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SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
CURITIBA
2016
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
CURITIBA
2016
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
INTRODUÇÃO
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Saiba Mais
TEORIZANDO OS TEMAS
Foucault nos propicia outra forma de pensar sobre a sexualidade: não como
desenvolvimento ou identidade, mas como historicidade e relação. A
sexualidade não deve ser pensada como um tipo de dado natural que o
poder tenta manter sobre o controle, ou obscuro domínio que o
conhecimento tenta gradualmente descobrir. Ele é o nome que se pode ser
dado a um construto histórico: não uma realidade furtiva que é difícil de
apreender, mas uma enorme superfície em forma de rede na qual as
estimulações dos corpos, a intensificação dos prazeres, o incitamento ao
discurso, a formação de um conhecimento especializado, o reforço de
algumas estratégias importantes de saber e poder. (p.100 – 101)
Daquilo que refletimos até aqui, fica evidente que falar sobre a sexualidade é
falar da nossa história, das nossas emoções, nossas relações com as outras
pessoas, nossos costumes e desejos. Muita coisa mudou, em relação ao conceito
de sexualidade, mas infelizmente outras tantas continuam complicadas. Uma delas é
acreditar, por exemplo, que falar sobre sexualidade na escola pode “estimular”
adolescentes e jovens a iniciar sua vida sexual “precocemente”. Antes de tudo, é
preciso entender que somente a sexualidade não restringe somente ao ato sexual,
como já mencionado anteriormente, pois envolve sentimentos e nos motiva procurar
o contato físico e afetivo, a intimidade de um relacionamento, podendo ou não haver
reprodução. Nesse sentido, a nossa sexualidade é um processo que se inicia em
nosso nascimento e vai até a nossa morte.
DIVERSIDADE SEXUAL
PROPOSTA DE ATIVIDADES
OFICINA 01
TRABALHANDO COM GÊNERO
PARTE 01
INTEGRAÇÃO
1º) Colar três folhas grandes de papel na parede, formando três colunas.
2º) Colocar a palavra MULHER na primeira coluna e colar a palavra HOMEM na
terceira coluna;
3º) Inicialmente, será pedido para cada participante que falem o que lhes vêm à
cabeça, quando escutam a palavra “mulher”. As palavras serão escritas na primeira
coluna, à medida que forem falando. A mesma atividade será repita com a coluna da
palavra “homem”;
4º) Aos se esgotarem as características, serão realizadas leitura de cada uma das
colunas;
5º) Aqui os títulos de cada coluna serão trocados, ou seja, a palavra “mulher” será
substituída pela palavra “homem”, na primeira coluna, e vice-versa em relação a
terceira coluna. Após, os participantes deverão responder se as características
listadas poderiam ser atribuídas aos homens e vice-versa;
6º) Na coluna do meio será colocada aquelas que “não” podem ser atribuídas aos
dois sexos, ou seja, as ligadas à biologia. O título SEXO será colado nesta coluna.
7º) Nesse momento será relembrado o conceito de gênero.
PARTE 02
ATIVIDADE
1º) Os participantes serão divididos em quatro grupos. Cada grupo deverá fazer uma
lista com as informações que são passadas para as crianças na infância sobre ser
menino ou ser menina. Por exemplo: “menino não chora” e “menina tem que se
sentar de perna fechada”. Nesse momento serão distribuídas tiras de papel para que
as informações sejam registradas. Cada tira de papel deverá apenas um exemplo;
2º) Colocar o desenho da árvore na parede;
3º) Quantos todos terminarem, cada grupo irá fixar suas tiras na raiz da árvore. Os
exemplos relacionados aos meninos do lado esquerdo e às meninas do lado direito
(ou vice-versa);
4º) De posse das informações, cada participante deverá refletir sobre quem costuma
dar essas informações para as crianças (família, escola, sociedade, religião e mídia).
Após a reflexão os participantes deverão, novamente, escrever as conclusões nas
tiras, mas se comportam sendo criados sob essas orientações;
5º) Os resultados dessa reflexão serão escritos nas tiras e colocados como frutos.
