o(s) processo(s) e sobre os planos
para responder a potenciais emergências.
9 Avaliação de desempenho
9.1 Monitoramento, medição, análise e avaliação de desempenho
9.1.1 Generalidades
A organização deve estabelecer, implementar e manter processo(s) para monitorar, medir, analisar e
avaliar o desempenho.
A organização deve:
a) determinar a frequência e o(s) método(s) para a avaliação do atendimento aos requisitos legais
e outros requisitos;
b) avaliar o atendimento aos requisitos legais e outros requisitos e tomar ações, se necessário
(ver 10.2);
c) manter o conhecimento e o entendimento da situação do atendimento aos seus requisitos
legais e outros requisitos;
d) reter informação documentada do(s) resultado(s) da avaliação do atendimento aos requisitos
legais e outros requisitos.
A Alta Direção deve comunicar as saídas pertinentes das análises críticas pela direção aos
trabalhadores e, onde existam, aos representantes dos trabalhadores (ver 7.4).
A organização deve reter informação documentada como evidência dos resultados das análises
críticas pela direção.
As ações corretivas devem ser apropriadas aos efeitos ou aos potenciais efeitos dos incidentes ou das
não conformidades encontradas.
A organização deve comunicar essa informação documentada aos trabalhadores pertinentes e, onde
existam, aos representantes dos trabalhadores, e outras partes interessadas pertinentes.
NOTA O relato e a investigação de incidentes sem demora injustificada podem permitir que os perigos
sejam eliminados e os riscos de SST associados sejam minimizados o mais rápido possível.
A.1 Generalidades
As informações explicativas fornecidas neste anexo têm por objetivo prevenir uma interpretação
errônea dos requisitos contidos neste documento. Embora estas informações refiram-se e sejam
coerentes com estes requisitos, não se pretende adicionar, subtrair ou, de alguma forma, alterar estes
requisitos.
Os requisitos desta norma precisam ser vistos por uma perspectiva sistemática e convém que não
sejam lidos isoladamente, ou seja, pode haver uma inter-relação entre os requisitos em uma cláusula
com os requisitos em outras seções.
As organizações podem estar sujeitas a requisitos relacionados ao sistema de gestão da SST que
Algumas necessidades e expectativas são obrigatórias por exemplo, em razão de terem sido
incorporadas em leis e regulamentos. A organização pode também decidir voluntariamente aceitar ou
adotar outras necessidades e expectativas (por exemplo, inscrevendo-se uma iniciativa voluntária).
Uma vez que a organização as adota, elas são abordadas no planejamento e estabelecimento do
sistema de gestão da SST.
Convém que o escopo não seja usado para excluir atividades, produtos e serviços que tenham ou
possam impactar o desempenho de SST da organização, ou para evitar seus requisitos legais e outros
requisitos. O escopo é uma declaração real e representativa das operações da organização incluídas
nos limites do seu sistema de gestão da SST, que não convém que induza ao erro as partes
interessadas.
Se esta norma for implementada em parte(s) específica(s) de uma organização, políticas e processos
desenvolvidos por outras partes da organização podem ser usados para atender aos requisitos deste
documento, desde que eles sejam aplicáveis àquela (s) parte (s) específica(s) que estará(ão) sujeita(s)
a eles e que estejam em conformidade com os requisitos deste documento. Exemplos incluem políticas
de SST corporativas, programas de educação, treinamento e competências, e controles de aquisições.
Uma cultura que apoia o sistema de gestão da SST de uma organização é determinada, em grande
parte, pela Alta Direção e é o produto dos valores individuais e coletivos, atitudes, práticas de gestão,
percepções, competências e padrões de atividade que determinam o comprometimento, o estilo e a
proficiência de seu sistema de gestão da SST. Caracteriza-se pela, mas não se limita à, participação
ativa dos trabalhadores, cooperação e comunicações baseadas na confiança mútua, nas percepções
compartilhadas da importância do sistema de gestão da SST pelo envolvimento ativo na detecção de
oportunidades de SST e na confiança na eficácia das medidas de proteção e prevenção.
Uma maneira importante pela qual a Alta Direção demonstra liderança é incentivando os trabalhadores
a relatar incidentes, perigos, riscos e oportunidades, e protegendo os trabalhadores contra represálias,
como ameaça de demissão ou ação disciplinar, quando os relatarem.
Esses compromissos são refletidos nos processos estabelecidos pela organização para abordar os
requisitos específicos deste documento, para assegurar um sistema de gestão da SST robusto,
acreditável e confiável.
O termo “minimizar” é usado em relação aos riscos de SST para estabelecer as aspirações da
organização para o seu sistema de gestão da SST. O termo “reduzir” é usado para descrever o
processo para alcançar isso.
Ao desenvolver sua política de SST, convém que uma organização considere sua consistência e
coordenação com outras políticas.
Embora a Alta Direção tenha responsabilidade e autoridade para o sistema de gestão da SST, todas as
pessoas no local de trabalho precisam levar em consideração não só a sua própria saúde e segurança,
mas também a saúde e a segurança de outras pessoas.
A Alta Direção responsabilizar-se por prestar contas significa ter que reportar-se por decisões e
atividades a órgãos de governança da organização, a autoridades legais e, mais amplamente, às suas
partes interessadas. Significa ter a responsabilidade final e se relaciona à pessoa que é
responsabilizada se algo não é feito, se não é feito corretamente, se não funciona ou falha em alcançar
seu objetivo.
Convém que os trabalhadores sejam permitidos a relatar situações perigosas para que ações possam
ser tomadas. Convém que eles sejam capazes de relatar preocupações às autoridades responsáveis,
como requerido, sem a ameaça de demissão, ação disciplinar ou outras represálias.
Consulta implica uma comunicação bidirecional envolvendo diálogo e trocas. A consulta envolve a
provisão oportuna das informações necessárias para os trabalhadores e, onde existam, para os
representantes dos trabalhadores, para fornecer retroalimentação fundamentada a ser considerada
pela organização antes de tomar uma decisão.
A participação permite que os trabalhadores contribuam para processos de tomada de decisão sobre
medidas de desempenho de SST e mudanças propostas.
O recebimento de sugestões será mais eficaz se os trabalhadores não temerem ameaça de demissão,
ação disciplinar ou outras represálias ao fazerem sugestões.
A.6 Planejamento
A.6.1 Ações para abordar riscos e oportunidades
A.6.1.1 Generalidades
Planejamento não é um evento único, mas um processo contínuo, antecipando mudanças nas
circunstâncias e determinando continuamente riscos e oportunidades, tanto para os trabalhadores
como para o sistema de gestão da SST.
Os efeitos indesejáveis podem incluir lesão e doença relacionada ao trabalho, não atendimento aos
requisitos legais e outros requisitos, ou dano à reputação.
Oportunidades de SST abordam a identificação de perigos, como eles são comunicados e a análise e
mitigação de perigos conhecidos. outras oportunidades abordam estratégias de melhoria do sistema.
Embora esta norma não aborde a segurança de produtos (ou seja, a segurança dos usuários finais de
produtos), convém que sejam considerados os perigos para os trabalhadores durante a manufatura,
construção, montagem ou teste de produtos.
Os perigos podem ser físicos, químicos, biológicos, psicossociais, mecânicos, elétricos ou baseados
em movimentos e energia.
NOTA A numeração dos itens a seguir da lista a) a f) não corresponde rigorosamente à numeração
dos itens da lista fornecida em 6.1.2.1.
A.6.1.2.2 Avaliação de riscos de SST e outros riscos para o sistema de gestão da SST
Uma organização pode usar diferentes métodos para avaliar os riscos de SST como parte de sua
estratégia global para abordar diferentes perigos ou atividades. O método e a complexidade da
avaliação não dependem do tamanho da organização, mas dos perigos associados às atividades da
organização.
Convém que outros riscos para o sistema de gestão da SST também sejam avaliados usando métodos
apropriados.
Convém que os processos para a avaliação de riscos para o sistema de gestão da SST considerem
as operações e decisões do dia-a-dia (por exemplo, picos no fluxo de trabalho, reestruturação), bem
como questões externas (por exemplo, mudanças econômicas). Metodologias podem incluir consulta
continua aos trabalhadores afetados por atividades do dia-a-dia (por exemplo, mudanças na carga de
trabalho), monitoramento e comunicação de novos requisitos legais e outros requisitos (por exemplo,
reforma regulatória, revisões de acordos coletivos sobre segurança e saúde no trabalho), assegurando
que os recursos atendam às necessidades existentes e mudanças nas necessidades (por exemplo,
Quando a avaliação de riscos de SST e outros riscos identifica a necessidade de controles, a atividade
de planejamento determina como estes são implementados na operação (ver cláusula 8), por exemplo,
determina se incorpora tais controles em instruções de trabalho ou em ações para melhorar a
competência. Outros controles podem assumir a forma de medição ou monitoramento (ver cláusula 9).
Convém que as ações para abordar riscos e oportunidades também sejam consideradas na gestão de
mudanças (ver 8.1.3), para assegurar que não haja consequências não intencionais resultantes.
A medição dos objetivos de SST pode ser qualitativa ou quantitativa. Medidas qualitativas podem ser
aproximações, como aquelas obtidas de pesquisas com questionários, entrevistas e observações. A
organização não é requerida a estabelecer objetivos de SST para todos os riscos e oportunidades que
ela determina.
Convém que a organização examine os recursos requeridos (por exemplo, recursos financeiros,
recursos humanos, equipamentos, recursos de infraestrutura) para alcançar seus objetivos.
Quando praticável, convém que cada objetivo seja associado a um indicador estratégico, tático ou
operacional.
A.7 Apoio
A.7.1 Recursos
Exemplos de recursos incluem recursos humanos, recursos naturais, recursos de infraestrutura,
recursos tecnológicos e recursos financeiros.
A.7.2 Competência
Convém que a competência dos trabalhadores inclua conhecimentos e habilidades necessárias para
identificar adequadamente os perigos e lidar com os riscos de SST associados ao seu trabalho e ao
seu local de trabalho.
Ao determinar a competência para cada papel, convém que a organização leve em consideração itens
como:
a) educação, treinamento, qualificação e experiência necessária para desempenhar o papel, e o
retreinamento necessário para manter a competência;
b) o ambiente de trabalho;
c) medidas preventivas e de controle resultantes do (s) processo (s) de avaliação de riscos;
d) requisitos aplicáveis ao sistema de gestão da SST;
e) requisitos legais e outros requisitos;
f) a política de SST;
Em muitos países, é um requisito legal prover treinamento sem nenhum custo para os trabalhadores.
A.7.3 Conscientização
Convém que, além dos trabalhadores (especialmente dos trabalhadores temporários), os contratados,
os visitantes e quaisquer outras partes estejam cientes dos riscos de SST aos quais estão expostos.
A.7.4 Comunicação
Convém que o (s) processo (s) de comunicação estabelecido (s) pela organização proveja (m) a coleta,
atualização e divulgação de informações. Convém que assegure (m) que a informação pertinente seja
fornecida, seja recebida e seja compreensível para todos os trabalhadores e partes interessadas
pertinentes.
Convém que isso inclua informação documentada sobre o planejamento para abordar requisitos legais
e outros requisitos e para avaliações da eficácia dessas ações.
As ações descritas em 7.5.3 são particularmente destinadas a prevenir o uso não intencional de
informação documentada obsoleta.
A.8 Operação
A.8.1 Planejamento e controle operacionais
A.8.1.1 Generalidades
Planejamento e controle operacionais dos processos precisam ser estabelecidos e implementados,
como necessário, para melhorar a segurança e a saúde no trabalho, por meio da eliminação de perigos
ou, se não for praticável, por meio da redução dos riscos de SST para níveis tão baixos quanto
razoavelmente praticáveis para áreas e atividades operacionais.
