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CONCEITO
CLP significa Controlador Lógico Programável, que é um dispositivo eletrônico utilizado para
controlar processos industriais. O CLP é capaz de receber informações de sensores e outros
dispositivos, processá-las e, em seguida, enviar comandos a atuadores e outros dispositivos de
saída para controlar um processo.
A história do CLP remonta à década de 1960, quando a General Motors estava procurando uma
maneira de melhorar a eficiência de sua produção. A empresa desenvolveu um dispositivo
eletrônico programável que poderia controlar o processo de soldagem na produção de veículos.
Esse dispositivo foi chamado de "Programmed Electronic Controller" (PEC), que pode ser
considerado o precursor do CLP.
Nos anos seguintes, outras empresas começaram a desenvolver seus próprios controladores
eletrônicos programáveis. Em 1971, a empresa Modicon (hoje parte da Schneider Electric)
lançou o primeiro controlador lógico programável comercialmente disponível, chamado de
"Modicon 084". Este dispositivo revolucionou a indústria, permitindo a automação de processos
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industriais de maneira muito mais flexível e econômica do que as soluções tradicionais de
automação.
Desde então, o CLP evoluiu significativamente, com capacidades de processamento muito mais
poderosas, comunicação em rede e recursos de diagnóstico e monitoramento remotos. Hoje, o
CLP é amplamente utilizado em uma ampla variedade de aplicações industriais, incluindo
manufatura, transporte, energia, petróleo e gás, e muitos outros setores.
MOTIVAÇÃO
Além das motivações mencionadas acima, a adoção de CLP também pode trazer as seguintes
vantagens:
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• Redução da quantidade de fios: Com a adoção de CLP, é possível reduzir
significativamente a quantidade de fios necessários para controlar um processo
industrial. Isso pode levar a uma redução nos custos de instalação, manutenção e
reparo.
GERAÇÕES DO CLP
Os CLPs têm evoluído ao longo das últimas décadas, passando por diversas gerações. Cada
geração apresenta avanços significativos em termos de capacidade de processamento, recursos
de comunicação e facilidade de programação. As principais gerações de CLP são as seguintes:
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PANORAMA ATUAL
No que se refere às entradas e saídas analógicas, os CLPs atuais são capazes de lidar com sinais
analógicos de alta precisão e oferecem recursos avançados de conversão e processamento de
sinais. Isso permite o controle preciso de variáveis analógicas, como temperatura, pressão e
fluxo, em processos industriais complexos.
No que se refere à comunicação em rede, os CLPs atuais são capazes de se integrar com uma
ampla variedade de sistemas e dispositivos por meio de diferentes protocolos de comunicação,
como Modbus, fieldbus, profibus, canopen, as-interface e ethernet. Isso permite a comunicação
em tempo real entre diferentes equipamentos e sistemas, possibilitando o monitoramento e o
controle remoto de processos industriais de forma eficiente e segura.
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COMPONENTES DE UM CLP
Os CLPs são compostos por uma série de componentes que trabalham juntos para controlar
processos industriais de maneira eficiente e segura. Abaixo, estão listados e descritos os
principais componentes de um CLP:
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4. Saídas: São os sinais elétricos ou digitais que o CLP envia para o ambiente externo, como
atuadores, motores, válvulas, entre outros. As saídas são controladas pelo programa de
controle do CLP, que decide quando e como as ações devem ser executadas.
5. Interfaces
ESPECIFICAÇÕES DO CLP
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7. Certificações de segurança: As certificações de segurança descrevem os padrões de
segurança que o CLP atende, como IEC 61508, SIL 3, UL, CE, entre outros. As certificações
de segurança são importantes para garantir a segurança do processo industrial e dos
trabalhadores.
8. Capacidade de Expansão: A capacidade de expansão refere-se à capacidade do CLP de
ser expandido com módulos adicionais de entrada/saída. Isso permite que o CLP seja
adaptado às necessidades específicas do processo industrial, sem a necessidade de
substituir todo o CLP. A capacidade de expansão pode variar dependendo do modelo e
fabricante.
9. IHM (Interface Homem-Máquina) Incorporada ou Externa: A IHM pode ser incorporada
ao CLP ou pode ser um dispositivo externo conectado ao CLP. A IHM incorporada pode
incluir uma tela de toque, botões e outras opções de entrada/saída, enquanto uma IHM
externa pode ser uma tela de computador conectada ao CLP. A escolha entre uma IHM
incorporada ou externa dependerá do modelo do CLP e dos requisitos específicos do
processo industrial.
Antes da introdução do CLP, os esquemas elétricos dos processos industriais eram baseados em
relés eletromecânicos e circuitos de fiação. Cada relé representava uma operação lógica
específica, e para realizar uma determinada operação, era necessário um conjunto de relés
interconectados por um grande número de fios de controle. Isso resultou em esquemas elétricos
complexos e difíceis de entender e manter.
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Os programas de controle são escritos em linguagem de programação e armazenados na
memória do CLP, eliminando a necessidade de fiação complexa e relés eletromecânicos.
Com essa mudança, os esquemas elétricos ficaram mais fáceis de entender e manter. Os
problemas podem ser identificados e resolvidos mais rapidamente, reduzindo o tempo de
inatividade e aumentando a eficiência do processo industrial. Além disso, o uso do CLP tornou
possível a implementação de operações mais avançadas, como controle PID, controle de
velocidade, entre outros, que não eram possíveis com a lógica de relés e fiação anteriormente
utilizada.
PADRONIZAÇÃO DE SINAIS
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inativo. Os dispositivos de saída, como relés, válvulas solenoides e outros
equipamentos, geralmente utilizam tensões de 24VDC para operar.
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detecção de falhas em um circuito, já que a ausência de corrente indica um problema
no circuito.
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Ele pode exibir informações de vários sistemas em uma única tela, permitindo a análise
de tendências e a tomada de decisões em tempo real.
Todos esses componentes trabalham juntos para formar um sistema de automação eficiente e
confiável. A escolha dos componentes adequados para cada aplicação depende das
características do processo a ser controlado e das necessidades específicas de cada usuário.
SENSORES
Sensores são dispositivos que convertem uma grandeza física em um sinal elétrico ou digital,
que pode ser utilizado para controle, monitoramento e automação de processos industriais. A
seguir, são descritos alguns dos principais tipos de sensores utilizados na automação industrial:
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14. Sensor de gás: mede a concentração de gases em um ambiente, sendo utilizado em
sistemas de monitoramento e controle de qualidade do ar, segurança em ambientes
explosivos, entre outros.
15. Sensor de velocidade angular: mede a velocidade angular de um eixo em rotação, sendo
utilizado em sistemas de monitoramento de motores, turbinas, entre outros.
16. Sensor de peso: mede a massa de um objeto ou carga, sendo utilizado em balanças e
sistemas de dosagem de materiais.
17. Sensor de distância: mede a distância entre o sensor e um objeto, sendo utilizado em
sistemas de medição de posição, controle de movimento, entre outros.
18. Sensor de força: mede a força aplicada em um objeto, sendo utilizado em sistemas de
teste de materiais, controle de máquinas, entre outros.
19. Sensor de torque: mede a força de torção aplicada em um eixo, sendo utilizado em
sistemas de monitoramento de motores, turbinas, entre outros.
20. Sensor de umidade: mede a quantidade de umidade presente em um ambiente ou
material, sendo utilizado em sistemas de controle de umidade em processos industriais,
climatização, entre outros.
21. Sensor de luminosidade: mede a quantidade de luz presente em um ambiente, sendo
utilizado em sistemas de iluminação automatizada, controle de fachadas de prédios,
entre outros.
22. Sensor de pH: mede o pH de uma solução, sendo utilizado em sistemas de controle de
pH em processos químicos, monitoramento de qualidade da água, entre outros.
23. Sensor de condutividade: mede a condutividade elétrica de uma solução, sendo
utilizado em sistemas de controle de qualidade da água, monitoramento de processos
químicos, entre outros.
Conceito
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protocolos de comunicação. O SCADA permite a monitoração de variáveis do processo,
controle de dispositivos de campo, criação de relatórios e análise de dados.
DCS (Distributed Control System): O DCS é um sistema de controle distribuído que
integra hardware e software para controlar processos industriais. Ele é composto por
um conjunto de controladores distribuídos que se comunicam com dispositivos de
campo para monitorar e controlar variáveis do processo. O DCS é amplamente utilizado
em processos contínuos, como produção de petróleo, química, petroquímica e geração
de energia.
MES (Manufacturing Execution System): O MES é um sistema de gerenciamento de
produção que se concentra no gerenciamento de atividades de produção, como
planejamento de produção, monitoramento do chão de fábrica, rastreamento de
produção e controle de qualidade. O MES é um sistema intermediário entre o ERP
(Enterprise Resource Planning) e o chão de fábrica, permitindo a integração de
informações entre esses dois sistemas.
ERP (Enterprise Resource Planning): O ERP é um sistema de gestão empresarial que
integra todos os departamentos de uma empresa, incluindo finanças, contabilidade,
recursos humanos, vendas e compras. Ele é responsável por gerenciar recursos
empresariais e é amplamente utilizado em empresas de manufatura. O ERP permite a
integração de informações entre os departamentos da empresa, o que leva a uma maior
eficiência e redução de custos.
PLC (Programmable Logic Controller): O PLC é um controlador lógico programável que é
amplamente utilizado em processos industriais. Ele é responsável por controlar
dispositivos de campo, como sensores e atuadores, com base em instruções
programadas. O PLC é amplamente utilizado em processos discretos, como produção de
automóveis, máquinas-ferramenta e linhas de montagem.
HMI (Human Machine Interface): O HMI é uma interface homem-máquina que permite
a interação do operador com o sistema de controle de processos. Ele é responsável por
fornecer informações em tempo real sobre o processo, permitindo que o operador tome
decisões informadas e aja de acordo com as necessidades do processo. O HMI também
permite que o operador monitore e controle dispositivos de campo, como válvulas e
motores.
Todos esses sistemas são complementares e se integram para fornecer uma solução completa
para a automação de processos industriais.
O termo SCADA (Supervisory Control and Data Acquisition) é usado para se referir a um sistema
de supervisão e controle de processos industriais. É um sistema computadorizado que coleta,
monitora e controla dados em tempo real de equipamentos e processos industriais.
O sistema SCADA é composto por um software que permite aos operadores visualizar e controlar
as operações do sistema de automação industrial, coletando informações de sensores e
dispositivos de campo e apresentando-as de forma gráfica em uma interface de usuário. Essas
informações podem incluir dados de temperatura, pressão, vazão, nível, entre outros.
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O sistema SCADA é amplamente utilizado em diversas áreas industriais, como produção de
alimentos, química, petroquímica, automotiva, entre outras. Ele permite uma gestão mais
eficiente dos processos industriais, aumentando a produtividade, reduzindo os custos e
aumentando a segurança das operações.
O sistema SCADA também inclui recursos de armazenamento e backup de dados para garantir
que os dados sejam armazenados de forma segura e possam ser recuperados em caso de falha
do sistema. Os recursos de segurança, como autenticação e criptografia de dados, garantem que
o sistema SCADA seja protegido contra ameaças cibernéticas.
SINÓTICO
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permitem aos operadores e supervisores entender e controlar o processo de forma mais
eficiente.
DICAS
Existem várias dicas importantes para implementar com sucesso um processo de automação
industrial. Algumas delas são:
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PRÁTICA 1 – EXERCÍCIO (elaboração conjunta em sala de aula)
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