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TUDO O QUE PRECISA DE SABER PARA GERIR A MANUTENÇÃO DE QUALQUER


ORGANIZAÇÃO QUE TENHA A SEU CARGO ATIVOS FÍSICOS
E PARA ORGANIZAR E IMPLEMENTAR O SEU SISTEMA DE GESTÃO.

Nesta 4.ª edição atualizam-se muitos normativos, nomeadamente o da terminologia e o dos


indicadores de manutenção, e aprofundam-se temas-chave, como a gestão energética, o controlo
sanitário e as novas tecnologias de informação. Com o contributo de novos autores, transmite-se
uma visão moderna e atualizada da gestão da manutenção das organizações que se pretendem
competitivas e sustentáveis.
Abordam-se os conceitos fundamentais da manutenção moderna, com destaque para os mais
recentes normativos da manutenção industrial, gestão de edifícios e áreas relacionadas, como a
gestão da energia, ambiente, segurança anti-incêndio e anti-hostilidade, prevenção epidemiológica
e Legionella, numa perspetiva objetiva e sustentada na experiência prática dos autores.
Trata-se de uma obra de referência para qualquer interessado no tema da manutenção e uma ótima
contribuição para o desempenho competente da gestão dos ativos das organizações.

O livro cobre os seguintes temas:


Introdução à gestão da manutenção;
C Indicadores de gestão;
M
Sistemas informáticos de apoio;
Organização do sistema de gestão da manutenção;
Organização, gestão e aprovisionamento dos materiais de manutenção;
Y

CM
Gestão dos trabalhos;
MY Gestão técnica de edifícios;
CY Controlo dos custos e orçamento;
CMY
Implementação do sistema de gestão.
K
Esta obra inclui ainda um Glossário de Termos Correspondentes em português europeu
e português do Brasil, bem como o respetivo termo em inglês.

COORDENADOR E AUTORES
Autor das edições anteriores e coordenador da atual, José Paulo Saraiva Cabral é engenheiro naval pela University of
Strathclyde, em Glasgow. Foi, durante anos, professor na Escola Náutica Infante Dom Henrique e fundou a empresa
Navaltik Portugal. Nesta 4.ª edição de Gestão da Manutenção de Equipamentos, Instalações e Edifícios, coordenou as
contribuições dos novos autores: José Casimiro Fernandes (técnico de organização industrial, FORINO) | Rodrigo Seruya
Cabral (gestor, ISEG) | Alexandre Carvalho (técnico de organização industrial, FORINO) | Pedro Cabral (gestor, ISEG)
| Claudia Corniciuc (engenheira do ambiente, Universidade do Algarve) | João Nunes Marques (engenheiro civil,
Universidade Nova de Lisboa) | Hugo Madeira Cardoso (engenheiro mecânico, ISEL Lisboa) | Sara Martins (engenheira
civil, ISEL Lisboa)
www.lidel.pt

ISBN 978-989-752-476-9

9 789897 524769
Índice

AUTORES........................................................................................................................................................... XI
NOTA DO COORDENADOR ........................................................................................................................ XV

1 INTRODUÇÃO À GESTÃO DA MANUTENÇÃO ............................................................................... 1


1.1 A manutenção .................................................................................................................................... 2
1.2 A gestão................................................................................................................................................ 4
1.3 Gestão da manutenção ................................................................................................................... 5
1.4 Custos de manutenção ................................................................................................................... 5
1.5 Ambiente, segurança e qualidade na manutenção .............................................................. 7
1.5.1 Ambiente ................................................................................................................................... 7
1.5.2 Segurança e saúde no trabalho .......................................................................................... 8
1.5.3 Requisitos legais e de qualidade ........................................................................................ 8
1.6 Normas em geral ............................................................................................................................... 9
1.7 Normas de manutenção ................................................................................................................. 11
1.7.1 Norma da terminologia de manutenção EN 13306 ..................................................... 11
1.7.2 Norma dos indicadores de manutenção EN 15341 ..................................................... 11
1.7.3 Norma dos contratos de manutenção EN 13269 ......................................................... 13
1.7.4 Norma da documentação de manutenção EN 13460................................................. 13
1.7.5 Norma de manutenção na gestão de ativos EN 16646 .............................................. 13
1.7.6 Norma de serviços de manutenção em edifícios EN 15331 ...................................... 13
1.7.7 Outras normas de manutenção .......................................................................................... 14
1.7.8 Norma de gestão da energia ISO 50001 .......................................................................... 14
1.7.9 Norma de gestão de ativos ISO 55001 ............................................................................. 15
1.7.10 Norma de gestão de instalações ISO 41012................................................................. 15
1.8 Objetivos e expetativas da gestão da manutenção .............................................................. 15
1.8.1 Primeiro objetivo ..................................................................................................................... 16
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1.8.2 Alguns factos e números ...................................................................................................... 16

2 TERMINOLOGIA, DEFINIÇÕES E CONCEITOS ................................................................................ 19


2.1 Conceitos fundamentais ................................................................................................................. 20
2.2 Termos relativos aos bens .............................................................................................................. 22
2.2.1 Bem .............................................................................................................................................. 22
2.2.2 Ativo físico ................................................................................................................................. 23
IV Gestão da Manutenção de Equipamentos, Instalações e Edifícios

2.2.3 Consumíveis, sobressalentes e rotáveis........................................................................... 23


2.3 Propriedades dos bens .................................................................................................................... 25
2.3.1 Fiabilidade ................................................................................................................................. 25
2.3.2 Manutibilidade ......................................................................................................................... 25
2.3.3 Disponibilidade ........................................................................................................................ 26
2.3.4 Redundância ............................................................................................................................. 27
2.3.5 Vida útil ....................................................................................................................................... 27
2.3.6 Taxa média de avarias ............................................................................................................ 27
2.3.7 Ciclo de vida .............................................................................................................................. 28
2.3.8 Obsolescência........................................................................................................................... 28
2.4 Avarias e acontecimentos .............................................................................................................. 28
2.4.1 Avaria........................................................................................................................................... 28
2.4.2 Modo de avaria ........................................................................................................................ 30
2.4.3 Degradação ............................................................................................................................... 30
2.4.4 Critérios de avaria.................................................................................................................... 30
2.5 Estados de avaria e estado dos bens .......................................................................................... 30
2.5.1 Estados de indisponibilidade .............................................................................................. 30
2.5.2 Estados de disponibilidade .................................................................................................. 31
2.5.3 Outros estados dos bens ...................................................................................................... 32
2.6 Tipos e estratégias de manutenção ............................................................................................ 32
2.6.1 Manutenção programada .................................................................................................... 32
2.6.2 Manutenção não programada ............................................................................................ 35
2.7 Atividades de manutenção ............................................................................................................ 36
2.7.1 Inspeção ..................................................................................................................................... 36
2.7.2 Controlo de condição ............................................................................................................ 36
2.7.3 Ensaio final de funcionamento ........................................................................................... 37
2.7.4 Manutenção de rotina ........................................................................................................... 37
2.7.5 Revisão ........................................................................................................................................ 37
2.7.6 Restabelecimento ................................................................................................................... 38
2.7.7 Reparação .................................................................................................................................. 38
2.7.8 Preparação de trabalho ......................................................................................................... 38
2.8 Termos relativos ao tempo ............................................................................................................ 39
2.8.1 Tempos de disponibilidade e de indisponibilidade .................................................... 39
2.8.2 Tempo de funcionamento ................................................................................................... 41
2.8.3 Tempo requerido .................................................................................................................... 41
2.8.4 Tempos de manutenção ....................................................................................................... 43
2.8.5 Outros tempos em manutenção ........................................................................................ 45
2.9 Logística e ferramentas de manutenção ................................................................................... 45
2.9.1 Logística de manutenção ..................................................................................................... 45
2.9.2 Escalão de manutenção ........................................................................................................ 45
2.9.3 Cadastro dos bens................................................................................................................... 45
2.9.4 Documentação de manutenção: ordem de trabalho, pedidos e outros .............. 46
2.10 Indicadores técnicos e económicos ......................................................................................... 46
2.10.1 Custo do ciclo de vida....................................................................................................... 46
2.10.2 Tempo médio de funcionamento entre avarias ...................................................... 47
2.10.3 Tempo médio entre avarias ............................................................................................ 47
2.10.4 Tempo médio de reparação ........................................................................................... 47
2.10.5 Tempo médio para restabelecimento......................................................................... 47
2.11 Outros elementos de rigor na linguagem e na expressão ................................................ 48
2.11.1 Avisos e observações de segurança............................................................................. 48
Índice V

2.11.2 Graus de urgência .............................................................................................................. 48