Quando terminarem, os participantes deverão ler de cima para baixo, as respostas
que foram dadas e dizer qual conclusão podem-se chegar olhando para a árvore;
6º) A partir das conclusões, será construído o conceito de gênero, em conjunto com
os participantes, e realizar um aprofundamento discutindo o porquê das
desigualdades de gênero, onde elas se manifestam, as formas como se expressam
e os mecanismos que as reproduzem;
PARTE 03
FINALIZAÇÃO DA OFICINA
OFICINA 02
É OU NÃO É?
INTEGRAÇÃO
Minhas mãos
[...]
Ah! Minha amada!...
Estas mãos sempre te pertenceram
De forma absoluta e plena,
Como se fosse o amor incondicional
De duas fêmeas que se desejam!
4º) Para encerrar essa etapa, será contado que no Brasil, existem várias
organizações de mulheres lésbicas e que, muitas vezes, têm uma proximidade muito
grande com o movimento feminista na luta pela igualdade de gênero e pelo fim da
violência contra as mulheres.
PARTE 02
ATIVIDADE
1º) Uso de três folhas de papel sulfite ou cartolina. Na primeira, será escrito a
palavra “CONCORDO”; na segunda, “DISCORDO”; e na terceira “TENHO
DÚVIDAS”.
2º) As folhas serão fixadas na parede bem separadas;
3º) Os participantes deverão se levantar para ouvir a leitura de uma afirmação
relacionada à questão da diversidade sexual;
4º) Depois de lida a afirmação, os participantes deverão se dirigir a um dos lugares
da sala em que estão afixados os cartazes, ou seja, quem concordar deve-se
locomover até o cartaz escrito CONCORDO e assim por diante. Afirmações:
a. Uma pessoa pode escolher se quer ser homossexual, bissexual ou
heterossexual.
b. A maior parte das mulheres que se tornam lésbicas é porque foram abusadas
por um homem na infância.
c. Um menino que foi criado por um pai homossexual o mais chance de se
tornar gay ou travesti.
d. Um gay que queira se curar de sua homossexualidade deve procurar um
psicólogo ou um líder religioso.
e. Travesti é o homem que se traveste de mulher apenas para ganhar dinheiro,
se prostituindo.
f. Transexual é aquela pessoa que nasceu com um determinado sexo, mas que
pertence ao outro.
5º) Depois que todos estiverem posicionados junto ao cartaz ao qual se dirigiram,
cada um deverá justificar sua posição. Os três grupos deverão justificar porque
escolheram tal posição;
6º) Após a breve discussão, haverá a leitura de uma nova afirmação e o
procedimento será repetido até terminar as frases;
7º) Para encerrar, cada participante deverá voltar a seus lugares e aprofundar a
discussão a partir das questões a serem respondidas.
OFICINA 03
PARTE 01
INTEGRAÇÃO
Televisão - Titãs
PARTE 02
ATIVIDADE
1º) Os participantes serão divididos em quatro grupos. Cada grupo será uma
agência de publicidade e deverão simular uma campanha para diminuir a
vulnerabilidade de adolescentes e jovens em relação as DST/HIV/aids;
2º) Cada grupo terá 05 minutos para “vender” sua campanha e que, para melhor
apresentá-la, deverão elaborar um cartaz o mais criativo possível;
3º) Terão de 30 a 40 minutos para preparar a proposta e o cartaz que explica como
será a campanha;
4º) Depois do término das apresentações, serão chamados um representante de
cada grupo e avisados que o cliente achou a ideia muito ampla e que resolveu
mudar a campanha. O grupo terá mais 20 minutos para reforçar o cartaz. Não
poderão ser feitos novos cartazes, apenas ser acrescentado uma nova frase no
início ou no final da proposta inicial;
5º) Receberão, agora, a informação que a nova campanha deverá ser, voltada
somente para adolescentes e jovens que fazem parte da comunidade LGBT;
6º) Após 20 minutos os grupos farão reapresentação dos cartazes;
7º) Quando finalizarem, será proposta uma votação em que se decidirá qual das
propostas está mais adequada à comunidade LGBT;
8º) O encerramento será com um debate onde os participantes serão estimulados a
discutir a partir das questões respondidas.
PARTE 03
FINALIZAÇÃO DA OFICINA
Sorrindo: se gostaram
Séria: se acharam mais ou menos
Triste: se acharam chata.
3º) Fazer análise dos resultados e dos porquês de terem achado isso ou aquilo.