São fornecidos exemplos a seguir para ilustrar medidas que podem ser implementadas em cada nível.
a) Eliminação: remover o perigo; parar de usar produtos químicos perigosos; aplicar abordagens
de ergonomia ao planejar novos locais de trabalho; eliminar trabalho monótono ou trabalho que
causa estresse negativo; remover empilhadeira de uma área;
b) Substituição: substituir itens perigosos por menos perigosos; mudar o atendimento de
reclamações de clientes para orientações online; atacar riscos de SST na fonte; adaptar-se ao
progresso técnico (por exemplo, substituir tinta à base de solvente por tinta à base de água;
alterar o material de um piso escorregadio; reduzir os requisitos de tensão para equipamentos);
c) Controles de engenharia, reorganização do trabalho, ou ambos: isolar pessoas do perigo;
implementar medidas de proteção coletiva (por exemplo, isolamento, proteção de máquinas,
sistemas de ventilação); abordar o manuseio mecânico; reduzir o ruído; proteger contra quedas
de altura usando guarda-corpos; reorganizar o trabalho para evitar que as pessoas trabalhem
sozinhas, que tenham horário e carga de trabalho não saudáveis, ou para prevenir a
vitimização;
d) Controles administrativos, incluindo treinamento: conduzir inspeções periódicas de
equipamentos de segurança; realizar treinamentos para prevenir o bullying e assédio; gerenciar
a coordenação da segurança e saúde com as atividades dos subcontratados; conduzir
treinamentos de integração; gerir a habilitação de operadores de empilhadeiras; prover
instruções sobre como relatar incidentes, não conformidades e vitimizações sem receio de
punição; mudar os padrões de trabalho (por exemplo, turnos) dos trabalhadores; gerenciar um
programa de vigilância em saúde para os trabalhadores identificados de estarem em risco (por
exemplo, relacionados à audição, vibração do sistema mão-braço, enfermidades respiratórias,
enfermidades ou exposições da pele); fornecer instruções apropriadas aos trabalhadores (por
exemplo, processos de controle de entrada);
e) Equipamento de proteção individual (EPI): prover EPI adequado, incluindo roupas e instruções
para a utilização e manutenção do EPI (por exemplo, calçados de segurança, óculos de
segurança, protetores auriculares, luvas).
A.8.1.4 Aquisição
A.8.1.4.1 Generalidades
Convém que o(s) processo(s) de aquisição seja(m) usado(s) para determinar, avaliar e eliminar
perigos, e para reduzir os riscos de SST associados a, por exemplo, produtos, materiais ou substâncias
perigosas, matérias-primas, equipamentos ou serviços, antes de sua introdução no local de trabalho.
Convém que o(s) processo(s) de aquisição da organização aborde(m) requisitos que incluam, por
exemplo, suprimentos, equipamentos, matérias-primas e outros bens e serviços relacionados
adquiridos pela organização, para estarem em conformidade com o sistema de gestão da SST da
organização. Convém que o(s) processo(s) também aborde(m) quaisquer necessidades de consulta
(ver 5. 4) e comunicação (ver 7. 4).
Convém que a organização verifique se os equipamentos, instalações e materiais são seguros para uso
dos trabalhadores, assegurando que:
a) equipamentos sejam entregues de acordo com as especificações e sejam testados para
assegurar que funcionem como pretendido;
b) instalações sejam comissionadas para assegurar que funcionem como projetado;
c) materiais sejam entregues de acordo com suas especificações;
d) quaisquer requisitos de uso, precauções ou outras medidas de proteção sejam comunicados e
tornados acessíveis.
A.8.1.4.2 Contratados
A necessidade de coordenação reconhece que alguns contratados (ou seja, provedores externos)
tenham conhecimentos, habilidades, métodos e meios especializados.
Uma organização pode alcançar a coordenação das atividades com seus contratados por meio do uso
de contratos que definam claramente as responsabilidades das partes envolvidas. Uma organização
pode usar uma variedade de ferramentas para assegurar o desempenho de SST dos contratados no
local de trabalho (por exemplo, mecanismos de adjudicação de contratos ou critérios de pré-
qualificação que considerem o desempenho passado de segurança e saúde, treinamento de
segurança ou capacitação em segurança e saúde, bem como requisitos contratuais diretos).
Ao coordenar-se com contratados, convém que a organização considere o relato de perigos entre a
própria organização e seus contratados, o controle de acesso dos trabalhadores a áreas perigosas, e
os procedimentos a serem observados em emergências. Convém que a organização especifique como
Convém que a organização verifique se os contratados são capazes de executar suas tarefas antes de
serem autorizados a prosseguir com seu trabalho; por exemplo, ao verificar que:
a) registros de desempenho de SST são satisfatórios;
b) critérios de qualificação, experiência e competência para os trabalhadores são especificados e
têm sido atendidos (por exemplo, por meio de treinamento);
c) recursos, equipamentos e preparação do trabalho são adequados e estão prontos para o
trabalho prosseguir.
A.8.1.4.3 Terceirização
Ao terceirizar, a organização precisa ter controle das funções e processos terceirizados para alcançar
o(s) resultado(s) pretendido(s) do sistema de gestão da SST. Nas funções e processos terceirizados,
a responsabilidade pelo atendimento aos requisitos desta norma é retida pela organização.
Convém que a organização estabeleça a extensão do controle sobre a(s) função(ões) ou processo(s)
terceirizado(s) com base em fatores como:
¾ a capacidade de a organização externa atender aos requisitos do sistema de gestão da SST
da organização;
¾ a competência técnica da organização para definir controles apropriados ou avaliar a
adequação de controles;
¾ o efeito potencial que a função ou processo terceirizado terá sobre a capacidade de a
organização alcançar o resultado pretendido de seu sistema de gestão da SST;
¾ a extensão na qual a função ou processo terceirizado é compartilhado;
¾ a capacidade de a organização alcançar o controle necessário por meio da aplicação de seu
processo de aquisição;
¾ oportunidades para melhoria.
Em alguns países, requisitos legais abordam funções ou processos terceirizados.
Medição geralmente envolve a atribuição de números a objetos ou eventos. É a base para dados
quantitativos e geralmente está associada à avaliação de desempenho de programas de segurança e
vigilância em saúde. Exemplos incluem o uso de equipamentos calibrados ou verificados para medir a
exposição a uma substância perigosa ou o cálculo da distância segura de um perigo.
Análise é o processo de examinar dados para revelar relacionamentos, padrões e tendências. Isso pode
significar o uso de operações estatísticas, incluindo informações sobre outras organizações similares,
para ajudar a tirar conclusões dos dados. Esse processo é mais frequentemente associado a atividades
de medição.
Os tópicos da análise crítica pela direção, listados em 9.3 a) a g), não precisam ser abordados de uma
única vez, convém que a organização determine quando e como os tópicos da análise crítica pela
direção serão abordados.
A.10 Melhoria
A.10.1 Generalidades
Convém que a organização considere os resultados da análise e avaliação do desempenho de SST,
avaliação do atendimento aos requisitos legais e outros requisitos, auditorias internas e análise crítica
pela direção, ao tomar ação de melhoria.
Exemplos de melhoria incluem ação corretiva, melhoria continua, mudança inovadora, inovação e
reorganização.
Exemplos de incidentes, não conformidades e ações corretivas podem incluir, mas não estão limitados
a:
a) incidentes: queda de mesmo nível com ou sem lesão, fratura em membros inferiores,
asbestose, perda auditiva, danos a edifícios ou veículos que possam levar a riscos de SST;
Analisar criticamente a eficácia de ações corretivas [ver 10.2 f] refere-se à extensão na qual as ações
corretivas implementadas controlam adequadamente a(s) causa(s)-raiz(es).
E
Eficácia (3.13) R
Requisito (3.8)
Requisitos legais e outros requisitos (3.9) Risco
I (3.20)
Incidente (3.35) Risco de segurança e saúde no trabalho (3.11)
Informação documentada (3.24)
S
L Sistema de gestão (3.10)
Lesões e doenças (3.18) Local de trabalho (3.6) Sistema de gestão de segurança e saúde no
trabalho (3.11)
M
Medição (3.31) T
Melhoria contínua (3.37) Terceirizar (3.29)
Monitoramento (3.30) Trabalhador (3.3)
N
Não conformidade (3.34)