2.12 Implicações da nova terminologia e simbologia .................................................................. 49

3 INDICADORES DE GESTÃO DA MANUTENÇÃO............................................................................ 53


3.1 Porquê indicadores na gestão da manutenção? .................................................................... 53
3.1.1 O que é um indicador ............................................................................................................ 53
3.1.2 Cinco regras para tirar partido dos indicadores............................................................ 54
3.2 Fatores para cálculo de indicadores ........................................................................................... 55
3.2.1 Fatores relacionados com o tempo .................................................................................. 55
3.2.2 Fatores relacionados com esforço horas.homem ........................................................ 59
3.2.3 Fatores relacionados com quantidades ou número de eventos............................. 60
3.2.4 Fatores relacionados com custos....................................................................................... 61
3.2.5 Fatores relacionados com valores ..................................................................................... 63
3.3 Tempos de funcionamento e contadores................................................................................. 63
3.3.1 Funcionamento entre datas com registos regulares .................................................. 63
3.3.2 Funcionamento baseado em registos irregulares ....................................................... 65
3.3.3 Projeções de funcionamento .............................................................................................. 66
3.4 Indicadores teóricos de manutenção ......................................................................................... 67
3.4.1 Taxa de avarias ......................................................................................................................... 67
3.4.2 Tempo médio entre avarias ................................................................................................. 69
3.4.3 Tempo médio de funcionamento entre avarias ........................................................... 71
3.4.4 Tempo médio de reparação ................................................................................................ 72
3.4.5 Tempo médio de restabelecimento ................................................................................. 73
3.4.6 Tempo médio de espera ....................................................................................................... 73
3.4.7 Utilização prática dos indicadores teóricos de manutenção.................................... 74
3.5 Conceito das análises ABC ............................................................................................................. 75
3.6 Indicadores normalizados de manutenção .............................................................................. 77
3.6.1 Indicadores económicos (exemplos) ................................................................................ 78
3.6.2 Indicadores técnicos (exemplos)........................................................................................ 79
3.6.3 Exemplos de indicadores organizacionais...................................................................... 80
3.6.4 Fatores que intervêm nos indicadores............................................................................. 80
3.7 Análises gráficas evolutivas ........................................................................................................... 84
3.7.1 Análise de acontecimentos.................................................................................................. 84
3.7.2 Análise de esforço ................................................................................................................... 85
3.8 Análises de incidência ..................................................................................................................... 85
3.9 Em conclusão: que indicadores utilizar? ................................................................................... 85

4 SISTEMAS INFORMÁTICOS NA MANUTENÇÃO ........................................................................... 87


4.1 Software de gestão de manutenção ........................................................................................... 87
4.2 Informatização da manutenção e o fascínio pela tecnologia ............................................... 90
4.3 Etiquetagem dos equipamentos e as novas tecnologias .................................................... 91
4.3.1 Código de barras ..................................................................................................................... 92
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4.3.2 QR Code ....................................................................................................................................... 93


4.3.3 Etiqueta NFC ............................................................................................................................. 93
4.4 Mobilidade e gestão da manutenção sem papel ................................................................... 95
4.5 Interfaces gestão de manutenção/gestão administrativa ..................................................... 97
4.6 Internet das coisas ............................................................................................................................ 99
4.6.1 O que é a Internet das coisas? ............................................................................................. 99
VI Gestão da Manutenção de Equipamentos, Instalações e Edifícios

4.6.2 Internet das coisas na manutenção .................................................................................. 100


4.6.3 O futuro da Internet das coisas ........................................................................................... 101

5 ORGANIZAR O SISTEMA DE GESTÃO ............................................................................................... 103


5.1 Elementos da empresa .................................................................................................................... 104
5.1.1 Área de intervenção técnica ................................................................................................ 104
5.1.2 Custo hora.homem ................................................................................................................. 104
5.1.3 Pessoal ........................................................................................................................................ 107
5.1.4 Fornecedores ............................................................................................................................ 107
5.2 Custeio .................................................................................................................................................. 108
5.2.1 Centros de custo ...................................................................................................................... 108
5.2.2 Rubricas ...................................................................................................................................... 108
5.3 Organização do parque objeto de manutenção .................................................................... 109
5.3.1 Organização funcional........................................................................................................... 112
5.3.2 Norma de codificação dos objetos de manutenção.................................................... 112
5.3.3 Famílias de equipamentos ................................................................................................... 114
5.4 Tipificação dos trabalhos de manutenção................................................................................ 114
5.5 Norma de codificação de materiais............................................................................................. 115
5.6 Outros elementos da organização .............................................................................................. 116

6 REGISTO DOS BENS E PLANOS DE PREVENTIVA......................................................................... 119


6.1 Conceitos associados aos bens .................................................................................................... 119
6.2 Registo de objetos de manutenção ............................................................................................ 120
6.3 Informação associada a um objeto de manutenção ............................................................. 123
6.3.1 Documentação técnica de manutenção ......................................................................... 123
6.3.2 Associação de documentação técnica ao registo do objeto .................................... 124
6.3.3 Cenário operacional ............................................................................................................... 124
6.3.4 Sobressalentes aplicáveis ..................................................................................................... 124
6.4 Metodologia para preparação do plano de manutenção ................................................... 125
6.5 Algumas questões práticas ao planear a manutenção ........................................................ 126
6.5.1 Descrição das tarefas na FMP .............................................................................................. 126
6.5.2 Previsões no planeamento................................................................................................... 127
6.5.3 Quando não se dispõe de informação detalhada ........................................................ 128
6.5.4 Periodicidade da manutenção sistemática .................................................................... 128
6.5.5 Que trabalhos documentar? ................................................................................................ 129
6.6 Biblioteca de preparações .............................................................................................................. 129
6.7 Rotinas de inspeção tipo “passeio” ............................................................................................. 130

7 PROGRAMAÇÃO E GESTÃO DOS TRABALHOS ............................................................................ 133


7.1 Definições ............................................................................................................................................ 133
7.2 Gestão dos trabalhos ....................................................................................................................... 136
7.3 Trabalhos programados.................................................................................................................. 140
7.3.1 Ordem de trabalho sistemática .......................................................................................... 140
7.3.2 Rotina de inspeção tipo “passeio” ..................................................................................... 142
7.3.3 Ordem de trabalho preventiva condicionada ............................................................... 144
7.4 Trabalhos não programados ......................................................................................................... 144
7.4.1 Reparação .................................................................................................................................. 144
7.4.2 Reparação urgente ................................................................................................................. 145
7.5 Sintomas, órgãos e causas das avarias ....................................................................................... 145
7.6 Pedidos à manutenção.................................................................................................................... 146
Índice VII

7.7 Reportar o esforço de mão de obra ............................................................................................ 149


7.8 Reportar/imputar peças e materiais utilizados ....................................................................... 150
7.9 Registar outros recursos nos trabalhos...................................................................................... 150
7.10 Reportar a realização e os tempos ............................................................................................ 151
7.11 Registos de funcionamento dos equipamentos .................................................................. 152

8 NORMA DE CODIFICAÇÃO DE MATERIAIS ..................................................................................... 155


8.1 Definições ............................................................................................................................................ 155
8.2 Requisitos da gestão dos materiais de manutenção ............................................................ 156
8.3 Norma de codificação de materiais............................................................................................. 156
8.3.1 Classes ......................................................................................................................................... 157
8.3.2 Famílias e subfamílias ............................................................................................................ 158
8.3.3 Designações e informação associada aos artigos ........................................................ 162
8.4 Eleição dos artigos do ficheiro-mestre....................................................................................... 162
8.5 Consumo de materiais na manutenção .................................................................................... 163

9 GESTÃO DO ARMAZÉM .......................................................................................................................... 167


9.1 Definições ............................................................................................................................................ 167
9.2 Funções da gestão do armazém .................................................................................................. 169
9.2.1 Operacionais ............................................................................................................................. 169
9.2.2 Gestão ......................................................................................................................................... 169
9.3 Arrumação física ................................................................................................................................ 170
9.3.1 Localização dos artigos no armazém................................................................................ 170
9.3.2 Etiquetagem ............................................................................................................................. 171
9.4 Receção física de materiais ............................................................................................................ 171
9.5 Entradas para armazém .................................................................................................................. 172
9.6 Saídas de armazém ........................................................................................................................... 174
9.6.1 Processo normal ...................................................................................................................... 174
9.6.2 Saídas simplificadas um a um ............................................................................................. 175
9.7 Eleição dos artigos de armazém e definição de quantidades ............................................ 176
9.8 Artigos recondicionados................................................................................................................. 177
9.9 Inventário ............................................................................................................................................. 178
9.10 Informação e análises da gestão de stocks............................................................................. 178

10 APROVISIONAMENTOS À MANUTENÇÃO ................................................................................... 181


10.1 Definições ....................................................................................................................................... 182
10.2 Processo de encomenda ........................................................................................................... 183
10.3 Fornecedores................................................................................................................................. 183
10.4 Contratos de manutenção ........................................................................................................ 185
10.4.1 Elementos gerais ............................................................................................................. 186
10.4.2 Âmbito das tarefas .......................................................................................................... 186
10.4.3 Disposições técnicas....................................................................................................... 186
10.4.4 Disposições comerciais.................................................................................................. 187
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10.4.5 Disposições organizacionais ........................................................................................ 187


10.4.6 Disposições legais e jurídicas ...................................................................................... 188
10.4.7 Contratar fora ou fazermos nós? ................................................................................ 188
10.5 Aprovisionamento de materiais.............................................................................................. 189
10.5.1 Quando encomendar ..................................................................................................... 189
10.5.2 Que quantidade encomendar ..................................................................................... 189
10.5.3 Modalidades de fornecimento.................................................................................... 191
VIII Gestão da Manutenção de Equipamentos, Instalações e Edifícios

11 CONTROLO DE CUSTOS DE MANUTENÇÃO ............................................................................... 193


11.1 Os custos da manutenção ......................................................................................................... 193
11.1.1 Conceito normalizado do custo de manutenção ................................................. 194
11.1.2 Custos invisíveis ............................................................................................................... 195
11.2 Apuramento dos custos............................................................................................................. 195
11.2.1 Custos de mão de obra .................................................................................................. 195
11.2.2 Custos de materiais......................................................................................................... 196
11.2.3 Custo dos serviços ........................................................................................................... 197
11.2.4 Custos de indisponibilidade ........................................................................................ 197
11.3 Orçamentos de manutenção ................................................................................................... 198
11.3.1 Estrutura de rubricas e centros de custo ................................................................. 199
11.3.2 Estimativas de custo para o orçamento ................................................................... 200
11.3.3 Estruturar o orçamento ................................................................................................. 201
11.3.4 Custear a manutenção ................................................................................................... 203
11.3.5 Relatórios do controlo orçamental ............................................................................ 203
11.4 Custos de manutenção, contabilidade e fiscalidade ....................................................... 205
11.4.1 Custos da mão de obra interna de manutenção .................................................. 206
11.4.2 Custos de materiais......................................................................................................... 206
11.4.3 Equipamentos e objetos de manutenção ............................................................... 207
11.4.4 Artigos recondicionados ............................................................................................... 208
11.5 A manutenção e a contabilidade no dia a dia .................................................................... 209
11.5.1 Prestação de serviços de manutenção ..................................................................... 209
11.5.2 Contratação de serviços de pessoal exterior.......................................................... 209
11.5.3 Custo do pessoal interno de manutenção .............................................................. 210
11.5.4 Aquisição de peças para armazém ............................................................................ 210
11.5.5 Aquisição de um equipamento .................................................................................. 211

12 GESTÃO TÉCNICA DE EDIFÍCIOS ...................................................................................................... 215


12.1 Requisitos técnicos e legais na gestão de edifícios .......................................................... 216
12.1.1 Definições, abreviaturas e siglas................................................................................. 216
12.1.2 Filosofia da diretiva EPBD de 09/07/2018 sobre energia ................................... 219
12.1.3 ISO 50001:2008 de gestão da energia ...................................................................... 219
12.1.4 Legislação........................................................................................................................... 219
12.1.5 Boas práticas de gestão da manutenção de edifícios ......................................... 221
12.2 Objetivos de gestão e indicadores ......................................................................................... 222
12.2.1 Indicadores de desempenho ....................................................................................... 222
12.2.2 Quadro de bordo da gestão de um edifício ........................................................... 224
12.3 Organização dos edifícios em sistemas ................................................................................ 224
12.3.1 Vantagens da sistematização funcional .................................................................. 234
12.3.2 Grandes grupos................................................................................................................ 235
12.3.3 Subgrupos sistemáticos ................................................................................................ 235
12.3.4 Descrição dos sistemas .................................................................................................. 236
12.3.5 Regras para utilização da sistematização funcional ............................................ 236
12.4 Normas para codificação dos bens ........................................................................................ 237
12.4.1 Norma de codificação dos objetos de manutenção ............................................ 237
12.4.2 Norma de codificação dos materiais ......................................................................... 237
12.5 Constituintes do sistema de gestão da manutenção ...................................................... 238
12.5.1 Cadastro do parque ........................................................................................................ 238
12.5.2 Objetos de gestão ........................................................................................................... 241
12.5.3 Área de intervenção técnica ........................................................................................ 242
Índice IX

12.5.4 Planos de manutenção e procedimentos ............................................................... 243


12.5.5 Histórico dos trabalhos .................................................................................................. 245
12.6 Monitorização de consumos e eficiência energética....................................................... 246
12.6.1 Colheita de informação sobre consumos de energia e fluidos........................ 246
12.6.2 Análises energéticas ....................................................................................................... 247
12.6.3 Previsão de custos de energia..................................................................................... 248
12.6.4 Consumos de água ......................................................................................................... 249
12.7 Contaminação ambiental e Legionella.................................................................................. 250
12.7.1 Legionella............................................................................................................................ 250
12.7.2 Condições de prevalência e desenvolvimento ..................................................... 250
12.7.3 Redução do potencial de ocorrência ........................................................................ 252
12.7.4 Planos de prevenção e controlo ................................................................................. 252
12.7.5 Limpeza e higiene ........................................................................................................... 252
12.8 Auditorias, inspeções oficiais e certificados ........................................................................ 253
12.8.1 Apreensão geral da organização antes da auditoria ........................................... 254
12.8.2 Auditoria energética....................................................................................................... 255
12.8.3 Auditoria à QAI ................................................................................................................. 256
12.8.4 Auditoria à Legionella ..................................................................................................... 256
12.9 Exemplos de organização ......................................................................................................... 256
12.9.1 Edifício de escritórios ..................................................................................................... 256
12.9.2 Campus universitário ...................................................................................................... 257
12.9.3 Cadeia de hotéis .............................................................................................................. 258
12.9.4 Sede de um banco e rede de agências .................................................................... 259
12.9.5 Prestador de serviços de manutenção ..................................................................... 260
12.10 Cadastro de bens e planos de preventiva. Exemplos .................................................... 261
12.10.1 Edifício ............................................................................................................................ 261
12.10.2 Contador de visitantes .............................................................................................. 262
12.10.3 Contador de eletricidade.......................................................................................... 262
12.10.4 Extintores ....................................................................................................................... 262
12.10.5 Unidade de tratamento de ar (UTA) ..................................................................... 263

13 VENDER A IDEIA A QUEM DECIDE................................................................................................... 267


13.1 O lugar da manutenção dentro das empresas................................................................... 267
13.2 Vender a ideia em casa............................................................................................................... 268
13.2.1 Argumentos técnicos ..................................................................................................... 269
13.2.2 Áreas estruturais .............................................................................................................. 270

14 IMPLEMENTAÇÃO PASSO A PASSO ............................................................................................... 281


14.1 O consultor de gestão da manutenção ................................................................................ 282
14.1.1 Algumas considerações ................................................................................................ 282
14.1.2 O seu papel na gestão da manutenção ................................................................... 282
14.1.3 Síntese das potenciais virtudes do consultor externo ........................................ 284
14.2 Auditoria de diagnóstico inicial à função manutenção .................................................. 285
© Lidel - Edições Técnicas

14.3 Informatizar a gestão da manutenção .................................................................................. 287


14.4 Implementação da gestão técnica passo a passo ............................................................. 290

APÊNDICES....................................................................................................................................................... 297
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................................. 311
X Gestão da Manutenção de Equipamentos, Instalações e Edifícios

ÍNDICE DE FIGURAS ...................................................................................................................................... 313


ÍNDICE DE TABELAS ...................................................................................................................................... 315
ÍNDICE REMISSIVO ........................................................................................................................................ 317
GLOSSÁRIO ...................................................................................................................................................... 325
Autores

COORDENADOR/AUTOR
José Paulo Saraiva Cabral
Engenheiro naval pela University of Strathclyde (Glasgow, Escócia). Durante anos,
foi professor na Escola Superior Náutica Infante D. Henrique (Cascais). Fundador da
empresa Navaltik Portugal, acompanhou o despontar dos programas informáticos de
gestão da manutenção, dedicou mais de 20 anos à consultoria e implementação de
sistemas de gestão da manutenção e participou no desenvolvimento da aplicação
ManWinWin (atualmente na 6.ª geração). Formador e conferencista em colóquios, é autor
do livro Organização e Gestão da Manutenção – dos Conceitos à Prática, também
publicado pela Lidel – Edições Técnicas.

AUTORES
José Casimiro Fernandes
Técnico de organização industrial, pela FORINO. Integrou os quadros da Navaltik em
1994, onde fez todo o percurso profissional e da qual é atualmente sócio-gerente.
Participou em centenas de implementações dos sistemas informáticos de manutenção Sgm
e ManWinWin em mais de 30 países, de África à Austrália, da Arábia ao Extremo
Oriente. Responsável pela coordenação do desenvolvimento do software ManWinWin,
pelo posicionamento estratégico da Navaltik Management no mercado e pelo desen-
volvimento e manutenção do site da empresa.

Rodrigo Seruya Cabral


Licenciado em Gestão pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) da
© Lidel - Edições Técnicas

Universidade Técnica de Lisboa. Complementou a sua formação com diversos cursos de


marketing, vendas e negociação na Universidade Católica de Lisboa, na Huthwaite
International (Londres) e no INSEAD (Paris). Colaborou cinco anos no jornal Destak,
onde iniciou o seu percurso comercial. Em 2008, entrou na Navaltik Management e,
desde então, dirige os seus destinos comerciais; lidera a equipa de vendas da empresa e é
XII Gestão da Manutenção de Equipamentos, Instalações e Edifícios

o responsável pela formação dos parceiros em mais de 20 países (Roménia, Noruega,


Brasil, Vietname, Indonésia, Singapura, Arábia Saudita, entre outros).

Alexandre Carvalho
Técnico de organização industrial, pela FORINO. Complementou a sua formação
com inúmeras ações especializadas nos domínios da organização e gestão da manutenção.
Pós-graduado em Gestão da Manutenção pelo ISQ. Diretor e coordenador de projetos de
implementação do sistema de gestão da manutenção na Navaltik Management, onde
trabalha desde 1998; efetuou realizações na implementação e apoio técnico em projetos
de organização em instalações industriais de vários tipos (edifícios, navios e instalações
portuárias), em Portugal e no estrangeiro. Concebeu, desenvolveu e realiza auditorias à
função manutenção. Formador com larga experiência como monitor em cursos e
seminários de Organização e Gestão da Manutenção.

Pedro Cabral
Licenciado em Gestão pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) da
Universidade Técnica de Lisboa, com especialização na área financeira. Trabalhou mais
de sete anos na PriceWaterHouseCoopers (PwC) na área de auditoria financeira;
participou nos projetos de auditoria às oito maiores instituições bancárias do país no
contexto do programa de apoio financeiro a Portugal, entre 2011 e 2014. Contabilista
certificado pela Ordem dos Contabilistas Certificados desde 2015. Sócio-gerente da
Navaltik Management (ManWinWin Software), onde assume as responsabilidades no
Departamento Financeiro, nos Recursos Humanos e em Account Management.

Claudia Corniciuc
Engenheira do ambiente pela Universidade do Algarve. Participou em dezenas de
implementações do software de gestão de manutenção ManWinWin em instalações
industriais de vários tipos (edifícios e instalações portuárias), desenvolvidas em Portugal
e no estrangeiro. Integra o departamento comercial da Navaltik Management, onde
estabelece o primeiro contacto com entidades que procuram informatizar e otimizar a sua
gestão da manutenção.

João Nunes Marques


Engenheiro civil pela Universidade Nova de Lisboa. Atua como consultor em gestão
da manutenção na empresa Navaltik Management. Liderou diversos projetos de
consultoria e implementação de sistemas de gestão da manutenção (em edifícios e
instalações industriais de vários tipos), em Portugal e no estrangeiro (Arábia Saudita,
Gana, Vietname, Gibraltar, entre outros). Auditor em avaliações de diagnóstico à função
manutenção, formador em numerosas ações de formação e cursos na área da gestão da
manutenção e autor de artigos em revistas especializadas na área da Manutenção.

Hugo Madeira Cardoso


Licenciado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior de Engenharia de Lisboa.
Técnico de gestão da manutenção na empresa Navaltik Management. Acompanhou
projetos de consultoria em organização e implementação de sistemas de gestão da
Autores XIII

manutenção em instalações de vários tipos e setores (indústria, hotelaria e prestação de


serviços). Auditor da função manutenção e formador certificado.

Sara Martins
Engenheira civil pelo Instituto Superior de Engenharia de Lisboa. Consultora em
gestão da manutenção na empresa Navaltik Management, tendo acompanhado vários
projetos de consultoria e implementação de sistemas informáticos de gestão da
manutenção em diversos setores.
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Nota do Coordenador

Esta 4.ª edição do livro Gestão da Manutenção de Equipamentos, Instalações e


Edifícios sofreu uma atualização significativa decorrente de: alterações à norma da
terminologia (EN 13306:2017); novas diretivas da União Europeia (UE) para gestão da
energia; normas e legislação de gestão de edifícios; importância crescente do ambiente e
segurança; e evolução das tecnologias utilizadas na gestão da manutenção. O desenvol-
vimento de alguns temas começou a ser feito por outros autores que não o das edições
anteriores da obra, agora também coordenador da nova edição, entregando à “nova
geração” a tarefa de assegurar a permanência de um livro que se tem revelado referencial,
mantendo o estilo objetivo de que os profissionais gostam.
E natural será que o livro continue com novos autores, sempre com o mesmo desejo
de ser rigoroso, útil e estimulante. Fica feito o desafio!
Porque o mundo evolui, evoluímos com ele, cientes de que a manutenção e a gestão
técnica serão sempre, e cada vez mais, necessárias. A sofisticação aumenta, o edifício
normativo cresce, a informática e as tecnologias de informação deixam de ser habilidade,
passando a trivialidade, a gestão da energia e do ambiente assumem-se no topo, a
formação das pessoas é cada vez mais decisiva. A manutenção, essa será sempre
necessária, sejam os veículos a gasolina ou elétricos, os edifícios inteligentes ou não, a
energia fóssil ou renovável, para que nem pontes nem edifícios caiam, navios naveguem,
tudo continue a acontecer e as pessoas a existir.
Toda a experiência subjacente à elaboração desta obra foi adquirida ao longo de 30
anos na empresa Navaltik Management, no convívio com os seus colaboradores e
clientes, e utilizando a sua aplicação informática ManWinWin, atualmente na 6.ª geração.
A todos agradeço, particularmente aos autores, a quem deixo igualmente o desafio para
que continuem. E dedico esta edição à Senhora D. Maria Helena Tomaz, que muito
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contribuiu para este livro desde a 1.ª edição.

O Coordenador,
José Paulo Saraiva Cabral
Terminologia, definições
e conceitos
José Paulo Saraiva Cabral
2
A terminologia normalizada de manutenção consta da norma EN 13306:2017 [8]. As
versões anteriores foram, respetivamente, de 2001 e 2010. Em 2020, embora Portugal a
tivesse subscrito, a versão em língua portuguesa era a de 2001 se bem que tivesse a data
de 2007, que foi a data em que o Instituto Português da Qualidade (IPQ) publicou a
tradução portuguesa.
No que segue, utilizaremos a versão de 2017 traduzida do inglês onde necessário,
indicando sempre os termos em português e em inglês. Em relação à norma anterior,
incorpora novas cláusulas, anula outras e, em muitos casos, ajusta, modifica ou comple-
menta a descrição.
Adotaremos, portanto, a linguagem da norma de 2017 que arruma alguns conceitos e
proporciona-nos a possibilidade de uniformizar a perceção das várias expressões
utilizadas na manutenção em países diversos.
A norma não inclui toda a terminologia necessária nem, como nenhuma, é uma obra
perfeita e total. É, no entanto, um documento pleno de conteúdo que arruma uma série
de conceitos e expressões indispensáveis para caracterizar as situações de manutenção.
O seu conteúdo não deve ser suscetível de interpretações individuais.
No que se segue, abordaremos vários conceitos associados à manutenção referen-
ciando, quando for o caso, os termos da EN 13306:2017 ou das outras normas referidas
no Cap. I, exemplificando com casos práticos. Paralelamente, introduziremos outros
termos necessários para a expressão de conceitos presentes no dia a dia da prática da
manutenção. Todos eles terão este tipo de letra destacado; as definições das normas
serão, adicionalmente, referenciadas com as respetivas identificações, distinguindo-se dos
comentários e do texto explicativo.
É indispensável que todos os participantes na manutenção entendam os termos e
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expressões da mesma forma, se exprimam com precisão e que os termos e expressões


utilizadas, por exemplo em contratos de manutenção, tenham um significado bem defi-
nido e livre de ambiguidades. Esse é o objetivo da normalização.
Em alguns casos, a especificação de certos termos da norma diverge do conceito que
se tinha, do hábito ou das particularidades da própria língua. É, porém, indispensável que
Capítulo 2 I Terminologia, Definições e Conceitos 45

Em termos práticos, é a diferença temporal entre o início de uma intervenção e o seu


fim, independentemente do que se passou no entremeio.

2.8.5 OUTROS TEMPOS EM MANUTENÇÃO


Esforço horas.homem (HH) – esforço humano direto, expresso em horas.homem,
dedicado à realização de um trabalho.
Por ter uma expressão de tempo é, por vezes, confundido com os tempos de
manutenção descritos. De facto, o HH não é para ser encarado com a aceção de duração,
mas, sim, como a de unidade de esforço humano igual ao trabalho direto de um homem
durante uma hora. Digamos que só por coincidência o HH fica igual ao tempo de
manutenção: quando uma só pessoa realiza diretamente o trabalho, o HH pode ficar igual
ao TM. Um prestador de serviços tem custos e vende HH e não durações de trabalhos de
manutenção. Estas últimas servem, apenas, para dar indicações sobre o serviço que ele
presta ou sobre o produto que vende.

2.9 LOGÍSTICA E FERRAMENTAS DE MANUTENÇÃO


2.9.1 LOGÍSTICA DE MANUTENÇÃO
Logística de manutenção (maintenance support) (EN 13306:2017, #10.1) – forne-
cimento dos recursos, serviços e meios de gestão necessários para a realização da
manutenção.
Nota: O fornecimento pode incluir, por exemplo, o pessoal, o equipamento de teste, as
oficinas, os sobressalentes, a documentação, as ferramentas, etc.
Em linguagem corrente o termo “manutenção”, quando referido à estrutura da
organização, departamento, ou oficina, tem a aceção de “logística de manutenção”.

2.9.2 ESCALÃO DE MANUTENÇÃO


Escalão de manutenção (line of maintenance) (EN 13306:2017, #10.3) – posição
no seio de uma organização onde os diversos níveis especificados de manutenção são
executados sobre o bem
Exemplo: Local (manutenção de 1.º escalão); Oficina (manutenção de 2.º escalão); Fabricante
(manutenção de 3.º escalão).
Nota: Os escalões de manutenção são caracterizados pelas qualificações do pessoal exigidas;
instalações disponíveis; local; complexidade da tarefa de manutenção, etc.
O escalão dá uma indicação sobre o grau de complexidade e exigência do trabalho em
termos do pessoal e dos recursos necessários.
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2.9.3 CADASTRO DOS BENS


Cadastro dos bens (item register) (EN 13306:2017, #10.5) – registo com a identi-
ficação individual dos bens.
Nota: Pode registar-se informação adicional como a localização.

É comum designar o conjunto dos bens por parque objeto de manutenção. A forma
de organizar e registar a informação é desenvolvida no Cap. V e no Cap. VI.
50 Gestão da Manutenção de Equipamentos, Instalações e Edifícios

Descrição Símbolo Descrição (cont.) Símbolo


Custo total de manutenção CM Tempo de disponibilidade TD (1)
Custo de manutenção condicionada CMN Tempo de disponibil. em tempo requerido TDTR
Custo de manutenção corretiva CMC Tempo de espera de atendimento TDE
Custo de manutenção de melhoria CMM Tempo de funcionamento TF (2)
Custo de manutenção preventiva CMP Tempo de indisponibilidade TI (3)
Custo de manutenção sistemática CMS Tempo de indisponibil. em tempo requerido TITR
Custo total do pessoal CP Tempo de indisponibilidade por avaria TIA (4)
Custo de pessoal externo CPE Tempo de indisp. por manut. programada TIP
Custo de pessoal interno CPI Tempo de indisponibil. por manutenção TIM
Custo dos materiais de manutenção CLM Tempo de logística TLO
Custo dos serviços de terceiros CSE Tempo de manutenção TM
Funcionamento médio diário FMD Tempo de manutenção ativa TMA
HH do pessoal interno HHI Tempo de manutenção corretiva TMC
HH em horas extraordinárias HHX Tempo de manutenção preventiva TMP
HH em manutenção condicionada HHMN Tempo de reparação TR
HH em manutenção de melhoria HHMM Tempo de reparação de urgência TRU
HH em manutenção corretiva HHMC Tempo de restabelecimento TTR
HH em manutenção preventiva HHMP Tempo em estado de espera (stand by) TSY
HH em manutenção de urgência HHMU Tempo em vazio TV
Tempo entre avarias TBF
HH perdidos por acidentes pessoais HHAC
Tempo médio entre avarias MTBF (5)
HH total na manutenção HHT
Tempo médio de espera MWT
Número de acidentes pessoais NAC
Tempo médio de funciona. entre avarias MOTBF (5)
Número de avarias NAV
Tempo médio de reparação MRT
Número de ordens de trabalho NOT
Tempo médio para restabelecimento MTTR (6)
Número de OT realizadas cf. Progr. NOT CF
Tempo requerido TRQ
Número de pedidos de trabalho NPT
Valor de substituição dos ativos VSA
Número de pessoas na manutenção NP
Valor médio do stock de materiais VMM
Ordem de trabalho OT
Período de intervenção PDI
Taxa de avarias (calendário) λ
Taxa de avarias funcionamento λF
Figura 2.3 – Simbologia e abreviaturas (sugestão).

(5) No passado, antes da existência desta versão da norma, o tempo médio entre
avarias, MTBF, era calculado tanto em termos do tempo de calendário como em
termos do tempo de funcionamento, ou outras unidades de medida convenientes
(km; número de ciclos, etc.); o importante era especificar as unidades em que era
apresentado. Por exemplo: 1,25 avarias/ano; 3 avarias por cada 100 000 km. Na
literatura técnica utiliza-se esta prática. Agora, reserva-se a abreviatura MTBF
para exprimir o número de avarias unicamente em termos do tempo de calendário
e introduziu-se o termo tempo médio de funcionamento entre avarias MOTBF
(mean operating time between failures) para exprimir o tempo entre avarias em
termos do tempo de funcionamento ou outras unidades mais expressivas. Nas
Indicadores de gestão
da manutenção
José Paulo Saraiva Cabral
3
Numa reflexão despreocupada sobre o tema da gestão da manutenção surge-nos,
imediatamente, um conjunto de fatores e informações que sabemos que teremos de
alcançar e perceber. Temas tão diversos como:
 Cenário operacional – O que pretendemos da unidade e o que obtemos?

 Quantas avarias? Porquê? Como podemos melhorar?

 Tempo de indisponibilidade – Quanto vale? Quanto perdemos com isso?

 Os planos de manutenção funcionam? Cumprem-se?

 A instalação produz de acordo com as expetativas e os objetivos?

 Quanto gastamos? É razoável?

 A logística funciona?

 O pessoal chega? É demais? De menos? Trabalha bem?

 O departamento de manutenção está a cumprir?

 Podíamos fazer melhor? O quê?

A lista pode ser prolongada quase indefinidamente e pode, com certeza, ser mais bem
organizada. O objetivo deste capítulo é sistematizar a informação que nos habilita a gerir
bem a manutenção, introduzir as métricas, os indicadores e as suas interações mútuas e,
depois, ancorados nesse ponto, partir para a organização do sistema de gestão que
responda às exigências de uma boa gestão.

3.1 PORQUÊ INDICADORES NA GESTÃO DA MANUTENÇÃO?


Está consolidado o princípio de que só se gere o que se mede. Portanto, comecemos
pelo que se deve medir para conseguir construir o sistema de gestão. E, depois de termos
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construído e implementado o sistema de gestão, regressemos a este mesmo capítulo para


exercer, em plenitude, a gestão da manutenção.

3.1.1 O QUE É UM INDICADOR?


Num sistema informático verifica-se uma regra: toda a informação que é introduzida
pode sair cá para fora. E o potencial do sistema informático é, precisamente, receber
Capítulo 3 I Indicadores de Gestão da Manutenção 55

3.2 FATORES PARA CÁLCULO DE INDICADORES


Entram nas formulações os parâmetros cuja forma de obtenção prática se descreve
nos parágrafos seguintes, transcrevendo parte do contido na Tabela 3.3. em 3.6.4.

3.2.1 FATORES RELACIONADOS COM O TEMPO


O tempo é um parâmetro decisivo no cálculo dos indicadores de manutenção. Tem a
aceção de tempo de calendário, eixo dos X na base do qual se marcam os acontecimentos
relevantes. A sua contagem e reporte merecem, portanto, especial cuidado.
Tc, Tempo de calendário – Expressão corrente do termo. Na manutenção exprime-se,
na maioria dos casos, em dias ou horas, ambos decimais. O seu valor é a diferença entre a
data/hora de fim e a data/hora de início de determinado evento ou período.
TF, Tempo de Funcionamento – Intervalo de tempo durante o qual um bem está em
estado de funcionamento (EN 13306:2017, #9.3). Havendo um sistema de controlo cen-
tralizado da instalação, o tempo de funcionamento fará parte da informação disponibili-
zada. Não dispondo de tal recurso, o seu cálculo tem em linha de conta as considerações
feitas em 2.8.2 (Cap. II) e faz-se como descrito em 3.3:
 Conta-horas do equipamento;

 Contagem indireta, o equipamento A serve de contador da linha X;

 Assume-se o funcionamento igual ao tempo requerido, deduzindo o tempo de

indisponibilidade em tempo requerido (TITR) (Figura 3.1).


16:00 16:00 - 21:00
Intervenção Manutenção preventiva

05:00 06:00 07:00 08:00 09:00 10:00 11:00 12:00 13:00 14:00 15:00 16:00 17:00 18:00 19:00 20:00 21:00 22:00

TRQ = 10 h
08:00 18:00

TF = 7 h
09:00 16:00

TIM = 5 h
16:00 21:00

TITR = 2 h
16:00 18:00

TDTR = 8 h
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08:00 16:00

Figura 3.1 – Tempos de funcionamento (TF), tempos requeridos (TRQ) e indisponibilidades.


Capítulo 3 I Indicadores de Gestão da Manutenção 71

3.4.3 TEMPO MÉDIO DE FUNCIONAMENTO ENTRE AVARIAS


MOTBF é a sigla de mean operating time between failures é um conceito idêntico ao
do MTBF anterior, só que utiliza como parâmetro de contagem o tempo de
funcionamento em vez do tempo de calendário. Ver definição na norma de terminologia
(EN 13306:2017, # 11.2). Para um determinado período de análise (Figura 3.8):
MOTBF = TF14 / (Nav -1) (horas) Formulação VI

em que:
 MOTBF = Tempo médio de funcionamento entre avarias, expresso em horas de

funcionamento;
 TF14 = Número de horas de funcionamento do bem, entre a primeira avaria e a

última avaria ocorridas dentro do período de análise = R4 – R1 ou ΣTFi = soma


dos tempos de funcionamento entre avarias dentro do período de análise;
 Nav = Número de avarias = número de reparações (intervenções corretivas) reali-

zadas no período de análise.

ou:
MOTBF = T14 × FMD / (Nav - 1) (horas) Formulação VII

em que:
 MOTBF = Tempo médio de funcionamento entre avarias, expresso em horas;

 T14 = Número de dias entre a primeira avaria e a última avaria ocorridas dentro do

período de análise;
 FMD = Funcionamento médio diário (horas/dia) entre a primeira avaria e a última

avaria do período = diferença entre o registo de funcionamento na data da última


avaria e o registo na data da primeira avaria no período de análise dividido pelo
tempo;
 Nav = Número de avarias = número de reparações (intervenções corretivas) reali-

zadas no período de análise.

Recordar que o T14 que entra na formulação não é o tempo do período de análise é,
sim, o tempo dentro do período de análise que decorre entre a primeira e a última avaria
nesse período. Daí, retirar-se 1 ao número de avarias no período de análise para calcular a
média.
Tal como no caso do MTBF, para períodos suficientemente longos e expressivos, em
termos do número de avarias, podem ignorar-se estes preciosismos de cálculo e, as
formulações anteriores podem assumir as formas:
MOTBF  TF / Nav (horas) Formulação VIII
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ou:
MOTBF = TAB × FMD / Nav (horas) Formulação IX
80 Gestão da Manutenção de Equipamentos, Instalações e Edifícios

3.6.3 EXEMPLOS DE INDICADORES ORGANIZACIONAIS

Número de Acidentes com Pessoal de Manutenção × 10 000 (Frequência acidentes pessoais)


O6
Número Total de Pessoas na Manutenção

HH Perdidos por Acidentes em Pessoal de Manutenção × 10 000 (Taxa intensidade de acidentes pessoais)
O7
Total de HH Trabalhados por Pessoal de Manutenção

Tempo de Manutenção Corretiva de Urgência


O11 × 100%
Tempo Total Indisponibilidade Relacionado com Manutenção

HH de Manutenção Corretiva
O16 × 100%
Total HH de Manutenção

Total HH de Manutenção Corretiva de Urgência


O17 × 100%
Total HH de Manutenção

Total HH de Manutenção Preventiva


O18 × 100%
Total HH de Manutenção

Total HH de Manutenção Condicionada


O19 × 100%
Total HH de Manutenção

HH Horas Extra Pessoal Interno de Manutenção


O21 × 100%
Total HH Pessoal Interno de Manutenção

Número de OT Realizadas Conforme Programado


O22 × 100%
Número Total de Ordens de Trabalho

3.6.4 FATORES QUE INTERVÊM NOS INDICADORES


Transcrevem-se, na Tabela 3.3 das páginas seguintes, as definições da EN
15341:2007, relativas aos vários fatores que intervêm nas formulações dos indicadores
(referenciados na primeira coluna). Consultar em 3.2 a forma de obter na prática alguns
destes fatores, para os quais se utilizou a simbologia indicada na quarta coluna da
Tabela 3.3.
Capítulo 3 I Indicadores de Gestão da Manutenção 83

(continuação)
Ind. Fatores Definições e observações Símb.
Intervalo de tempo durante o qual o bem está em estado
disponível (EN 13306:2017, #4.1).
Tempo de Disponibilidade
Estado disponível: estado do bem apto para cumprir uma função TDTR
em Tempo Requerido
requerida, assumindo que são assegurados os necessários
T2
recursos externos (EN 13306:2017, #6.4).
Intervalo de tempo durante o qual o utilizador requer que o bem
Tempo Requerido esteja em condições para cumprir uma função requerida (EN TRQ
13306:2001, #9.4).
Número de avarias causadas pela manutenção, ou falta dela, que
Número de Acidentes de Manutenção NACM
T5 causaram acidentes pessoais
Tempo de Trabalho Intervalo de tempo (anos, meses). T
Tempo de Funcionamento Total Ver T1. TF
T6 Tempo total de indisponibilidade devido a avarias, igual,
Tempo de Indisponibilidade por Avaria TIA
também ao tempo de restabelecimento TTR.
Tempo de Funcionamento Ver T1. TF
T7 Tempo de Indisponibilidade por Tempo total de manutenção de trabalhos planeados e pro-
TIP
Manutenção Programada gramados que exigem indisponibilidade.
Tempo de Funcionamento Ver T1. TF
Avaria: cessação da aptidão de um bem para desempenhar uma
função requerida (EN 13306:2001, #5.1).
T17 Nota 1: Após uma avaria o bem fica avariado ou em estado de
Número de Avarias NAV
falha, que pode ser total ou parcial.
Nota 2: “Avaria” é um evento, enquanto “avariado” ou “em
falha” é um estado.
Soma dos tempos de restabelecimento, ou seja, o intervalo de
TTR ou
Tempo Total para Restabelecimento tempo durante o qual o bem permanece no estado indisponível
T21 TIA
devido a uma avaria.
Número de Avarias Ver T17. NAV
Número de Acidentes com Pessoal Número de acidentes pessoais, com pessoal interno de manu-
NAC
O6 de Manutenção tenção, que os inibam de trabalhar durante um ou mais dias.
Número Total de Pessoas na Manutenção Pessoal interno de manutenção (direto e indireto: ver E8). NP
HH Perdidos por Acidentes em Pessoal Horas.homem perdidos por pessoal interno de manutenção
HHAC
de Manutenção devido a acidentes pessoais em pessoal interno de manutenção.
O7
Total de HH Trabalhados por Pessoal Número total de horas.homem efetivamente trabalhadas por
HHI
de Manutenção pessoal interno de manutenção.
Tempo de Manutenção Corretiva Manutenção que é realizada imediatamente após a deteção de
TRU
de Urgência uma falha a fim de evitar consequências inaceitáveis.
O11
Tempo Total de Indisponibilidade Tempo durante o qual um bem está indisponível devido à
TIM
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Relacionado com Manutenção realização de manutenção.


Horas.homem gastas em atividades de manutenção corretiva
HH de Manutenção Corretiva HHMC
(internas e externas).
O16
Número total de horas.homem trabalhadas por pessoal interno e
Total HH de Manutenção HHT
externo de manutenção.
(continua)
Capítulo 4 I Sistemas Informáticos na Manutenção 93

Figura 4.2 – Etiqueta com código de barras.

4.3.2 QR CODE
O QR Code, abreviatura de Quick Response Code, é um sistema relativamente
recente, idêntico ao código de barras que, por recorrer a uma tecnologia 2D (bidimen-
sional), pode conter informações mais complexas, como textos, ligações para páginas da
internet ou dados completos de identificação de pessoas (Figura 4.3).

Figura 4.3 – Etiqueta com QR Code.

Os QR Codes podem ser lidos por qualquer dispositivo móvel com uma aplicação
própria para o efeito ou, em smartphones mais recentes, utilizando apenas a própria
câmara fotográfica. No contexto da gestão de manutenção, estes QR Codes podem conter
informação necessária para, por exemplo:
 Abrir um documento que esteja na Internet com toda a informação relativa ao

equipamento;
 Abrir uma APP (aplicação no smartphone) que permita interagir com o equipa-

mento. Este recurso permite ainda garantir que a operação informática é execu-
tada apenas pela leitura da etiqueta, garantindo assim a presença física da pessoa
junto do equipamento.
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4.3.3 ETIQUETA NFC


As etiquetas NFC, Near Field Communications, são as etiquetas mais complexas e
que requerem maior investimento, mas também as mais flexíveis e seguras (Figura 4.4).
Têm um vasto leque de aplicações e não são tão fáceis de replicar como as referidas nos
exemplos anteriores. Existem diversos tipos de etiquetas NFC, com maior ou menor grau
102 Gestão da Manutenção de Equipamentos, Instalações e Edifícios

Resumo

 As aplicações informáticas de gestão de manutenção, conhecidas pelas abre-


viaturas GMAC ou CMMS, apareceram na década de 1990.
 Um bom software de manutenção não deve ser demasiado complexo, nem
requerer um grande esforço dos utilizadores no registo da informação: deve ter
as funcionalidades necessárias, ser eficaz, estimulante, agradável de utilizar e
produzir informação fiável e sem problemas.
 A identificação física dos equipamentos é uma tarefa essencial para o sucesso
de um sistema de gestão de manutenção. A etiqueta (tag) facilita muito as
tarefas de manutenção. Os tipos mais utilizados são: código de barras, QR
Codes, NFC.
 A proliferação e massificação do uso de smartphones, a par da evolução da
Internet, permitiram o desenvolvimento e aparecimento de inúmeras soluções
de mobilidade, isto é, aplicações que correm em dispositivos móveis, como
tablets ou smartphones.
 A gestão de manutenção tem inevitavelmente zonas de contacto com outras
áreas de gestão administrativa das empresas, nomeadamente, com as compras e
os stocks; merecem ponderação cuidada as decisões de que sistema faz o quê.
 Poder-se-á optar pelo desenvolvimento de integrações, mas deve ter-se em
conta que são sempre desenvolvimentos informáticos complexos, que estão
dependentes de atualizações de ambos os sistemas.
 A internet das coisas, conhecida pela sigla IoT, de Internet of Things, é um
conceito que tem vindo a ganhar relevância, também, na forma como se pode
gerir a manutenção. O verdadeiro potencial da IoT só será revelado quando
mais equipamentos e software estiverem adaptados a essa realidade. Porém,
acreditamos que as virtudes da IoT jamais dispensarão uma intervenção humana
inteligente e hábil.
Capítulo 6 I Registo dos Bens e Planos de Preventiva 125

tidades. Essas peças e materiais têm de estar já registadas no sistema, em linha com o que
será descrito no Cap. VIII.
É boa política fazer essa associação nesta altura, no mínimo, para os sobressalentes e
os materiais mais indiscutíveis, como lubrificantes, filtros, consumíveis e kits de
reparação.
Muitos sistemas informáticos fazem automaticamente esta associação: se se regista
uma peça num trabalho num determinado equipamento, o programa, se esta ainda não
estiver registada, liga essa peça a esse equipamento.
Se se dispuser dos materiais codificados pode, também, fazer-se o planeamento dos
materiais nas fichas de manutenção planeada, o que é, naturalmente, uma vantagem: para
mudar o óleo necessitamos de 4,8 litros do óleo X e de um filtro Y.

6.4 METODOLOGIA PARA PREPARAÇÃO DO PLANO DE


MANUTENÇÃO
A preparação de um plano de manutenção requer os necessários elementos sobre o
equipamento, designadamente, as partes do manual relativas à manutenção. O método é
análogo ao de escrever um relatório, como se ilustra na Tabela 6.1.

Tabela 6.1 METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE MANUTENÇÃO


Num relatório Num plano de manutenção
Eleger o objeto de gestão e dar o título:
Motor n.º 1 – Plano de manutenção preventiva
1 Dar o título do relatório. Antes, terá visualizado toda a descendência hierárquica do objeto
de gestão para o orientar quanto à forma de organizar as suas
fichas de manutenção.
Estruturar o plano de manutenção preventiva, dividindo-o pelos
vários tipos de trabalho aplicáveis:
2 Estruturar os parágrafos principais.
A. Preventivas sistemáticas;
B. Revisões condicionadas…
Dentro de cada tipo de trabalho escrever os títulos dos trabalhos a
realizar:
Preventivas sistemáticas:
Dividir cada parágrafo em títulos de subparágrafos  Revisão anual;
3
para aprofundamento do assunto.  Revisão geral – 2 anos/5000 horas, etc.

Preventivas condicionadas:
 Inspeção primeiras 500 horas;

 Substituição correias.

As fichas de preventiva sistemática necessitarão de ser estrutu-


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radas, mais uma vez, olhando para a descendência hierárquica do


Se for necessário, dividir cada subparágrafo em sub- objeto de gestão (normalmente, tratando os descendentes como
4 subtítulos para esquematizar melhor o órgãos constituintes do objeto de gestão). A FMP da revisão geral
aprofundamento sobre cada tópico. do motor poderá englobar trabalhos nos seguintes órgãos:
 Motor;

 Regulador de velocidade, etc.

(continua)
Capítulo 7 I Programação e Gestão dos Trabalhos 137

1
2 Fichas
OT planeada manutenção
planeada

16
Pedido
Manutenção

Informação + registo

N 3 4
17
Programa de Registos
Atende?
trabalhos funcionamento

S
13
Histórico
manutenção 5
Análise ao
programa

18
6
OT atendimento
Emite
pedido

7 Externa 14
Interna OT / NE
/ Externa Fornecedor.

Interna

8 8
15
Realização OT em Realização OT em
Fornecedor realiza
curso curso

9 9
Termina Termina

10
Aponta recursos,
Renova OT tempos e
observações
11 N
Sistemática ?

12 12
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Encerra Encerra

Figura 7.1 – Fluxograma dos trabalhos de manutenção.


Capítulo 7 I Programação e Gestão dos Trabalhos 147

Utiliza-se o PM, tipicamente, nas seguintes situações:


 Equipamento avariado, pedido de reparação;

 Equipamento com sintoma de aproximação de avaria, falta ou irregularidade em

componente, fraco rendimento;


 Problema em edifício ou outra infraestrutura;

 Algo digno de nota que afete a segurança/operacionalidade;

 Algo para não esquecer em determinada data (por exemplo, “substituir bomba de

água na próxima revisão”).

Não confundir pedido à manutenção com ordem de trabalho: o PM é um documento


que normalmente origina uma OT, mas não a substitui; o PM é originado por quem tem a
necessidade e a OT por quem tem a responsabilidade de resolver. A Figura 7.4 ilustra o
conteúdo de um PM.

Figura 7.4 – Pedido à manutenção.


© Lidel - Edições Técnicas

O circuito básico de um PM está esquematizado na Figura 7.5 e envolve os seguintes


passos:
1. Requisitante na sua função de fazer o PM – Identificação de quem faz o pedido,
a que departamento, em que equipamento, data/hora, sintoma e descrição
telegráfica.
188 Gestão da Manutenção de Equipamentos, Instalações e Edifícios

10.4.6 DISPOSIÇÕES LEGAIS E JURÍDICAS


Deverá seguir, no geral, a estrutura de qualquer contrato de prestação de serviços.
É importante definir claramente a data de entrada em vigor que, raramente, é a mesma da
assinatura, e o prazo de validade do contrato – que definem exatamente o período durante
o qual vigoram as obrigações mútuas.

10.4.7 CONTRATAR FORA OU FAZERMOS NÓS?


Trata-se de uma questão que tem sido objeto de modas e fundamentalismos
recorrentes: há uns 30 ou 40 anos quase tudo se fazia dentro de portas; hoje, pode
contratar-se quase tudo. Há até quem diga “… subcontratamos toda a manutenção, não
temos nada a ver com isso…”.
Contratar fora tem vantagens e inconvenientes e fazer dentro de portas também.
A melhor solução será sempre misturar, nas proporções apropriadas, as duas modalidades
(Tabela 10.1). Como expressão da nossa imparcialidade e da do leitor, coloquemos lado a
lado os argumentos que favorecem mais uma ou outra modalidade, deixando ao leitor, em
ambos os casos, a prorrogativa de reforçar os argumentos a favor ou contra, para, em
última análise, optar para o seu caso em função do tipo de equipamento em questão.

Tabela 10.1 FAZER NA EMPRESA OU CONTRATAR FORA?


Realizar dentro de portas
A favor: Contra:
Dominamos e adquirimos mestria sobre os nossos Sim, mas o fornecedor é quem sabe mais do equipamento e
equipamentos. quem tem melhores recursos.
Podemos formar o nosso pessoal e estimular o espírito de
Formar é caro e depois vão-se embora. O prestador de serviços
equipa para o nosso projeto comum, que é rentabilizar a
também pode ser estimulado a enquadrar-se.
organização.
Os trabalhos realizados por nós são mais baratos porque o
Mas a produtividade é inferior.
nosso custo HH é inferior.
Temos mais autoridade sobre o pessoal. Para que é que quer essa autoridade?
Contratar fora
A favor: Contra:
Os prestadores de serviços dão mais flexibilidade para Mas nós podemos também flexibilizar, contratando fora nos
flutuações da carga. picos.
Podemos mudar de prestador de serviços se não Sim, mas cada vez que o fazemos voltamos à estaca zero e,
estivermos satisfeitos. além disso, podemos estar a encobrir a nossa ineficiência.
O prestador de serviços tem mais produtividade e trabalha
Porquê? Se fizermos como ele temos a mesma produtividade.
melhor.
Contratar fora é menos um problema meu. Não é. A manutenção será sempre um problema nosso.
Capítulo 12 I Gestão Técnica de Edifícios 223

preferivelmente, identificar um ou mais parâmetros-alvo e adotar indicadores expressivos.


Em termos genéricos, pode eleger-se um que exprima o número de inconformidades
assinaladas em auditorias e análises externas: número-alvo de inconformidades no ano =
ZERO.

Objetivo de desempenho energético – Requer que se promova a gestão energética e


se estruture o indicador de desempenho energético. Exemplo:

Energia Agregada Consumida num Ano


IEE Kgep/Ano.m2
Área Útil do Edifício

(Kgep = quilograma equivalente de petróleo, que é a unidade comum para medir a


energia elétrica, o gás, os combustíveis líquidos, etc., tornando-os somáveis); área útil,
como definida em 12.1.1)

Objetivos técnicos – Queremos poucas avarias, resposta rápida e esforço em


manutenção de melhoria. Exemplo de indicadores referidos no Cap. III que poderiam
refletir esses parâmetros:

Tempo de Funcionamento Total


T17 Horas
Número de Avarias

Tempo Total para Restabelecimento


T21 Horas
Número de Avarias

Custo de Manutenção de Melhoria


E19 × 100%
Custo Total de Manutenção

Objetivos económicos – Queremos custos de manutenção otimizados, portanto,


elejamos um indicador que exprima os custos de manutenção, permita comparações entre
edifícios diferentes e proporcione boas análises evolutivas. O que nos parece mais
consistente para os edifícios é uma variante do E3 referido no Cap. III:
© Lidel - Edições Técnicas

Custo Total de Manutenção


E3 €/m2
Área Útil do Edifício

Observar que para computar estes indicadores é necessário ter implementado um


sistema de gestão que obtenha, de forma consistente e rigorosa, os fatores que intervêm
304 Gestão da Manutenção de Equipamentos, Instalações e Edifícios

FC – VENTILOCONVETOR FAN COIL


1 MARCA 11 N.º VENTILADORES 21 REGULADOR AR/ÁGUA 31 POT NOMINAL
2 MODELO 12 MODELO 22 TIPO/DIÂM. VÁLVULAS 32 TIPO ENERGIA
3 N.º SÉRIE 13 MOTOR 23 TERMOSTATO 33 CONSUMO NOMINAL
4 ANO 14 BATERIA CONDENS. 24 PRESSOSTATO 34
5 15 25 N.º FILTROS 35
6 16 CAUDAL (m3/h) 26 MODELO/TIPO 36
7 17 POTÊNCIA FRIO 27 BATERIAS AQ/AR 37
8 COD. FUNCIONAL 18 POTÊNCIA CALOR 28 38 CLASSE IP
9 COD. PROJETO 19 DIMENSÕES (mm) 29 39 CLASSE ISOLAMENTO
10 LOCALIZAÇÃO 20 PESO (kg) 30 40 NÍVEL RUÍDO (dB)

PP - TUBAGEM PIPING
1 MATERIAL 11 ISOLAMENTO 21 31
2 DN 12 TIPO SUPORTES 22 32
3 PN 13 TIPO LIGAÇÕES 23 33
4 DIÂMETRO INTERIOR (mm) 14 24 34
5 ESPESSURA (mm) 15 25 35
6 NORMA 16 26 36
7 17 27 37
8 COD. FUNCIONAL 18 28 38
9 COD. PROJETO 19 COMPR. APROXIMADO (m) 29 39
10 LOCALIZAÇÃO 20 PESO/METRO (kg/m) 30 40

TO – TORRE ARREFECIMENTO COOLING TOWER


1 MARCA 11 TIPO 21 N.º VENTILADORES 31 POT NOMINAL (kW)
2 MODELO 12 DÉBITO (m3/h) 22 MOTORES 32 TIPO ENERGIA
3 N.º SÉRIE 13 23 MARCA 33 CONSUMO NOMINAL
4 ANO 14 24 MODELO 34
5 15 25 N.º SÉRIE 35
6 16 26 ANO 36
7 CERTIFICADO N.º 17 27 TENSÃO (V) 37
8 COD. FUNCIONAL 18 28 AMPERAGEM (A) 38 CLASSE IP
9 COD. PROJETO 19 DIMENSÕES (mm) 29 POTÊNCIA (kVA) 39 CLASSE ISOLAMENTO
10 LOCALIZAÇÃO 20 PESO (kg) 30 40 NÍVEL RUÍDO (dB)

UT – UTA AIR HANDLING UNIT


1 MARCA 11 TIPO 21 N.º VENTILADORES 31 POT NOMINAL
2 MODELO 12 N.º FILTROS 22 MARCA 32 TIPO ENERGIA
3 N.º SÉRIE 13 N.º BATERIAS 23 MODELO 33 CONSUMO NOMINAL
4 ANO 14 N.º RECUPERADORES 24 N.º SÉRIE 34
5 15 N.º HUMIDIFICADORES 25 TENSÃO (V) 35
6 16 CAUDAL MÁXIMO (m3/h) 26 AMPERAGEM (A) 36
7 CERTIFICADO N.º 17 POTÊNCIA FRIO 27 POTÊNCIA (kVA) 37
8 COD. FUNCIONAL 18 POTÊNCIA CALOR 28 TRANSMISSÃO 38 CLASSE IP
9 COD. PROJETO 19 DIMENSÕES (mm) 29 39 CLASSE ISOLAMENTO
10 LOCALIZAÇÃO 20 PESO (kg) 30 40 NÍVEL RUÍDO (dB)
308 Gestão da Manutenção de Equipamentos, Instalações e Edifícios

QELEC – QUADROS ELÉTRICOS

QELEC-004 QUADROS ELÉTRICOS (QGBT-PT) – REVISÃO 1 A

Palavras-chave: Previsão TM
Quadro elétrico, QGBT-PT, seccionamento, transformadores, PT, revisão Horas: 4 | HH: 4 | Periodicidade: 12 meses
anual.
Importante: Esta preparação serve APENAS de orientação geral.

PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA
Trabalhos a realizar por pessoal técnico qualificado, em conformidade com as Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa
Tensão (RTIEBT), Portaria n.º 949-A/2006 de 11 de setembro:
 Apetrechar-se com o equipamento de segurança apropriado:

- Equipamento de Proteção Individual (EPI): Óculos anti-UV, luvas de trabalho, luvas isolantes, capacete, vestuário de proteção;
- Equipamento Individual de Segurança (EIS): Cadeados ou loquetes, placa sinalética de consignação, tapetes isolantes, ferramentas
isolantes;
- Equipamentos Coletivos de Segurança (ECS): Placa de aviso de trabalhos, bandeirolas de balizagem.
Antes da execução:
 Verificar: EPI, EIS, ECS e ferramentas de intervenção adequadas;

 Obter autorizações de consignação, corte de tensão ou outras;

 Proceder a aviso à exploração e executar procedimentos de segurança;

 Examinar a documentação técnica.

Durante a execução:
 Não permitir pessoal não qualificado no local de intervenção;

 Manter o nível de segurança;

 Manter-se concentrado no trabalho e ser diligente;

 Respeitar as RTIEBT e as boas práticas.

Fim de execução:
 Repor condições de segurança e funcionamento;

 Elaborar relatório da intervenção;

 Informar o responsável pela exploração do fim do trabalho, ler e comentar o relatório, obter o seu acordo e devolver um duplicado

assinado por ambos.


TAREFAS
Todas as tarefas das rotinas 2 S, 1 M e 6 M, mais as seguintes:
 Verificar os apertos de todos os elementos do quadro elétrico;
 Verificar o isolamento e atuação do diferencial;
 Inspecionar cablagem interior;
 Comparar e ajustar os aparelhos de medida;
 Verificar as ligações à terra;
 Efetuar a limpeza geral do quadro interior e exterior e fazer revisão geral de pintura;
 Efetuar a limpeza da aparelhagem elétrica.
Glossário de termos
correspondentes

Glossário de alguns termos de manutenção com diferenças entre o português europeu


e o português do Brasil, bem como apresentação dos termos em inglês. Serão bem-vindas
sugestões (scabral@navaltik.com).

Português Europeu Português do Brasil Inglês


A
Armazém Almoxarifado Store
Arranque (de máquina) Posta em marcha Start up
Avaria Pane Failure
B
Bem Item Item
C
Chumaceira Mancal Bearing
Conduta Ducto Duct
E
Edifício Edificação Building
F
Falha Quebra Fault
Faturação Faturamento Invoicing
Fiabilidade Confiabilidade Reliability
G
Gestão da manutenção Gerenciamento da manutenção Maintenance management
Gestor Gerente Manager
M
© Lidel - Edições Técnicas

Manuseamento Manuseio Handling


Manutenção Manutenção Maintenance
Manutenção condicionada Manutenção sob condição On condition maintenance
(continua)


Designa-se por português europeu a variante da língua falada em Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique,
Portugal, São Tomé e Príncipe, e Timor-Leste.
17cm x 24cm 20,9 mm 17cm x 24cm

TUDO O QUE PRECISA DE SABER PARA GERIR A MANUTENÇÃO DE QUALQUER


ORGANIZAÇÃO QUE TENHA A SEU CARGO ATIVOS FÍSICOS
E PARA ORGANIZAR E IMPLEMENTAR O SEU SISTEMA DE GESTÃO.

Nesta 4.ª edição atualizam-se muitos normativos, nomeadamente o da terminologia e o dos


indicadores de manutenção, e aprofundam-se temas-chave, como a gestão energética, o controlo
sanitário e as novas tecnologias de informação. Com o contributo de novos autores, transmite-se
uma visão moderna e atualizada da gestão da manutenção das organizações que se pretendem
competitivas e sustentáveis.
Abordam-se os conceitos fundamentais da manutenção moderna, com destaque para os mais
recentes normativos da manutenção industrial, gestão de edifícios e áreas relacionadas, como a
gestão da energia, ambiente, segurança anti-incêndio e anti-hostilidade, prevenção epidemiológica
e Legionella, numa perspetiva objetiva e sustentada na experiência prática dos autores.
Trata-se de uma obra de referência para qualquer interessado no tema da manutenção e uma ótima
contribuição para o desempenho competente da gestão dos ativos das organizações.

O livro cobre os seguintes temas:


Introdução à gestão da manutenção;
C Indicadores de gestão;
M
Sistemas informáticos de apoio;
Organização do sistema de gestão da manutenção;
Organização, gestão e aprovisionamento dos materiais de manutenção;
Y

CM
Gestão dos trabalhos;
MY Gestão técnica de edifícios;
CY Controlo dos custos e orçamento;
CMY
Implementação do sistema de gestão.
K
Esta obra inclui ainda um Glossário de Termos Correspondentes em português europeu
e português do Brasil, bem como o respetivo termo em inglês.

COORDENADOR E AUTORES
Autor das edições anteriores e coordenador da atual, José Paulo Saraiva Cabral é engenheiro naval pela University of
Strathclyde, em Glasgow. Foi, durante anos, professor na Escola Náutica Infante Dom Henrique e fundou a empresa
Navaltik Portugal. Nesta 4.ª edição de Gestão da Manutenção de Equipamentos, Instalações e Edifícios, coordenou as
contribuições dos novos autores: José Casimiro Fernandes (técnico de organização industrial, FORINO) | Rodrigo Seruya
Cabral (gestor, ISEG) | Alexandre Carvalho (técnico de organização industrial, FORINO) | Pedro Cabral (gestor, ISEG)
| Claudia Corniciuc (engenheira do ambiente, Universidade do Algarve) | João Nunes Marques (engenheiro civil,
Universidade Nova de Lisboa) | Hugo Madeira Cardoso (engenheiro mecânico, ISEL Lisboa) | Sara Martins (engenheira
civil, ISEL Lisboa)
www.lidel.pt

ISBN 978-989-752-476-9

9 789897 524769

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