SUGESTÃO DE LEITURA
SUGESTÃO DE FILMES:
Billy Elliot
Direção: Stephen Daldry
Sinopse: Billy Elliot (Jamie Bell) é um garoto de 11 anos que vive numa pequena
cidade da Inglaterra, onde o principal meio de sustento são as minas da cidade.
Obrigado pelo pai a treinar boxe, Billy fica fascinado com a magia do balé, com o
qual tem contato através de aulas de dança clássica que são realizadas na mesma
academia onde pratica boxe. Incentivado pela professora de balé (Julie Walters),
que vê em Billy um talento nato para a dança, ele resolve então pendurar as luvas
de boxe e se dedicar de corpo e alma à dança, mesmo tendo que enfrentar a
contrariedade de seu irmão e seu pai à sua nova atividade.
Título Original: Billy Elliot. Gênero: Drama. Tempo de Duração: 111 minutos. Ano
de Lançamento (Inglaterra): 2000. Site Oficial:
www.tigeraspect.co.uk/tigeraspectpictures/dancer.html
Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/billy-elliot/billy-elliot.asp#Sinopse
A cura
Direção: Peter Horton
Sinopse: Erik (Brad Renfro) é um garoto solitário que atravessa todas as barreiras
que o preconceito ergueu e se torna amigo do seu vizinho, Dexter (Joseph
Mazzello), um garoto de 11 anos que tem Aids. Erik se torna muito ligado a Linda
(Annabella Sciorra), a mãe de Dexter, e na verdade fica mais próximo dela que da
sua própria mãe, Gail (Diana Scarwid), que é negligente com ele e quase nunca lhe
dá atenção. Quando os dois garotos lêem que um médico de Nova Orleans
descobriu a cura da Aids, os meninos tentam chegar a este médico para conseguir a
cura.
Título Original: The Cure. Gênero:
Drama. Tempo de Duração: 110 minutos. Ano de Lançamento (EUA): 1995.
Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/cura/cura.asp#Sinopse
Procura-se Amy
Direção: Kevin Smith
Sinopse: Holden e seu amigo Banky ganham a vida fazendo uma tirinha de sucesso
em Nova Jersey. Um cotidiano tranqüilo, até que Holden cai de quatro ao conhecer a
roteirista Alyssa. Não mede esforços para conquistá-la, mas surpreende-se ao
descobrir que ela tem a mesma preferência sexual que ele.
Título Original: Chasing Amy. Gênero: Comédia. Tempo de Duração: 113 minutos.
Ano de Lançamento (EUA): 1997.
Fonte:http://www.adorocinema.com/filmes/procura-se-amy/procura-seamy.
asp#Sinopse
Transamérica
Direção: Duncan Tucker
Sinopse: Bree Osbourne (Felicity Huffman) é uma orgulhosa transexual de Los
Angeles, que economiza o quanto pode para fazer a última operação que a
transformará definitivamente numa mulher. Um dia ela recebe um telefonema de
Toby (Kevin Zegers), um jovem preso em Nova York que está à procura do pai. Bree
se dá conta de que ele deve ter sido fruto de um relacionamento seu, quando ainda
era homem. Ela, então, vai até Nova York e o tira da prisão. Toby, a princípio,
imagina que ela seja uma missionária cristã tentando convertê-lo. Bree não desfaz o
mal-entendido, mas o convence a acompanhá-la de volta para Los Angeles.
Título Original: Transamerica. Gênero: Drama. Tempo de Duração: 103 minutos.
Ano de Lançamento (EUA): 2005. Site Oficial: www.transamerica-movie.com
Fonte:http://www.adorocinema.com/filmes/transamerica/transamerica.asp#Sinops
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BUTLER, Judith. Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do “sexo”. In:
LOURO, Guacira Lopes. (Org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade.
Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015.
_______. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. 10 ed. Trad.
de Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.
FRY, Peter & MACRAE, Edward. O que é Homossexualidade. São Paulo – Abril
Cultura-Brasiliense, 1985.
RIBEIRO & SOUZA, Cláudia Maria e Ila Maria Silva de - Orgs. Educação Inclusiva:
Tecendo Gênero e Diversidade Sexual nas Redes de Proteção, Lavras: Ed.
UFLA, 2008.
ENDEREÇO ELETRÔNICO: